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UNID III

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Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. Rodrigo Medina Zagni 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado, Soberania e Poder 
Nessa unidade, vamos tratar do tema “Estado, soberania e 
poder”. 
Na literatura de Ciência Política, encontramos uma tese 
extremamente otimista e amplamente difundida de que a 
função do Estado é a de proporcionar o bem comum dos 
cidadãos que vivem num determinado território, circunscrito a 
sua autoridade. 
Também vem sendo objeto dessas adjetivações o principal 
elemento constitutivo do Estado: o governo. É o governo que 
dirige o Estado; e há diversas maneiras de dirigi-lo, o que nos 
permite também relativizar a definição, também fluente em 
Ciência Política, de que atuaria para proporcionar o bem 
comum, estabelecendo leis, proferindo sentenças e 
promovendo sua execução, bem como dirigindo, 
planificando, legislando, julgando e garantindo sua 
autodeterminação, defesa de seu território e as relações de paz 
e econômicas com os Estados circunvizinhos. 
Ocorre que, desde uma perspectiva histórica, tanto para 
Estado quanto para Governo, esse objetivo nem sempre se 
verifica. Isso porque há inúmeros sistemas de governo, sendo 
assim, de tipos de Estado, na interação entre Estado, 
soberania e poder. 
Esta unidade tem como objetivo mapear, na História e na 
reflexão política, distintas percepções e posturas teóricas sobre 
diferentes experiências de Estado e sociedade. 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
Todo governo é bom? Todo Estado é justo? Toda a lei faz justiça? É possível haver 
uma lei injusta? 
Na literatura de Ciência Política, encontramos uma tese extremamente otimista e 
amplamente difundida de que a função do Estado é a de proporcionar o bem comum dos 
cidadãos que vivem num determinado território, circunscrito a sua autoridade. 
Também vem tratado dessa forma o principal elemento constitutivo do Estado: o 
governo. É o governo que dirige o Estado; e há diversas maneiras de dirigi-lo, o que nos 
permite também relativizar a definição, também fluente em Ciência Política, de que atuaria 
para proporcionar o bem comum, estabelecendo leis, proferindo sentenças e promovendo sua 
execução, bem como dirigindo, planificando, legislando, julgando e garantindo sua 
autodeterminação, defesa de seu território e as relações de paz e econômicas com os Estados 
circunvizinhos. 
Ocorre que, desde uma perspectiva histórica, tanto para Estado quanto para Governo, esse 
objetivo nem sempre se verifica. Isso porque há inúmeros sistemas de governo, sendo assim, 
de tipos de Estado, na interação entre Estado, soberania e poder. Sendo assim, é possível 
haver Estados bons ou ruins, justos ou injustos; bem como os governos, que podem atender a 
interesses privados, de um indivíduo ou de um grupo específico de interesses, deixando de 
atender aos interesses de toda a população. 
Para responder às questões aqui levantadas, esta unidade tem como objetivo mapear, 
na História e na reflexão política, distintas percepções e posturas teóricas sobre diferentes 
experiências de Estado e sociedade. 
Em busca das respostas às perguntas aqui elaboradas, embrenhe-se pelo conteúdo 
teórico, apresentação narrada e demais materiais dessa unidade, a fim de entendermos as 
relações entre política e poder em Maquiavel. 
Contextualização 
 
 
 
 
 
OS SENTIDOS DO ESTADO 
Quando pensamos nas formas de organização política de uma determinada sociedade 
(organização das atividades econômicas, dos processos de ocupação do espaço, da definição 
dos papéis sociais, da delegação de funções e autoridades, da educação dos mais jovens, da 
segurança do grupo etc.), primordialmente pensamos nessa organização dada no âmbito do 
Estado. 
Isso porque o Estado pode ser definido como a instituição máxima de organização 
política da vida social, caracterizado por uma complexa configuração interna; por bem 
definidos papéis hierárquicos em torno de um regime de governo; delimitados em termos 
legais os processos decisórios que levam à ultimação de suas políticas; formas igualmente bem 
definidas de delimitação da extensão do exercício do poder político do soberano e de 
mandatários intermediários, bem como do princípio legitimador desse poder político, ou seja, 
o fator que leva os súditos a obedecer ao soberano. 
Trata-se do grau mais complexo alcançado por uma sociedade no âmbito de sua 
organização política. Sublinhe-se que foi escolhido o termo “complexo” e não melhor. Alie-se 
a isso o fato de ter sido utilizado, no primeiro parágrafo, o termo “primordialmente” ao nos 
referirmos às sociedades com Estado. Isso porque há sociedades sem Estado, tanto no 
passado quanto no presente; e mais, não significa que as sociedades com Estado sejam 
melhores ou “mais evoluídas”; tratam-se, em termos tanto sociológicos como antropológicos, 
de sociedades distintas. 
Longe de empreendermos juízos de valor, há 
que se ressaltar a existência não só de sociedades 
sem Estado, que organizam seu cotidiano de forma 
diversa (buscando formas coletivas de decisão e 
resolução de seus problemas, sem recurso ao uso da 
força); bem como de consistentes correntes políticas 
que pregam o fim do Estado e a organização da 
sociedade de forma distinta ao estabelecimento de 
qualquer ordenação social pautada na força ou na 
ameaça do uso da força, desde o Anarquismo, que 
conta com um denso arcabouço teórico – Joseph 
Proudhon (1809 - 1865), Mikhail Bakunin (1814 - 
1876), Piotr Kropotkin (1842 - 1921), Leon Tolstoi 
(1828 - 1910), Noam Chomsky (1928 -), dentre 
outros; até parte de doutrinas comunistas, em 
especial o chamado “comunismo puro”, Karl 
Heinrich Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). 
Material Teórico 
Portrait of Russian Novelist Leo Tolstoy 
An illustration from Le Soleil du Dimanche . 
IMAGEM: © Chris Hellier/CORBIS 
NOME DO CRIADOR Chris Hellier 
DATA DE CRIAÇÃO early 20th century 
FOTÓGRAFO Chris Hellier 
COLEÇÃO Corbis Art 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isso porque não se entende Estado sem relacioná-lo à autoridade, dado que ordena 
uma estrutura hierárquica na qual a autoridade, primeiro, deve ser legitimada segundo algum 
princípio (na monarquia, pela hereditariedade; na tirania, pela força; na república, pela 
escolha entre cidadãos; nas teocracias, pela religião etc.); mas porque a autoridade só é 
obedecida se detiver efetivamente o poder, ou parte do poder. 
Entendemos o poder como a 
possibilidade de uso legítimo da 
força para fazer impor sua vontade, 
persuadir o outro a sua vontade ou 
mesmo dobrar a vontade do outro. 
Parece, então, que o ditado 
popular: “manda quem pode; 
obedece quem tem juízo”, se refere 
a um instinto de autopreservação 
que, diante do exercício do poder, 
leva o súdito a obedecer à autoridade do soberano. 
Dessa forma, chegamos à definição de Estado dada pelo sociólogo alemão Max Weber 
(1864-1920), como a instituição que detém o monopólio do uso legítimo da força, ou da 
ameaça do uso da força. 
Pierre Joseph Proudhon 
Pierre Joseph Proudhon (1809-1865), the French writer 
and anarchist. 
IMAGEM: © Hulton-Deutsch Collection/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA Mid-19th century 
LOCAL France 
FOTÓGRAFO Nadar 
COLEÇÃO Historical 
 
Russian Anarchist Bakunin 
Título original: Portrait of the Russian anarchist 
Mikhail Aleksandrovich Bakunin (1814-1876.) 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
COLEÇÃO Bettmann 
Prince Piotr Kropotkin 
Prince Piotr Kropotkin (1842-1921) the 
Russian anarchist. 
IMAGEM: © Hulton-Deutsch 
Collection/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA early 20th century 
LOCAL PROBABLY USSR 
COLEÇÃO Historical 
 
MIT Professor, Noam Chomsky 
Celebrated linguistNoam Chomsky in his 
office at Massachusetts Institute of 
Technology (MIT) where he is honorary 
Professor. An engaged and militant 
politician, Chomsky is known as the 
founder of tranformational generative 
grammar. 
IMAGEM: © JP Laffont/Sygma/Corbis 
DATA DA FOTOGRAFIA 20 de maio 
de 1988 
LOCAL Cambridge, Massachusetts, USA 
FOTÓGRAFO JP Laffont 
COLEÇÃO Sygma 
 
Friedrich Engels and Karl Marx in Office 
Título original: Illustration fo Karl Marx (seated) 
and Friedrich Engels, German socialist 
philosophers and co-authors of the Communist 
Manifesto. Undated. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
DATA DE CRIAÇÃO ca. 1800's 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
Se pensarmos as leis que organizam os Estados, elas definem não tão somente direitos 
e deveres, mas fundamentalmente o ônus por sua desobediência, ou seja, as condutas sociais 
são garantidas não tão somente pela conscientização dos cidadãos sobre os sentidos da 
aplicação da lei, mesmo porque, lei não é sinônimo de justiça (aquilo que é entendido como 
justo por um segmento de sociedade pode ser injusto para aquele sobre quem recai seu peso); 
mas, em essência, porque são indicados os apenamentos que recairão sobre o indivíduo no 
caso do descumprimento da prescrição legal. 
Sendo assim, a obediência à lei está pautada, em larga medida, no temor pela 
aplicabilidade de suas sansões. E, vejamos, todas elas referem-se à força. Isso porque é o 
Estado que, por meio de seus agentes, cuja atribuição é fazer cumprir a lei, restringe direitos 
políticos, priva de liberdade, aplica medidas sócio-educativas, executa a pena capital, inflige 
castigos físicos e uma série de possibilidades de uso legítimo (legitimado pela lei) 
essencialmente da força. É claro que a extensão disso difere segundo o tipo de Estado, o que 
passa pela definição do regime e sistema de governo, bem como pela natureza das leis e como 
elas são aplicadas. 
Isso para dizer que o apedrejamento de 
mulheres adúlteras no Irã não é só uma questão 
cultural, mas também legal; que o estupro, aceito há 
tempos, hoje é legalizado no âmbito do matrimônio 
no Afeganistão; que tramita projeto de lei prevendo 
a condenação de homossexuais à morte em 
Uganda; que é legal a prática da excisão (a 
mutilação do clitóris e dos pequenos lábios do órgão 
sexual feminino) em Djibuti, Etiópia, Somália, 
Sudão, Egito e Quênia; que o racismo desvelado no 
sul dos Estados Unidos é produto de séculos de 
segregação racial que encontrava lugar na própria 
lei estadunidense; o machismo na sociedade 
brasileira que já teve lugar no chamado crime de 
honra, que já foi previsto em códigos penais anteriores; a pena de morte praticada em 
diversos países hoje no mundo, como em vários Estados nos EUA, e assim por diante. 
Sendo assim, podemos afirmar que não existe Estado sem autoridade; e tampouco 
autoridade sem a força! Portanto, detém poder aquele a quem é outorgado o uso legítimo da 
força: o Estado. 
 
 
 
 
00 x 368 - 46k - jpg 
 nyc.indymedia.org/images/2007/09/91275.
jpg 
Veja abaixo a imagem 
em: nyc.indymedia.org/es/2007/09/91198.html 
http://nyc.indymedia.org/es/2007/09/91198.html
 
 
A DEFINIÇÃO DE ESTADO E DE GOVERNO 
 
O Estado é a máxima organização política em um território definido, bem como a 
instituição jurídica cuja ação é limitada neste mesmo território. 
Na literatura de Ciência Política, encontramos uma tese extremamente otimista e 
amplamente difundida de que sua função é a de proporcionar o bem comum dos cidadãos 
que vivem nestes espaços delimitados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não só o Estado é objeto desse otimismo, também vem sendo objeto dessas 
adjetivações seu principal elemento constitutivo: o governo. É o governo que dirige o Estado; 
e há diversas maneiras de dirigi-lo, o que nos permite também relativizar a definição, também 
fluente em Ciência Política, de que atua para proporcionar o bem comum, estabelecendo leis, 
proferindo sentenças e promovendo sua execução, bem como dirigindo, planificando, 
legislando, julgando e garantindo sua autodeterminação, defesa de seu território e as relações 
de paz e econômicas com os Estados circunvizinhos. 
Ocorre que, desde uma perspectiva histórica, tanto para Estado quanto para Governo, 
esse objetivo nem sempre se verifica. 
Se tomarmos, por exemplo, dois clássicos da Filosofia Política grega: “A República”, de 
Platão (?428/427 - ?348/347 a.C.); e “A Política”, de Aristóteles (384-322 a.C.), o que 
definiria o bom e justo governo seria o benefício do bem público; já o mau governo, teria 
como objetivo o benefício particular. A questão é que, para ambos os autores portanto, 
haveria Estados e Governos que não almejavam o bem comum e seguiam sendo, ainda 
assim, Estados e Governos. E ainda, distintos sistemas de governo poderiam ser tanto justos 
como injustos; portanto, bons e maus governos não seriam definidos pelo sistema ou regime 
de governo, mas por sua finalidade. 
Tobacco Card Illustration of Plato 
A tobacco card from Ogden's Leaders of 
Men series. The cards were included in 
packs of Ogden's cigarettes. 
IMAGEM: © PoodlesRock/Corbis 
DATA DE CRIAÇÃO 1923 
COLEÇÃO Corbis Art 
 
Tobacco Card Illustration of Plato 
A tobacco card from Ogden's Leaders of 
Men series. The cards were included in 
packs of Ogden's cigarettes. 
IMAGEM: © PoodlesRock/Corbis 
DATA DE CRIAÇÃO 1923 
COLEÇÃO Corbis Art 
 
 
Platão, na obra “A República”, dedicou-se ao exame de quatro tipos de governo, com 
o objetivo de identificar o mais justo e o menos injusto; cuja prática levaria à felicidade ou à 
desgraça de si e de sua população. Relacionando a cada um, uma alma correspondente 
segundo as virtudes do soberano, utilizou a divisão das raças elaborada pelo poeta grego 
Hesíodo (no fim do século VIII a.C.): ouro, prata, bronze e ferro; distintos materiais humanos e 
que não deveriam se misturar, sob a pena de ocorrerem, como resultado, a guerra e o ódio. 
Vejamos a análise elaborada por Platão segundo esses critérios: 
 
Tipo de Governo TIMOCRACIA OU TIMARQUIA 
Tipo de Estado Timocrático 
Definição e 
características 
Forma de governo em que os cargos e honrarias são 
conferidos aos mais ricos. 
Governo ambicioso, mistura-se mal e bem; cólera e 
ousadia, vícios da ambição e da intriga. 
Como se 
estabelece 
Da transição da aristocracia para a timocracia 
A quem governa Para si e para os mais ricos 
Tipo de 
governante 
Jovem ambicioso; mais contumaz/menos civilizado; pouco 
talento verbal; duro com os subalternos, obediente com os 
superiores; conquistará honras não pela eloqüência, mas pelos 
feitos militares. 
Alma Intrigante ambiciosa 
Ruína A riqueza acumulada nos cofres particulares 
Resultado Injusto 
 
 
Tipo de 
Governo 
OLIGARQUIA 
Tipo de 
Estado 
Oligárquico 
Definição e 
características 
Governo de poucos; governo em que a renda determina a 
condição de poder. 
 
 
Os cidadãos convertem o entesouramento numa paixão 
desenfreada para sustentar seus gastos, quanto mais aumenta o 
ouro diminui a virtude. 
Prezando o Estado pelos ricos, menospreza os virtuosos. 
Como se 
estabelece 
Transição da timarquia para a oligarquia (de cidadãos 
ambiciosos para interesseiros e avarentos) 
A quem 
governa 
Para o benefício individual e para poucos. 
Tipo de 
governante 
Gravita no meio termo entre a razão e as paixões (não é 
mau, mas suscetível aos maus), ambicioso e soberbo; não procura 
se instruir ou educar 
Alma Oligárquica,extremamente ambiciosa 
Ruína Nem sempre os mais ricos são os mais capazes. 
Vício capital: pobres e ricos se destroem mutuamente 
(guerras internas/despreparo para guerras contra inimigos 
externos/exércitos oligárquicos); bem como homens bem nascidos 
e de elevados sentimentos são comumente reduzidos à pobreza 
pela ambição avarenta alheia. 
Resultado Injusto 
 
Tipo de 
Governo 
DEMOCRACIA 
Tipo de 
Estado 
Democrático 
Definição e 
características 
Governo do povo. 
Toda genteé livre, cada um é senhor de si, logo, não se 
observa a virtude de cada um e a igualdade é exercida entre os 
desiguais. 
Governo suave; belo pela variedade de caracteres que 
compõem sua sociedade. 
Entrega da multidão aos prazeres supérfluos e perniciosos. 
Como se 
estabelece 
Transição da oligarquia à democracia: quando os pobres 
vencem (matam ou expulsam) os ricos e repartem igualmente o 
poder. 
 
 
A quem 
governa 
Aos cidadãos 
Tipo de 
governante 
Não virtuoso (nada garante que seja apto ao governo) 
Alma Democrática 
Ruína Desordem (liberdade), libertinagem (fausto), despudor 
(coragem), depravação, licenciosidade, desfaçatez. 
Resultado Injusto 
 
 
Tipo de 
Governo 
TIRANIA 
Tipo de 
Estado 
Tirânico 
Definição e 
características 
Não procura o consentimento nem a persuasão, mas a 
opressão e a violência. 
O povo dá origem aos tiranos (libertadores do povo) e os 
mantêm, com sua subserviência. 
Como se 
estabelece 
Transição da democracia à tirania: sucede à servidão da 
liberdade excessiva. 
A quem 
governa 
Pelos seus interesses ou o que ele mesmo entende serem 
os interesses do povo. 
Tipo de 
governante 
Protetor dos povos que se converte em tirano. 
Alma Tirânica, corresponde ao mais completo caráter do 
Homem. 
Ruína Casos em que tiranos não são sábios e não consultam os 
sábios 
Resultado Injusto 
 
 
 
 
Ora, se dentre os quatro tipos de Governo e de Estado analisados por Platão 
todos seriam injustos, como pode ser o Estado definido como a instituição cuja 
finalidade é a manutenção do bem comum, e o Governo aquele que o viabiliza? 
 
 
Para Platão, havia um Estado ideal; contudo, inexistente, senão em seu “plano ideal”. 
Trata-se da SOFOCRACIA, o “governo dos sábios”, república bem governada onde tudo 
deveria ser comum, ou seja, pertencer a todos (mulheres, filhos, educação, exercícios de 
guerra e paz), cujos líderes seriam consumados na filosofia e na ciência militar e cujas musas 
orientadoras seriam a dialética e a filosofia; em menor valor a ginástica e a música. 
Já Aristóteles que, apesar de discípulo, se opôs à concepção platônica de bom governo, 
analisou na obra “A Política” (fruto de uma pesquisa feita por seu Liceu e que levantou 158 
constituições de Cidades-Estado diferentes na Grécia) tanto formas de Governo quanto tipos 
de Estado, dividindo-os a partir de três categorias fundamentais: 
 
 
TIPO CARACTERÍSTICA 
Monarq
uia 
Governo de um homem 
só 
Aristoc
racia 
Governo de um pequeno 
grupo 
Politéia Governo da maioria 
 
 
 
Para Aristóteles, um governo seria bom quando almejaria o bem comum, e ruim 
quando almejaria interesses particulares. 
Mais especificamente no Livro III, empreendeu o estudo dos governos (natureza e 
características), a partir do exame das boas constituições e das constituições corrompidas. Não 
se trata da discussão em torno de diferentes formas de governo, mas de relacioná-las a 
diferentes cidadãos e virtudes, uma vez que a autoridade deveria ser conferida aos mais 
virtuosos (homens melhores), dotados da habilidade tanto para mandar como para obedecer. 
 
 
Sendo assim, a partir da análise das formas de governo (superiores ou inferiores), 
Aristóteles chegou à conclusão de que cada boa forma de governo poderia levar a sua versão 
corrompida, tornando-se mau governo. A partir dessa lógica, identificou aos seguintes tipos de 
Estado: 
 
 
 
Tipo viciado 
de Governo 
TIRANIA 
Tipo de 
Estado 
Tirânico 
Definição e 
características 
Autoridade de 
um rei que exerce um 
poder despótico 
(despo=medo, ou seja, 
impondo o medo em 
seus súditos pela 
violência). 
Constitui mal 
confiar o governo a um 
único homem e não 
submetê-lo à lei. 
Monarquia 
absoluta 
Como se 
estabelece 
Pela 
hereditariedade 
A quem 
governa 
Tem por 
finalidade o interesse 
do monarca 
Tipo de 
governante 
Monarca com 
poder absoluto 
Resultado Mau governo 
 
Tipo de Governo REALEZA 
Tipo de Estado Monárquico 
Definição e 
características 
Autoridade de um rei 
 
Como se estabelece Pela hereditariedade 
A quem governa Tem por finalidade o 
interesse coletivo 
Tipo de governante Monarca 
Resultado Bom governo 
 
 
 
 
 
 
Percebemos, na análise aristotélica, a identificação de uma consecutividade entre tipos 
distintos de Estado e de formas de governo: a elevação das virtudes dos cidadãos teria levado 
a formação da república; quando homens corrompidos passaram a se enriquecer à custa do 
povo formou-se a oligarquia; pelas revoluções a oligarquia transformou-se em tirania; e a 
tirania, por pressão do povo submetido, em democracia. 
Entre bons e maus tipos de Estado, a solução seria, conforme já dito, o soberano saber 
tanto mandar quanto obedecer, alternadamente, ou seja, independente do bom governo que 
houvesse, deveria o soberano obedecer a um conjunto de leis. Trata-se do princípio das 
constituições, que veremos mais adiante. 
Tipo de Governo ARISTOCRACIA 
Tipo de Estado Aristocrático 
Definição e 
características 
Governo de um 
pequeno grupo de 
homens 
Como se 
estabelece 
Mérito 
A quem governa Tem por finalidade o 
interesse coletivo 
Tipo de 
governante 
Um grupo definido pelo 
mérito reconhecido 
Resultado bom governo 
 
Tipo viciado de 
Governo 
OLIGARQUIA 
Tipo de Estado Oligárquico 
Definição e 
características 
Governo de um pequeno 
grupo de homens, os mais 
ricos. 
Tem como finalidade o 
acúmulo de poder e 
fortuna. 
Como se 
estabelece 
Pela riqueza acumulada 
A quem governa Tem por finalidade o 
interesse dos ricos 
Tipo de 
governante 
Um grupo definido pela 
renda 
Resultado Mau governo 
 
Tipo de Governo REPÚBLICA 
Tipo de Estado Republicano 
Definição e 
características 
Uma multidão governa 
Como se 
estabelece 
Eleições 
A quem governa Tem por finalidade o 
interesse coletivo 
Tipo de 
governante 
Um grupo definido por 
aqueles aptos a votar 
Resultado Bom governo 
 
Tipo viciado de 
Governo 
DEMAGOGIA 
Tipo de Estado Demagogo 
Definição e 
características 
Os pobres governam 
Poder aos pobres 
Como se 
estabelece 
Eleições 
A quem governa Tem por finalidade o 
interesse dos pobres 
Tipo de 
governante 
Definido pela renda 
Resultado Mau governo 
 
 
 
A questão central, depois de estudarmos as análises distintas de Platão e Aristóteles, é 
identificarmos que a definição comumente dada ao Estado como a instituição política cujo 
objetivo é o bem comum, bem como ao Governo, cuja missão é realizar o bem comum, não 
só não se sustenta em termos históricos como está gravemente comprometida pela análise dos 
clássicos do pensamento político. Trata-se de simplismo, reducionismo, ideologismo e de 
grave desconhecimento da longa e densa discussão teórica dada nos campos da Filosofia e da 
Ciência Política. 
Sendo assim, relembremos a visão realista de Max Weber, que define o Estado como a 
instituição política que detém o monopólio do uso legítimo da força, a partir de onde assenta 
sua autoridade. 
 
 
 
ONDE, QUANDO E COMO SE DESENVOLVE O ESTADO? 
 
 
Para investigarmos as origens do Estado, devemos 
remontar aos seus primórdios: das tribos do período Neolítico 
(a chamada “Idade da Pedra Polida”, durante a Pré-História, 
de 8000 a.C. até cerca de 4000 a.C) até as civilizações do 
Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia). No chamado 
“Crescente Fértil” (no vale do Nilo e na região entre os rios 
Tigre e Eufrates), o Estado foi desenvolvido com a finalidade de legitimar a propriedade 
privada da terra e dos meios de produção (relacionados às práticas agrícolas). Também 
cumpriu a função de justificar a concentração de poder e dos destinos de toda uma sociedade 
nas mãos de um único soberano, com base no medo imposto pela religião que, conferindo 
legitimidade ao exercício do poder político daquele que acumulava as funções de sacerdote, 
juiz e chefe militar, alicerçava o Estado. Ou seja, noEgito, o soberano, faraó, era visto como 
um deus; na Mesopotâmia, um representante dos deuses na Terra: tratava-se de Monarquias-
Despótico-Religiosas. 
O Estado se desenvolveu exatamente na passagem de organizações tribais para 
estruturas sociais mais complexas, com lócus de organização nas primeiras cidades em 
decorrência do adensamento dos primeiros aglomerados humanos. Sendo assim, o 
desenvolvimento do Estado está relacionado com o surgimento das primeiras cidades. 
 
 
 
 
 
E como foram criadas as primeiras cidades? 
 
Com a Revolução Agrícola (por volta de 3000 a.C.), 
que consistiu na mudança de práticas agrícolas 
rudimentares, como a “cultura da enxada”, para processos 
mais complexos como o desenvolvimento do “arado-de-
boi”, foi possível o cultivo agrícola em grande quantidade e 
em grandes extensões de terra. A Revolução Urbana, ou 
seja, a consequente formação das primeiras vilas e cidades 
a partir de grandes aglomerados humanos e da 
sedentarização de comunidades em torno das práticas 
agrícolas (grupos que antes eram nômades), é 
consequência desse processo. 
A Revolução Agrícola possibilitou um considerável 
crescimento populacional, o que por sua vez trouxe 
incontáveis problemas. As terras antes férteis e abundantes 
passaram a ser escassas com a crescente ocupação 
humana. No caso específico do Egito, as regiões cultiváveis 
eram aquelas que margeavam o Rio Nilo onde, 
periodicamente, após as cheias, era depositado 
naturalmente em suas margens um limo fertilizante que 
proporcionava fartas colheitas; contudo, suas cheias 
inconstantes eram mais um problema a ser resolvido junto 
da escassez de terras cultiváveis, decorrentes do aumento 
populacional, do que a dádiva descrita pelo historiador 
grego Heródoto (séc. V a.C.), em sua obra “Histórias”. 
Para solucionar estes problemas, os egípcios viram-se obrigados a se organizar na 
construção de canais de irrigação, represas, diques e outros meios que pudessem, além de 
conter suas cheias inconstantes, tornar férteis terras não abastadas pelas águas. Foram ainda 
erigidas obras de drenagem de pântanos e de regiões inundadas após as cheias. 
Com a mobilização de grande parte da população nos trabalhos de construção dos 
canais de irrigação e de drenagem, o restante que permanecia no cultivo da terra e no 
pastoreio viu-se obrigado a produzir excedentes a fim de alimentar aqueles que se afastavam 
da atividade de produção de alimentos. As obras exigiam trabalho coletivo e os resultados 
foram grandes áreas férteis que demandaram, por sua vez, um grande número de camponeses 
para cultivá-las. 
Herodotus Reading His History to 
the Assembled Greeks Illustration 
Herodotus, Greek historian from the 
fifth century B.C., who produced the 
earliest examples of narrative history, 
an account of the Greco-Persian Wars. 
Book illustration by Heinrich 
Leutemann, ca. 1885. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
COLEÇÃO Bettmann Art 
 
 
 
As principais sociedades do Oriente Próximo - Egito e Mesopotâmia -, se 
desenvolveram a partir desses aglomerados que se conformaram não só a partir das práticas 
agrícolas; mas em torno dessas trabalhosas obras hidráulicas. 
A organização dos trabalhos nas obras hidráulicas serviu desenvolvimento do Estado, 
do que decorreu a divisão do trabalho social e a apropriação privada dos meios de produção. 
Já a Mesopotâmia teve sua estrutura política originada em tribos que, após a revolução 
urbana, transformaram-se em cidades independentes, cada qual um Estado. 
Cada uma dessas Cidades-Estado tinha seu governante, chamado de Patesi e que 
representava o deus local - também de origem totêmica -, acumulando as funções de chefe 
militar e de sumo-sacerdote. O governo de cada Cidade-Estado era composto pelo Patesi 
(posteriormente Lugal ou Rei) e um corpo de sacerdotes. 
Tudo era propriedade do deus local, sendo seus bens “administrados” pelos 
sacerdotes. A falta de unidade política das Cidades-Estado e a disputa por novas terras 
cultiváveis deu origem a diversos conflitos entre elas. 
Agrava o contexto o fato de o território mesopotâmico, ao contrário do egípcio, ser 
mais vulnerável às invasões estrangeiras, que permearam toda sua história. 
No Egito, verifica-se o modo de produção designado, na tradição marxista, como 
“modo de produção asiático”, também chamado de “servidão coletiva”. Trata-se da 
economia de produção agrícola por parte de uma força de trabalho servil (dominada) com a 
apropriação de excedentes por parte de classes sociais dominantes, baseada em um complexo 
sistema de trocas entre os grandes proprietários autosuficientes e o Estado, que dirigia a 
economia controlando a produção de forma centralizada e intervencionista. 
Da mesma forma, na Mesopotâmia desenvolveu-se uma economia agrária e o modo 
de produção predominante foi o asiático, decorrente da produção de excedentes em virtude 
das grandes obras hidráulicas de drenagem dos rios Tigre e Eufrates. Se a Mesopotâmia não 
podia contemplar a unidade política de suas Cidades-Estado, estava mais próxima da unidade 
econômica. 
O surgimento das primeiras cidades, conclusivamente, se deve não à dádiva senão às 
adversidades do Nilo, Tigre e Eufrates, da inventabilidade do Homem em transpor as 
dificuldades do meio e à apropriação privada dos meios de produção, o que fez surgir, junto 
das cidades, a divisão da sociedade em classes (proprietários dos meios de produção e 
proprietários apenas de sua força de trabalho), e o Estado, na tradição marxista a instituição 
cuja finalidade seria a de perpetuar essas relações. 
 
 
 
 
 
O ESTADO MODERNO E O PODER 
 
 
As sucessivas transformações pelas quais passaram 
distintas sociedades humanas, desde grupos tribais até 
sociedades complexas e dotadas de sua organização em torno 
do Estado, fez com que distintos sistemas de governo 
caracterizassem distintos tipos de Estado. 
Ocorre que, da forma como concebemos o Estado hoje, 
suas raízes remontam ao período moderno, ou seja, aquele 
conhecido como de formação dos Estados Modernos, os quais 
ganham a forma de Estados Nacionais. 
Os Estados Modernos são estruturados após o declínio do 
feudalismo da Europa, que regeu as relações sociais durante a 
Baixa Idade Média (a partir do séc. IX) e foi marcado pela 
descentralização política, dada a autonomia dos feudos e seus senhores feudais em relação a 
um poder político central (compensado pela presença da autoridade da Igreja, que 
conformava uma unidade espiritual para a Europa Ocidental), por uma economia de 
subsistência e pelos laços de dependência que marcavam as relações sociais entre suseranos 
(nobres) e vassalos (seus súditos). 
Os Estados Modernos advêm, como dissemos, do declínio desse modelo de 
organização social e resulta, segundo Karl Marx, do Renascimento Urbano do séc. XI e do 
processo de cercamento das propriedades feudais, decorrente da crise que depois do séc. XIV 
determinou o declínio do feudalismo. Assim sendo, resulta do deslocamento populacional do 
campo em direção das cidades, bem como do deslocamento de atividades rurais (agrícolas) 
para atividades comerciais (urbanas). 
O regime de governo desses Estados Modernos 
foi a monarquia, numa forma em que o poder político 
do soberano era absoluto, ou seja, nada limitava o seu 
poder, motivo pelo qual foi designada como Monarquia 
Absolutista. 
 Verifica-se esse modelo, na Europa, do 
séc. XV ao XVII, no processo de transição do feudalismo 
para o capitalismo. 
 
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Todo o poder político estava, nesse modelo, centralizado nas mãos do rei que, agora 
sob o cristianismo, seguia tendo o exercício de seu poder político legitimado, além do sangue 
(uma vez que a transmissão de poder, nas monarquias, se dá pela hereditariedade), pela 
religião, haja visto a existência de teorias que defendiam o direito divino dos reis, como a do 
jurista francês Jean Bodin (1530-1596), no livro “Os seis livros sobre a República”; e do bispo 
e teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), especificamente na obra “Política 
Segundo a Sagrada Escritura”, na qual afirmava que a Monarquia teria origem divina, 
cabendo aos homens aceitar todas as decisões do soberano, uma vez que se não agissem 
dessa forma não seriam inimigos apenas do Estado; mas também de Deus. 
 
 
ESTADO, TIPOS DE DOMINAÇÃO E CONTROLE NA TEORIA 
WEBERIANA 
 
A obra de Max Weber, das mais significativas não só na 
Sociologia, mas cujos pressupostos teóricos servem sobremaneira à 
Ciência Política, é dotada de extrema complexidade e 
profundidade, no esforço compreensivo sobre fenômenos históricos 
e sociais. 
A parte da teoria de Weber que serve ao estudo do 
Estado, parte de seu princípio fundamental: o objeto da 
investigação sociológica deve ser a ação social típica. Para 
definir essa ação social, Weber partiu da ação humana como 
conduta pública ou não, que recebe um significado subjetivo 
por parte de seu agente, para então identificar tipos de ação 
social, segundo distintos elementos polarizadores: 
 
 
Tipos de Ação 
Social: 
Elemento 
Polarizador: 
Racional por valor valor 
Racional por fim finalidade 
Tradicional tradição 
Afetiva sentimento 
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Por sua vez, esses tipos de ação social se dariam na interação circunscrita a uma 
estrutura social, esta nos limites de três dimensões que as constituem: Classe, Estado, e 
Direito. Segundo sua definição: 
 
ESTRUTURA SOCIAL 
Cl
asse 
Parte da divisão do trabalho social 
Est
ado 
Detém o uso legítimo da força em 
determinado território 
Dir
eito 
Ordem e dispositivos de coerção 
 
As bases do Direito que organiza a sociedade, por sua vez, seriam compostas por três 
itens: carisma, costume e lei. 
A partir de todos esses componentes, identificando tipos de ação social circunscritas às 
estruturas mencionadas, Weber pôde determinar distintos tipos de sociedade de acordo com 
distintos tipos de controle político, o que nos permite identificar distintos tipos de Estado e de 
exercício de soberania, conforme o quadro abaixo: 
 
TIPOS DE SOCIEDADE / TIPOS DE CONTROLE 
Tipos de 
sociedade 
Base 
do direito 
Contr
ole / tipos 
Manifestações de 
controle 
Sobrenat
ural 
Mágico
-religioso 
Caris
ma 
Poderes mágicos, 
sacerdotes e profetas 
Relativa
mente 
racionalizadas 
Tradici
onal 
Costu
me 
Poderes patrimoniais 
Racionali
zadas 
Burocr
ático 
Lei Poderes secularizados, 
exercidos pela burocracia e com 
base nas leis 
 
 
 
 
ESTADO DE NATUREZA E ESTADO DE SOCIEDADE: A FORMA 
HOBBESIANA, A FORMA ROUSSEAUNIANA E A FORMA 
KANTIANA 
 
 
Já vimos que a vida em sociedade é eminentemente política; vimos também que a 
tendência dos grupos sociais é a institucionalização de suas relações, bem como a criação de 
normas legais para garantir o melhor convívio, chegando ao seu grau organizacional máximo 
na forma do Estado. Sendo assim, em termos políticos, a tendência geral é que instituições 
como o Estado assumam a tarefa da gestão da vida em sociedade, em seus mais variados 
aspectos. 
Dentre tantas possibilidades de atuação das instituições 
políticas (não apenas o Estado, mas qualquer instituição cujo 
objetivo seja ordenar o melhor convívio entre indivíduos, seja 
uma associação de moradores de bairro, seja um condomínio), 
vamos nos ater aqui à mediação de conflitos. 
Obviamente, estamos tratando de conflitos entre 
indivíduos; mas, antes de qualquer coisa: por que conflitos 
ocorrem? 
O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) defendeu a 
ideia de que em “estado de natureza”, ou seja, sem instituições 
com poder legal para normatizar a conduta dos indivíduos, os 
homens seriam egoístas. Isso porque estariam sempre 
competindo entre si por bens escassos, para sua sobrevivência. 
Nesse estado de natureza os homens não cooperariam, eles 
competiriam: essa seria a natureza dos conflitos, numa espécie de 
“guerra de todos contra todos”. 
Para Hobbes, seria necessário um “estado de sociedade” que obrigasse os homens a 
cooperar, que cooptasse sua obediência pelo uso ou ameaça do uso da força. O Estado e suas 
leis, para Hobbes, cumpririam essa tarefa: manter o súdito subserviente, completamente 
obediente, por meio da força. 
 
 
 
 
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Esse Estado não seria ilegítimo, mas produto do 
pacto feito entre os cidadãos que decidiriam entregar sua 
liberdade ao Estado, em nome do convívio social 
harmônico, garantido por esse Estado. 
Já para o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-
1804) haveria uma lógica para a ocorrência dos conflitos 
entre indivíduos nas relações sociais. Segundo Kant, todos 
nós, assim como os animais, possuímos um domínio, ou 
seja, um lugar no espaço com o qual nos relacionamos e, 
interagindo, construímos nossa identidade (Kant era 
também geógrafo, por isso a ênfase no papel do espaço para 
a exitência social). 
Mas o que ocorreria quando um indivíduo adentrasse 
o domínio do outro? 
O indivíduo pode repelir o visitante se este interferir em seu domínio, desencadeando o 
conflito; ou o visitante pode agredir o outro em seu próprio domínio, caso queira tomar para 
si o domínio que é do outro. Contudo, caso o visitante se mantivesse pacífico, demonstrando 
que não representaria ameaça alguma, não haveria como hostilizá-lo, cessando a 
possibilidade de conflito. 
Para Hobbes, os homens competem por “bens escassos em natureza”, nessa 
perspectiva, passemos a compreender o “domínio” de que dizia Kant como um bem escasso. 
Ocorre que Kant discordava de Hobbes, pois, para ele, mesmo que o espaço fosse limitado, os 
indivíduos poderiam e deveriam se comportar pacificamente, com o objetivo de alcançar a 
paz no convívio social, o que Kant chamou de “hospitalidade universal”. Para isso, essa 
hospitalidade deveria ser disseminada como valor. 
Contudo, a possibilidade de conflito tornaria a existir na possibilidade de aquele que 
invade o domínio do outro não desejar cooperar, ou daquele que tem seu domínio invadido 
desejar repelir, sempre à força, o visitante. 
Em ambos os casos, teríamos uma violação do direito ao domínio, resultando sempre 
em conflito. 
 
 
 
 
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Para Kant, os Estados desejosos em cooperar 
seriam os liberais, portadores dos valores de 
“hospitalidade universal”; aqueles que gerariam os 
conflitos seriam os autocráticos,inospitaleiros. A solução 
seria transformar todos os Estados em liberais, o que 
cessaria os conflitos. 
No âmbito do indivíduo, bastaria que tivessem 
também valores liberais. 
Para o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau (1712 
- 1778), o Homem seria naturalmente bom (discordando 
gravemente de Hobbes). A sociabilização, quando 
realizada para garantir os interesses de apenas uma 
pequena parcela da sociedade em detrimento de todo o 
resto, é que seria a culpada pela "degeneração" do 
indivíduo. 
Uma instituição política egoísta e autoritária, que 
governasse com o exclusivo uso da força (como queria 
Hobbes), é que tornaria o Homem egoísta e estabeleceria 
o conflito entre os indivíduos. 
 
 
 
O PACTO PELO ESTADO 
 
 
Em seu estado natural, para Hobbes, a vida humana seria solitária, miserável, 
desprezível e bestial, sendo o Homem inclinado naturalmente ao conflito. Ocorre que, para 
sobreviver, seria necessário então escapar da guerra de todos contra todos. Com base nessa 
necessidade é que os homens se uniriam em torno de um contrato para criar uma sociedade 
civil. 
Dessa forma, os indivíduos delegariam a um soberano todos os direitos para protegê-
los contra a violência de si mesmos. 
 
 
Jean-Jacques Rousseau, 
French Philosopher 
IMAGEM: © Leonard de 
Selva/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA ca. 
1980-1996 
FOTÓGRAFO Leonard de 
Selva 
COLEÇÃO Corbis Art 
 
 
 
 A obediência plena ao Estado, 
que teria por incumbência manter a ordem, 
garantiria a ordem. Ora, só se obedece a quem 
se teme, e só se teme aquele que pode usar a 
força. Por isso o Estado de Hobbes é o 
“Leviatã”, monstro aquático representado pela 
primeira vez na Bíblia, no Livro de Jó, cap. 40 e 
41 (é associado à Tiamat, ser mitológico 
descrito como serpente marinha, na Babilônia). 
A paz, para Hobbes, entendida como 
ausência de conflito, deveria ser mantida pelo 
recurso à força ou a ameaça do uso da força. 
Já a paz kantiana deveria estar 
alicerçada nos valores republicanos liberais, ou 
seja, teria a forma de um Estado liberal: a 
igualdade entre seus cidadãos, a 
representatividade política e a separação dos 
poderes (entre Legislativo – que cria as leis; 
Executivo – que executa as leis; e Judiciário – 
que julga o descumprimento às leis). 
A saída de Kant para uma paz perpétua seria a garantia institucional de que cada 
membro de uma determinada unidade política/social tivesse equidade de direitos em relação 
aos demais; e por fim o livre câmbio, garantido por lei, de benefícios e ideias entre os 
confederados. Essas seriam as tarefas do Estado liberal. 
Em contrapartida ao convívio pacífico praticado por aqueles que defendessem os 
valores liberais democráticos, haveria atores autoritários que estariam inclinados à guerra. 
Para isso, deveria haver uma autoridade institucional que inibisse a ação de atores autoritários 
(egoístas) para a manutenção da paz. 
Essa autoridade institucional deveria promover a cooperação entre os Estados, ao 
mesmo tempo evitando a ascensão “predatória” de um ator sobre os demais. Advém daí o 
princípio kantiano de “segurança coletiva”, que pressupõe a criação de instrumentos para 
evitar agressões ou intervir em favor dos atores agredidos, caso uma violência já tivesse sido 
perpetrada por atores autoritários, em defesa dos valores liberais. 
 
 
 
 
 
Já para Rousseau, seria preciso um estado de sociedade que garantisse a continuidade 
da cooperação entre os homens, esta que já existiria em estado de natureza, para que os 
conflitos deixassem de existir. 
Como chegar a esse Estado ideal? Rousseau nos respondeu: por meio do “contrato 
social”, o arranjo institucional que seria operado para a proteção dos direitos naturais do 
Homem (à vida, à dignidade, à liberdade etc.). 
O contrato social deveria partir da vontade coletiva em todas as esferas da sociedade: 
no Estado, no governo, na economia, delimitando o espaço e as formas de ação individual. 
Rousseau vislumbrava também a possibilidade de esse acordo não ser aceito por todos, 
mas ainda assim seria legítimo por tratar-se da vontade expressa da maioria dos cidadãos, 
portanto deveria ser executado pelos representantes que estivessem governando, por coerção 
(em relação aos desobedientes) ou por consentimento (para os que pactuaram). Trata-se do 
Estado rousseauniano. 
Com isso, a possibilidade de conflito não se daria mais entre os homens, mas entre os 
Estados, pois o contrato diluiria os conflitos internos às sociedades, passando a haver apenas 
atritos de ordem estatal ou governamental. 
A questão do domínio, que aparecia em Kant como possível geradora de conflitos 
(quando um ator invadisse o domínio de outro), reaparece em Rousseau na defesa que fez da 
propriedade, que se constituiria enquanto direito a partir do momento em que o “primeiro” 
homem considerou ser aquele domínio seu. 
Para dirimir conflitos, o contrato social 
também teria como tarefa legitimar a posse desse 
domínio, para que não ocorressem disputas e 
conflitos sociais, garantindo o usofruto privado da 
terra. O privado assume em Rousseau a figura do 
bem comum; e o uso do patrimônio pelo bem 
comum é o que deve prevalecer. 
O contrato social seria então o acordo entre 
indivíduos para se criar uma Sociedade. Não se 
trata da criação do Leviatã (o Estado para 
Hobbes), mas um pacto de associação, não de 
submissão, que levasse a um Estado justo. 
Para Hobbes, Kant e Rousseau, ainda que 
de distintas formas, a gestão da vida social e a mediação para a resolução de conflitos 
deveriam ser realizadas por uma instituição, portadora tanto de autoridade quanto de 
legitimidade, ou seja, na forma do Estado. 
Mas de onde vem sua legitimidade? 
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Aqui, Hobbes e Rousseau concordaram que sua legitimidade estaria alicerçada no 
pacto, ou seja, no contrato que os súditos realizariam para o estabelecimento de uma 
autoridade, que lhes garantiria o exercício de direitos e mediasse/resolvesse conflitos. 
E de onde vem sua autoridade? 
Aqui os autores divergiram! Hobbes defendeu que seria pelo uso da força ou pela 
ameaça de seu uso. Rousseau atribuiu essa autoridade ao próprio poder do povo, que o 
transferiria ao Estado, sendo ele representante de sua vontade. Kant relacionou a autoridade 
do Estado também ao uso da força, mas para lidar apenas com aqueles que conscientemente 
tivessem optado por não cooperar e que, invariavelmente, são aqueles que desencadeariam 
conflitos. 
De qualquer forma, a via da mediação e da dissolução de conflitos, para esses autores, 
é a via institucional, ou seja, ganha forma no Estado. 
A criação de instituições que representem a vontade de seus conscritos, por meio do 
pacto – o Estado -; a possibilidade de representatividade para que se possa participar das 
dinâmicas do Estado e garantir que ele represente de fato a vontade expressa de todos (ou de 
uma maioria); a criação de normas legais e burocráticas para organizar o bom convívio no 
interesse de todos; e a autoridade para fazer cumprir as normas legais: configuram a saída 
política estatal para os conflitos em sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda sobre o tema “Estado, soberania e poder”, indico os textos abaixo, a título de 
leitura complementar: 
 ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 
2004. 
 BAKUNIN, M. Deus e o Estado. São Paulo: Cortez, 1988. 
 HOBBES. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e 
civil. São Paulo: Martin Claret, 2007. 
 KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: 70, 1995. 
 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Hemus, s/d. MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 
 MONTESQUIEU, C. S. B. O Espírito das Leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2000. 
 MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Martin Claret, 2000. 
 ROUSSEAU, J. O Contrato Social: Texto Integral. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
 WEBER, M. Ciência e Política: Duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1996. 
 
Indico ainda os filmes: 
 Trono de sangue; dir.: Akira Kurosawa; drama, Japão, 1957. 
 A fortaleza escondida; dir.: Akira Kurosawa; drama, Japão, 1958. 
 Guerra e paz; dir.: King Vidor; drama, EUA, 1956. 
 1984; dir.: Michael Radford; drama, Inglaterra, 1984. 
 A rainha Margot; dir.: Patrice Chéreau; drama, França, 1994. 
 O Herói; dir.: Zhang Yimou; drama, EUA, 2002. 
 O clã das adagas voadoras; dir.: Zhang Yimou; drama, China, 2004. 
 V de vingança; dir.: James McTeigue; drama, EUA, 2006. 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. 
BAKUNIN, M. Deus e o Estado. São Paulo: Cortez, 1988. 
BOBBIO, N. Teoria Geral da Política: A Filosofia Política e as Lições dos Clássicos. Rio de 
Janeiro: Campus, 2000. 
__________; MATTEUCCI, N. Dicionário de Política. Brasília: Unb, 2007. 
DUVERGER, M. Ciência Política: Teoria e Método. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. 
HOBBES. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São 
Paulo: Martin Claret, 2007 
KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: 70, 1995. 
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Hemus, 1977. 
__________. Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo: Imprensa 
Oficial, 2000. 
MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1997 
MONTESQUIEU, C. S. B. O Espírito das Leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Martin Claret, 2000. 
ROUSSEAU, J. O Contrato Social: Texto Integral. São Paulo: Martins Fontes, 1999 
WEBER, M. Ciência e Política: Duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1996. 
 
 
Referências 
 
 
 
 
 
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