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Patologias nos Pilares do Edifício Provence

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Estudo das 
patologias dos 
pilares 
Edifício Provence, em São Luis, Maranhão 
É uma proposta técnica para o levantamento das causas das patologias apresentadas na 
garagem do edifício Provence, condomínio Jardins, no Bairro do Calhau, em São Luis do 
Maranhão. 
 
 
Armando Machado Castro Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo das patologias dos pilares do edifício Provence, em São Luis, Maranhão 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luis 
Edição do Próprio Autor 
 
 
2017 
 
Revisão: 
Chrisane de Oliveira Barros 
Maria Helena de Araujo Castro 
Maria Christina Barros Cid Castro 
 
Ilustrações: 
Maria Christina Barros Cid Castro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Castro Filho, Armando Machado 
 ESTUDO DAS PATOLOGIAS DOS PILARES DO EDIFÍCIO 
PROVENCE, EM SÃO LUIS, MARANHÃO / Armando Machado 
Castro Filho, São Luis: AMCF, 2017. 
 53 fls. Il. Color 
 ISBN: 978-85-89293-33-4 
 1. Engenharia. 2. Estruturas. 3. Patologias. 4. Pilares. 5. Material de 
Construção. I. Armando Machado Castro Filho, autor. II. Título. 
CDD 628(1-2) 
 
PREFACIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Convidado pela sindica do condomínio do Edifício Provence, no condomínio Jardins, 
construídos pela Grafisa, no bairro do Calhau, em São Luis do Maranhão, para olhar 
rachaduras em um pilar da garagem do prédio, encontramos um conjunto de patologia grande, 
na maioria dos pilares do edifício. 
Sugerimos de imediato o escoramento de alguns pilares, a análise em laboratório do concreto 
utilizado, colocação de sensores para acompanhar a movimentação do prédio, e outras 
providências. 
Para nossa surpresa o conselho de condomínio, achou caro a proposta dos serviços e optaram 
por um profissional que apresentou um laudo a partir apenas de uma análise visual. 
Este é o registro das visitas e da proposta de um laudo com base técnica. 
 
SUMÁRIO: 
 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................... 06 
 
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................ 10 
 
Dos Fatos................................................................................................. 10 
 
Hipóteses................................................................................................. 10 
 
Falhas na concepção do projeto............................................................ 12 
 
Má qualidade dos materiais................................................................... 13 
 
Erros na execução.................................................................................. 13 
 
Fato preocupante.................................................................................... 16 
 
Pergunta que não se pode esquecer...................................................... 18 
 
 
3. CONCLUSÃO......................................................................................... 19 
 
REFERENCIAS BILIOGRAFICAS.................................................... 22 
 
ANEXOS.................................................................................................. 25 
Anexo 1: Fotos das Visitas 
Anexo 2: atas de reunião do condomínio 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
Este trabalho tem como base nas seguintes fontes de informações sobre o ocorrido: 
 Visita ao local como visualização dos pilares fissurados e desalinhados; 
 Ata de reunião com o projetista da obra; 
 Relatos de conversas com o projetista; 
 Relatos de outros problemas da obra do condomínio. 
 
A foto 01 apresenta o pilar que despertou a atenção da sindica do prédio quando seu 
revestimento se desprendeu. 
 
FOTO 01: Pilar que caiu o revestimento 
 
FONTE: próprio autor 
 
As fotos a seguir apresentam problemas visualmente perceptíveis, que podem ser 
devido a falhas construtivas e/ou a movimentação do edifício devido ao problema nos 
pilares. 
 
A figura 02 apresenta um pilar flambado, cuja a ruptura foi “escondida” pela 
construtora, assim que detectamos. 
 
FOTO 02: Pilar flambado 
 
FONTE: próprio autor 
 
A foto 03 apresenta um pilar excêntrico a sua base de sustentação. 
 
 
FOTO 03: pilar excêntrico 
 
FONTE: Próprio autor 
 
A foto 04 apresenta o deslocamento padrão que acontecem com com os pilares da 
garagem. Ora para a direita, ora para esquerda (em relação a porta do elevador), fazendo 
a crer que o prédio de movimentou, o que é MUITO PREOCUPANTE. 
 
 
 
FOTO 04: Alinhamento dos pilares 
 
FONTE: o próprio autor 
 
O conjunto de todas as fotos se encontra no anexo 01. 
 
 
 
2. DIAGNÓSTICO: 
 
DOS FATOS: 
 
O que foi notado: 
 Um pilar apresentou uma fissura; 
 Nota-se a presença de falta de alinhamento em outros pilares; 
 O calculista se limitou apenas a um exame visual; 
 Não foi programada a execução de ensaios, monitoramento da estrutura; 
 Não foi emitido um laudo com as causas e a solução a ser adotada. 
 
A situação ideal, em relação a uma estrutura, será a de se desenvolver o projeto de 
forma que a construção possa ser bem-feita e o trabalho de manutenção facilitado. 
 
 
HIPÓTESES 
 
No entanto, e na eventualidade de que algum infortúnio possa ter ocorrido, e de que o 
desempenho da estrutura venha a se tornar insatisfatório, os responsáveis deverão estar 
habilitados a tomar a melhor decisão sobre como então proceder, adotando a opção mais 
conveniente, que respeite pontos de vista técnicos, econômicos e socioambientais, 
consoante, por exemplo, a observação e interpretação do disposto no quadro mostrado 
na figura 01. 
 
 
 
FIGURA 01 - Hipóteses para reconversão de estruturas com desempenho insatisfatório. 
 
Fonte: SOUZA e RIPPER (1998) 
O desafio a ser respondido, segundo Souza e Ripper (1998), é se a patologia 
apresentada: (i) pode ser recuperada; (ii) se faz necessário um reforço; (iii) exigirá uma 
limitação na utilização da estrutura ou (iv) sua demolição. 
 
As causas mais comuns de patologias em obras de edificações são por consequência de: 
i. Falhas na concepção do projeto; 
ii. Má qualidade dos materiais; 
iii. Erros na execução; 
iv. Utilização para fins diferentes dos calculados em projeto; 
v. Falta de manutenção no decorrer do tempo. 
 
 
 
Figura 02 - Gráfico que relaciona as principais causas de patologias. 
 
Fonte: COUTO (2007) 
 
Falhas na concepção do projeto; 
Segundo o Couto (2007) lista alguns exemplos de problemas originados na etapa de 
elaboração do projeto: 
a) Má definição das ações atuantes ou combinação mais desfavorável para a 
estrutura; 
b) Deficiência na avaliação de resistências do solo, podendo levar, por 
exemplo, a recalques inesperados ao longo da construção e nos primeiros 
anos de vida da edificação; 
c) Adoção de peças com espessura de cobrimento e relação água/cimento 
incompatíveis com tempo e as condições de exposição da estrutura; 
d) Especificação inadequada de materiais; 
e) Dimensionamento que leva a grandes deformações na estrutura, levando ao 
surgimento de fissuras (peças esbeltas e utilização de grandes vãos); 
f) Utilização de juntas estruturais sujeitas à infiltração de água, próximas aos 
elementos estruturais; 
g) Falta de compatibilização entre os projetos (arquitetônico, estrutural, 
hidrossanitário, elétrico, entre outros); 
h) Detalhes construtivos impossíveis de serem executados; 
 
 
Ação a ser feita: O projeto estrutural deve ser checado se cumpri o objetivo do 
condomínio. 
 
Má qualidade dos materiais 
Definidas as especificações dos materiais na fase de projeto, deve-se controlar bem a 
aquisição dos insumos para fabricação do concreto, objetivando a garantia das 
especificações e que o concreto não seja rejeitado. É importanteque a caracterização 
dos materiais componentes do concreto esteja em conformidade com o que recomenda a 
NBR 12654. 
 
No cimento devem ser monitorados seus aspectos físicos, como finura, início e fim de 
pega, resistência à compressão, expansibilidade, calor de hidratação, assim como, 
também, seus aspectos químicos, como perda ao fogo e resíduo insolúvel, teores de 
aluminato tricálcio e de álcalis mínimo, as tolerâncias de desbitolamento e dobramento. 
 
Ação a ser feita: verificar as notas de comprados matérias empregados em particular a 
rastreabilidade do concreto. 
 
Erros na execução 
A NBR 14931 define como execução da estrutura de concreto todas as atividades 
desenvolvidas na sua execução, ou seja, sistema fôrmas, armaduras, concretagem, cura e 
outras, bem como as relativas à inspeção e documentação de como construído, incluindo 
a análise do controle de resistência do concreto. Falhas construtivas durante a etapa de 
execução da obra podem causar repercussões danosas ao desempenho da estrutura de 
concreto. 
 
A ocorrência dos erros é, basicamente, devido ao processo de produção, que é bastante 
prejudicado, por muitas vezes refletir os problemas socioeconômicos, que provocam a 
baixa qualidade técnica dos trabalhadores menos qualificados. 
 
Assim como, também, a falta de uma fiscalização eficiente e um fraco comando de 
equipes, podem, com facilidade, levar a falhas graves em determinadas atividades 
 
como, escoramentos, fôrmas, posicionamento e qualidade das armaduras, qualidade do 
concreto, entre outras. 
 
A NBR 12655 descreve como etapas de execução do concreto a seguinte sequência: 
a) Caracterização dos materiais componentes do concreto, de acordo com a 
NBR 12654; 
b) Estudo de dosagem do concreto; 
c) Ajuste e comprovação do traço do concreto; 
d) Preparo do concreto. 
 
No tocante à execução do concreto em si, as principais fases relacionadas e aspectos 
importantes a serem avaliados estão descritos a seguir: 
a) Mistura: Os componentes do concreto devem ser misturados até formar uma 
massa homogênea. Essa operação pode ser realizada em betoneiras ou em 
centrais dosadoras/misturadoras. É importante observar aspectos como a 
sequência de colocação dos materiais, o tempo de mistura, a correção da 
água arrastada pelos agregados e possíveis erros nas quantidades adicionadas 
dos materiais. 
b) Transporte: após preparada a massa de concreto, ela deve ser transferida do 
local da mistura até o local de lançamento. Esse transporte pode ser feito de 
forma simples, por meio de carros de mão, jericas, entre outros, sendo os 
principais problemas, a segregação do concreto no transporte, à perda do 
material e o tempo necessário para fornecê-lo as frentes de trabalho, 
comprometendo, assim, a qualidade e a produtividade do serviço. O 
transporte também pode ser realizado por caminhões betoneira, onde deve-se 
tomar cuidado com o tempo decorrido desde a saída do caminhão da usina 
até o descarregamento do concreto na obra, tempo este que deve ser ajustado 
de acordo com as características do concreto e as condições de temperatura, 
evitando a perda acentuada de abatimento. 
c) Lançamento: consiste na colocação do concreto para moldagem da peça, 
pode ser realizado com pás, carros de mão, ou bombas para alcançar grandes 
distâncias. No caso do uso de bombas é muito importante verificar o estado 
 
de conservação do equipamento utilizado, prevenindo, assim, possíveis 
problemas durante a concretagem. Outro aspecto importante a ser observado 
é a altura de lançamento do concreto, a concretagem de peças com altura 
superior a 2 metros deve ser realizada de forma cuidadosa, a fim de evitar a 
equipamentos são algumas das escolhas essenciais para o sucesso da 
atividade. 
d) Cura: É a atividade mediante a qual se mantêm o teor de umidade 
satisfatório, impedindo a evaporação de água da mistura, garantindo 
também, uma temperatura favorável ao concreto durante o processo de 
hidratação dos materiais aglomerantes, de modo que seja possível 
desenvolver as propriedades desejadas. A atividade de cura se resume no 
cobrimento da peça concretada com água por um tempo mínimo, que será 
função da relação a/c e do tipo de cimento utilizado. As características 
superficiais são as mais afetadas por uma cura mal executada como a 
presença de fissuração, a permeabilidade e a carbonatação. 
 
Ação a ser feita: As exigências da qualidade para uma estrutura de concreto devem ser 
verificadas por ensaios específicos, nas seguintes características: 
a) Capacidade resistente: significa que a estrutura deve ter a capacidade de 
suportar as ações previstas de ocorrerem na construção, com conveniente 
margem de segurança contra a ruína ou a ruptura; 
b) Desempenho em serviço: consiste na capacidade de a estrutura manter-se em 
condições plenas de utilização durante toda a sua vida útil, não devendo 
apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual 
foi projetada; 
c) Durabilidade: consiste na capacidade de a estrutura resistir às influências 
ambientais previstas e definidas entre o engenheiro estrutural e o contratante. 
 
Na seção 25 da NBR 6118 encontram-se os critérios de aceitação e os procedimentos 
corretivos quando necessários. 
 
 
Já se pode descartar as causa Utilização para fins diferentes dos calculados em projeto, 
pois isto não aconteceu, e Falta de manutenção no decorrer do tempo, pois a obra não 
tem nem quatro anos de concluídas. 
 
 
FATO PREOCUPANTE: 
 
De acordo com Granato (2002), as seguintes etapas devem ser seguidas a uma inspeção 
efetiva de uma patologia em estruturas de concreto: 
a) Elaboração de uma ficha de antecedentes, da estrutura e do meio ambiente, 
baseado em documentação existente e visita a obra; 
b) Exame visual geral da estrutura; 
c) Levantamento dos danos; 
d) Seleção das regiões para exame visual mais detalhado e possivelmente da 
retirada de amostras; 
e) Seleção das técnicas de ensaio, medições, análises mais acuradas; 
f) Seleção de regiões para a realização de ensaios, medições, análises físico-
químicas no concreto, nas armaduras e no meio ambiente circundante; 
g) Execução de medições, ensaios, e análises físico-químicos. 
 
 
Figura 03 - Fluxograma que representa o passo-a-passo das inspeções técnicas de uma 
edificação. 
 
 
Fonte: GRANATO (2002) 
 
Além do exame visual, nenhuma das outras providencias recomendadas foram tomadas, 
muito menos programadas. Ainda foi informada que “quando souber a causa irá 
informar”. 
 
Outro ponto importante é que vários pilares apresentam falha no seu alinhamento, não 
se sabe se este fato é antigo, um erro de construção, ou é algo recente, proveniente da 
estrutura esta se movimentando, com a redistribuindo os esforços devido a falha da 
sustentação no(s) pilar(es) comprometido(s). 
 
 
 
PERGUNTA QUE NÃO PODEMOS ESQUECER: 
Determinada as causas prováveis e a opção a ser seguida a pergunta que não se 
extrapola a situação, a estrutura das demais edificações estão contaminadas com o 
mesmo DNA desta patologia? 
 
 
 
3. CONCLUSÃO: 
As patologias se dão, pela literatura corrente, por uma das seguintes causas: 
 Falhas na concepção do projeto; 
 Má qualidade dos materiais; 
 Erros na execução; 
 Utilização para fins diferentes dos calculados em projeto; 
 Falta de manutenção no decorrer do tempo. 
 
As duas últimas, podem ser descartadas (i) a Utilização para fins diferentes dos 
calculados em projeto, pois isto não aconteceu; e (ii) a Falta de manutenção no decorrer 
do tempo, pois a obra não tem nem quatro anos de concluídas. 
 
As outras três necessitam ser investigadas, urgentemente. 
 
Para tal existem protocolos (procedimentos, ensaios-testes,...) e normas que regem este 
tipo de situação. Tais como na seção 25, da NBR 6118, onde encontram-se os critérios 
de aceitação e os procedimentoscorretivos quando necessários. 
 
Associamos, ainda, a estas causas mais uma que seria devido a movimentação da 
estrutura, que pode ser devido a um recalque, não necessariamente no(s) pilar(es) em 
questão, ou sim, em um outro, ou conjuntos destes que mudou completamente a 
distribuição de esforços na estrutura. 
 
Esta situação de movimentação deve ser também analisada, na situação atual, com o 
colapso dos pilares que apresentaram as patologias. 
 
Analogia 
Para termos uma compreensão melhor da situação, podemos fazer uma analogia com a 
seguinte situação médica: um paciente apresentou um quadro de surgimento de sinais na 
superfície de sua pele. Não podemos simplesmente retira-los, temos que investigar se 
 
não existe ligação com outros elementos (raízes). Quando da retirada se faz necessário 
uma biopsia de cada um e uma ressonância para investigar qual a extensão na estrutura. 
 
Preocupação 
Com base na ata, o projetista alegou que o problema foi na execução, permanência de 
resíduos dentro do pilar. Passados mais de 30 dias, ainda não foi apresentado um laudo 
escrito com esta informação e nem as providencias a serem tomadas. Não foi feito 
nenhum ensaio no concreto, tudo feito na análise visual. 
 
Conforme relato, ao ser indagado, em sua ultima visita, no dia 17/03, sobre o laudo das 
causas, informou apenas que quando ele souber ele informará. Nesta mesma 
oportunidade informou que o pilar onde apareceu a primeira fissura será escorado e 
substituído (demolido). 
 
Nada foi esclarecido sobre o não alinhamento das outras colunas. 
 
Este não é o protocolo recomendado pela literatura e pela norma vigente. 
 
Proposta 
Uma proposta de trabalho, tecnicamente, deve se divide em quatro etapas: 
1. Investigação – indicação de ensaios e averiguações necessárias, dentro do 
expecto estatístico e conforme determina o protocolo para estes casos. 
 
2. Proposta de solução – compilação dos resultados dos ensaios e averiguações e 
apresentação de uma solução técnica. 
 
3. Acompanhamento da execução da solução; 
 
4. Verificação da efetiva solução do problema – indicação e compilação dos 
resultados de ensaios e averiguações que comprovem a efetiva solução do 
problema. 
 
 
 
Importante não esquecer: 
 Foi considerada a informação que esta estrutura é independente dos prédios. 
 Se foi a mesma construtora, a mesma fiscalização (não houve), se faz necessário 
uma averiguação na estrutura dos prédios. 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
 
ANEXO I: Fotos das visitas feitas

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