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25/03/2020 1 Teresina/PI. Profa. M.ª Joselita Silva Chantal Advogada.Contadora.Professora fap.chantal@hotmail.com CHANTAL, J.S. Administração Financeira e Orçamentária. Teresina. 23 Mar. 2020. 350 slides. Apresentação em Power-point. Recomenda-se utilizar este material para nortear e incrementar os apontamentos no estudo desta disciplina, mas considere que este não esgota os assuntos; portanto requer que se busque informações complementares através do referencial bibliográfico indicado pelos professores e outras fontes que julgarem adequadas. Bons estudos! mailto:fap.chantal@hotmail.com 25/03/2020 2 Apresentação da Professora Mestra em Ciências Contábeis pela FUCAPE (2019). Especialista em Direito Tributário (FIJ), Especialista em Docência do Ensino Superior (FAP), Especialista em Auditoria Contábil e Financeira (CESVALE). Posgraduanda em Psicopedagogia Escolar (UNINASSAU). Bacharela em DIREITO pelo Instituto Camillo Filho (2006) e Bacharela em CIÊNCIAS CONTÁBEIS pela Universidade Federal do Piauí (1997). Advogada, Contadora e atualmente é Professora em IES em Teresina em Graduação e Pós Graduação. Tem experiência na área de Direito, na área Contábil e na Docência do Ensino Superior. Aspectos Introdutórios. Conceitos Financeiros Básicos. A Função de Gestão Financeira. Administração Financeira e Orçamentária Generalidades 25/03/2020 3 Tipos de Empresários EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Pessoa natural exercendo atividade de natureza mercantil de forma individual. SOCIEDADES EMPRESARIAIS Tem natureza de pessoa jurídica de direito privado. Constitui-se de duas ou mais pessoas (naturais ou jurídicas). Pessoas jurídicas de direito privado interno. São classificadas de acordo com a norma que as rege. Compreendem pessoas jurídicas de público nacional e internacional, e as pessoas jurídicas de direito privado. Sociedades 25/03/2020 4 •Estados Estrangeiros; •Organismos Internacionais. Pessoas de direito público internacional •União, Estados-membros, Municípios, Autarquias, Fundações. Pessoas jurídicas de direito público nacional •Associações, sociedades, fundações, organizações religiosas, partidos políticos. Pessoas jurídicas de direito privado Sociedades Associações •constituem-se pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos, tais como esporte, cultura, educação, filantropia e outros. Fundações •constituem-se em uma dotação especial de bens (reunião de bens) livres para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Sociedades 25/03/2020 5 A Administração Financeira e Orçamentária, como o próprio nome diz, é a disciplina que estuda a atividade financeira do Estado. As finanças do Estado estão diretamente ligadas a um instrumento chamado Orçamento Público, que é o compromisso do governante com a sociedade para a execução de políticas públicas. Por meio do Orçamento, todos os cidadãos podem visualizar onde, quando, como e por quanto será realizada uma obra ou fornecido um serviço público. O orçamento público é o instrumento de gestão de maior relevância e provavelmente o mais antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. Administração Financeira e Orçamentária No Brasil, existe uma lei constitucionalmente prevista que estima a receita e fixa despesa para um exercício (Lei Orçamentária Anual – LOA). Desta forma, as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento. É o estudo da Administração Financeira e Orçamentária que vai ajudar na análise e compreensão das finanças públicas, e, portanto, do Orçamento Público. Administração Financeira e Orçamentária 25/03/2020 6 Diferença entre Administração Financeira e Administração Financeira e Orçamentária A AFO refere-se ao orçamento no setor público, enquanto a Administração Financeira trata única e exclusivamente das finanças no setor privado. Alguns temas que são típicos da Administração Financeira (privada): Valor e orçamento de capital. Análise de retorno e risco financeiro. Análise da estrutura de capital financeira. Análise de financiamentos de longo prazo ou curto prazo. Administração de caixa ou caixa financeira. Administração Financeira e Orçamentária CONSTITUIÇÃO FEDERAL ORÇAMENTO PÚBLICO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 25/03/2020 7 Constituição Federal 1988 TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I - Dos Princípios Gerais (arts. 145 a 149) Seção II - Das Limitações do Poder de Tributar (arts. 150 a 152) Seção III - Dos Impostos da União (arts. 153 e 154) Seção IV - Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal (art. 155) Seção V - Dos Impostos dos Municípios (art. 156) Seção VI - Da Repartição das Receitas Tributárias (arts. 157 a 162) CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS Seção I - Normas Gerais (arts. 163 e 164) Seção II - Dos Orçamentos (arts. 165 a 169) CONSTITUIÇÃO FEDERAL •Direitos Fundamentais •Políticas Públicas Constituição Federal •Problemas •Formulação de Alternativas •Tomada de Decisão Agenda de Governo •RECEITA •DESPESA •TRIBUTOS ORÇAMENTO e ARRECADAÇÃO •Execução •Monitoramento •Avaliação Ações 25/03/2020 8 ORÇAMENTO PÚBLICO - Art. 165 CF LOA – Lei Orçamentária Anual Previsão de Receita + Fixação de Despesa. Abertura de Crédito Suplementar e Operações de Crédito (ARO). LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias Orientações Exercício Financeiro. PPA- Plano Plurianual 4 anos Herança Orçamentária. Entendendo melhor o funcionamento do Orçamento Público – Assista os vídeos indicados: https://www.youtube.com/watch?v=Bs4hs8tfVHI&list =PLHBXKJ0khYi5pPIvCdotJrjS_iihBYbsM Administração Financeira e Orçamentária https://www.youtube.com/watch?v=Bs4hs8tfVHI&list=PLHBXKJ0khYi5pPIvCdotJrjS_iihBYbsM https://www.youtube.com/watch?v=Bs4hs8tfVHI&list=PLHBXKJ0khYi5pPIvCdotJrjS_iihBYbsM 25/03/2020 9 Orçamento Público Conceitos Financeiros Básicos Administração Financeira e Orçamentária 25/03/2020 10 Objetivo econômico das empresas: maximização de seu valor de mercado. - Retorno compatível com o risco assumido - Resultados econômicos e financeiros no longo prazo - Geração permanente de lucro e caixa Empresa: (1)Sistema aberto e dinâmico, que interage com os agentes econômicos de seu ambiente. (2)Do ponto de vista dos acionistas: sistema de geração de lucro. Administradores + Empregados Figura 1.1 Visão de empresa como sistema de geração de lucro. 25/03/2020 11 Atividades Empresariais Atividades de investimentos: relativas a aplicações de recursos em caráter temporário ou permanente. Atividades de financiamentos: refletem os efeitos das decisões sobre operações e investimentos. Atividades de operações: existem em função do negócio da empresa. Segundo a natureza: > operações > investimentos > financiamentos Relação entre a DRE e as atividades empresariais As atividades operacionais geram receitas e despesas operacionais antes das despesas financeiras. São de natureza comercial, produtiva e administrativa. As atividades extra-operacionais geram receitas e despesas financeiras e receitas e despesas não operacionais. O IR e a CSLL, bem como as participações nos resultados são calculados após os resultados das atividades operacionais e não operacionais. 25/03/2020 12 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Vendas de produtos Prestação de serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções e abatimentos Impostos incidentes sobre vendas Impostos incidentes sobre serviços (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTO DOS PRODUTOSE SERVIÇOS Custo dos produtos vendidos Custo dos serviços prestados (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de vendas Despesas gerais e administrativas Outras receitas e despesas operacionais (=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS Quadro 1.1 DRE e atividades empresariais, sob o aspecto gerencial (1/2) Comerciais (vendas) Produção e execução (parte vendida) Comerciais, administrativas e gerais (despesas de vendas e de suporte a atividades de operações) O P E R A C I O N A I S ATIVIDADES EMPRESARIAIS (=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS Receitas financeiras (-) Despesas financeiras (=) LUCRO OPERACIONAL (DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA) Receitas não operacionais (-) Despesas não operacionais (=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL (-) PROVISÃO P/ IR E CSLL (=) LUCRO APÓS O IR E CSLL (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Empregados Administradores (=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO Quadro 1.1 DRE e atividades empresariais, sob o aspecto gerencial (2/2) (cont.) DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ATIVIDADES EMPRESARIAIS E X T R A O P E - R A C I O N A I S Investimentos temporários e Financiamentos Atividades extraordinárias e eventuais Despesas sobre o lucro Despesas sobre o lucro 25/03/2020 13 a) análise, planejamento e controle financeiro b) tomadas de decisões de investimento c) tomadas de decisões de financiamentos Funções do administrador financeiro Análise, planejamento e controle financeiro Coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, bem como participar ativamente das decisões estratégicas, para alavancar as operações. Decisões de Investimentos Destinação dos recursos financeiros para aplicação em ativos correntes (circulantes) e não correntes, considerando a relação adequada de risco e retorno. Decisões de financiamentos Captação de recursos financeiros para o financiamento dos ativos, considerando a combinação adequada dos financiamentos de curto e longo prazos e a estrutura de capital. 25/03/2020 14 FINANÇAS TESOURARIA Figura 1.2 Organograma da área de Finanças Câmbio Planejamento financeiro Administração de caixa Contas a pagar Contabilidade de custos Administração de tributos Sistemas de informação Contabilidade financeira Orçamentos CONTROLADORIA Crédito e contas a receber Ciclos operacional, econômico e financeiro Ciclo financeiro: inicia-se com o primeiro desembolso e termina, geralmente, com o recebimento da venda. Ciclo econômico (de uma empresa industrial): inicia-se com a compra da matéria prima e encerra-se com a venda do produto. Ciclo operacional : de forma geral, inicia-se com a compra de matéria-prima e encerra-se com o recebimento da venda. Início Fim Início Fim Compra Pagamento Produção Venda Recebimento 25/03/2020 15 Mês 0 1 2 3 4 Venda (c )Pagamento de outros custos (b ) Compra de matéria-prima (a ) Início de fabricação Recebimento da venda (c’ ) Pagamento da matéria-prima (a’ ) Pagamento da comissão (d’ ) Prazo de estocagem dos Término de fabricação Despesa de comissão (d ) Produtos acabados (PEPA ) Prazo de fabricação (PF ) CICLO FINANCEIRO (CF ) CICLO OPERACIONAL (CO ) Prazo de rotação dos estoques (PRE ) Prazo de recebimento da venda (PRV ) Prazo de pagamento da compra (PPC ) CICLO ECONÔMICO (CE ) Figura 1.3 Ciclos operacional, econômico e financeiro Mês 0 1 2 3 4 Venda (c )Pagamento de outros custos (b ) Compra de matéria-prima (a ) Início de fabricação Recebimento da venda (c’ ) Pagamento da matéria-prima (a’ ) Pagamento da comissão (d’ ) Prazo de estocagem dos Término de fabricação Despesa de comissão (d ) Produtos acabados (PEPA ) Prazo de fabricação (PF ) CICLO FINANCEIRO (CF ) CICLO OPERACIONAL (CO ) Prazo de rotação dos estoques (PRE ) Prazo de recebimento da venda (PRV ) Prazo de pagamento da compra (PPC ) CICLO ECONÔMICO (CE ) Figura 1.3 Ciclos operacional, econômico e financeiro $ 1.000 $ 1.000 $ 200 $ 1.600 $ 1.600 $ 80 $ 80 $ 200 25/03/2020 16 Regime de competência e regime de caixa Regime de competência: as receitas são reconhecidas no momento da venda, e as despesas, quando incorridas. Regime de caixa: as receitas são reconhecidas no momento do efetivo recebimento, e as despesas, no momento do efetivo pagamento. Ao longo do tempo, todas as receitas e despesas (operacionais e não operacionais) serão recebidos ou pagos em dinheiro ou foram antecipadamente recebidos ou pagos. Liquidez: É a capacidade de pagar compromissos financeiros no curto prazo. Sentido amplo: disponibilidades mais os direitos e bens realizáveis no curto prazo. Sentido restrito: disponibilidades imediatas (dinheiro). 25/03/2020 17 Mês 0 1 2 3 4 Recebimentos 1.600 (c’) Pagamentos: matérias-primas (1.000) (a’) outros custos (200) (b) comissão (80) (d’) Superávit (déficit) antes dos juros 0 (200) 0 (1.080) 1.600 Juros (68) (f’) Superávit (déficit) após os juros 0 (200) 0 (1.080) 1.532 Empréstimos 200 (e1) 1.080 (1.280) (e’) Saldo final de caixa 0 0 0 0 252 Superávit (déficit) acumulado 0 (200) (200) (1.280) 252 Mês 0 1 2 3 4 Vendas 1.600 (c) Custo do Produto Vendido matéria-prima (1.000) (a) outros custos (200) (b) Despesa de comissão (80) (d) Lucro antes dos juros 0 0 320 0 0 Juros (8) (f1) (8) (f2) (52) (f3) Lucro (prejuízo) do mês 0 0 312 (8) (52) Lucro (prejuízo) acumulado 0 0 312 304 252 (e2) Quadro 1.2 Demonstração de resultado da “Companhia Operacional”. Quadro 1.3 Demonstração de fluxo de caixa da “Companhia Operacional.” Estoques de matérias-primas Compra de matérias-primas Conclusão de fabricação MOD Requisição de material para fabricação CIFs Impostos Despesas operacionais Custo dos produtos vendidos Receita bruta Lucro (prejuízo) operacional Vendas OPERAÇÕES (-) (-) (-) (=) RESULTADO DAS OPERAÇÕES Baixa de estoque Despesas de vendas e Despesas Administrativas FLUXO DE BENS E SERVIÇOS Baixa de estoque pela transferência de propriedade ao cliente Estoque de produtos acabados Estoque de produtos em elaboração Figura 1.4 Fluxo de bens e serviços e apuração de resultado operacional Fluxo de atividades operacionais 25/03/2020 18 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 A ti v o o p e ra c io n a l 1 2 3 4 5 Mês Figura 1.5 Evolução do ativo operacional. Fluxo de fundos e reflexos na contabilidade Estoques de matérias-primas Fornecedores Compra a prazo de matérias-primas Vendas a prazo Conclusão de fabricação MOD Requisição de material para fabricação Outros CIFs Estoques de produtos acabados Estoques de produtos em elaboração Salários e encargos sociais a pagar Contas a pagar Impostos Despesas operacionais Custo dos produtos vendidos Receita bruta Lucro (Prejuízo) Patrimônio líquido Vendas a vista Duplicatas a receber Impostos a recolher (ou a recuperar) Imobilizado Financiamentos bancários - LP ATIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTEOPERAÇÕES (-) (-) (-) (=) Financiamentos bancários - CP ATIVO NÃO CORRENTE PASSIVO NÃO CORRENTE Investimentos temporários - LP RESULTADO DAS OPERAÇÕES DISPONÍVEL (Caixa e Bancos) Baixa de estoque Baixa de estoque Integralização Captação A plicação Para C P Ca pt aç ão Am or tiz aç ão e ju ro s P agam entos de passivos operacionais C o m praV en da Investimentos temporários - CP A plicação Resgate e jurosDespesas e receitas financeiras 1 Depreciação 1 Depreciação 2 2 3 3 Para CP De LP 4 4 D e LP 5 5 De PL (dividendos) Para CP Despesas administrativas e Despesas de vendas Financiamentos bancários e Investimentos temporários Figura: Fluxo de fundos e reflexos na contabilidade 25/03/2020 19 Figura: Fluxo de receitas e despesas Fluxo de receitas e despesas (setas vermelhas) Desdobramento da Figura 1.6 Os custos de produtos vendidos ficam “ativados” até o momento da efetiva venda. Estoques de matérias-primas Fornecedores Estoques de produtos acabados Estoques de produtos em elaboração Salários e encargos sociais a pagar Contas a pagar Impostos Despesas operacionais Custo dos produtos vendidos Receita bruta Lucro (Prejuízo) Patrimônio líquido Duplicatas a receber Impostos a recolher (ou a recuperar) Imobilizado Financiamentos bancários - LP ATIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE OPERAÇÕES Financiamentos bancários - CP ATIVO NÃO CORRENTE PASSIVO NÃO CORRENTE Investimentos temporários - LP RESULTADO DAS OPERAÇÕES DISPONÍVEL (Caixa e Bancos) Investimentos temporários - CP Despesas e receitas financeiras Depreciação Figura: Fluxo de caixa Fluxo de caixa Desdobramento da Figura 1.6 Setas verdes = operacões; Setas brancas = investimentos e financiamentos. Estoques de matérias-primas Fornecedores Vendas a prazo Estoques de produtos acabados Estoques de produtos em elaboração Salários e encargos sociais a pagar Contas a pagar Impostos Despesas operacionais Custo dos produtos vendidos Receita bruta Lucro (Prejuízo) Patrimônio líquido Vendas a vista Duplicatas a receber Impostos a recolher (ou a recuperar) Imobilizado Financiamentos bancários - LP ATIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE OPERAÇÕES (-) (-) (-) (=) Financiamentos bancários - CP ATIVO NÃO CORRENTE PASSIVO NÃO CORRENTE Investimentos temporários - LP RESULTADO DAS OPERAÇÕES DISPONÍVEL (Caixa e Bancos) P a g a m e n to s d e p a s s iv o s o p e ra c io n a is C o m p ra V e n d a Investimentos temporários - CP Despesas e receitas financeiras 25/03/2020 20 Ciclo Operacional 39 É o período compreendido entre a compra de matéria-prima até a efetiva cobrança das duplicatas a receber. CICLO OPERACIONAL = PME + PMR PME = prazo médio de renovação de estoque PMR = prazo médio de recebimento Quantos dias, em média, a empresa leva para vender seus estoques e receber de seus clientes. Ciclo de Caixa 40 CICLO de CAIXA = Ciclo Operacional - PMP PMP = prazo médio de pagamento Ciclo de Caixa representa Quantos dias, em média, a empresa precisou de financiamentos para as suas operações. 25/03/2020 21 Prazo Médio de Recebimentos de Duplicatas 41 Mede o tempo necessário para converter esse ativo em recursos monetários. Mostra quantos dias a empresa deve esperar, em média, antes de receber suas vendas a prazo. Avalia a liquidez das Duplicatas a Receber, medindo o tempo médio em dias. Prazo de Recebimento das Duplicatas = (Duplicatas a Receber Médio / Vendas Médias) x 360 Prazo Médio de Recebimentos das Duplicatas - Cálculo – 42 Se, ao final do exercício, o valor médio das Duplicatas a Receber for igual a R$ 5.860,00. Sendo o valor médio das vendas a prazo igual a R$ 18.000,00. PMRD = (5.860,00 / 18.000,00) x 360 PMRD = 117,2 dias ou 117 dias 25/03/2020 22 Prazo Médio de Giro do Estoque - PMRE - Cálculo – 43 PMRE = Prazo Médio Giro do Estoque Fórmula = ESTOQUE MÉDIO X 360 / CMV PMRE = Estoque Médio x 360 CMV PMRE indica Quantos dias, em média, a empresa leva para vender seus estoques. Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final)/2 CMV = Custo das Mercadorias Vendidas DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). Prazo Médio de Giro do Estoque - PMRE - Cálculo – 44 PMRE = Prazo Médio Giro do Estoque Fórmula = ESTOQUE MÉDIO X 360 / CMV Quanto maior o prazo médio de rotação de estoques, pior, pois a empresa leva mais tempo para renovar seus estoques, isto é, demora mais tempo para vender suas mercadorias. 25/03/2020 23 Fórmulas Índices ATIVIDADE 45 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DFC 46 Lei 11.638/07 obriga sociedades abertas e limitadas de grande porte à elaboração deste relatório. Companhias fechadas com PL inferior a 2 milhões de reais estão desobrigadas da elaboração. 25/03/2020 24 DFC X DOAR 47 A Lei 11.638/07 substituiu a DOAR pela DFC. Embora a DOAR seja mais rica em termos de informação, os conceitos nela incluídos, como a variação do CCL, por exemplo, não são facilmente apreendidos. Além da linguagem fácil, a DFC se comunica melhor e expressa o fluxo das atividades com mais detalhes. DFC EVIDÊNCIAS 48 Evidencia as modificações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes em determinado período – recebimentos e pagamentos. De linguagem simples, se comunica melhor com os demais usuários das Demonstrações Contábeis. 25/03/2020 25 DFC Métodos de Elaboração 49 Indicam as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Terá método direto, quando partir da movimentação do caixa e equivalentes. DFC - Método Direto Cia. Ômega Ltda. 31.12.2011 50 SALDO INICIAL EM 31.12.2010 40.000 ENTRADAS . Receita Operacional recebida . Receitas Financeiras . Recebimentos de Coligadas . Vendas de Investimentos . Novos Financiamentos . Aumento de Capital em $ SAÍDAS . Compras Pagas . Despesas de Vendas Pagas . Despesas Administrativas . Despesas Financeiras . Imposto de Renda . Dividendos Pagos 730.000 10.000 10.000 10.000 50.000 40.000 (660.000) (30.000) (50.000) (30.000) (60.000) (50.000) 850.000 (880.000) SALDO FINAL EM 31.12.2011 10.000 25/03/2020 26 DFC – Método Indireto 51 MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO 25/03/2020 27 Sistema financeiro nacional Órgãos Entidades normativos supervisoras ... ... ... ... Operadores Superintendência de Seguros Privados (Susep) Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) Secretaria de Previdência Complementar (SPC) Conselho Monetário Nacional (CMN) Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Banco Central do Brasil (Bacen) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Entidades supervisoras Bancos Múltiplos Bancos Comerciais Caixa Econômica Federal Cooperativas de Crédito Agências de Fomento Bancos de Câmbio Bancos de Desenvolvimento Bancos de Investimento Companhias Hipotecárias Cooperativas Centrais de Crédito Sociedades de Crédito Imobiliário Administradoras de Consórcio Sociedades de Arrendamento Mercantil Sociedades Corretoras de Câmbio Operadores Instituições financeiras captadoras de depósitos a vista Associações de Poupança e Empréstimo Demais instituições financeiras Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)Banco Central do Brasil (Bacen) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento Sociedades de Crédito ao Microempreendedor Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários Sistema financeiro nacional 25/03/202028 Sistema financeiro nacional Entidades supervisoras Secretaria de Previdência Complementar (SPC) Entidades Abertas de Previdência Complementar Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão) Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Bolsas de Mercadorias e Futuros Bolsas de Valores Resseguradores Superintendência de Seguros Privados (Susep) Sociedades Seguradoras Sociedades de Capitalização Operadores O principal papel da autoridade monetária é o de regular e fiscalizar o mercado. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) Órgão supremo do Sistema Financeiro Nacional. Órgão normativo sem funções executivas, responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB OU BACEN) Órgão executivo central do Sistema Financeiro Nacional. A missão institucional é a de zelar pela estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) É responsável pelo desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de capitais, excetos valores mobiliários emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional. A principal atribuição da CVM é a regulação e fiscalização da emissão e negociação de títulos pelas companhias abertas. Autoridades monetárias 25/03/2020 29 INSTITUIÇÕES AUXILIARES DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO Banco do Brasil (BB). Principalmente, na execução da política oficial de crédito rural. É responsável pela gestão da Câmara de Compensação de Cheques e Outros Papéis. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal e principal instituição financeira de fomento do País, através de fundos e programas especiais de fomento direcionados a compras de máquinas e equipamentos, exportação etc. Caixa Econômica Federal (CEF). É a principal agente do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A CEF é detentora dos direitos de administração dos recursos do FGTS e das loterias federais. ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA Superintendência de Seguros Privados (Susep). É o órgão responsável pela normatização, controle e fiscalização dos mercados de seguro, resseguro, previdência privada aberta e capitalização, e está subordinada ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Secretaria de Previdência Complementar (SPC). É um órgão do Ministério da Previdência Social, responsável pela fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência privada (fundos de pensão). Compete também à SPC incentivar a criação de planos de previdência complementar e a adesão de novos participantes aos fundos de pensão. 25/03/2020 30 Instituições não financeiras Existem instituições não financeiras que exercem papel importante no mercado financeiro. EXEMPLOS: Empresas de factoring (fomento comercial) Administradoras de cartão de crédito Sistema Financeiro Nacional Em uma economia, de um lado existem os que possuem poupança financeira e, de outro, os que dela necessitam. A intermediação entre os dois lados ocorre no mercado financeiro. Mercado financeiro Investidor n Figura 2.1 Mercado financeiro 25/03/2020 31 Para fins didáticos, o mercado financeiro pode ser subdividido em quatro mercados: a) Mercado monetário b) Mercado de crédito c) Mercado de capitais d) Mercado de câmbio Na prática, ocorre sobreposição entre os quatro mercados. Mercado monetário Neste mercado, são negociadas, basicamente, operações de curto e curtíssimo prazos. A política monetária do Governo é executada por meio desse mercado, com a compra e venda pelo Banco Central de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. NTN – Notas do Tesouro Nacional LTN – Letras do Tesouro Nacional LFT – Letras Financeiras do Tesouro 25/03/2020 32 Mercado de crédito É no mercado de crédito que as pessoas físicas e jurídicas suprem as necessidades de caixa de curto e médio prazos. Os tomadores de recursos se relacionam com os intermediários financeiros (bancos comerciais e múltiplos, bancos de investimento e sociedades de crédito, financiamento e investimento), que lhes concedem créditos para suprir as necessidades de capital de giro e as necessidades de financiamento de bens e serviços. As operações de crédito mais comuns são: empréstimos para capital de giro; descontos de títulos; conta garantida; adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC); repasse de recursos externos (Resolução n. 2.770); financiamento de importação; e financiamento de serviços e bens de consumo duráveis.. Mercado de capitais A finalidade do mercado de capitais é a de financiar as atividades produtivas e o capital de giro das empresas, por meio de recursos de médio e longo prazos. Os principais instrumentos de financiamento: a. ações; b. debêntures; c. notas promissórias (commercial papers). 25/03/2020 33 Mercado de câmbio No mercado de câmbio, são negociadas moedas internacionais conversíveis, pelas instituições credenciadas pelo Banco Central. Algumas das principais moedas estrangeiras: dólar dos Estados Unidos; iene do Japão; euro da União Européia; libra esterlina da Grã-Bretanha; franco da Suíça. Sistema de Pagamentos Brasileiro Sistema de pagamentos é um sistema que realiza a transferência de fundos, processando e liquidando os pagamentos entre pessoas físicas, pessoas jurídicas em geral, governo e Banco Central. A última grande reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) ocorreu em 22 de abril de 2002, com a finalidade de proporcionar maior confiabilidade ao sistema financeiro, dando maior segurança e agilidade às transferências de fundos e liquidação de obrigações, por meio de transferências de fundos em tempo real por meios eletrônicos. Com o novo sistema, os riscos de liquidez passaram a ser assumidos pelo setor privado, reduzindo o risco sistêmico, que era suportado pelo Banco Central do Brasil. 25/03/2020 34 Sistemas de liquidação SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS DE FUNDOS INTERBANCÁRIAS Sistema de Transferência de Reservas (STR); Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP); Serviços de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe); Câmara TecBan (TecBan). SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO DE TÍTULOS, VALORES MOBILIÁRIOS, MOEDAS ESTRANGEIRAS E DERIVATIVOS Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic); Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip); BM&F Câmbio; BM&F Derivativos. Central de Liquidação Empresa Devedora A Banco A Empresa Devedora B Banco B Empresa Credora C Banco C 100 200 100 100 200 200 Figura 2.2 fluxo de transferências de fundos. Fluxo de transferência de fundos 25/03/2020 35 Central de Liquidação Empresa Devedora A Banco A Empresa Devedora B Banco B Empresa Credora C Banco C 100 200 100 100 Banco D Empresa Credora D 150 150 150 200 200 Figura 2.3 Fluxo de recebimentos e desembolsos no sistema de liquidação Fluxo de recursos no Sistema de Liquidação Prazos de liquidação TED (transferência eletrônica disponível): imediato DOC (documento de crédito): dia seguinte (ou após, dependendo da praça do favorecido) Cheque: debitado no mesmo dia (ou após, dependendo da praça de pagamento do cheque) Depósito em cheque: dia seguinte (ou após, dependendo da praça de pagamento do cheque) 25/03/2020 36 INFLAÇÃO E JUROS Inflação e preços Juros Fonte: Administração financeira: uma abordagem prática (HOJI) Inflação Inflação: aumento generalizado depreços, que provoca a redução do poder aquisitivo da moeda. Inflação e Preços Deflação: redução generalizada de preços, que provoca o aumento do poder aquisitivo da moeda. 25/03/2020 37 Quadro 3.1 Gastos e poupança em M1 Indivíduo X Indivíduo Y Média Grupos de gastos Valor Valor Valor Habitação 500 300 400 Educação 150 200 175 Transportes -- 100 50 Alimentação 200 300 250 Outros gastos 250 100 175 Total de gastos (A) 1.100 1.000 1.050 Salário líquido (B) 1.222 1.111 1.167 Poupança (C = B - A) 122 111 117 Inflação e Preços Quadro 3.2 Gastos e poupança em M2 Indivíduo X Indivíduo Y Média Grupos de gastos Valor % Valor % Valor % Habitação 500 0% 350 16,7% 425 6,3% Educação 170 13,3% 220 10,0% 195 11,4% Transportes -- -- 100 0% 50 0% Alimentação 200 0% 350 16,7% 275 10,0% Outros gastos 280 12,0% 150 50,0% 215 22,9% Total de gastos (A) 1.150 1.170 1.160 Salário líquido (B) 1.350 10,5% 1.228 10,5% 1.289 10,5% Poupança (C = B - A) 200 14,8% 58 4,7% 129 10,0% Inflação (AM2 / A M1 - 1) 4,5% 17,0% 10,5% Inflação e Preços 25/03/2020 38 Impacto da inflação sobre as atividades empresariais Inflação interna nas empresas: ocorre da mesma forma que para as pessoas físicas. Cada empresa tem a sua própria inflação de preços. Indivíduo Empresa Gastos Custos e despesas Salário Venda Poupança Lucro Inflação e Preços Quadro 3.3 Apuração do lucro em M2 Empresa X Empresa Y Média Custos e Despesas Valor % Valor % Valor % Matéria-prima 500 0% 350 16,7% 425 6,3% Mão-de-obra Direta 170 13,3% 220 10,0% 195 11,4% Custos indiretos de fabricação 0 0% 100 0% 50 0% Despesas de vendas 200 0% 350 16,7% 275 10,0% Despesas de administração 280 12,0% 150 50,0% 215 22,9% Total de Custos e Despesas (A) 1.150 1.170 1.160 Receita líquida (B) 1.350 10,5% 1.228 10,5% 1.289 10,5% Lucro (C = B - A) 200 14,8% 58 4,7% 129 10,0% Inflação (AM2 / A M1 - 1) 4,5% 17,0% 10,5% Inflação e Preços 25/03/2020 39 Cálculo da variação nos níveis de preços Preço do dia 1.000 1.013 1.025 1.038 1.050 1.071 1.091 1.113 1.134 Preço da semana 1.044 1.123 Data 31/mar. 7/abr. 15 23 30 7/maio 15 23 31/maio Figura 3.1 Evolução de preços. Variação média dos preços Variação “ponta a ponta” Inflação de maio = 1.123 / 1.044 - 1 = 0,076 = 7,6% (1.071 + 1.091 + 1.113 + 1.134) / 4 1.102 - 1 = - 1 = 0,069 = 6,9% (1.013 + 1.025 + 1.038 + 1.050) / 4 1.032 Inflação de maio Inflação e Preços Número-índice Quando o número-índice é empregado para medir a variação do nível de preços de produtos e serviços específicos, chama-se índice de preços. O número-índice pode ser calculado com a equação 3.1. In = (1 + n) x In-1 (equação 3.1) Onde: In = índice do período de referência; n = variação do período de referência, em percentual; In-1 = índice do período anterior ao de referência. Inflação e Preços 25/03/2020 40 Para calcular a variação de um período, basta fazer a operação inversa, conforme a equação 3.2. O termo In-1 foi substituído pelo termo Ib (índice do período-base). n = (In / Ib) -1 (equação 3.2) Inflação e Preços Exemplo de construção de número-índice Tabela 3.1 Índice de inflação (base: dezembro/19x6 = 1,0000) Mês Inflação Índice Jan./19X7 5,0% 1,0500 Fev./19X7 4,0% 1,0920 Mar./19X7 3,8% 1,1335 Abr./19X7 2,0% 1,1562 Maio/19X7 -1,5% 1,1389 Jun./19X7 1,0% 1,1503 Jul./19X7 0% 1,1503 Ago./19X7 1,8% 1,1710 Set./19X7 2,0% 1,1944 Out./19X7 1,9% 1,2171 Nov./19X7 2,0% 1,2414 Dez./19X7 1,8% 1,2637 Inflação e Preços 25/03/2020 41 O valor-base é o valor original (capital). O reajuste de um valor, com a utilização de número-índice, é feito mediante a seguinte equação: VR = VB x (In / Ib) (equação 3.3) onde: VR = valor reajustado; VB = valor-base. Reajuste de valor-base Inflação e Preços Índices de inflação Os índices de inflação são criados para medir a variação de preços, com diferentes finalidades. Alguns dos principais índices de preços: IGP-DI O IGP-DI é obtido pela média aritmética ponderada de outros três índices: 60% de IPA (Índice de Preços por Atacado), 30% de IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apurado nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, e 10% de INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). É apurado desde 1947 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO) Esse índice tem a mesma composição e estrutura do IGP-DI, mas o período de coleta de dados vai do dia 21 de um mês até o dia 20 do mês seguinte. Inflação e Preços 25/03/2020 42 INPC-IBGE (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DA FIBGE) Esse índice começou a ser calculado a partir de setembro de 1979 pela FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e reflete a variação dos preços pagos pelos consumidores das principais regiões metropolitanas. IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO DA FIBGE) O IPCA é um importante índice de preços para a execução da política monetária do Banco Central do Brasil, pois é utilizado para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999. IPC-FIPE (ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DA FIPE) Esse é um dos índices de preços mais antigos do Brasil e é medido pela FIPE- USP. Mede o custo de vida da família paulistana durante o mês. ICV-DIEESE (Índice do Custo de Vida do DIEESE) Esse índice é apurado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), com a finalidade de medir o custo de vida da classe trabalhadora. Inflação e Preços Juros 25/03/2020 43 Introdução Juros O juro é a remuneração do capital. O governo utiliza a taxa de juro como instrumento de política econômica e monetária para controlar o nível de propensão ao consumo e incentivar a poupança. A taxa de juro é determinada no mercado financeiro, basicamente, em função da oferta e procura de recursos financeiros. Termos comuns em transações financeiras • capital • prazo • forma de resgate ou amortização • taxa de juro • forma de pagamento de juros • período de capitalização • spread Juros 25/03/2020 44 Porcentagem e taxas de juros A taxa é expressa geralmente em porcentagem, isto é, em fração de 100 (por cento), em quase todas s aplicações (exemplos: taxa de juro, taxa de crescimento demográfico, taxa de dispersão etc.). Porcentagem = por + cento + agem Exemplo: 10% = 10/100 = 0,1 Para cálculos de juros, utiliza-se a forma unitária. Juros Juro comercial e juro exato Juros Juro comercial: é calculado com taxa expressa em porcentagem, com base em ano comercial convencionado de 360 dias. Juro exato: é calculado considerando o ano civil de 365 dias e de 366 dias em anos bissextos. Por praxe, as operações financeiras são calculadas com base em ano comercial, mas existem operações financeiras em que as taxas de juros devem ser calculadas com base em juros exatos, pois os períodos abrangem efetivamente o calendário civil. É o caso de operação de leasing, em que as prestações mensais são pagas 12 vezes no ano. 25/03/2020 45 Taxas fixas e taxas flutuantes Taxas fixas São taxas predeterminadas e válidas para todo o período da operação financeira, mesmo que haja mais de um período de capitalização. EXEMPLO. 3% a.m. pelo prazo de 90 dias, com pagamentos mensais. => 3% no primeiro mês, 3% no segundo mês e 3% no terceiro mês. Juros Taxas Flutuantes São taxas que variam a cada período de capitalização. Geralmente, é composta de uma parte variável e uma parte fixa. EXEMPLO. TJLP + 2% a.a. pelo prazo de 12 meses, com pagamentos trimestrais(suponha TJLP em % a.a., de 6,5%, 6,0%, 5,8% e 5,5%, respectivamente para 1º, 2º, 3º e 4º trimestres). => pagamentos trimestrais de: 8,5% a.a., 8,0% a.a., 7,8% a.a. e 7,5% a.a., respectivamente, para 1º, 2º, 3º e 4º trimestres. Juros 25/03/2020 46 Estrutura da taxa de juro Figura 3.2 Componentes da taxa de juro. Taxa de risco Taxa livre de risco Inflação Taxa de juro real Taxa bruta de juro A taxa bruta de juro é composta de (a) taxa de juro real (b) taxa de inflação. A taxa de juro real, por sua vez, é composta de (a) taxa de risco (b) taxa livre de risco. Juros Cálculo de juro real Quando a taxa bruta de juro é maior do que a taxa de inflação, a taxa de juro real é positiva; quando é menor, a taxa de juro real é negativa. (1 + ie) ir = - 1 (equação 3.4) (1 + D) = Taxa de juro real; ie = Taxa de juro efetiva do período; D = Deflator (inflação do período). Onde: ir Juros 25/03/2020 47 Cupom cambial Cupom cambial: taxa de rendimento em dólar das aplicações em moeda local. (1 + ie) 360 iUS$ = - 1 x (equação 3.5) (1 + VC) p Onde: iUS$ = cupom cambial; ie = taxa de juro efetiva do período; VC = taxa de variação cambial; p = número de dias do período. Juros Capítulo 4 CONCEITOS FINANCEIROS BÁSICOS 4.1 Juros simples 4.2 Juros compostos 4.3 Valor do dinheiro no tempo 4.4 Equivalência de capitais Administração Financeira: uma abordagem prática (HOJI) 25/03/2020 48 4.1 Juros Simples Equações dos juros simples 4.1 Juros Simples No regime de juros simples, o juro é calculado sobre o capital inicial , proporcionalmente ao número de capitalização. J = C · i · n (equação 4.1) onde: J = juros; C = capital inicial (ou principal); i = taxa de juros; n = número de capitalização durante o prazo da operação financeira. 25/03/2020 49 Exemplo de cálculo. Calcular o juro produzido por um capital de $ 100.000, aplicado durante 6 meses, à taxa de juros simples de 2% a.m. J = C x i x n J = $ 100.000 x 0,02 x 6 = $ 12.000,00 4.1 Juros Simples A soma de Capital (C) e Juros (J) chama-se Montante (M), e pode ser calculado de duas formas (equação 4.2 ou 4.3). M = C + J (equação 4.2) M = C (1 + i n) (equação 4.3) 4.1 Juros Simples 25/03/2020 50 Exemplo de cálculo. Calcular o montante de um capital de $ 100.000, aplicado durante 6 meses, à taxa de juros simples de 2% a.m. Forma de cálculo 1: M = C + J M = $ 100.000 + $ 12.000 = $ 112.000 Forma de cálculo 2: M = C x (1 + i x n) M = $ 100.000 x (1 + 0,02 x 6) M = $ 112.000 4.1 Juros Simples Taxas proporcionais Taxas proporcionais são típicas do sistema de capitalização linear (juros simples). EXEMPLO. 1% a.m. é proporcional a 3% a.t., que é proporcional a 6% a.s., que é proporcional a 12% a.a. n % 1% a.m. (ao mês) 3% a.t. (ao trimestre) 6% a.s. (ao semestre) 12% a.a. (ao ano) Mês 1% a.m. x 1 n = 1% a.m. 3% a.t. / 3 n = 1% a.m. 6% a.s. / 6 n = 1% a.m. 12% a.a. / 12 n = 1% a.m. Trimestre 1% a.m. x 3 n = 3% a.t. 3% a.t. x 1 n = 3% a.t. 6% a.s. / 2 n = 3% a.t. 12% a.a. / 4n = 3% a.t. Semestre 1% a.m. x 6 n = 6% a.s. 3% a.t. x 2 n = 6% a.s. 6% a.s. x 1 n = 6% a.s. 12% a.a. / 2 n = 6% a.s. Ano 1% a.m. x 12 n = 12% a.a. 3% a.t. x 4 n = 12% a.a. 6% a.s. x 2 n = 12% a.a. 12% a.a. x 1 n = 12% a.a. 4.1 Juros Simples 25/03/2020 51 4.2 Juros Compostos Juros compostos 4.2 Juros Compostos No regime de juros compostos, os juros produzidos em um período de capitalização e não pagos são integrados ao capital no início do período seguinte, para produzirem novos juros, ou seja, os juros incidem sobre o capital inicial e sobre os próprios juros. 25/03/2020 52 Equações dos juros compostos No regime de juros compostos, é indiferente que os juros sejam pagos a cada período de capitalização ou no final do prazo da operação financeira. Equação básica dos juros compostos J = C [(1 + i)n - 1] (equação 4.4) 4.2 Juros Compostos i = [(M / C)1/n ] - 1 M ( 1 + i)n C = log ( M / C ) log ( 1 + i ) n = M = C (1 + i) n (equação 4.5) Equações deduzidas da equação básica do Montante 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 53 Exemplo de cálculo. Calcular o montante de um capital de $ 100.000 aplicado durante 6 meses, à taxa de juros compostos de 2% a.m. Forma de cálculo: M = C (1 + i)n M = 100.000 x (1 + 0,02)6 M = 100.000 x 1,1261624 M = $ 112.616,24 4.2 Juros Compostos Taxa nominal e taxa efetiva Taxa nominal é a taxa de juro contratada. Taxa efetiva é a taxa de juro do período de capitalização, que efetivamente será paga ou recebida. 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 54 Quadro 4.1 Alternativas de aplicação financeira. Mês 0 1 2 ALTERNATIVA 1 Resgate em parcela única com capitalização de juros Aplica- ção: (100) Recebimento de juros: 10 Reaplicação: (10) Total: 0 Resgate: 100 Recebimento de juros: 21 Total: 121 ALTERNATIVA 2 Resgate em parcela única com recebimento de juros mensais Aplica- ção: (100) Recebimento de juros: 10 Total: 10 Resgate: 100 Recebimento de juros: 10 Total: 110 ALTERNATIVA 3 Resgate intermediário com recebimento de juros mensais Aplica- ção: (100) Resgate: 50 Recebimento de juros: 10 Total: 60 Resgate: 50 Recebimento de juros: 5 Total: 55 TOTAL RECE- BIDO 10 110 1 121 60 55 6 121 0 121 Juro sobre aplicação do valor recebido no Mês 1 4.2 Juros Compostos Taxas equivalentes Taxas equivalentes produzem taxas idênticas no mesmo período, mesmo que estejam expressas em unidades de tempo diferentes. 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 55 Taxas equivalentes podem ser calculadas com a equação 4.9 ou 4.10. iq = (1 + i) 1/q - 1 (equação 4.10) q iq = 1 + i - 1 (equação 4.9) onde: iq = taxa de juros equivalente a uma fração de determinado intervalo de tempo; q = número de frações do intervalo de tempo considerado. 4.2 Juros Compostos EXEMPLOS. Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 12% a.a. q = 12 meses i q = (1 + 0,12) 1/12 - 1 = 0,948879% a.m. Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 5,830052% a.s. q = 6 meses i q = (1 + 0,05830052) 1/6 - 1 = 0,948879% a.m. Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 0,948879% a.m. q = 1 mês i q = (1 + 0,00948879) 1/1 - 1 = 0,948879% a.m. 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 56 Períodos não inteiros 4.2 Juros Compostos Se i = taxa de juro nominal de um período inteiro, n = número de períodos inteiros em que é expressa a taxa de juros, e p/q = fração de um período, a taxa de juros efetiva do prazo da operação (ie) pode ser calculada mediante a seguinte fórmula: ie = (1 + i)n + p/q - 1 (equação 4.11) Comparação de capitalização simples com capitalização composta Montante Principal Espaço vazio Figura 4.1 Principal e montante. M = C + J 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 57 M = C + J A diferença entre a capitalização simples e a capitalização composta está na "velocidade" com que o espaço vazio da caixa é preenchido. Montante Principal Espaço vazio M = C + J => capitalização simples e composta M = C (1 + i n) => capitalização simples M = C (1 + i) n => capitalização composta 4.2 Juros Compostos Figura 4.2 Taxas acumuladas pelos diferentes regimes de capitalização 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%120,00% 140,00% 160,00% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Tempo (meses) T ax a ac u m u la d a d o p er ío d o ( % ) Capitalização simples com taxa anual Capitalização composta com taxa anual Capitalização simples com taxa mensal equivalente Capitalização composta com taxa mensal equivalente Acima de um ano, a capitalização composta com taxa anual gera taxa acumulada maior do que a capitalização simples. 4.2 Juros Compostos 25/03/2020 58 Revisão de propriedades de potenciação e radiciação 4.2 Juros Compostos a) 1,10 3 = 1,10 x 1,10 x 1,10 = 1,331 1 b) 1,10 -3 = 1,103 c) 1,10 6 = 1,10 3 x 1,10 3 = 1,10 4 x 1,10 2 4.2 Juros Compostos 1,10 6 d) = 1,10 6 - 3 = 1,10 3 1,10 3 e) 1,10 2 x 1,10 3 = 1,10 2 + 3 = 1,10 5 3 f) 8 = 8 1 / 3 25/03/2020 59 Utilização de calculadoras financeiras VP ou PV = valor presente (capital); VF ou FV = valor futuro (montante); N = número de capitalização da taxa i; I = taxa de juros; PMT = prestações em valor uniforme. 4.2 Juros Compostos 4.3 Valor do dinheiro no tempo 25/03/2020 60 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo Valor do dinheiro no tempo J = VF - VP (equação 4.12) Fator de Juros = VF / VP (equação 4.13) VF = VP x Fator de juros (equação 4.14) VF = VP (1 + i) n (equação 4.15) VP = VF / (1 + i) n Equação 4.16 Valor presente Valor futuro Montante Principal Espaço vazio 0 1 2 ... n Valor presente Valor futuro Juros ( C, n, i) VF = VP + J 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo 25/03/2020 61 Fluxo de caixa Fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada. Fluxo de caixa convencional: a) uma entrada e várias saídas, ou b) uma saída e várias entradas. Fluxo de caixa não convencional: várias entrada e várias saídas. 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo Exemplo de representação de fluxo de caixa (1/2) REPRESENTAÇÃO ANALÍTICA DO FLUXO DE CAIXA (1) Em Colunas Separadas (2) Em Coluna Única Meses Entradas Saídas Entradas / Saídas 0 11.000 - 11.000 1 2 4.000 + 4.000 3 5.000 1.000 + 4.000 4 5 2.144 - 2.144 6 6.000 + 6.000 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo 25/03/2020 62 Exemplo de representação de fluxo de caixa (2/2) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA) Entradas 0 4.000 4.000 0 6.000 Eixo do tempo 0 1 2 3 4 5 6 Saídas 11.000 2.144 Por convenção, a flecha no sentido “para baixo” representa uma saída de caixa, e no sentido “para cima” representa uma entrada de caixa. 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo Taxa interna de retorno Taxa interna de retorno (TIR) é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas de caixa) e recebimentos (entradas de caixa). É conhecida também como taxa de desconto do fluxo de caixa. Ao descontar os valores correntes aplicando a TIR, a soma das saídas deve ser igual à soma das entradas, em valor presente ou em valor da data focal, anulando-se. 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo 25/03/2020 63 Cálculos da TIR do fluxo de caixa apresentado Mês Fluxo de Digitação caixa 0 (11.000) 11000 CHS g CF0 1 0 0 g CFj. 2 4.000 4000 g CFj. 2 g Nj. 3 4.000 4 0 0 g CFj. 5 (2.144) 2144 CHS g CFj. 6 6.000 6000 g CFj. Cálculo da TIR com calculadora financeira HP 12C f IRR = 2,00% a.m. 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo Comprovação da exatidão da TIR calculada Mês Movimentação Juros Saldo 0 (11.000) (11.000) 1 - (220) (11.220) 2 4.000 (224) (7.444) 3 4.000 (149) (3.593) 4 - (72) (3.665) 5 (2.144) (73) (5.882) 6 6.000 (118) 0 COMPROVAÇÃO DO CÁLCULO DA TIR, À TAXA DE 2,0% a.m. 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo 25/03/2020 64 Perpetuidade Quando um capital "nunca vence" e rende juros periódicos indefinidamente, a forma de remuneração chama-se perpetuidade. Pode-se calcular o Valor Presente da Perpetuidade (VPP), dividindo o fluxo de rendimentos futuros (PMT) pela taxa de juros (i). PMT i VPP = 4.3 Valor do Dinheiro no Tempo 4.4 Equivalência de capitais 25/03/2020 65 Cálculo de valor presente 4.4 Equivalência de Capitais Valor corrente (A) Fator de juros (B) Valor equivalente (A / B) Conjunto de capitais 1: $ 11.000 (1,02)0 $ 11.000 $ 2.144 (1,02)5 $ 1.942 Total $ 12.942 Conjunto de capitais 2: $ 4.000 (1,02)2 $ 3.845 $ 4.000 (1,02)3 $ 3.769 $ 6.000 (1,02)6 $ 5.328 Total $ 12.942 Capitais equivalentes em uma data focal Se os conjuntos de capitais são equivalentes a valor presente, eles são também em qualquer outra data focal. VE = VN (1 + i) df-dc (equação 4.18) ou VE = VN / (1 + i) dc-df (equação 4.19) Onde: VE = valor equivalente; VN = valor nominal (ou valor corrente); df = data focal; dc = data corrente. 4.4 Equivalência de Capitais 25/03/2020 66 Cálculo de capitais equivalentes em data focal 4, a 2% a.m. Valor corrente (A) Fator de juros (B) Valor equivalente (A x B) Conjunto de capitais 1: $ 11.000 (1,02)4 - 0 $ 11.907 $ 2.144 (1,02)4 - 5 $ 2.102 Total $ 14.009 Conjunto de capitais 2: $ 4.000 (1,02)4 - 2 $ 4.162 $ 4.000 (1,02)4 - 3 $ 4.080 $ 6.000 (1,02)4 - 6 $ 5.767 Total $ 14.009 4.4 Equivalência de Capitais Valor presente líquido e valor futuro líquido Se a taxa de juros aplicada aos valores correntes for diferente da TIR, haverá diferença entre a soma dos capitais 1 e 2. O Valor Presente Líquido (VPL) é a soma das entradas e saídas de um fluxo de caixa na data inicial. O Valor Futuro Líquido (VFL) é a soma das entradas e saídas de um fluxo de caixa na data final. 4.4 Equivalência de Capitais 25/03/2020 67 Valor corrente (A) Fator de juros (B) Valor equivalente (A / B) Conjunto de capitais 1: $ 11.000 (1,03)0 $ 11.000 $ 2.144 (1,03)5 $ 1.849 Total $ 12.849 Conjunto de capitais 2: $ 4.000 (1,03)2 $ 3.770 $ 4.000 (1,03)3 $ 3.661 $ 6.000 (1,03)6 $ 5.025 Total $ 12.456 VPL $ (393) Cálculos de VPL a 3% a.m. 4.4 Equivalência de Capitais Cálculos de VFL a 3% a.m. Valor corrente (A) Fator de juros (B) Valor equivalente (A x B) Conjunto de capitais 1: $ 11.000 (1,03)6 $ 13.135 $ 2.144 (1,03)1 $ 2.208 Total $ 15.343 Conjunto de capitais 2: $ 4.000 (1,03)4 $ 4.502 $ 4.000 (1,03)3 $ 4.371 $ 6.000 (1,03)0 $ 6.000 Total $ 14.873 VFL $ (470) 4.4 Equivalência de Capitais 25/03/2020 68 Séries uniformes equivalentes TRANSFORMAÇÃO DE UM VALOR EM UMA SUE VP = -$ 60.000,00 i = 15% a.p. (ao período) N = 4 PMT = ? A SUE (tecla PMT) deste fluxo de caixa é de $ 21.015,92. 4.4 Equivalência de Capitais Séries não uniformes equivalentes 0 1 2 3 4 35.015,92 35.015.92 35.015.92 35.015.92 0 1 2 3 4 35.015,92 35.015.92 20.000,00 52.284,22 Série uniforme equivalente (SUE) Série não uniforme equivalente Transformação de SUE em SNUE (SNUE) 4.4 Equivalência de Capitais 25/03/2020 69 Capítulo 5 MATEMÁTICA FINANCEIRA APLICADA 5.1 Sistemas de amortização 5.2 Descontos 5.3 Taxas efetivas de operações financeiras Administração Financeira: uma abordagem prática (HOJI) 5.1 Sistemas de amortização 25/03/2020 70 5.1 Sistemas de Amortização Sistemas de amortização Sistema de amortização constante Sistema de amortização americano Sistema de amortização francês Sistema de amortização constante Valor de amortização: constante Valor de juros: decrescente Valor de prestação: decrescente Mês Saldo Devedor Amortização Juros Prestação (n) (Sn = Sn-1 + J - PMT) (A = C / n) (J = S n-1 . i) (PMT = A + J) 0 100.000,00 1 80.000,00 20.000,00 10.000,00 30.000,00 2 60.000,00 20.000,00 8.000,00 28.000,00 3 40.000,00 20.000,00 6.000,00 26.000,00 4 20.000,00 20.000,00 4.000,00 24.000,00 5 0,00 20.000,00 2.000,00 22.000,00 Totais 100.000,00 30.000,00 130.000,00 5.1 Sistemas de Amortização 25/03/2020 71 Sistema de amortização francês Valor de amortização: crescente Valor de juros: decrescente Valor de prestação: constante Mês Saldo Devedor Amortização Juros Prestação (n) (Sn = Sn-1 + J - PMT) (A = PMT - J) (J = S n-1 . i) (PMT=A+J) 0 100.000,00 1 83.620,25 16.379,75 10.000,00 26.379,75 2 65.602,53 18.017,72 8.362,03 26.379,75 3 45.783,03 19.819,50 6.560,25 26.379,75 4 23.981,59 21.801,44 4.578,30 26.379,75 5 0,00 23.981,59 2.398,16 26.379,75 Totais 100.000,00 31.898,74 131.898,74 5.1 Sistemas de Amortização Sistema Price 5.1 Sistemas de Amortização Conhecido como Tabela Price. Utilizado em financiamento de imóveis. Taxa de juros dada em termos nominais, geralmente período anual, com juros calculados pelo regime de juros simples. 25/03/2020 72 Sistema de amortização americano Valor de amortização: no final Valor de juros: constante Valor de prestação: constante, e maior no final Mês Saldo Devedor Amortização Juros Prestação (n) (Sn = Sn-1 + J - PMT) (A = C) (J = Sn-1 . i) (PMT = A + J) 0 100.000,00 1 100.000,00 - 10.000,00 10.000,00 2 100.000,00 - 10.000,00 10.000,00 3 100.000,00 - 10.000,00 10.000,00 4 100.000,00 - 10.000,00 10.000,00 5 0,00 100.000,00 10.000,00 110.000,00 Totais 100.000,00 50.000,00 150.000,00 5.1 Sistemas de Amortização 5.2 Descontos 25/03/2020 73 5.2 Descontos Descontos • Valor nominal - Valor atual = desconto (juro) • Valor nominal - desconto = valor descontado • Títulos: duplicata, nota promissória etc. • Recebe o valor líquido do título no ato do desconto • É empréstimo com pagamento antecipado de juro 5.2 Descontos Principais modalidades de descontos: a) Desconto comercial: desconto "por fora" b) Desconto bancário: desconto comercial + despesas bancárias c) Desconto racional: desconto "por dentro" 25/03/2020 74 Desconto comercial EXEMPLO. Um título no valor nominal de $ 10.000 é descontado à taxa de 20% ao mês, 15 dias antes do seu vencimento. Para se calcular o valor descontado, utiliza-se a seguinte fórmula: Ac = N (1 - i n) (equação 5.1) Onde: Ac = valor atual (comercial); N = valor nominal; i = taxa de desconto; n = número de períodos antes do vencimento. Ac = 10.000 [1 - ( 0,2 / 30) x 15] Ac = 10.000 x 0,9 = 9.000 5.2 Descontos Desconto bancário Ab = N [1 - (i n + h)] (equação 5.2) Onde: Ab = valor atual (bancário); h = taxa de despesas bancárias (comissão). Utilizando os mesmos dados do exemplo anterior, suponha-se que exista uma taxa de despesas bancárias de 2,5%. O cálculo é feito como segue: Ab = 10.000 [1 - (0,2 / 30 x 15 + 0,025)] Ab = 10.000 [ 1 - 0,125] Ab = 10.000 [0,875] = 8.750 5.2 Descontos 25/03/2020 75 Desconto racional Ar = N / (1 + i)n (equação 5.3) Utilizando os mesmos dados do primeiro exemplo, temos: Ar = 10.000 / (1 + 0,2) 15/30 = 9.128,71 5.2 Descontos 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 76 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras Reajuste de alíquota-base Tr = Tb / (1 - Tb) (equação 5.4) Onde: Tr = alíquota reajustada; Tb = alíquota normal (ou alíquota-base). EXEMPLO. Calcular o custo efetivo de um empréstimo externo no valor de US$ 100.000, captado pelo prazo de um ano, com pagamento de juro de 10% a.a. líquido no final da operação, sabendo-se que a alíquota normal do IR é de 15%. Cálculo da alíquota reajustada Tr = [15% / (1 - 15%)] Tr = 17,6471% Impacto dos impostos e outros encargos 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras EXEMPLO. Calcular o custo efetivo de um empréstimo no valor de $ 10.000, tomado durante o período de 4-1-19X7 a 3-2-19X7, nas seguintes condições: taxa de juros efetivos de 4% a.m., pagos no vencimento do empréstimo; comissão de 1%, paga no vencimento do empréstimo; IOF (imposto sobre operações financeiras) pago no ato da captação do empréstimo, calculado à taxa de 0,249% a.m. 25/03/2020 77 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras CÁLCULOS: 1. Valor bruto do empréstimo: $ 10.000,00 (-) IOF de 0,249% a.m. $ 24,90 (=) Valor líquido recebido: $ 9.975,10 2. Valor bruto do empréstimo: $ 10.000,00 (+) Juros (4% a.m. x 30 dias) $ 400,00 (+) Comissão (1%) $ 100,00 (=) Valor total a pagar $ 10.500,00 3. Custo efetivo do empréstimo = ($ 10.500,00 / $ 9.975,10) - 1 = 0,0526 ou 5,26% Taxa overnight Dia da Taxa over Taxa Fator de juros Dia semana (% a.a.) do dia acumulados 2-3-19X8 (2ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,000804024 3-3-19X8 (3ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,001608694 4-3-19X8 (4ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,002414011 5-3-19X8 (5ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,003219976 6-3-19X8 (6ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,004026589 9-3-19X8 (2ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,004833850 10-3-19X8 (3ª. feira) 22,45% 0,0804024% 1,005641761 11-3-19X8 (4ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,006453907 12-3-19X8 (5ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,007266709 13-3-19X8 (6ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,008080168 16-3-19X8 (2ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,008894283 17-3-19X8 (3ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,009709056 18-3-19X8 (4ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,010524487 19-3-19X8 (5ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,011340576 20-3-19X8 (6ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,012157325 23-3-19X8 (2ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,012974733 24-3-19X8 (3ª. feira) 22,56% 0,0807590% 1,013792801 25-3-19X8 (4ª. feira) 22,40% 0,0802402% 1,014606270 26-3-19X8 (5ª. feira) 22,40% 0,0802402% 1,015420392 27-3-19X8 (6ª. feira) 22,40% 0,0802402% 1,016235167 30-3-19X8 (2ª. feira) 22,40% 0,0802402% 1,017050596 31-3-19X8 (3ª. feira) 22,40% 0,0802402% 1,017866679 A taxa é calculada diariamente e válida somente para dias úteis. É calculada com base em ano de 252 dias úteis. 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 78 Cálculo de prazo médio ponderado EXEMPLO. Valor do empréstimo: US$ 100.000 Prazo: 2 anos Amortização: trimestral Carência: 1 ano Trimestre (A) Parcelas de amortização (B) C = A x B 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 20.000 80.000 5 20.000 100.000 6 20.000 120.000 7 20.000 140.000 8 20.000 160.000 Totais 100.000 600.000 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras Dividindo a soma da coluna C pela soma da coluna B, temos: Prazo médio ponderado = 600.000 / 100.000 = 6 trimestres ou 1,5 ano. Graficamente, o fluxo de amortização é representado como segue: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 Período de carência Período de amortização (4 trimestres = 1 ano) (4 trimestres = 1 ano) 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 79 Custo efetivo pelo método do saldo médio simples ponderado Valor do finan- Nº. de Saldo médio Taxa de juros Juros do ciamento (A) dias (B) do mês (C) Nominal (D) Período (E) período (F) a) 40.158,74 3 4.015,87 2,00% a.m. 0,1982% 79,60 b) 20.521,55 30 20.521,55 2,00% a.m. 2,0000%410,43 c) 100.000,00 20 66.666,67 2,50% a.m. 1,6598% 1.659,80 160.680,29 91.204,09 ?? 2.149,83 Formas de cálculos: A = Valor inicial dos financiamentos (atualizados até o final do mês anterior) B = Número de dias que o capital permaneceu na empresa durante o mês C = A / número de dias existentes no mês x B E = Taxa de juros efetiva do mês F = A x E = juros efetivos do mês Cálculo do custo médio mensal (CMM) CMM = F / C = Juros do Período / Saldo Médio do Mês CMM = $ 2.149,83 / $ 91.204,09 = 0,023572, ou 2,3572% 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras Custo efetivo pelo método da TIR Fluxo de caixa dos empréstimos Data N. de fluxo Valor 31-3 0 60.680,29 1 a 2-4 2 0,00 3-4 1 (40.238,34) 4 a 9-4 6 0,00 10-4 1 100.000,00 11 a 29-4 19 0,00 30-4 1 (122.591,78) Total 30 TIR = 0,0779349% a.d. ou 2,3647% a.m. 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 80 Custo efetivo de operações em dólar As operações indexadas a dólar são calculadas com juros simples, mas devem ser analisadas em taxas efetivas. EXEMPLO. Calcular o custo mensal de um empréstimo em dólar no valor de US$ 100.000, captado em 31-5-19X6 pelo prazo de seis meses, com taxa de juros de 12% a.a. pagável trimestralmente. Custo efetivo = [1 + (0,12 / 12 x 3)] (1/3) - 1 = 0,00990163 = 0,990163% a.m. 0,990163% a.m. => 12,55% a.a. 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras Rentabilidade efetiva de aplicações financeiras Prazo de recuperação (meses) 0 1 12 24 IR-Fonte em valores correntes 20,00 20,00 20,00 20,00 () Fator de juros 1,0000 1,0200 1,2682 1,5163 (=) IR-Fonte em valor presente 20,00 19,61 15,77 13,19 (+) Valor líquido em valor presente 80,00 80,00 80,00 80,00 (=) Valor total (em valor presente) 100,00 99,61 95,77 93,19 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 81 95,00 = (20,00 / 1,02 n ) + 80,00 95,00 - 80,00 = (20,00 / 1,02 n ) 15,00 x 1,02 n = 20,00 1,02 n = 20,00 / 15,00 1,02 n = 1,3333 log 1,02 n = log 1,3333 n log 1,02 = log 1,3333 n = log 1,3333 / log 1,02 n = 0,124928 / 0,008600 n = 14,5 meses IRF VT = + VL (equação 5.5) (1 + i) n Onde: VT = valor total em valor presente; IRF = Imposto de renda retido na fonte, em valor corrente; i = taxa de juros mensal; n = número de meses; VL = valor líquido em valor presente. 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras Rentabilidade efetiva pelo método da TIR Fluxo de caixa das aplicações Data Número de fluxo Valor 31-3 0 (60.680,29) 1-4 a 2-4 2 0,00 3-4 1 40.238,34 4-4 a 9-4 6 0,00 10-4 1 (100.000,00) 11-4 a 29-4 19 0,00 30-4 1 122.591,78 TIR = 0,0779349 a.d. ou 2,3674% a.m. 5.3 Taxas Efetivas de Operações Financeiras 25/03/2020 82 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 163 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 164 CONCEITO BÁSICO Relatório é a expressão resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período. 25/03/2020 83 OBJETIVOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS 165 Extrair informações das Demonstrações Financeiras - decisões. Demonstrações financeiras fornecem dados sobre a empresa, atendendo regras contábeis. Análise de Balanço transforma dados em informações que, quanto melhor produzidas, mais eficientes serão. Dados isoladamente não provocam reação, enquanto as informações comunicam e podem produzir uma reação, uma decisão. DADO => INFORMAÇÃO 166 Ilustrando a ideia Fatos ou eventos econômico- financeiros Demonstrações Financeiras = dados Informações financeiras para a tomada de decisões Process o Contábil Técnicas de Análise de Balanço 25/03/2020 84 O CONTADOR E O ANALISTA 167 •Registro das operações •Capta, organiza e compila dados CONTADOR •Interessam as Demonstrações Financeiras •Transforma dados em informações conclusivas ANALISTA DE BALANÇOS O que incluir no relatório 168 Um relatório adequado de Análise de Balanço, deve expressar os resultado através de comentários do analista em torno dos elementos e resultados encontrados. 25/03/2020 85 Listar em linhas gerais 169 Situação financeira Situação econômica Desempenho Eficiência na utilização dos recursos Pontos fortes e fracos Tendências e perspectivas Quadro evolutivo Adequação das fontes às aplicações de recursos Evidência de erros da administração, etc. METODOLOGIA DE ANÁLISE 170 Baseada no raciocínio científico, obedece às etapas: Etapas: 1 2 3 4 ANÁLISE Escolha de indicadores Comparação com padrões Diagnóstico ou conclusões Decisão 25/03/2020 86 Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades por Ações 171 Com base na escrituração, devem ser elaboradas as Demonstrações Financeiras: Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração do Valor Adicionado (Cia. aberta) Notas Explicativas (complementares) Lei nº 11.638/07 172 Companhias fechadas com Patrimônio Líquido inferior a 2 milhões de reais, na data do balanço, não se obrigam a elaborar nem publicar a DFC. Sociedades Limitadas de grande porte (ativo total no exercício anterior superior a 240 milhões ou receita bruta superior a 300 milhões) - se obrigam a manter a escrituração e elaborar as demonstrações observando as disposições da Lei das S.A., embora não se obriguem a publicá-las. 25/03/2020 87 Balanço Patrimonial - BP 173 A T I V O P A S S I V O ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE • Realizável a Longo Prazo • Permanente Investimentos Imobilizado Intangível (- ) Deduções PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Capital Social • Reservas de Capital • Ajustes de Avaliação Patrimonial • Reservas de Lucros • Ações em Tesouraria • Prejuízos Acumulados (-) Deduções TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO OUTROS ACRÉSCIMOS AO PL 174 O PL não só é acrescido com novos investimentos dos proprietários, mas também, com os rendimentos da aplicação do capital – O LUCRO. Parte do lucro é distribuída para os donos do capital (dividendos) e a outra parte é reinvestida no negócio. 25/03/2020 88 OBRIGAÇÕES EM SENTIDO AMPLO 175 Tanto PASSIVO quanto PATRIMÔNIO LÍQUIDO são obrigações da empresa. O PASSIVO representa as obrigações exigíveis (reclamáveis) por ser capital de terceiros. No PATRIMÔNIO LÍQUIDO, as obrigações são com os proprietários da empresa, que, por lei, não podem reclamar da empresa a qualquer tempo – não exigível. ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO ORIGENS E APLICAÇÕES 176 O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio (PL), representa toda a fonte de recursos, toda a origem do capital. É a via de entrada. O lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos originados no Passivo e PL. 25/03/2020 89 REQUISITOS DO BALANÇO PATRIMONIAL 177 Cabeçalho Corpo Colunas comparativas Redução de dígitos DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE 178 Resumo ordenado das receitas e despesas em determinado período. Apresentada de forma dedutiva (vertical). Das receitas subtraem-se as despesas para se chegar ao resultado (lucro ou prejuízo). Forma simples, para ME e EP ou completa, exigida por lei, quando fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, os tipos de lucro, destaque dos impostos, etc. 25/03/2020 90 DRE – O quê analisar? Simples / Completa DRE Simples (+) Receita (-) Despesa (=) Lucroou Prejuízo DRE Completa (+) Receita (-) Deduções (-) Custos do Período (-) Despesas (-) .............. (-) .............. (=) Lucro ou Prejuízo 179 Receita Líquida 180 Nas receitas brutas estão incluídos todos os tributos incidentes sobre vendas, que pertencem ao governo. Delas também, ainda não foram subtraídos os abatimentos concedidos e as vendas canceladas, ocorridos no período. 25/03/2020 91 Exemplo Cia. Alfa Ltda. 181 Admitindo-se que a Cia Alfa Ltda., indústria, tenha emitido Notas Fiscais de vendas no valor total de R$ 8.000.000,00 mais 10% de IPI. O ICMS está incluso no preço do produto. Nota Fiscal e DRE Cia. Alfa Ltda. (15/08) Nota Fiscal Cia. Alfa Ltda. _________ Teresina (PI) _____________________ Preço Produto 8.000.000 + IPI (10%) 800.000 Preço Total 8.800.000 _____________________ ICMS incluso preço 17% $ 8.000.000 = 1.360.000 DRE Cia. Alfa Ltda. _____________________ Receita Total 8.800.000 (-) IPI 800.000 (=) Rec. Bruta 8.000.000 (-) ICMS 1.360.000 (=) Rec. Líquida 6.640.000 182 25/03/2020 92 Os Ajustes 183 Supor que a Cia Beta Ltda. vendeu $ 5.000.000 de mercadorias, 50% para o cliente A e 50% para o cliente B. O cliente A devolveu 20% da mercadoria adquirida, enquanto o cliente B aceitou proposta da Cia Beta de 10% de abatimento para evitar a devolução. DRE Devoluções e Abatimentos VENDAS REALIZADAS DRE Cia Beta Ltda. _____________________ Receita Bruta $ 5.000.000 (-) Deduções . Devoluções (500.000) . Abatimentos (250.000) (=) Receita Líquida 4.250.000 184 A – 20% $ 2.500.000 B – 10% $ 2.500.000 25/03/2020 93 DRE Apurando o Lucro Bruto (=) Receita Bruta (-) Deduções (=) Receita Líquida (-) Custo das Vendas (=) Lucro Bruto Lucro Bruto é a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo dessa Mercadoria Vendida. Não se consideram as despesas administrativas, de vendas e financeiras. Após cobrir os custos do produto, o Lucro Bruto é destinado à remuneração das despesas de vendas, administrativas, financeiras, do governo e dos proprietários. 185 DRE Lucro Operacional (+) Receita Bruta (-) Deduções (=) Receita Líquida (-) Custos das Vendas (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais (vendas, administrativas e financeiras) (=) Lucro Operacional Portanto, o Lucro Operacional é obtido pela diferença entre o Lucro Bruto e as Despesas Operacionais. 186 25/03/2020 94 DRE Lucro Depois do Imposto de Renda Lucro Operacional (-) Despesas Não Operacionais (+) Receitas Não Operacionais (=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) Se a empresa apurar no exercício social um lucro de R$ 10.000.000, terá de declarar e recolher ao governo federal, geralmente, 25% sobre esse lucro, que ocorrerá no exercício seguinte. Entretanto, a base de cálculo exata para o IR não é esta, mas o lucro ajustado às disposições da legislação do IR = o Lucro Real. 187 DRE Lucro Líquido 188 Apurado o Lucro Depois do Imposto de Renda, faz-se a dedução das participações, previstas no estatuto: debêntures, empregados, administradores, partes beneficiárias e das contribuições para fundos de assistência ou previdência de empregados. Aí se encontra o Lucro Líquido, que é a sobra à disposição dos sócios ou acionistas. 25/03/2020 95 DRE Cálculo das Participações 189 Segundo a lei brasileira, as participações estatutárias, serão determinadas sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Ordem Sucessiva (% Estatutário) 190 Lucro depois do Imposto de Renda (-) Participação de Debêntures (-) Participação de Empregados (-) Participação Administração (-) Contribuições e Doações (=) Lucro Líquido Lucro Líquido por Ação do Capital 10% 10% 10% 1.000.000 (100.000) 900.000 (90.000) 810.000 (81.000) 729.000 X Y Z 25/03/2020 96 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 191 Lei 11.638/07 tornou obrigatória sua elaboração e divulgação para todas as companhias abertas. Evidencia a composição do valor adicionado e sua distribuição entre empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela retida para reinvestimento. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Cia. Alfa Ltda. – Exercício 2011 192 RECEITA OPERACIONAL (Custo da Mercadoria Vendida (compras) Valor Adicionado Bruto (gerado nas operações) (-) Depreciação Valor Adicionado Líquido (+) Receita Financeira Valor Adicionado DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO . Empregados (departamento de vendas/administração) . Juros . Dividendos . Impostos . Outros Lucro Reinvestido 800.000 (650.000) 150.000 (10.000) 140.000 10.000 150.000 (90.000) (30.000) (14.000) (6.000) - (10.000) 25/03/2020 97 Após reclassificar/organizar o BP da Cia. Beta Ltda., para fins análise conforme a Lei 11.941/09, indique o que está faltando para se iniciar a análise. 193 A T I V O R$ R$ P A S S I V O R$ R$ CIRCULANTE Caixa Bcos Cta Movimento Estoques Duplicatas a Receber (-) Prov. Dev. Duvid. Despesa Antecipada Aplicação Financeira NÃO CIRCULANTE Realizável Lgo Prazo Imóveis à Venda Investimentos Imobilizado Intangível 300.000 (10.000) 1.610.000 30.000 170.000 100.000 290.000 20.000 1.000.000 3.650.000 150.000 1.200.000 1.800.000 500.000 CIRCULANTE Empréstimo Bancário Prov. Imp. De Renda Prov. Dividendos Fornecedores Títulos Descontados Adiantº de Clientes Outros NÃO CIRCULANTE Exigível Longo Prazo Financiamentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital (-) Cap. a Integralizar Reserva de Capital Reserva de Lucros 3.000.000 (500.000) 2.140.000 1.000.000 600.000 200.000 100.000 90.000 50.000 100.000 170.000 170.000 2.950.000 2.500.000 200.000 250.000 TOTAL 5.260.000 5.260.000 BP da Cia. Beta Ltda., reclassificado/organizado conforme a Lei 11.941/09. Balanço Patrimonial – Cia Beta Ltda. 31.12.2011 194 A T I V O R$ R$ P A S S I V O R$ R$ CIRCULANTE Disponível Duplicatas a Receber Estoques NÃO CIRCULANTE Investimentos Imobilizado Intangível 1.590.000 1.200.000 290.000 100.000 3.650.000 1.350.000 1.800.000 500.000 CIRCULANTE Fornecedores Adiantº de Clientes Provisões Diversas Empréstimos Bancários Outros NÃO CIRCULANTE Exigível Longo Prazo Financiamentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reserva de Capital Reserva de Lucros 2.140.000 100.000 50.000 800.000 1.090.000 100.000 170.000 170.000 2.930.000 2.500.000 200.000 230.000 TOTAL 5.240.000 5.240.000 25/03/2020 98 Balanço Patrimonial da Cia. Beta Ltda. Outras informações necessárias à análise 195 Além da reclassificação das contas já feita, ainda é necessário para uma razoável análise de balanço, o seguinte: Inclusão de coluna com as informações do exercício anterior (2010), e As Notas Explicativas. PREPARANDO AS DEMONSTRAÇÕES PARA ANÁLISE 25/03/2020 99 PADRONIZANDO AS DEMONSTRAÇÕES As Demonstrações Financeiras devem ser preparadas para análise, permitindo e facilitando os trabalhos do analista. Seja em real ou dólar, devem ser reclassificadas e condensadas para fins de análise. RAZÕES PARA PADRONIZAÇÃO SIMPLIFICAÇÃO Segundo a Lei das S.A. um balanço chega a 60 contas, dificultando a visualização como um todo. Colocando-se lado a lado três balanços e
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