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Universidade Estácio de Sá Campus: Centro I – Presidente Vargas Disciplina: Intervenção do Estado no Domínio Econômico Aluno: Weber Larcher Pimenta Prof.ª : Luciana Mattos A relação Estado e Sociedade vêm sendo construída com a história da própria humanidade. É o resultado dos conflitos, dos interesses, das interações. Tratar dessa relação é falar sobre o poder e a vida gregária, como se organizar e como assegurar a sobrevivência da espécie humana em nossa casa, a Terra, garantindo a um maior número de pessoas o acesso aos recursos básicos que lhes possibilitem viver com dignidade. Uma breve retrospectiva da relação dialética Estado e Sociedade mostra-nos como ela moldou a história da humanidade: explodimos bombas atômicas, produzimos guerras mundiais, declaramos que todos os humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos; criamos doenças e inventamos vacinas; geramos o efeito estufa, comprometemos a biosfera, lutamos contra as mudanças do clima; somos fundamentalistas, praticamos a tolerância; concentramos renda, lutamos contra as injustiças sociais. O termo sociedade pode ser definido como um conjunto de pessoas que vive em certa faixa de tempo e de espaço, segundo normas comuns e que são unidas pelas necessidades de grupo. É, na verdade, uma entidade autônoma que emerge da experiência da vida coletiva e possui características próprias que transcendem aos indivíduos que pertençam a ela. O Estado teria surgido da necessidade de se estabelecer um acordo entre os indivíduos que viviam em comunidade, com o objetivo de dirimir os conflitos que porventura se apresentavam. Desde a Antiguidade os grupos sociais se organizam para atender as demandas de seus membros. No Egito, na Pérsia, entre os hebreus, gregos, romanos, chineses e hindus, o Estado foi construído como opção de organização social. Na Idade Média, a organização da sociedade se dava de forma descentralizada, o poder era dividido entre os donos das maiores terras, os senhores feudais. A base da economia no período era a posse da terra e o desenvolvimento de atividades inerentes a ela. Com o advento da modernidade, surge o Estado Absolutista com um novo modelo. Há uma centralização de poder político e administrativo. Estimula-se uma unificação de fronteiras, língua, cultura, economia e poderio militar; formula-se o Estado, que tem como premissa a ordenação estável e permanente de seus membros. A nação é anterior ao Estado, é a sua substância humana, é uma realidade sociológica, é um conceito de ordem subjetiva. Várias nações podem se reunir em um só Estado, assim como uma só nação pode se dividir em diversos Estados. A tripartição dos três poderes do Estado são eventualmente chamados de: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. O Poder Legislativo é o encarregado de exercer a função legislativa do estado, que consiste em regular as relações dos indivíduos entre si e com o próprio Estado, mediante a elaboração de leis. No Brasil, o Poder Legislativo é organizado em um sistema bicameral e exercido pelo Congresso Nacional que é composto pela Câmara dos Deputados, como representante do povo, e pelo Senado Federal, representante das Unidades da Federação. Esse modelo bicameral confere às duas Casas autonomia, poderes, prerrogativas e imunidades referentes à sua organização e funcionamento em relação ao exercício de suas funções. As funções típicas do Poder Legislativo são legislar e fiscalizar. no desempenho da função legislativa, cabe obedecer as regras constitucionais do processo legislativo, elaborar normas jurídicas gerais e abstratas, com função fiscalizadora, cabendo ao Congresso Nacional realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo. Já o Poder Executivo é exercido, no sistema presidencialista, pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado. A função executiva, por sua vez, é tradicionalmente dividida em função de governo atribuições política, e função administrativa, com três objetivos distintos: intervenção, fomento e prestação de serviço público. Sua tarefa é administrar, compreendendo não só a função do governo, relacionada ás atribuições políticas e de decisão, mas também a função meramente administrativa, pela qual são desempenhadas as atividades de intervenção, fomento e serviço público. Em Poder Judiciário, entendo que ele atua, no âmbito do Estado democrático, aplicando a lei a casos concretos, para assegurar a soberania da justiça e a realização dos direitos individuais nas relações sociais. caracteriza que Poder Judiciário, além de aplicar as leis aos casos concretos, legisla quando elabora seus regimentos internos, e administra, dispondo sobre férias, licenças e afastamentos de seus servidores, entre outras hipóteses, gerando assim que a organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários órgãos que o integram no âmbito estadual e federal. À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da Justiça Federal comum ou especializadas. A Justiça Federal comum é aquela composta pelos tribunais e juízes federais, responsável pelo julgamento de ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas; e a especializada, aquela composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar. São órgãos do Poder Judiciários: STF (Supremo Tribunal Federal); STF (Superior Tribunal de Justiça); Tribunais Regionais (TRF, TRT e TRE); Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e de Alçada e Juízos de primeira instância. A intervenção do Estado no domínio econômico não é um fenômeno recente na história da humanidade. Desde o mercantilismo o Estado já atuava na esfera econômica, na medida em que determinava as regras de importação e exportação, os impostos incidentes sobre as atividades produtivas internas, etc. O incremento do comércio contribuiu para a Revolução Industrial, que trouxe consigo uma nova classe, a burguesia, que detinha o poder econômico, mas não o político, centralizado nas mãos do rei. Surge, assim, o Estado liberal, anunciado pela Revolução Francesa de 1789, em oposição ao Estado mercantilista regulador absolutista, o qual propunha uma abstenção do Estado em matéria econômica, valendo-se das premissas básicas da liberdade de iniciativa e concorrência, primazia da propriedade privada e garantia dos https://jus.com.br/tudo/propriedade direitos individuais do homem. De acordo com a concepção liberal, as necessidades dos homens ditariam o comportamento do mercado, estabelecendo o que, como e para quem produzir, além dos preços dos bens e serviços, a distribuição das riquezas e o consumo. Evidentemente, os ideais vislumbrados pelo Estado liberal não foram concretizados, dada a concorrência imperfeita entre agentes econômicos tão desiguais, o que gerou monopólios, oligopólios, cartéis, trustes, dumpings e outras formas arriscadas de configuração de uma ditadura do poder econômico. Consequentemente, muitas empresas faliram, levando ao aumento do desemprego e a insatisfações políticas que deixaram o modelo vulnerável a transformações. Outro fato que contribuiu para motivar a mudança do modelo vigente, sugerindo a intervenção do Estado no domínio econômico, foi à exploração sofrida pelos trabalhadores nas fábricas, os quais eram maltratados e desprovidos de quaisquer direitos. As insatisfações e revoltas geradas pelo modelo liberal, que não cumpriu as premissas básicas que o davam forma, levaram alguns povos à criação de um novo tipo de Estado, o socialista, inspirado nas obras de Karl Marx, Friedrich Engels e outros. Segundo as concepções desse modelo, o Estado deveria ser o grande proprietário dos meios de produção e comandante supremo da vida econômica, a fimde que não houvesse mais classes sociais, exploração humana pelo capital, mais-valia e propriedade privada. Com o advento das duas Grandes Guerras e da Guerra Fria, o Direito Econômico foi confundido com o Direito de Guerra, prevalecendo, em tal época, o dirigismo econômico, retratando pelas intervenções econômicas realizadas pelos regimes fascista e nazista da Itália e Alemanha, os planos quinquenais soviéticos e o New Deal americano. O Estado Social, construído após a Segunda Guerra Mundial para salvar o capitalismo e minimizar suas chagas sociais, entra em crise nos últimos 30 anos do século XX, basicamente em razão das crises mundiais do petróleo na década de 70, e do fim da Guerra Fria, na década de 90, fenômenos estes que contribuíram com a globalização. Classifica-se a intervenção do Estado no domínio econômico em direta, indireta e mista. https://jus.com.br/tudo/desemprego A intervenção direta é realizada quando o Estado cria as chamadas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) para atuarem no domínio econômico, como agentes, concorrendo com os particulares ou detendo o monopólio; ou, ainda, quando o Estado cria as agências reguladoras para regularem e fiscalizarem serviços e atividades econômicas. Essa modalidade de intervenção pode ser também denominada Direito Institucional Econômico. A intervenção indireta, por sua vez, ocorre quando o Estado age na vida econômica por intermédio de normas jurídicas, regulando a atividade econômica mediante exercício de suas funções de fiscalização, incentivo e planejamento. Finalmente, a intervenção mista ocorre quando o Estado cria normas para regulamentar as medidas de política econômica de algum setor e, paralelamente, cria empresas estatais, que podem atuar em regime de monopólio, ou não. O conceito de custo de oportunidade na economia Na economia, o custo de oportunidade é explicado pelo conflito de escolha que um agente econômico tem em um cenário de escassez, isto é, quando não se pode ter, ao mesmo tempo, os objetos da escolha. Por este conceito é explicado que todos os agentes na economia realizam escolhas que possibilitem o melhor benefício, em troca de um menor custo. Com isso, o custo de oportunidade é também conhecido como custo econômico, por se tratar de uma oportunidade que deixa de ser utilizada. O conflito de escolha é conhecido como trade-off, que se traduz em uma situação de escolha quando se ganha uma coisa e se perde outra, sendo aquilo que se perde, o custo de oportunidade. Exemplos de custos de oportunidade Os custos de oportunidade podem ser exemplificados para qualquer situação em que existe um trade-off: https://jus.com.br/tudo/sociedades https://jus.com.br/tudo/agencias-reguladoras • Se uma empresa realizar uma reforma, deixa de comprar equipamentos ou maquinários novos para sua linha de produção; • Quando compramos uma TV nova, deixamos de comprar um instrumento musical; • Ao governo, o custo de oportunidade em expandir o programa de defesa é também o valor que deixa de se investir em hospitais; • O custo de oportunidade do trabalho pode ser considerado como o benefício em se ter o tempo livre; • Em um investimento, o custo de oportunidade é medido pelo valor que retornam outros investimentos que seria possível fazer com o mesmo montante. O que caracteriza um sistema econômico é a forma como se dá a produção e distribuição de bens e serviços. Os seres humanos não são autossuficientes, eles precisam produzir uma série de coisas para satisfazer suas necessidades, desde abrigo, alimento até transporte e comunicação. Cada sociedade, em virtude de uma série de condições, encontra uma maneira alternativa de definir quem irá produzir, como irá produzir e como será distribuída os bens resultantes desse processo. Imagine uma sociedade simples, uma pequena comunidade isolada em algum lugar distante. Nessa sociedade, ainda não foi inventada a agricultura, portanto seus membros sobrevivem da caça e da coleta. Esses dois trabalhos essenciais são distribuídos entre homens e mulheres: os primeiros são responsáveis pela caça e as últimas pela coleta de alimentos. Já os afazeres domésticos (cozimento, cuidado dos filhos) é compartilhado por ambos. Todas as pessoas capazes de realizar essas tarefas devem trabalhar. Apenas crianças e idosos são excluídos dessas tarefas. De maneira geral, é dessa forma que é realizada a produção nessa sociedade. Por outro lado, a distribuição daquilo que foi caçado ou coletado segue uma regra básica, a necessidade da pessoa. Não é possível a uma pessoa particular acumular os produtos da caça e da pesca. Eles são distribuídos conforme a necessidade dos indivíduos da comunidade ou, caso não sejam suficientes para atender a necessidade de todos, de maneira igualitária, de modo que não existem pessoas numa situação de miséria, por exemplo, enquanto outras têm abundância. Nessa sociedade imaginária, podemos dizer que há um sistema econômico. Trata-se da forma como os bens necessários para a sobrevivência do grupo de pessoas é produzido e distribuído. Nesse caso, o processo é relativamente simples. Há poucas regras. Atualmente, os sistemas econômicos são mais complexos. De qualquer forma, o que os define ainda é a forma como bens e serviços são produzidos e distribuídos para a população. Comumente, se fala em capitalismo, socialismo e economias mistas para se referir aos sistemas econômicos da atualidade. Referencias: https://conteudojuridico.com.br - O estado o papel de suas funções e de seus três poderes (2012); https://dicionariofinanceiro.com/custo-de-oportunidade; http://glorinha.rs.gov.br - EstadoeSociedade.pdf Relação estado e sociedade (2017). https://www.dicionariofinanceiro.com/custo-de-oportunidade/ http://glorinha.rs.gov.br/ O conceito de custo de oportunidade na economia Na economia, o custo de oportunidade é explicado pelo conflito de escolha que um agente econômico tem em um cenário de escassez, isto é, quando não se pode ter, ao mesmo tempo, os objetos da escolha. Exemplos de custos de oportunidade
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