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Projeto:Ecodesign / Aula 1

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Aula 1 
 
 
A embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena produtos temporariamente, individualmente ou agrupando 
unidades, tendo como principal função protegê-lo e estender o seu prazo de vida [shelf life], viabilizando sua distribuição, 
identificação e consumo. 
A embalagem tornou-se ferramenta crucial para atender à sociedade em suas necessidades de alimentação, saúde, 
conveniência, disponibilizando produtos com segurança e informação para o bem estar das pessoas, possibilitando a 
acessibilidade a produtos frágeis, perecíveis, de alto ou baixo valor agregado. A embalagem possibilita ainda o 
desenvolvimento de novos produtos e de formas de preparo com o uso dos eletrodomésticos. 
Frente ao ambiente de mercado competitivo, a embalagem tornou-se estratégica para a competitividade dos negócios no 
que diz respeito à eficiência de envase, distribuição e venda. 
Frente ao crescimento populacional do planeta, a embalagem tornou-se essencial para otimizar o aproveitamento dos 
alimentos e insumos demandados pela sociedade e para reduzir o desperdício global. 
A embalagem reflete a cultura de uma sociedade e o estágio de desenvolvimento econômico social de uma nação. 
A embalagem pode ser entendida como um invólucro, cuja função é armazenar, transportar, exibir e preservar 
determinados produtos. Esse objeto, existe há milhares de anos e seus primeiros exemplares eram identificados apenas 
por sua forma, uma vez que não existiam recursos técnicos para a inclusão de imagens ou códigos visuais mais elaborados. 
A forma da ânfora ou do jarro indicava se o conteúdo era vinho ou azeite, o formato do saco ou a amarração do fardo, 
indicavam ao comerciante o tipo de artigo que era transportado. 
Esse momento primordial, em que a identificação do produto era feita pela forma de seu envoltório, constituiu um dos 
pilares da linguagem visual das embalagens, permanecendo até hoje como a maneira mais eficaz de se identificar um 
produto. Uma garrafa de água é diferente daquela que leva champagne, as latas de atum são diferentes das de sardinha e 
percebemos tudo isso apenas olhando para suas embalagens, podendo desprezar os rótulos nesses casos. 
Com as explorações marítimas e o crescimento do comércio mercantil, o número de produtos existentes e comercializados 
foi crescendo e aos poucos o formato das embalagens já não era mais suficiente para identificar toda a variedade de 
produtos existentes, o que levou a uma primeira designação através de rótulos e gravações das embalagens mais 
primitivas. Assim o conter, juntou-se ao identificar e tudo isso se ampliou juntamente com o comércio e o trânsito de 
mercadorias. 
As peças de tecidos comercializadas pelos mercadores europeus no final do século XV já traziam rótulos com desenhos 
elaborados impressos em prensas de madeira sobre papel feito a mão. 
No final do século XVIII duas grandes descobertas iriam impulsionar o mercado das embalagens, a invenção da máquina 
de fazer papel e a litografia (mãe do método offset). 
Na primeira metade do século XIX os rótulos já eram largamente utilizados em praticamente todas as formas de 
embalagens e para os mais variados produtos, porém em sua maioria usando apenas uma cor. 
 
Em 1835 George Baxter, patenteou um método de impressão em cores que ficou conhecido como cromolitografia, que 
se mostrou como uma boa solução para a impressão de itens em cores em quantidades industriais. A Segunda revolução 
industrial impulsionou ainda mais o advento das embalagens com a produção em larga escala de diversos itens através 
do desenvolvimento da indústria química de petróleo e do aço. Tudo isso aliado a própria produção industrial que passou 
a promover o consumo em massa alavancaram a indústria da embalagem em diversos setores. Indústria farmacêutica, o 
teor informativo dos remédios e bulas e sua comunicação precisa foi durante o século XIX figurando com uma 
complexidade que não fora vista antes na indústria das embalagens. 
 
Com a impressão policromática, foi possível incluir imagens chamativas nos rótulos e cenas que descreviam a utilização 
dos produtos. Esses rótulos tornavam o produto mais desejável e os fabricantes logo notaram o potencial de vendas de 
produtos com rótulos chamativos e decorados. Aos poucos elementos de prestígio foram incorporados como brasões, 
medalhas, faixas e bordas. Além disso, tipografias decorativas também figuravam nas embalagens dessa época, muitas 
vezes com tipos desenhados exclusivamente para aquele determinado produto. 
Além da influência nos rótulos de impressão, a revolução industrial teve ressonância também na qualidade dos invólucros 
desenvolvendo novas tecnologias de embalagem, ampliando seus horizontes e possibilidades com materiais como folhas 
de flandres e vidro moldado, além das aplicações em papel cartão. 
Em 1815 Napoleão Bonaparte ofereceu um prêmio a quem inventasse um meio de manter os alimentos frescos durante 
muito tempo de forma que esses pudessem ser transportados de forma prática por longas distâncias, assim surgiram as 
conservas em lata. Ainda no século XIX William Painter inventou a lata descartável e a tampinha para garrafas de 
refrigerantes e cervejas. 
 
 
 
Na virada do século XIX para o XX as embalagens já eram a vedete das vitrines de farmácias e armazéns e apareciam 
em profusão em anúncios e cartazes. Elas eram as estrelas das indústrias. Nesse momento além das latas e garrafas, o 
papel havia se moldado na forma de cartuchos, caixinhas, estojos e saches, tudo formado a partir da invenção do envelope 
em 1840. 
No começo do século XX a indústria de embalagens estava em pleno 
desenvolvimento, o que pode perfeitamente ser visto em exemplos bastante requintados de embalagens para perfumes, 
cosméticos e bebidas finas. Alguns movimentos artísticos como o art nouveau, migraram para as embalagens, e esta se 
tornou também um componente da indústria da moda. Foi nesse momento que estilistas começaram a migrar seus 
produtos para a indústria cosmética e de perfumaria. 
 
 
Ao final da primeira guerra mundial, inúmeras marcas já estavam consolidadas e seu visual característico começava a ser 
transformado em ícones de marca e consumo. Na década de 1940 surgiu um elemento de comunicação que viria se tornar 
marca registrada nas embalagens e meios gráficos publicitários até a atualidade. O splash. Originado nas onomatopeias 
dos quadrinhos ilustrados, bastante populares em países da Europa e Estados Unidos, os splashes são elementos visuais 
chamativos que alardeiam características proeminentes dos produtos. Nas embalagens os splashes encontraram um 
ambiente fértil para se proliferar e incorporar definitivamente. 
 
Com o fim da Segunda guerra mundial e o advento do boom industrial pós guerra, uma sociedade de consumo em massa 
de escala mundial se apresentava. Tudo isso aliado ao surgimento de novos meios de comunicação como a TV e a difusão 
de outros como o rádio e o surgimento dos hipermercados abriram uma era de ouro para o desenvolvimento e consumo 
de embalagens. Além disso, os padrões visuais das embalagens que perduram até a atualidade começaram a ser definidos 
justamente nos anos do pós guerra. A venda de produtos em supermercados e lojas de auto-serviço mudou todo o conceito 
de embalagem, uma vez que já não há um vendedor para explicar o modo de uso o propósito daquele produto e estimular 
suas vendas, a embalagem deve fazer tudo sozinha, por ela mesma. 
 
 
Com o surgimento da fotografia em cores, e a melhoria dos meios de impressão, com offset, 
flexografia e rotogravura, a produção das embalagens e seus anúncios se tornou cada vez mais 
elaborada e sofisticada, atualmente existem fotógrafos especializados em fotografia e pós 
produção de produtos. 
 
Nos anos de 1960, com o surgimento da Pop Art, o papel da embalagem começou a se mesclar com o advanto da arte 
contemporânea, Andy Warhol foi um dos que explorou isso de forma profundae exaustiva. Transformada em ícone da 
cultura de massa, a embalagem também despertou as empresas e passou a ser tratada como uma excelente ferramenta de 
marketing. 
 
Hoje o design de embalagens é uma atividade complexa, que envolve, além do design e da comunicação visual, o 
marketing, a conduta do consumidor e o conhecimento da indústria além da cadeia de exposição e distribuição de 
produtos.

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