Buscar

Fundamentação de Projetos_6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundamentação de 
Projeto Arquitetônico
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Tiago Azzi Coleet e Silva
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Exemplos de Projetos – Leituras
• Introdução;
• Estudo de Caso;
• Acesso e Perímetro;
• Circulação e Espaços/Usos;
• Compartimentação;
• Hierarquia;
• Simetria e Equilíbrio;
• Campos Visuais;
• Forma;
• Posição/Orientação;
• Formas – Subtração e Adição.
• Conhecer, por meio de um projeto arquitetônico, os conceitos abordados nesta Unidade.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Exemplos de Projetos – Leituras
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Introdução
Esta Disciplina, como explanado no decorrer das unidades, tem como finalida-
de elucidar o que é arquitetura, o que um arquiteto faz e como realiza/organiza 
pensamentos arquitetônicos por meio de um projeto.
O entendimento da Arquitetura aqui, como a idealização de uma forma pensa-
da e representada através de desenhos, que retrata um tema como a sua principal 
diretriz, assim como quando idealizamos um abrigo voltado ao ser humano, isto 
é, sendo usuário principal para um pensamento/volume arquitetônico.
Discutir um objeto arquitetônico é chegar a uma síntese de ideias, ou seja, o enten-
dimento de diversas condicionantes a fim de realizarmos um conceito arquitetônico 
que futuramente se transformará em uma edificação ou algo construído. 
Dessa forma, alguns tópicos importantes devem ser ressaltados para chegar-
mos a tal fim, por exemplo:
• Programa de necessidade: pode ser caracterizado como uma das principais 
condicionantes ao se pensar em um projeto, tendo em vista que nos dirá o uso 
proposto e a dimensão que o projeto poderá ou deverá ter. Isto é, o programa 
de necessidades nos informará quantos ambientes teremos em um volume e 
as dimensões físicas que deverão possuir;
• Fluxograma: quando pensamos em um fluxograma, precisamos entender 
muito bem o programa de necessidades e a relação dos usos propostos aos 
ambientes. Ou seja, quais são as relações de usos entre esses; quais níveis 
de proximidade necessitarão, fisicamente. Ademais, um fluxograma tende a 
organizar o modo como um projeto ou uma edificação funcionará na reali-
dade do cotidiano, quer dizer, quando o objeto vira construção; 
• Aspectos físicos de um lote: influenciam nas decisões de projeto, pois em 
um terreno/sítio temos algumas condicionantes, tais como:
 » Forma, dado que a configuração do lote pode ter diversas formas e perímetros;
 » Topografia, isto é, a demonstração dos desníveis existentes em uma área;
 » Área de um lote. Este item nos passa a dimensão em metros quadrados sobre 
uma área que possibilitará a edificação de um projeto arquitetônico;
 » Localização, ou seja, a posição geográfica de um terreno na cidade e a rela-
ção desse ao contexto urbano;
 » Vias e acessos, trata-se do entendimento do sistema viário junto ao lote, in-
dicando possíveis acessos ao mesmo;
 » Entorno é a caracterização do sítio urbano onde está inserido um lote, 
tratando-se das especificidades morfológicas dos lotes, das ruas e edifi-
cações a fim de discutir uma realidade urbana onde será proposta uma 
intervenção arquitetônica;
8
9
 » Orientação solar, este item visa demonstrar e retratar o percurso que o Sol 
faz com relação ao lote e as suas associações com os vizinhos localizados 
dentro de uma quadra e/ou um bairro.
• Legislação edilícia: todo lote utilizado para a locação de uma obra arquitetôni-
ca prevê regras e diretrizes à concepção do mesmo em etapa de projeto. Tais 
restrições estão condicionadas às conformações dos lotes, bem como às suas 
respectivas áreas. Assim, pode-se conceituar quatro itens principais e que suge-
rem um modo de abordar o lote conforme as leis edilícias, a saber: 
 » Coeficiente de Aproveitamento (CA): é a relação entre a área construída 
computável da edificação ou edificações em relação à área do lote. Repre-
senta quantas vezes podemos construir em metros quadrados a área do ter-
reno em uma ou mais edificações;
 » Taxa de Ocupação (TO): é a relação entre a área de projeção horizontal da 
edificação ou edificações em relação à área do lote. Significa que teremos, por 
Lei, uma porcentagem de ocupação máxima de um ou mais objetos arquitetô-
nicos em um lote;
 » Taxa de Permeabilidade (TP): é a relação entre a área permeável para 
infiltração de água no solo com relação à área do lote;
 » Recuos mínimos exigidos por Lei: tratam-se de afastamentos mínimos em 
relação ao perímetro, segundo a legislação relacionada. Dito de outra forma, 
são distâncias mínimas exigidas por Lei em relação às divisas do lote, poden-
do ser mensuradas na parte frontal, nas laterais e ao fundo do mesmo. 
Ademais, para pensarmos em um projeto, necessitamos entender todas as pre-
missas mencionadas, desde um programa de necessidades até o funcionamento 
das leis e normas para que possamos idealizar um objeto arquitetônico.
Estudo de Caso
Como dito, para começar a pensar e produzir um projeto arquitetônico, preci-
samos entender as premissas de um cliente atrelado às condicionantes físicas de 
um lote, bem como as normas e leis que nos indicam os índices e as restrições de 
como ocupar um lote no contexto da cidade. 
Essa parte técnica é de suma importância ao desenvolvimento de projeto, po-
rém, não é a única para um estudante de Arquitetura, bem como a um arquite-
to. O desenvolvimento de conceitos arquitetônicos está relacionado à capacidade 
crítica de resolver problemas, isto é, solucionar os temas para a elaboração de 
projetos da melhor maneira possível e atendendo às premissas de um cliente e aos 
anseios particulares do próprio autor.
Assim, para que um estudante de Arquitetura comece a criar um pensamento 
crítico sobre os próprios trabalhos, há necessidade de possuir vasto repertório de 
projetos e temas a fim de entender o que já foi realizado para, aí sim, ter mais pro-
priedade e argumentos na defesa de sua ideia.
9
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Ao adquirir esse repertório, o estudante terá mais facilidade para realizar os pri-
meiros pensamentos de projeto referentes a um tema. Ou seja, tenderá a ter menos 
bloqueios criativosdevido ao vasto estudo sobre um assunto e como este se relacio-
na tanto em desenhos como em textos.
Pensando desta forma, o repertório arquitetônico pode ser entendido como es-
sencial para começarmos a realizar um projeto dessa natureza. Assim, ao se estudar 
um projeto/tema, torna-se necessário o levantamento de todo material possível 
para “destrinchar” e entender o raciocínio arquitetônico que o autor teve ao realizar 
aquela ideia estudada.
Dessa maneira podemos começar a entender que ter apenas um repertório ar-
quitetônico não seja suficiente para a compreensão de uma obra. Assim, torna-se 
necessário analisá-la da melhor maneira possível, seja por meio de desenhos, fotos, 
visitas in loco e demais materiais para ter o melhor entendimento da qual.
Quando começamos a desenvolver essas análises gráficas por meio do redesenho 
para melhor entendimento das decisões tomadas pelo arquiteto, inicia-se um pen-
samento crítico ao desenrolar esse estudo de “modo ativo”, quer dizer, passamos a 
interagir mais profundamente sobre uma obra, ao invés de apenas contemplá-la.
Em seu livro, Arquitetura, forma, espaço e ordem, Ching (2012, p. ix), retra-
ta o pensamento descrito da seguinte maneira:
A fase inicial de qualquer processo de projeto é o reconhecimento de uma 
condição problemática e a decisão de se encontrar uma solução para ela. 
O projeto é, acima de tudo, um ato deliberado, um empreendimento pro-
positado. Um projetista deve primeiro documentar as condições existentes 
de um problema, definir seu contexto e levantar dados importantes para 
serem assimilados e analisados. Essa é a fase crucial do processo projeti-
vo, já que a natureza de uma solução está inexoravelmente relacionada à 
maneira como o problema é percebido, definido e articulado. Piet Hein, 
o notável poeta e cientista dinamarquês, expressa a questão da seguin-
te maneira: “A arte consiste em resolver problemas que não podem ser 
formulados antes que tenham sido resolvidos. A formulação da questão 
constitui parte da resposta”.
Os projetistas, inevitável e instintivamente, prefiguram soluções aos pro-
blemas com os quais defrontam, porém a profundidade e o espectro de 
seu vocabulário de projeto influenciam tanto sua percepção de uma ques-
tão quanto a formulação de sua resposta. Se nossa compreensão de uma 
linguagem de projeto é limitada, o espectro de soluções possíveis a um 
problema também será limitado.
Dessa forma, podemos entender que para começarmos um estudo de um pro-
jeto arquitetônico, é de bom tom realizarmos estudos de caso sobre o tema que 
será abordado em projeto, a fim de minimizar as questões e dificuldades para se 
interagir com uma “folha em branco”.
10
11
Portanto, para realizarmos bons estudos de caso, sugere-se a metodologia de 
análise gráfica que contemple os seguintes itens:
• Acesso e perímetro;
• Circulação e espaços/usos;
• Compartimentação;
• Hierarquia;
• Simetria e equilíbrio;
• Campos visuais;
• Forma;
• Posição/orientação;
• Formas – subtração e adição.
Dessa forma, nesta Unidade analisaremos um objeto arquitetônico localizado 
em Barcelona, Espanha. Trata-se do Pavilhão Alemão na Feira Universal de 
Barcelona – ou Pavilhão de Barcelona.
Tal pavilhão foi projetado e edificado por Ludwig Mies van der Rohe e Lilly Reich 
para o mencionado evento que se realizaria naquela cidade em 1929, como forma de 
representar a cultura alemã. Foi idealizado em aço e utilizou outros diferentes tipos de 
materiais, tais como mármores de diversas cores e tamanhos. 
Segundo a Fundació Mies van der Rohe Barcelona ([20--]), “[...] o Pavilhão foi 
concebido para acomodar a recepção oficial presidida pelo rei Alfonso XIII junta-
mente com as autoridades alemãs” (tradução nossa).
Depois que a Feira se encerrou em 1930, o pavilhão foi desmontado. Por se 
tratar de uma feira de “exposições”, a arquitetura teria de ser efêmera, isto é, mon-
tável e desmontável.
Porém e com o tempo, essa obra arquitetônica começou a ter relevância em um 
histórico vinculado à trajetória de Mies van der Rohe e com relação à arquitetura 
mundial. Assim, em 1980, foi reconstruído no mesmo local e com as mesmas di-
mensões. Conforme diz a Fundació Mies van der Rohe Barcelona ([20--]):
Com o tempo, tornou-se uma referência fundamental tanto na trajetó-
ria de Mies van der Rohe quanto em toda a arquitetura do século XX. 
O significado e reconhecimento do Pavilhão nos levou a pensar em sua 
possível reconstrução.
Em 1980, Oriol Bohigas tinha solicitado esta iniciativa da Delegação de 
Planejamento da Cidade de Barcelona, e Ignasi de Solá-Morales, Cristian 
Fernando Ramos Cirici e arquitetos foram designados para a investiga-
ção, concepção e gestão da reconstrução do Pavilhão.
As obras começaram em 1983 e o novo prédio foi inaugurado em 1986 
em sua localização original (tradução nossa). 
11
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Fica clara a grande importância que teve essa obra ao arquiteto e à arquitetura 
mundial. Precisamos entender, portanto, um pouco melhor a biografia dos autores 
dessa obra arquitetônica originalmente edificada em 1929.
Ludwig Mies van der Rohe
Nasceu em Aachen, Alemanha, em 27 de março de 1886 e faleceu em 17 de 
agosto de 1969.
Foi professor da Escola Bauhaus e um dos autores conhecidos pelo International 
Style, deixando uma marca onde a arquitetura pode ser idealizada pelas premissas 
de racionalismo, oriundas da vasta discussão com uma geometria clara atrelada à 
sofisticação de edifícios e por meio da discussão de conceitos arquitetônicos e de 
sistemas construtivos.
Em meados de 1938, segundo a Fundació Mies van der Rohe Barcelona ([20--]), 
Mies mudou-se aos Estados Unidos, especificamente para a Cidade de Chicago, onde 
trabalhou na Escola de Arquitetura do Instituto de Tecnologia Armor, sendo nomeado 
diretor. Nessa época, projetou e construiu um novo Campus ao Instituto de Tecnologia 
de Illinois, bem como volumes prismáticos em estrutura metálica e vedações em vidro.
Entre as suas principais obras estão as seguintes:
• Pavilhão Alemão na Feira Universal de Barcelona;
• Villa Tugendhat;
• Casa de Mies, em Berlim-Berlin-Hahenschonhausen;
• Crow Hall;
• Casa Farnsworth;
• Edifício Seagram;
• Conjunto Lake Shore Drive;
• Interior do museu da Neue Nationalgalerie.
Lilly Reich
Nasceu em Berlim, em 1885 e faleceu em 14 de dezembro de 1947.
Com formação em design, de acordo com a Fundació Mies van der Rohe 
Barcelona ([20--]), foi para Viena em 1908, onde começou a trabalhar junto a 
artistas, designers e grupos de arquitetos que apostavam na integração de todas 
as artes em um único projeto comum. Em 1911, começou a trabalhar de forma 
independente, ingressando na Associação Deutscher Werkbund, a qual formada 
por industriais, arquitetos e artistas. Destacou-se no desenho industrial alemão.
De 1925 a 1938, Lilly e Mies fizeram uma parceria em vários projetos, entre os 
quais o Pavilhão de Barcelona.
12
13
Ademais, entre os seus principais trabalhos estão os seguintes:
• Pavilhão de Barcelona – Espanha;
• Casa Lange – Alemanha;
• Casa Tugendhat – República Tcheca;
• Cadeira BRNO;
• Cadeira Barcelona;
• Cadeira MR 1;
• Cadeira MR 2;
• Cadeira MR 3.
Realizada a caracterização do histórico e da importância do Pavilhão de Barcelona 
à arquitetura internacional, pode-se começar as análises a partir de peças gráficas, se-
guindo a metodologia mencionada nesta Unidade.
Acesso e Perímetro 
Os acessos à arquitetura e ao urbanismo estão relacionados às possibilidades que 
uma pessoa tem para adentrar em um volume arquitetônico, isto é, precisamos en-
tender o perímetro da obra para identificarmos as quantidades de acessos que essa 
possui. Assim, para realizarmos graficamente tais análises, podemos utilizar linhas e 
setas à respectiva identificação de perímetros de uma obra e seus acessos.
Figura 1 – Implantação sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Nesta Figura é possível visualizar, nas linhas vermelhas, o perímetroda obra e, 
em setas azuis, os acessos à edificação.
13
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Circulação e Espaços/Usos
Na Arquitetura, circulação é o ato de circular ou percorrer os espaços arquitetô-
nicos a fim de sentir o lugar e entender a organização dos mesmos em um volume 
arquitetônico. Objetiva discutir as relações entre os usos propostos em um programa 
de necessidades e as diversas configurações que a circulação possa ter, intentando 
criar um percurso onde o usuário possa sentir o lugar e compreendê-lo. 
Para a realização dessas análises, podemos utilizar setas para demonstrar as 
possíveis circulações e figuras geométricas preenchidas com cores para a demons-
tração dos espaços e usos em planta.
Figura 2 – Planta do pavimento térreo sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Nesta Figura é possível visualizar as setas amarelas como as principais circula-
ções e as pretas como as circulações nos espaços internos fechados do Pavilhão. 
Ademais, nas manchas amarelas estão localizados os espaços fechados.
Figura 3 – Principal espaço fechado localizado no Pavilhão de Barcelona
Fonte: Wikimedia Commons
14
15
Compartimentação
Trata-se da compreensão dos tamanhos dos espaços propostos em um progra-
ma de necessidade, os quais organizados em projeto arquitetônico a fim de com-
preender as divisões que existem em uma casa ou em um edifício.
Para a realização dessas análises podemos utilizar uma representação monocro-
mática, isto é, um tom de cor indo do mais claro ao mais escuro a fim de represen-
tar, respectivamente, dos maiores aos menores ambientes.
Figura 4 – Planta pavimento térreo sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Na Figura 4 é possível visualizar, por meio de tons de marrom, a compartimen-
tação dos espaços fechados existentes no Pavilhão de Barcelona. Do marrom 
mais escuro para os espaços menores, ao marrom claro para os maiores espaços. 
Ademais, as seguintes figuras retratam os espaços demarcados nesta análise.
Figura 5
Fonte: Sandro Maggi
Figura 6
Fonte: moderndesign.org
15
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Hierarquia
Na Arquitetura é a discussão das diferentes formas e tamanhos dos ambientes que 
se conectam para dar sentido e funcionalidade a uma forma arquitetônica. As diferen-
ças entre os espaços, principalmente no que diz respeito aos usos que servirão, darão o 
sentido do termo hierarquia. Ou seja, a partir dos espaços organizados conseguiremos 
distinguir graus de privacidade dentro de um objeto arquitetônico.
Para a realização dessas análises podemos recorrer a uma representação mo-
nocromática, isto é, uma cor, apenas, para representar os graus de hierarquias 
dentro de uma arquitetura, podendo empregar tons claros para ambientes menos 
privados e tons mais escuros para espaços mais restritos/privados.
Figura 7 – Planta pavimento térreo sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Nesta Figura é possível visualizar, por meio de tons de verde, a composição hie-
rárquica dos espaços, do mais claro – onde estão os ambientes mais públicos – aos 
mais escuros – onde estão os mais restritos.
Simetria e Equilíbrio
Simetria e equilíbrio correspondem à discussão da organização da volumetria 
a partir da posição de seus espaços à qual. Na Arquitetura comumente figuram 
juntos, pois um objeto equilibrado consiste em um desenho harmônico como con-
junto da obra e muitas das vezes tem-se fácil visualização desse conceito quando 
encontramos algum eixo de simetria dentro do projeto com a finalidade de orga-
nização espacial do mesmo.
Uma das formas de aplicar tais análises é com a utilização de linhas para consta-
tar se há simetria literal realizada por meio de um eixo propriamente dito. Pode-se 
também criar figuras geométricas para executar uma contraposição possível aos 
eixos de simetria a fim de que haja discussão sobre uma situação de equilíbrio em 
uma forma arquitetônica. 
16
17
Figura 8 – Planta pavimento térreo sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Nesta Figura é possível visualizar, por meio de um eixo vertical, a ideia de sime-
tria pelo equilíbrio das formas demarcadas na cor lilás.
Campos Visuais
Campos visuais para um objeto arquitetônico consistem na discussão de onde 
e porque realizaremos uma abertura na arquitetura para servir como “janela” ao 
exterior do objeto. Significa que toda abertura gera visuais ao exterior ou interior 
do edifício em questão. Dessa forma, devemos entender os conceitos e visuais às 
aberturas propostas.
Um dos modos de realizar essas análises gráficas pode ser aplicado através de 
uma figura geométrica – o cone –, ou seja, simbolizando um “cone visual” que um 
observador tem, de pé, em frente a essa abertura ao contemplar o lado externo da 
edificação, localizando-se os principais visuais à paisagem – esta que pode ser tanto 
urbana como natural.
Figura 9 – Planta pavimento térreo sem escala, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
17
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Nesta Figura é possível especificar, através dos cones vermelhos, os visuais que 
temos do objeto à paisagem; enquanto que pelos cones azuis vemos os visuais que 
temos dentro do próprio objeto. As seguintes figuras tendem a representar os vi-
suais demonstrados:
Figura 10
Fonte: moderndesign.org
Figura 11
Fonte: moderndesign.org
Forma
Na Arquitetura corresponde ao resultado de um raciocínio que culminou em um 
volume arquitetônico idealizado para um programa de necessidades e um fluxograma, 
pensado sempre e idealizado em um local físico, isto é, em um lote onde será edificado.
Podemos entender e analisar o quesito forma por meio de imagens tais como 
fotografias e perspectivas, a fim de entendermos a síntese de um pensamento ar-
quitetônico através da forma geométrica de sua arquitetura.
Figura 12 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de cl3ver.com
18
19
Figura 13 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de Mies Van Der Hore
Em tais diagramas é possível visualizar, por meio de retângulos, que essa obra 
tem uma composição formal através de figuras geométricas regulares, sendo a for-
ma retangular a preponderante nesse projeto.
Posição/Orientação
Trata-se da associação entre projeto e volume – ambos arquitetônicos – com 
relação ao sítio onde está inserido, a fim de entender as relações acerca da im-
plantação de volumes em um lote com relação à insolação e a outros fatores as-
sociados à posição arquitetônica – ou seja, com as indicações aos pontos cardeais 
existentes em determinado sítio. Para entender e analisar esses itens, pode-se 
trabalhar com manchas e setas para demonstrar tais relações. 
Figura 14 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de cl3ver.com
19
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Neste diagrama é possível vislumbrar a relação entre os volumes arquitetôni-
cos e as posições entre si, as quais demarcadas em vermelho. Ao mesmo tempo, 
retrata-se, por meio da trajetória do Sol, as possíveis insolações que atingem o 
pavilhão e que estão no volume principal do mesmo.
Formas – Subtração e Adição
As relações de formas no quesito subtração e adição de volumes representam 
possíveis decisões que um arquiteto toma ao esculpir um volume inicial. A fim de 
discutir e adaptar uma forma tridimensional a um programa de necessidade e a um 
fluxograma, chega-se ao volume final arquitetônico que será edificado.
Para analisarmos esses quesitos, comumente utilizamos perspectivas/fotografias 
para demonstrar as adições e/ou subtrações que geraram o objeto final. 
Figura 15 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Elaborado pelo Autor
Figura 16 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de cl3ver.com
20
21
Figura 17 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão deBarcelona
Fonte: Adaptado de cl3ver.com
Figura 18 – Esquema de volumetria e suas formas, Pavilhão de Barcelona
Fonte: Adaptado de cl3ver.com
Com esses diagramas é possível visualizar a evolução de um elemento arquitetô-
nico ao longo do jogo das formas, subtraindo elementos a partir de uma forma prin-
cipal geométrica pura, o paralelepípedo; de modo que com a subtração de outros 
volumes houve a configuração final do objeto arquitetônico.
Quando discutimos um objeto para entender a sua composição arquitetônica, 
buscamos sempre tentar compreender os pensamentos e raciocínios que o arquite-
to teve ao idealizar um projeto – e futuramente uma edificação.
Finalizamos esta Unidade com a análise de um objeto icônico da Arquitetura e 
Urbanismo, o Pavilhão de Barcelona, onde foram demonstrados os princípios de 
organização de uma forma arquitetônica, a qual explicitada intensamente nas unida-
des anteriores. 
21
UNIDADE Exemplos de Projetos – Leituras
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Arch Daily
JASPER, A. Um passeio virtual pelo Pavilhão de Barcelona de Mies van der Rohe. 
Arch Daily, 4 out. 2015.
https://goo.gl/NFa8gc
 Livros
Arquitectura: temas de composición
CLARCK, R. H.; PAUSE, M. Arquitectura: temas de composición. 3. ed. México: 
Gustavo Gilli, 1997.
Dicionário da Arquitetura brasileira
CORONA, E.; LEMOS, C. Dicionário da Arquitetura brasileira. 2. ed. São Paulo: 
Romano Guerra, 2017.
Projeto residencial moderno e contemporâneo: análise gráfica dos princípios de forma, ordem e espaço de exem-
plares da produção arquitetônica residencial
FLÓRIO, W. et al. Projeto residencial moderno e contemporâneo: análise gráfica 
dos princípios de forma, ordem e espaço de exemplares da produção arquitetônica 
residencial. 2 v. São Paulo: Mackpesquisa, 2002.
Lições de Arquitetura
HERTZBERGER, H. Lições de Arquitetura. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
A análise da Arquitetura
UNWIN, S. A análise da Arquitetura. 3. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2013.
22
23
Referências
CHING, F. D. K. Arquitetura, forma, espaço e ordem. 3. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2012.
FACHADAS, planta baixa e implantação. Pavilhão de Barcelona, 16 maio 2010. 
Disponível em: <http://pavilhaodebarcelona.blogspot.com/2010/05/fachadas-
-planta-baixa-e-implantacao.html>. Acesso em: 21 ago. 2018.
FELIZ aniversário Mies van der Rohe. Arch Daily, [20--]. Disponível em: <https://
www.archdaily.com.br/br/01-185940/feliz-aniversario-mies-van-der-rohe>. 
Acesso em: 21 ago. 2018.
FLORIO, A. M. T. Os projetos residenciais não-construídos de Vilanova Artigas em 
São Paulo. 2012. Tese (Doutorado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
________. Os princípios orgânicos na obra de Frank Lioyd Wright: uma abor-
dagem gráfica de exemplares residenciais. Campinas, SP: [s.n.], 2008.
FUNDACIÓ MIES VAN DER ROHE BARCELONA. El Pabellón Alemán de 
Barcelona. [20--]. Disponível em: <http://miesbcn.com/es/el-pabellon>. Acesso 
em: 21 ago. 2018.
LILLY Reich. Arquitetas Invisíveis, 2015. Disponível em: <https://www.arquite-
tasinvisiveis.com/lilly-reich>. Acesso em: 21 ago. 2018.
PRESENTATION and virtual tour – Fundació Mies van der Rohe demo. Cl3ver, 
[20--]. Disponível em: <http://3d.cl3ver.com/7Ni0c>. Acesso em: 28 ago. 2018.
PROBE #1 – Barcelona Pavilion. ARCH678I – Medlyn, 3 jan. 2013. Disponível 
em: <http://umdarchbim2013medlyn.blogspot.com/2013/01/probe-1-barcelona-
-pavilion.html>. Acesso em: 21 ago. 2018.
23

Continue navegando