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PROVA CONTRATOS E RESPONSABILIDADES GRAU 1

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João foi ao escritório de Mário, requisitando um orçamento para a pintura do seu apartamento. Mário então apresentou uma proposta por escrito no valor de R$ 6.000,00, parcelado em três pagamentos mensais, com prazo para aceitação da proposta de cinco dias úteis. Passados dez dias úteis, João respondeu a Mario, também por escrito, aceitando o valor e condições. A partir da resposta de João:
REPOSTA - Mário poderá aceitar ou não a execução dos serviços, já que a aceitação ocorreu após o prazo.
Daniel, grande empresário do agrobusiness gaúcho, resolve adquirir drones com sistema de pulverização de fertilizantes junto à WW Pulverizadores Ltda. Trata-se de contrato civil, em que os bens são desenvolvidos especialmente para o comprador. O contrato é negociado e assinado em 23/03/2020. A entrega dos equipamentos, por sua vez, dá-se em 07/04/2020. Ocorre que, ao utilizar os drones, Daniel percebe que o controle só permite o direcionamento leste-oeste, não sendo possível controlar os equipamentos na direção norte-sul. Com isso, a utilização para fertilizar suas plantações fica absolutamente impossível. Há alguma garantia contratual que socorra Daniel?
REPOSTA - Sim, as disposições sobre vícios redibitórios, podendo Daniel requerer o desfazimento do contrato.
Véra é dona de uma belíssima biblioteca de livros jurídicos, situada em sala comercial de sua propriedade. Após anos de docência, resolve doar a sala a um de seus alunos brilhantes, Rodrigo. Concretizado o negócio e transferido o imóvel, em atitude inesperada, Rodrigo apropria-se dos livros e se nega a entrega-los a Véra. Alega que, embora não seja expresso, o negócio sobre a sala abrange também a biblioteca. O entendimento de Rodrigo está: 
REPOSTA - errado, já que se trata de negócio gratuito e, portanto, deve ser interpretado de forma restritiva.
A Bacamaso é empresa controladora da Camus, sociedade que atua no mercado brasileiro de refrigeradores. Por condições de mercado, outra sociedade interessa-se em adquirir as quotas da Camus e, portanto, tornar-se sua controladora. Trata-se da Saga Ltda., empresa que passa a negociar com a Bacamaso a venda das quotas da Camus. Ocorre que, durante a negociação, a Bacamaso toma ciência de que o Ministério Público está investigando a Camus por fatos que podem ter impacto direto em seus negócios. Mesmo assim, opta por não repassar a Saga este fato, negociando como se nada tivesse ocorrido. Neste caso:
REPOSTA - há violação ao dever de informar decorrente do princípio da boa-fé objetiva e, portanto, a Bacamaso pode ser responsabilizada por eventuais prejuízos.
Em uma de suas discussões de casal, Bárbara fala para Thiago que não suporta mais o carro antigo, que este cuida como se seu filho fosse. Por isso, Thiago anuncia o carro na internet. Assinado o contrato de venda com Pedro, Bárbara fala para Thiago que não quer vê-lo triste e, por isso, pede que não conclua a operação. Apesar do documento assinado, o preço ainda não foi pago e o bem não foi entregue. Nesse caso:
	REPOSTA - pelo princípio do pacta sunt servanda, Pedro pode exigir que o contrato seja cumprido.
Paulo adquiriu uma casa de José e, um mês após, descobriu que o imóvel apresentava vício oculto consistente em defeitos na estrutura de sustentação do telhado, com risco de desabamento. José desconhecia o vício. Em tal situação, Paulo pode:
REPOSTA - rejeitar a casa, redibindo o contrato, reavendo o preço pago e obtendo o reembolso das despesas do contrato ou reclamar o abatimento no preço, sem o desfazimento do contrato.
Natália alugou uma casa de João pelo prazo de 30 meses. No contrato, foi estipulado que Natália seria responsável pelo pagamento “do aluguel e demais despesas a ele conexas”, sem identificar cada uma das “despesas”. Natália, então, passou a pagar as contas de água e energia elétrica regularmente. Todavia, os boletos relativos ao IPTU foram sempre remetidos ao escritório de João, que pagou cada uma das parcelas. Passados 2 anos, o locador João envia e-mail notificando Natália para deixar o imóvel. Segundo afirmava, o contrato havia sido descumprido já que Natália deixara de pagar o IPTU, despesa conexa ao aluguel. Nesse caso e à luz da principiologia do Código Civil de 2002:
REPOSTA - por força do princípio da boa-fé, Natália poderia alegar a suppressio do direito de cobrar os tributos.
Logo após o final da festa de final de ano do escritório em que trabalha, Renata, que havia tomado diversas doses de gin com tônica, pegou seu carro e, ao trocar as músicas no rádio, não viu o carro de Graziela, colidindo contra este veículo e causando sérios danos. Renata não tem condições financeiras suficientes para arcar com o reparo e, por isso, aciona seu seguro. A seguradora, por sua vez, sustenta que não fará o pagamento, porque no contrato assinado por ela, há cláusula dizendo que não haverá cobertura quando a motorista estiver alcoolizada. Nessa situação, há a possibilidade de pleitear o pagamento da indenização da seguradora?
REPOSTA - Sim, conforme entendimento do STJ, o princípio da função social determinada que a cláusula não impeça o pagamento da indenização a Graziela.
Anderson resolve abrir uma loja da Chilli Beans para vender os óculos da franquia. Por isso, a franqueadora lhe apresenta um contrato, apenas para que Anderson assine, sem possibilidade de modificações. Anderson então passa a comercializar os óculos e, paralelamente, vende cintos de marca diversa para compor o look dos clientes. A empresa então notifica Anderson indicando a seguinte cláusula contratual: “A FRANQUEADA não poderá comercializar produtos que, de alguma forma, concorram com aqueles da FRANQUEADA”. Alega que a marca de cintos também vende óculos e, por isso, a cláusula incidiria ao caso. Nesta situação:
REPOSTA - a cláusula contratual deve ser interpretada de forma mais favorável a Anderson, já que é ambígua e se trata de contrato de adesão.
Arnaldo foi procurado por sua irmã Zulmira, que lhe ofereceu R$ 1 milhão para adquirir o apartamento que ele possui na orla da praia. Receoso, no entanto, que João, o locatário que atualmente ocupa o imóvel e por quem Arnaldo nutre profunda antipatia, viesse a cobrir a oferta, exercendo seu direito de preferência, propôs a Zulmira que constasse da escritura o valor de R$ 2 milhões, ainda que a totalidade do preço não fosse totalmente paga. Realizado nesses termos, o negócio
REPOSTA - é nulo, uma vez que a vontade declarada não foi séria, havendo simulação.

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