MAGNA RELATÓRIO

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FACULDADE UNINASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FÁRMACIA
Magna Celia Pereira Cabral Pires
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA
VITÓRIA DA CONQUISTA
Novembro, 2020
FACULDADE UNINASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FÁRMACIA
Magna Celia Pereira Cabral Pires
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA
Relatório Nº 1: Farmácia Hospitalar
Relatório final de conclusão de estágio curricular em Farmácia supervisionado I realizado pela Discente Magna Célia Pereira Cabral Pires apresentado como parte das exigências curriculares do curso de Farmácia.
VITÓRIA DA CONQUISTA
Novembro, 2020
RESUMO
O relatório de estágio apresentado é uma breve descrição do trabalho executado na área de Farmácia Hospitalar, desenvolvido na Hospital Municipal de Ituaçu/BA. O principal foco deste relatório é a gestão de medicamentos no que tange à dispensação para a ala interna e pronto-socorro, além da armazenagem e segurança dos medicamentos da farmácia hospitalar. 
Palavras-chave: Estágio. Farmácia Hospitalar. Gestão de Medicamentos.
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO	5
OBJETIVOS	9
OBJETIVO GERAL	9
OBJETIVOS ESPECÍFICOS	9
CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO	10
A FARMÁCIA HOSPITALAR DO HOSPITAL MUNICIPAL DE ITUAÇU	10
PORTFÓLIO	11
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	12
Conclusão	13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
ANEXO I – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DO HOSPITAL MUNICIPAL DE ITUAÇU-BA	15
1.0 INTRODUÇÃO
Este relatório é uma breve descrição do trabalho realizado por um auxiliar farmacêutico em Farmácia Hospitalar do Hospital Municipal de Ituaçu, tendo como foco exibir as atividades desenvolvidas durante o período de 3 meses na empresa e, além disso, a aplicação do conhecimento adquirido na universidade. 
O relatório terá enfoque em gestão de medicamentos, dispensação, estoque e segurança do trabalho. Uma breve descrição dessa atuação, mesmo que não sejam atribuições diretas do farmacêutico, demonstra a importância do conhecimento adquirido para a vivência do profissional objetivando um melhor desempenho no mercado de trabalho. 
Nos últimos anos, a farmácia hospitalar vem, de forma gradativa, evoluindo. Em meados do século XIX era considerada uma área de suprimento e medicamentos e nos dias atuais passou a ser um setor de relevância para um serviço voltado para garantir a segurança do paciente, utilizando-se do uso racional do medicamento e dos artefatos para a saúde no universo hospitalar. 
Ao ter conhecimento da funcionalidade da farmácia hospitalar, podemos ter uma real dimensão da importância dela nas políticas públicas e privadas, sendo essencial para tal clareza, além da compreensão acerca de suas principais definições e projetos. A saber, o Programa Regional de Medicamentos Essenciais da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS, 1987) enuncia que a seleção de medicamentos, a aquisição e o controle dos psicotrópicos, designados ao estabelecimento de um sistema racional de distribuição deve assegurar que o medicamento prescrito chegue ao paciente na dose correta. Para tal é vital a implantação de um sistema de informações sobre medicamentos que permita otimizar a prescrição” (MAIA NETO, 2005). 
Segundo Cimino (1973) e Maia Neto (2005), a farmácia hospitalar é considerada como uma unidade técnica aparelhada para prover as clínicas e demais serviços, dos medicamentos e produtos afins de que necessita para seu funcionamento normal. No Brasil o Conselho Federal de Farmácia (CFF) traz, na resolução nº 492, a seguinte definição: “a unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital ou serviço de saúde e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente”. Contudo, a farmácia hospitalar passou por diversas modificações, onde abstém-se de uma parte do hospital que responde pelo os medicamentos dos pacientes internados e uso racional destes. Atualmente, transformou-se em um sistema complexo e relevante no âmbito da gestão de planejamento de serviços de saúde. 
A esse respeito e ao estudar sobre a competência do trabalho farmacêutico no desempenho de atividade hospitalar, pode-se observar a relevância deste profissional e onde o farmacêutico encontra‑se desempenhando atividades ainda não desenvolvidas, no Brasil, a profissão passou pelos mesmos desafios que ora enfrentamos (KUHNER, OLIVEIRA, 2010).
De fato, como o paciente é o real beneficiário das ações do farmacêutico, a assistência farmacêutica deve ser uma série de atitudes, comportamentos, compromissos, valores éticos, funções, conhecimentos e responsabilidades. O conceito de “assistência farmacêutica” foi familiarizado por Hepler, ao descrevê‑la como um processo cooperativo para provisão responsável da farmacoterapia, com o propósito de conseguir resultados ótimos que melhorem a qualidade de vida do paciente considerado individualmente (KUHNER, OLIVEIRA, 2010).
No que tange à farmácia hospitalar, ela é atualmente uma unidade do hospital que tem, dentre outros objetivos, o primeiro é garantir o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos e o segundo é responder à demanda de medicamentos dos pacientes hospitalizados. (SIMONETTI et al., 2009).
A assistência farmacêutica hospitalar constitui‑se como um sistema complexo e relevante no âmbito da gestão de sistemas e serviços de saúde, não somente por contemplar um dos insumos básicos para cuidados aos pacientes, como também pelos altos custos envolvidos.
A complexidade das terapias medicamentosas e as evidências dos resultados das intervenções farmacêuticas na melhoria dos regimes terapêuticos e na redução dos custos assistenciais reforçam a importância de uma assistência farmacêutica de qualidade. A farmácia tem participação estratégica na elaboração de uma política de uso racional de medicamentos visando melhorar e garantir a qualidade da farmacoterapia e reduzir os custos para o estabelecimento, já que a politerapia além de onerar os custos com cuidados ao paciente, ocasiona elevação da morbi‑mortalidade decorrente do uso inapropriado dos medicamentos.
O papel do farmacêutico dentro do contexto hospitalar deixou de ser apenas administrativo na programação de medicamentos e organização de recursos financeiros. A tendência atual é que a prática farmacêutica direcione‑se para o paciente, tendo o medicamento como instrumento e não mais como fim. Desta forma, promove suporte técnico junto à equipe de saúde, na análise de prescrição, monitorização do tratamento e do quadro clínico do paciente, durante a sua internação.
O armazenamento de medicamentos, principal tarefa desenvolvida neste trabalho de estágio, tem como finalidade garantir as características físico-químicas e microbiológicas dos produtos durante o período de estocagem, evitando possíveis perdas por desvio de qualidade ou por vencimento. Esta etapa, dentro da Farmácia Hospitalar, foi o objeto de meu trabalho, etapa decisiva e importantíssima do ponto de vista organizacional do setor.
A conservação apropriada de medicamentos e produtos para a saúde é uma das fases de procedimento da assistência farmacêutica. O armazenamento correto contribui para a eficiência dos recursos disponibilizados para o hospital e para a segurança aos pacientes, No Brasil, o leiaute das áreas físicas nos hospitais é regulamentado pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que prevê 0,6 m2 para cada leito hospitalar. Na dimensão da área física devem estar previstas diversas de acordo com os produtos ofertados mediante a farmácia do hospital.
Os medicamentos injetáveis, xaropes, gotas, comprimidos, suspensões, soluções, pomadas, cremes e outros padronizados no Município de Ituaçu são armazenados em prateleiras separadas por forma farmacêutica, medicamentos refrigerados são armazenados em refrigeradores específicos em temperatura na faixa de 2 a 8°C, soluções parenterais são armazenadas em caixas plásticas e copos plásticos, respeitando a quantidade máxima de empilhamento,as dependências possuem controle de umidade e temperatura que são verificadas duas vezes ao dia e anotadas em formulário. Nele, o registro deve conter data da verificação, horário de registro, temperatura máxima, temperatura mínima, temperatura atual e assinatura do responsável.
Os medicamentos sujeitos a controle especial – são substâncias controladas com ação no sistema nervoso central e capazes de causar dependência física ou psíquica, motivo pelo qual necessitam de um controle mais rígido do que o controle existente para as substâncias comuns – são armazenados em áreas de acesso restrito com armário e chave, conforme definições da Portaria nº 344/98 do Ministério da Saúde.
Além disso, no setor de medicamentos, a validade é sempre monitorada, processada e controlada pelos técnicos. Existem planilhas específicas e marcações nesse sentido, visando coibir uso indevido de material com prazos de vencimento expirados.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
O presente relatório visa a aplicação das teorias obtidas no decorrer do curso em atividades práticas no segmento de Farmácia Hospitalar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Buscar conhecimento práticos nas rotinas e a compreensão formalizadas no uso racional dos medicamentos; 
Comparar as exigências de legislação especifica e área de estudo no ramo da farmácia hospitalar;
CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
A FARMÁCIA HOSPITALAR DO HOSPITAL MUNICIPAL DE ITUAÇU
O ambiente de estágio supervisionado o qual adentrei é uma Farmácia Hospitalar localizada no Hospital Municipal de Ituaçu, município do sudoeste da Bahia. 
O Hospital é regido pela empresa Município de Ituaçu, inscrita no CNPJ nº 14.106.208/0001-21, sediada na Rua Coronel Gondim, s/n, Bairro Nossa Senhora do Alívio, Ituaçu-BA.
É um Hospital que há anos operou também como Maternidade, desde a década de 70.
PORTFÓLIO
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Primeiramente, no início das atividades (dia 30 de agosto de 2020), fui recebida pela farmacêutica do Hospital Municipal de Ituaçu, Sr.(a) Jaqueline. No primeiro encontro foi-me apresentadas as regras do estágio – as obrigações quanto funcionários temporários da farmácia –, as normas de segurança e os setores de trabalho. 
Em seguida, foi-me apresentada a estrutura do local e os funcionários por setor. Lá é o local onde ocorre de fato a dispensação e inspeção de medicamentos usados – ou consumidos – dentro de 24 horas anteriores e por correr. Há planilhas de controle para executar essa ação. Quanto aos medicamentos controlados há livros de registro com todos os dados, entre eles nome do paciente, nome do medicamento, data que foi dispensado, endereço do paciente. Além desses itens, há materiais de primeiros socorros como agulhas, insumos como seringas e outros. Todos esses materiais são dispensados pelo profissional farmacêutico na farmácia hospitalar.
Após essa etapa, ainda nos primeiros dias de trabalho, o técnico – responsável pelo setor ao qual fui encaminhada – me mostrou o dia a dia dele. Como era de se esperar, ele desenvolve a atividade de dispensação junto com a farmacêutica conforme prescrições médicas tanto para os pacientes em trânsito para casa, como para os internos. Além disso, é de sua responsabilidade a organização das prateleiras, reposição de materiais, organização de medicamentos por validade, entre outras atividades.
A partir do segundo dia, fui orientada a colaborar com a técnica farmacêutica na área de dispensação. Nessa ala, cuidamos do preparo e dispensação de medicamentos para os internos e para os pacientes do pronto-socorro. No início, bastante observação; após uma semana, comecei a colaborar de forma mais ativa. Esse foi meu papel dentro do estágio: o de dispensar e manter organizado, inspecionar medicamentos e sinalização – via identificação na prateleira dos medicamentos – dentro dos setores da Farmácia Hospitalar sob orientação e supervisão da equipe local. 
Conclusão 
Mediante as informações depositadas nesse relatório, conclui-se que esse projeto de estágio teve o propósito principal de oportunizar ao aluno o contato com o cotidiano da profissão em um espaço hospitalar, de modo a compreender as práticas, o conteúdo e o contexto prático em contraste ao ambiente acadêmico um tanto mais teórico. 
Entendemos que a formação de um estudante acontece com intermédio de um conjunto de informações e conhecimentos. Com isso, é necessária a pratica profissional, e encontrar, a partir dela, a teoria de forma que a prática se torne fundamental e consciente, visando a plena formação do profissional.
Portanto, o estágio faz parte do processo de aperfeiçoamento do curso considerado uma habilidade educativa e transformadora. 
Ciente da importância do estágio, optei por desenvolver tal atividade na Farmácia Hospitalar. Área interessante, promissora na minha formação, mesmo que o local no qual estagiei tenha suas limitações e simplicidade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 fev. 1999b. Poder Executivo (Versão republicada).
CFF- Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 492, de 26 de novembro de 2008. Regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/492.pdf>.
Acesso em: 25/05/2015.
CIMINO, J.S. Iniciação à Farmácia Hospitalar. 1a edicao, Sao Paulo, Editora Obelisco, 1973.
KUHNER, D.O.; OLIVEIRA, A.M. Gestão Farmacêutica: atividade lucrativa para o hospital. Sao Paulo: Segmento Farma Editores, 2010.
MAIA, NETO, J.F. Farmácia Hospitalar e suas interfaces com a saúde. Sao Paulo: Rx, 2005. 316p.
SIMONETTI, V.M.M.; NOVAES, M.l.O.; AFONSO, M.W. Gestao de suprimentos da farmacia hospitalar com a implantacao de metodos gerenciais de insumos utilizados na manufatura. Revista Eletronica Producao Engenharia v.2 n.1 p. 57‑68. Jan./Jul, 2009.
ANEXO I – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DO HOSPITAL MUNICIPAL DE ITUAÇU-BA
Figura 1. Panorâmica estoque de medicamentos. Fonte: Hospital Municipal de Ituaçu. Outubro de 2020.
Figura 2. Prateleira antibióticos. Fonte: Hospital Municipal de Ituaçu. Outubro de 2020.
Figura 3. Prateleira controlados com chave. Fonte: Hospital Municipal de Ituaçu. Outubro de 2020.
Figura 4. Materiais de Primeiros Socorros e outro insumos. Fonte: Hospital Municipal de Ituaçu. Outubro de 2020.
Figura 3. Insumos hospitalares. Fonte: Hospital Municipal de Ituaçu. Outubro de 2020.
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