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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA ALUNO ANÁLISE DE UM PROJETO DE EXPANSÃO E OUTRAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS CIDADE-ESTADO 2020 xxxxxxxxxxxxx: RA-xxxxxxxxxxxx Orientador (a): xxxxxxxxxxx ANÁLISE DE UM PROJETO DE EXPANSÃO E OUTRAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS Trabalho apresentado ao Curso Superior de tecnologia em financeira pela Universidade UNOPAR, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina intitulada de produção textual (interdisciplinar) CIDADE-ESTADO 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................ 5 1 Passo 1 – Analisando a solvência do PUB “#ZéBébsTudo” ......................................... 5 2 Passo 2 – Calculando a taxa de retorno de um investimento em renda variável ...... 7 3 Passo 3 – Analisando o projeto de expansão Drink Truck” #SóBebs” ........................ 8 4 Passo 4 – Compreendendo os regimes tributários ....................................................... 12 5 Passo 5 – O uso de indicadores financeiros para a tomada de decisões ................ 14 ANEXO.....................................................................................................................................17 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 17 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 19 4 INTRODUÇÃO O Brasil é um país tradicional em planejamento, mas nenhum país planejou passar por situação de pandemia como a que vivemos hoje e isso desencadeou uma queda na função do planejamento no setor financeiro. Logo, em um cenário de incertezas com tal, uma prática voltada ao bom planejamento levando em consideração os investimentos e o setor financeiro como um todo, se fazem de extrema importância para a garantia da manutenção da estabilidade e desenvolvimento do negócio. Escolher qual o melhor investimento, é uma constante dúvida que permeia quem enseja apostar ou não em um novo projeto. Neste contexto, nosso caso de estudo, irá explorar exatamente estas incertezas, diante de opções de possíveis cenários de investimento. Nesses termos, a presente atividade tem como objetivo geral utilizar o conhecimento extraído das disciplinas do presente semestre: • Análise de Crédito, Cobrança e Risco • Elaboração e Análise de Projetos • Planejamento Tributário • Mercado de Capitais • Planejamento Tributário • Capital de Giro e Análise das Demonstrações Financeiras e utiliza-los no caso prático “ANÁLISE DE UM PROJETO DE EXPANSÃO E OUTRAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS”. Como objetivos específicos, tem-se de auxiliar Carlos Henrique, sócio do Pub #Zébebstudo que acabara de receber um inesperado aporte financeiro a escolher qual a melhor opção a se investir. Como metodologia, utilizar-se-á de pesquisas em obras físicas e digitais, bem como a consulta a legislação pertinente. 5 DESENVOLVIMENTO 1 Passo 1 – Analisando a solvência do PUB “#ZéBébsTudo” Existem vários estudos que mostram que as empresas insolventes começam a acusar sinais de dificuldades bem antes de chegar ao ponto crítico de uma falência ou concordata, e que talvez seja impossível prever uma falência com 100% de certeza, mas é perfeitamente possível identificar aquelas que têm maiores possibilidades de falir em futuro não muito distante. Para ele, são as pequenas e médias empresas as que estão mais expostas à insolvência. (KANITZ, 1978). Observando aspectos de solvência, utilizaremos a análise de discriminação Linear baseada no modelo de previsão de insolvência de Kanitz como ferramenta para estabelecer o grau de solvência. Para isto, realizasse uma análise através as informações extraídas da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) e do Balanço Patrimonial (BP) anual. INFORMAÇÕES COLETADAS VALORES Lucro líquido 120,000.00 Patrimônio líquido 70,000.00 Ativo circulante 30,000.00 Ativo realizável a longo prazo 15,000.00 Exigível total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 30,000.00 Estoque 20,000.00 Passivo circulante 25,000.00 Exigível a longo prazo 10,000.00 Índices de Liquidez X 1,714285714 Rentabilidade 6 1 X 2 1,5 Liquidez X 3 0,4 Liquidez Seca X 4 1,2 Liquidez Corrente X 5 0,428571429 Grau de endividamento Modelo econométrico analítico de discriminação linear, fórmula: Índice de Solvência Kanitz = 0,05 X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 – 1,06 X4 – 0,33 X5 Z Kanitz 2,567285714 0,05 x1 0,085714286 1,65 x2 2,475 3,55 x3 1,42 1,06 x4 1,272 0,33 x5 0,141428571 7 O índice ponderado de Kanitz indica que a empresa está em estado solvente entre 0 e 7, ou seja, sem problemas financeiros. Outros aspectos positivos e negativos devem ser considerados nesta análise. Um único aspecto negativo observado nesta análise, é que o passivo circulante é o índice de liquidez seca, que indica que a empresa não conseguiria quitar todos suas dívidas dentro do exercício atual, sem a venda de seus estoques. Este aspecto não é preocupante, pois pode ser dado ao momento da empresa quando realizado o BP e DRE. Os aspectos positivos, que observamos, é o índice de liquidez geral de 1,5, demonstrando que a empresa possui recursos para honrar todas suas obrigações, caso necessário; além da rentabilidade acima de 1,71 que indica um Lucro Líquido no período superior ao Patrimônio Líquido, e também um pequeno grau de endividamento. Neste contexto, pondera-se de maneira positiva o empréstimo a ser concedido pela instituição financeira. 2 Passo 2 – Calculando a taxa de retorno de um investimento em renda variável O CAPM (Capital Asset Pricing Model), ou Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (MPAF), é utilizado em finanças para determinar a taxa de retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira de mercado perfeitamente diversificada. O modelo leva em consideração a sensibilidade do ativo ao risco não-diversificável (também conhecido como risco sistêmico ou risco de mercado), representado pela variável conhecida como índice beta ou coeficiente beta (β), assim como o retorno esperado do mercado e o retorno esperado de um ativo teoricamente livre de riscos. Então, utilizando desta técnica, vamos auxiliar Carlos Henrique na melhor alternativa de investimento, determinando a taxa mínima da ação da empresa NTGY3 exigida pelo investidor. (CAPM): entende-se como o custo de oportunidade que poderia se ter ao aplicar um capital em diferentes investimentos com o mesmo nível / taxa de risco. Para calcular este custo de oportunidade, temos a seguinte fórmula: https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_beta https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Teoricamente&action=edit&redlink=1 8 CAPM= 3 + [(1,75 x (15-3)] CAPM= 7 + (1,75 x 12) CAPM= 3 + 21 CAPM= 24% Onde: RF = taxa livre de risco (é um ativo que não apresenta risco de liquidez). β = Beta da empresa (é uma medida para volatilidade do preço de uma ação em relação a uma carteira teórica ou referencial). RM = Taxa de retorno do mercado acionário (é o retorno médio esperado pelos acionistas em relação a uma carteira teórica ou referencial). A taxa mínima de retorno esperada para o investimento deve ser de 24 % em paralelo ao risco estabelecido. 3 Passo3 – Analisando o projeto de expansão Drink Truck” #SóBebs” . A segunda opção de investimento que Carlos Henrique analisa, seria ampliar seu próprio negócio e colocar em atividade o Drink Truck “#SóBebs”; para isso, faz- se necessário conhecer seu Valor Presente Líquido e sua Taxa Interna de Retorno, que nortearão a sua decisão. O investimento inicial necessário, seria a aquisição de um veículo novo, com valor estimado de R$ 15.000,00 e uma vida útil de 5 anos, sem residual. Com uma pesquisa de mercado, Carlos Henrique concluiu que a previsão de venda é do Drink Truck será: - 500 combos de bebidas e petiscos por mês. - Preço de venda médio de R$ 22,00 / unidade. - Custos variáveis de R$ 7,00 por unidade. - Custo fixo total é de R$ 2.000,00 mensais 9 Com base nos dados fornecidos, elabora-se o fluxo de caixa mensal, de acordo com a estrutura DRE. DRE Projeção Receita Bruta (PV x Quantidade) R$ 11.000,00 (-) Impostos sobre o faturamento (8%) R$ 880,00 (=) Receita líquida R$ 10.120,00 (-) CV total (CV x Quantidade) R$ 3.500,00 (=) Margem de contribuição R$ 6.620,00 (-) Custos fixos totais R$ 2.000,00 (-) Depreciação mensal R$ 250,00 (=) LAIR R$ 4.370,00 (-) Impostos sobre o lucro (5% sobre a LAIR) R$ 218,50 (=) Lucro líquido R$ 4.151,50 (+) Depreciação mensal R$ 250,00 (=) Fluxo de caixa mensal R$ 4.401,50 Com base nas informações encontradas, vamos calcular o VPL (valor presente líquido) e a TIR (taxa interna de retorno), considerando o período de exploração do negócio de 5 anos. A Taxa Mínima de Atratividade (TMA), será a mesma encontrada no cálculo CAPM. O Valor Presente Líquido (VPL) é calculado para sabermos qual o valor atual de um investimento, bem como a sua rentabilidade. O VPL é o resultado que o investimento proporcionará no final do projeto, utilizando a TMA. Contudo representa o valor do caixa projetado, diminuindo o custo, onde identifica-se o resultado financeiro do investimento. Para Casarotto e 10 Kopittke (2008, p. 116) VPL é composto de um cálculo simples onde, “Em vez de se distribuir o investimento inicial durante sua vida (custo de recuperação do capital), deve-se somar os demais termos do fluxo de caixa para somá-los ao investimento inicial de cada alternativa. Escolhe-se aquela que apresentar melhor Valor Presente Líquido”. A fórmula para o cálculo da VPL é a seguinte: FC = Fluxo de caixa TMA = Taxa mínima de atratividade (utilizaremos CAPM) j = período de cada fluxo de caixa A TIR é um método que reflete a taxa dos fluxos de caixa líquidos periódicos, ou seja, as entradas de caixa menos as saídas, dentro de um determinado período, normalmente um ano, calculado para todo o investimento. Segundo Hoji (2010), a TIR é conhecida também como taxa de desconto do fluxo de caixa, é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas). Quando utilizada como taxa de desconto resulta em Valor Presente Líquido (VPL) igual a zero. FC = Fluxos de caixa i = período de cada investimento N = período final do investimento Nesta fórmula temos um somatório que atualiza cada um dos valores do fluxo de caixa que geram entrada de dinheiro ao investidor, subtraído do investimento inicial: 11 Fluxos Períodos Correção R$ 4.401,50 1 R$ 3.549,60 R$ 4.401,50 2 R$ 2.862,58 R$ 4.401,50 3 R$ 2.308,53 R$ 4.401,50 4 R$ 1.861,72 R$ 4.401,50 5 R$ 1.501,39 R$ 4.401,50 6 R$ 1.210,79 R$ 4.401,50 7 R$ 976,45 R$ 4.401,50 8 R$ 787,46 R$ 4.401,50 9 R$ 635,05 R$ 4.401,50 10 R$ 512,13 R$ 4.401,50 11 R$ 413,01 R$ 4.401,50 12 R$ 333,07 R$ 4.401,50 13 R$ 268,61 R$ 4.401,50 14 R$ 216,62 R$ 4.401,50 15 R$ 174,69 R$ 4.401,50 16 R$ 140,88 R$ 4.401,50 17 R$ 113,61 R$ 4.401,50 18 R$ 91,62 R$ 4.401,50 19 R$ 73,89 R$ 4.401,50 20 R$ 59,59 R$ 4.401,50 21 R$ 48,06 R$ 4.401,50 22 R$ 38,75 R$ 4.401,50 23 R$ 31,25 R$ 4.401,50 24 R$ 25,20 R$ 4.401,50 25 R$ 20,33 R$ 4.401,50 26 R$ 16,39 R$ 4.401,50 27 R$ 13,22 R$ 4.401,50 28 R$ 10,66 R$ 4.401,50 29 R$ 8,60 R$ 4.401,50 30 R$ 6,93 R$ 4.401,50 31 R$ 5,59 R$ 4.401,50 32 R$ 4,51 R$ 4.401,50 33 R$ 3,64 R$ 4.401,50 34 R$ 2,93 R$ 4.401,50 35 R$ 2,37 R$ 4.401,50 36 R$ 1,91 R$ 4.401,50 37 R$ 1,54 R$ 4.401,50 38 R$ 1,24 R$ 4.401,50 39 R$ 1,00 R$ 4.401,50 40 R$ 0,81 R$ 4.401,50 41 R$ 0,65 R$ 4.401,50 42 R$ 0,52 R$ 4.401,50 43 R$ 0,42 R$ 4.401,50 44 R$ 0,34 R$ 4.401,50 45 R$ 0,28 R$ 4.401,50 46 R$ 0,22 R$ 4.401,50 47 R$ 0,18 R$ 4.401,50 48 R$ 0,14 R$ 4.401,50 49 R$ 0,12 R$ 4.401,50 50 R$ 0,09 R$ 4.401,50 51 R$ 0,08 R$ 4.401,50 52 R$ 0,06 R$ 4.401,50 53 R$ 0,05 R$ 4.401,50 54 R$ 0,04 R$ 4.401,50 55 R$ 0,03 R$ 4.401,50 56 R$ 0,03 R$ 4.401,50 57 R$ 0,02 R$ 4.401,50 58 R$ 0,02 R$ 4.401,50 59 R$ 0,01 R$ 4.401,50 60 R$ 0,01 Totais R$ 18.339,54 Valor Investimento -R$ 15.000,00 VPL R$ 3.339,54 TIR 29,34% 12 4 Passo 4 – Compreendendo os regimes tributários As principais obrigações tributárias são o IRPJ (imposto de renda pessoa jurídica) a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (PIS/PASEP) a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado para a apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devidos pela pessoa jurídica. As principais características do Lucro Presumido é a presunção do lucro da empresa no período de recolhimento. Ou seja, a empresa não calcula os impostos com base no lucro realmente auferido no período, mas sim em uma presunção de acordo com as características da empresa. Na prática, é feita a aplicação de uma alíquota definida em lei sobre o faturamento bruto das empresas para encontrar a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Essas alíquotas estão previstas em uma tabela e variam entre 1,6% e 32% – de acordo com a atividade desenvolvida. Lucro Real A apuração feita pelo Lucro Real é feita com base no lucro líquido auferido no período – ao contrário da presunção que é feita no Lucro Presumido. Esse lucro líquido pode ser calculado através da subtração entre a receita e as despesas dedutíveis. O Lucro Real pode ser recolhido de forma trimestral ou anual (por estimativa ou receita bruta). Por ser um regime tributário mais complexo, muitos empresários têm a ideia de que os valores recolhidos serão maiores do que nos demais regimes, mas nem sempre é isso o que ocorre na prática. Todas as empresas brasileiras podem optar pelo Lucro Real. Porém, existem várias situações em que as empresas são obrigadas a optar por esse regime tributário. O artigo 14 da Lei 9.718 de 27 de novembro de 1998 prevê que estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: “I – cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número 13 de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuadopagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.” Simples Nacional O Simples Nacional é um regime que difere bastante do Lucro Presumido e do Lucro Real. Trata-se de uma alternativa criada para simplificar o recolhimento de tributos para micro e pequenas empresas – que possuem um faturamento de até R$4.800.000,00 durante o ano. Criado pela Lei Complementar nª 123/2006, o Simples Nacional tem como sua principal característica o recolhimento de diversos tributos de forma unificada em um único documento de arrecadação. Os tributos recolhidos dessa forma são: Programa de Integração Nacional – PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins, Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, Imposto sobre Circulação de Serviços – ISS, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ. 14 As alíquotas aplicadas para calcular o valor devido variam de acordo com a atividade realizada e com o faturamento auferido no período. Além disso, é preciso destacar que dentro do Simples Nacional também estão enquadrados os Microempreendedores Individuais (MEI) – que são empresário individuais que faturam no máximo R$ 81 mil durante o ano e possuem ainda mais facilidade para recolher os seus tributos. No caso do Drink Truck #SóBebs, por se tratar de uma empresa de pequeno porte e o regime tributário mais adequado seria o SIMPLES NACIONAL. 5 Passo 5 – O uso de indicadores financeiros para a tomada de decisões Nos termos na SGA, as principais contas da empresa “SÓ CALÇADOS” foram apresentadas conforme quadros abaixo informados: Demonstrativo de Resultado de Exercício 2019 Receita Operacional Bruta 3.000.000,00 (-) Deduções de Receitas 30.000,00 (=) Receitas Operacionais Líquidas 2.970.000,00 (-) (Custo dos serviços prestados) 2.400.000,00 (=) Lucro Bruto / Resultado em Vendas 570.000,00 (-) Despesas operacionais/Custos Fixos 360.000,00 (=) Lucro Operacional 210.000,00 (+) Receitas Financeiras / não operacionais 4.000,00 (-) Despesas Financeiras / não operacionais 5.000,00 (=) Lucro antes do IR 209.000,00 (-) IR (27,5%) 57.475,00 (=) Lucro Líquido 151.525,00 Balanço Patrimonial 2019 ATIVO 1500000 PASSIVO 1340000 Disponível 50000 Empréstimos bancários 300.000,00 Aplicações Financeiras 45000 Impostos e obrigações 40.000,00 Outros Créditos 5000 Fornecedores 800000 Duplicatas a receber 950000 Outras Obrigações 200000 Estoques 450000 NÃO CIRCULANTE 780000 NÃO CIRCULANTE 440000 Realizável a Longo Prazo 180000 Financiamentos 440000 Investimento 100000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 500000 15 Imobilizado 300000 CAPITAL + RESERVAS 400000 Intangível 200000 LUCROS ACUMULADOS 100000 TOTAL DE ATIVO 2280000 TOTAL PASSIVO 2.280.000,00 Elabora-se os indicadores financeiros a partir dos dados obtidos da empresa: Capital de Giro: Capital Circulante Líquido (CLL) CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante CCL = 1500000-1340000 CCL = 160.000,00 Indicadores Lucratividade Margem Líquida = (Lucro Líquido / Receita) X 100 Margem Líquida = (151.525,00 / 3.000.000,00) X100 Margem Líquida = 5,0508 % Margem Bruta = (Lucro Bruto / Receita) X 100 Margem Bruta = (570.000,00 / 3.000.000,00) X 10 Margem Bruta = 19% Margem Operacional = (Lucro Operacional / Receita Líquida) Margem Operacional = (210.000,00 / 2.970.000,00) x 100 Margem Operacional = 7,07% Indicadores de Liquidez Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante Liquidez Corrente = 1.500.000,00 / 1.340.000,00 Liquidez Corrente = 1,1194 Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante Liquidez Seca = (1.500.000,00 – 450.000,00) / 1.340.000,00 Liquidez Seca = 1.050.000,00 / 1.340.000,00 Liquidez Seca = 0,7835 16 Retorno sobre o Ativo (ROA) ROA = (Lucro Líquido / Ativo Total) X 100 ROA = (151.525.00 / 2.280.000,00) X100 ROA = 6,6458 % Retorno sobre o capital próprio (ROE) ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido x 100 ROE = 30,31% Conforme análise apresentada, constata-se que a empresa “SÓ CALÇADOS” encontra-se em uma situação estável nos termos dos seus indicadores financeiros. A empresa possui Capital Circulante, pouca Margens Liquida apesar de positiva, bem como indicador de liquidez ligeiramente positivo. Apenas a liquidez seca que está negativo, justificado pela conta de “ESTOQUES” da empresa. 17 ANEXO 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que o modelo gestacional exigido hoje, requer dos seus gestores, gerenciamento eficiente dos recursos, observadas, ainda, as normas que regem. Em se tratando de solvência, o grau de solvência encontrado no PUB #ZéBébsTudo é de 2,5672, pondera-se de maneira POSITIVA a liberação do empréstimo, No que se refere as taxas de retorno, a possibilidade de ganho em renda variável, seria de 15%, desconsiderando os riscos. O cálculo de CAPM demonstrou que o retorno do ativo deveria ser de 24%. Nos termos da análise do projeto de extensão A VPL encontrada no projeto de expansão do Drink Truck #SóBebs foi R$ 3.339,54 e a TIR de 29,34%. O projeto é viável, pois apresenta VPL positiva, e a TIR encontrada é superior a TMA (taxa mínima de atratividade) que é de 24%. Em se tratando dos regimes tributários, constatou-se que o Drink Truck #SóBebs, é uma empresa de pequeno porte e o regime tributário mais adequado seria o SIMPLES NACIONAL. Por fim, no tocante aos indicadores financeiros a “SÓ CALÇADOS”, apresenta os seguintes índices financeiros: Capital de Giro: Capital Circulante Líquido (CLL) - 160.000,00; Margem Líquida = 5,0508 %; Margem Bruta = 19%; Margem Operacional = 7,07%; Liquidez Corrente = 1,1194; Liquidez Seca = 0,7835; ROA = 6,6458 %; ROE = 30,31%. Embora os resultados tenham sido positivos, foram pouco favoráveis. Além disso, o melhor investimento para Carlos Henrique, é a expansão de seu negócio com o Drink Truck, pois apresenta VPL positivo, TIR acima da Taxa Mínima de Atratividade. 19 REFERÊNCIAS BRASIL. LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998. Aplica-se no âmbito da legislação tributária Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm> Acesso em: 09 out 2020. CASAROTTO FILHO, N. C. & KOPITTKE, B. H. Análise de investimentos. 10ª Edição. São Paulo: Atlas, 2008. CHAVES, Francisco Coutinho. Planejamento tributário na prática: gestão tributária aplicada / Francisco Coutinho Chaves. – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2017. FRANÇA, Clévia Israel Faria. Elaboração e Análise de Projetos – 1. ed - Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010. SINATORA, José Roberto Pereira. Mercado de Capitais – 1. ed - Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. KANITZ, S. C. Como prever falências. São Paulo: McGraw-Hill, 1978 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm
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