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PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS Finalizado (2)

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1 
 
 Natureza: São penas substitutivas das 
privativas de liberdade. 
 Em leis especiais, podem ser 
cumulativas com a privativa de liberdade, 
como no Código de Trânsito, por 
exemplo, ou podem estar previstas 
diretamente no tipo penal (Ex.: Lei 
11.343/06 – Art. 28). 
 
Nos temos 5 penas restritivas de direito: 
- Prestação pecuniária 
 Pagamento em dinheiro à vítima, a seus 
dependentes ou a entidade pública ou 
privada com destinação social. 
 Valor é fixado pelo juiz entre 1 – 360 
salários-mínimos. 
 Valor será deduzido em condenação de 
reparação civil. 
 Finalidade: reparar o dano causado pela 
infração 
 Regra: Vítima ou a seus dependentes. 
 Exceção: somente se não houver dano a 
reparar ou não houver vítima imediata. 
 Neste caso, a finalidade é de 
indenização. 
 
- Perda de bens e valores 
-Ações de ordem econômica, 
 Perda em favor do Fundo Penitenciário 
Nacional do montante que tem como 
teto o prejuízo causado ou a vantagem 
auferida com a prática criminosa. 
 Bitencourt: 
 Pena de confisco (antiga pena de penas 
e valores) 
 CP de 1940 e a CF 1969 já proibiam a 
pena de confisco, restando somente 
como efeitos da condenação o confisco 
dos instrumentos e produtos do crime, 
em determinadas circunstâncias. 
 O objeto do confisco não serão os 
instrumentos ou produtos do crime 
(confisco-efeito da condenação), mas é 
o próprio patrimônio do condenado 
(confisco-pena). 
 Confisco-efeito: União 
 Confisco-pena: Fundo Penitenciário 
Nacional. 
-Limites do confisco 
 1. Limitação do quantum a confiscar 
 Teto: o maior valor entre o montante do 
prejuízo causado ou do proveito obtido 
com a prática do crime; 
 2. Limitação da quantidade da pena: não 
ultrapassa o limite de 4 anos de prisão. 
 
- Prestação de serviços à comunidade 
 Condenações superiores a 6 meses. 
Tarefas gratuitas em escolas, hospitais, 
clubes, entidades assistenciais. 
 Características: gratuidade, aceitação 
pelo condenado e autêntica utilidade 
social. 
2 
 
 
- Interdição temporária de direitos 
 Proibição do exercício de função pública 
ou mandato eletivo; 
 Proibição do exercício da profissão, 
atividade ou ofício que dependa de 
habilitação especial, licença ou 
autorização do Poder Público; 
 Suspensão de habilitação para dirigir 
veículo; 
 Proibição de frequentar determinados 
lugares, 
 Proibição de inscrever-se em concurso, 
avaliação ou exame público. 
 É indispensável que a infração penal 
tenha sido praticada com violação dos 
deveres inerentes ao cargo, função ou 
atividade. 
 Crimes culposos de trânsito 
 
- Limitação de final de semana 
 Obrigação do condenado permanecer 
durante 5 horas aos sábados e 
domingos em casa de albergado a fim 
de ouvir palestras, cursos e atividades 
educativas. 
Casas de Albergado: Dupla finalidade: 
✓ Cumprimento de penas privativas de 
liberdade em regime aberto 
✓ Pena de limitação de fim de semana 
✓ Tais casas não foram construídas. 
✓ Falta de infraestrutura 
✓ Inviabilidade de aplicação dessa sanção 
✓ Maioria dos juízes a substitui por outra 
medida. 
 
 
“a pena de multa não se submete ao artigo 44, 
ela se submete aos artigos 49,50 e 51, não 
tem natureza de pena alternativa.” 
 
O juiz não pode criar penas alternativas além 
do artigo 43. 
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação 
dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - Prestação pecuniária; (Redação dada pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
II - perda de bens e valores; (Redação dada pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades 
públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei 
nº 9.714, de 25.11.1998) 
VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 25.11.1998) 
 
O artigo 44 se preenchido todos os requisitos 
e0 regras pode substituir a pena de prisão por 
uma pena restritiva de direito. 
 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas 
e substituem as privativas de liberdade, quando: 
(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - Aplicada pena privativa de liberdade não superior a 
quatro anos e o crime não for cometido com violência 
ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei 
nº 9.714, de 1998) 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
(reincidência não é impeditivo para aplicar a pena 
restritiva de direito. 
- Medida seja socialmente recomendável 
-Reincidência específica – prática do mesmo crime – 
impeditivo para penas alternativas. 
 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social 
e a personalidade do condenado, bem como os motivos 
e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja 
suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 1 o (VETADO) (Incluído e vetado pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
§ 2 o Na condenação igual ou inferior a um ano, a 
substituição pode ser feita por multa ou por uma pena 
restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena 
privativa de liberdade pode ser substituída por uma 
pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas 
de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 3 o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá 
aplicar a substituição, desde que, em face de 
condenação anterior, a medida seja socialmente 
recomendável e a reincidência não se tenha operado 
3 
 
em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela 
Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 4 o A pena restritiva de direitos converte-se em 
privativa de liberdade quando ocorrer o 
descumprimento injustificado da restrição imposta. No 
cálculo da pena privativa de liberdade a executar será 
deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de 
direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de 
detenção ou reclusão. (se o preso descumpre a pena 
restritiva, ele vai para o regime aberto ou 
semiaberto) 
 
§ 5 o Sobrevindo condenação a pena privativa de 
liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal 
decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-
la se for possível ao condenado cumprir a pena 
substitutiva anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
 
Conversão das penas restritivas de direitos 
 
Diferenças 
 
De pena em abstrato: é pena proposta na parte 
especial do código penal, junto ao tipo penal. 
Exemplo: homicídio, artigo 121 CP, pena 
reclusão de 6 a 12 anos 
Pena em concreto: é a pena aplicada pelo juiz 
na sentença penal condenatória. A pena real. O 
código penal trabalha com a pena em concreto. 
 
Conversão em pena privativa de liberdade: 
I. Condenação superveniente à pena privativa 
de liberdade: 
 Conversão obrigatória se tornar 
incompatível o cumprimento da restritiva 
de direitos, 
 Facultativa se for possível o 
cumprimento simultâneo; 
 Será descontado o tempo, desde que 
respeitado o saldo mínimo de 30 dias. 
 1. Condenação por crime praticado 
durante o cumprimento da pena 
alternativa 
 2. Condenação por crime anterior 
 Para a conversão é preciso que: 
 A nova pena aplicada não tenha sido 
substituída ou suspensa e que não seja 
possível o cumprimento simultâneo das 
duas condenações. 
II. Descumprimento injustificado da condição 
imposta. 
 O condenado deve ser ouvido pelo juiz 
 Obs: Afasta-se a possibilidade de 
converter as penas pecuniárias em pena 
privativa de liberdade por não conterem 
elementos temporais. 
 Detração: Dedução do tempo cumprido 
de pena restritiva de direitos. 
 
Multa 
Arts. 49,50 e 51 do CP. 
 
A multa aparece de forma acumulada com a 
prisão seja na possibilidade de ser aplicada 
sozinha, independente da prisão. 
Sendo inferior a 1 ano consegue substituir a 
prisão por 1 restritiva de direito ou uma multa. 
(única hipótese) 
Salário-mínimo vigenteno país, se o crime foi 
cometido em época X, vai ser considerado o 
salário vigente da época X. 
 
 Sistema: Dias-multa 
 A lei manda fixar o número de dias-multa 
e o valor dos dias-multa. 
 Número e valor = sistema bifásico. 
 Multiplica-se um pelo o outro = valor da 
multa a ser paga. 
 O número de dias-multa será calculado 
entre 10-360. 
 O valor de cada dia-multa será fixado de 
1/30 até 5 salários-mínimos. 
 Critério: 
4 
 
 1. Capacidade econômica do 
condenado. Pode ser aumentado até o 
triplo por este mesmo critério. 
 
Multa Substitutiva 
 Multa vicariante ou substitutiva: juiz 
pode substituir a prisão por multa 
quando: 
 Pena aplicada igual ou inferior a 1 ano. 
 Não seja reincidente 
 Se for reincidente: não pode ser 
específico! 
 Art. 59, CP 
 Descumprida a pena, deve ser 
executada na forma da lei civil, vara da 
Fazenda Pública. 
 Não é possível converter em prisão. 
 
ATENÇÃO!!! 
 Art. 50, CP: A requerimento do 
condenado e conforme as 
circunstâncias, o juiz pode permitir que 
o pagamento se realize em parcelas 
mensais. 
 Não há previsão legal para conversão de 
multa em pena privativa de liberdade. 
 Art. 164, §1º, LEP: Decorrido o prazo 
sem o pagamento da multa, ou o 
depósito da respectiva importância, 
proceder-se-á à penhora de tantos bens 
quantos bastem para garantir a 
execução. 
 Art. 51, CP: Após a condenação, a multa 
é considerada dívida de valor. Aplica-se 
as normas relativas à dívida ativa da 
Fazenda Pública. 
 Art. 52, CP: Sobrevindo ao condenado 
doença mental, é suspensa a execução 
da pena de multa. 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
(SURSIS) 
 
ARTS. 77 DO CP 
- Instituto pensando pelo legislador para tentar 
conter a população carcerária para tentar evitar 
que aquelas pessoas que cometem pequenos 
delitos sejam colocadas pelos presídios 
brasileiros junto com outras pessoas que 
comentem delitos graves. 
 
O QUE É SUSPENSÃO CONDICIONAL DA 
PENA? 
 
- Tenho uma ação penal, que o sujeito foi 
condenado, essa condenação transitou em 
julgado, encaminhamos para execução da 
pena, aí o estado suspende essa execução ou 
seja não vai executar a pena, vai colocar o 
sujeito “ no período de provas” ou seja, o 
condenado irá cumprir determinadas condições 
e se ele cumprir todas estas condições durante 
o período de prova, a pena não será executada, 
só a pena será suspensa. 
 
 Bitencourt: Suspensão condicional da 
execução da pena. 
 Juarez Cirino dos Santos: Constitui 
substitutivo penal impeditivo da 
execução da pena privativa de liberdade 
aplicada, decidido pelo juiz da sentença 
criminal, com o objetivo de evitar os 
malefícios da prisão. 
 Aníbal Bruno: É o ato pelo qual o juiz, 
condenando o delinquente primário, não 
perigoso, à pena privativa de liberdade 
de curta duração, suspende a execução 
da pena, ficando o condenado em 
liberdade sob certas condições. 
 
 
 
 
5 
 
 
Requisitos dos sursis simples: 
 
1. Pena privativa de liberdade não superior 
a 2 anos que não seja substituída por 
restritiva de direitos; 
2. Não reincidente em crime doloso – 
condenação anterior à multa não impede 
os sursis 
3. Prognose de que não voltará a delinquir. 
4. Com circunstâncias judiciais favoráveis 
 
SEMELHANÇA: AMBOS EVITAM O 
ENCARCERRAMENTO. 
 
Diferenças: 
Pena restritiva de direito: 
Natureza de pena, espécie de sanção penal. 
Substitui a pena privativa de liberdade. 
Condenados a penas de até 4 anos 
Apenas a reincidência específica (o mesmo 
crime) 
 
Suspensão condicional da Pena (sursis); 
Não tem natureza de pena, período de prova 
não é pena, suspense a pena e não a substitui. 
Condenados a penas de até 2 anos 
Não precisa ser reincidente no mesmo crime. 
 
 
SURSIS SIMPLES: 
 Período de prova: 
 2 a 4 anos 
 Deve cumprir prestação de serviços à 
comunidade ou limitação de fim de 
semana durante o primeiro ano do 
período de prova. 
 
 
 
SURSIS ESPECIAL: 
Além dos requisitos anteriores, apresenta mais 
dois: 
1. Reparação do dano; 
2. Condições do Art. 59 sejam inteiramente 
favoráveis 
3. Obs.: o período de prova é o mesmo. As 
condições são mais brandas. 
4. O condenado fica dispensado do 
cumprimento das referidas penas 
restritivas de direito no primeiro ano do 
período de provas. 
 
SURSIS ETÁRIO 
 Condenado maior de 70 anos, desde 
que a pena não seja superior a 4 anos. 
 Período de prova diferenciado: 4 a 6 
anos. 
 
SURSIS HUMANITÁRIO 
 Razões de saúde justifiquem a 
suspensão da pena de prisão; 
 Pena não superior a 4 anos; 
 Período de prova: 4 a 6 anos. 
 
 Condições do Art. 78, CP 
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o 
condenado ficará sujeito à observação e ao 
cumprimento das condições estabelecidas pelo 
juiz. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o 
condenado prestar serviços à comunidade (art. 
46) ou submeter-se à limitação de fim de 
semana (art. 48). (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, 
salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as 
circunstâncias do art. 59 deste Código lhe 
forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá 
6 
 
substituir a exigência do parágrafo anterior 
pelas seguintes condições, aplicadas 
cumulativamente: 
§ 2º Se o condenado houver reparado o dano, 
salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as 
circunstâncias do art. 59 deste Código lhe 
forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá 
substituir a exigência do parágrafo anterior 
pelas seguintes condições, aplicadas 
cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 
9.268, de 1º.4.1996) 
a) proibição de frequentar determinados 
lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde 
reside, sem autorização do juiz; (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a 
juízo, mensalmente, para informar e justificar 
suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
Revogação obrigatória dos sursis 
ART.81 DO CP 
1. Condenação transitada em julgado por 
prática de crime doloso; 
2. Descumprimento das condições legais 
dos sursis simples; 
3. Não reparação do dano injustificada; 
4. Frustrada a execução da multa tendo 
condições para o adimplemento. 
5. Se condenado definitivamente à pena 
privativa de liberdade. 
EFEITOS – ART 86 DO CP 
6. Condenação irrecorrível por crime 
cometido durante a vigência do 
livramento condicional = Revogação 
obrigatória do livramento. 
7. Condenação por crime cometido antes 
da vigência do livramento condicional: 
soma de penas. Se o liberado tiver 
cumprido quantidade de pena que 
perfaça o mínimo exigido no total das 
penas continuará em liberdade 
condicional. Caso contrário, retorna à 
prisão para completar o tempo. 
 
Revogação facultativa 
ART. 81, $1, CP 
 Condenação transitada em julgado por 
crime culposo ou contravenção penal; 
 Descumprimento de qualquer outra 
condição que não as legais dos sursis 
simples. 
EFEITOS – ART 87 DO CP 
 Se condenado à outra espécie de pena 
ou se descumpre condições impostas. 
 Se revogar por crime cometido na 
vigência do benefício ou por 
descumprimento de condição imposta, 
despreza-se o tempo em que estava em 
liberdade. Retorna à prisão. 
 Se revogar por crime anterior à 
concessão do benefício: o período de 
prova é contado como cumprimento de 
pena e poderá somar o tempo que falta 
a cumprir com a nova pena. Calcula-se, 
a partir daí, um prazo para novo 
livramento. 
 
Prorrogação automática 
ART. 81 $$ 2° e 3°, CP. 
 Se após a audiência admonitória o 
acusado for processado pela prática de 
crime ou contravenção, o período de 
prova será prorrogado até o trânsito em 
julgado desse outro processo. 
 PERIODO DE PROVA: 2 ANOS 
 Seja crime culposo ou doloso. 
 
Extinçãoda pena privativa de liberdade 
 Decorrido o período de prova sem que 
tenha havido causas para a revogação, 
estará extinta a pena privativa de 
liberdade. Art. 82, CP. 
7 
 
 
LIVRAMENTO CONDIONAL 
 
ART. 83, CP 
 Antecipa-se a restituição da liberdade. O 
liberado ficará em período de prova pelo 
tempo que restava a cumprir a pena de 
prisão. 
 
- REQUISITOS 
1. Pena privativa de liberdade não inferior a 
2 anos; 
2. Reparação do dano, salvo 
impossibilidade; 
3. Bom comportamento e atestado de boa 
conduta carcerária; 
4. Nos crimes dolosos cometidos com 
violência ou grave ameaça: indícios de 
que o condenado não voltará a delinquir. 
5. Cumprimento de parte da pena: 
 
Cumprimento de parte da pena 
❑ 1/3 se o condenado tiver bons 
antecedentes e não for reincidente em 
crime doloso; 
❑ Metade se for reincidente em crime 
doloso 
❑ 2/3 se for condenado por crime 
hediondo ou equiparado 
❑ Se o condenado for reincidente em 
crime hediondo ou equiparado não terá 
direito ao livramento. 
❑ Discussão sobre Inconstitucionalidade. 
 
Requisitos objetivos 
 Natureza e quantidade da pena; 
 Cumprimento de parte da pena 
 Reparação do dano, salvo 
impossibilidade 
 
 
Requisitos subjetivos 
 Bons antecedentes, 
 Comportamento satisfatório durante a 
execução; 
 Bom desempenho no trabalho prisional; 
 Aptidão para prover a própria 
subsistência com trabalho honesto: 
disposição, habilidade – demonstração 
da efetiva procura de trabalho. 
 Boletim informativo, direção do presídio 
 Atestado sobre o comportamento 
 
Efeitos destas revogações – para aquele crime 
cometido antes do julgamento, o legislador lhe 
dá uma nova chance, acreditando que não há 
problema a ideia de reabilitação da 
socialização. Agora para aquele que cometeu 
um crime durante o julgamento, o legislador 
consta que ele não ressocializado, que ele não 
respeitou essa chance que a lei deu. Não 
merecendo a chance do livramento condicional. 
 
 
Exame criminológico: 
Psicológica e social- condenado 
O juiz pode decidir ao contrário do exame 
criminológico. 
 
Condições obrigatórias 
 Art. 132, §1º, LEP 
 Obter ocupação lícita, dentro do prazo 
razoável; 
 Comunicar ao juiz, periodicamente, sua 
ocupação; 
 Não mudar do território da comarca, 
sem prévia autorização judicial 
 
 
 
 
8 
 
Condições facultativas 
 Não mudar de residência sem comunicar 
ao juiz e às autoridades incumbidas da 
observação e proteção cautelar; 
 Recolher-se à habitação em hora fixada; 
 Não frequentar determinados lugares; 
 Abstenção de práticas delituais 
 Pressuposto fundamental do livramento 
é a presunção de reinserção do 
delinquente. (Bitencourt, 2010). 
 
Condenação por crime praticado antes do 
livramento 
 
1. Terá direito à obtenção de um novo 
livramento, mesmo em relação à pena 
que estava cumprindo; 
2. As duas penas podem ser somadas para 
efeito de obtenção de novo livramento; 
3. O tempo em que esteve em liberdade 
condicional é computado como de pena 
efetivamente cumprida. 
 
Condenação por crime praticado durante a 
vigência do livramento 
 
 Impossibilidade de concessão de novo 
livramento em relação à mesma pena; 
 Não se computa o tempo em que esteve 
solto, em liberdade condicional, como de 
pena efetivamente cumprida; 
 
Prorrogação do livramento 
 Casos de processos por crimes 
praticados durante a vigência do período 
de prova. 
 
Extinção da pena 
 Se durante o período de prova o 
livramento não por revogado considera-
se extinta a pena privativa de liberdade. 
 DOSIMETRIA DA PENA 
(CÁLCULO DA PENA) 
- ART.68 DO CP 
O primeiro ponto é saber o que essa tal de 
dosimetria da pena e, assim, entender o que 
vem a ser esse sistema trifásico. 
Dosimetria é o cálculo feito pelo para definir 
qual a pena será imposta a uma pessoa em 
decorrência da prática de um crime. 
Cada crime tem a sua pena e o Código Penal, 
na sua parte especial, apenas estabelece um 
quantitativo mínimo e máximo de pena, além 
de situações que implicam na diminuição ou 
no aumento dessa sanção. 
O furto simples, por exemplo, está no 
artigo 155, caput, do Código Penal e possui 
uma pena que pode ser de 01 a 04 anos de 
reclusão, sendo esse o limite do juiz. 
Além do mais, o Código Penal nos traz 
circunstâncias atenuantes (como a confissão) 
e agravantes (como a reincidência), além de 
causas de diminuição e de aumento de pena, 
os quais podem interferir no total final da pena 
a ser aplicada. 
Ainda de acordo com o Código Penal, em seu 
artigo 68, a dosimetria será realizada por meio 
de um sistema trifásico, ou seja, dividida em 
três partes: 
• Na 1ª fase, a fixação da pena-
base (utilizando-se os critérios do 
artigo 59 do Código Penal); 
• Na 2ª fase, o magistrado deve 
levar em consideração a 
existências de circunstâncias 
atenuantes (contidas no 
artigo 65 do Código Penal) e 
agravantes (artigos 61 e 62, 
ambos do Código Penal); 
• Por fim, na 3ª fase, as eventuais 
causas de diminuição e de 
aumento de pena. 
Passemos, então, a uma breve análise de cada 
uma das três fases da dosimetria. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619836/artigo-155-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631687/artigo-68-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633383/artigo-59-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633092/artigo-61-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
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9 
 
Primeira fase: 
A primeira fase, como dito, é o momento da 
fixação da pena base, em que o magistrado 
deve levar em consideração as circunstâncias 
judiciais contidas no artigo 59 do Código 
Penal: 
Art. 59 – O juiz, atendendo à culpabilidade, 
aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e conseqüências do crime, bem 
como ao comportamento da vítima, 
estabelecerá, conforme seja necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do 
crime: 
I – as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos 
limites previstos; 
III – o regime inicial de cumprimento da pena 
privativa de liberdade; 
IV – a substituição da pena privativa da 
liberdade aplicada, por outra espécie de pena, 
se cabível. 
Segundo NUCCI, em seu Código 
Penal comentado: 
– Culpabilidade (em sentido lato, ou seja, a 
reprovação social que o crime e o autor do fato 
merecem); 
– Antecedentes criminais (trata-se de tudo o 
que existiu ou aconteceu no campo penal, ao 
agente antes da prática do fato criminoso, ou 
seja, sua vida pregressa em matéria criminal. 
Há quem entenda que somente condenações 
transitadas em julgado podem ser utilizadas 
para valorar negativamente esta 
circunstância); 
– Conduta social (é o papel do réu na 
comunidade, inserido no contexto da família, 
do trabalho, da escola, da vizinhança etc.); 
– Personalidade do agente (trata-se do 
conjunto de caracteres exclusivos de uma 
pessoa, parte herdada, parte adquirida. É a 
análise voltada para detectar se a 
personalidadeé voltada para o crime); 
– Motivos (sãs os precedentes que levam à 
ação criminosa); 
– Circunstâncias do crime (são os elementos 
acidentais não participantes da estrutura do 
tipo, embora envolvendo o delito); 
– Consequências (é o mal causado pelo crime, 
que transcende ao resultado típico); 
– Comportamento da vítima (É o modo de agir 
da vítima que pode levar ao crime). 
Assim, na primeira fase da dosimetria, o 
magistrado, analisando as circunstâncias 
anteriores, deverá estabelecer a pena-base, 
que varia, no caso do roubo, por exemplo, 
entre 04 e 10 anos (podendo ser aumentada 
de 1/3 à metade, nas hipóteses do roubo 
majorado). 
Imaginemos, então, um crime de roubo, 
majorado pelo uso de arma de fogo e 
concurso de pessoas (artigo 157, 2º, incisos 
I e II, do CP), tendo suas circunstâncias 
ultrapassado aquelas inerentes ao tipo penal, 
com emprego de violência física, terror 
psicológico intenso, agressão física, ameaças 
de morte, dentre outros, e o acusado tenha os 
antecedentes criminais desfavoráveis. 
Nesse caso, o juiz não fixará a pena no mínimo 
legal, haja vista a existência de circunstâncias 
judiciais que foram negativadas, bastando a 
existência de uma circunstância negativa para 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633383/artigo-59-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
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10 
 
possibilitar o afastamento da pena base do 
mínimo legal. 
Ressalte-se que a lei não estabelece um 
critério para definir qual a proporção entre o 
aumento da pena e a quantidade de 
circunstâncias negativadas, ficando tal critério 
ao arbítrio do magistrado, o qual deverá se 
atentar pela razoabilidade. 
Há quem entenda que o aumento deverá 
seguir uma ordem proporcional à quantidade 
de circunstâncias que forem negativadas, ou 
seja, se temos o total de 08 (oito) 
circunstâncias, cada negativação 
corresponderá ao aumento da pena base na 
fração de 1/8 (um oitavo). 
Assim como há entendimento de que o 
aumento da pena base deve ser proporcional 
ao motivo que levou à negativação da 
circunstância, de modo que a gravidade das 
razões para negativar a circunstância é 
tamanha que impede o aumento da pena base 
em apenas 1/8 (um oitavo). 
Acredito que ambos os lados estão com a 
razão. 
Ao mesmo tempo que é necessário 
estabelecer critérios para a dosimetria da 
pena, para frear eventual arbitrariedade do 
magistrado, também é preciso tomar cuidado 
para não tornar o Direito uma área “exata”, 
sob o risco de considerarmos “iguais” (sob a 
ótica da dosimetria da pena) aqueles que 
praticaram crimes mais graves com aqueles 
que praticaram o mesmo tipo de crime em 
condições mais brandas, mesmo que tenham 
o mesmo número de circunstâncias 
negativadas. 
Determinadas situações, a gravidade da 
conduta é tão grande que, por si só, impõe o 
aumento da pena base em um patamar mais 
elevado do que 1/8. 
Por isso, o juiz não pode negativar 
determinada circunstância sem fundamentar 
devidamente os motivos que o levaram a 
tomar tal atitude. 
E esse é o primeiro ponto a ser observado em 
uma sentença criminal, a ausência de 
fundamentação para a negativação de 
determinada circunstância judicial. 
Não podemos esquecer do crime de tráfico de 
drogas, visto possuir rito próprio, contido na 
Lei 11.343/06. 
Nesse caso, a dosimetria também deverá levar 
em consideração o artigo 42 da 
Lei 11.343/06, o qual estabelece que 
O juiz, na fixação das penas, considerará, com 
preponderância sobre o previsto no 
art. 59 do Código Penal, a natureza e a 
quantidade da substância ou do produto, a 
personalidade e a conduta social do agente. 
 
Segunda fase: 
 
Fixada a pena-base, superando a primeira fase 
da dosimetria, entramos na segunda fase, cujo 
objetivo é analisar as circunstâncias 
atenuantes e agravantes. 
As atenuantes estão descritas no 
artigo 65 do Código Penal, sendo mais 
comuns a menoridade penal (menor de 21 
anos) e a confissão espontânea. 
As agravantes estão nos 
artigos 61 e 62 do Código Penal e as mais 
comuns são a reincidência e os crimes 
cometidos contra crianças ou maiores de 60 
anos. 
Se existir alguma circunstância agravante, a 
mesma deve ser aplicada posteriormente ao 
reconhecimento da atenuante. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10866338/artigo-42-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633383/artigo-59-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10632120/artigo-65-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633092/artigo-61-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10632473/artigo-62-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
11 
 
Deve ser ressaltado que há entendimento que 
a atenuante da confissão ou qualquer outra, 
como a menoridade, deve ser compensada 
com a agravante da reincidência. 
Importante ressaltar o entendimento recente 
do STJ, segundo o qual as atenuantes e 
agravantes devem ser aplicadas na fração de 
1/6, tanto para diminuir quanto para aumentar 
a pena: 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO 
REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CRIME 
DE AMEAÇA. REINCIDÊNCIA. AUMENTO 
ACIMA DE 1/6. AUSÊNCIA DE 
FUNDAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 
ILEGALIDADE FLAGRANTE. PRECEDENTES 
DO STJ. AGRAVO IMPROVIDO.[…]2. Apesar 
de a lei penal não fixar parâmetro específico 
para o aumento na segunda fase da dosimetria 
da pena, o magistrado deve se pautar pelo 
princípio da razoabilidade, não se podendo dar 
às circunstâncias agravantes maior expressão 
quantitativa que às próprias causas de 
aumentos, que variam de 1/6 (um sexto) a 
2/3 (dois terços). Portanto, via de regra, deve 
se respeitar o limite de 1/6 (um sexto) (HC 
282.593/RR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 
07/08/2014, DJe 15/08/2014).3. Hipótese 
em que pena foi elevada em 100%, na 
segunda fase, em face de circunstância 
agravante, sem fundamentação, o que não se 
admite, devendo, pois, ser reduzida a 1/6, nos 
termos da jurisprudência desta Corte.4. 
Agravo regimental improvido.(AgRg no HC 
373.429/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, 
SEXTA TURMA, julgado em 01/12/2016, DJe 
13/12/2016) 
Ademais, caso a pena-base tenha sido fixada 
no mínimo legal, não há possibilidade de 
reconhecer eventuais circunstâncias 
atenuantes, evitando a redução da pena 
abaixo do mínimo legal, consoante dispõe a 
Súmula 231 do Superior Tribunal de Justiça 
(“A incidência da circunstância atenuante não 
pode conduzir à redução da pena abaixo do 
mínimo legal”). 
Terceira fase: 
Fixada a pena base, sopesadas as 
circunstâncias atenuantes e agravantes, é 
chegada a hora das causas especiais de 
diminuição ou aumento de pena, para finalizar 
a dosimetria com a terceira fase. 
No caso do exemplo que estamos utilizando, 
tendo o crime sido cometido com emprego de 
arma de fogo e por mais de um agente, 
incidem as causas de aumento estabelecidas 
no artigo 157, § 2º, incisos I e II, do Código 
Penal, de modo que ojuiz deve, 
fundamentadamente, definir qual o índice de 
aumento será aplicado, de um terço à metade. 
Assim, no caso mencionado, se aplicar a 
fração mínima de aumento (1/3), a pena 
passa a ser de 08 (oito) anos e 08 (oito) 
meses de reclusão. 
Um exemplo de causa de diminuição de pena 
está contido no artigo 33, § 4º, da 
Lei 11.343/06, o qual estabelece que a pena 
será diminuída se preenchidos alguns 
requisitos. 
Outros exemplos de causa de diminuição e de 
aumento: arts. 14, parágrafo único; 16; 21, 
parte final; 24, § 2º; 26, parágrafo único; 28, 
§ 2º; 29, §§ 1º e 2º; 69; 70; 71; 121, §§ 1º 
e 4º; 129, § 4º; 155, § 1º; 157, § 2º; 158, § 
1º; 168, § 1º; 171, § 1º; 226, todos 
do Código Penal. 
 
Conclusão: 
Como mencionei no início do texto, uma dos 
equívocos mais cometidos pelos magistrados 
é não fundamentar devidamente a negativação 
de determinada circunstância judicial para 
elevar a pena acima do mínimo legal. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619340/artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619245/par%C3%A1grafo-2-artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619207/inciso-i-do-par%C3%A1grafo-2-do-artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619168/inciso-ii-do-par%C3%A1grafo-2-do-artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10867208/artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10866965/par%C3%A1grafo-4-artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638135/artigo-14-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638048/par%C3%A1grafo-1-artigo-14-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637990/artigo-16-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637584/artigo-21-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
12 
 
Ou, se fundamenta, apenas faz afirmações que 
são inerentes ao tipo penal. 
Sem esquecer, é claro, do bis in iden, isto é, 
da utilização de um mesmo fato para negativar 
mais de uma circunstância ou para elevar a 
pena em mais de uma das fases da dosimetria. 
Dessa forma, não é possível, por exemplo, 
usar o fato do agente ter cometido o crime 
armado e com mais de uma pessoa para 
elevar a pena-base (na primeira fase da 
dosimetria), negativando as circunstâncias do 
crime e, ao mesmo tempo, na terceira fase, 
como causa de aumento. 
Da mesma forma, fica vedado ao juiz 
negativar, na primeira fase da dosimetria, os 
motivos, considerando-os fúteis e considerar 
os motivos como agravantes, na segunda fase. 
Por fim, também não é possível considerar a 
mesma condenação criminal transitada em 
julgado para fins de valorar negativamente os 
antecedentes, na primeira fase, e de agravante 
da reincidência, na segunda fase. 
Todavia, caso haja mais de uma condenação 
transitada em julgado, há possibilidade de 
utilizar uma condenação para fins de fixação 
da pena-base e outra para a reincidência do 
réu. 
A N2 SERÁ 10 TESTES E 2 DISSERTATIVAS 
Qualificação objetiva está relacionada ao meio 
de execução 
E a qualificação subjetiva está relacionada a 
motivação 
É possível compatibilizar qualificadora objetivas 
com causa de diminuição de pena, mas não é 
possível compatibilizar qualificadoras subjetivas 
com causa de diminuição de pena. 
 
Lei dos crimes hediondos 
Art 1 
Homicídio qualificado – crime hediondo. 
Quando há o reconhecimento da causa de 
diminuição de pena – retira-se o caráter de 
hediondo. 
Homicídio privilegiado: art 121 $1, cp. 
Tráfico de drogas privilegiado: art 33, $ 4°, lei 
11.343.06. 
 
Causa de diminuição: parte geral do CP: ART 
16, CP, ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
2 tentativas: crime cometido na forma tentada. 
Causa de diminuição. Art 14, II, CP. 
A gente inicia a execução, mas não alcança a 
consumação do crime, por circunstâncias 
alheias a sua vontade 
Causa de diminuição de pena: tentativa 
Causas de aumento do CP: alguns tipos de 
concurso de crime (ex: art 71 cp, crime 
continuado). 
 
- CONCURSO DE CRIMES 
ARTIGOS 69, 70 E 71, CP. 
 MATERIAL 69 CP 
 O agente, mediante duas ou mais 
condutas, produz dois ou mais 
resultados, idênticos ou não. 
 Há pluralidade de condutas e pluralidade 
de resultados. 
 As penas são cumuladas. (Cúmulo 
material) 
 2 ou + condutas = 2 ou + resultados 
 
 
 
 
13 
 
Cúmulo material 
 Soma das penas de cada um dos delitos 
componentes do concurso. 
 Crítica: Segundo Bitencourt, esta soma 
pode resultar em uma pena muito longa, 
desnecessária e com graves efeitos 
criminógenos. 
 
 FORMAL 70 CP 
 Mediante uma única conduta, produz 
dois ou mais resultados – crimes – 
idênticos ou não. 
 Há unidade de condutas e pluralidade de 
crimes. 
 1 conduta (crime) = 2 ou + resultados 
(crimes) 
 
 FORMAL PERFEITO 
 Os resultados derivam de um único 
desígnio 
 (Desígnio é o plano, o projeto, o desejo, 
o propósito) 
 Aplica-se a pena do mais grave ou 
qualquer delas, se idênticas, 
aumentando de um sexto à metade. 
 
 FORMAL IMPERFEITO OU IMPRÓPRIO 
 Os resultados derivam de desígnios 
autônomos. 
 As penas serão somadas. 
 
Concurso formal 
 
próprio (perfeito): 
sistema de exasperação da pena (unidade 
de desígnios) 
 
Impróprio (imperfeito): 
sistema do cúmulo material 
(como se fosse concurso material, diante 
da diversidade de intuitos do agente). 
 
 CRIME CONTINUADO 
 O agente, mediante duas ou mais 
condutas, produz dois ou mais 
resultados da mesma espécie, os quais 
pelas semelhantes condições de tempo, 
lugar e modo de execução podem ser 
tidos uns como continuação dos outros. 
(Guilherme Madeira, Patricia Vanzolini, 
Gustavo O. D. Junqueira). 
 Para a ocorrência de crime continuado, 
a lei exige dois tipos de homogeneidade: 
 Homogeneidade de bens jurídicos; 
 Homogeneidade de processo 
executório. 
Crime continuado 
 Duas ou mais condutas 
 Dois ou mais resultados da mesma 
espécie 
 Condições de: 
 Tempo 
 Lugar 
 Modo de execução 
 
 A pena do crime mais grave será 
aumentada de 1/6 a 2/3. 
 Se contra vítimas diferentes, com 
violência ou grave ameaça, pode ser até 
triplicada – crime continuado imperfeito. 
 Se da aplicação da pena no crime 
continuado ou do concurso formal 
perfeito – exasperação da pena – tornar 
a pena maior do que a resultante da 
soma, terá a aplicação da regra do 
concurso material, em benefício do 
agente: concurso material benéfico. 
Crime continuado específico 
 Três requisitos: 
 Contra vítimas diferentes; 
 Com violência e grave ameaça à pessoa; 
 Somente em crimes dolosos. 
 Penas de multa no concurso de crimes: 
são aplicas distinta e integralmente. 
14 
 
Unificação das penas 
 Se a soma das penas aplicadas superar 
30 anos, o juiz deve unificá-las para que 
sejam reduzidas a tal período. 
 Art. 75, CP 
 Unificação das penas também é o 
reconhecimento por parte do juiz das 
execuções criminais de crime continuado 
ou concurso formal não examinado no 
processo de condenação. 
Erro na execução 
 Art. 73, CP 
 Não se confunde com erro quanto à 
pessoa. 
 Erro na execução: por falha na execução, 
atinge pessoa diversa. 
 Tício atira em Mévio, mas o projétil 
atinge Caio que estava nas 
proximidades, matando-o. 
Responde como se tivesse praticado o crime 
contra Mévio. 
E se além de Caio, atingir terceira 
pessoa? Com uma só conduta o agente 
pratica dois crimes, e, diante da unidade 
da atividade criminosa, aplica-se o 
concurso formal próprio. Se o agente 
agir com dolo eventual em relação ao 
terceiro não visado, o agente responde 
pelos dois crimes. Concurso formal 
impróprio. 
Resultado diverso do pretendido 
 Erro de tipo acidental 
 Art. 74, CP 
 Bitencourt, 2010.: Exemplos: “Se o 
agente arremessa a pedra para quebrar 
a vitrine e acaba ferindo também a 
balconista, responderá pelo crime de 
dano e pela lesão corporal culposa. 
(Concurso formal próprio) 
 Se o agente arremessa a pedra para ferir 
uma pessoa e acaba quebrando a vitrine, 
responderá somente pela lesão corporal 
dolosa, porque o crime de dano não tem 
previsão culposa. Restará apenas 
indenização na área cível. 
EXERCÍCIO 
 OAB/FGV – X 
 Maria, com raiva de sua vizinha Josefa, 
resolve quebrar a janela da residência 
desta. Para tanto, espera chegar a hora 
em que sabia que Josefa não estaria em 
casa e, após olhar em volta para ter 
certeza de que ninguém a observava, 
Maria arremessa com força, na direção 
da casa da vizinha, um enorme tijolo. 
Ocorre que Josefa, naquele dia, não 
havia saído de casa e o tijolo, após 
quebrar a vidraça, atinge também sua 
nuca. Josefa falece instantaneamente. 
 É correto afirmar que Maria deve 
responder por homicídio doloso 
consumado? 
 Instituto: erro de tipo acidental, na 
modalidade do resultado diverso do 
pretendido. 
 Art. 74, CP 
 Punição do agente por crime doloso em 
relação ao objetivo desejado (crime de 
dano, art. 163, CP), bem como sua 
punição na modalidade culposa pelo 
resultado não intencional por ele 
alcançado, desde que o tal delito admita 
a modalidade culposa. 
 Crime de homicídio. 
 Há modalidade culposa 
 Art. 121, §3º, CP 
 Maria com sua conduta alcançou dois 
resultados. Será punida por ambos, em 
concurso formal próprio, art. 70, CP. 
 Pena: majoração da pena do crime mais 
grave de 1/6 a ½. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16

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