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Apostila Soldador a Arco Elétrico

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Centro de Tecnologia do Vestuário de Blumenau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSOOLLDDAADDOORR AA 
AARRCCOO EELLÉÉTTRRIICCOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Blumenau 
2002 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSOOLLDDAADDOORR AA 
AARRCCOO EELLÉÉTTRRIICCOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Fernando Xavier Faraco 
Presidente da FIESC 
 
Sérgio Roberto Arruda 
Diretor Regional do SENAI/SC 
 
Antônio José Carradore 
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC 
 
Antônio Demos 
Diretor do CTV – Blumenau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
3
 
 
 
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina 
Serviço Regional de Aprendizagem Industrial 
Centro de Tecnologia do Vestuário de Blumenau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSOOLLDDAADDOORR AA 
AARRCCOO EELLÉÉTTRRIICCOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Blumenau 
2002 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
4
É autorizada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou 
sistema, desde que a fonte seja citada. 
 
Organizador (a) 
 
Juliani Trippia S. Thiago 
 
 
 
Revisão 00 
 
Junho/2002 
 
 
 
 
 
 
 
 
S474s 
SENAI/CTV 
 Soldador a arco elétrico / Juliani Trippia S. Thiago (Org.) – Blumenau : 
SENAI/CTV, 2002. 
88 p. : il. 
 
 
 1. Soldagem 2. Arco elétrico 3. Processos de soldagem I. THIAGO, 
Juliani Trippia S. II. Título 
 
CDU: 621.791 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Centro de Tecnologia do Vestuário de Blumenau 
e-mail: blumenau@senai-sc.ind.br 
site: www.senai-ctv.ind.br 
 
Rua São Paulo, 1147 – Victor Konder 
CEP: 89012-001 – Blumenau – SC 
Fone: (0XX47) 321-9600 
Fax: (0XX47) 340-1797 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
5
SUMÁRIO 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................. 7 
LISTA DE TABELAS ........................................................................................ 10 
1 – ACENDER E MANTER O ARCO ELÉTRICO ............................................ 12 
1.1 Processo de execução ............................................................................... 12 
2 – SOLDAR EM ÂNGULO .............................................................................. 14 
2.1 Processo de execução ............................................................................... 14 
3 – SOLDAR DE TOPO, SEM CHANFRO ....................................................... 17 
3.1 Processo de execução ............................................................................... 17 
4 – EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ....................................................... 19 
4.1 Introdução .................................................................................................. 19 
5 – NOÇÕES DE ELETRICIDADE APLICADA À SOLDAGEM........................ 22 
5.1 Corrente elétrica ......................................................................................... 22 
5.2 Tipos de corrente elétrica ........................................................................... 23 
5.3 Tensão elétrica........................................................................................... 24 
5.4 Resistência elétrica .................................................................................... 26 
5.5 Arco elétrico ............................................................................................... 26 
5.6 Efeito da tensão elétrica na soldagem ....................................................... 27 
5.7 Polaridades ................................................................................................ 28 
6 – MÁQUINAS DE SOLDAGEM ..................................................................... 32 
6.1 Transformador ............................................................................................ 32 
6.2 Retificador .................................................................................................. 33 
6.3 Gerador ...................................................................................................... 33 
7 – VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM NA SOLDAGEM ................................... 34 
7.1 Ajuste de corrente ...................................................................................... 35 
7.2 Comprimento do Arco ................................................................................ 36 
7.3 Velocidade de Avanço................................................................................ 37 
7.4 Angulo do Eletrodo ..................................................................................... 37 
8 – FATORES PARA UMA BOA SOLDAGEM................................................. 37 
8.1 Preparação para a soldagem ..................................................................... 38 
8.2 Início do cordão de solda ........................................................................... 38 
8.3 Término do cordão de solda....................................................................... 38 
9 – PROCESSO OXIACETILÊNICO ................................................................ 39 
9.1 Equipamento para solda oxiacetilênica ...................................................... 39 
9.1.1 Constituição............................................................................................. 39 
9.1.2 Condições de uso.................................................................................... 39 
9.1.3 Manutenção............................................................................................. 39 
9.1.4 Cuidado ................................................................................................... 39 
9.2 Chama Oxiacetilênica ................................................................................ 40 
9.2.1 Chama Neutra ......................................................................................... 40 
9.2.2 Chama Oxidante ..................................................................................... 40 
9.2.3 Chama Carburante .................................................................................. 40 
9.3 Temperaturas de combustão nas diferentes zonas de chama oxiacetilênica.
......................................................................................................................... 41 
10 – PROCESSO MIG/MAG ............................................................................ 47 
10.1 Processo MIG (Metal Inert Gás) ............................................................... 47 
10.1.1 Velocidade de fusão do fio eletrodo ...................................................... 47 
10.1.2 Vantagens do processo MIG ................................................................. 48 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
6
10.2 Eletrodo contínuo ..................................................................................... 48 
10.3 MIG manual (Semi-automático)................................................................ 49 
10.4 MIG automático ........................................................................................ 50 
10.5 Fontes de energia elétrica ........................................................................ 50 
11 – PROCESSO MAG (METAL ATIVO GÁS) ................................................ 50 
11.1 Características do processo ..................................................................... 51 
11.2 Comparação de penetração com eletrodos revestidos e o processo MAG
......................................................................................................................... 51 
11.3 Tipos de penetração................................................................................. 51 
11.4 Tipos de transferência de metal ...............................................................52 
11.5 Aspecto econômico .................................................................................. 52 
12 – SOLDAGEM (QUALIDADES, CARACTERÍSTICAS E 
RECOMENDAÇÕES)....................................................................................... 53 
12.1 Características de uma boa solda ............................................................ 53 
13 – ELETRODOS PARA SOLDAGEM MANUAL A ARCO............................. 55 
13.1 Tipos de eletrodo...................................................................................... 55 
13.2 Tipos de revestimento do eletrodo ........................................................... 55 
13.3 Funções do revestimento ......................................................................... 58 
13.3.1 Função elétrica ...................................................................................... 58 
13.3.2 Função metalúrgica ............................................................................... 58 
13.3.3 Função física ......................................................................................... 58 
14 – CLASSIFICAÇÃO DE ELETRODOS........................................................ 59 
14.1 Classificação A.B.N.T............................................................................... 60 
14.2 Classificação dos eletrodos revestidos, de aço carbono, para soldagem a 
arco (especificações AWS A5.1-78 e AWS A5.5-69 respectivamente) ............ 61 
14.2.1 Critério de classificação......................................................................... 61 
14.2.2 Sistema de classificação ....................................................................... 61 
15 – ARMAZENAMENTO E CUIDADOS COM OS ELETRODOS................... 64 
15.1 Ação Mecânica ......................................................................................... 65 
15.2 Absorção de Umidade .............................................................................. 65 
15.3 Ressecagem dos Eletrodos...................................................................... 66 
15.4 Envelhecimento ........................................................................................ 66 
16 – TERMINOLOGIA BÁSICA........................................................................ 67 
17 – CAMINHOS PARA SOLDAR MELHOR ................................................... 75 
18 – EXERCÍCIOS ........................................................................................... 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Ilustração 1 – Limpeza do material com escova de aço................................... 12 
Ilustração 2 – Fixação do material.................................................................... 12 
Ilustração 3 – Fio terra ..................................................................................... 13 
Ilustração 4 – Porta-eletrodo ............................................................................ 13 
Ilustração 5 – Acendimento do arco elétrico .................................................... 13 
Ilustração 6 – Manuseio do eletrodo ................................................................ 14 
Ilustração 7 – Preparação das peças (em ângulo) para soldagem .................. 14 
Ilustração 8 – Pontear a peça........................................................................... 15 
Ilustração 9 – Inclinação do eletrodo................................................................ 15 
Ilustração 10 – Movimento do eletrodo em zig-zag .......................................... 15 
Ilustração 11 – Maneira de depositar os cordões............................................. 16 
Ilustração 12 – Oscilação do eletrodo nos cordões.......................................... 16 
Ilustração 13 – Depósito dos eletrodos restantes e sua inclinação .................. 16 
Ilustração 14 – Pontear alternando para evitar empeno................................... 17 
Ilustração 15 – Limpeza dos pontos................................................................. 17 
Ilustração 16 – Inclinação e oscilação do eletrodo ........................................... 18 
Ilustração 17 – Interromper o cordão ............................................................... 18 
Ilustração 18 – Preaquecimento....................................................................... 19 
Ilustração 19 – Cabo de soldagem................................................................... 20 
Ilustração 20 – Gabarito tipo esquadro ............................................................ 21 
Ilustração 21 – Gabarito tipo cunha.................................................................. 22 
Ilustração 22 – Gabarito tipo canivete .............................................................. 22 
Ilustração 23 – Tensão contínua ...................................................................... 23 
Ilustração 24 – Tensão alternada ..................................................................... 23 
Ilustração 25 – Comparação entre circuito hidráulico e elétrico ....................... 24 
Ilustração 26 – Esquema de soldagem a arco elétrico..................................... 27 
Ilustração 27 – Efeito da tensão elétrica .......................................................... 27 
Ilustração 28 – Processo de soldagem ............................................................ 28 
Ilustração 29 – Sopro magnético...................................................................... 28 
Ilustração 30 – Distorção do campo magnético................................................ 29 
Ilustração 31 – Descrição de um cordão de solda............................................ 29 
Ilustração 32 – Transferência por pulverização................................................ 30 
Ilustração 33 – Posições de soldagem............................................................. 31 
Ilustração 34 - Influências de corrente, velocidade, altura do arco de um cordão 
de solda............................................................................................................ 31 
Ilustração 35 - Circuito soldagem – Polaridades .............................................. 36 
Ilustração 36 – Término do cordão de solda .................................................... 38 
Ilustração 37 – Temperatura de combustão nas diferentes zonas de chama 
oxiacetilênica.................................................................................................... 41 
Ilustração 38 – Válvulas das mangueiras......................................................... 44 
Ilustração 39 – Mangueira................................................................................ 44 
Ilustração 40 – Processo MIG .......................................................................... 47 
Ilustração 41 – Velocidade de fusão do fio eletrodo......................................... 48 
Ilustração 42 – Zonas no arco.......................................................................... 49 
Ilustração 43 – Metal utilizado na soldagem .................................................... 49 
Ilustração 44 – Sistemas de deposição............................................................ 52 
Ilustração 45 – Eletrodo revestido .................................................................... 55 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
8
Ilustração 46 – Rutílico em chaparia fina e média............................................ 56 
Ilustração 47 – Rutílico para bom acabamento ................................................ 56 
Ilustração 48 – Escória..................................................................................... 56 
Ilustração 49 – Revestimento celulósico .......................................................... 57 
Ilustração 50 – Penetração do revestimento celulósico oxidante ..................... 57 
Ilustração 51 – Ângulo do chanfro.................................................................... 67 
Ilustração 52– Poro ......................................................................................... 67 
Ilustração 53 – Borda do cordão ou pé de solda .............................................. 67 
Ilustração 54 – Camada ................................................................................... 67 
Ilustração 55 – Chanfro .................................................................................... 67 
Ilustração 56 – Cobre-junta .............................................................................. 67 
Ilustração 57 – Comprimento do arco .............................................................. 68 
Ilustração 58 – Contração ................................................................................ 68 
Ilustração 59 – Cordão de solda....................................................................... 68 
Ilustração 60 – Corrente de soldagem ............................................................. 68 
Ilustração 61 – Cratera..................................................................................... 68 
Ilustração 62 – Diâmetro do eletrodo ............................................................... 68 
Ilustração 63 – Eletrodo consumível ................................................................ 68 
Ilustração 64 – Eletrodo nú............................................................................... 69 
Ilustração 65 – Eletrodo revestido .................................................................... 69 
Ilustração 66 – Eletrodo não consumível ......................................................... 69 
Ilustração 67 – Empenamento.......................................................................... 69 
Ilustração 68 – Escória..................................................................................... 69 
Ilustração 69 – Face da solda .......................................................................... 69 
Ilustração 70 – Filete ........................................................................................ 70 
Ilustração 71 – Filete de solda côncavo ........................................................... 70 
Ilustração 72 – Filete de solda convexo ........................................................... 70 
Ilustração 73 – Fresta....................................................................................... 70 
Ilustração 74 – Garganta.................................................................................. 70 
Ilustração 75 – Filete (horizontal) ..................................................................... 70 
Ilustração 76 – Inclusão de escória .................................................................. 71 
Ilustração 77 – Junta ........................................................................................ 71 
Ilustração 78 – Liga metálica............................................................................ 71 
Ilustração 79 – Metal de adição........................................................................ 71 
Ilustração 80 – Metal base ............................................................................... 71 
Ilustração 81 – Mordedura ............................................................................... 71 
Ilustração 82 – Nariz ........................................................................................ 72 
Ilustração 83 – Passe....................................................................................... 72 
Ilustração 84 – Passe em filetes....................................................................... 72 
Ilustração 85 – Passe descontínuo .................................................................. 72 
Ilustração 86 – Penetração da solda ................................................................ 72 
Ilustração 87 – Perna da solda......................................................................... 72 
Ilustração 88 – Poça de fusão.......................................................................... 73 
Ilustração 89 – Polaridade direta...................................................................... 73 
Ilustração 90 – Polaridade inversa ................................................................... 73 
Ilustração 91 – Pós-aquecimento ..................................................................... 73 
Ilustração 92 – Pré-aquecimento...................................................................... 73 
Ilustração 93 – Posicionador ............................................................................ 73 
Ilustração 94 – Ponto de fusão......................................................................... 74 
Ilustração 95 – Raiz da solda ........................................................................... 74 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
9
Ilustração 96 – Reforço da solda...................................................................... 74 
Ilustração 97 – Revestimento do eletrodo ........................................................ 74 
Ilustração 98 – Símbolo da solda ..................................................................... 74 
Ilustração 99 – Solda contínua......................................................................... 74 
Ilustração 100 – Solda manual ......................................................................... 75 
Ilustração 101 – Zona fundida .......................................................................... 75 
Ilustração 102 – Zona afetada pelo calor ......................................................... 75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
10
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Correntes máximas admissíveis em ampères................................ 20 
Tabela 2 – Grandeza no circuito ...................................................................... 24 
Tabela 3 – Diferenças de soldagens com arco curto e arco longo................... 37 
Tabela 4 – Pré-aquecimento recomendado ..................................................... 45 
Tabela 5 – Materiais de adição – eletrodos...................................................... 46 
Tabela 6 – Pré-aquecimento ............................................................................ 46 
Tabela 7 – Eletrodos revestidos ....................................................................... 51 
Tabela 8 – Soldagem com arame contínuo (aço carbono) CO2 ....................... 51 
Tabela 9 – Recomendações para efetuar uma boa solda................................ 54 
Tabela 10 – Tipos de eletrodos e seus dados técnicos.................................... 59 
Tabela 11 – Limite de resistência à tração....................................................... 62 
Tabela 12 – Posições em que o eletrodo pode ser empregado ....................... 62 
Tabela 13 – Características definidas pelo 4º dígito da classificação AWS ..... 63 
Tabela 14 – Arco instável ................................................................................. 76 
Tabela 15 – Empenamento .............................................................................. 76 
Tabela 16 – Soldas porosas............................................................................. 77 
Tabela 17 – Raízes defeituosas ....................................................................... 77 
Tabela 18 – Falta de penetração...................................................................... 78 
Tabela 19 – Respingos abundantes................................................................. 78 
Tabela 20 – Soldas irregulares......................................................................... 78 
Tabela 21 – Mordeduras laterais...................................................................... 79 
Tabela 22 – Inclusões de escória..................................................................... 79 
Tabela 23 – Fragilidade do cordão................................................................... 80 
Tabela 24 – Trincas..........................................................................................80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
12
1 – ACENDER E MANTER O ARCO ELÉTRICO 
 
 
Esta operação é realizada para iniciar todos os trabalhos de solda por 
arco elétrico, razão pela qual deve ser dominada com a maior eficiência 
possível. 
 
Compreende a ação de produzir ao arco elétrico entre o eletrodo e a peça, 
mantendo o referido arco sem que o mesmo se apague. 
 
1.1 Processo de execução 
 
 
1º passo: limpe a peça com a escova de aço. 
 
Obs: o material deve estar isento de gorduras, óxidos e pintura. 
 
Precaução: ao limpar a peça proteja os olhos com óculos de segurança. 
 
 
Ilustração 1 – Limpeza do material com escova de aço 
 
2º passo: coloque o material sobre a mesa. 
 
Obs: verifique se a peça está fixa. 
 
 
Ilustração 2 – Fixação do material 
 
3º passo: ligue a máquina. 
 
Obs: verifique se a polaridade da máquina está de acordo com o eletrodo 
a usar. 
 
Precaução: verifique se os condutores (cabos) estão em bom estado, 
isolados e bem fixos. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
13
4º passo: regule a amperagem da máquina em função do eletrodo. 
 
Obs: a regulagem deve ser realizada de acordo com o sistema que possui 
a máquina a ser utilizada. 
 
5º passo: fixe o terra (massa) sobre a mesa de soldar. 
 
Obs: verifique o bom contato do terra (massa) à mesa e se os cabos 
estão bem fixos à máquina e a garra. 
 
Ilustração 3 – Fio terra 
 
6º passo: coloque o eletrodo na pinça porta-eletrodo. 
 
• Segure a pinça porta-eletrodo com a mão mais hábil. 
• Coloque o eletrodo pela parte não revestida do mesmo dentro da 
mandíbula do porta-eletrodo. 
 
Ilustração 4 – Porta-eletrodo 
 
7º passo: acenda o arco. 
 
Precaução: coloque o equipamento protetor e verifique seu bom estado. 
 
• Aproxime o extremo do eletrodo na peça. 
• Proteja-se com a máscara. 
• Toque a peça com o eletrodo e afaste para formar o arco. 
 
Obs: o arco pode-se acender também pelo resvalo. 
 
 
Ilustração 5 – Acendimento do arco elétrico 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
14
8º passo: mantenha o eletrodo a uma distância igual ao diâmetro da sua 
alma. 
 
Obs: no caso do eletrodo prender na peça, movê-lo rapidamente. 
 
 
Ilustração 6 – Manuseio do eletrodo 
 
9º passo: apague o arco, retirando o eletrodo da peça. 
 
Obs: em caso de necessidade, repita os passos 7, 8 e 9. 
 
 
2 – SOLDAR EM ÂNGULO 
 
 
Tem por objetivo unir duas peças que formam um ângulo entre si. Esta 
operação constitui uma base dentro do aprendizado e sua aplicação é muito 
freqüente. Seu uso é muito comum em estruturas de edifícios, pontes e navios. 
 
2.1 Processo de execução 
 
 
1º passo: prepare as peças, formando um ângulo. 
 
 
Ilustração 7 – Preparação das peças (em ângulo) para soldagem 
 
2º passo: ligue e regule a máquina. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
15
3º passo: ponteie as peças alternadamente. 
 
 
Ilustração 8 – Pontear a peça 
 
4º passo: solde. 
 
• Inicie o cordão de raiz. 
• Incline o eletrodo. 
 
 
 
Ilustração 9 – Inclinação do eletrodo 
 
• Avance e oscile o eletrodo com movimento zig-zag. 
 
 
Ilustração 10 – Movimento do eletrodo em zig-zag 
 
• Finalize e limpe o cordão. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
16
5º passo: deposite os cordões restantes. 
 
 
Ilustração 11 – Maneira de depositar os cordões 
 
Obs: quando se deposite cordões por camadas, deve-se tomar ⅓ do 
cordão anterior. 
 
• Oscile o eletrodo nos cordões restantes, com movimento zig-zag ou 
semicircular. 
 
 
Ilustração 12 – Oscilação do eletrodo nos cordões 
 
• Deposite o segundo cordão, inclinando o eletrodo. 
• Deposite o terceiro cordão, inclinando o eletrodo. 
 
 
Ilustração 13 – Depósito dos eletrodos restantes e sua inclinação 
 
Obs: ao finalizar limpe os cordões. 
 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
17
3 – SOLDAR DE TOPO, SEM CHANFRO 
 
 
Esta operação consiste em unir peças por suas bordas, soldadas no lado 
superior em posição plana, sendo a mais comum e conveniente em todos os 
trabalhos. 
 
É usada freqüentemente nas construções metálicas, por exemplo: 
cobertura de barcos, fundos de tanques e carroçarias. 
 
3.1 Processo de execução 
 
 
1º passo: prepare as peças. 
 
2º passo: coloque e fixe as peças em posição plana. 
 
Obs: a separação das peças varia de acordo com a espessura das 
mesmas e o diâmetro da alma do eletrodo a utilizar. 
 
3º passo: ligue e regula a máquina. 
 
4º passo: ponteie. 
 
Observações 
 
• O ponto deve ser alternado para evitar empeno. 
 
 
Ilustração 14 – Pontear alternando para evitar empeno 
 
• Mantenha a separação das peças durante a ponteação, usando cunhas. 
 
 
Ilustração 15 – Limpeza dos pontos 
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Soldador a Arco Elétrico 
18
5º passo: limpe os pontos com picaderia e escova de aço. 
 
Precaução: proteja os olhos com óculos de segurança. 
 
6º passo: inicie o cordão (costura). 
 
• Incline o eletrodo em direção ao avanço (A). 
• Oscile o eletrodo cobrindo as bordas (B). 
 
 
Ilustração 16 – Inclinação e oscilação do eletrodo 
 
Obs: se a penetração é deficiente, aumente a intensidade. 
 
• Penetre através de ambas as bordas até a porta inferior, mantendo uma 
velocidade de avanço constante. 
 
7º passo: interrompe o cordão. 
 
 
Ilustração 17 – Interromper o cordão 
 
8º passo: limpe a crosta. 
 
A 
B 
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Soldador a Arco Elétrico 
19
9º passo: reinicie o cordão. 
 
Obs: pré-aqueça e enche a cratera antes de continuar. 
 
 
Ilustração 18 – Preaquecimento 
 
10º passo: finalize o cordão. 
 
Obs: ao finalizar o cordão, encha a cratera depositando material. 
 
11º passo: limpe todo o cordão com picadeira e escova de aço. 
 
 
4 – EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 
 
 
4.1 Introdução 
 
 
Além da fonte de energia que chamamos de máquina de soldar, outros 
acessórios e ferramentas são utilizadas para executar as operações de 
soldagem. Uns servem para transportar a corrente da fonte até o local de 
soldagem, outros para preparação da solda e outros ainda, para a limpeza 
durante a execução da solda. 
 
São acessórios nas operações de soldagem: 
 
• Cabo de solda; 
• Porta-eletrodo; 
• Grampo terra (ligação à massa). 
 
Cabo de solda 
 
É constituído por um núcleo, formado de grande quantidade de fios de 
cobre, recoberto com material isolante. Serve para fazer a ligação do porta-
eletrodo e do grampo terra à fonte de energia. 
 
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Soldador a Arco Elétrico 
20
 
Ilustração 19 – Cabo de soldagem 
 
Observações 
 
• A grande quantidade de fios de cobre permite ao cabo maior flexibilidade 
nos movimentos executados nas operações de soldagem. 
• O diâmetro do cabo depende da intensidade da corrente a ser utilizada e 
da distância entre a máquina e o posto de soldagem. 
 
Conhecendo-se a distância entre a máquina de trabalho e a intensidade 
de corrente a usar, recorre-se a tabela abaixo para encontrar a bitola 
conveniente, evitando, com isso, perda de corrente, aquecimento ou 
superdimensionamento do cabo. 
 
Tabela 1 – Correntes máximas admissíveis em ampères 
Distâncias da máquina ao eletrodo 
Até 15m De 15 a 30m De 30 a 75m 
Bitola AWG 
200A 
300A 
375A 
450A 
550A 
150A 
250A 
300A 
400A 
500A 
100A 
175A 
200A 
250A 
300A 
2 
1/0 
2/0 
3/0 
4/0 
 
Bitola 
AWG 
Seção 
mm² 
Formação Espessura de 
proteção mm 
Diâmetro 
externo mm 
Peso 
Kg/m
2 
1/0 
2/0 
3/0 
4/0 
33,62 
53,49 
67,43 
85,01 
107,20 
666/0,254 
1036/0,254 
1332/0,284 
1342/0,284 
1647/0,286 
2,4 
2,7 
2,9 
3,1 
3,3 
13,5 
16,3 
18,2 
20,1 
22,1 
0,435
0,655
0,830
1,040
1,280
* Na coluna Formação você encontrará o número de fios do cabo e o diâmetro em 
milímetros de cada fio. 
 
Exemplo de leitura 
 
666 = númerode fios do cabo 0,254 = diâmetro em mm de cada fio 
 
Porta-eletrodo 
 
É um acessório que serve para prender o eletrodo através de suas garras 
de contato. É constituído de cobre com suas partes externas totalmente 
isoladas. 
 
Seu tamanho e isolação variam de acordo com a intensidade da corrente 
a ser utilizada. 
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21
Características 
 
Os porta-eletrodos devem ser leves e equilibrados, para evitar a fadiga e 
assegurar manipulação rápida. Devem estar térmica e eletricamente isolados. 
 
Condições de uso 
 
A união de contato no porta-eletrodo deve ser segura e permitir a 
passagem da corrente sem oferecer resistência. 
 
As mandíbulas devem estar limpas de tal forma que o eletrodo se ajuste 
perfeitamente nas ranhuras das mordentes. 
 
Não se deve submeter o porta-eletrodo a amperagens que excedam sua 
capacidade. 
 
Obs: o porta-eletrodo é conhecido também como “alicate porta-eletrodo” 
ou “pinça porta-eletrodo”. 
 
Grampo terra 
 
É um acessório de conexão do cabo terra à peça, construído de cobre ou 
alumínio. 
 
Obs: grampo terra = grampo massa. 
 
Martelo picador 
 
Ferramenta usada para remover a escória e os respingos da solda. 
 
Obs: martelo picador – picadeira ou martelo bate-escória. 
 
Gabarito 
 
É uma ferramenta construída de chapa de aço, de forma geométrica 
variável de acordo com o tipo de trabalho a ser executado. São utilizadas em 
substituição a instrumentos de precisão, para padronizar dimensões de 
cordões, filetes, verificação de esquadro, ângulos de chanfros, etc. Nas figuras 
abaixo mostramos os principais tipos de gabaritos utilizados nas operações de 
soldagem e suas aplicações. 
 
 
Ilustração 20 – Gabarito tipo esquadro 
 
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22
 
Ilustração 21 – Gabarito tipo cunha 
 
 
Ilustração 22 – Gabarito tipo canivete 
 
Escova de aço 
 
Ferramenta usada para remover o óxido de ferro (ferrugem) das chapas a 
serem soldadas e também para fazer uma melhor limpeza nos cordões de 
solda. 
 
Tenaz 
 
Ferramenta semelhante a um alicate, porém com cabos mais longos. 
Servem para segurar peças quentes. 
 
 
5 – NOÇÕES DE ELETRICIDADE APLICADA À 
SOLDAGEM 
 
 
5.1 Corrente elétrica 
 
 
Chamamos de corrente elétrica ao movimento ordenado de cargas 
elétricas através de um corpo. 
 
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23
5.2 Tipos de corrente elétrica 
 
 
Corrente contínua (-) 
 
É aquela que circula sempre no mesmo sentido. A fonte fornecedora de 
corrente mantém constante sua polaridade, ou seja: 
 
• O borne negativo sempre será negativo; 
• O borne positivo sempre será positivo. 
 
 
Ilustração 23 – Tensão contínua 
 
Corrente alternada (Y) 
 
É aquela que passa através de um corpo sofrendo inversão de sentido em 
intervalos regulares de tempo, caminhando primeiro num sentido e depois no 
outro. Cada borne, ora será negativo, ora será positivo. 
 
 
 
Ilustração 24 – Tensão alternada 
+ 
 
 
 
 
 
 
 
- 
Te
ns
ão
 e
m
 V
ol
t
+ 
 
 
 
 
 
 
 
- 
Te
ns
ão
 e
m
 
1 ciclo 
(1 período)
Meia-onda positiva
Meia-onda negativa 
+
-
+
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24
Intensidade da corrente elétrica 
 
A corrente elétrica seja ela alternada ou contínua pode ter sua intensidade 
medida. 
 
Para medir a intensidade da corrente usa-se a unidade de medida 
chamada ampère, que é representada pela letra A. 
 
Portanto, é correto dizer que num determinado instante a intensidade da 
corrente circulante pelo eletrodo é de 200A. 
 
5.3 Tensão elétrica 
 
 
Já foi visto que corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas 
elétricas através de um corpo. Estas cargas, porém, não se movem sem que 
haja uma força atuando sobre elas, fazendo-as circular. A essa força atuante 
dá-se o nome de tensão elétrica. 
 
Portanto, tensão elétrica é a força que movimenta as cargas elétricas 
através de um corpo e que tem como unidade de medida o volt, que é 
representado pela letra V, U ou E. 
 
 
Ilustração 25 – Comparação entre circuito hidráulico e elétrico 
 
Tabela 2 – Grandeza no circuito 
Grandeza 
Hidráulica Elétrica 
Símbolo Unidade 
Pressão 
Volume circulante 
Oposição ao fluxo 
Tensão 
Intensidade da corrente 
Resistência elétrica 
V 
A 
Ω 
Volt 
Ampére 
Ohm 
 
Intensidade da corrente = 
 
 
I = 
 
Tensão 
Resistência
V 
R 
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25
Circuito hidráulico 
 
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da 
bomba. O volume circulante é o fluxo no tubo condutor. Ele cresce com o 
aumento da pressão. O estreitamento obtido por meio de um registro de água e 
todas as outras resistências relativas à tubulação reduz o fluxo de água, 
aumentando a pressão. 
 
Circuito elétrico 
 
A forma motriz da corrente elétrica é obtida sob forma de tensão (V), por 
meio da fonte de corrente elétrica, em volt. 
 
A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons no condutor 
elétrico. A intensidade de corrente I, em ampère, é equivalente a um 
determinado número de elétrons por segundo. Ela cresce com o aumento de 
tensão. 
 
A resistência elétrica (R), em Ω (ohm), é obtida por meio de um condutor 
elétrico com baixo valor de condutividade elétrica, por exemplo, o arco elétrico. 
 
Todos os tipos de resistência elétrica provocam uma queda na intensidade 
de corrente. 
 
Circuito de soldagem 
 
O arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, 
determinando os valores da corrente de soldagem e da tensão do arco elétrico. 
 
Nos cabos de solda, se encontram resistências de valores muito 
pequenos. 
 
No comportamento de uma corrente elétrica de soldagem, se distinguem 
três tipos de tensões: 
 
• Tensão sem carga: é a tensão antes de iniciar o arco (60 a 70V 
aproximadamente). 
• Tensão de abertura do arco: é a tensão no momento de se fazer o 
arco (mínima). 
• Tensão de trabalho: é a tensão durante a soldagem (30V 
aproximadamente). Na soldagem com corrente alternada, seleciona-se 
somente a intensidade de corrente (amperagem) requerida. Para a 
soldagem com corrente contínua, existem aparelhos que exigem a 
reguiagem também da tensão. Na corrente contínua (polaridade, esta 
troca de polaridade, vem indicada nos folhetos sobre elétrodos. Para 
calcular a intensidade normal de um eletrodo, se toma como base 35A 
por cada milímetro de espessura do núcleo. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
26
5.4 Resistência elétrica 
 
 
É a dificuldade que um corpo oferece à passagem da corrente elétrica e 
sua unidade de medida é o ohm, que é representado pela letra grega Ω. A 
corrente elétrica ao atravessar um corpo encontra dificuldade e gera calor. Este 
calor pode ser desejável, como no caso do chuveiro elétrico, ou desejável 
como no caso de um mau contato numa conexão elétrica. Na soldagem elétrica 
devemos evitar o aquecimento indesejável em: 
 
• Mau contato entre o grampo terra e massa. 
• Mau contato entre o cabo elétrico e o porta-eletrodo. 
• Mau contato entre os terminais do cabo elétrico e os bornes da máquina. 
• Seccionamento parcial dos cabos elétricos. 
• Grampo terra danificado. 
 
Obs: ao fazer uma conexão elétrica deve-se tomar o cuidado de fazê-la 
corretamente para que não ocorra mau contato e a conseqüente perda de 
energia elétrica em geração de aquecimento indesejável. 
 
Materiais condutores 
 
São corpos que permitem a passagem de corrente elétrica com relativa 
facilidade. Os mais usados são o de cobre e o alumínio. 
 
Materiais isolantes 
 
São corpos que dentro de uma determinada faixa de tensão, não 
permitem a passagem da corrente elétrica. Os mais usados são o da borracha, 
a mica, a porcelana e a baquelita. 
 
5.5 Arco elétrico 
 
 
É o fenômeno físico produzido pela passagem de corrente elétrica através 
de um gás. As condições para abertura do arco são obtidas através de uma 
diferença de potencial elétrico entre a peça e o eletrodo, gerando uma zona de 
altatemperatura a qual é aprovada como fonte de calor. 
 
O arco elétrico também chamado de arco voltaico desenvolve uma 
elevada energia em forma de luz e calor, podendo chegar a uma temperatura 
de 6000ºC (eletrodo revestido). 
 
A formação de arco pode ser feita de duas maneiras: 
 
• Por riscamento. 
• Por curto-circuito (pequenas batidas). 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
27
É importante sabermos que um arco de comprimento excessivo produz 
perdas de calor e aumenta o consumo de energia, provoca perdas de material 
devido ao aumento dos salpicos, a solda não será boa, uma vez que facilita a 
absorção de oxigênio e nitrogênio do ar. 
 
 
Ilustração 26 – Esquema de soldagem a arco elétrico 
 
5.6 Efeito da tensão elétrica na soldagem 
 
 
A tensão faz com que a corrente elétrica prossiga circulando, mesmo 
depois que o eletrodo é afastado da peça, fazendo com que o arco elétrico se 
mantenha. O arco produz alta temperatura, fundindo o material do eletrodo e 
da peça, formando a solda. 
 
Ilustração 27 – Efeito da tensão elétrica 
 
Sentido de circulação da corrente elétrica: A corrente sempre circula 
do pólo negativo (-) para o positivo(+). 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
28
5.7 Polaridades 
 
 
No processo de soldagem, quando a máquina de solda está operando, a 
corrente elétrica sai pelo borne A, desloca-se pelo cabo até a peça que está 
sendo soldada; provoca a fusão do material da peça com o material do eletrodo 
através do arco elétrico, passa pelo eletrodo e retorna ao borne B através do 
cabo, entra novamente na máquina e, pelo circuito interno, torna a cair pelo 
borne A. 
 
 
Ilustração 28 – Processo de soldagem 
 
O sopro magnético é uma das grandes dificuldades que o soldador 
encontrará, principalmente na soldagem por arco de corrente contínua. 
 
O sopro magnético produz-se por forças eletromagnéticas, estas atuam 
sobre o arco elétrico, especialmente quando este se encontra sobre bordos 
extremos ou partes da peça que tem forma aguda, produzindo flutuações no 
arco, com direções diversas e movimentos violentos, como se vê na figura 
abaixo. 
 
 
Ilustração 29 – Sopro magnético 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
29
A distorção do campo magnético é causada porque o arco não vai pelo 
caminho mais curto do eletrodo à peça, desviando pelos campos magnéticos 
que aparecem na mesma, produzidos por intensidade de corrente necessária 
para soldar. 
 
Quando apresenta-se este fenômeno o soldador, tem vários meios à sua 
disposição para limiar o efeito do sopro magnético. 
 
• Manter inclinado o eletrodo (é o primeiro recurso para evitar este 
fenômeno). 
 
 
Ilustração 30 – Distorção do campo magnético 
 
• Colocar a conexão de massa ou retorno, no lugar mais próximo da peça 
a soldar. 
• Colocar duas conexões a massa, uma na peça e a outra na mesa de 
trabalho. 
• Usar blocos de aço, para alterar o curso magnético ao redor do arco. 
• Usar um arco elétrico curto. 
• Soldar com corrente alternada. 
 
Descrição de um cordão de solda 
 
• Escamas: a forma e a regularidade depende do tipo do eletrodo utilizado 
e da velocidade de soldagem. 
 
• Cratera: deve ser tomado cuidado especial com a interrupção do arco no 
fim do cordão para se evitar a cratera. 
 
Escamas Cratera 
Ilustração 31 – Descrição de um cordão de solda 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
30
Modos de transferência em eletrodos revestidos 
 
Existem três maneiras do metal de adição se transferir à peça: 
 
• Transferência por pulverização (spray): é aquela que o metal de adição 
e transfere sob forma de finas gotinhas e com altíssima velocidade. 
 
 
Ilustração 32 – Transferência por pulverização 
 
• Transferência globular: é aquela em que o metal de adição se transfere 
sob forma de grandes gotas. A velocidade neste caso é menor que na 
transferência por pulverização. 
 
• Transferência por curto-circuito: neste tipo de transferência, as gotas do 
metal liquefeito na ponta do eletrodo crescem até entrar em contato com 
a poça de fusão, quando então se processa a transferência. 
 
Funções do revestimento 
 
• Formar uma cortina gasosa para ionizar o ar e proteger o cordão. 
• Desoxidar o metal base. 
• Estabilidade do arco. 
• Diminuir a temperatura do arco. 
• Fornecer maior ou menor penetração. 
• Formação de escória que cobre o metal de adição, evitando um 
resfriamento brusco, e também o contato com a atmosfera. 
• Aumentar o rendimento. 
 
Posições de solda 
 
Existem quatro posições principais de soldagem que são: 
 
• Plana 
• Horizontal 
• Vertical (ascendente, descendente) 
• Sobre cabeça 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
31
 
Ilustração 33 – Posições de soldagem 
 
 
Ilustração 34 - Influências de corrente, velocidade, altura do arco de um 
cordão de solda 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
32
6 – MÁQUINAS DE SOLDAGEM 
 
 
6.1 Transformador 
 
 
Aparelho elétrico que transforma a corrente alternada, baixando a tensão 
da rede de alimentação a uma tensão e intensidade adequada para soldar. 
Esta corrente alternada de baixa tensão (65 a 75 volts no vácuo) e de 
intensidade regular, permite obter a fonte de calor necessária para a soldagem. 
 
O transformador consta de um núcleo que está composto de lâminas de 
aço ao silício e de dois enrolamentos de arame (bobinas); o de alta tensão e o 
de baixa tensão chamado secundário. A corrente que provém da linha circula 
pelo primário. 
 
Os transformadores são constituídos para diferentes tensões, a fim de 
facilitar a sua conexão em todas as redes de alimentação. 
 
A transformação elétrica se explica de forma seguinte: a corrente elétrica 
que circula pelo primário gera um campo de linhas de força magnética no 
núcleo. Este campo atuando sobre o enrolamento secundário, produz neste, 
uma energia de baixa tensão e alta corrente, a qual se aproveita para soldar. 
 
Vantagens 
 
O uso do transformador se generalizou por: 
 
• Baixo custo de aquisição. 
• Maior duração e menor gasto de manutenção. 
• Maior rendimento e menor consumo vazio. 
• Menor influencia do sopro magnético. 
 
Desvantagens 
 
Entre suas desvantagens se pode mencionar: 
 
• Limitação no uso de alguns eletrodos. 
• Dificuldade para estabelecer e manter o arco. 
 
Manutenção 
 
Deve conservar-se isento de pó. 
 
Precaução: toda ação de limpeza deve realizar-se com a máquina 
desconectada. Ao colocá-la deve-se escolher um lugar seco fixando na mesma 
uma conexão a terra. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
33
6.2 Retificador 
 
 
É uma máquina que transforma e retifica a corrente alternada, em outra 
contínua pulsatória, muito semelhantes à corrente do gerador. A aplicação 
desta classe de corrente, permite realizar soldagens com qualquer tipo de 
eletrodos. 
 
Constituição 
 
É constituído de um transformador e um retificador. Possui também um 
ventilador, para a refrigeração das placas retificadoras. 
 
Os retificadores mais usados e de maior efetividade, são os formados por 
placas de selênio, conhecidos por retificadores secos. 
 
Vantagens 
 
• Pode dispor de ambas as correntes, alternada e contínua. 
• Fornece corrente de grande estabilidade e de afinada regulagem, 
especialmente nas ordens baixas. 
• Permite uma carga uniforme nas primeiras três fases de alimentação. 
• Baixo custo de manutenção. 
• É silencioso. 
 
Obs: verifique o funcionamento do ventilador, porque sua paralisação 
provoca superaquecimento e estragas as placas. 
 
6.3 Gerador 
 
 
As máquinas deste tipo geram corrente contínua de baixa tensão, utilizada 
para soldar. 
 
Estão compostas por um motor, com o qual é possível a obtenção de 
energia, mecânica sob a forma de movimento giratório. Este movimento é 
transmitido mediante um eixo comum ao gerador propriamente dito e permite 
obter neste, a corrente adequada para a soldagem. 
 
Existem dois tipos de máquinas de soldar, e estão caracterizadas por seu 
sistema de propulsão, a saber:• Acionadas por motor elétrico. 
• Acionadas por motor a combustão. 
 
São conhecidas também como máquinas rotativas, por seu sistema de 
funcionamento. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
34
Características 
 
Sua característica principal é o tipo de corrente de saída, apta para todo 
tipo de eletrodo. 
 
Vantagens e desvantagens 
 
As vantagens destas classes de máquinas são: 
 
• Possuir estabilidade no arco. 
• Dispor da polaridade que o eletrodo requeira. 
• Ter ajuste progressivo da intensidade. 
 
Em alguns tipos de máquinas, se pode também selecionar a voltagem de 
saída. 
 
A maior vantagem das máquinas acionadas por motor a combustão, é a 
possibilidade de soldar em regiões onde não há energia elétrica. O uso deste 
tipo de máquina está limitado por seu alto custo de aquisição e manutenção. 
 
Condições de uso 
 
As máquinas devem ser usadas sem exceder a duração de carga, esta 
vem indicada na placa de especificações técnicas. 
 
Precauções 
 
• Deve se fazer revisão periódica no coletor e nas escovas. 
• Verifique o sentido de rotação cada vez que se mudar sua instalação na 
rede. 
• As máquinas de combustão devem ser abastecidas de combustível com 
o motor parado. 
 
 
7 – VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM NA SOLDAGEM 
 
 
Na soldagem a arco, diversas variáveis devem ser levadas em conta, 
principalmente as seguintes: 
 
• Ajuste da corrente. 
• Comprimento do arco. 
• Velocidade de avanço. 
• Ângulo do eletrodo. 
 
Vamos em seguida analisar cada uma delas. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
35
7.1 Ajuste de corrente 
 
 
A corrente fornecida pela máquina deve variar de acordo com o diâmetro 
do eletrodo. 
 
Quando o diâmetro do eletrodo vem indicado em polegada fracionária, 
uma regra geral pode ser estabelecida para o ajuste da corrente. 
 
Esta é a regra: a intensidade da corrente (amperagem) para trabalhar com 
eletrodo vestido deve corresponder aproximadamente à medida do diâmetro do 
núcleo do eletrodo em milésimos de polegada. 
 
Exemplo 
 
Qual a amperagem aproximada para trabalhar com um eletrodo de ⅛” de 
diâmetro? 
 
Solução 
 
Para transformar polegada fracionária em polegada milesimal, divide-se o 
numerador da fração pelo seu denominador, ou seja: 
 
1 – numerador 
8 – denominador 
 
Então, se ⅛” = 125 milésimos de polegada, para trabalhar com um 
eletrodo de ⅛” de diâmetro, usa-se aproximadamente 125A. 
 
Quando o diâmetro do eletrodo vem indicado em milésimo aplica-se a 
constante 40, ou seja; para cada 1mm usa-se 40A. 
 
Exemplo 
 
Calcular a intensidade da corrente conveniente para soldar com eletrodo 
revestido 3,2mm de diâmetro. 
 
Na solda com corrente continua, o eletrodo deve ser ligado ao terminal 
correto, positivo ou negativo, de acordo com o especificado. 
 
A polaridade pode ser trocada por uma chave de soldagem, ou pela 
inversão dos cabos no borne de saída da máquina. 
 
Os tipos de polaridade por usar é determinado pelo tipo de elétrodo, 
conforme indica a tabela de eletrodos. 
 
Ou seja, 1:8 = 0,125
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
36
 
 
 
Ilustração 35 - Circuito soldagem – Polaridades 
 
Solução 
 
Só para cada 1mm usa-se 40A, multiplicando-se 3,2mm por 40A, vamos 
encontrar a amperagem aproximada para soldar com eletrodo de 3,2mm de 
diâmetro. 
 
Então, só 3,2 x 40 = 128, para soldar com eletrodo revestido de 3,2mm de 
diâmetro usa-se aproximadamente 128A. 
 
7.2 Comprimento do Arco 
 
 
Para determiná-lo, aplica-se a seguinte regra: 
 
O comprimento do arco nas soldagens com eletrodos revestidos deve ser 
igual ou ligeiramente inferior ao diâmetro do núcleo do eletrodo que está sendo 
usado. 
 
SENAI CTV Blumenau 
Soldador a Arco Elétrico 
37
Exemplo: O comprimento do arco, para um eletrodo revestido de ⅛" 
(3,175mm) deve ser mantido entre 2,5 à 3,175mm. 
 
Na tabela a seguir, podemos observar algumas diferenças na soldagem 
quando trabalhamos com arco curto ou arco longo. 
 
Tabela 3 – Diferenças de soldagens com arco curto e arco longo 
Arco curto Arco longo 
Maior penetração 
Solda menos espalhada 
Menos respingos 
Menor penetração 
Solda mais espalhada 
Excesso de respingos 
 
7.3 Velocidade de Avanço 
 
 
Varia de acordo com a intensidade da corrente, com a dimensão da peça 
o com o tipo de cordão desejado. 
 
7.4 Angulo do Eletrodo 
 
 
Varia de acordo com a posição de soldagem e, também, em função do 
formato da peça a ser soldada. 
 
Solução: Se para cada 1mm usa-se 40A, multiplicando-se 3,2mm por 40A, 
vamos encontrar a amperagem aproximada para soldar com eletrodo de 
3,2mm de diâmetro. 
 
Então, se 3,2 x 40 = 128, para soldar com eletrodo revestido de 3,2mm de 
diâmetro, usa-se aproximadamente 128A. 
 
 
8 – FATORES PARA UMA BOA SOLDAGEM 
 
 
As causas mais comuns de defeitos nas soldas ocorrem quando das 
paradas obrigatórias para a substituição do eletrodo e término do cordão. Para 
evitar esses defeitos e realizar uma boa soldagem, devemos levar em conta, 
entre outros, os seguintes fatores: 
 
• Preparação para a soldagem. 
• Inicio do cordão 
• Reinicio do cordão 
• Termino do cordão 
 
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38
8.1 Preparação para a soldagem 
 
 
Quanto à peça: Deve ser limpa de óxido, gordura, tinta ou qualquer outro 
tipo de impureza. 
 
Obs: Em alguns trabalhos tais como grades, portões, vitrais, etc. A 
preparação consiste apenas na limpeza de óxidos e outras impurezas, porém, 
em soldagens de maior responsabilidade, só faz necessário o uso de 
processos auxiliares, tais como pré-aquecimento, pós-aquecimento, uso de 
respaldos, dispositivos, chanfros, etc. 
 
Quanto à máquina: Deve ser equipada como todos os acessórios 
necessários para a execução da solda. Deve ser regulada corretamente, em 
função do diâmetro do eletrodo e da espessura do material a ser soldado. 
 
Quanto ao eletrodo: Deve ser selecionado de acordo com o material a ser 
soldado. 
 
Quanto ao local da soldagem: Deve atender à segurança. 
 
8.2 Início do cordão de solda 
 
No início do cordão do solda deve-se observar que ângulo do eletrodo 
seja adequado para a posição de soldagem e fazer o possível para abrir o arco 
elétrico num só resvalo. 
 
8.3 Término do cordão de solda 
 
Ao terminar o cordão de solda, deve-se eliminar lentamente o ângulo do 
eletrodo para que seja mantida a igualdade ao longo do cordão. 
 
 
Ilustração 36 – Término do cordão de solda 
 
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39
9 – PROCESSO OXIACETILÊNICO 
 
 
9.1 Equipamento para solda oxiacetilênica 
 
 
Para execução de soldagem pelo processo oxiacetilênico é necessário um 
conjunto de acessórios conforme mostramos a seguir: 
 
9.1.1 Constituição 
 
• Cilindro de acetileno 
• Cilindro de oxigênio 
• Válvulas 
• Regulador de segurança de fechamento 
• Regulador de pressão 
• Mangueiras 
• Maçarico 
• Bico 
 
9.1.2 Condições de uso 
 
Deve ser usado somente por pessoas que conheçam perfeitamente seu 
funcionamento. Deve reunir condições ótimas de segurança e contar com todos 
os acessórios. 
 
9.1.3 Manutenção 
 
Ao término do uso do equipamento, deve-se: 
 
• Desligar totalmente o mesmo. 
• Limpar com panos secos, os acessórios (mangueiras, maçaricos e 
reguladores). 
• Limpar os orifícios dos bicos com suas agulhas correspondentes. 
 
9.1.4 Cuidado 
 
Ao manipular este equipamento, não colocá-lo em contato do mesmo, 
com graxa ou óleo, para evitar combustão. 
 
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9.2 Chama Oxiacetilênica 
 
 
A chama é o resultado da combustão do oxigênio e acetileno no maçarico. 
A chama pode variar dependendo da proporção dos gases na mistura, sendo 
estabelecidos três tipos de chama como referência: 
 
• Chama neutra 
• Chama oxidante 
• Chama carburante 
 
9.2.1 Chama Neutra 
 
É aquela onde se utiliza alimentação em volumes iguais de oxigênio e 
acetileno; o cone é branco, brilhante e somente visível através dos óculos do 
soldador. Esta chama é utilizada na maiorparte dos casos de soldagem, 
brasagem e aquecimento. 
 
Aplicações: Aços em geral e ferro fundido. 
 
9.2.2 Chama Oxidante 
 
Quando a proporção de oxigênio é, aumentada, o cone e a zona de 
combustão secundária se encurtam, o cone é menos brilhante e mais azul. 
 
Simultaneamente, a zona de combustão secundária fica mais luminosa, a 
chama assobia; esta chama rica em oxigênio, oxida o aço com riscos de 
formação de bolhas pela reação com o carbono (formação de óxido de 
carbono). 
 
Aplicações: maçarico de corte, ligas que contém zinco, pois a chama 
oxidante evita a volatização do zinco. 
 
9.2.3 Chama Carburante 
 
Quando a proporção de acetileno é aumentada, um cone brilhante, 
(auréola), que se superpõe ao cone normal, aumenta de comprimento, a 
medida que cresce o teor de acetileno. 
 
Sua forma é quase irregular, contém um teor elevado em carbono e corre-
se o risco de carburar o aço, que se torna mais duro e mais frágil esta 
propriedade é utilizada em enchimentos. 
 
Aplicações: para brasagem em alumínio e de ligas a base de cobalto. 
 
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41
9.3 Temperaturas de combustão nas diferentes zonas de 
chama oxiacetilênica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
cm 
 
Ilustração 37 – Temperatura de combustão nas diferentes zonas de 
chama oxiacetilênica 
 
Reguladores de Pressão (Diafragma) 
 
São acessórios que permitem reduzir, graduar e variar a pressão do 
cilindro a uma pressão de trabalho adequada para a soldagem, mantendo-se 
constante durante o processo. 
 
O manomêtro de alta pressão marca a pressão do gás no cilindro. 
 
O de baixa pressão marca a pressão de trabalho necessária, a qual se 
regulará em base no bico do maçarico a usar e ao material base a ser soldado. 
 
Válvula de Segurança: Permite suprimir o gás em caso de uma explosão. 
 
Borboleta de Regulagem: Permite graduar a pressão de trabalho. 
Girando a borboleta no sentido horário, sobe a pressão no manomêtro de 
baixa, ou seja, permitimos a saída do gás do cilindro para as mangueiras. 
 
Regulagem dos maçaricos 
 
Em nossos maçaricos, o cálculo de pressão nos manomêtros é feito 
multiplicando-se o número do bico pelo fator 70 e obtém-se a pressão em 
gramas. 
 
Exemplo 
 
• Bico nº 3 x 70 = 210 gramas 
• Bico nº 4 x 70 = 280 gramas 
 
0 5 10 15
30
50
30
00
 
29
50
 
28
50
27
00
24
00
 
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42
Como efetuar a leitura nos manômetros. 
 
Exemplo 1 
 
 
 
 A: 600gf/cm² B: 300gf/cm² C: 200gf/cm² 
 
A escala do manomêtro está graduada em kg/cm² e sua aproximação 
será: 
 
 1Kgf/cm² 
10 divisões 
 
Como o ponteiro do exemplo “A” indica o sexto traço, teremos: 
 
6 x 100gf/cm² = 600gf/cm² 
 
 
Exemplo 2 
 
 
 
Leitura A: 1500gf/cm² - 1,5Kgf/cm² B: 5000gf/cm² - 5,0Kgf/cm² 
 
No exemplo “A” a aproximação do manômetro será: 
 
 3Kgf/cm² 
6 divisões 
 
Como o ponteiro indica o terceiro traço, teremos: 
 
3 x 500 gramas cada traço, 1500gf/cm² ou 1,5Kgf/cm² 
 
 
 
= 0,1Kgf/cm² = 100 gramas força cada divisão 
 
= 0,5Kgf/cm² = 500 gramas força cada divisão 
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43
Cilindros 
 
São utilizados dois cilindros especiais para armazenar os gases utilizados 
em soldagem oxiacetilênica. 
 
Um de acetileno e outro de oxigênio. 
 
• Cilindro de acetileno: Para ser possível o armazenamento do acetileno é 
necessário dissolver o acetileno em acetona. Para evitar perigos ao se 
comprimir este gás dissolvido, o cilindro é constituído de uma massa 
porosa de fibras de amianto, partículas de carvão vegetal e areia. As 
pressões máximas a que estão sujeitos estes cilindros são em torno de 
17,5kgf/cm². 
 
Cuidados a serem tomados com o acetileno: 
 
NUNCA 
 
• Trabalhar com pressões maiores de 1,5 Kgf/cm². 
• Deitar o cilindro: o ângulo deve ser no mínimo 45º em relação a 
horizontal. 
• Abrir a válvula mais que ¼ de volta. 
• Utilizar um cilindro em locais quentes, a temperatura do cilindro não deve 
ultrapassar 50ºC. 
• Submeter os cilindros a impactos 
• Utilizar cobre (prata) nas conexões 
• Trabalhar com pressões interna dos cilindros menores que 1,0kgf/cm². 
• A vazão horária deve ultrapassar 1000 a 1200litros/hora para um cilindro 
normal. 
 
 
• Cilindro de oxigênio: Para pequenos consumos, o oxigênio é fornecido 
em tubos sem costura, devido a pressões a que está sujeito serem da 
ordem de 185kgi/cm². 
 
Cuidados a serem tomados com cilindro de oxigênio: 
 
NUNCA 
 
• Deve-se deitar o cilindro, nem permitir que caiam ou se choquem uns 
contra os outros. 
• Utilizar cobre nas conexões. 
• Fazer limpeza de roupas, máquinas. 
• Trabalhar em locais quentes (acima de 50ºC). 
• Abrir a válvula mais de ⅛ de volta. 
• Arrastar, rolar ou deslizar os cilindros. 
• Deixar de armazenar os cilindros sempre em locais abertos e protegidos 
(unidade, raios solares). 
 
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44
Mangueiras 
 
A mangueira que conduz o acetileno é de cor vermelha e as conexões 
ligadas a ela possuem rosca esquerda. 
 
 
 
Ilustração 38 – Válvulas das mangueiras 
 
A mangueira que conduz o oxigênio é de cor preta ou verde e as 
conexões ligadas a ela possuem rosca direita. 
 
 
 
Ilustração 39 – Mangueira 
 
Como acender o maçarico: 
 
• Aliviar o regulador de pressão. 
• Regule a pressão de trabalho em função do nº do bico utilizado. 
(Válvulas O2 e C2H2 abertas durante a regulagem. Fechar antes de 
iniciar o 3º passo). 
• Abrir a válvula de acetileno acionar o acendedor e acender o maçarico. 
• Abrir lentamente a válvula de oxigênio do maçarico até obter a chama 
desejada. 
 
Como apagar o maçarico: 
 
• Abrir a válvula de oxigênio até obter uma chama oxidante. 
• Fechar a válvula de acetileno (apagando a chama). 
• Fechar a válvula de oxigênio. 
• Aliviar o regulador de pressão (diafragma). 
• Afrouxe as válvulas, agulha do maçarico aliviando as mangueiras. 
• Fechar os registros. 
 
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45
Funções do fluxo no processo oxiacetilênico 
 
• Eliminar os óxidos da superfície do metal base. 
• Evitar a formação de novos óxidos durante o aquecimento e a 
deposição. 
• Reduzir a tensão superficial do metal base. 
• Indicar a temperatura de ligação. 
• Proteger o cordão do resfriamento. 
 
Os fluxos se apresentam de três formas diferentes: 
 
• Pó 
• Pasta 
• Líquido 
 
Não existem descapantes universais, mais sim, fluxos que combinam com 
o metal de adição. 
 
Eles juntos têm uma importante contribuição para o sucesso de uma 
soldagem. A fim de distinguirmos facilmente, os fluxos são classificados por 
número correspondente ao do metal de adição. 
 
Técnica de soldagem 
 
• Limpeza. 
• Aplicação do fluxo. 
• Pré-aquecimento: utilizar chama levemente carburante. 
• Soldagem: maçarico, varetas. 
 
 
 
• Resfriamento da peça soldada: resfriamento lento. 
 
 
Tabela 4 – Pré-aquecimento recomendado 
Metal base Arco-elétrico Oxiacetilênio 
Latão (Zn 3 a 20%) 200ºC 200ºC 
Latão (Zn 20 a 45%) 370ºC 370ºC 
Bronze 40ºC 40ºC 
Bronze fosforoso 177ºC 177ºC 
Bronze alumínio (teor de Al até 9%) 200ºC 200ºC 
Bronze alumínio (teor de Al até 9%) 620ºC - 
Cupro-Níquel 40ºC - 
 
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Tabela 5 – Materiais de adição – eletrodos 
Produtos E+C Cobre Latão Bronze Bronze alumínio Cupro-Níquel
XHD 18*51 X X X X 
XHD 18*61 X X X X 
EutecTrode n-2850 X X X 
AutoMatec 18*88 X 
AutoMatec 18*51 X 
Tig-TecTic 18*88 X 
Tig-TecTic 18*90 X 
 
 
Seleção do produto em função da aplicação 
 
A escolha do processo e da liga para recuperar uma peça quebrada ou 
trincada, depende de uma série de fatores, tais como: 
 
• Teor de carbono do metal base. 
• Propriedade do metal base. 
• Condições de trabalho da peça. 
• Equipamento disponível de solda. 
• Dimensão da peça. 
• Equipamento para usinagens. 
 
Técnica de soldagem 
 
• Limpeza:a peça deve estar totalmente limpa, isenta de óxidos 
superficiais, lubrificantes, etc. utilizando o solvente adequado para 
remoção destas impurezas. 
• Preparação da peça: pode-se utilizar qualquer meio mecânico como por 
exemplo: eletrodo de grafite, rebolo, lixadeira, usinagem, etc e preparar 
o chanfro. 
• Pré-aquecimento: o objetivo do pré-aquecimento é evitar uma dissipação 
rápida do calor proporcionado pelo calor gerado e evitar um resfriamento 
brusco que ocasionaria uma transformação estrutural do metal. 
 
Tabela 6 – Pré-aquecimento 
% C Temperatura (ºC)
0,5 – 0,30 
0,31 – 0,40 
0,41 – 0,50 
0,51 – 0,60 
0,61 – 1,70 
100 
100 – 200 
200 – 300 
300 – 400 
400 – 500 
 
 
 
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47
10 – PROCESSO MIG/MAG 
 
 
A existência de escória não permite uma fácil execução de um cordão de 
solda, e exigem do soldador uma vigilância permanente do cordão e uma 
grande habilidade. 
 
Depois da execução de um cordão é necessário retirar a escória, o que 
representa uma perda de tempo e muitas dificuldades, sobre tudo para soldas 
em ângulo, e em certos lugares de acesso difícil. 
 
Face a estes convenientes, foram desenvolvidos estudos para a aplicação 
do arco elétrico sob uma proteção gasosa de gás inerte (argônio) ou um gás 
ativo (CO2), bem com uma mistura de ambos, usando como substituto do 
eletrodo revestido, um eletrodo contínuo sem revestimento. 
 
10.1 Processo MIG (Metal Inert Gás) 
 
 
O processo MIG é uma técnica de soldagem a arco elétrico em atmosfera 
inerte (argônio ou hélio) no qual o aro é estabelecido entre a peça e um fio 
eletrodo fusível. O metal será transferido para peça, sob proteção do gás 
inerte, originando a junta soldada ou o depósito (revestimento) de solda. 
 
 
Ilustração 40 – Processo MIG 
 
10.1.1 Velocidade de fusão do fio eletrodo 
 
A elevada densidade de corrente que caracteriza o processo MIG implica 
que a alimentação de corrente seja realizada bem, próxima à extremidade do 
fio. 
 
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48
A velocidade de fusão do fio eletrodo é função da energia térmica 
fornecida. Dependerá também de altura livre (h) do fio eletrodo e de sua 
resistividade (ρ). 
 
 
Ilustração 41 – Velocidade de fusão do fio eletrodo 
 
10.1.2 Vantagens do processo MIG 
 
• Soldagem sem fluxo. Não haverá risco de inclusões de escória na 
soldagem multi-passe. 
• Fácil utilização manual. Possibilidade de automação. 
• Arco visível. Possibilidade de regulagem do arco durante a soldagem. 
Possibilidade de controlar a penetração no caso de soldagem e a 
diluição no caso de revestimento. 
• Processo de elevado rendimento. 
• Ampla faixa de espessura soldável. Tecnicamente não haverá limite 
superior, quanto aos valores mínimos de espessura a prática 
recomendada: MIG manual = 3mm; MIG automático = 1,5mm. 
• Possível utilização, para soldagem de ligas leves, em toda as posições. 
Para os outros metais e ligas o MIG é normalmente utilizado na posição 
plana. 
• As soldas são de excelente qualidade. 
 
Nota: deveremos proteger o operador dos raios ultravioletas emitidos pelo 
arco. 
 
10.2 Eletrodo contínuo 
 
 
O eletrodo contínuo deverá ser fornecido perfeitamente limpo, isento de 
graxa e umidade. O eletrodo normalmente recebe leve revestimento de cobre 
(aço carbono). 
 
A soldagem MIG foi filmada utilizando-se câmeras a grande velocidade 
(4000 imagens por minuto) e revelou a existência de 2 zonas no arco: 
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49
 
Ilustração 42 – Zonas no arco 
 
• Uma zona externa, sempre presente, com a forma de sino responsável 
pela decapagem do metal de base. 
• Uma zona central brilhante onde se processará a passagem das gotas 
do metal fundido. A forma desta zona dependerá da natureza do fio 
eletrodo e do gás protetor. 
 
 
Ilustração 43 – Metal utilizado na soldagem 
 
Os diâmetros do eletrodo contínuo normalmente utilizados em soldagem 
MIG são: 0,8mm, 1,0mm, 1,2mm, 1,6mm e 2,4mm. 
 
Os principais gases inertes utilizados em soldagem MIG são o Argônio e o 
Hélio.O Hélio puro não é normalmente utilizado em soldagem MIG, mas as 
misturas Argônio-Hélio apresentam grande campo de aplicação permitindo a 
obtenção da penetração e velocidades de soldagens mais elevadas. 
 
10.3 MIG manual (Semi-automático) 
 
 
Compreender uma tocha de soldagem que poderá ser resfriada 
naturalmente (ar) ou por circulação d’água. 
 
• Um alimentador de eletrodo contínuo. 
• Uma fonte de energia elétrica (cc). 
• Uma fonte de gás de proteção. 
 
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50
10.4 MIG automático 
 
 
Compreende um conjunto de soldagem, normalmente refrigerador a água 
e com um suporte para a tocha de soldagem. 
 
• Um alimentador de eletrodo contínuo. 
• Um quadro de comando permitindo a abertura e extinção automática do 
arco. 
 
A instalação poderá ainda compreender: 
 
• Um dispositivo de oscilação regulável (amplitude e freqüência) para a 
tocha de soldagem. 
• Um alimentador auxiliar do fio eletrodo. 
 
10.5 Fontes de energia elétrica 
 
 
Na soldagem MIG, para assegurarmos uma boa estabilidade do arco, as 
seguintes condições deverão ser reunidas: 
 
• Modo de transferência correto; “pulverização axial". 
• Arco bem dirigido: utilização de grandes: densidades de corrente. 
• Comprimento do arco sensivelmente constante: “auto-regulação". 
• A velocidade de fusão do fio eletrodo deverá ser igual a velocidade de 
alimentação. 
 
Na prática, para MIG manual e automático normalmente encontramos 
equipamentos de soldagem com alimentador de eletrodo contínuo a velocidade 
constante e geradores de solda com tensão praticamente constante, permitindo 
uma excelente auto-regulação. 
 
 
11 – PROCESSO MAG (METAL ATIVO GÁS) 
 
 
A descrição do processo MAG é idêntica ao processo MIG, mas neste 
caso o gás de proteção usado é o CO2 puro ou com adição de argônio. 
 
Na maioria dos ramos da indústria de transformação de aço, se utiliza o 
processo MAG. 
 
 
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Soldador a Arco Elétrico 
51
11.1 Características do processo 
 
 
A soldagem MAG se diferencia de outros processos por diversos 
aspectos: 
 
• Sua ampla gama de regulagens permite um arco curto (ideal para soldas 
de baixas espessuras e fora de posição). 
• Pode efetuar a união de uma junta em V desde o passe de raiz, até o 
passe final sem interferências na qualidade final do cordão. 
 
11.2 Comparação de penetração com eletrodos revestidos 
e o processo MAG 
 
 
Tabela 7 – Eletrodos revestidos 
Prova 1 2 3 4 
Medições 150A 
25V 
150A 
25V 
150A 
25V 
110A 
24V 
Diâmetro dos eletrodos 3,25 3,25 3,25 2,5 
Ângulo de preparação 90º 70º 50º 30º 
 
 
 
Penetração ±0 -0,3 -2,2 -3,7 
 
Tabela 8 – Soldagem com arame contínuo (aço carbono) CO2 
Prova 1 2 3 4 
Medições 380A 
32V 
3800A 
32V 
380A 
32V 
380A 
32V 
Diâmetro e tipo de eletrodo 1,6 – C5 1,6 – C5 1,6 – C5 1,6 – C5 
Ângulo de preparação 90º 70º 50º 30º 
 
 
Penetração +2,0 +1,3 +0,5 ±0 
 
Os equipamentos para o processo MAG são os mesmos usados para o 
processo MIG. 
 
11.3 Tipos de penetração 
 
 
O índice de penetração quando usado CO2 puro á maior em relação ao 
uso de misturas tipo 75/80% argônio e 25/30% CO2. 
 
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52
11.4 Tipos de transferência de metal 
 
 
É sabido que o modo de transferir o metal fundido do eletrodo contínuo 
até a peça pode variar de maneira muito importante. Os fatores determinantes 
do modo de transferência do metal: 
 
• Diâmetro e tipo do eletrodo contínuo. 
• Gás de proteção. 
• Intensidade de corrente (A). 
• Tensão do arco (altura do arco). 
• Polaridade utilizada. 
 
 
Ilustração 44 – Sistemas de deposição 
 
11.5 Aspecto econômico 
 
 
O aspecto vantajosos do processo MIG/MAG reside na sua velocidade de 
soldagem. Muitas vezes, em determinados trabalhos, tem-se necessidade de 
um tempo de preparo muito demorado em relação ao tempo de soldagem. 
Neste caso, a vantagemda solda rápida é muito relativa, pois o tempo total 
para executar este trabalho se reduz numa proporção muito abaixo supõem-se 
uma redução do tempo de soldagem da ordem de 50%. 
 
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53
12 – SOLDAGEM (QUALIDADES, CARACTERÍSTICAS E 
RECOMENDAÇÕES) 
 
 
Uma boa solda deve oferecer entre outras coisas, segurança e qualidade. 
 
Para alcançar estes objetivos, é necessário que os cordões de solda, 
sejam efetuados com o máximo de habilidade, boa regulagem da intensidade e 
boa seleção de eletrodos. 
 
12.1 Características de uma boa solda 
 
 
Uma boa solda deve possuir as seguintes características: 
 
Boa penetração 
 
Obtém-se quando o material depositado funde a raiz e estende-se por 
baixo da superfície das partes soldadas. 
 
Isenta de falhos 
 
Obtém-se uma solda sem escavações quando, junto ao pé da mesma, 
não se produz no metal base, nenhum afundamento que estrague a peça. 
 
Fusão completa 
 
Obtém-se uma boa fusão, quando o metal-base e o metal depositado, 
formar uma massa homogênea. 
 
Ausência de porosidade 
 
Uma boa solda esta livre de poros, quando em sua estrutura interior não 
existem bolhas de gás, nem formação de escória. 
 
Boa aparência 
 
Uma solda tem boa aparência, quando se aprecia em toda a extensão da 
união, um cordão de solda uniforme, sem apresentar fendas, nem saliências. 
 
Ausência de rachaduras 
 
Uma solda sem rachaduras se apresenta, quando no material depositado 
não existem rachaduras ou fissuras em toda sua extensão. 
 
 
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54
Tabela 9 – Recomendações para efetuar uma boa solda 
Características Recomendações Identificação de defeitos 
Boa penetração Use a intensidade suficiente, para 
obter a penetração desejada. 
Selecione os chanfros corretamente no 
caso de peças que devem ser 
chanfradas. 
Deixe a separação adequada, entre as 
peças a soldar. 
Isenta de 
escavações 
Use uma oscilação adequada e com o 
maior uniformidade possível. Mantenha 
a altura do arco. 
 
Boa fusão A oscilação deve cobrir as bordas da 
junta. 
A corrente adequada produzirá 
depósitos e penetração correta. 
Evite que o material em fusão, se 
deposite fora da união. 
Ausência de 
porosidade 
Limpe devidamente o material base. 
Permita mais tempo a fusão, para que 
os gases escapem. 
Use uma intensidade de corrente 
apropriada. 
Mantenha a oscilação de acordo com a 
junta. 
Use o eletrodo adequado. 
Mantenha o arco a uma distância 
apropriada. 
Boa aparência Evite o reaquecimento por depósito 
excessivo. 
Use oscilação uniforme. 
Evite os excessos de intensidade. 
 
Ausência de 
rachaduras 
Evite soldar cordões fileiras, em aços 
especiais. 
Faça soldas boa fusão. 
Proporcione a largura e a altura do 
cordão, de acordo com a espessura da 
peça. 
Mantenha as uniões, com separação 
apropriada e uniforme. 
Trabalhe com intensidade, própria para 
o diâmetro do eletrodo. 
Pré-aqueça o material de base, em 
caso de peças de aço carbono, de 
grande espessura. 
 
 
 
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Soldador a Arco Elétrico 
55
13 – ELETRODOS PARA SOLDAGEM MANUAL A ARCO 
 
 
É uma vareta metálica preparada para servir como material de adição nos 
processos de soldagem a arco voltaico. 
 
13.1 Tipos de eletrodo 
 
 
O eletrodo pode ser de dois tipos: nú ou revestido. 
 
Nu: é uma simples vareta de composição 
 
Revestido: é constituído de um núcleo metálico (alma), revestido de 
compostos orgânicos e minerais, ferro-liga, etc. com porcentagens definidas. 
 
O eletrodo pode ser revestido por extrusão ou simplesmente banhado, 
podendo ser fino, médio ou espesso. 
 
O material do núcleo pode ser ferroso ou não ferroso e sua escolha é feita 
de acordo com o material da peça a ser soldada. 
 
Os compostos de revestimento vêm sob forma de pó, unidos por um 
aglomerante “cola”, normalmente silicato de potássio ou de sódio. 
 
 
Ilustração 45 – Eletrodo revestido 
 
13.2 Tipos de revestimento do eletrodo 
 
 
Os mais comuns são: 
 
• Rutílico; 
• Básico; 
• Celulósico: ácido e oxidante. 
 
Rutílico 
 
Contém geralmente rutilo com pequenas porcentagens de celulose e 
ferro-liga. 
 
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É usado com vantagens em trabalhos: 
 
• De chaparia fina e média. 
 
 
Ilustração 46 – Rutílico em chaparia fina e média 
 
• Que requerem bom acabamento. 
 
 
Ilustração 47 – Rutílico para bom acabamento 
 
• Com estrutura metálica. 
 
Obs: Sua escória é autodestacável quando utilizada adequadamente. 
 
 
Ilustração 48 – Escória 
 
Básico 
 
Contém em seu revestimento fluorita, carbono de cálcio e ferro liga. É um 
eletrodo muito empregado nas soldagens pelos seguintes razões: 
 
• Tem boas propriedades mecânicas. 
• Dificilmente apresenta trincas, seja a quente ou a frio. 
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• Seu manuseio é relativamente fácil. 
• Facilidade na remoção de escória se bem utilizado. 
• É usado para soldar aços comuns, de baixa liga e ferro fundido (quando 
este necessita usinagem posterior). 
 
Observações 
 
• Devido à composição do seu revestimento, esse eletrodo absorve 
facilmente a umidade do ar (higroscópico). 
• É importante guardá-lo em estufa apropriada, apôs abrir a lata. 
 
Celulósico 
 
Contém no seu revestimento materiais orgânicos combustíveis (celulose, 
pó de madeira, etc). É muito usado para soldagem onde: 
 
• A penetração é muito importante. 
 
 
Ilustração 49 – Revestimento celulósico 
 
• As inclusões de escória são indesejáveis. 
 
Os dois (2) tipos de eletrodos que vamos citar em seguida são menos 
usados que os três (3) já mencionados. 
 
• Ácido: Seu revestimento é composto de óxido de ferro, óxido de 
manganês e outros desoxidantes. A posição de trabalho mais 
recomendada para este eletrodo é a plana. 
• Oxidante: Seu revestimento contém óxido de ferro (hematita) podendo 
ter ou não óxido de manganês. Sua penetração é pequena e suas 
propriedades mecânicas muito ruins. É usado em trabalhos onde o 
aspecto do cordão é mais importante do que sua resistência. 
 
 
Ilustração 50 – Penetração do revestimento celulósico oxidante 
 
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Obs: Em alguns tipos de revestimento, são adicionadas partículas 
metálicas que dão ao eletrodo outras características como: 
 
• Maior rendimento de trabalho (pó de ferro) 
• Propriedades definidas (ferro-liga) 
 
13.3 Funções do revestimento 
 
 
As funções do revestimento são muitas. 
 
Vamos a seguir, discriminar as mais importantes e dividi-las em 3 grupos. 
 
13.3.1 Função elétrica 
 
Tornar o ar entre o eletrodo e a peça melhor condutor, facilitando a 
passagem da corrente elétrica, o que permite estabelecer e manter o arco 
estável (ionização). 
 
13.3.2 Função metalúrgica 
 
Formar uma cortina gasosa que envolve o arco e o metal em fusão, 
impedindo a ação prejudicial do ar (oxigênio e nitrogênio) e também adicionar 
elementos da liga e de oxidantes, para diminuir as impurezas. 
 
13.3.3 Função física 
 
Guiar as gotas de metal em direção à poça de fusão, facilitando a 
soldagem nas diversas posições e atrasar o resfriamento do cordão através da 
formação da escória, proporcionando melhores propriedades mecânicas a 
solda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 10 – Tipos de eletrodos e seus dados técnicos 
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