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TUTORIA 5 – FUNÇÃO RESPIRATÓRIA 1. Compreender a mecânica e a regulação respiratória. A respiração pode ser dividida em quatro componentes principais: (1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; (2) difusão de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue; (3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo; (4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração. O movimento respiratório tranquilo é dado pelo diafragma, que faz um movimento de subida e descida, garantindo a expansibilidade adequada. Em ocasiões de respiração ofegante, o diafragma é auxiliado pelos músculos abdominais CURIOSIDADE: Os pulmões são presos à parede torácica, como se estivessem colados; no entanto, eles estão bem lubrificados e podem deslizar livremente quando o tórax se expande e contrai. Como se trata de ar, existe todo um “jogo de pressões” entre a pressão alveolar e a pressão pleural, denominada pressão transpulmonar (diferença entre as duas pressões). Simplificando: quanto maior a pressão transpulmonar, maior a quantidade de ar que entra no pulmão. COMPLACÊNCIA PULMONAR O grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar (se tempo suficiente for permitido para atingir o equilíbrio) é chamado complacência pulmonar. A complacência total de ambos os pulmões no adulto normal é, em média, de 200 mililitros de ar por centímetro de pressão de água transpulmonar. Isto é, sempre que a pressão transpulmonar aumentar 1 centímetro de água, o volume pulmonar, após 10 a 20 segundos, se expandirá 200 mililitros. PRINCÍPIOS DA TENSÃO SUPERFICIAL. Quando a água forma uma superfície de contato com o ar, as moléculas da água na superfície têm atração especialmente forte umas pelas outras. Como resultado, a superfície da água está sempre tentando se contrair. Isto é o que mantém as gotas de chuva unidas. O surfactante é um agente ativo da superfície da água, significando que ele reduz bastante a tensão superficial da água. Produz surfactante, que impede o colapso alveolar (diminui a tensão superficial). Analogia da bexiga de gás: com o surfactante, que seria o pó existente na bexiga de gás, podemos enche-la várias vezes sem que a parede da bexiga se feche. CAIXA TORÁCICA A caixa torácica tem suas próprias características elásticas e viscosas, semelhantes às dos pulmões; até mesmo se os pulmões não estivessem presentes no tórax, esforço muscular seria necessário para expandir a caixa torácica. Alvéolo quer colabar e caixa torácica quer expandir, então precisa existir uma pressão que equilibre eles e essa pressão é a pressão do espaço intrapleural, que é sempre negativa CURIOSIDADE: Durante a respiração normal e tranquila, apenas 3% a 5% da energia consumida pelo corpo são requeridas pela ventilação pulmonar. Entretanto, durante o exercício pesado, a quantidade de energia requerida pode aumentar por até 50 vezes, especialmente se a pessoa tiver qualquer grau de incremento da resistência das vias aéreas ou complacência pulmonar diminuída. Assim, uma das principais limitações da intensidade do exercício é a capacidade da pessoa de fornecer energia muscular suficiente para apenas o processo respiratório isoladamente. Por isso que a pessoa deve começar aos poucos, fazendo exercícios básicos para depois progredir. VOLUME PULMONAR TOTAL Ele é medido pela soma de 4 tipos de volume: 1. O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal; é de cerca de 500 mililitros no homem adulto médio. 2. O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total; geralmente, é de cerca de 3.000 mililitros. 3. O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal; normalmente, esse volume é de cerca de 1.100 mililitros. 4. O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada; esse volume é de cerca de 1.200 mililitros. CAPACIDADES PULMONARES 1. A capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório. Essa capacidade é a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões até seu máximo. 2. A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. Essa capacidade é a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de expiração normal (cerca de 2.300 mililitros). 3. A capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. Essa capacidade é a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enchê-los à sua extensão máxima e, então, expirar, também à sua extensão máxima (em torno de 4.600 mililitros). 4. A capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 mililitros); é igual à capacidade vital mais o volume residual. A CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF) INDICAÇÃO PATOLÓGICA É o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de cada expiração normal. É importante para a função pulmonar. Como esse valor varia acentuadamente em alguns tipos de doença pulmonar, é geralmente desejável medir essa capacidade Sem entrar muito no mérito, até porque envolve matemática e vai ser complicado explicar a formula, o exame vai ser feito com um espirômetro misturado com gás hélio. Como resultado, o hélio é diluído pelos gases residuais do pulmão e o volume da CRF pode ser calculado. A ventilação-minuto é a quantidade total de novo ar levado para o interior das vias aéreas a cada minuto e é igual ao volume corrente multiplicado pela frequência respiratória por minuto. VENTILAÇÃO ALVEOLAR A velocidade/intensidade com que o ar novo alcança essas áreas (alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios) é chamada ventilação alveolar. Um dos mais importantes desafios em todas as vias aéreas é mantê- las abertas e permitir o livre fluxo de ar para os alvéolos e a partir deles. Traqueia múltiplos anéis cartilaginosos; Parede brônquica placas cartilaginosas mais maleáveis; Bronquíolos não estão livres de colapso pela rigidez de suas paredes. Eles são mantidos expandidos pelas mesmas pressões transpulmonares que expandem os alvéolos. Ou seja, conforme os alvéolos aumentam, os bronquíolos também aumentam, mas não na mesma intensidade. CONTROLE NEURAL E LOCAL DA MUSCULATURA BRONQUIOLAR - SIMPÁTICO O controle direto dos bronquíolos pelas fibras nervosas simpáticas é relativamente fraco porque poucas dessas fibras penetram nas porções centrais do pulmão. Entretanto, a árvore brônquica é muito mais exposta à norepinefrina e à epinefrina, liberadas na corrente sanguínea pela estimulação simpática da medula da glândula adrenal. Ambos os hormônios, especialmente a epinefrina, por causa de sua maior estimulação dos receptores betadrenérgicos, causam dilatação da árvore brônquica. CONSTRIÇÃO PARASSIMPÁTICA DOS BRONQUÍOLOS. Poucas fibras parassimpáticas, derivadas do nervo vago, penetram no parênquima pulmonar. Esses nervos secretam acetilcolina e, quando ativados, provocam constrição levea moderada dos bronquíolos. Quando uma doença, como a asma, já causou alguma constrição bronquiolar, a estimulação nervosa parassimpática sobreposta, com frequência, piora essa condição. FATORES SECRETORES LOCAIS PODEM CAUSAR CONSTRIÇÃO BRONQUIOLAR A histamina e a substância de reação lenta da anafilaxia. Ambas são liberadas pelos mastócitos dos tecidos pulmonares, durante reações alérgicas, especialmente as causadas pelo pólen no ar. Elas têm papel fundamental na origem da obstrução das vias aéreas que ocorre na asma alérgica; isto é especialmente verdadeiro para a substância de reação lenta da anafilaxia. As mesmas substâncias irritantes que causam reflexos constritores parassimpáticos das vias aéreas — cigarro, poeira, dióxido de enxofre e alguns elementos ácidos na poluição — podem atuar diretamente nos tecidos pulmonares, iniciando reações locais não neurais que ocasionam constrição das vias aéreas. Todas as vias aéreas, do nariz aos bronquíolos terminais, são mantidas úmidas por camada de muco que recobre toda a superfície. Além de manter as superfícies úmidas, o muco aprisiona pequenas partículas do ar inspirado e evita que a maior parte dessas partículas alcance os alvéolos. Também existem cílios que vibram continuamente na frequência de 10 a 20 vezes por segundo e a direção desse “movimento ciliar de força” é sempre para a faringe. Essa vibração contínua faz com que a cobertura de muco flua, lentamente, com velocidade de alguns poucos milímetros por minuto, em direção à faringe. Então, o muco e suas partículas capturadas são engolidos ou tossidos para o exterior. Quem fuma destrói esses cílios, dando “passe livre” para partículas inspiradas ao interior do pulmão. CURIOSIDADE: Parte do ar que a pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas gasosas, por simplesmente preencher as vias respiratórias onde essas trocas nunca ocorrem, tais como o nariz, a faringe e a traqueia. Esse ar é chamado ar do espaço morto, por não ser útil para as trocas gasosas. Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro, antes de qualquer ar dos alvéolos alcançar a atmosfera. Portanto, o espaço morto é muito desvantajoso para remover os gases expiratórios dos pulmões. ESPECIFICAMENTE PARA O PROBLEMA Durante a atividade física, a intensidade do uso de O2 e de formação de CO2 é frequentemente elevada a 20 vezes da taxa basal, exigindo aumentos proporcionais da ventilação pulmonar. Em altitude elevada, soma-se ainda o efeito do ar rarefeito, o qual contribui para a redução da pressão parcial de O2 no sangue. Ok, nível de O2 baixo e ventilação pulmonar elevada, e quem vai salvar nosso corpo disso? - os quimiorreceptores localizados nos corpos carotídeos e aórticos transmitem os sinais instantaneamente aos centros superiores. Assim, o organismo aumenta o número de incursões respiratórias para minimizar os efeitos da hipóxia. Ou seja, existe uma integração muito rápida para minimizar os efeitos da hipóxia no organismo. REGULAÇÃO RESPIRATÓRIA O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral Esses centros se dividem em agrupamentos de neurônios que são responsáveis por ações específicas, sendo eles: Grupo Dorsal, que é responsável pela inspiração; Grupo Ventral, responsável pela expiração; Centro Pneumotáxico, regulador da frequência e da amplitude respiratória, Centro Apnêustico que tem por função interromper o estímulo inspiratório, atuando e modulando o Pneumotáxico. GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL DE NEURÔNIOS — SEU CONTROLE NA INSPIRAÇÃO E NO RITMO RESPIRATÓRIO Apresenta uma função importante no controle da respiração e, em grande parte, se situa no interior do núcleo do trato solitário (NTS). O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório a partir de (1) quimiorreceptores periféricos; (2) barorreceptores; (3) vários tipos de receptores nos pulmões. O CENTRO PNEUMOTÁXICO LIMITA A DURAÇÃO DA INSPIRAÇÃO E AUMENTA A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA A função do centro pneumotáxico é basicamente a de limitar a inspiração, que adicionalmente apresenta o efeito secundário de aumento na frequência respiratória, já que a limitação da inspiração também reduz a expiração e o ciclo total de cada movimento respiratório. Sinal pneumotáxico intenso pode elevar a frequência respiratória para 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto, enquanto um sinal pneumotáxico débil pode reduzir a frequência para apenas 3 a 5 movimentos respiratórios por minuto. GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL DE NEURÔNIOS — FUNÇÕES TANTO NA INSPIRAÇÃO QUANTO NA EXPIRAÇÃO Eles são especialmente importantes na provisão de sinais expiratórios vigorosos para os músculos abdominais, durante a expiração muito intensa. Assim, essa área atua mais ou menos como mecanismo suprarregulatório quando ocorre necessidade de alto nível de ventilação pulmonar, particularmente durante atividade física intensa. Os sinais sensoriais neurais provenientes dos pulmões também ajudam a controlar a respiração. De maior relevância existem receptores de estiramento, situados nas porções musculares das paredes dos brônquios e dos bronquíolos, em todo o parênquima pulmonar, responsáveis pela transmissão de sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios, quando os pulmões são excessivamente distendidos. Quando os pulmões são excessivamente insuflados, os receptores de estiramento ativam resposta de feedback apropriada que “desativa” a rampa inspiratória e, consequentemente, interrompe a inspiração. Esse mecanismo recebe o nome de reflexo de insuflação de Hering-Breuer. 2. Entender gasometria e sua relação com os níveis de lactato (antes e após o treino). Para que serve a gasometria? - A gasometria mede o pH e os níveis de oxigênio e de gás carbônico no sangue de um paciente. A verificação dos gases sanguíneos é utilizada para verificar o equilíbrio ácido-base do organismo, diretamente relacionado com a performance pulmonar e metabólica. A causa mais comum de aumento do lactato é a má perfusão sistêmica: a redução na oferta e/ou captação de oxigênio nos tecidos favorece o metabolismo celular anaeróbio, com maior produção do ácido lático. Os distúrbios metabólicos são aqueles que alteram primariamente os valores do HCO3 na gasometria, já os respiratórios, modificam primariamente os valores de pCO2 na gasometria. Na presença desses distúrbios, o corpo reage através de respostas compensatórias (respiratórias ou renais) a fim de evitar mudança do pH. De modo geral, a resposta compensatória de um distúrbio respiratório é renal (metabólico), através da retenção ou excreção de HCO3 ou H+. Por outro lado, a resposta de um distúrbio metabólico é respiratória, induzindo a hiper ou hipoventilação. Simplificando: a resposta compensatória de um distúrbio metabólico é respiratória e a resposta compensatória de um distúrbio respiratório é metabólico (são inversos). ACIDOSE METABÓLICA Na acidose metabólica temos uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente, redução do pH (acidose). A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 (que também acidifica o meio). ALCALOSE METABÓLICA Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose). A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o CO2 ACIDOSE RESPIRATÓRIA Na acidose respiratória,existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, retenção do CO2. A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3 ou excreta mais ácido), com posterior elevação do HCO3 na gasometria. ALCALOSE RESPIRATÓRIA Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3. Da mesma forma da acidose respiratória, aqui também avaliamos se o distúrbio é agudo ou crônico. MISTO Algumas vezes observamos a ocorrência simultânea de dois ou três distúrbios acidobásicos independentes. Daí chamamos de distúrbios mistos. https://www.fontouraeditora.com.b r/periodico/upload/artigo/1362_153 0016241.pdf Concluiu-se que tanto a atividade aeróbica como o exercício resistido testados provocaram aumento da concentração de lactato sanguíneo durante os momentos de esforço, com posterior declínio durante a fase de recuperação em repouso, o que pode ser justificado pela alta demanda metabólica por ATP e pela demanda adicional de energia em exercícios intensos. 3. Explicar a regulação e produção de hemácias. A principal função das hemácias, também conhecidas como eritrócitos, consiste no transporte de hemoglobina, que, por sua vez, leva oxigênio dos pulmões para os tecidos. A hemoglobina não fica livre no plasma pois ela extravasaria para o espaço intersticial ou através da membrana glomerular do rim, por isso ela deve permanecer dentro das hemácias. As hemácias possuem outras funções além do transporte de hemoglobina, tais como: Contém grande quantidade de anidrase carbônica Essa enzima catalisa a reação reversível entre o dióxido de carbono (CO2) e a água para formar ácido carbônico (H2CO3), aumentado por milhares de vezes essa reação. A rapidez dessa reação possibilita que a água do sangue transporte quantidade enorme de CO2 na forma de íon bicarbonato (HCO3−), dos tecidos para os pulmões, onde é reconvertido em CO2 e eliminado para a atmosfera como produto do metabolismo corporal. A hemoglobina nas células é excelente tampão ácidobase (como é o caso da maioria das proteínas); devido a isso, a hemácia é responsável pela maior parte da capacidade do tamponamento ácido-base de todo o sangue. Um pouco sobre a importância desse mecanismo de tampão: O tampão composto por ácido carbônico/bicarbonato ajuda a controlar o pH sanguíneo. Se não houvesse esse sistema, haveria muita oscilação de PH sanguíneo, nós provavelmente morreríamos. Por exemplo: o jogador do problema libera muito lactato devido a pratica de esportes, esse lactato deixa o sangue dele ácido, se o tamponamento ácido-base não for eficaz ele vai ter uma acidose metabólica. Locais de produção das hemácias: Primeiras semanas: saco vitelino Segundo trimestre: fígado (principal), baço e linfonodos Último mês e pós: medula óssea A medula óssea de quase todos os ossos produz hemácias até que a pessoa atinja a idade de 5 anos. A medula óssea dos ossos longos, exceto pelas porções proximais do úmero e da tíbia, fica muito gordurosa, deixando de produzir hemácias aproximadamente aos 20 anos de idade. Após essa idade, a maioria das hemácias continua a ser produzida na medula óssea dos ossos membranosos, como vértebras, esterno, costelas e íleo. Mesmo nesses ossos, a medula passa a ser menos produtiva com o avanço da idade. As hemácias iniciam suas vidas, na medula óssea, por meio de tipo único de célula referido como célula-tronco hematopoética pluripotente, da qual derivam todas as células do sangue circulante. A exposição do sangue a baixas concentrações de oxigênio, por longo período, resulta na indução do crescimento, da diferenciação e da produção de número muito aumentado de hemácias. Ou seja, assim como infecções induzem grandes quantidades de leucócitos, pouco oxigênio induz muita quantidade de hemácias. Isso explica o motivo de pessoas que vivem em regiões altas terem mais hemácias como característica evolutiva. A Eritropoetina Regula a Produção das Hemácias do Sangue Oxigenação Tecidual É o Regulador Mais Essencial da Produção de Hemácias Diversas patologias circulatórias que causam a redução do fluxo sanguíneo tecidual e particularmente as que promovem redução da absorção de oxigênio pelo sangue, quando passa pelos pulmões, podem também aumentar a intensidade de produção de hemácias. ERITROPOIETINA ESTIMULA!!! Quando o sistema da eritropoetina está funcional, a hipoxia promove aumento importante da produção de eritropoetina, e, por sua vez, a eritropoetina aumenta a produção eritrocitária até o desaparecimento da hipoxia. ONDE A ERITROPOIETINA É FEITA? Normalmente, cerca de 90% de toda eritropoetina é produzida pelos rins, sendo a restante formada, em sua maior parte, no fígado. Não se sabe exatamente onde, nos rins, a eritropoetina é produzida. Alguns estudos sugerem que a eritropoetina seja secretada, principalmente, por células intersticiais semelhantes a fibroblasto, em torno dos túbulos do córtex e medula exterior e secrete onde ocorre grande parte do consumo renal de oxigênio. FATO LEGAL Quando os dois rins são removidos ou destruídos por doença renal, a pessoa invariavelmente fica muito anêmica, visto que os 10% de eritropoetina normal produzidos em outros tecidos (sobretudo no fígado) só são suficientes para estimular de 33% a 50% da produção eritrocitária necessária ao organismo. ESTIMULAÇÃO HORMONAL Em particular, tanto a norepinefrina quanto a epinefrina, além de diversas prostaglandinas, estimulam a produção de eritropoetina. Algumas vezes, a hipoxia, em outras partes do organismo, mas não nos rins, também estimula a secreção renal de eritropoetina, o que sugere a existência de algum tipo de sensor não renal que envia sinal adicional para os rins, para a produção desse hormônio. 4. Explanar os exames laboratoriais citados no problema ESPIROMETRIA – NÃO LABORATORIAL Espirometria é um exame que mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inspirar ou expirar a cada vez que respira, ou seja, a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz (análise dos fluxos). DOSADOR DE ERITROPOIETINA A pesquisa e dosagem de eritropoietina é o exame feito para identificar e quantificar o hormônio que estimula a formação de hemácias. O procedimento pode ser útil para especificar os tipos de anemia, bem como, avaliar o funcionamento dos rins no que diz respeito à produção da eritropoietina. Ao identificar o tipo de anemia que acomete o paciente, o profissional que o acompanha pode selecionar o melhor esquema de tratamento para a patologia. As informações produzidas pela pesquisa e dosagem de eritropoietina também podem ser úteis para diagnosticar a policitemia, um tipo de câncer no sangue, e monitorar a evolução do tratamento de pacientes em terapia respiratória. Dosagem baixa de eritropoietina corrobora para suspeita de patologias renais. 5. Conhecer a ação do chá de coca e do salbutamol. O chá de coca tem efeitos estimulantes que ajudam a combater o “mal da montanha”, efeitos físicos resultantes das grandes altitudes e da rarefação do ar pois incrementa a absorção de oxigênio pelo organismo de quem o toma. Seu efeito é semelhante ao do café, enquanto estimulante, mas também tem ação digestiva, razão pela qual é costume tomar este chá ao final das refeições, e curativa por sua ação carminativa, que ajuda a eliminaçãodos gases, a redução de peso e à recuperação de energia pelas pessoas fatigadas. O chá de coca contém altas concentrações de vitaminas, com propriedades antioxidantes (vits. A, B2, B6, C e E) e que estimulam o funcionamento do sistema imunológico, aumentando a capacidade do organismo em destruir os compostos potencialmente tóxicos. As folhas de coca contêm diversos componentes químicos conhecidos como alcaloides. Nos dias atuais, o mais conhecido entre esses componentes é a cocaína, extraída e purificada por complexos processos químicos. Muitas pessoas confundem coca com cocaína, e porque a cocaína é conhecida como “droga de abuso”, é necessário ressaltar novamente as diferenças entre a folha inteira e o alcalóide isolado. Momento curiosidade A mastigação da folha de coca com fins medicinais é um hábito tão antigo quanto a própria civilização inca. Tem datação especulada de 8 mil anos atrás. SALBUTAMOL Sulfato de Salbutamol é um agonista beta2-adrenérgico seletivo indicado para o tratamento ou prevenção do broncoespasmo. Ele fornece ação broncodilatadora de curta duração na obstrução reversível das vias aéreas devido à asma, bronquite crônica e enfisema. +BONUS PRÁTICA Gasometria consegue fazer uma integração entre rim, respiratório e digestório. PACIENTE DIABÉTICO todo tipo de estresse pode levar a essa descompensação, inclusive uma infecção (estresse) pode levar a uma cetoacidose diabética. Se a pessoa tem pouco HCO3 seu corpo compensa alterando o sentido da reação, consumindo co2 Chave do diagnóstico: identificar o começo do problema Bicarbonato e pressão parcial de co2 determinam o PH. Bicarbonato baixo = Ph baixo PCo2 baixo = ph alto Culpa do co2 respiratória Culpa do HCO3 metabólica Valores da gasometria: PH = 7,35-7,45 PCO2 = 35-45 HCO3 = 22-26 Ph baixo pelo bicabornato baixo; seu corpo fica em taquipnéia para eliminar muito co2 e com isso baixar o nível de co2 para aumentar o ph Importante saber a origem para não fazer BOBAGEM! Tem médico que dá remédio para baixar a frequência respiratória sendo que esse taquipneia tá salvando a vida do paciente. DPOC sibilo (obstrução – som de balão de festa secando) se ela tem obstrução ela tem acumulo de co2, faz gasometria. Chega em 80 hemoglobina fique ALERTA pois a queda é mais rápida depois disso! Existe um controle entre a ventilação e perfusão, pois alvéolo colabado não recebe muito sangue. Você pode ter uma acidose mista, como esse caso abaixo, bicarbonato baixo e co2 alto. Creptações liquido Pessoa com baixa de bicarbonato e PH ácido: broncodilatador tem preferência ao bicarbonato pois não é agressivo. Lembrar que a compensação renal é mais lenta que respiratória! Exercicio físico Acidose metabólica e alcalose respiratória compensação.
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