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Contestação - noite doc (2)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 36ª 
VARA DO TRABALHO DO BROOKLYN 
 
Processo nº: 1000224-98.2019.5.29.0036 
 
DOC HARRIS BUGIGANGAS LTDA.​, já qualificada nos 
autos da reclamação trabalhista em epígrafe, que lhe move ​CHRIS ROCK​, também 
qualificado, por seu advogado, que esta subscreve (procuração anexa), com endereço 
profissional em ..., CEP ..., vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, com fundamento no art. 847, da CLT, 
combinado com o art. 336, do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao 
processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT, e do art. 15, do CPC, pelas razões 
de fato e de direito que adiante se seguem: 
 
BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 
O reclamante ajuizou a presente reclamação trabalhista em 
face da reclamada, alegando admissão em 26/04/2007, na função de vendedor, 
mediante salário de R$ 1.200,00 e comissões por vendas, à ordem de 5%, trabalhando 
de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00, com 1 hora de intervalo. Foi 
dispensado em 16/11/2018, cumprindo aviso prévio trabalhado, e recebeu 
corretamente suas verbas rescisórias. 
 
DAS PRELIMINARES 
 
Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho 
 
O reclamante pleiteia ser indenizado por danos morais, em 
razão da aquisição de um telefone celular, da reclamada, da marca Samsung, que 
apresentou defeito 20 dias após a compra. 
 
Entretanto, a relação jurídica, no caso, é uma relação de 
consumo, que foge à competência material da Justiça do Trabalho, insculpida no art. 
114, da Constituição Federal, sendo essa competência de natureza absoluta, nos 
termos também do art. 337, II, do CPC. 
 
Em razão da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, 
requer a reclamada a extinção do processo, sem resolução do mérito, relativamente ao 
pedido de indenização por danos morais, nos termos do art. 485, IV, do CPC. 
 
Inépcia da petição inicial 
 
O reclamante pede adicional de periculosidade e reflexos. 
Entretanto, não há causa de pedir correspondente, razão pela qual a petição inicial, 
nesse particular, é inepta, com fundamento no art. 330, § 1º, do CPC. 
 
Dessa forma, requer a reclamada a extinção do feito, sem 
resolução do mérito, com relação ao pedido de adicional de periculosidade, nos 
termos do art. 485, I, do CPC. 
 
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
Prescrição quinquenal 
 
A presente reclamação trabalhista foi ajuizada em 
18/11/2019, de modo que os pedidos anteriores a 18/11/2014 estão fulminados pela 
prescrição quinquenal de que dispõem o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, o art. 
11, da CLT, e o entendimento contido na Súmula nº 308, I, do TST. 
 
Dessa forma, pleiteia a extinção do feito com resolução do 
mérito, relativamente à pretensão atingida pela prescrição quinquenal, nos termos do 
art. 487, II, do CPC. 
 
DO MÉRITO 
 
Da estabilidade no emprego 
 
O reclamante pleiteia a reintegração no emprego ou 
indenização substitutiva, porquanto alega que foi eleito membro do conselho fiscal do 
sindicato de sua categoria, tendo tomado posse em 13/09/2018, e foi dispensado, sem 
justa causa, em 16/11/2018. 
 
Entretanto, conforme entendimento contido na OJ nº 365, da 
SBDI-1, do TST, o membro do conselho fiscal de sindicato não faz jus à estabilidade 
prevista no art. 8º, VIII, da Constituição Federal. 
 
Requer, portanto, a rejeição do pedido. 
 
Das horas extras 
 
O reclamante pede o pagamento de horas extras, alegando 
que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00, com 1 hora de intervalo 
intrajornada. 
 
Entretanto, o estabelecimento da reclamada possuía apenas 
6 empregados, estando, assim, dispensado da manutenção de controle escrito de 
jornada, nos termos do art. 74, § 2º, da CLT. Em razão dessa dispensa, pertence ao 
reclamante o ônus de provar a jornada afirmada na inicial, nos termos do art. 818, I, 
da CLT. 
 
Requer, pois, a improcedência do pedido. 
 
Na eventualidade de acolhimento do pleito, uma vez que o 
reclamante era comissionista misto, requer a aplicação do entendimento contido na 
Súmula nº 340 do TST, sobre a parte variável de sua remuneração. 
 
Da multa do art. 477, § 8º, da CLT 
 
O reclamante foi dispensado em 16/11/2018 e recebeu suas 
verbas rescisórias em 18/11/2018, razão pela qual foram pagas no prazo previsto no 
art. 477, § 6º, da CLT, não fazendo jus à multa pleiteada. 
 
Além disso, embora a homologação da rescisão contratual 
tenha ocorrido em 06/12/2018, essa formalidade não mais é obrigatória, após o 
advento da Lei nº 13.467/2017. 
 
De qualquer ângulo que se olhe, portanto, o reclamante não 
faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT, pelo que requer a improcedência do pedido. 
 
Dos honorários sucumbenciais 
 
O reclamante pede a condenação da reclamada no 
pagamento de honorários sucumbenciais no importe de 20% sobre o valor atribuído à 
causa. 
 
Entretanto, em razão da improcedência total dos pedidos, o 
reclamante não faz jus a qualquer valor a título de honorários sucumbenciais. 
 
Na remota hipótese de acolhimento de algum dos pedidos 
formulados na inicial, requer seja observado o limite previsto no art. 791-A, ​caput​, da 
CLT, fixando-se os honorários sucumbenciais entre o mínimo de 5% e o máximo de 
15% do proveito econômico obtido. 
 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) o acolhimento das preliminares de incompetência 
absoluta da Justiça do Trabalho e de inépcia da petição inicial; 
 
b) a pronúncia da prescrição quinquenal; 
 
c) a improcedência dos pedidos formulados na petição 
inicial; 
 
d) a condenação do autor no pagamento de honorários de 
sucumbência, nos termos do art. 791-A, da CLT. 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
Local e data 
Advogado 
OAB nº ...

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