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Universidade Federal de Alagoas
Escola de Enfermagem 
Curso de Enfermagem
Alycia Antunes de Carvalho
DISSERTAÇÃO
A AVENTURA DO ANTIBIÓTICO 
Maceió – Alagoas
2019
“A Aventura do Antibiótico”
No documentário “A Aventura do Antibiótico”, é possível o telespectador acompanhar de forma sucinta como se deu o desenvolvimento das bactérias e dos mecanismos de ação que inibem o crescimento desses seres. De maneira geral, as bactérias habitam a Terra a milhares de anos e embora sejam primitivas, possuem um mecanismo de replicação capaz de promover uma divisão de 20 em 20 minutos, o que ocasiona em pouco tempo a formação de um exército. Atrelado a isso, tem-se o fato da incapacidade de visualizar tal população microbiana a olho nu. Com isso, ao longo de muitos anos as pessoas limitavam as bactérias a proliferação de doenças e não consideravam que esses indivíduos residem e coexistem no corpo humano a fim de contribuir para o metabolismo. Um exemplo disso, é a degradação de alimentos realizada no intestino que poderia demorar por horas se não fosse pelo auxílio de bactérias que habitam a flora intestinal e contribuem para o processo de digestão.
Entretanto, bactérias também são capazes de produzir toxinas que afetam o organismo humano e considerando a sua alta taxa de multiplicação, infecções são causadas e comprometem a saúde das pessoas. Staphylococcus, Pneumococo e Streptococcus são classes bacterianas responsáveis pela transmissão de septicemia, pneumonia e tuberculose respectivamente, doenças que atormentaram a humanidade por muitos anos dada a dificuldade em encontrar um tratamento eficaz. Por conta disso, a expectativa de vida nos séculos XVII, XVIII e XIX se limitava aos 30 e/ou 40 anos de idade. 
Sendo assim, diversos experimentos foram realizados ao longo da história que objetivavam fornecer algum tipo de mecanismo capaz de inibir o crescimento ou matar as bactérias. Inicialmente, Louis Pasteur e Robert Koch descobriram os agentes etiológicos responsáveis pela transmissão da tuberculose e cólera, com esse advento restava agora descobrir como parar a proliferação. Então, por volta de 1920, Alexander Fleming notou em uma cultura de bactéria a inibição de seu crescimento por meio do contato com o fungo Penicillium notatum, logo, esse inibidor foi denominado de penicilina. Partindo disso, entende-se o conceito de antibiótico como uma enzima produzida por seres unicelulares que atacam outros seres semelhantes, eliminando seus adversários na disputa por nutrientes e conquista de espaço. 
A partir do experimento de Fleming, a Grupo de Oxford se dedicou a aprimorar sua pesquisa e com o investimento da Fundação Rockfeller a penicilina passou a ser produzida em larga escala e utilizada no tratamento de doenças que até então assolavam a população. Dessa forma, cada vez mais novas pesquisas analisavam os antibióticos e seu mecanismo de ação. Isso porque, um antibiótico pode atacar a célula bacteriana de diversas maneiras, que incluem: a parede celular, membrana citoplasmática, proteínas celulares, ácidos nucleicos e metabolismo intermediário. 
O investimento na produção de antibióticos levou ao seu grande consumo de maneira inadequada e consequentemente a grande deposição no meio ambiente seja pela água, urina ou resíduos. Isso ocasionou um certo nível de resistência por parte das bactérias para com a ação dos antibióticos. Uma vez que, esses fármacos representam uma ameaça a atividade microbiana, e para dar continuidade a existência tais microrganismos encontraram meios de supera-los. Algumas bactérias são capazes de fecharem seus poros, o que impede a entrada de antibióticos na parede celular. Outro caso, são os seres microbianos que produzem enzimas que degradam a ação antibiótica antes mesmo de atacar a alguma estrutura bacteriana específica. Por fim, existem ainda bactérias que permitem a passagem do fármaco em sua parede celular, e logo em seguida, ela libera uma enzima que ejeta o antibiótico antes dele danificar sua sobrevida. 
Sendo assim, a resistência bacteriana tem sido estudada por conta da ameaça que representa ao tratamento das enfermidades e ao comprometimento da eficácia dos antibióticos. Notou-se que existe dois tipos de resistência: natural e adquirida. A primeira, diz respeito a bactérias que naturalmente são imunes a determinados antibióticos. Como por exemplo, a bactéria causadora da tuberculose apresentava resistência a penicilina, e estudando a fundo essa ação, Abraham Waksman criou a partir do fungo Streptomyces a estreptomicina, que só então mostrou eficácia. Desse mesmo modo, a resistência adquirida também possui rigidez quanto a ação antibiótica, porém, é um tipo de resistência que pode ser: transferida de uma bactéria a outra (genes), mutação gênica ou alteração na expressão de fenótipos.