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AVALIAÇÃO 2º BIMESTRE - DIREITO DO TRABALHO

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AVALIAÇÃO 2º BIMESTRE 
As questões devem ser respondidas em equipes de até 4 pessoas.
 Prazo – 30/11/2020. 
Protocolo: section_450683@acad.unidombosco.edu.br
ALUNAS: CAROLINE PEREIRA DOS SANTOS; FERNANDA COUTINHO E MARIA OLIVEIRA.
 01. Aroldo trabalha de garçom no Restaurante Graxa Grossa há dois anos. Desde sua admissão, a sua contraprestação mensal é composta por salário fixo, gorjetas (inclusive o rateio do 10% pago pelos clientes), ticket-refeição e vale-transporte. De acordo com a legislação trabalhista, identifique, de forma fundamentada, quais são as parcelas salarias (e quais são os reflexos) e indenizatórias percebidas por Aroldo.
Parcelas salariais e parcelas indenizatórias são duas espécies do gênero remuneração. Basicamente, o que define se um pagamento tem natureza salarial ou indenizatória é aquilo que dá causa a ele, ou seja, a finalidade à qual se destina aquele valor pago.
No caso de Aroldo, as parcelas salarias estão atreladas à prestação do serviço, como contraprestação em decorrência do contrato de trabalho, a indenização entende-se como o modo que o serviço é executado, seja por reparação em stricto sensu, compensação ou utilidade.
As verbas indenizatórias estão vinculadas à forma e às circunstâncias em que a atividade profissional é desenvolvida, de modo que se o empregado exercesse a função, por exemplo, em um ambiente diverso ou de outra forma, não as receberia.
Se por um lado as parcelas salariais visam satisfazer as necessidades do empregado e cumprir a contraprestação pactuada no contrato de trabalho, por outro, a indenização busca repará-lo de eventual dano, compensá-lo por alguma contribuição ou ação, bem como capacitá-lo de algum modo proceder ao seu trabalho.
Por isso é que sobre as parcelas do salário recaem tributos, como INSS, FGTS, 13º salário, horas extras, férias, adicional de insalubridade ou de periculosidade, descanso semanal remunerado, comissões, gratificações, entre outras, enquanto sobre as indenizações não incidem. São verbas indenizatórias o pagamento de hospedagem, de vestuário, de combustível, do seguro de vida e acidentes, entre outros.
Há algumas verbas remuneratórias que podem ter tanto natureza salarial quanto indenizatória, como a “alimentação indenizatória”, se fornecida pelo Plano de Alimentação do Trabalhador ou se ofertada pela empresa e descontada do empregado, e “transporte indenizatório”, quando concedido vale-transporte mediante desconto de 6% do salário do empregado. 
02. Carlos, como Gerente de Setor, recebeu um comunicado da empresa determinando sua transferência para a unidade de Cambé/PR. No comunicado constava que a empresa pagaria apenas o transporte de ida e volta. O trabalho em tal localidade duraria cerca de 6 meses e seriam mantidos o mesmo salário e a mesma composição remuneratória que ele recebia em Curitiba/PR, local da admissão. A mudança deveria ocorrer em 15 dias. Carlos procura você, como advogado(a), para uma consulta. Observando o texto da CLT e a atual jurisprudência, Carlos faz jus ao adicional de transferência? Responda de maneira fundamentada.
O adicional de transferência deve ser pago a Carlos, por contra da transferência para outro local de trabalho de forma temporária, tendo por objetivo ajudar o trabalhador a se manter enquanto estiver longe de sua região originária de domicílio. Esse adicional tem por objetivo não prejudicar Carlos, que terá que deixar a cidade em que reside para então passar a atuar em outra região por um período determinado.
O percentual devido pelo empregador para Carlos é de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor total do salário enquanto durar a transferência (artigo 469, §3º da CLT) e conforme a jurisprudência:
Tribunal Superior do Trabalho TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA : Ag-AIRR 481-51.2011.5.09.0567
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA DEVIDO. SUCESSIVIDADE CONFIGURADA.
03. Matheus trabalhou para a sociedade empresarial YZ LTDA. de 05/03/2015 a 05/11/2020. Acontece, no entanto, que durante todo o interregno contratual, Matheus prestava serviços, também – e durante a mesma jornada de trabalho-, à sociedade empresarial XZ LTDA., cujos sócios eram distintos. Considerando que ambas as empresas estavam situadas em idêntica localidade, sob o mesmo endereço, responda:
 a) É necessário o registro em CTPS do contrato de trabalho firmado com XZ LTDA.?
A situação acima, se encaixa em “grupo econômico” e segundo a sumula 129 do TST “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”. Ou seja, Matheus só precisa do contrato de trabalho com uma das empresas.
b) Quem responderá por eventuais créditos trabalhistas devidos ao Matheus?
Segundo artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego”. Então as empresas responderão solidariamente a eventuais créditos trabalhistas devidos ao Matheus.
04. Juka Tigre é empregado da empresa BIGODEGROÇO LTDA. há mais de 10 anos. Acontece, contudo, que tal empresa, buscando reduzir os encargos provenientes da relação empregatícia, determinou ao Juka a formalização de novo contrato de trabalho. Para tanto, a BIGODEGROÇO rescindiu a relação de emprego e abriu uma empresa em nome de Juka, de modo a possibilitar que as partes firmassem um contrato empresarial. Isto posto, responda:
a) a “nova” modalidade de trabalho se consubstancia em Terceirização?
Não se considera empregado terceirizado. Entre um profissional PJ e um terceirizado a principal diferença é o regime jurídico de contratação. O que faz toda a diferença no que diz respeito à remuneração e aos direitos trabalhistas. O PJ não é regido pelas normas do CLT, já o terceirizado geralmente, é regido por uma empresa que presta serviço e a CLT que rege a relação de trabalho.
b) haveria algum impeditivo legal para que as partes firmassem um contrato de terceirização?
A última lei da terceirização não revogou nenhum dispositivo da CLT, de forma que permanecem vigentes todos os pressupostos de verificação da existência de vínculo empregatício: a subordinação, a habitualidade, a pessoalidade, a dependência e a onerosidade. Portanto, se o trabalhador presta serviços com a presença de todos esses elementos, ele deve ser contratado como empregado no regime CLT, não sendo lícita a contratação em outras modalidades, como PJ, autônomo ou MEI.
05. Sobre terceirização, responda: 
a) Formule uma estrutura piramidal que represente o contrato de terceirização, indicado os sujeitos e a modalidade jurídica das relações contratuais.
b) Descreva quais são as regras legais para a prestadora de serviços figurar no contrato de terceirização?
A nova lei trouxe alguns requisitos para que a empresa prestadora de serviços figure no contrato de terceirização. Ela deve possuir obrigatoriamente inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); Registro na Junta Comercial; não ter sócios ou titulares da Empresa Prestadora de Serviço prestando serviços á Empresa Tomadora como empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício nos últimos 18 meses; não ter empregados demitidos nos últimos 18 messes da empresa contratante no quadro de empregados da Empresa Tomadora de serviços realizando atividade em favor da Contratante; possuir autorização e qualificação para exercer a atividade proposta; firmar contrato escrito de prestação de serviços; e possuir capital social compatível com o número de empregados, observando-se alguns parâmetros.
· Empresas com até dez empregados – capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
· Empresascom mais de dez e até 20 empregados – capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
· Empresas com mais de 20 e até 50 empregados – capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais);
· Empresas com mais de 50 e até 100 empregados – capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais);
· Empresas com mais de 100 empregados – capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
c) Para validade da terceirização, quais são as informações que devem constar no contrato?
Logo no início do contrato de prestação de serviço, é indispensável informar os dados de identificação do contratante e do contratado. Caso as partes sejam pessoa física ou pessoa jurídica, os dados a serem discriminados são parecidos, porém não iguais. Veja abaixo quais são eles:
Pessoas físicas:
· Nome completo;
· Nacionalidade;
· Estado civil;
· Profissão;
· Número do RG;
· Número do CPF;
· Endereço de residência
Pessoas jurídicas:
· Razão social;
· Número do CNPJ;
· Endereço de sede;
· Dados do representante legal da empresa.
Todas as informações citadas acima devem constar no contrato e devem ser descritas em campos separados, um item servindo para informar dados do contratante; e o outro, do contratado.
2. Objeto do contrato de prestação de serviço
Nesse ponto do contrato, deve constar o resumo do trabalho que será prestado pela empresa ou pessoa física contratada para prestar os serviços sob a forma de terceirização. Entretanto, o seu detalhamento deve ser feito em outra cláusula do contrato.
3. Obrigações da contratada e do contratante
Ambas as partes terão obrigações a cumprir para que o trabalho seja desempenhado corretamente. 
Obrigações do contratante
Existem diversas obrigações dos contratantes que devem estar descritas no contrato da maneira mais objetiva possível, e entre elas estão:
· Condições referentes ao pagamento das prestações;
· Descrição do espaço físico que será oferecido para realização dos trabalhos;
· Discriminação dos equipamentos e dos materiais que serão disponibilizados.
Obrigações do contratado
· Dados referentes ao serviço que será utilizado;
· Quantos funcionários serão enviados para prestar o serviço nas dependências da empresa contratante ou de seus clientes;
· Quais são os materiais oferecidos para a realização do serviço.
4. Prazos de execução
Os serviços a serem prestados pela empresa contratada fornecendo mão de obra terceirizada que são permitidos no Brasil estão descritos na Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho. Podem ser terceirizados os serviços de vigilância, limpeza e conservação e ainda os especializados ligados à atividade-meio do tomador.
Caso seja uma empresa que presta serviços de limpeza, portaria e recepção, os trabalhos terão um prazo para serem executados. As datas e os horários em que devem ser realizados precisam constar no contrato.
5. Condições de pagamento exigidas
Nessa parte do contrato de prestação de serviço, devem ser descritas todas as condições de pagamento. Veja a seguir:
· Valores a serem pagos;
· A forma de pagamento — que poderá ser em dinheiro, cheque, cartão de crédito ou depósito bancário;
· Prazo de pagamento.
6. Serviços a serem prestados
Nesse item do contrato, são informados todos os serviços a serem prestados de modo mais detalhado. E mesmo que eles devam ser executados em várias etapas, todas as atividades deverão estar devidamente discriminadas no documento.
Ainda podem ser adicionados outros dados especificando que os serviços devem ser feitos com a utilização das melhores técnicas para que se atinjam os melhores resultados.
Também deve constar a informação de que a responsabilidade não pode ser transferida para terceiros, caso esta seja uma das exigências a serem cumpridas.
A contratada deve assumir total responsabilidade pela omissão ou ato de seus empregados que tenha causado danos de qualquer natureza ao contratante.
7. Dados referentes à rescisão do contrato de prestação de serviço
Os dados referentes à rescisão de contrato são fundamentais e devem ser informados de forma clara no documento. É nessa parte que são descritas as penalidades, como as multas a serem aplicadas em caso de rescisão contratual, o prazo para o rompimento das obrigações e a data mínima de aviso prévio.
8. Dados do foro no qual serão realizadas possíveis audiências
As partes podem eleger o foro onde um possível litígio será resolvido, pois isso é permitido por lei. Normalmente, é escolhido o local mais próximo e mais viável para as duas partes.
Após estar ciente de todos os pontos que merecem atenção em um contrato de prestação de serviços, é importante saber quais são os profissionais indicados para auxiliá-lo na avaliação das condições contratuais. Veja abaixo uma relação de pessoas capacitadas para isso!
9. Pessoas capacitadas para redigir e avaliar contratos
As pessoas mais indicadas são:
· Advogados experientes — podem redigir e também avaliar o seu contrato;
· Contadores — poderá auxiliá-lo tanto na confecção como na compreensão do seu instrumento contratual.
O ideal é que a elaboração do seu contrato seja feita com as características específicas para cada caso. Muitas pessoas utilizam modelos de contrato de prestação de serviço disponibilizados na internet, mas essa técnica não é indicada.
O custo para fazer o documento pode até parecer um pouco elevado, mas os riscos que a empresa vai correr serão bem menores após esse investimento.
Enfim, elaborar ou avaliar as cláusulas de um contrato de prestação de serviço não é uma tarefa que pode ser feita de qualquer jeito ou por qualquer pessoa. Portanto, antes de assinar um desses documentos, verifique todas as informações presentes no instrumento contratual.
Caso ainda tenha dúvidas com relação a esse assunto, contrate os serviços de um advogado especializado na confecção dos contratos de prestação de serviços.
10. Respeite a lei de terceirização
A Lei nº 13.429/2017 também é importante para o contrato de terceirização de serviço. Ela traz algumas alterações recentes a respeito desse tipo de trabalho e precisa ser respeitada para que contratante e empregado não sejam prejudicados.
Prazo de vigência do contrato
Em primeiro lugar, é fundamental ter ciência de que o prazo de vigência do contrato terceirizado passou por mudanças. Agora, ele não pode exceder 180 consecutivos, mas pode ser prorrogado por mais 90 dias se for possível comprovar a necessidade.
Atividades-meio e atividades-fim
Depois, é importante se atentar para que as atividades-meio e fim do trabalhador tenham funções esclarecidas. Antes, ele poderia atuar somente em atividades-fim, mas agora é liberado para que atue nas duas.
Responsabilidades do tomador de serviço
Por fim, mas igualmente essencial para se atentar, é a responsabilidade daquele que ficará diante da autoridade fiscalizadora. A empresa é quem deve garantir total segurança, higiene e apoio geral para seus funcionários temporários, inclusive no que diz respeito a disponibilizar atendimento médico e alimentação.
d) Diferencie responsabilidade solidária da responsabilidade subsidiária.
Na área do Direito do Trabalho, a legislação trabalhista utiliza-se das responsabilidades solidária e subsidiária para possibilitar a cobrança de direitos trabalhistas e também, para evitar fraudes.
Inicialmente, é necessário diferenciar esses dois institutos que podem ser confundidos tanto pelos seus efeitos como quanto a suas características.
 
· Responsabilidade Solidária
A responsabilidade é solidária quando em uma mesma obrigação houver mais de um responsável pelo seu cumprimento.
Assim, o credor poderá exigir o cumprimento da responsabilidade de ambos os devedores ou de apenas um deles, cabendo àquele que cumprir a obrigação o direito de regresso contra o devedor solidário, se assim for o caso.
A responsabilidade solidária das empresas decorria do art. 2º da CLT em seu § 2º na qual então previa, antes da reforma trabalhista:
“Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra,constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”
O referido artigo foi alterado com a reforma trabalhista, alterando e criando aspectos controversos quanto ao entendimento, especialmente sobre o grupo econômico.
· Responsabilidade Subsidiária
A responsabilidade subsidiária ocorre quando o devedor principal não consegue cumprir devidamente todas as obrigações.
Com a Lei da Terceirização, a empresa que contrata os serviços de uma terceirizada fica responsável subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas.
Como por exemplo, quando uma empresa terceirizada não faz o pagamento dos serviços prestados por um profissional, ou dos demais créditos trabalhistas, o tomador de serviços, que é o beneficiário da mão de obra, deve assumir a responsabilidade.
A responsabilidade subsidiária está preceituada na Súmula 331, IV, do TST. A referida responsabilidade foi criada justamente para quando empresas que mesmo tendo sido beneficiada pelos serviços prestados pelo empregado da empresa contratada, não era culpada pelos créditos trabalhista não adimplidos, ainda que comprovados no processo trabalhista, e assim, não eram atingidas pela relação preceituada no § 2º do art. 2º da CLT.
Quando se tem uma relação entre as empresas por meio de um empregado, tal relação pode ocorrer através de contrato de trabalho temporário ou também de uma terceirização, na qual o empregado é contratado da empresa prestadora de serviços.
Diferentemente da responsabilidade solidária, na responsabilidade subsidiária a obrigação não é compartilhada entre dois ou mais devedores. Há apenas um devedor principal; contudo, na hipótese do não cumprimento da obrigação por parte deste, a empresa tomadora dos serviços responderá subsidiariamente pela obrigação.
A responsabilidade subsidiária, no Direito do Trabalho é comum na terceirização da mão-de-obra, situação em que a empresa tomadora de serviços contrata o serviço terceirizado, e então responde subsidiariamente pelas obrigações não cumpridas pela empresa responsável pela contratação do empregado.
Ou seja, tal responsabilidade se justifica, pois apesar de não ser a contratante direta do prestador de serviços, a empresa que se utiliza da terceirização se beneficia da mão-de-obra do trabalhador terceirizado, devendo então arcar com os riscos de sua atividade.
DISTINÇÃO ENTRE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E SUBSIDIÁRIA
Segundo Eduardo Frade (2018):
“A responsabilidade solidária é aquela em que o credor, ele pode exigir de um ou de todos os devedores ao mesmo tempo a completude da obrigação devida, do débito devido. A responsabilidade subsidiária é aquela que o ordenamento jurídico impõe ao credor o respeito ao benefício de ordem dos devedores. Então, primeiro o credor ele tem que direcionar o processo em desfavor a uma determinada pessoa e somente quando exaurido todos os meios legais o comando da execução vai ser direcionado ao segundo responsável que, no caso, é o responsável subsidiário. A principal diferença existente entre a responsabilidade solidária e a subsidiária é justamente a questão do benefício de ordem quanto ao cumprimento da obrigação.”
Ou seja, conforme já mencionado acima, na responsabilidade subsidiária a obrigação não é compartilhada entre dois ou mais devedores, isto é, há apenas um devedor principal, mas, na hipótese do não cumprimento da obrigação por parte deste, o outro terceiro responderá subsidiariamente pela obrigação, enquanto que na responsabilidade solidária, todos os devedores responderão igualmente pela obrigação devida ou reconhecida.

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