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M A N U A L D O P R O FE SS O R L IN G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G IA S P R O JE TO S I N TE G R A D O R ES L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S PROJETOS INTEGRADORES ENSINO MÉDIO Débora Mallet Eliane Aguiar MANUAL DO PROFESSOR CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O 0 0 4 0 P 2 15 0 5 PNLD 2021 MA TE RI AL D E D IV UL GA ÇÃ O. VE RS ÃO SU BM ET ID A À AV AL IAÇ ÃO . 2 900002 062052 2 0 6 2 0 5 ISBN 978-85-418-2742-3 INT_LING_LP_PNLD21_CAPA_DIVULGA.indd 2 03/11/20 11:39 Débora Mallet Bacharela e Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Educação pela Faculdade de Educação (FE) da USP. Coordenadora de Ensino e Aprendizagem em instituição privada de Ensino Superior. Eliane Aguiar Bacharela e Licenciada em Letras pela FFLCH–USP. Mestra e Doutora em Linguagem e Educação pela FE–USP. Especialista em Psicopedagogia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC–SP). Formadora de professores na área de Linguagens na rede pública e na rede privada. São Paulo, 1ª edição, 2020 L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S PROJETOS INTEGRADORES ENSINO MÉDIO MANUAL DO PROFESSOR INT_JP_LING_LP_PNLD21_FRONTIS.indd 1 2/27/20 11:23 AM Jovem Protagonista Projetos Integradores Linguagens e suas Tecnologias © SM Educação Todos os direitos reservados Direção editorial M. Esther Nejm Gerência editorial Cláudia Carvalho Neves Gerência de design e produção André Monteiro Edição executiva Ana Luiza Couto e Andressa Munique Paiva Edição Ana Spínola, Beatriz Rezende, Isadora Pileggi Perassollo, Laís Nóbile, Lígia Maria Marques, Millyane M. Moura Moreira, Rosemeire Carbonari, Tatiane Brugnerotto Conselvan Colaboração técnico-pedagógica Daniela Mussi e Raquel Lais Vitoriano Suporte editorial Fernanda Fortunato Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo Preparação: Eliane Santoro, Izilda de Oliveira Pereira, Luciana Chagas Revisão: Ana Paula Perestrelo, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Vera Lúcia Rocha Apoio de equipe: Beatriz Nascimento, Camila Lamin Lessa Coordenação de design Gilciane Munhoz Design: Andréa Dellamagna Coordenação de arte Ulisses Pires Edição de arte: Andressa Fiorio Diagramação: Angelice Taioque Moreira, Janaina Beltrame Coordenação de iconografia Josiane Laurentino Pesquisa iconográfica: Ana Stein, Bianca Fanelli Tratamento de imagem: Marcelo Casaro Capa Gilciane Munhoz Ilustração de capa: Estúdio Barca Projeto gráfico Megalo | Identidade, Comunicação e Design MP: Andréa Dellamagna Fabricação Alexander Maeda Impressão SM Educação Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 atendimento@grupo-sm.com www.grupo-sm.com/br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Mallet, Débora Jovem protagonista : projetos integradores : linguagens e suas tecnologias : ensino médio / Débora Mallet, Eliane Aguiar. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2020. ISBN 978-85-418-2737-9 (aluno) ISBN 978-85-418-2742-3 (professor) 1. Linguagens e suas tecnologias (Ensino médio) I. Aguiar, Eliane. II. Título. 20-32998 CDD-373.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livro-texto : Ensino médio 373.19 Iolanda Rodrigues Biode — Bibliotecária — CRB-8/10014 1a edição, 2020 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 2 2/20/20 7:11 PM Apresentação Caro aluno, cara aluna, Em pleno século XXI, acreditamos ser fundamental vivenciar experiências de apren- dizagem com protagonismo. Neste material, são propostos projetos coletivos que procuram dialogar com sua realidade, com base em princípios éticos, estéticos e políticos, a fim de que você possa desenvolver habilidades e competências para participar, com autonomia e de modo colaborativo, da construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Nesse sentido, o trabalho com projetos favorecerá a identificação de problemas próprios de seu contexto escolar, ou mesmo do entorno da escola, de sua comunidade ou da região onde mora, para que você possa participar da elaboração de planos de ação e de propostas de solução para tais problemas, opondo-se à ideia de que as respostas que vêm da escola são preconcebidas e desconectadas da realidade. Com isso, esperamos que as seis propostas que integram esta obra sejam bastante motivadoras para você e os colegas e proporcionem experiências de aprendizado significativas, que partam de seus interesses e promovam o trabalho colaborativo, o respeito mútuo, o autoconhecimento e a reflexão crítica sobre o mundo que os cerca. Apresentando brevemente os projetos: em “A escola é um lugar para chamar de nosso?”, você e os colegas vão propor a reforma ou a criação de um espaço físico na escola, refletindo sobre a relação de pertencimento que vocês têm com esse território. No projeto “O que nós, jovens, temos a ensinar?”, vocês vão protagonizar uma semana de atividades oferecidas à comunidade. Já em “As produções jornalístico-midiáticas me representam?”, o foco será a produção de um site com reportagens multimídia destinadas ao público jovem local. Além dessas propostas, em “Imigrantes e refugiados no Brasil: como promover o bom convívio com a diferença?”, vocês vão vivenciar a experiência de mediação de conflitos. Há, também, o projeto “Como problematizar um tema por meio de um curta-metragem?”, em que vocês produzirão um curta-metragem sobre um tema que consideram relevante. Por fim, em “Picharam o muro da escola... E agora?”, vocês vão novamente participar de uma mediação de conflitos e organizar um evento aberto à comunidade no qual ocorrerão oficinas de arte urbana. Nosso desejo é que, ao engajar-se nos seis projetos que compõem esta obra, você participe ativamente da construção do conhecimento, desenvolva o pensamento crítico, alimente sua criatividade e seja bem-sucedido em suas comunicações, inde- pendentemente da situação ou do desafio que possa enfrentar, dando abertura a novas formas de pensar e de atuar em sociedade. As autoras 3 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 3 2/20/20 9:03 AM Conheça seu livro APRESENTAÇÃO Vivência de mediação de conflito e anúncios de propaganda Neste projeto, você e os colegas vão conhecer mais sobre fluxos migratórios, pesquisando sobre imigrantes e refugiados que vivem no Brasil. Então, vão se apoderar de técnicas de mediação de conflito para escutar, com respeito e empatia, diferentes pontos de vista sobre a presença desses estrangeiros no país. Isso permitirá que vocês se coloquem no lugar do outro, simulando uma conversa entre esses grupos e representantes da sociedade civil, como advogados, representantes da prefeitura ou de subprefeituras e de ONGs que apoiam estrangeiros. Para finalizar, vão produzir anúncios de propa- ganda, a fim de divulgar o tema e promover a cultura da paz. Objetivos Refletir sobre a realidade de imigrantes e refugiados no Brasil. Conhecer diferentes perspectivas sobre a presença de estran- geiros na sociedade brasileira. Apropriar-se de técnicas de mediação de conflito. Planejar e produzir anúncios de propaganda para a comunidade. Justificativa A chegada massiva de imigrantes e refugiados ao Brasil nos últi- mos anos demandou dos estados a criação de programas de acolhi- mento dessa população e de combate à intolerância e ao precon- ceito, porque nem sempre a relação entre a população local e os estrangeiros é pacífica. Conhecer os diferentes argumentos que embasam o posicionamento de cada setor da sociedade é uma forma de exercitaro olhar empático para diferentes realidades e perspectivas. Para facilitar esse processo de escuta ativa e garantir respeito à fala do outro, é relevante apreender técnicas de mediação de conflito, base deste projeto. Além disso, planejar e produzir anún- cios de propaganda favorece a sensibilização do público-alvo a respeito da realidade de imigrantes e refugiados. Materiais necessários Dispositivo com acesso à internet. Celular ou outro recurso de captação de áudio e/ou vídeo. Folhas de cartolina ou de papel kraft, lápis grafite, canetas coloridas, tesoura, cola. 104 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P4_102A105.indd 104 2/20/20 3:44 PM Competências gerais da Educação Básica 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a cons- ciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posiciona- mento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro- movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem precon- ceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Competências específicas de Linguagens e suas Tecnologias 2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colabo- ração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global. 4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. Habilidades de Linguagens e suas Tecnologias (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contex- tos de uso. (EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos. (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir sentidos em diferentes contextos. (EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação de maneira crítica, criativa, solidária e ética. (EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. (EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse(s) interlocutor(es) e sem preconceito linguístico. (EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de comunicação global, levando em conta a multiplici- dade e variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mundo contemporâneo. Competências e habilidades desenvolvidas Este projeto o levará a refletir sobre a realidade de imigrantes e refugiados, a culti- var a capacidade de escuta e diálogo e a compartilhar com a comunidade os saberes adquiridos, exercitando, assim, posturas de acolhimento e respeito à diversidade. Isso favorecerá o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades da BNCC: W eb er so n S an tia go /ID /B R 105 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P4_102A105.indd 105 2/19/20 6:14 PM M I D I A E D U C A Ç Ã O 3PROJETO ETAPAS DO PROJETO APRESENTAÇÃO PERCURSO 2 É hora de pesquisar PERCURSO 1 Começando os trabalhos As produções jornalístico- -midiáticas me representam? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística (IBGE) em 2019 mostrou que, enquanto 35,7% dos brasileiros ainda vivem sem esgoto, 79,9% têm acesso à internet. Tomando como base esses números, é possível refletir sobre diversos aspectos que permeiam a realidade do Brasil. Entre eles, pode-se notar que, embora ainda haja uma enorme desigualdade social no país, a ponto de parte da população carecer de infraestrutura básica, a democratização da informação por meio do acesso à internet tem aumentado rapidamente e hoje alcança aproximadamente 166 milhões de brasileiros. 1. Em sua opinião, de que maneira o acesso à internet propicia o acesso à informação? 2. Pensando na sua resposta para a questão anterior, é possível afirmar que o acesso à internet é um caminho para a inclusão social? Por quê? 3. Observe a imagem da abertura. De que maneira ela se relaciona com a reflexão que você fez nas questões anteriores? 4. E você, utiliza a internet para se informar e transformar o seu entorno? 66 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P3_066A071.indd 66 2/19/20 5:40 PM PERCURSO 3 Planejando intervenções AVALIAÇÃO Balanço final PERCURSO 4 Mãos à obra! PERCURSO 5 Compartilhamento Jovens do povo Paiter Suruí, da aldeia Lapetanha, em Cacoal (RO). Foto de 2012. R ic ar do Te le s/ Pu ls ar Im ag en s 67 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P3_066A071.indd 67 2/19/20 5:40 PM Apresentação Na Apresentação, você e os colegas conhecerão o produto final que vão produzir, os objetivos e a justificativa do projeto, as competências e as habilidades que serão desenvolvidas, além dos materiais necessários para realizar o projeto. Abertura de projeto Na abertura, imagens e uma pergunta mobilizadora são acompanhadas de questões para você e os colegas refletirem sobre o tema do projeto. 4 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 4 2/20/20 6:43 PM No boxe Saiba mais, você vai encontrar informações complementares que aprofundam um assunto abordado no percurso. O boxe Explore apresenta indicações de livros, filmes e sites que dialogam com o tema do projeto. No Glossário, você vai encontrar a explicação de palavras, expressões ou siglas que talvez não conheça. Explore Manuais de redação para todas as mídias! No meio jornalístico, existem alguns manuais de redação que orientam a produção dos jornalistas, ou seja, guiam a escrita do texto jornalístico, independentemente da mídia na qual ele é apresentado. Vale a pena dar uma olhada nesses materiais. Manual da redação. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com. br/folha/circulo/manual_ introducao.htm. Acesso em: 3 fev. 2020. Manual de redação e estilo. Estadão. Disponível em:https://www.estadao.com.br/ manualredacao/. Acesso em: 3 fev. 2020. Passo 3 – Fazendo conexões No primeiro passo deste percurso, você analisou três reportagens como consumidor de conteúdo. Agora que também exercitou o olhar de produtor, que tal retomar esses textos? 1. Em duplas ou trios, releiam a reportagem “5 adolescentes que estão tentando mudar o mundo”, da BBC, e analisem: • a mídia em que o texto foi veiculado; • a linguagem utilizada; • a abordagem do tema, ou seja, o modo de condução dos fatos e depoimentos, o nível de aprofundamento, etc.; • os dados escolhidos para compor o texto; • a presença de opinião do produtor do texto. Eliane Brum e a reportagem do que não vira notícia Eliane Brum é uma das repórteres mais res- peitadas e premiadas da atualidade. Trabalhou durante onze anos no jornal Zero Hora, de Por- to Alegre, e dez anos como repórter especial da revista Época, em São Paulo. No período em que trabalhou em Porto Alegre, o jornal Zero Hora lhe concedeu o espaço de uma coluna semanal para explorar um tema inusitado: histórias de pessoas que nunca virariam notícia. A tarefa irônica dada a Brum se transformou na inesquecível coluna que ficou conhecida como A vida que ninguém vê. Posteriormente, um compilado das melhores histórias, as quais Brum gosta de chamar de “desacontecimentos”, foi publicado em um livro que levou o mesmo nome (A vida que ninguém vê, Arquipélago Editorial, 2006). Nele, a autora mostra que não existem vidas comuns, apenas olhos domesticados que não enxergam mais o extraordinário naquilo que parece comum. A obra foi reconhecida com o Prêmio Jabuti 2007 de melhor livro de reportagem. Sa ib a m a is Za no ne F ra is sa t/ Fo lh ap re ss A jornalista Eliane Brum. Foto de 2014. Novas tecnologias são aliadas de jornalistas e produtores de conteúdo no trabalho de edição de textos multimodais. S ut ip or n/ iS to ck /G et ty Im ag es 79Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P3_078A083.indd 79 2/20/20 3:05 PM A ascensão do podcast Em constante ascensão no mundo todo, o podcast, que já é consolidado em alguns países, como os Estados Unidos, vem conquistando cada vez mais brasileiros. A grande vantagem desse formato de mídia é a possibi- lidade de escutá-lo em qualquer dia, a qualquer hora e em qualquer lugar. Considerando que não sobra muito tempo no dia a dia para obtermos informação com profundidade, os podcasts podem ser ouvidos nos deslo- camentos pela cidade (a pé, no transporte público ou no carro), na acade- mia ou em qualquer outra atividade. Os programas e os assuntos aborda- dos também seguem a variedade esperada em uma mídia tão flexível: é possível encontrar desde os mais descontraídos debates filosóficos até grandes séries de reportagem. Por conta da importância e da qualidade que o podcast vem ganhando, ele se tornou uma nova categoria de um dos maiores prêmios de jornalismo do mundo, como explica a notícia a seguir. Pulitzer anuncia “Reportagem de áudio” como nova categoria para 2020 Redação Portal IMPRENSA | 16/12/2019 A “Reportagem de áudio” (Audio Reporting) é a nova categoria do prêmio Pulitzer de jornalismo. Assim, podcasts e programas de rádio poderão ser premiados a par tir de 2020. “O renascimento do jornalismo em áudio nos últimos anos deu origem a uma extraordinária variedade de histórias de não ficção. Para reconhecer o melhor desse trabalho, o Pulitzer Board está lançando uma categoria experimental para home- nageá-lo”, disse a administradora do Pulitzer, Dana Canedy. As organizações de notícias atual- mente qualificadas para concorrer ao Prêmio Pulitzer – jornais, revistas, serviços de notícias e sites de notícias on-line que publicam regularmente – terão permissão para inserir histórias de áudio nessa nova categoria, assim como produtores americanos indepen- dentes e transmissão de rádio dos EUA pontos de venda. […] Portal Impensa, 16 dez. 2019. Disponível em: http://portalimprensa.com.br/noticias/ultimas_ noticias/83006/pulitzer+anuncia+reportagem+de+audio+como+nova+categoria+para+2020. Acesso em: 29 jan. 2020. Sa ib a m a is 2. Agora, utilizem os mesmos tópicos para analisar o vídeo “How the climate strike travelled around the world”, do jornal The Guardian, e o podcast “Jovens querem ser agentes de transformação social”, do site Porvir – Inovações em Educação. 3. Retomem a “Tabela de organização das interpretações”, que foi apresentada ao final do passo 1 e copiada no caderno, e acrescentem as informações ou as características que julgarem importantes. Podcasts passam a concorrer ao Pulitzer. Fo to m on ta ge m : S pa xi ax /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R , C ar m en M ur ill o/ iS to ck /G et ty Im ag es 80 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P3_078A083.indd 80 2/19/20 6:13 PM Balanço final Na seção Balanço final, questões ajudarão você a fazer uma autoavaliação e a refletir sobre as etapas de realização do projeto e a recepção da comunidade. AVALIAÇÃO Balanço final Passo 1 – Um momento de autoavaliação Desenvolver o projeto “A escola é um lugar para chamar de nosso?” não foi tarefa fácil nem algo para ser feito individualmente, não é mesmo? Afinal, todos vivenciaram as muitas etapas, tarefas e os esforços individuais e coletivos. Agora, é hora de dar uma parada para que vocês façam uma autoavaliação do que aprenderam neste projeto. Retomem o portfólio e utilizem a coletânea de documentos e registros para fazer uma análise sobre o processo. Reflitam sobre como desenvolveram o trabalho e o que aprenderam em cada percurso, como aplicaram os conhecimentos que tinham e quais foram os aprendizados adquiridos no decorrer do projeto. Depois, individualmente, respondam às questões a seguir. 1 Em sua opinião, como o projeto “A escola é um lugar para chamar de nosso?” o ajudou a ser mais solidário e um cidadão melhor? 2 Ao desenvolver este projeto, você se tornou uma pessoa mais crítica? Explique. 3 As tarefas propostas neste projeto o ajudaram a desenvolver sua capacidade de argumentar e defender seus pontos de vista? De que forma isso ocorreu? 4 O projeto proporcionou o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção textual? Exemplifique. 5 Como você avalia seu desempenho durante o processo de cada percurso do projeto? 6 Você considera importante o trabalho em grupo na realização de projetos? Por quê? Passo 2 – Montando um painel de respostas Agora, em vez de compartilhar a autoava- liação com os colegas e o professor em uma roda de conversa, vocês vão montar um gran- de painel de resposta. Usando folhas de cartolina, papel kraft (pardo) ou papel-cartão, façam alguns painéis, anotando uma ou duas perguntas da ativida- de “Um momento de autoavaliação” em cada painel. Em seguida, você e os colegas de turma devem colocar nos painéis as respostas da- das a cada pergunta. A ideia é agrupar dife- rentes respostas para uma mesma pergunta, mostrando o que, individualmente, cada um de vocês pensou sobre o projeto e sobre a própria aprendizagem, revelando o que, cole- tivamente, a turma aprendeu com o projeto. Iz us ek /iS to ck /G et ty Im ag es O painel de respostas revela o aprendizado da turma. 39Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_034A039.indd 39 2/19/20 5:00 PM Podemos mencionar aqui alguns princípios metodológicos comuns tanto à Mediação quanto à EDH que orientam as ações no cotidiano escolar: • Escutar qualitativamente (para além de ouvir uma informação, abrir espaço de escuta para o outro, situar um sujeito de fala com uma história, cultura, afetos e repertório próprios e singu- lares; perguntar para entender melhor e não para culpar). • Dar um passo para trás (duvidar do seu próprio entendimento, suspender o julgamento para ampliar a compreensão do que está acontecendo). • Criar um espaço/tempo para sair do turbilhão epara refletir. • Pensar e atuar sempre na lógica do reconhecimento e do respeito mútuo (versus julgar ou salvar). • Trabalhar com a autonomia dos sujeitos (versus coagir, opinar, conduzir). • Fazer circular a palavra, provocar mobilidade das forças, atuar nas relações de poder. • Respeitar um fluxo de conversa por meio do acolhimento e da pactuação, passando pela explicitação e pela ampliação das narrativas, a criação de opções e se desdobrando em ações. • Atuar ético-politicamente e atuar coletivamente (promovendo corresponsabilização e desindividualização das questões). • Trabalhar junto em direção a um objetivo. • Ter como foco uma mudança de padrão de relação. • Enfocar os pequenos ganhos, criando solo para concretizar mudanças. • Fazer e cumprir acordos (versus usar chantagem ou ameaça). Texto 2 1. Sobre a mediação de conflitos e como deve ser conduzida, é correto afirmar que: I. a escuta atenta é fundamental para que a mediação ocorra de forma mais efetiva. II. a suspensão do julgamento sobre a fala dos outros é fun- damental em um processo de mediação. III. o pacto da mediação é importante para auxiliar os envol- vidos a estabelecer acordos sobre como se dará a conversa. IV. a defesa de argumentos e de pontos de vista sobre o pro- blema é útil para convencer o mediador a se posicionar. V. o papel do mediador é ajudar pessoas a dialogar, para encontrar uma forma mais colaborativa de convivência. VI. a chantagem e a ameaça não são recursos adequados à mediação de conflitos, nem a expectativa de mudança repentina de comportamentos. InstItuto VladImIr Herzog; Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Mediação de conflitos: educação em direitos humanos. São Paulo, 2019, p. 12-13 (Coleção Cadernos do Respeitar). Disponível em: https://respeitarepreciso.org.br/ wp-content/uploads/2019/10/mediacao-de-conflitos.pdf. Acesso em: 10 jan. 2020. EDH: sigla de Educação em Direitos Humanos. W eb er so n S an tia go /ID /B R 118 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P4_114A119.indd 118 2/19/20 6:25 PM Percursos A cada percurso, você será desafiado a elaborar uma das etapas do projeto. Ao longo desse caminho, você vai dar passos em direção ao produto final, realizando pesquisas, fazendo a gestão do projeto com os colegas, criando subprodutos e desempenhando diferentes funções nas equipes de trabalho. PERCURSO 1 Começando os trabalhos M ar le n e B er ga m o /F o lh ap re ss Artistas do rap paulistano que, jovens, se descobriram no mundo artístico. Da esq. para a dir.: locutor Fábio Rogério, estilista Natália da Silva, rapper Rincon Sapiência, DJ Will, rappers Doncesão e Kamau. Foto de 2011. Passo 1 – Transformações de jovens pela arte e pela cultura A seguir, você vai ler dois textos sobre como as manifestações artísticas e culturais podem transformar a vida dos jovens em dife- rentes contextos sociais. Por intermédio das experiências deles, é possível perceber o impacto que a arte e a cultura tiveram na vida desses jovens e como isso possibilitou a eles a expressão de senti- mentos e emoções, a ampliação da consciência corporal, a mani- festação da criatividade, o resgate da autoestima, a integração com o grupo, etc. Leia o trecho de um artigo sobre rap e o trecho de uma reportagem sobre mulheres capoeiristas. Depois, faça as atividades para conhecer um pouco da vida desses jovens. 44 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P2_040A049.indd 44 03/03/20 14:26 5 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 5 03/03/20 14:43 Sumário PROJETO 1 STEAM A escola é um lugar para chamar de nosso? .....................................................................................................................................10 Apresentação – Intervenção no espaço escolar .............................................................................................................................................12 Percurso 1 – Começando os trabalhos..............16 Passo 1 – Refletindo sobre o espaço escolar ......................................................................................................................................16 Passo 2 – Fazendo um tour pela escola ...........................................................................................................................................17 Passo 3 – Fazendo a primeira parada antes de continuar ........................................................................................19 Percurso 2 – É hora de pesquisar.................................20 Passo 1 – Lendo textos para compreender a arquitetura dos espaços ..........................................................20 Passo 2 – Pesquisando sobre o que outros estudantes já fizeram ...............................................24 Passo 3 – Alimentando o portfólio .........................25 Percurso 3 – Definindo a proposta do projeto ........................................................................................................................................... 26 Passo 1 – Elaborando painéis de projetos ......................................................................................................................27 Passo 2 – Fazendo entrevistas ........................................28 Passo 3 – Debatendo as propostas .................... 30 Passo 4 – Retomando o portfólio ............................ 30 Percurso 4 – Planejando intervenções ............31 Passo 1 – Planta baixa .......................................................................... 31 Passo 2 – Desenhando a planta do(s) ambiente(s) .....................................................................................................................32 Passo 3 – Pesquisas de orçamento, materiais, prazos ..............................................................................................33 Passo 4 – Abastecendo o portfólio ................................................................................................................................33 Percurso 5 – Mãos à obra! .............................................................34 Passo 1 – Planejamento do texto da proposta ..................................................................................................................34 Passo 2 – Elaboração escrita da proposta ..................................................................................................................35 Passo 3 – Revisão da proposta ......................................35 Passo 4 – Leitura coletiva da proposta ..............................................................................................................................35 Passo 5 – Formatação e edição da escrita da proposta .....................................................................................35 Passo 6 – Voltando ao portfólio ....................................35 Percurso 6 – Compartilhamento ...................................36 Passo 1 – Encaminhamento da proposta para os gestores ...............................................................................................37 Passo 2 – Preparando a apresentação da proposta ................................................................................................................37 Passo 3 – Convidando a comunidade................................................................................................................ 38 Passo 4 – Apresentação ............................................................... 38 Passo 5 – Viabilizando o projeto ................................. 38 Passo 6 – Finalizando o portfólio .............................. 38 Avaliação – Balanço final..................................................................39 PROJETO 2 PROTAGONISMO JUVENIL O que nós, jovens, temos a ensinar? ....................40Apresentação – Semana da juventude .......... 42 6 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 6 2/20/20 9:03 AM Percurso 1 – Começando os trabalhos ............44 Passo 1 – Transformações de jovens pela arte e pela cultura ..........................................................................................44 Passo 2 – Eu, protagonista ...................................................... 48 Percurso 2 – É hora de pesquisar.................................50 Passo 1 – O que é realmente relevante para a comunidade? ................................................................................50 Passo 2 – Como apresentar para a comunidade? .............................................................................................................51 Passo 3 – Queremos outras possibilidades? .....................................................................................................53 Percurso 3 – Planejando intervenções ...........54 Passo 1 – Organizando oficinas .....................................55 Passo 2 – Organizando outras atividades .........................................................................................................................55 Passo 3 – Precisamos de um cronograma! .............................................................................................................. 56 Percurso 4 – Mãos à obra! ..............................................................57 Passo 1 – Divulgação do evento ...................................57 Passo 2 – Convite ao público ............................................. 58 Passo 3 – Organização do local do evento ......................................................................................................................... 58 Passo 4 – Abertura do evento ......................................... 58 Passo 5 – É hora de avaliar ...................................................... 59 Percurso 5 – Compartilhamento ................................... 62 Passo 1 – Recepcionando os convidados ....................................................................................................................62 Passo 2 – Antes das atividades .....................................63 Passo 3 – Como seremos avaliados? ........................................................................................................................63 Avaliação – Balanço final..................................................................65 PROJETO 3 MIDIAEDUCAÇÃO As produções jornalístico-midiáticas me representam? .................................................................................................66 Apresentação – Jornal on-line .............................................68 Percurso 1 – Começando os trabalhos .............72 Passo 1 – Consumidor ..........................................................................72 Passo 2 – Pensando como produtor: notícia ou reportagem?.....................................................................78 Passo 3 – Fazendo conexões ..............................................79 Passo 4 – Fake ou fato? ....................................................................81 Passo 5 – Parada estratégica ........................................... 83 Percurso 2 – É hora de pesquisar.................................84 Passo 1 – Reunião de pauta ................................................... 84 Passo 2 – Pesquisa sobre o tema ............................86 Passo 3 – Pesquisa sobre reportagem multimídia .........................................................................................................................87 Passo 4 – Pesquisa sobre o público-alvo ................................................................................................................90 Percurso 3 – Planejando intervenções ........... 92 Passo 1 – Planejar é preciso ...................................................92 Passo 2 – Retomar os temas ...............................................93 Passo 3 – Montar o cronograma .................................93 Percurso 4 – Mãos à obra! .............................................................94 Passo 1 – Apuração ...................................................................................94 Passo 2 – Escrita ............................................................................................. 96 Passo 3 – Edição ..............................................................................................97 Percurso 5 – Compartilhamento ..............................100 Passo 1 – Enfim, o jornal on-line ..............................100 Passo 2 – Lançamento e divulgação ............100 Avaliação – Balanço final...............................................................101 7 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 7 2/21/20 1:47 PM PROJETO 4 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Imigrantes e refugiados no Brasil: como promover o bom convívio com a diferença? ................................................................................................102 Apresentação – Vivência de mediação de conflito e anúncios de propaganda ..................... 104 Percurso 1 – Começando os trabalhos....... 106 Passo 1 – Histórico da imigração no Brasil ............................................................................................................................107 Passo 2 – Imigrantes e refugiados ......................110 Passo 3 – Narrativas de vida ..............................................112 Percurso 2 – É hora de pesquisar..............................114 Passo 1 – Imigrantes e refugiados aqui do lado? ...........................................................................................................114 Percurso 3 – Contextualizando a mediação de conflitos .....................................................................................................................116 Passo 1 – O que é mediação de conflito e como deve ser conduzida? .....................................................117 Passo 2 – Realizar experimentos ............................119 Percurso 4 – Planejando intervenções ......120 Passo 1 – Apresentando o problema ............120 Passo 2 – Reconhecendo os atores ..................121 Passo 3 – Pesquisas ..............................................................................121 Passo 4 – Como organizar a mediação .......................................................................................................................123 Percurso 5 – Mãos à obra! .........................................................124 Passo 1 – Durante a vivência ............................................124 Passo 2 – Avaliação do processo ..........................125 Percurso 6 – Compartilhamento ...............................126 Passo 1 – O que é um anúncio de propaganda? ..........................................................................................................126 Passo 2 – Primeira versão dos anúncios de propaganda ...................................................................................................127 Passo 3 – Revisão dos anúncios .............................129 Passo 4 – Versão final ....................................................................130 Passo 5 – Como vamos divulgar? .......................130 Avaliação – Balanço final............................................................... 131 PROJETO 5 MIDIAEDUCAÇÃO Como problematizar um tema por meio de um curta-metragem? ................................................................132 Apresentação – Curtas-metragens de ficção ...............................................................................................................................134 Percurso 1 – Começando os trabalhos........ 137 Passo 1 – Compreender o conto .............................137 Passo 2– Compreender um roteiro de filme ..............................................................................................................................143 Passo 3 – Compreender o curta-metragem ............................................................................................147 Passo 4 – Parada estratégica ........................................149 8 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 8 2/20/20 9:03 AM Percurso 2 – É hora de pesquisar.............................150 Passo 1 – Definir o tema.............................................................150 Passo 2 – Escolher o conto ..................................................151 Passo 3 – Pesquisar sobre o tema .....................151 Passo 4 – Entrevistar, selecionar e coletar informações ......................................................................153 Passo 5 – Registrar as informações ...............154 Percurso 3 – Planejando intervenções .......155 Passo 1 – Definir o story-line e o argumento ................................................................................................................. 155 Passo 2 – Definir e caracterizar as personagens ......................................................................................................... 156 Passo 3 – Definir a estrutura do roteiro ................................................................................................................................... 156 Passo 4 – Escrever as cenas ............................................157 Passo 5 – Revisar e editar o roteiro..................157 Percurso 4 – Mãos à obra! .........................................................158 Passo 1 – Definir a função dos participantes ......................................................................................................... 158 Passo 2 – Ensaiar ....................................................................................... 159 Passo 3 – Providenciar os recursos e planejar a gravação ............................................................................... 159 Passo 4 – Gravar o curta-metragem ............160 Passo 5 – Avaliar o conteúdo gravado ...............................................................................................................................161 Passo 6 – Editar o curta-metragem..................161 Percurso 5 – Compartilhamento ...............................163 Passo 1 – Divulgar os curtas-metragens para a comunidade ..................................................................................163 Passo 2 – Inscrever os curtas-metragens em festivais ..............................................................................................................164 Avaliação – Balanço final.............................................................. 165 PROJETO 6 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Picharam o muro da escola... E agora? ......166 Apresentação – Comunicação circular e oficina de arte urbana ...........................................................................168 Percurso 1 – Começando os trabalhos .........172 Passo 1 – O que as imagens dizem? .................172 Percurso 2 – É hora de pesquisar .............................176 Passo 1 – Andando pela cidade e fotografando suas intervenções .............................176 Passo 2 – Organizando e apresentando os resultados da pesquisa de campo ....................... 177 Passo 3 – O que cada um diz: lendo textos que se confrontam ..................................................................................178 Percurso 3 – Planejando intervenções .......182 Passo 1 – E se fosse na sua escola? ................182 Passo 2 – Entendendo a proposta ..................... 183 Percurso 4 – Mãos à obra! .........................................................185 Passo 1 – Antes de iniciar a comunicação circular ................................................................................................................................ 185 Passo 2 – Colocando em prática............................186 Percurso 5 – Compartilhamento ...............................187 Passo 1 – Oficinas de arte urbana na escola .........................................................................................................................187 Avaliação – Balanço final..............................................................189 BIBLIOGRAFIA COMENTADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 9 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_INICIAIS_003A009.indd 9 2/20/20 9:03 AM S T E A M 1PROJETO ETAPAS DO PROJETO APRESENTAÇÃO PERCURSO 2 É hora de pesquisar PERCURSO 1 Começando os trabalhos A escola é um lugar para chamar de nosso? A escola é, certamente, um dos lugares em que você já passou e ainda passa a maior parte de seu tempo, não é mesmo? São horas e horas do dia entrando e saindo de aulas; construindo inúmeros aprendizados; encontrando pessoas e fazendo amizades; vivenciando e compartilhando experiências; desenvolvendo valores que o ajudam a ser uma pessoa cada vez mais respeitosa, ética e responsável. 1. Do que você mais gosta quando está na escola? Em que ambiente da escola você se sente mais confortável? 2. O que você gostaria que fosse diferente em sua escola? Que espaço físico você gostaria que tivesse em sua escola, mas não tem? 3. Observe as imagens ao lado. O que elas retratam? Que mudanças foram feitas? Você considera que as intervenções mostradas foram benéficas para aquela comunidade? ANTES ANTES 10 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 10 2/19/20 3:34 PM PERCURSO 4 Planejando intervenções AVALIAÇÃO Balanço final PERCURSO 5 Mãos à obra! PERCURSO 6 Compartilhamento PERCURSO 3 Definindo a proposta do projeto Fotos da Escola Municipal Maria Silva Lucas, em Contagem (MG), antes e depois de reforma realizada em 2018. Fo to gr af ia s: G er al do T ad eu /P re fe itu ra d e C on ta ge m DEPOIS DEPOIS G er al do T ad eu /P re fe itu ra d e C on ta ge m 11 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 11 2/20/20 2:43 PM APRESENTAÇÃO Intervenção no espaço escolar O projeto “A escola é um lugar para chamar de nosso?” tem como objetivo promover uma reflexão sobre o espaço escolar e a relação de pertencimento que você e os demais estudantes estabelecem com esse ambiente de convivência e de aprendizagens. O projeto pretende ajudá-los a construir caminhos de transformação desse lugar de acordo com as necessidades da comunidade escolar. Para tanto, propõe como produto a elaboração de uma proposta de reforma e/ou de criação de um espaço físico na escola em que estu- dam. Pode ser um espaço que, do modo como se encontra, não atenda às necessidades e ao bem-estar dos estudantes e necessite de uma reforma, ou, então, um novo espaço ou ambiente que não existe na escola, e que você e os colegas gostariam de criar. A construção de um novo espaço na escola deve considerar não apenas suas necessidades e as de sua turma, mas o bem-estar de todos os estudantes da escola. É preciso lembrar que a viabili- dade da proposta também deve ser analisada de acordo com o seu caráter técnico. Desse modo, este projeto vai exigir um trabalho colaborativo para resolver os desafios impostos e a atuação de cada um como protagonista e responsável pela construção da própria aprendizagem. Objetivos Refletir sobre o espaço físico da escola de modo a contribuir para a melhoria da comunidade escolar. Elaborar propostas e soluções criativas para a reforma e/ou a criação de um espaço escolar, de forma autônoma e colaborativa, corresponsabilizando-se pela realização de ações e de projetos voltados para o bem comum. Selecionar informações relevantes para argumentar e defender ponto de vista com relação à proposta de reforma e/oucriação de um espaço escolar. Ler e analisar criticamente textos verbais e multissemióticos para construir conhecimento sobre o tema explorado no projeto. Pesquisar projetos de intervenção elaborados por outros estu- dantes, exercitando a curiosidade e estimulando a criatividade. Elaborar plantas baixas do espaço e planilhas de orçamento e prazos relacionando diferentes áreas de conhecimento de modo a colaborar com a construção do projeto. 12 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 12 2/19/20 3:34 PM Utilizar diferentes linguagens, mídias e platafor- mas, analógicas e digitais, para elaborar uma proposta formal, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos. Utilizar ferramentas digitais para selecionar, ca- tegorizar, tratar, reorganizar e disponibilizar in- formações. Elaborar um portfólio do projeto de maneira a ter consciência e a estabelecer um olhar avalia- tivo sobre o processo de produção. Justificativa Este projeto pode ser considerado o primeiro passo para qualquer possibilidade de mudança na escola, uma vez que permite construir um per- curso que se inicia na constatação de uma neces- sidade de mudança e propõe que você e os cole- gas pensem nos procedimentos para que essa mudança ocorra. Afinal, não basta querer algo para que magicamente isso se concretize. Planejar, organizar, pesquisar, analisar, refletir, utilizar conhe- cimentos técnicos de diferentes áreas são ações necessárias para tornar possível a viabilização do que se deseja. Somente assim vocês poderão construir uma proposta formal, documentada, que analise as condições do espaço escolar a ser refor- mado e/ou construído; fundamentem o motivo pelo qual esse espaço precisa ser mudado e/ou construído; pesquisem como essa mudança/cons- trução pode ser viabilizada; proponham etapas e cronograma para sua concretização; dialoguem com a comunidade escolar, não apenas para que aprove a proposta de vocês, mas, também, para que esta esteja representada no projeto. Criatividade, imaginação e inovação, portanto, serão requisitos para elaborar uma proposta de soluções viáveis para a reforma ou para a criação de um espaço escolar. Mas, não só! Além deles, será preciso aprender e acionar vários conhecimentos técnicos para propor mudanças que sejam possí- veis, baseadas em estudos, pesquisas e análise de experiências já vividas por estudantes de outras comunidades escolares. Para tanto, este projeto convida você e os colegas a fazer um percurso por situações e desafios que envolvem conhecimen- tos de arquitetura, design, fotografia, matemática, tecnologia, ciências entre muitos outros. Materiais necessários Computadores com acesso à internet; celulares e/ou máquinas fotográficas; folhas de cartolina, papel kraft (pardo); bloco de notas adesivo colorido ou folhas de papel-cartão de várias cores; canetas hidrográficas coloridas ou lápis de cor; réguas, esquadros, compasso, fita métrica. Competências e habilidades desenvolvidas Neste projeto, você e os colegas poderão viven- ciar experiências de aprendizagem significativas que contribuem para a construção do sentimento de pertencimento, ampliando a capacidade de se relacionar com o outro, com a sociedade e com o ambiente; desenvolvendo autonomia e pensa- mento crítico; e permitindo a elaboração de propostas de intervenção de forma colaborativa para a melhoria de espaços coletivos. Tudo isso fará com que vocês desenvolvam algumas das competências e das habilidades listadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), conforme o quadro das páginas seguintes. W eb er so n S an tia go /ID /B R 13 JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 13 2/19/20 3:34 PM Competências gerais da Educação Básica 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiên- cias, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Competências específicas de Linguagens e suas Tecnologias 2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, res- peitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global. 7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva. Habilidades de Linguagens e suas Tecnologias (EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos. (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir sentidos em diferentes contextos. (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes lingua- gens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação. (EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e opiniões, para formular, negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas. (EM13LGG304) Formular propostas, intervir e tomar decisões que levem em conta o bem comum e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global. (EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística ecultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação de maneira crítica, criativa, solidária e ética. (EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e funcio- nalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e adequado a práticas de linguagem em diferentes contextos. (EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede. 14 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 14 2/19/20 3:34 PM PERCURSO 1 Competências específicas de Matemática e suas Tecnologias 2. Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de problemas sociais, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das impli- cações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, mobilizando e articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática. 3. Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para interpretar, construir modelos e resolver pro- blemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente. 4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e precisão, diferentes registros de representação matemáticos (algébrico, geomé- trico, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunicação de resultados de problemas. Habilidades de Matemática e suas Tecnologias (EM13MAT201) Propor ou participar de ações adequadas às demandas da região, preferencialmente para sua comunidade, envolvendo medições e cálculos de perímetro, de área, de volume, de capacidade ou de massa. (EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos. (EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e na análise de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas (para o controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e com- postos, entre outros), para tomar decisões. (EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da área de uma superfície (reconfigurações, apro- ximação por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento e a distri- buição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de áreas totais e de volumes de prismas, pirâmides e corpos redondos em situações reais (como o cálculo do gasto de material para revestimento ou pinturas de objetos cujos for- matos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT406) Construir e interpretar tabelas e gráficos de frequências com base em dados obtidos em pesquisas por amos- tras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que inter-relacionem estatística, geometria e álgebra. Competência específica de Ciências da Natureza e suas Tecnologias 3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Habilidades de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição e repre- sentar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica. (EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimen- tos, elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental. 15Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_010A015.indd 15 2/19/20 3:34 PM PERCURSO 1 Começando os trabalhos Ig or A le cs an de r/ iS to ck /G et ty Im ag es Passo 1 – Refletindo sobre o espaço escolar Na apresentação deste projeto, fizemos algumas perguntas sobre o que a sua escola signi- fica para você. Agora é o momento de você refletir sobre isso e escrever algumas frases que traduzam seus sentimentos e suas percepções acerca desse espaço. Utilize adjetivos e expressões adjetivas que caracterizem o ambiente escolar. O que eu penso da escola que frequento... Em seguida, escolha um dos espaços físicos da escola que você gostaria que fosse diferente. Primeiro, descreva-o exatamente como está atualmente. Depois, descreva-o como você gostaria que fosse. Como é o espaço físico da escola que eu gostaria de mudar. Como esse espaço deveria ser. Há algum espaço que não existe na escola e que você gostaria que fosse criado e aprovei- tado por todos os estudantes? Descreva como você o imagina e exponha alguns argumentos que justifiquem sua criação. Que espaço deveria existir na escola. Por que esse espaço é necessário. Em trabalhos baseados em projetos, o compartilhamento e a troca com os colegas são fundamentais para se alcançar os objetivos propostos. 16 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_016A019.indd 16 2/19/20 3:49 PM Roda de conversa Após anotar suas respostas, compartilhe-as em uma roda de conversa com os colegas e o profes- sor. É importante, nesse momento, que todos se manifestem e expli- quem por que acham que determi- nado espaço físico deveria ser dife- rente ou por que um novo espaço deveria existir na escola. Comparem as respostas, obser- vando as diferenças e as semelhan- ças entre elas. As descrições que cada um fez foram precisas? Todos reconhecem os espaços descritos da mesma forma? Os espaços fo ram descritos do mesmo jeito, com os mesmos adjetivos? Reflitam sobre os argumentos utilizados para justificar a reforma e/ou a criação de um espaço físico. Passo 2 – Fazendo um tour pela escola Na atividade anterior, vocês conversaram e identificaram espaços de sua escola que poderiam ser transformados e/ou criados. Agora, vocês vão sair da sala de aula e fazer um passeio de reconhecimento e reconexão com esses espaços. Antes, porém, vão fazer um mapa da escola dividindo-a em setores. Coletivamente, façam uma lista de todos os espaços da escola: recep- ção; secretaria; diretoria; coordenação; salas de aula; quadra esportiva; biblioteca; sala de informática; sala dos professores; entre outros. Em seguida, agrupem esses espaços de acordo com a localização que ocupam na escola. Por exemplo: a sala dos professores, a da coorde- nação e a da direção ficam no mesmo grupo porque estão no mesmo corredor; as salas de aula em outro grupo; e a biblioteca e a sala de informática em outro grupo por estarem próximas. Desenhem um mapa da escola com todosos espaços listados e devidamente identificados com legendas. Distinga por cores os setores definidos anteriormente. Façam o mapa em uma cartolina para que possa ser fixado em uma parede da sala e todos possam visualizá-lo. Utilizem réguas, esquadros e canetas coloridas na cons- trução dele. Concluído o mapa, organizem-se em grupos de acordo com o número de setores em que a escola foi dividida. Cada grupo ficará responsável por registrar as observações de seu setor no passeio de reconhecimento. Para o tour, levem cadernos e canetas para as anotações e apare- lhos celulares e/ou máquinas fotográficas para fotografar todos os lugares. Essas fotos serão úteis nas próximas atividades do projeto. Explore Tutorial de fotografia Na realização deste projeto, é importante fotografar os espaços da escola para auxiliar no planejamento da proposta e também para que os leitores compreendam a motivação de alteração ou criação de um espaço. É preciso fazer boas fotos, com enquadramento e nitidez, para que, posteriormente, possam ser analisadas em todos os detalhes. Há alguns sites que trazem dicas de como tirar boas fotos. Veja duas sugestões a seguir. Kingston Brasil. Como tirar fotos profissionais com o celular. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v= ZXoJ48pyiwc. Acesso em: 11 jan. 2020. MarMion, Jorge. Noções básicas de composição. Sampa Online. Disponível em: http://www.sampaonline.com. br/reportagens/cursode fotografia_composicao.htm. Acesso em: 11 jan. 2020. H ug o A ra új o/ ID /B R 17Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_016A019.indd 17 21/02/20 19:04 Vamos criar um portfólio? Você se lembra de quando era criança e, ao final de cada bimestre, trimestre ou ano, o professor lhe entregava uma pasta com todos os trabalhos realizados durante aquele período? Geralmente, nessa pasta, eram colocados desenhos, textos, ativi- dades avaliativas e fotos de algum passeio da escola. Essa pasta, com todas as suas produções, é chamada de portfólio. Ela tem a fina- lidade de documentar seu processo de aprendizagem, mostrando o que você fez e o que aprendeu. Em outras palavras, o portfólio é uma espécie de dossiê de suas habilidades e experiências escolares. Agora, você e os colegas vão compor um portfólio com os registros da elaboração do projeto “A escola é um lugar para chamar de nosso?”. Esse material servirá para registrar, organizar e avaliar todos os percursos do projeto que vocês estão desen- volvendo. E também para que vocês possam ter o entendimento de todo o processo quando ele terminar, avaliando o que aprenderam e produziram. Por onde começar? Sigam as instruções. A O portfólio, para ser fiel a todos os percursos do projeto, deve conter os registros de cada produção que vocês desenvolverem. Como essas produções foram iniciadas com o tour pela escola, vocês devem arquivar as anotações que fizeram e as fotos que tiraram. Não é necessário colocar tudo. Façam uma seleção das melhores anotações e fotos feitas pelos integrantes dos grupos. B Vocês podem fazer um portfólio impresso, com pastas próprias para isso ou fichários, anexando as anotações e algumas fotos – nesse caso, elas terão de ser impressas. Se optarem por portfólios digitais (em pastas de drives, no computador) ou on-line (em sites), devem seguir as mesmas orientações, mas poderão usar também outros recursos para anexar os documentos e distribuí-los nas páginas digitais. Sa ib a m a is Sir gu nh ik/i Sto ck/ Ge tty Im ag es Em cada ambiente visitado da escola, observem que uso é feito dele atualmente, as pessoas que o utilizam e se está bem preservado. Anotem o tamanho e as proporções de cada sala e os móveis e objetos presentes em cada uma delas. Também é interessante registrar as impres- sões que os espaços causam em vocês e se se recordam de alguma história que tenha ocor- rido nesses lugares. B ao na /iS to ck /G et ty Im ag es U rb an co w /iS to ck /G et ty Im ag es A nd re sr /iS to ck /G et ty Im ag es Imagens de uma sala de aula, da área de um espaço de circulação e de uma biblioteca. Além de descrever os ambientes visitados, é importante fazer fotos dos espaços, pois esse material auxiliará nos percursos posteriores do projeto. 18 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_016A019.indd 18 2/19/20 3:49 PM Passo 3 – Fazendo a primeira parada antes de continuar É muito importante fazer algumas pausas no decorrer da elabo- ração do projeto, tanto com a finalidade de organizar as ideias quanto para ordenar o que já foi realizado e para pensar no que ainda precisa ser feito. Nesse sentido, vejam só quantas coisas vocês já fizeram até agora: Refletiram sobre o espaço escolar e discutiram sobre quais luga- res poderiam ser alterados e/ou criados. Produziram um mapa da escola. Fizeram um tour pela escola, no qual fotografaram todos os es- paços visitados, anotaram as impressões que tiveram sobre eles e descreveram esses ambientes. Iniciaram a elaboração de um portfólio, que será abastecido a cada percurso do projeto. Nada mau, hein? Mas isso foi só um aquecimento. Explore Portfólio digital Serve também para divulgar trabalhos, como um currículo ilustrado, sendo usado por arquitetos e ilustradores. Se vocês optarem pelo portfólio digital, vão desenvolver habilidades que serão úteis na vida profissional. O link a seguir traz plataformas gratuitas que ensinam a criar portfólios. Fernandes, Rodrigo. Cinco sites para fazer portfólio: ferramen- tas grátis podem ajudar a mostrar seus trabalhos de forma organizada. TechTudo, 11 maio 2019. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/ listas/2019/05/cinco-sites- para-fazer-portfolio.ghtml. Acesso em: 11 jan. 2020. C Para organizar esses documentos, é preciso: Fazer uma capa da qual devem constar o título do projeto, os nomes de todos os integrantes, o nome do professor orientador do projeto, o nome da escola e a indicação do ano escolar. Redigir uma breve descrição do que será feito no projeto, em cada etapa e como produto final. Dar um título a cada atividade, no caso das primeiras produções, por exemplo, poderia ser “Fazendo um tour pela escola”, e escrever um parágrafo explicativo do que fizeram nessa atividade, apresentando os registros: mapa, anotações, fotos. As fotos devem ser legendadas, considerando as especificidades do que querem destacar. Escrever um comentário sobre o que acharam de cada atividade e o que aprenderam com ela. Nos momentos em que a sala for organizada em grupos, cada um deles deve fazer o seu comentário e os comentários de todos os grupos devem ser colocados no portfólio da turma. D O portfólio será retomado a cada nova produção no decorrer do projeto para que vocês possam organizá-lo em ordem cronológica, montando uma linha do tempo. O portfólio poderá ser um recurso de apoio bastante útil na apresentação do projeto à comunidade escolar, para ilustrar todos os percursos e as ações que desenvolveram para a reforma e/ou criação de um espaço na escola. Além disso, ele será usado como um dos instrumentos de avaliação e autoavalia- ção do projeto, por meio do qual vocês poderão retomar todas as produções, analisar o que fizeram, refletir sobre o que aprenderam e o que ainda precisam aprender. Portanto, caprichem na elaboração desse documento! 19Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_016A019.indd 19 2/20/20 2:48 PM PERCURSO 2 É hora de pesquisar S yd a Pr o d u ct io n s/ S h u tt er st o ck .c o m /ID /B R Passo 1 – Lendo textos para compreender a arquitetura dos espaços Estudar como os espaços são arquitetados é fundamental para o desenvolvimento do projeto “A escola é um lugar para chamar de nosso?”. Afinal, é o espaço físico da escola que vocês querem trans- formar ou criar. A seguir, vocês encontram dois textos (um escrito e um vídeo, de aproximadamente16 minutos) que podem ajudá-los a compreender o conceito de espaço e aspectos importantes do ambiente escolar. Organizem-se em grupos para desenvolver uma leitura compar- tilhada, discutindo passagens dos textos, dúvidas, questionamentos e interpretações. Façam anotações para, depois, compartilhá-las com os colegas dos outros grupos. A pesquisa é essencial para o desenvolvimento do projeto. 20 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_020A025.indd 20 2/19/20 4:03 PM Arquitetura (1) – A finalidade das construções Por que o homem constrói cabanas, casas e prédios? Quais os propósitos da arquitetura? A maioria das pessoas dirá provavel- mente que a arquitetura nasceu para a construção de abrigos, esquecendo o significado das construções. Afinal, as primeiras construções eram habitações, e as pessoas precisavam de abrigos para sobreviver. Mas abrigar não é a única função de uma casa. O ambiente construído tem vários objetivos: abrigar as ativida- des e os bens das pessoas que habitam determinado espaço, prote- ger os moradores contra outros seres humanos, animais ou mesmo de “males” sobrenaturais (é o caso, por exemplo, dos templos), promover a integração de um grupo, reforçar a identidade social e indicar status. [...] Origens da arquitetura As primeiras construções de que sabemos remontam aos homi- nídeos, na pré-história. Esses nossos antepassados construíram abrigos de forma semicircular, utilizando pedras. Como este, conhe- cido como a Cabana de Terra Amata, cujos vestígios arqueológicos foram encontrados em Nice, na França. O homem planeja e constrói há muito tempo e, certamente, as origens da arquitetura são mais antigas que a aparição daquele que foi considerado o primeiro arquiteto – o projetista de uma pirâmide em degraus do Egito. Os ambientes, de modo geral, em arquitetura, são projetados, ou seja, englobam decisões e escolhas humanas. Todos os ambien- tes resultam de escolhas feitas entre as alternativas possíveis e tendem a ser o reflexo da cultura de um povo. Mais uma vez, pode-se perceber que a função da arquitetura vai muito além da ideia de abrigo. Ela pode prover ambientes para determinadas atividades, ser um símbolo de força, oferecer priva- cidade, fornecer informação e expressar crenças. A arquitetura pode também ajudar a estabelecer a identidade individual ou de um grupo, separando domínios e determinando distinção entre o aqui e o ali. AlencAr, Valéria Peixoto de. Arquitetura (1) – A finalidade das construções. Uol Educação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ artes/arquitetura-1-a-finalidade-das-construcoes.htm. Acesso em: 28 jan. 2020. Texto Cabana de Terra Amata. Jo sé -M an ue l B en ito /L oc ut us B or g/ C C 0 Explore Conhecendo diferentes projetos de arquitetura escolar Para você continuar aprendendo sobre arquitetura escolar e ter ideias para desenvolver seu projeto de Linguagens, vale a pena ler o texto “Arquitetura escolar e sua influência na qualidade de ensino”, de Patrícia Blümel, e assistir ao vídeo “Destino: educação – escolas inovadoras”, com duração de 51 minutos, indicado no próprio texto. O vídeo apresenta o Projeto Âncora, uma escola com espaços e métodos de ensino e aprendizagem bem diferentes e inovadores. Certamente, ambos podem sugerir muitas ideias de transformação/criação de espaços na escola. Disponível em: https:// habitusbrasil.com/arquitetura- escolar-qualidade-de-ensino/. Acesso em: 11 jan. 2020. 21Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_020A025.indd 21 2/20/20 2:52 PM Analisando os textos Em grupo, discutam os textos e respondam às atividades a seguir. Depois, organizem um quadro com as principais ideias dos dois textos, relacionando arquitetura com a escola e a aprendizagem dos estudantes. Analisem também as partes de cada texto e selecionem argumentos que justifiquem a importância da arquitetura para a vida em sociedade e, especialmente, que mostrem a relevância da arqui- tetura escolar para a aprendizagem dos estudantes. 1. Além de servir de abrigo, quais outros propósitos as construções podem apresentar? 2. Nas origens dos primeiros abrigos, de que forma as diferentes construções correspondiam às demandas das pessoas que as habitavam? 3. No caso das escolas, como a arquitetura pode favorecer ou não a aprendizagem dos estudantes? 4. Que tipo de espaço favorece a sensação de pertencimento e a aprendizagem, no ambiente escolar? 5. Levando em consideração os textos 1 e 2, como a arquitetura e o design de ambientes podem ajudar vocês a refletir sobre as propostas de transformação e de criação de um espaço na escola em que vocês estudam? 6. A arquitetura e o design podem ajudá-los a ser criativos e a pensar em soluções possíveis e fáceis de serem executadas? Justifique. 7. Na opinião de vocês, é possível que a arquitetura e o design auxiliem na promoção de mudanças no espaço escolar de maneira mais econômica? Vídeo Professora da Unicamp, Doris Kowaltowski, fala sobre “Arquitetura Escolar” na TV Univesp O vídeo mostra uma entrevista com a professora da Unicamp sobre aspectos da arquitetura escolar que influenciam na apren- dizagem e no modo de relacionamento dos alunos. https://vimeo.com/25238937 TV Univesp. Professora da Unicamp, Doris Kowaltowski, fala sobre “Arquitetura Escolar” na TV Univesp. Oficina de Textos (15 min 32 s). Disponível em: https://vimeo.com/25238937. Acesso em: 11 jan. 2020. Capa de Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino, da professora Doris Kowaltowski. O fic in a de Te xt os /A rq ui vo d a ed ito ra 22 Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_020A025.indd 22 2/20/20 2:52 PM O que é layout de ambiente? Você já ouviu falar na expressão “conceito aberto” em arquitetura? Geralmente, essa expressão é utilizada para designar ambientes sem paredes, separados apenas por móveis, como cozinhas que se integram a salas de jantar, as quais, por sua vez, se integram à sala de estar, e assim por diante. É importante saber que “conceito aberto” é um exemplo do que os arquitetos e designers costumam chamar de layout, ou seja, um esboço da organização dos ambientes tendo em vista sua funcionalidade, circulação, conforto e segurança. Outros layouts são possíveis, evidentemente, quando se trata de organizar os espaços físicos e a modelagem dos ambientes, sejam eles profissionais, domésticos ou escolares, como se pode observar na imagem abaixo. Além da planta baixa, o layout pode incluir a simulação de móveis e objetos na representação de um projeto de um determinado espaço. Isso facilita a visualização e o entendimento de como será esse ambiente depois de pronto. Sa ib a m a is U rf in gu ss /iS to ck /G et ty Im ag es Imagem de uma sala de aula. Layout representando a mesma sala de aula. H ug o A ra új o/ ID /B R 23Não escreva no livro. JOVEM_PROTAGONISTA_PROJ_LINGUAGEM_PNLD21_P1_020A025.indd 23 2/19/20 4:03 PM Passo 2 – Pesquisando sobre o que outros estudantes já fizeram Antes de definirem os espaços que querem transformar ou criar na escola, vale a pena conhecer experiências reais vivenciadas por outros jovens que contribuíram para a melhoria de suas escolas. Organizem-se em grupos de quatro a cinco integrantes. Cada grupo ficará responsável por pesquisar um projeto desenvolvido por alunos que se mobilizaram para realizar mudanças no espaço escolar. A seguir, vocês encontram algumas sugestões de projetos. Voluntários se unem a alunos e reformam escola em Divinópolis. Portal G1. Disponível em: http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/ videos/t/todos-os-videos/v/voluntarios-se-unem-a-alunos-e- reformam-escola-em-divinopolis/8148923/. Acesso em: 14 jan. 2020. O vídeo, com duração de 2 min e 40 s, mostra a reforma da Escola Estadual Antônio da Costa Pereira, em Divinópolis (MG), realizada por voluntários
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