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RELATORIO FINAL DE ESTAGIO LABORAL Enviar

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PSICOLOGIA
CARLA FERREIRA PEIXOTO DIAS
ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS LABORAIS
Estágio observacional sobre Saúde mental e trabalho
RIO DE JANEIRO
2020
CARLA FERREIRA PEIXOTO | peixotodias.carla@gmail.com
ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS LABORAIS
Estágio observacional sobre Saúde mental e trabalho
Trabalho apresentado no curso de graduação 
do Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação no Brasil.
Orientador:
__________________________________________
Professor Mauro Sérgio Félix Júnior.
 CRP 05/41022
RIO DE JANEIRO
2020
sumário
1. Introdução ............................................................................................ 3 e 4
2. Análise crítica teórico-prática do desenvolvimento do estágio .............4 a 6
3. Problematização ......................................................................................... 6
4. Justificativa ............................................................................................6 a 8
5. Hipótese de intervenção ............................................................................. 8
6. Considerações finais ............................................................................. 8 e 9
7. Referências Bibliográficas ........................................................................10
8. Anexos
Anexo 1 ................................................................................................... 11
Anexo 2 .............................................................................................12 e 13
1. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO GERAL 
 Este trabalho foi desenvolvido durante a Supervisão de Estágio em Processos Laborais promovido pela Instituição de Ensino IBMR sob a orientação do Professor Mauro Sérgio Félix Júnior. O estágio foi realizado em uma clínica odontológica.
O presente relatório visa relatar a experiência vivida no estágio supervisionado, mostrando pontos relevantes sobre o tema abordado, tal qual é indispensável para a formação profissional que está em processo de aprendizagem e realmente deseja estar preparado para enfrentar os desafios diários da carreira acadêmica.
O presente estágio tem a capacidade de unir prática e teoria, agregando e aperfeiçoando o ensino ministrado na faculdade, colocando o estudante em contato com a realidade profissional, proporcionando-lhe oportunidade de confrontar as teorias estudadas com a sua prática;  Contribuir na formação do estudante para o início de suas atividades profissionais, oferecendo-lhe oportunidade de executar tarefas práticas relacionadas com sua área de interesse; complementar a formação do estudante através do desenvolvimento de habilidades relacionadas com o seu campo de atuação profissional
O estágio foi feito numa clínica odontológica, cujo o horário de funcionamento é de 08:30 da manhã até às 20 horas, com 2 (dois) profissionais atendendo por turno e agenda com pacientes a cada 30/45 minutos, num fluxo intenso principalmente nos atendimentos por parte do dono da empresa.
Empresa de pequeno porte, porém bem conceituada, com estrutura física pequena e confortável, moderna e dotada de tecnologia de ponta recursos usados nos tratamentos são de última geração. O dono da empresa está sempre buscando se atualizar. O custo dos tratamentos é compatível com toda a inovação e acima do mercado.  O dono é também palestrante, professor e conhecido mundialmente no ramo, está a mais de 20 anos no mercado e atualmente conquistou seu próprio espaço físico, saindo assim do aluguel.
A Empresa conta com 5 (cinco) funcionários diretamente ligados a empresa e mais 9 (nove) profissionais da odontologia de especialidades variadas, uma gestora de pessoas, o dono e sua esposa (sócia).
Ao longo desde período na empresa, foi observado também um alto nível de rotatividade de funcionários na empresa, mesmo antes da contratação efetiva e o motivo mais frequente era o tratamento por parte dos gestores e funcionários antigos, e o nível de exigência em cada processo.
O assunto em questão a ser abordado foi o de saúde mental e adoecimento no ambiente de trabalho, visto que a incidência no campo observatório foi relevante. 
Apesar de toda essa ótima estrutura, os funcionários não estão satisfeitos de uma forma geral e sentem-se cansados mentalmente, queixam-se de pressão e relatam não ser uma questão nova. O ambiente de trabalho é pesado e estressante ao longo de todo o dia. 
A atribuição de tarefas é contínua, e a cada novo dia, algo é implementado nos procedimentos laborais.  
Foi observado que alguns colaboradores reclamam diariamente e adoecem com frequência, o que ocasiona faltas, afetando o bom funcionamento da clínica pelo quadro reduzido de funcionários, a insatisfação e resposta negativa por parte dos empregadores, gerando mais desconforto no relacionamento empregado/empregador e quebra de confiança de ambas as partes.
Os funcionários ameaçam ir embora, ao mesmo tempo em que os empregadores também ameaçam, mas dizem precisar.
Com o aumento atual e progressivo das doenças relacionadas ao campo laboral, vemos que ocorreram grandes e importantes avanços neste cenário nos últimos anos, mas ainda há também grande despreparação em relação ao tratamento deste assunto dentro das companhias empregatícias e da grande dificuldade para a definição de procedimentos organizados para uma investigação e para o acompanhamento dos trabalhadores com sofrimento mental relacionado ao trabalho, com aplicabilidade nos mais diversos contextos laborais.
Algumas das enfermidades observadas foi: Grande estresse, Gastrite nervosa, Ansiedades, Dermatites, Síndrome de Burnout, fadiga mental e sensorial, depressão.
2. ANÁLISE CRÍTICA TEÓRICO-PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 
Com base em observação de campo, artigos e textos publicados, abordando o tema: Saúde mental e trabalho para falar sobre as enfermidades que acometem os trabalhadores fisica e mentalmente decorrentes de pressão psicológica, bullyng, assédio, excesso de trabalho, longas jornadas, ameaça de desemprego, entre outros que estão tomando cada vez mais espaço dentro e fora das empresas, visto que é cada vez mais frequente a cobrança tanto por parte do empregador, quanto, pessoal do próprio colaborador, a excêlencia nos resultados mesmo que em casa, desprezando o lazer em família e o descanso e relaxamento mental que são essenciais para a manutenção da saúde mental. 
Serão abordados, temas como distúrbios de ansiedade, síndrome de Bournout, depressão, entrte outros que tem impacto na forma de um trabalho produtivo e a possibilidade de ganho tanto para colaboradores como para empregadores na iniciativa e investimento na iniciativa de adotar a promoção de saúde mental no local de trabalho e no apoio a funcionários que já tenham algum distúrbio mental.
Estudos comprovam que globalmente que mais de 320 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão que é a maior causa de incapacidade e estima-se que os transtornos de ansiedade e depressivos custem cerca de 1 trilhão de dólares a economia global para cada ano de incapacidade, segundo a OMS.
Segundo uma postagem no site da ONU Brasil: “ Nossa experiência no local de trabalho é um dos fatores que determinam nosso bem-estar geral.” Disse a OMS.
Com o passar dos anos, ocorreram muitos avanços em relação a saúde mental do trabalhador, após a compreensão da proposta de Psicodinâmica do Trabalho (DEJOURS, 1992, 2004). Mas ainda falta percorrer um longo caminho por conta das dificuldades das organizações de identificarem, investigarem e acompanharem os trabalhadores com o sofrimento mental relacionado ao trabalho com ligações aos contextos laborais.
O afastamento provocados por conta de transtornos mentais tem cada vez mais aumentado, decorrente da cobrança por parte de empregadores, sociedade e até mesmo por parte do próprio trabalhador como já citado; as redes sociais como WhatsApp, por exemplo, que faz com que os trabalhadores mantenham contato profissional mesmo após o término do expediente, o acumulo defunções, pode-se citar também a crise econômica que afeta diretamente o colaborador, que se sente pressionado a dar mais de si para garantir a permanência no emprego, pois, dele depende o sustento de sua família; isso gera uma demanda psicológica gigantesca, tornando-se cada vez mais difícil a regência da mesma. Tendo em vista que demanda, e a falta de recursos para lidar com ela, os transtornos e síndromes afloram. Além de atingir diretamente a parte física. A Psicossomática afirma que o nosso campo psíquico afeta diretamente o nosso corpo físico. Dessa forma, as emoções se mostram os principais catalisadores para as doenças. Quando as mesmas são negativas ou estão corrompidas, nosso corpo responde da maneira mais vulnerável e invasiva possível.
Segundo a OMS, um ambiente de trabalho negativo pode levar até ao uso abusivo de álcool e drogas, faltas e perda de produtividade.
A depressão, o estresse ocupacional e são algumas das doenças clássicas ocasionadas pelo trabalho, desentendimentos no ambiente laboral, ritmo agressivo de trabalho também podem gera-las, um conjunto de perturbações que caracterizam o desequilíbrio, até o esgotamento total físico e mental que caracteriza a síndrome de Burnout.
Nas últimas décadas, tem havido o interesse crescente no vínculo entre trabalho saúde/doença sob enfoque da psicologia social e o associando a liderança, motivação, clima e cultura organizacional entre outros, esse interesse tem relação direta com os números crescente os transtornos mentais menores já citados que acometem cerca de 30% dos trabalhadores.
O trabalho ocupa uma grande parcela de tempo das pessoas, então entende-se que o mesmo deveria trazer certa realização, o que nem sempre se concretiza. (Dejours, 1991; Trigo et al, 2007)
Muitas empresas nos dias de hoje já conseguem identificar e implementar programas para que esse número de casos diminua, conjuntos de estratégias cognitivas e comportamentais tem sido utilizadas para melhor avaliar e gerenciar as experiências pessoais internas e externas colaborativas, que são chamadas de coping, técnica de avaliação quantitativas de avaliação de agentes estressores. As ações e intervenções são voltadas preferencialmente para o gerenciamento individual do estresse através de mudanças cognitivas e comportamentais e práticas de exercícios físicos e relaxamento.
Os programas motivacionais também mostran-se de grande importância para que haja amenização dos processos que desgastam e atrapalham o desenvolvimento das suas funções. Em uma breve conversa com o dr Alex Alves, Psicólogo e consultor empresarial, ele destaca a importância da motivação para os colaboradores.
“A motivação é um fenômeno interno, intransferível e autoregulado pelo próprio indivíduo. Ele enfrenta suas tensões psiquicas diante da hostilidade do meio ambiente e as interfaces relacionais no sentido da vida diante da pulsão da morte. A graduação é afetada da motivação pelas experiências vividas desde a gestação e as aprendizagens sensoriais a nível cognitivo e afetivo. Ele será proativo ou reativo aos estímulos. diz”
Por último também é interessante que o trabalhador se desligue totalmente de suas atividades laborais quando as não estiver executando para que haja separação entre o labor e sua vida pessoal para amenização e prevenção das doenças ligadas ao trabalho.
Segundo a economista e consultora de gestão de pessoas Adriana Alves Ramos, fundadora da empresa Rumo, gestão de negócios, relata que com algum tempo analisando o ambiente nas empresas é possível perceber o nível de estresse no ambiente e algum tipo de comportamento que prejudique a saúde mental dos colaboradores e que as empresas grandes tem o acompanhamento de profissionais da Psicologia e possui a área de gestão de pessoas que faz acompanhamento e cuidado com a saúde mental dos colaboradores, a presente questão tem sido, hoje, uma grande preocupação nas empresas, mas são poucas que agem desta forma.
“- Hoje em dia está sendo um tema mais levantado nas empresas e aí os cuidados tem aumentado. Mas infelizmente as pessoas ainda não dão a importância devida a um tema tão importante”, diz a gestora Adriana Ramos
3. Problematização
O sofrimento mental, emocional e algumas vezes física vividos pelos funcionários de uma clínica odontológica, decorrente de grandes pressões, assédio moral e carga execiva de trabalho.
4. Justificativa 
 O adoecimento mental em decorrência do trabalho é uma realidade dos colaboradores auxiliares, técnicos e operacionais. O resultado disso é a insatisfação nítida, enorme dos funcionários, mas que se mantêm em seus postos de trabalho buscando sua qualidade de vida e tentando manter sua saúde mental em dia. A maioria dos colaboradores e ex-colaboradores relatam episódios de ansiedade, altos níveis de estresse, aumento de peso, dermatites diversas, gastrite nervosa, crises de enxaqueca, crise de choro e outras e também relatam terem suas vidas pessoais e rotinas afetadas pelo sofrimento no trabalho. Também não cogitam pedir demissão para não perderem seus “direitos”, se referindo ao FGTS, recisão e auxílio desemprego.
Neste momento de pandemia muitos se vêêm ainda mais angustiados pelo fato de integrantes de suas famílias terem sido dispensados em suas empresas, já que muitas precisaram diminuir o quaro de funcionários e diminuir despesas, os levando a se dedicar ainda mais a suas funções com atribuição de outras mais, uma vez que houve cortes para diminuição de despesas, e fazendo horas extras todos os dias para manterem seus empregos evitando assim que suas famílias passem por algum tipo de necessidade. 
Eles mesmos descrevem o cenário como “tempos dificeis”, onde conseguir outro emprego está quase impossível.
Segundo Dejours “O TRABALHO NÃO CAUSA O SOFRIMENTO. É O SOFRIMENTO QUE PRODUZ O TRABALHO” (DEJOURS, 1987, pág. 103). Numa pesquisa feita com telefonistas feita pelo autor. Para Dejours, quanto mais nervosas as telefonistas ficavam mais produziam, então a organização do trabalho se utiliza de meios que acentuem esse nervosismo de forma a alavancar a produtividade. 
“Diante da necessidade de respeitar a realidade (salário e disciplina da fome), a telefonista tem interesse de orientar essa energia para uma adaptação à tarefa. Devido a um processo que transforma a agressividade em culpa, por intermédio de um retorno contra si mesma (41), é implantado um círculo vicioso, onde a frustração alimenta a disciplina - base do comportamento condicionado, [..]. A telefonista transforma-se na artesã do seu próprio condicionamento.” (DEJOURS, 1987, pág. 102)
Foi observado também, grande influência causada por funcionário mais antigo, para com os sócios em relação aos mais novos, o que causa ecxesso de autoridade para com os mesmos, sem nenhuma intervensão dos empregadores, o que tem gerado revolta nos mais novos, tendo em vista nenhum cargo superior adiquirido pelo mesmo, o que tem causado um ambiente laboral, cansativo, pesado, com tons de vozes alterados e pouca união e rabalho em equipe.
Em relação aos empregadores parecem se aproveitar da situação em alguns momentos para pressiona-los e usar de algum tipo do que parece caracterizar assédio, uma vez que percebem que muitos se mantem ali por necessidade e/ou medo. Houve relato de piada quando descrito um quadro de gastrite nervosa desenvolvido por um dos fúncionários. 
Tudo isso acompanhado de novas rotinas e parões de biossegurança adotadas devido ao COVID-19, se tratando da área de saúde e que os profissionais da odontologia estão no topo da cadeia de contaminação. A demanda de trabalho aumentou também por este motivo, o número de pacientes da clínica diminuiu, aumentando a cobraça em captação de novos e antigos clientes, busca de baixos custos em materiais usados diariamente, a dinâmica com os horários de atendimento, que devem ser mais espaçados para não haver aglomeração, e com isso o transtorno de não haver horários disponíveis para todos os pacientes, mesmo com a cobrança dos sócios de adiquirirem mais para aumento de caixa; fora o medo pelo riscode contaminação da equipe de colaboradores.
Sem conseguir cumprir a demanda e administrar bem toda a situação, houve contratação de novo funcionário para suprir a equipe, e o mesmo já demonstra indicios de estresse mental e físico com relatos de insônia e psoríase,(  Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa). Foto e relato no anexo 1.
O stress associado as emoções não tratadas interferem na qualidade de vida, no desempenho profissional e no crescimento pessoal. As empresas são organismos vivos formadas por seres humanos. A saúde física, mental e emocional do colaborador faz a diferença no que tange ao sucesso e ou fracasso da instituição. É necessário se investir na saúde do trabalhador numa visão holística e sistêmica. A força produtiva precisa de cuidados especiais afim de que a missão da empresa seja cumprida maximizando e potencializando os talentos dos membros da equipe. Não investir no capital intelectual e emocional institucional é um suicídio empresarial. A relação abusiva na dinâmica do trabalho escraviza e cria danos irreparáveis de médio e longo prazo.
5. Hipótese de intervenção
Tendo em vista a demanda do local, primeiramente seria ideal uma boa e detalhada pesquisa para a identificação dos agentes estressores e adoecedores, e dinâmicas conflituosa, acompanhada de conversas com os colaboradores de maneira individual para melhor vizualização do quadro. Em seguida propor dinâmicas em grupo para entrosamento da equipe, quebra de possiveis relacionamentos confituosos. 
Trabalhar junto aos gestores a importância de relacionamneto harmonico com os colaboradores, dando mais ouvidos as suas necessidades quanto funcionários.
A devida intervenção causaria efeito cascata, uma vez tratados os agentes estressores, será diminuído os quadros de sintomas emocionais, mentais e também físicos visto que o trabalho é muito importante para a formação pessoal e social do ser humano, mas conta com muitas peculiaridades e desafios diários a serem ultrapassados e vencidos.
Atualmente foi contratada uma gestora administrativa que efetuou uma breve pesquisa, conversando individualmente com os colaboradores e promovendo dinâmicas em grupo, o que trouxe esperança de algum tipo de mudança para os mesmos, mas o observado é que está sendo direcionada somente para interesse dos sócios.
6. Considerações finais
Decorrente da observação feita no campo de estágio, o qual não conta com suporte psicológico, sugere-se uma pesquisa sobre os motivos do adoecimento dos colaboradores, o que os leva a desmotivação, insatisfação e pouco rendimento, acompanhado de um método para que esse quadro seja revertido e acompanhado.
Dinâmicas em grupo, visando a união e dos colaboradores para que trabalhem mais como uma equipe, auxiliando e acompanhando os processos sugeridos, na tentativa de mais compreensão e diminuição de sobrecarga de todos evitando uma cobrança excessiva por parte dos superiores; criação de vínculo entre eles para que o ambiente de trabalho se torne mais agradável; leve, sem agressividade e com menos agentes estressores
A devida intervenção causara efeito cascata, uma vez tratados os agentes estressores, será diminuído os quadros de sintomas emocionais, mentais e também físicos visto que o trabalho é muito importante para a formação pessoal e social do ser humano, mas conta com muitas peculiaridades e desafios diários a serem ultrapassados e vencidos.
Esse estágio me fez reformular planos futuros e vislumbrar uma área, que no inicio do estágio era obscura, pois não tinha a noção de como era a atuação do psicólogo na área organizacional. Entendo que o trabalho faz parte do crescimento, da mudança, e promove desafios no que se trata da saúde mental do trabalhador e que se ramifica para diversas dimenões a serem discutidas dentro desta vertente e que deve e precisa ser ainda muito explorada para que seja amenizado seus resultados negativos dentro do ambiente laboral. Iniciado pela identificação da situação no meu próprio emprego fui levada ao encontro com a minha identidade profissional e do significado disso para minha vida. Assim, a experiência nesse estágio me proporcionou vivenciar a passagem do psicólogo laboral/organizacional, não somente como parte do setor de Recursos humanos, mas peça importante na manutenção do bom desempenho dos trabalhadores, mostrando envolvimento e preocupação com sua saúde conforme preconiza quase todos os autores pesquisados para o desenvolvimento desse relatório.
“O sofrimento no trabalho tem levado as pessoas à retração, ao silenciamento, pois, se não há espaço para a fala, significa que também não há espaço para a escuta. O que facilmente se lê como “descomprometimento ou desmobilização” no trabalho, tem sido consequência do silenciamento dos trabalhadores sobre o seu próprio trabalho.” 
5. Referências bibliográficas
DESCONHECIDO, Autor. OMS: empresas devem promover saúde mental de funcionários no ambiente trabalho. Publicado em 10/10/2017. Atualizado em 10/10/2017 acessado em 06 de abril de 2020. Disponível em: https://nacoesunidas.org/oms-empresas-devem-promover-saude-mental-de-funcionarios-no-ambiente-trabalho/
DESCONHECIDO, Autor. OMS registra aumento de casos de depressão em todo o mundo; no Brasil são 11,5 milhões de pessoas. Publicado em 23/02/2017. Atualizado em 24/02/2017. acessado em 06 de abril de 2020. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/oms-registra-aumento-de-casos-de-depressao-em-todo-o-mundo-no-brasil-sao-115-milhoes-de-pessoas/
BOTTEGA, Carla Garcia; PEREZ, Karine Vanessa; MERLO, Alvaro Roberto Crespo. SAÚDE MENTAL E TRABALHO - UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA. Revista AMAzônica, Ano 6, Vol XI, número 2, Jan-Jun, 2013, pág. 261-281.
CÂNDIDO, Jéssica; SOUZA, Lindinalva Rocha. SÍNDROME DE BURNOUT: AS NOVAS FORMAS DE TRABALHO QUE ADOECEM. Psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento publicado em 28.01.2017.
JACQUES, Maria da Graça Corrêa. ABORDAGENS TEÓRICO-METODOLÓGICAS EM SAÚDE/DOENÇA MENTAL & TRABALHO. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Psicologia & Sociedade; 15 (1): 97-116; jan./jun.2003
DEJOURS, Christopher. A Loucura do Trabalho Estudo da Psicopatologia do Trabalho. São Paulo: Cortez, 1987, 5ª Edição. 
RAMOS, Adriana Alves. Fundadora da Rumo Gestão de Negócios, é formada em Economia, com Pós Graduação em Finanças pela FGV, MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC e planejadora financeira.  [Entrevista concedida a] Carla Ferreira Peixoto Dias. Rio de Janeiro, 12 de maio de 2020.
ALVES, Alex. Psicólogo, Especialista em Psicomotricidade Humana, Psicoterapia, Terapia Reichiana e Bioenergética e Consultoria Empresarial. CRP 05/17022
ANEXOS 
Anexo 1.
Relato de ex-funcionária da empresa em questão.
“Estive alocada na, (nome ocultado), durante 4 anos, na função de Secretária Administrativa. Quando ingressei na empresa recebi uma visão de uma das donas que trabalhar ali era um dos maiores privilégios que um funcionário poderia ter, e que aqueles que não concordavam com isso eram "ingratos e não gostavam de trabalhar". Com o passar dos meses pude identificar no sócio majoritário traços extremamente narcisistas que nos colocava num ciclo vicioso de manipulação, onde acreditávamos que deveríamos servi-lo para não sermos punidos. As punições ocorriam nos mínimos deslizes, muitas vezes ocasionados por longas jornadas de trabalho sem pausa para descanso. Éramos repreendidos verbalmente e com ameaças, e até com "tratamento de silêncio". Era um ambiente de trabalho extremamente tóxico onde todos os funcionários se sentiam desmotivados mas que não conseguiam se libertar pois eram condicionados a acreditar que eram insuficientes para algo melhor, ou mantidos no esquema de "se não está satisfeito peça as contas", o que deixava os funcionários inseguros quanto aos direitos rescisórios. Engravidei e tive que me afastar durante alguns meses por problemas de saúde. Em meu retorno, sofri diferentes tipos de represália, agressões verbais, coações e inclusive fui rebaixada de função. Meu chefe falava que "a culpa era minha por ele ter perdido milhõesde reais" e que iria descontar do meu salário, a culpa era minha de ter prejudicado a empresa dele, e que eu nem tive a consideração de me desculpar. Durante esse período, sofri uma carga de estresse muito grande me sentindo no limite da desmotivação, quando grávida de 8 meses me afastei. Entrei de licença e no meu retorno pedi para formalizarem o acordo que haviam me oferecido anteriormente onde me mandariam embora com a condição de que eu devolvesse parte das verbas rescisórias. Meu chefe começou novamente as represálias anulando o acordo na intenção de me fazer trabalhar nas piores condições possíveis até que eu pedisse demissão voluntariamente (fato esse confirmado a um funcionário de sua confiança). Somente consegui minha rescisão quando ingressei com um advogado na causa. Saí da empresa sendo taxada de ladra (pela revisão) e ingrata, dentre outros adjetivos depreciativos. Foi o pior ambiente de trabalho em que eu já estive inserida e levo fobias até hoje que desenvolvi por trabalhar nesse sistema.”
Clarisse Palomanes
Anexo 2.
Relato de colaboradora recém contratada.
A empresa em si me parece muito bem estruturada, tem a (nome ocultado) ajudando a melhorar os processos. Coisa que atualmente é muito bom. Já passei por uma empresa que foi feito este trabalho e que depois agregou valor à empresa como um todo.
Não sei se estou enganada, mas me parece que ainda não está bem definido as tarefas de cada um, inclusive na parte administrativa.
Vejo o (nome ocultado) sobrecarregado demais. E isso pode prejudicar os resultados que ele deve apresentar.
Penso que um empregado sobrecarregado demais acaba falhando em algum momento.
Em relação as minhas primeiras semanas, eu cheguei bastante empolgada porque já trabalhei em área administrativa/financeira, mas sei que isso muda de uma empresa pra outra ,cada uma tem o seu tipo de sistema, suas regras, então pra mim é normal ter que entender várias funções ao mesmo tempo
O que tem me deixado tensa é a questão de agendamento, cada um fala uma coisa e até agora não consegui focar nisso
Outra coisa que me deixou tensa foi a questão de ontem.
Levei um sermão por uma coisa que não tive culpa sem nem ao menos poder me explicar, fora isso estou tentando sugar o máximo de informações, de aprendizado
Mas confesso que a enxurrada de informações ao mesmo tempo tem me deixado exausta, quando dá 17h meu corpo parece que já está cansado.
E em casa sinto que chego bem irritada. Muito estressada.
Não sei se você percebeu, mas tenho umas manchas na pele tipo "pano branco", elas já me acompanham desde a infância e nos últimos anos TODOS os dermatologistas que me atenderam me disseram que o meu caso é ansiedade e estresse. Nessa última empresa que trabalhei passei por uma fase muito complicada e essas manchas se alastraram pelo meu corpo, inclusive ficam do tipo alto relevo, só que do ano passado pra cá elas melhoraram quase 80% época em que fiquei desempregada; ontem com todo aquele estresse em que por duas vezes fui chamada atenção de erros que não tive culpa eu cheguei em casa e ao olhar no espelho verifiquei que as manchas já começaram a dar "sinal de vida"
Eu até tirei uma foto ontem. Vou te mandar!”
Colaboradora Rosely
(Foto enviada via WhatsApp por Rosely)
Autorização:
[23:44, 21/07/2020] Carla Dias: posso usar a foto?
[23:44, 21/07/2020] Rosely: Pode
[23:44, 21/07/2020] Rosely: Sem problemas
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