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P R O JE TO D E V ID A MANUAL DO PROFESSOR Gabriel Medina Maria Clara Wasserman PROJETO DE VIDA ENSINO MÉDIO CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O 0 0 5 5 P 2 15 0 9 PNLD 2021 MA TE RI AL D E D IV UL GA ÇÃ O. VE RS ÃO SU BM ET ID A À AV AL IAÇ ÃO . 2 900002 062083 2 0 6 2 0 8 ISBN 978-85-418-2746-1 M A N U A L D O P R O FE SS O R INT_VIDA_LP_PNLD21_CAPA_DIVULGA.indd 2 30/10/20 17:35 Gabriel Medina Psicólogo pela Universidade São Marcos (USM/SP). Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Analista de projetos educativos em fundação do terceiro setor. Coordenador Municipal de Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) da Prefeitura de São Paulo. Secretário Nacional de Juventude do Governo Federal da Secretaria de Governo da Presidência da República. Presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Maria Clara Wasserman Licenciada e Mestra em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em História da Música pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Professora da rede pública e da rede particular. Professora, pesquisadora e coordenadora de organizações não governamentais. Autora de obras didáticas e paradidáticas. São Paulo, 1ª edição, 2020 ENSINO MÉDIO PROJETO DE VIDA MANUAL DO PROFESSOR VIDA_JP_LP_PNLD21_FRONTIS.indd 1 2/20/20 1:56 PM Jovem Protagonista Projeto de Vida © SM Educação Todos os direitos reservados Direção editorial M. Esther Nejm Gerência editorial Cláudia Carvalho Neves Gerência de design e produção André Monteiro Edição executiva Valéria Vaz Edição: Gabriel Careta, Thais Ogassawara (Triolet) Produção editorial Triolet Editorial & Publicações Coordenação de design Gilciane Munhoz Design: Andréa Dellamagna Coordenação de arte Ulisses Pires, Daniela Fogaça Salvador (Triolet) Editores de arte: Igor Aoki (Triolet), Julia Nakano (Triolet) Preparação e revisão de texto Alexander Barutti, Ana Paula Chabaribery, Celia da Silva Carvalho, Érika Finati, Gloria Nancy Gomes da Cunha, Helaine Naira Albuquerque Barboza, Lara Milani, Marcia Rodrigues Nunes, Marise Leal, Miriam dos Santos, Patrícia Cordeiro, Renata Tavares, Simone Garcia Coordenação de iconografia Josiane Laurentino, Daniela Baraúna (Triolet) Capa Gilciane Munhoz Ilustração de capa: Estúdio Barca Projeto gráfico Megalo Identidade, Comunicação e Design, Andreza Moreira (Manual do Professor) Fabricação Alexander Maeda Impressão SM Educação Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 atendimento@grupo-sm.com www.grupo-sm.com/br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Medina, Gabriel Jovem protagonista : projeto de vida : ensino médio / Gabriel Medina, Maria Clara Wasserman. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2020. ISBN 978-85-418-2741-6 (aluno) ISBN 978-85-418-2746-1 (professor) 1. Autoconhecimento 2. Educação — Finalidades e objetivos 3. Empreendedorismo (Ensino médio) 4. Ensino médio — Programas de atividades 5. Identidade social 6. Projeto de vida — protagonismo juvenil e perspectivas I. Wasserman, Maria Clara. II. Título. 20-33002 CDD-373 Índices para catálogo sistemático: 1. Projeto de vida : Protagonismo juvenil : Ensino médio 373 Iolanda Rodrigues Biode — Bibliotecária — CRB-8/10014 1a edição, 2020 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. JP_PROJ_VIDA_PNLD21_INICIAIS_002_LA.indd 2 07/02/20 09:58 Apresentação Cara aluna, caro aluno, A experiência de vivenciar o Ensino Médio é desafiadora. Ao mesmo tempo em que você está concluindo a última etapa da Educação Básica, também é cobrado(a) a definir o que fará no futuro, o que estudará, qual profissão escolherá, como colaborará com a comunidade e a sociedade, etc. Este livro tem o objetivo de auxiliar você em uma série de descobertas relacionadas ao seu planejamento para o futuro. Esperamos que ele o(a) ajude a se conhecer melhor, explorar suas competências e habilidades, refletir sobre formas de exercer um papel ativo na sociedade e realizar suas escolhas de forma crítica e responsável. Portanto, você e seus colegas serão convidados a refletir, por meio de textos, imagens, atividades e vivências diversas, sobre a construção de seus projetos de vida. Essas reflexões contribuirão para o aprofundamento de seu autoconhecimento, para expansão e para a exploração de suas poten- cialidades e relações e para o planejamento de seu futuro. O projeto de vida é um eixo que integra todas as áreas de conhecimento e suas experiências dentro e fora da escola. Dessa maneira, você será capaz de, no presente, planejar o seu futuro, aproveitando as oportunidades e fazendo a diferença! Os autores 3 (003_007)SM_PROJ_VIDA_INICIAIS.indd 3 10/02/20 09:25 Saiba mais Apresenta informações complementares sobre os conteúdos abordados na página. Outras vozes Traz textos de diferentes autores que complementam ou apresentam uma outra visão sobre o assunto em discussão. O texto é acompanhado de questões reflexivas. Abertura do módulo Este livro é dividido em três módulos. Cada um deles aborda um aspecto relacionado à construção de seu projeto de vida. A abertura de cada módulo traz uma reflexão inicial acerca do tema que será desenvolvido. Abertura do capítulo Na abertura do capítulo, são apresentados os objetivos e as justificativas para o trabalho que será desenvolvido. A reflexão se inicia por meio de uma pergunta disparadora. Meu reflexo CAPÍTULO 1 Meu reflexo Jovem Pataxó fazendo pintura corporal. Aldeia Jaqueira, Porto Seguro, Bahia, 2019. Objetivos Refletir sobre sua identidade e a importância do autoconhecimento. Discutir os conceitos de autonomia, autoestima e protagonismo, identificando aspectos da sua vida nos quais esses conceitos se fazem presentes. Justificativa As reflexões e discussões propostas neste capítulo contribuem para a investigação de si mesmo, introduzindo o trabalho de autoconhecimento enquanto ponto de partida para a construção de seu projeto de vida. C h ic o F er re ir a/ Pu ls ar Im ag en s Quem sou eu? Com certeza você já se olhou no espelho. O que você enxerga no reflexo? Quem é a pessoa ali refletida? Alguma vez você já se perguntou: quem sou eu? Se você nunca fez isso, imagine que está se olhando agora no espelho e tente responder a essa pergunta. Que respostas vêm à sua mente? Seu nome? Sua idade? Seus gostos pessoais? Seu local de nascimento? A língua que você fala? Sua família? Suas memórias? Ou a soma de tudo isso? Vamos inves- tigar essa questão ao longo deste capítulo. 10 Não escreva no livro. (008_017)SM_VIDA_MOD1_CAP1_LA.indd 10 07/02/20 16:33 Ágora Assim como nas antigas ágoras gregas (local de reuniões entre cidadãos), este boxe traz temas importantes para serem discutidos pelos alunos. Glossário Traz o significado de palavras e expressões destacadas no texto que talvez você não conheça. Fique ligado! Traz indicações de filmes, livros e sites que ampliam as discussões propostas no módulo. Fonte de pesquisa: LEMOS, Daniel Nepomuceno. A utilização do coaching como metodologia de desenvolvimento de competências empreendedoras: um estudo de caso. 2017. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/ 123456789/4475/1/DNL10072018.pdf. Acesso em: 6 fev. 2020. Roda da vida. Meu futuro A roda da vida é uma forma de avaliar aspectos da sua existência em diferentes dimensões, no presente. Agora, junto aos colegas, reflitam sobre o que cada um deseja para seufuturo: 1 Que pessoa quero ser? 2 Que sociedade desejo construir? 3 Como posso alcançar esses objetivos? Ágora Para pensar, sentir e agir Em que momentos da minha vida eu me sinto com mais autono- mia e autoestima e, consequentemente, exerço maior protago- nismo? Vamos pensar sobre esses três conceitos? Para refletir sobre isso, pinte a roda da vida que está no final desta página de acordo com as orientações a seguir. Faça a atividade da forma mais sincera possível. Você não precisa mostrá-la a ninguém! Esse será seu momento de reflexão. Vamos lá? Orientações A Com um compasso, desenhe o círculo da roda da vida em uma folha de papel sulfite A4. B Trace os campos em que a roda da vida é dividida com uma régua de 30 cm e um lápis preto; depois, preencha-os com os dizeres e as numerações que estão na roda. C Reflita sobre cada tema que é indicado na roda e se você exerce ou não uma atitude protagonista em relação a ele. D Pinte cada campo de acordo com a nota, de um a dez, que você der a cada um. E Após colorir toda a roda da vida, observe se há ou não equilíbrio entre as notas pintadas dos campos; avalie se há campos que precisam de maior atenção e empenho e se existem outros com notas satisfatórias para você. F Trace planos e metas para atingir equilíbrio entre os campos de sua vida. G Lembre-se de prever quais poderão ser os obstáculos para alcançar essas metas. Será necessário planejamento e resiliên- cia para que você possa superá-los. A di ls on S ec o Saúde e Realização e Equilíbrio disposição propósito em ocional Ple nit ud e e fe lici da de Des en vo lvi me nt o Família Vi da so cia l La ze r Espi ritualid ade am oro so Desenvolvim ento Rendimento Contribuição intelectual acadêmico social 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10987654321 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 109 87 65 43 21 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Pessoal Qu ali da de de vid a Rel aci on am en to s Escolar 13Não escreva no livro. (008_017)SM_VIDA_MOD1_CAP1_LA.indd 13 07/02/20 16:34 Adolescência De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período dos 12 aos 18 anos de idade compreende a adolescência. A criação do ECA, promulgado em 1990, foi uma importante conquista da sociedade brasileira em relação ao reconhecimento dos direitos à vida, à saúde, à educação, à cultura e ao esporte, específicos da vida humana na fase da infância e da adolescência, exigindo prioridade absoluta do Estado, da família e da sociedade para esses cuidados. Com a criação do ECA, o Código de Menores, marco legal que priori- zava a punição à proteção, foi abandonado. Os estudantes do Ensino Médio, geralmente, estão na faixa etária de 15 a 17 anos, que caracteriza tanto os jovens quanto os adolescentes. Qual é a diferença entre adolescência e juventude? A adolescência é um campo de estudo da Psicologia, enquanto a juventude é um dos estudos das áreas de humanidades, principal- mente da Sociologia, Antropologia, História, Educação, entre outras. Em geral, a Psicologia considera a adolescência uma fase da vida marcada por mudanças emocionais, pela puberdade e por determi- nados comportamentos, como o questionamento das normas esta- belecidas pela família e pela escola, e a necessidade de sair com os amigos para se divertir. Portanto, podemos considerar que o “ser adolescente” não varia em diferentes lugares ou culturas, enquanto o “ser jovem” é variável de acordo com as experiências vividas e os contextos sociais e polí- ticos. Por exemplo, um adolescente pode ser considerado jovem em um contexto cultural e não em outros. Juventude e adolescência Ampliar o conhecimento sobre juventude e adolescência é essencial para aprofundarmos nosso autoconhecimento, criar identificações e quebrar estereótipos. Com base em sua experiência como adolescente e jovem, reflita com seus colegas sobre o conceito de juventude: 1 Você concorda que a juventude não é apenas uma fase de transição para a vida adulta? Por quê? O que é juventude para você? 2 Quais são as formas de expressão da juventude atualmente? Faça com seus colegas, com base nas experiências de vocês, uma lista dessas formas de expressão considerando seus comportamentos, gostos, expressões artísticas, gírias, modas, sonhos, dificuldades e desafios. Ágora Adolescente tomando vacina. Londrina, Paraná, 2017. De acordo com o ECA, toda criança e todo adolescente têm direito à proteção de sua vida e à saúde. Puberdade: período de passagem da infância para a adolescência em que o crescimento se acelera e as características sexuais se desenvolvem. E rn es to R eg hr an /P ul sa r Im ag en s 29Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 29 07/02/20 17:13 A popularização dos smartphones é um dos fatores que influenciam a experiência juvenil na atualidade. Juventude, juventudes A juventude é um grupo social composto por pessoas de diferen- tes etnias, culturas, orientações sexuais, gêneros, condições físicas e situações econômicas. Portanto, cada jovem possui necessidades únicas ao seu posicionamento entre esses diferentes segmentos. Respeitar a diversidade significa garantir que o jovem não seja discriminado por etnia, gênero, cor da pele, cultura, origem, idade, sexualidade, idioma, religião, opinião, condição social ou econômica e é indispensável para a promoção da igualdade. Por isso, é impor- tante compreendermos que existem juventudes, no plural. Na atualidade, os jovens vivenciam situações diferentes das que a juventude de trinta anos atrás experienciou. Essa situações confi- guram um novo contexto que está relacionado a mudanças econô- micas, políticas, socioculturais e tecnológicas que abriram espaço para o surgimento de outras possibilidades de ser jovem no Brasil e no mundo. Nos dias de hoje, novos fatores interferem na condição juvenil e, pouco a pouco, consolidam o espaço para o aparecimento de novas subjetividades. Esses fatores, como o desenvolvimento tecnológico e da comunicação, também contribuem para o surgimento de novas relações familiares. Essas relações são, geralmente, menos marca- das pela autoridade dos mais velhos e pela submissão dos mais jovens, evidenciando a crise da ideia de “família tradicional”. Essa crise se estende a outras dimensões da sociabilidade, por exemplo, às relações entre professores e alunos, que estão sendo reestrutu- radas porque o conhecimento não é monopólio dos educadores, pois também pertence aos estudantes. Ja co b Lu nd /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Fique ligado! Vozes roubadas: diários de guerra, de Zlata Filipovic e Melanie Challenger. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Coletânea de diários escritos por crianças e jovens ao redor do mundo, do período da Primeira Guerra Mundial, no começo do século XX, até a Guerra do Iraque no início do século XXI. Leia o livro e discuta com seus colegas sobre de que maneira a infância e a juventude dessas pessoas foram afetadas por um contexto de guerra. 27Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 27 07/02/20 17:13 Lu ci an a W hi ta ke r/ Pu ls ar Im ag en s Meu perfil Vamos refletir sobre os aspectos culturais que compõem sua identidade? Para isso, faça o que se pede. A Responda às perguntas abaixo no caderno. • Os membros de sua família são de que regiões do Brasil? E você? • Como você define seu sotaque? • Que gêneros musicais você mais gostar de ouvir? • Você frequenta festas e celebrações de que tipos? • Comente outros costumes e hábitos que você tem. Por exem- plo, ao se servir, você coloca o arroz por cima ou por baixo do feijão? Isso também é cultural! B Forme uma roda com sua turma. C Cada integrante da roda deve ler suas respostas às perguntas acima. D Debatam sobreas semelhanças e diferenças que vocês perce- berem entre as respostas de todos. E Identifique com que aspectos culturais das regiões do Brasil suas respostas se relacionam. F Compartilhe suas descobertas com o professor e a turma. Saiba mais Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural Em 2001, a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da Unesco foi aprovada por mais de 180 Estados- -membros. Nesse documento, é reafirmado o compromisso desses países com a promoção e a preservação da diversidade cultural dos povos. A Declaração reconhece a diversidade cultural como parte do patrimônio comum da humanidade e essencial para a prosperidade e o estabelecimento da paz no mundo. Por isso, a Unesco promove políticas e planos de ação, especialmente, para preservar e valorizar a diversidade cultural de povos e locais ameaçados pelos avanços da globalização. O carimbó é uma dança, que teve influência cultural indígena, africana e europeia, tradicional na Região Norte do Brasil. Santarém, Pará, 2017. 21Não escreva no livro. (018_025)SM_VIDA_MOD1_CAP2_LA.indd 21 06/02/20 15:47 Ser jovem Como você definiria o que é ser jovem atualmente? De acordo com o Estatuto da Juventude, jovem é o cidadão ou a cidadã com idade entre os 15 e os 29 anos. Porém, a experiência de ser jovem é, cada vez mais, ampliada na contemporaneidade, com questões cada vez mais profundas e complexas. Por exemplo, o mundo do trabalho muda com muita velocidade. Isso demanda dos jovens a necessidade de se adaptar e transformar para conseguir uma inserção de qualidade nesse mundo. Existem múltiplas formas de expressão da juventude, de suas identidades e vivências. Em razão dessa crescente complexidade, nas últimas décadas o tema da juventude vem ganhando espaço na agenda pública de diversos países e organismos internacionais. Em 1985, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, pela primeira vez, o Ano Internacional da Juventude. Desde então, gradualmente, os governos começaram a reconhecer a singularidade das necessidades dos jovens e a criar espaços institucionais capazes de responder às demandas desses sujeitos. Leia o texto a seguir. [...] As culturas juvenis, como hoje as conhecemos, são vistas [...] como uma invenção do pós-guerra [Segunda Guerra Mundial]. [...] cinco mudanças que ocorreram após esse período contribuíram para a construção de culturas juvenis: (1) o aumento da importância do mercado e do consumo, bem como o crescimento das indústrias de entretenimento direcionadas à juventude, proporcionando o aparecimento do jovem consumidor; (2) o surgimento das comunicações, do entretenimento, da arte e da cultura direcionado a massas; (3) a ocorrência de um hiato na experiência social precipi- tada pela guerra – devido à ausência dos pais e outras quebras na ‘normali- dade’ da vida familiar, as quais foram responsáveis pela delinquência juvenil na década de [19]50[...]; (4) o desenvol- vimento do ensino médio para todos bem como a sua extensão massiva, aumentando o número de jovens e o tempo que passam nas instituições de ensino; (5) o surgimento de um massivo investimento de estilos (nos modos de vestir) e da música rock. [...] ROSSI, Rossana Cassanta. A invenção das juventudes – a construção de ‘juventude’ na modernidade e o desmoronamento dessa categoria na pós-modernidade. Revista Espaço Acadêmico, ano XIII, n. 156, maio 2014. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/ index.php/EspacoAcademico/article/ download/21997/12980. Acesso em: 7 dez. 2019. No caderno, baseando-se no texto que você acabou de ler, responda às perguntas a seguir. a. Qual é a relação entre a criação de modos de vestir e de música para os jovens do pós-Segunda Guerra Mundial e o aumento do consumo? b. De acordo com o texto, o aumento do tempo que os jovens passam nas instituições de ensino foi um dos fatores que contribuíram para a criação das culturas juvenis. De que maneira sua experiência na escola está relacionada a sua vivência como jovem? Outras vozes Jovens em festival de música. Reino Unido, 1967. R ol ls P re ss /P op pe rf ot o/ G et ty Im ag es 28 Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 28 07/02/20 17:13 1MÓDULO MAPA DO MÓDULO CAPÍTULO 2 Por onde andei CAPÍTULO 1 Meu reflexo A U T O C O N H E C I M E N T O PERCEPÇÃO INTERAÇÃO PERCEPÇÃO INTERAÇÃO Quem sou eu: autoconhecimento, trajetória e potencialidades Toda jornada começa em algum lugar. O trajeto de seu projeto de vida não é exceção. Para saber quem queremos ser é preciso, inicialmente, compreender quem somos. O ponto de partida de sua jornada, portanto, será o autoconhecimento, ou seja, o conhecimento sobre si mesmo. Conhecer a si mesmo não é uma tarefa nova e tem se mostrado uma preocupação recorrente entre seres humanos em diversos momentos da história. Tampouco é uma tarefa simples, que pode ser resolvida facilmente da noite para o dia. Olhar para si requer tempo, paciência e disposição. É com base no autoconhecimento que podemos refletir sobre aquilo que gostamos e desgostamos, nossas vontades, nossos sonhos e as ferra- mentas de que dispomos para realizá-los. 8 (008_017)SM_VIDA_MOD1_CAP1_LA.indd 8 07/02/20 16:33 CAPÍTULO 3 Que juventude é essa? PROTAGONISMO Feira cultural PERCEPÇÃO INTERAÇÃO Jovem se olhando no espelho em 2017. sk yN ex t/ iS to ck /G et ty Im ag es 9 (008_017)SM_VIDA_MOD1_CAP1_LA.indd 9 07/02/20 16:33 Capítulos Cada capítulo aprofunda, por meio de textos, imagens, boxes, atividades e vivências, diferentes aspectos da reflexão proposta no módulo. Mapa do módulo Apresenta uma visão prévia do percurso que será desenvolvido nesta jornada. Boxes Fonte de pesquisa: LEMOS, Daniel Nepomuceno. A utilização do coaching como metodologia de desenvolvimento de competências empreendedoras: um estudo de caso. 2017. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/ 123456789/4475/1/DNL10072018.pdf. Acesso em: 6 fev. 2020. Roda da vida. Meu futuro A roda da vida é uma forma de avaliar aspectos da sua existência em diferentes dimensões, no presente. Agora, junto aos colegas, reflitam sobre o que cada um deseja para seu futuro: 1 Que pessoa quero ser? 2 Que sociedade desejo construir? 3 Como posso alcançar esses objetivos? Ágora Para pensar, sentir e agir Em que momentos da minha vida eu me sinto com mais autono- mia e autoestima e, consequentemente, exerço maior protago- nismo? Vamos pensar sobre esses três conceitos? Para refletir sobre isso, pinte a roda da vida que está no final desta página de acordo com as orientações a seguir. Faça a atividade da forma mais sincera possível. Você não precisa mostrá-la a ninguém! Esse será seu momento de reflexão. Vamos lá? Orientações A Com um compasso, desenhe o círculo da roda da vida em uma folha de papel sulfite A4. B Trace os campos em que a roda da vida é dividida com uma régua de 30 cm e um lápis preto; depois, preencha-os com os dizeres e as numerações que estão na roda. C Reflita sobre cada tema que é indicado na roda e se você exerce ou não uma atitude protagonista em relação a ele. D Pinte cada campo de acordo com a nota, de um a dez, que você der a cada um. E Após colorir toda a roda da vida, observe se há ou não equilíbrio entre as notas pintadas dos campos; avalie se há campos que precisam de maior atenção e empenho e se existem outros com notas satisfatórias para você. F Trace planos e metas para atingir equilíbrio entre os campos de sua vida. G Lembre-se de prever quais poderão ser os obstáculos para alcançar essas metas. Será necessário planejamento e resiliên- cia para que você possa superá-los. A di ls on S ec o Saúde e Realização e Equilíbrio disposição propósito em ocionalPle nit ud e e fe lici da de Des en vo lvi me nt o Família Vi da so cia l La ze r Espi ritualid ade am oro so Desenvolvim ento Rendimento Contribuição intelectual acadêmico social 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10987654321 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 109 87 65 43 21 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Pessoal Qu ali da de de vid a Rel aci on am en to s Escolar 13Não escreva no livro. (008_017)SM_VIDA_MOD1_CAP1_LA.indd 13 07/02/20 16:34 Adolescência De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período dos 12 aos 18 anos de idade compreende a adolescência. A criação do ECA, promulgado em 1990, foi uma importante conquista da sociedade brasileira em relação ao reconhecimento dos direitos à vida, à saúde, à educação, à cultura e ao esporte, específicos da vida humana na fase da infância e da adolescência, exigindo prioridade absoluta do Estado, da família e da sociedade para esses cuidados. Com a criação do ECA, o Código de Menores, marco legal que priori- zava a punição à proteção, foi abandonado. Os estudantes do Ensino Médio, geralmente, estão na faixa etária de 15 a 17 anos, que caracteriza tanto os jovens quanto os adolescentes. Qual é a diferença entre adolescência e juventude? A adolescência é um campo de estudo da Psicologia, enquanto a juventude é um dos estudos das áreas de humanidades, principal- mente da Sociologia, Antropologia, História, Educação, entre outras. Em geral, a Psicologia considera a adolescência uma fase da vida marcada por mudanças emocionais, pela puberdade e por determi- nados comportamentos, como o questionamento das normas esta- belecidas pela família e pela escola, e a necessidade de sair com os amigos para se divertir. Portanto, podemos considerar que o “ser adolescente” não varia em diferentes lugares ou culturas, enquanto o “ser jovem” é variável de acordo com as experiências vividas e os contextos sociais e polí- ticos. Por exemplo, um adolescente pode ser considerado jovem em um contexto cultural e não em outros. Juventude e adolescência Ampliar o conhecimento sobre juventude e adolescência é essencial para aprofundarmos nosso autoconhecimento, criar identificações e quebrar estereótipos. Com base em sua experiência como adolescente e jovem, reflita com seus colegas sobre o conceito de juventude: 1 Você concorda que a juventude não é apenas uma fase de transição para a vida adulta? Por quê? O que é juventude para você? 2 Quais são as formas de expressão da juventude atualmente? Faça com seus colegas, com base nas experiências de vocês, uma lista dessas formas de expressão considerando seus comportamentos, gostos, expressões artísticas, gírias, modas, sonhos, dificuldades e desafios. Ágora Adolescente tomando vacina. Londrina, Paraná, 2017. De acordo com o ECA, toda criança e todo adolescente têm direito à proteção de sua vida e à saúde. Puberdade: período de passagem da infância para a adolescência em que o crescimento se acelera e as características sexuais se desenvolvem. E rn es to R eg hr an /P ul sa r Im ag en s 29Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 29 07/02/20 17:13 A popularização dos smartphones é um dos fatores que influenciam a experiência juvenil na atualidade. Juventude, juventudes A juventude é um grupo social composto por pessoas de diferen- tes etnias, culturas, orientações sexuais, gêneros, condições físicas e situações econômicas. Portanto, cada jovem possui necessidades únicas ao seu posicionamento entre esses diferentes segmentos. Respeitar a diversidade significa garantir que o jovem não seja discriminado por etnia, gênero, cor da pele, cultura, origem, idade, sexualidade, idioma, religião, opinião, condição social ou econômica e é indispensável para a promoção da igualdade. Por isso, é impor- tante compreendermos que existem juventudes, no plural. Na atualidade, os jovens vivenciam situações diferentes das que a juventude de trinta anos atrás experienciou. Essa situações confi- guram um novo contexto que está relacionado a mudanças econô- micas, políticas, socioculturais e tecnológicas que abriram espaço para o surgimento de outras possibilidades de ser jovem no Brasil e no mundo. Nos dias de hoje, novos fatores interferem na condição juvenil e, pouco a pouco, consolidam o espaço para o aparecimento de novas subjetividades. Esses fatores, como o desenvolvimento tecnológico e da comunicação, também contribuem para o surgimento de novas relações familiares. Essas relações são, geralmente, menos marca- das pela autoridade dos mais velhos e pela submissão dos mais jovens, evidenciando a crise da ideia de “família tradicional”. Essa crise se estende a outras dimensões da sociabilidade, por exemplo, às relações entre professores e alunos, que estão sendo reestrutu- radas porque o conhecimento não é monopólio dos educadores, pois também pertence aos estudantes. Ja co b Lu nd /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Fique ligado! Vozes roubadas: diários de guerra, de Zlata Filipovic e Melanie Challenger. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Coletânea de diários escritos por crianças e jovens ao redor do mundo, do período da Primeira Guerra Mundial, no começo do século XX, até a Guerra do Iraque no início do século XXI. Leia o livro e discuta com seus colegas sobre de que maneira a infância e a juventude dessas pessoas foram afetadas por um contexto de guerra. 27Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 27 07/02/20 17:13 Lu ci an a W hi ta ke r/ Pu ls ar Im ag en s Meu perfil Vamos refletir sobre os aspectos culturais que compõem sua identidade? Para isso, faça o que se pede. A Responda às perguntas abaixo no caderno. • Os membros de sua família são de que regiões do Brasil? E você? • Como você define seu sotaque? • Que gêneros musicais você mais gostar de ouvir? • Você frequenta festas e celebrações de que tipos? • Comente outros costumes e hábitos que você tem. Por exem- plo, ao se servir, você coloca o arroz por cima ou por baixo do feijão? Isso também é cultural! B Forme uma roda com sua turma. C Cada integrante da roda deve ler suas respostas às perguntas acima. D Debatam sobre as semelhanças e diferenças que vocês perce- berem entre as respostas de todos. E Identifique com que aspectos culturais das regiões do Brasil suas respostas se relacionam. F Compartilhe suas descobertas com o professor e a turma. Saiba mais Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural Em 2001, a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da Unesco foi aprovada por mais de 180 Estados- -membros. Nesse documento, é reafirmado o compromisso desses países com a promoção e a preservação da diversidade cultural dos povos. A Declaração reconhece a diversidade cultural como parte do patrimônio comum da humanidade e essencial para a prosperidade e o estabelecimento da paz no mundo. Por isso, a Unesco promove políticas e planos de ação, especialmente, para preservar e valorizar a diversidade cultural de povos e locais ameaçados pelos avanços da globalização. O carimbó é uma dança, que teve influência cultural indígena, africana e europeia, tradicional na Região Norte do Brasil. Santarém, Pará, 2017. 21Não escreva no livro. (018_025)SM_VIDA_MOD1_CAP2_LA.indd 21 06/02/20 15:47 Ser jovem Como você definiria o que é ser jovem atualmente? De acordo com o Estatuto da Juventude, jovem é o cidadão ou a cidadã com idade entre os 15 e os 29 anos. Porém, a experiência de ser jovem é, cada vez mais, ampliada na contemporaneidade, com questões cada vez mais profundas e complexas. Por exemplo, o mundo do trabalho muda com muita velocidade. Isso demanda dos jovens a necessidade de se adaptar e transformar para conseguir uma inserçãode qualidade nesse mundo. Existem múltiplas formas de expressão da juventude, de suas identidades e vivências. Em razão dessa crescente complexidade, nas últimas décadas o tema da juventude vem ganhando espaço na agenda pública de diversos países e organismos internacionais. Em 1985, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, pela primeira vez, o Ano Internacional da Juventude. Desde então, gradualmente, os governos começaram a reconhecer a singularidade das necessidades dos jovens e a criar espaços institucionais capazes de responder às demandas desses sujeitos. Leia o texto a seguir. [...] As culturas juvenis, como hoje as conhecemos, são vistas [...] como uma invenção do pós-guerra [Segunda Guerra Mundial]. [...] cinco mudanças que ocorreram após esse período contribuíram para a construção de culturas juvenis: (1) o aumento da importância do mercado e do consumo, bem como o crescimento das indústrias de entretenimento direcionadas à juventude, proporcionando o aparecimento do jovem consumidor; (2) o surgimento das comunicações, do entretenimento, da arte e da cultura direcionado a massas; (3) a ocorrência de um hiato na experiência social precipi- tada pela guerra – devido à ausência dos pais e outras quebras na ‘normali- dade’ da vida familiar, as quais foram responsáveis pela delinquência juvenil na década de [19]50[...]; (4) o desenvol- vimento do ensino médio para todos bem como a sua extensão massiva, aumentando o número de jovens e o tempo que passam nas instituições de ensino; (5) o surgimento de um massivo investimento de estilos (nos modos de vestir) e da música rock. [...] ROSSI, Rossana Cassanta. A invenção das juventudes – a construção de ‘juventude’ na modernidade e o desmoronamento dessa categoria na pós-modernidade. Revista Espaço Acadêmico, ano XIII, n. 156, maio 2014. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/ index.php/EspacoAcademico/article/ download/21997/12980. Acesso em: 7 dez. 2019. No caderno, baseando-se no texto que você acabou de ler, responda às perguntas a seguir. a. Qual é a relação entre a criação de modos de vestir e de música para os jovens do pós-Segunda Guerra Mundial e o aumento do consumo? b. De acordo com o texto, o aumento do tempo que os jovens passam nas instituições de ensino foi um dos fatores que contribuíram para a criação das culturas juvenis. De que maneira sua experiência na escola está relacionada a sua vivência como jovem? Outras vozes Jovens em festival de música. Reino Unido, 1967. R ol ls P re ss /P op pe rf ot o/ G et ty Im ag es 28 Não escreva no livro. (026_039)SM_VIDA_MOD1_CAP3_LA.indd 28 07/02/20 17:13 Conheça seu livro 4 (003_007)SM_PROJ_VIDA_INICIAIS.indd 4 2/20/20 1:52 PM INTERAÇÃO Percebendo o outro Objetivos Refletir sobre soluções para problemas da comunidade. Produzir um material audiovisual com ajuda de recursos tecnológicos. Conhecer melhor a história de vida de seus colegas. Justificativas As atividades propostas nesta seção contribuem para que você e seus colegas: Percebam-se como cidadãos que integram sua comunidade. Reflitam sobre seu compromisso com o outro e com o bem comum. Ajam com empatia ao reconhecer a perspectiva, as necessidades e os sentimentos dos outros. Competência em destaque Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 1 Como você se conecta à tecnologia? E seus familiares, como eles inte- ragem com o mundo digital? Um dos meios pelos quais essa conexão se expressa é a produção audiovisual, em filmes, vídeos para plataformas de compartilhamento, etc. Longe dos grandes estúdios de produção cinematográfica, percebe- -se que a produção artístico-cultural do Brasil contribui para resolver problemas persistentes em várias localidades, ajudando na empre- gabilidade e no exercício da cidadania. A comunidade que utiliza re- cursos audiovisuais para expressar suas questões e mostrar suas tradições se valoriza e amplia suas perspectivas. O documentário Vento forte, de 2015, é um exemplo desse tipo de produção audiovisual. Realizado pelo Conselho Pastoral dos Pesca- dores, o documentário denuncia ações de turismo predatório que ameaçam comunidades pesqueiras brasileiras. Agora, conecte-se com sua comunidade, produzindo um documen- tário de cerca de três minutos de duração. Com isso, você consegui- rá se colocar na perspectiva da comunidade sobre alguns de seus problemas e, por meio de uma produção artística feita com recursos digitais (podem ser câmeras de vídeo ou smartphones), auxiliar a bus- car soluções para a região. Faça o que se pede a seguir. Organizem-se em grupos de quatro alunos e lembrem-se de que a produção desse material envolve várias etapas, como elaboração de roteiro, filmagem e finalização. Elenquem a problemática a ser trabalhada e elaborem um roteiro, a fim de que vocês não se desviem do objetivo inicial. É fundamental pensar sobre a escolha da abordagem e como o tema será tratado. Cartaz do documentário Vento Forte, de 2015. C on se lh o Pa st or al d os P es ca do re s/ ID /B R 52 Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 52 07/02/20 12:13 PM Para elaborar o roteiro, é necessário domínio sobre o tema, por isso realizem previamente uma pesquisa sobre ele. O material da pesquisa também pode ser utilizado para ilustrar algumas cenas do documentário. Criem o argumento do filme, que deve conter um pe- queno resumo da obra com início, desenvolvimento e conclusão. Descrevam a duração do documentário, os locais de suas filmagens e os principais eventos que formam o roteiro. Busquem por moradores da comunidade e especia- listas que vão dar entrevistas para compor o documen- tário. Agendem as entrevistas e preparem os convida- dos sobre quais temas vão ser discutidos nelas. Tenham elencados e adquiridos todos os materiais que serão utilizados nas filmagens, planejem o tempo necessário para filmar cada entrevista e cena do ro- teiro e definam como o filme será finalizado. Após as filmagens, façam a pós-produção, que é o momento da edição, da elaboração de legendas, etc. Vocês podem encontrar programas de edição de ví- deos gratuitos na internet. Não se esqueçam de co- locar os créditos finais, importantes para valorizar o esforço de todos os envolvidos. Por fim, apresentem o documentário ao restante da turma e avaliem como foi a experiência, ouvindo críti- cas e sugestões que possam contribuir para produ- ções futuras. Caso não tenham acesso ao equipamento necessário para fazer as filmagens e a edição do filme, elaborem um storyboard do documentário. Para isso, façam um planejamento sequencial das cenas que fariam parte do filme. Em seguida, com o uso de uma cartolina e canetas hidrográficas coloridas, desenhem as cenas em quadros que devem ser dispostos na ordem em que iriam aparecer no documentário. 2 De acordo com a filósofa Djamila Ribeiro, o primeiro passo para exercer a empatia é a escuta. Só assim entendemos a perspectiva do outro. Desenvolva agora um exercício de empatia, percepção e reco- nhecimento das atitudes do outro. Para isso, faça o que se pede a seguir. Materiais folhas de papel sulfite A4 canetas hidrográficas coloridas caixa de papelão Orientações Escreva seu nome completo em uma tira do papel sulfite. Coloque o seu nome dentro da caixa de papelão. To- dos os colegas devem fazer o mesmo. Sorteie o nome de um colega de dentro da caixa; troque o papel caso pegue o próprio nome. Escreva em uma folha de papel sulfite uma caracte- rística marcante e positiva do colega que sorteou. Após todos fazerem isso, leia para a turma o que es- creveue os demais colegas vão tentar descobrir de quem se trata. Ao final da atividade, escreva suas impressões em uma folha sulfite, descrevendo o que mudou sobre a percepção de determinados colegas. Ao final, passe a folha para o colega a seu lado. Leia o que o colega escreveu e compare com suas próprias impressões. O professor irá sistematizar na lousa as principais conclusões da turma. 3 Vamos agora experimentar outra vivência, ainda sobre o exercício da escuta. Você conhece bem to- dos os seus colegas de classe? Cada pessoa tem uma trajetória de vida única e que pode ser sur- preendente. Descubra mais sobre as histórias de vida de seus colegas e compartilhe a sua. Vamos lá? Em uma folha de papel sulfite A4, escreva sua histó- ria de vida em três parágrafos. Conte sobre você, sua família, suas experiências e seus momentos mais marcantes, felizes ou tristes. Escreva somente o que achar conveniente compartilhar. Forme dupla com um colega que você conhece pou- co e troquem suas experiências. Depois, em roda, conte a história de seu colega e ele a sua. Enquanto escuta as histórias sendo apresentadas, ob- serve com quais você mais se identifica e com quais você não se relaciona tanto, e tente compreender o porquê. Exerça a empatia, ou seja, se coloque no lugar de cada uma das personagens das histórias contadas e tente compreendê-las. Ao final, em roda, conversem sobre como foi essa experiência. É importante lembrar que essa é uma atividade na qual todos irão expor suas histórias pes- soais, e por isso é preciso manter um ambiente de respeito e apoio mútuo. Com base nas leituras e atividades propostas neste capítulo, responda às questões a seguir no caderno. 1 Qual é a importância das trocas culturais? 2 De que maneira as mudanças tecnológicas influenciaram a forma de nos comunicarmos? 3 Faça uma análise sobre a desigualdade no acesso à tecnologia entre as diferentes classes sociais. 4 De que forma podemos lidar com o compartilhamento de fake news? Para refletir 53Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 53 07/02/20 12:13 PM PROTAGONISMO Intervenção comunitária Objetivos Diagnosticar possíveis causas externas e internas da escola responsáveis pelo abandono escolar nas turmas de Ensino Médio. Propor intervenções que visem à reversão desse quadro. Justificativas O desenvolvimento da seção contribui para que você e seus colegas: Reflitam sobre seu relacionamento com o outro e o bem comum, e busquem soluções para problemas existentes em sua escola e comunidade. Reconheçam a importância da ação coletiva. Percebam-se como cidadãos que fazem parte da construção da vida da comunidade. Competência em destaque Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Como você se sente em relação ao bairro onde mora? Gostaria de fazer a diferença e demonstrar a força dos jovens para superar os problemas de sua comunidade? Vamos recorrer aos aprendizados e discussões deste módulo e criar um projeto de intervenção na comunidade em relação ao abandono escolar no Ensino Médio. 1. Elaboração de cronograma de trabalho Definam um cronograma de trabalho, considerando todas as etapas para a realização do projeto de intervenção. Levantem também os materiais necessários para a execução do projeto. Escolham o professor que orientará o trabalho de acordo com as áreas de conhecimento envolvidas. 2. Levantamento de dados Organizem a turma em grupos, de acordo com a orientação do professor. Cada grupo deve ficar responsável por pesquisar, em campo e/ou na inter- net, um dos temas relacionados a seguir. Possíveis causas do fenômeno do abandono escolar no Ensino Médio da escola pública brasileira. Dados estatísticos relativos ao abandono escolar no Ensino Médio da sua escola nos últimos quatro anos. Essas informações podem ser ob- tidas na secretaria da escola, considerando o número de matrículas e o número de alunos que concluíram o ano letivo em cada turma. Verificar se há informações na secretaria escolar que justifiquem o aban- dono no período estudado e se há um paralelo entre essas possíveis causas e aquelas levantadas no primeiro item. Levantar as percepções da direção e da coordenação pedagógica quan- to às causas do abandono da escola. 3. Entrevista com alguns dos alunos que estão fora da escola Procurem identificar, na comunidade onde moram, casos de jovens que tenham abandonado os estudos. Perguntem a alguns deles se poderiam dar um depoimento sobre essa experiência. Caso haja receptividade, no dia da entrevista, procurem saber como o jovem vivenciou essa situação, possíveis causas e se pretende retornar à escola quando possível. Planejem um roteiro de questões para a entrevista, e ajam com respeito e maturidade com o entrevistado. Lembrem-se de que o abandono se relaciona com múltiplos fatores. Procurem explorar aspectos da vida do jovem, mas também as questões que se relacionam ao sentido dado à escola. 72 Não escreva no livro. (064_073)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 72 06/02/20 10:56 AM 4. Sistematização dos dados obtidos É o momento de organizar todas as informações le- vantadas nas pesquisas e nas entrevistas e de analisá- -las fazendo uso dos conhecimentos obtidos neste módulo. O abandono escolar é multicausal, tem causas externas e internas à escola e por vezes não se relacio- na a um único fator, mas à soma deles. As causas mudam de território para território. Em regiões rurais, muitos jovens abandonam a escola pela dificuldade de deslo- camento, por exemplo. Desse trabalho deve resultar um relatório que espe- lhe, mesmo que parcialmente, o fenômeno do abandono no Ensino Médio de sua escola nos últimos anos. 5. Proposta de intervenção Com base no relatório, escolha uma das causas que acredita ser relevante para pensar uma proposta de intervenção. Com base na causa definida, pense em como produ- zir um mapa da escola de alunos que têm mais chances de abandonar a escola. Proponha ações que podem ser realizadas com eles e com toda a escola para mitigar e prevenir a evasão. Pense em uma ação que possa ser realizada pela comunidade escolar e não envolva atores e recursos externos. Exemplo: Se a avaliação é de que o abandono tem relação com o alto nível de reprovação dos alunos, será necessário realizar ações com os professores para repensar o modelo de avaliação, assim como com os alunos com maior dificuldade, para melhorar o desempenho escolar. Para isso, é preciso saber quais as áreas de conhecimento e professores que mais reprovam e os alunos que estão com dificuldade de aprendizagem – com base nas notas, que podem ser acessadas pela direção. Vocês podem pensar entre a turma toda, em grupos ou individualmente, nas propostas. No caso de escolhe- rem a proposta em grupos ou individualmente, organi- zem uma maneira de escolher a ação que será executa- da pela turma. Vocês podem definir por consenso ou propor uma votação, onde cada pessoa tem o direito a três votos. A proposta mais votada será implementada, já a se- gunda e a terceira podem ser realizadas a depender da avaliação do professor sobre recursos e tempo. 6. Realizar a ação Com a ação definida, pensem em todas as etapas envolvidas e recursos necessários para tirá-la do pa- pel. Organizem a sala em comissões com responsa- bilidades e tarefas específicas. Se utilizarmos o exem- plo anterior, um grupo pode ficar responsável pelo diagnóstico dos alunos, outro por envolver os profes- sores, outro por registrar toda a ação e divulgar para a escola. É importante que a realização da ação gere um pro- duto final que documente o processo para a futuraconsulta da comunidade escolar, que pode ser orga- nizado de distintas formas: documentário; livro com a transcrição dos depoimentos fornecidos pelos en- trevistados; exposição de fotos; criação de redes so- ciais para divulgação do projeto; e de site, blog, vlog, entre outras. O importante é que todos se engajem na iniciativa. Implementem a ação no cotidiano da escola. Para gerar uma transformação efetiva, uma ação não pode ser confundida com um evento. A proposta é que a iniciativa gere um engajamento permanente e efetivo da comunidade escolar. O protagonismo de vocês alu- nos é essencial para promover engajamento e mobili- zação dos outros colegas. Promovam momentos de reflexão para avaliar o pro- cesso com a gestão escolar e, assim, corrigir rotas e avaliar o impacto da iniciativa na escola. 7. Avaliação dos resultados Após a realização da ação, é o momento de você rea- lizar uma autoavaliação sobre seu desempenho na cons- trução desse projeto. Para isso, em seu caderno, respon- da às seguintes questões: Como foi minha proatividade? Como trabalhei em equipe? Para desenvolver o projeto, fiz o trabalho de pesquisa necessário? Cumpri os prazos? Esforcei-me para realizar a tarefa delegada a mim? Como foi minha participação para colocar a ação em prática? Quais foram os maiores desafios que enfrentei nesse processo? De que modo solucionei esses problemas? Quais foram meus maiores aprendizados nesse pro- cesso? Quais correções eu faria ao meu desempenho no projeto? Quais ações minhas manteria na realização de outra ação como essa? Quais habilidades descobri que tenho durante essa ação? Elas se relacionam a um possível futuro profis- sional? Foi possível reverter ou evitar algum possível quadro de evasão escolar por meio dessa ação? Com base nessas respostas e em suas anotações durante a elaboração do projeto, faça um relatório ava- liando seu desempenho e entregue-o ao professor. 73Não escreva no livro. (064_073)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 73 06/02/20 10:56 AM REPERTÓRIO Módulo 1 – Quem sou eu: autoconhecimento, trajetória e potencialidades Para ler O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger. São Paulo: Todavia, 2019. Obra sobre um garoto estadunidense de 16 anos que relata as experiências que atravessou durante os tempos de escola e os anos posteriores a ela. Extraordinário, de R. J. Palacio. São Paulo: Intrínseca, 2013. Livro que conta a história do menino August Pullman, o Auggie, que nasceu com uma síndrome que o impediu de frequentar a escola, em função de sua deformidade e do número de cirurgias a que foi submetido. O livro conta a saga do menino em uma escola pela primeira vez e suas relações de amizade. Sol na cabeça, de Geovani Martins. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Obra que aborda, em 13 contos, o cotidiano e as vivên- cias de jovens moradores de comunidades da cidade do Rio de Janeiro. Para assistir Billy Elliot. Direção de Stephen Daldry. França/ Inglaterra, 2000. (110 min) O filme apresenta a história de um menino que sonha em se tornar um bailarino. Eu maior. Direção de Fernando Schultz e Paulo Schultz. Brasil, 2013. (90 min) Documentário que apresenta entrevistas com líderes espirituais, intelectuais, artistas e esportistas sobre au- toconhecimento e a busca da felicidade. Na natureza selvagem. Direção de Sean Penn. Estados Unidos, 2007. (147 min) O filme mostra a vida de um jovem que abandona sua família e cidade para viajar sem rumo e sem posses materiais. Para navegar Participação dos estudantes na escola (Porvir) Guia de informações sobre como melhorar a expe- riência escolar e o processo de aprendizagem. Disponí- vel em: http://porvir.org/especiais/participacao. Acesso em: 23 jan. 2020. Módulo 2 – Eu, cidadão Para ler Os Saltimbancos, de Chico Buarque de Holanda. São Paulo: Autêntica, 2017. Inspirada na fábula “Os músicos de Bremen”, dos Irmãos Grimm, a obra conta a história de quatro animais que se revoltam contra a exploração dos seres humanos e fogem, aprendendo sobre respeito, solidariedade e união. Para assistir A vida dos outros. Direção de Florian Henckel von Donnersmarck. Alemanha, 2006. (137 min) O filme conta a história de Gerd Wiesler, funcionário do serviço secreto da Alemanha Oriental, durante o pe- ríodo da Guerra Fria, que inicia uma vigilância para es- pionar um dramaturgo. Durante a espionagem, Wiesler repensa sua vida e escolhas ao entrar em contato com a arte e com os ar- tistas que observa. CodeGirl. Direção de Lesley Chilcott. Estados Unidos, 2015. (108 min) O documentário acompanha a trajetória de grupos de garotas, alunas do Ensino Médio, de várias partes do mun- do, inclusive do Brasil, numa competição de programação. Criança, a alma do negócio. Direção de Estela Renner. Brasil, 2008. (49 min) O documentário reflete sobre o lugar da infância e juventude na sociedade brasileira atual e sua relação com o consumismo. 110 Não escreva no livro. (110_112)SM_PROJ_VIDA_FINAIS.indd 110 07/02/20 17:17 Em um mundo melhor. Direção de Susanne Bier. Dinamarca/Suécia, 2010. (113 min) Filme sobre a vida de Anton, um médico que trabalha em um campo de refugiados na África e precisa enfren- tar problemas pessoais, como o bullying sofrido por seu filho Elias na escola. Eu não sou seu negro. Direção de Raoul Peck. Bélgica, 2016. (93 min) Documentário sobre a obra do escritor James Baldwin e sua participação nas lutas pelos direitos civis dos ne- gros nos Estados Unidos durante a década de 1960. Trashed: para onde vai o nosso lixo. Direção de Candida Brady. Estados Unidos, 2012. (98 min) O documentário aborda o problema do acúmulo de lixo e o destino dado aos resíduos em diferentes partes do mundo. Após a exibição do documentário, discuta com os alunos sobre as práticas de descarte de resíduos que são prejudiciais ao meio ambiente, como o abarrotamen- to dos aterros sanitários que contaminam o solo, preju- dicando os lençóis freáticos. Para navegar Cartilha Grêmio Autônomo e Auto-organizado Cartilha que reúne dicas para criar e organizar um grê- mio na escola. Disponível em: https://midiaindependente. org/?q=gremioautonomo. Acesso em: 23 jan. 2020. ID Jovem Identidade Jovem é o documento que dá acesso a benefícios relacionados a cultura, esporte e transporte, resguardados por leis, a jovens de baixa renda. Disponí- vel em: https://idjovem.juventude.gov.br/. Acesso em: 23 jan. 2020. Observatório do terceiro setor Site que reúne plataformas de televisão, de rádio e mídias digitais para divulgar as boas práticas das orga- nizações da sociedade civil. Disponível em: https:// observatorio3setor.org.br/. Acesso em: 3 fev. 2020. Politize! Site sobre educação política que tem como missão a formação de uma nova geração de cidadãos conscien- tes e comprometidos com a democracia. Disponível em: https://www.politize.com.br/. Acesso em: 23 jan. 2020. União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) Site da União Brasileira dos Estudantes Secundaris- tas, entidade que representa os estudantes do Ensino Médio do Brasil. Disponível em: http://ubes.org.br/. Aces- so em: 23 jan. 2020. Módulo 3 – Meu projeto de vida Para ler A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Marta Batalha. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. O livro conta a história de Eurídice Gusmão, que sonha em ser pianista, mas sofre para alcançar seus objetivos diante das pressões sociais de uma sociedade machista, de sua família e do desaparecimento da irmã mais velha. Para assistir Dois dias, uma noite. Direção de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. Bélgica, 2014. (95 min) O filme retrata a jornada de uma mulher que retorna ao trabalho após uma licença e que precisa convencer os colegas a desistirem de um bônus salarial para que ela não perca seu emprego. Metrópolis. Direção de Fritz Lang. Alemanha, 1927. (153 min) Metrópolis é uma cidade futurista onde os operários trabalham no subsolo, sob regime de escravidão, e a classe rica vivena superfície. O homem que viu o infinito. Direção de Matt Brown. Reino Unido, 2016. (109 min) Filme que conta a história de Srinivasa Ramanujan, um matemático indiano que cresceu em uma área pobre do país e é convidado a apresentar seu trabalho na Uni- versidade de Cambridge, na Inglaterra. Patch Adams − o amor é contagioso. Direção de Tom Shadyac. Estados Unidos, 1998. (115 min) Filme que conta a história de um médico que foi um dos primeiros a observar e a aplicar a terapia do riso em seus pacientes. Tempos modernos. Direção de Charles Chaplin. Estados Unidos, 1936. (87 min) O filme mostra o processo de mecanização do traba- lho e a rotina exaustiva do trabalhador. Para navegar Ministério da Educação Site que apresenta informações sobre ações do go- verno federal relacionadas à educação, como Enem, Fies, Prouni e Sisu. Disponível em: https://www.mec.gov.br/. Acesso em: 23 jan. 2020. 111Não escreva no livro. (110_112)SM_PROJ_VIDA_FINAIS.indd 111 07/02/20 17:17 Fechamento do módulo Protagonismo Cada módulo é encerrado com uma proposta de projeto em que você e seus colegas exercerão seu protagonismo para elaborar uma ação que envolva alunos e membros da comunidade escolar, de forma a promover algum impacto positivo em sua comunidade. Final do livro Repertório Traz indicações de livros, filmes e sites para aumentar o seu repertório pessoal e contribuir com a construção de seu projeto de vida. PERCEPÇÃO Comunicação 1 A tecnologia, em especial a internet, se por um lado conecta as pes- soas em frações de segundo, por outro pode influenciar no compor- tamento delas. Sobre esse tema, leia a tirinha a seguir. Objetivos Enxergar uma situação- -problema por meio da perspectiva do outro. Identificar pontos fortes e os a desenvolver do espaço escolar. Refletir sobre o uso das novas tecnologias na atualidade. Justificativas As atividades propostas nesta seção contribuem para que você: Aja com empatia ao reconhecer a perspectiva, as necessidades e os sentimentos dos outros. Atribua significados às experiências cotidianas na escola. Reflita sobre seu relacionamento com o outro e o bem comum, e busque soluções para problemas existentes em sua comunidade. Competência em destaque Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. A nd ré d ah m er /A ce rv o do a rt is ta DAHMER, André. Quadrinhos dos anos 10. Disponível em: www.malvados. com.br. Acesso em: 18 dez. 2019. Com base na leitura da tirinha, responda às questões em seu caderno. a) Em sua opinião, o que é criticado na tirinha? Justifique sua resposta. b) Você concorda com essa crítica? Explique. c) Cite exemplos de como a tecnologia influencia o seu dia a dia, e seu relacionamento com as pessoas. 2 Nesta atividade você terá a oportunidade de vivenciar uma das formas mais populares de comunicação da história: a carta pessoal, gênero textual caracterizado com frequência por apresentar linguagem mais informal; porém, tudo depende do grau de intimidade que se tem com o destinatário. A estrutura também pode variar, mas geralmente al- guns elementos são fixos, como data, destinatário, corpo do texto, saudação e assinatura. Em um exercício de empatia, você procurará se comunicar com alguém por meio da carta e influenciar positivamente a vida dessa pessoa. Materiais folha de papel pautado caneta azul ou preta envelope Orientações Escolha um destinatário para a carta que você irá escrever. Por exemplo: a) Um aluno que está com dificuldade de apreender algum conteúdo escolar. b) Uma pessoa mais velha que vive em uma instituição de longa per- manência para idosos. c) Um parente distante (física ou afetivamente) com quem você gos- taria de restabelecer a intimidade. 50 Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 50 07/02/20 12:13 PM d) Um amigo ou colega com quem você quer re- tomar laços de amizade. e) Uma pessoa que perdeu o emprego e a quem você deseja dirigir palavras de força e esperança. f) Alguém que está doente e você quer apoiar. No papel pautado, escreva a carta, lembrando-se de que você precisa identificar a data e o lugar em que escreve, iniciar com uma saudação e terminar com sua assinatura. Envie a carta pelo correio ou, se for o caso, entregue-a em mãos. Caso a envie pelo correio, lembre-se de que é pre- ciso identificar o nome completo, o endereço e o CEP do destinatário e do remetente. Aguarde o retorno da carta e veja qual foi o impacto de suas palavras na vida da pessoa. Registre, em seu caderno, suas conclusões sobre essa experiência. 3 A escola é um espaço privilegiado de aprendizado e de convivência com o outro. Você e seus colegas já passaram parte de sua vida no ambiente escolar. Para expressar como se sente sobre esse espaço, faça o que se pede a seguir. Escreva uma carta a um colega na qual expressará sua impressão sobre a escola em que vocês estudam: do que você gosta na escola, do que não gosta e o que poderia ser melhorado. Antes de redigir a carta, faça uma lista, em seu ca- derno, do que você não gosta e do que gosta na escola, e se baseie nela para escrever. Seu colega também escreverá uma carta a você. Depois que cada um ler a carta escrita pelo outro, vejam que impressões vocês compartilham e em que pensam di- ferente em relação à escola. Com base nas impressões similares sobre os defeitos e qualidades da escola, faça uma proposta sobre como o espaço escolar pode melhorar. 4 Em um mundo tão conectado como o nosso, você já pensou na responsabilidade que temos com a segu- rança e privacidade do outro e de toda a comunidade? Vamos refletir sobre o impacto que as fake news podem ter no âmbito individual e coletivo. Em seu caderno, responda às questões a seguir. a) Você se considera uma pessoa conectada? Justi- fique sua resposta? b) Você se preocupa com sua segurança e priva- cidade nas redes sociais? Se sim, o que faz para se proteger? c) Em sua opinião, somos também responsáveis pela segurança do próximo nas redes? Justifique. d) Você já foi alvo de fake news ou vivenciou uma situação em que alguém foi vítima dela? Como você se sentiu? Que atitudes tomou? Com base em suas respostas, reflita sobre como podemos agir de forma responsável em relação à internet. Proponha três ações de uso responsável da internet e comece a agir de acordo com tais propostas. Registre os resultados em seu caderno. 5 O mundo digital fomentou uma série de conceitos complexos relacionados à tecnologia e sua relação com os seres humanos. Reflita sobre o alcance e o impacto desses conceitos em nossa vida. Pesquise na internet sobre as seguintes expressões: analfabetismo digital; desemprego estrutural; ex- clusão digital; fake news; globalização; redes so- ciais; sociedade em rede. Entre os conceitos pesquisados, quais você já conhe- cia e o que foi novo para você? Explique cada um desses conceitos em seu caderno. Reflita sobre as informações pesquisadas: podemos dizer que cada conceito está integrado com os demais? De que forma? Produza um texto, em seu caderno, com o tema “Co- municação e tecnologia no século XXI e seus impac- tos na vida da população jovem”. Por fim, desenvolva possíveis soluções para um pro- blema – por exemplo, a exclusão digital. 6 A segurança da informação é um grupo de ações que visa a proteção de dados, sejam eles pessoais ou corporativos. Sobre o tema da segurança da informação, responda às questões a seguir em seu caderno. a) Você se preocupa com a proteção de sua pri- vacidade quando usa a internet? Justifique sua resposta. b) Quais cuidados que você toma, nesse sentido, quando fazuso das redes sociais? c) Já soube de alguma situação em que a priva- cidade de uma pessoa foi violada nas redes sociais? Comente. 51Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 51 07/02/20 12:13 PM Percepção Esta seção traz propostas de vivências e atividades individuais que buscam promover reflexões acerca dos temas trabalhados no capítulo. Interação As atividades e vivências apresentadas nesta seção são orientadas ao trabalho coletivo e culminam na criação de produtos finais. Para refletir Ao término da seção são apresentadas questões de autoavaliação, para que você possa avaliar seu desenvolvimento em relação aos objetivos do capítulo. Objetivos, justificativas e competências em destaque Indica os objetivos, as justificativas e as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular que estão relacionadas às atividades e às vivências propostas nas seções Percepção, Interação e Protagonismo. PERCEPÇÃO Comunicação 1 A tecnologia, em especial a internet, se por um lado conecta as pes- soas em frações de segundo, por outro pode influenciar no compor- tamento delas. Sobre esse tema, leia a tirinha a seguir. Objetivos Enxergar uma situação- -problema por meio da perspectiva do outro. Identificar pontos fortes e os a desenvolver do espaço escolar. Refletir sobre o uso das novas tecnologias na atualidade. Justificativas As atividades propostas nesta seção contribuem para que você: Aja com empatia ao reconhecer a perspectiva, as necessidades e os sentimentos dos outros. Atribua significados às experiências cotidianas na escola. Reflita sobre seu relacionamento com o outro e o bem comum, e busque soluções para problemas existentes em sua comunidade. Competência em destaque Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. A nd ré d ah m er /A ce rv o do a rt is ta DAHMER, André. Quadrinhos dos anos 10. Disponível em: www.malvados. com.br. Acesso em: 18 dez. 2019. Com base na leitura da tirinha, responda às questões em seu caderno. a) Em sua opinião, o que é criticado na tirinha? Justifique sua resposta. b) Você concorda com essa crítica? Explique. c) Cite exemplos de como a tecnologia influencia o seu dia a dia, e seu relacionamento com as pessoas. 2 Nesta atividade você terá a oportunidade de vivenciar uma das formas mais populares de comunicação da história: a carta pessoal, gênero textual caracterizado com frequência por apresentar linguagem mais informal; porém, tudo depende do grau de intimidade que se tem com o destinatário. A estrutura também pode variar, mas geralmente al- guns elementos são fixos, como data, destinatário, corpo do texto, saudação e assinatura. Em um exercício de empatia, você procurará se comunicar com alguém por meio da carta e influenciar positivamente a vida dessa pessoa. Materiais folha de papel pautado caneta azul ou preta envelope Orientações Escolha um destinatário para a carta que você irá escrever. Por exemplo: a) Um aluno que está com dificuldade de apreender algum conteúdo escolar. b) Uma pessoa mais velha que vive em uma instituição de longa per- manência para idosos. c) Um parente distante (física ou afetivamente) com quem você gos- taria de restabelecer a intimidade. 50 Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 50 07/02/20 12:13 PM INTERAÇÃO Percebendo o outro Objetivos Refletir sobre soluções para problemas da comunidade. Produzir um material audiovisual com ajuda de recursos tecnológicos. Conhecer melhor a história de vida de seus colegas. Justificativas As atividades propostas nesta seção contribuem para que você e seus colegas: Percebam-se como cidadãos que integram sua comunidade. Reflitam sobre seu compromisso com o outro e com o bem comum. Ajam com empatia ao reconhecer a perspectiva, as necessidades e os sentimentos dos outros. Competência em destaque Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 1 Como você se conecta à tecnologia? E seus familiares, como eles inte- ragem com o mundo digital? Um dos meios pelos quais essa conexão se expressa é a produção audiovisual, em filmes, vídeos para plataformas de compartilhamento, etc. Longe dos grandes estúdios de produção cinematográfica, percebe- -se que a produção artístico-cultural do Brasil contribui para resolver problemas persistentes em várias localidades, ajudando na empre- gabilidade e no exercício da cidadania. A comunidade que utiliza re- cursos audiovisuais para expressar suas questões e mostrar suas tradições se valoriza e amplia suas perspectivas. O documentário Vento forte, de 2015, é um exemplo desse tipo de produção audiovisual. Realizado pelo Conselho Pastoral dos Pesca- dores, o documentário denuncia ações de turismo predatório que ameaçam comunidades pesqueiras brasileiras. Agora, conecte-se com sua comunidade, produzindo um documen- tário de cerca de três minutos de duração. Com isso, você consegui- rá se colocar na perspectiva da comunidade sobre alguns de seus problemas e, por meio de uma produção artística feita com recursos digitais (podem ser câmeras de vídeo ou smartphones), auxiliar a bus- car soluções para a região. Faça o que se pede a seguir. Organizem-se em grupos de quatro alunos e lembrem-se de que a produção desse material envolve várias etapas, como elaboração de roteiro, filmagem e finalização. Elenquem a problemática a ser trabalhada e elaborem um roteiro, a fim de que vocês não se desviem do objetivo inicial. É fundamental pensar sobre a escolha da abordagem e como o tema será tratado. Cartaz do documentário Vento Forte, de 2015. C on se lh o Pa st or al d os P es ca do re s/ ID /B R 52 Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 52 07/02/20 12:13 PM Para elaborar o roteiro, é necessário domínio sobre o tema, por isso realizem previamente uma pesquisa sobre ele. O material da pesquisa também pode ser utilizado para ilustrar algumas cenas do documentário. Criem o argumento do filme, que deve conter um pe- queno resumo da obra com início, desenvolvimento e conclusão. Descrevam a duração do documentário, os locais de suas filmagens e os principais eventos que formam o roteiro. Busquem por moradores da comunidade e especia- listas que vão dar entrevistas para compor o documen- tário. Agendem as entrevistas e preparem os convida- dos sobre quais temas vão ser discutidos nelas. Tenham elencados e adquiridos todos os materiais que serão utilizados nas filmagens, planejem o tempo necessário para filmar cada entrevista e cena do ro- teiro e definam como o filme será finalizado. Após as filmagens, façam a pós-produção, que é o momento da edição, da elaboração de legendas, etc. Vocês podem encontrar programas de edição de ví- deos gratuitos na internet. Não se esqueçam de co- locar os créditos finais, importantes para valorizar o esforço de todos os envolvidos. Por fim, apresentem o documentário ao restante da turma e avaliem como foi a experiência, ouvindo críti- cas e sugestões que possam contribuir para produ- ções futuras. Caso não tenham acesso ao equipamento necessário para fazer as filmagens e a edição do filme, elaborem um storyboard do documentário. Para isso, façam um planejamento sequencial das cenas que fariam parte do filme. Em seguida, com o uso de uma cartolina e canetas hidrográficascoloridas, desenhem as cenas em quadros que devem ser dispostos na ordem em que iriam aparecer no documentário. 2 De acordo com a filósofa Djamila Ribeiro, o primeiro passo para exercer a empatia é a escuta. Só assim entendemos a perspectiva do outro. Desenvolva agora um exercício de empatia, percepção e reco- nhecimento das atitudes do outro. Para isso, faça o que se pede a seguir. Materiais folhas de papel sulfite A4 canetas hidrográficas coloridas caixa de papelão Orientações Escreva seu nome completo em uma tira do papel sulfite. Coloque o seu nome dentro da caixa de papelão. To- dos os colegas devem fazer o mesmo. Sorteie o nome de um colega de dentro da caixa; troque o papel caso pegue o próprio nome. Escreva em uma folha de papel sulfite uma caracte- rística marcante e positiva do colega que sorteou. Após todos fazerem isso, leia para a turma o que es- creveu e os demais colegas vão tentar descobrir de quem se trata. Ao final da atividade, escreva suas impressões em uma folha sulfite, descrevendo o que mudou sobre a percepção de determinados colegas. Ao final, passe a folha para o colega a seu lado. Leia o que o colega escreveu e compare com suas próprias impressões. O professor irá sistematizar na lousa as principais conclusões da turma. 3 Vamos agora experimentar outra vivência, ainda sobre o exercício da escuta. Você conhece bem to- dos os seus colegas de classe? Cada pessoa tem uma trajetória de vida única e que pode ser sur- preendente. Descubra mais sobre as histórias de vida de seus colegas e compartilhe a sua. Vamos lá? Em uma folha de papel sulfite A4, escreva sua histó- ria de vida em três parágrafos. Conte sobre você, sua família, suas experiências e seus momentos mais marcantes, felizes ou tristes. Escreva somente o que achar conveniente compartilhar. Forme dupla com um colega que você conhece pou- co e troquem suas experiências. Depois, em roda, conte a história de seu colega e ele a sua. Enquanto escuta as histórias sendo apresentadas, ob- serve com quais você mais se identifica e com quais você não se relaciona tanto, e tente compreender o porquê. Exerça a empatia, ou seja, se coloque no lugar de cada uma das personagens das histórias contadas e tente compreendê-las. Ao final, em roda, conversem sobre como foi essa experiência. É importante lembrar que essa é uma atividade na qual todos irão expor suas histórias pes- soais, e por isso é preciso manter um ambiente de respeito e apoio mútuo. Com base nas leituras e atividades propostas neste capítulo, responda às questões a seguir no caderno. 1 Qual é a importância das trocas culturais? 2 De que maneira as mudanças tecnológicas influenciaram a forma de nos comunicarmos? 3 Faça uma análise sobre a desigualdade no acesso à tecnologia entre as diferentes classes sociais. 4 De que forma podemos lidar com o compartilhamento de fake news? Para refletir 53Não escreva no livro. (040_053)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 53 07/02/20 12:13 PM PROTAGONISMO Intervenção comunitária Objetivos Diagnosticar possíveis causas externas e internas da escola responsáveis pelo abandono escolar nas turmas de Ensino Médio. Propor intervenções que visem à reversão desse quadro. Justificativas O desenvolvimento da seção contribui para que você e seus colegas: Reflitam sobre seu relacionamento com o outro e o bem comum, e busquem soluções para problemas existentes em sua escola e comunidade. Reconheçam a importância da ação coletiva. Percebam-se como cidadãos que fazem parte da construção da vida da comunidade. Competência em destaque Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Como você se sente em relação ao bairro onde mora? Gostaria de fazer a diferença e demonstrar a força dos jovens para superar os problemas de sua comunidade? Vamos recorrer aos aprendizados e discussões deste módulo e criar um projeto de intervenção na comunidade em relação ao abandono escolar no Ensino Médio. 1. Elaboração de cronograma de trabalho Definam um cronograma de trabalho, considerando todas as etapas para a realização do projeto de intervenção. Levantem também os materiais necessários para a execução do projeto. Escolham o professor que orientará o trabalho de acordo com as áreas de conhecimento envolvidas. 2. Levantamento de dados Organizem a turma em grupos, de acordo com a orientação do professor. Cada grupo deve ficar responsável por pesquisar, em campo e/ou na inter- net, um dos temas relacionados a seguir. Possíveis causas do fenômeno do abandono escolar no Ensino Médio da escola pública brasileira. Dados estatísticos relativos ao abandono escolar no Ensino Médio da sua escola nos últimos quatro anos. Essas informações podem ser ob- tidas na secretaria da escola, considerando o número de matrículas e o número de alunos que concluíram o ano letivo em cada turma. Verificar se há informações na secretaria escolar que justifiquem o aban- dono no período estudado e se há um paralelo entre essas possíveis causas e aquelas levantadas no primeiro item. Levantar as percepções da direção e da coordenação pedagógica quan- to às causas do abandono da escola. 3. Entrevista com alguns dos alunos que estão fora da escola Procurem identificar, na comunidade onde moram, casos de jovens que tenham abandonado os estudos. Perguntem a alguns deles se poderiam dar um depoimento sobre essa experiência. Caso haja receptividade, no dia da entrevista, procurem saber como o jovem vivenciou essa situação, possíveis causas e se pretende retornar à escola quando possível. Planejem um roteiro de questões para a entrevista, e ajam com respeito e maturidade com o entrevistado. Lembrem-se de que o abandono se relaciona com múltiplos fatores. Procurem explorar aspectos da vida do jovem, mas também as questões que se relacionam ao sentido dado à escola. 72 Não escreva no livro. (064_073)SM_VIDA_MOD2_LA.indd 72 06/02/20 10:56 AM PROTAGONISMO Intervenção comunitária Objetivos Diagnosticar possíveis causas externas e internas da escola responsáveis pelo abandono escolar nas turmas de Ensino Médio. Propor intervenções que visem à reversão desse quadro. Justificativas O desenvolvimento da seção contribui para que você e seus colegas: Reflitam sobre seu relacionamento com o outro e o bem comum, e busquem soluções para problemas existentes em sua escola e comunidade. Reconheçam a importância da ação coletiva. Percebam-se como cidadãos que fazem parte da construção da vida da comunidade. Competência em destaque Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Como você se sente em relação ao bairro onde mora? Gostaria de fazer a diferença e demonstrar a força dos jovens para superar os problemas de sua comunidade? Vamos recorrer aos aprendizados e discussões deste módulo e criar um projeto de intervenção na comunidade em relação ao abandono escolar no Ensino Médio. 1. Elaboração de cronograma de trabalho Definam um cronograma de trabalho, considerando todas as etapas para a realização do projeto de intervenção. Levantem também os materiais necessários para a execução do projeto. Escolham o professor que orientará o trabalho de acordo com as áreas de conhecimento envolvidas. 2. Levantamento de dados Organizem a turma em grupos, de
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