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BACHAREL EM DIREITO
HUMBERTO LUCENA RORIZ SOLANO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
VALPARAÍSO DE GOIÁS - GO
2020
HUMBERTO LUCENA RORIZ SOLANO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Mini-Projeto de Pesquisa, apresentado ao Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste - UNIDESC, como requisito parcial para a obtenção da Disciplina de Direito Constitucional.
Orientador: Prof. 
VALPARAÍSO DE GOIÁS - GO
2020
SUMÁRIO
1 DELIMITAÇÃO DO TEMA	4
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA	4
1.2 JUSTIFICATIVA DE PESQUISA	4
1.3 OBJETIVOS	5
1.3.1 OBJETIVO GERAL	5
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	6
2.1 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 	6
2.2 HABEAS CORPUS	7
2.3 HABEAS DATA.	8
2.4 MANDADO DE SEGURANÇA	9
2.4.1 MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO.	10
2.5 MANDADO DE INJUNÇÃO	11
2.6 AÇÃO POPULAR	12
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	15
1. DELIMITAÇÃO DO TEMA. 
Este projeto de pesquisa tem como tema os Remédios Constitucionais, onde buscamos conceituar os principais remédios, conhecidos como ação popular, "habeas corpus", "habeas data", mandado de segurança e mandado de injunção, definindo sua natureza jurídica e competência.
Como operador do Direito, balizado por nossa Constituição Federal de 1988, busca-se com este trabalho contribuir para a sociedade demonstrando a necessidade de conhecer para efetivar a prática dos Direitos Sociais previstos em nossa Carta Magna. 
Os remédios constitucionais, também conhecidos como “tutela constitucional das liberdades”, são direitos-garantia que servem de instrumento para a efetivação da tutela ou proteção dos direitos fundamentais.
	1.1. PROBLEMA DE PESQUISA.
A Constituição Federal de 1988 garante ao cidadão brasileiro a efetivação dos direito fundamentais quando estabelece no art. 5.º §1.º, que as normas constitucionais têm aplicabilidade imediata, o que significa dizer que os direitos fundamentais são aplicáveis, apesar de alguns necessitarem da intervenção do legislador e do Poder Judiciário para sua consecução. 
Por outro lado também a CF/88 traz em seu bojo uma série de garantias constitucionais, sendo algumas chamadas de garantias instrumentais, nas quais inserem-se os denominados remédios constitucionais. Importante referir que nesta pesquisa será abordado se tais garantias estão, para os cidadãos, difundidas conceitualmente para a sua maior efetividade como direitos fundamentais.
	1.2 JUSTIFICATIVA DE PESQUISA.
A atual Constituição Federal de 1988 avançou consideravelmente na elaboração dos direitos do cidadão, entretanto, a concretização desses direitos ainda é precária. A partir desses problemas apresentados, torna-se imperioso buscar alternativas jurídicas na tentativa de se alcançar a eficácia dos direitos fundamentais do cidadão. Diante dos direitos assegurados na Constituição Federal atual, desponta o dever jurídico dos Poderes Públicos em materializar a ordem constitucional.
O objeto do direito social consiste na prestação de um serviço, ou na sua impossibilidade, de uma contrapartida que o garanta. A Constituição Federal declara que o Estado é responsável por atender aos direitos sociais. Assim, cabe à pessoa que necessite de proteção a seus direitos exigir a prestação concreta por parte do Estado. Compete ao Estado assegurar esses direitos, através da implementação dos serviços públicos. A prestação de serviços para garantia dos direitos sociais cria ônus para o Estado e de forma indireta para os contribuintes.
São vários os remédios constitucionais considerados garantias que a Constituição, em forma de meios ou instrumentos processuais, coloca à disposição dos cidadãos para a defesa e amparo dos direitos subjetivos.
1.3 OBJETIVOS.
1.3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo desse trabalho busca definir conceitualmente os Remédios Constitucionais, com base em sua forma e matéria, permitindo a difusão do conhecimento de tais normas constitucionais como forma de dar efetividade aos direitos fundamentais apresentados na Constituição Federal de 1988.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Revisar os artigos constitucionais que apresentam os remédios constitucionais; 
• Abordar cada um dos remédios constitucionais e sua aplicabilidade;
• Enfatizar as diferenças entre os diferentes remédios constitucionais. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
2.1 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS.
É de conhecimento de todos que a Constituição brasileira é a lei mais importante do país, e nela encontram-se vários direitos e garantias fundamentais, sendo que direito é uma norma de conteúdo declaratório, é o dispositivo que declara algo que se relaciona com o direito à vida, direito à propriedade e também ao direito de locomoção, já as garantias são normas de conteúdo assecuratório, asseguradora de algo ou alguma coisa que se foi privado ou ameaçado de perda.
Sabe-se que muitas são “as garantias fundamentais específicas que instrumentalizam os direitos fundamentais e fazem prevalecer às próprias garantias fundamentais gerais” (BULOS, 2009, p. 228), podendo ser citada aquelas que proíbem abusos de poder e todas as formas de violação aos direitos que asseguram.
Com efeito, a própria CF/88 para a proteção do cidadão contra o arbítrio do Estado criou mecanismos para a sua defesa. São mecanismos de proteção dos direitos fundamentais que se denominam de remédios constitucionais. Estes nada mais são do que: Remédio constitucional são os meios (ações judiciais ou direito de petição) postos à disposição dos indivíduos e cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso de poder. Ou Remédio constitucional são as garantias constitucionais, os instrumentos, postos a disposição das partes no próprio texto constitucional.
Ainda sobre os remédios constitucionais, temos as lições de Sylvio Motta e William Douglas, (2004, p. 70). 
Os remédios constitucionais representam os instrumentos definidos para garantir os direitos (eis porque alguns utilizam a nomenclatura garantias constitucionais). São os meios para o cidadão defender seus direitos. Quando asseguram a provocação da tutela jurisdicional, podem ser chamados de ações constitucionais. O termo remédio tem o significado de recurso, solução, socorro, “aquilo que combate o mal, a dor, ou uma doença”.
Os direitos caracterizam-se por serem declaratórios ou enunciativos e as garantias, por sua vez, possuem caráter instrumental, isto significa que são mecanismos para obtenção ou restauração dos direitos violados. No dizer do mestre José Afonso da Silva (2011, p. 442) os remédios constitucionais, constituem em: 
[...] meios postos à disposição dos indivíduos e cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar, corrigir, ilegalidade e abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais. Alguns desses remédios revelam-se meios de provocar a atividade jurisdicional, e, então, têm natureza de ação; são ações constitucionais [...] São, pois, espécies de garantias, que, pelo seu caráter específico e por sua função saneadora, recebem o nome de remédios, e remédios constitucionais, porque consignados na Constituição.
É preciso dizer que os remédios constitucionais são medidas previstas na Constituição Federal de 1988 que têm por objetivo tornar efeitos o gozo de direitos e garantias fundamentais — especialmente, quanto aos conferidos nos incisos do artigo 5º da própria CF/88.
Por exemplo, sabemos que a nossa Carta Magna, entre outros direitos, garante o direito à liberdade de forma ampla: liberdade de expressão, liberdade de locomoção, liberdade de credo, etc.
Assim, mesmo com a proteção do direito à liberdade expressa em diversos artigos da Constituição, na prática, é possível que exista a violação deste direito à liberdade como, por exemplo, no caso da restrição da liberdade de locomoção praticada pelo Estado sem o devido processo legal ou fora das hipóteses previstas em lei.
Para tanto, a Constituição Federal fez previsão do habeas corpuscomo sendo um remédio capaz de sanar a restrição ou a ameaça da restrição à liberdade. Por meio deste instrumento, é possível movimentar o Poder Judiciário para que se faça cumprir uma garantia fundamental prevista na Constituição.
2.2 HABEAS CORPUS.
Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo", e é uma expressão originária do latim. Habeas corpus é uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida, é um direito do cidadão, e está na Constituição brasileira.
Habeas corpus é também chamado de “remédio judicial ou constitucional”, pois ele tem o poder de cessar a violência e coação que indivíduos possam estar sofrendo. Existem dois tipos de habeas corpus: o habeas corpus preventivo, também conhecido como salvo-conduto, e o habeas corpus liberatório.
O habeas corpus condena atos administrativos praticados por quaisquer agentes, independentes se são autoridades ou não, atos judiciários, e atos praticados por cidadãos.
"Art. 5° (...) LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder". (Constituição Federal de 1988)
O habeas corpus possui natureza de ação constitucional penal e visa garantir que atos ou qualquer violência privem a pessoa de sua liberdade de ir e vir, em que se funda o direito de locomoção, por abuso de poder ou ilegalidade.
Qualquer pessoa poderá impetrar o habeas corpus, não se exigindo capacidade postulatória. O juiz só poderá impetrar como pessoa comum, no entanto, poderá conceder ordem ex officio nos processos de sua competência.
O habeas corpus poderá ser preventivo quando alguém, por ilegalidade ou abuso de poder, se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção; ou repressivo quando a constrição ao direito de locomoção de alguém já tenha se consumado.
Segundo o Professor Mirabete é uma ação penal popular constitucional, embora por vezes possa servir de recurso. Como qualquer pessoa tem legitimidade para impetrá-lo, podemos dizer, cuida-se de verdadeira ação penal popular, com objetivo de restabelecer a liberdade de ir, vir e ficar, ou ainda, na remoção de ameaça que possa pairar sobre esse direito fundamental da pessoa, quando ilegal.
A possibilidade jurídica do pedido diz respeito às possibilidades de impetração, ou seja, a existência de constrangimento ilegal ou ameaça de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, direta ou indiretamente. (NUCCI, 2010)
2.3 HABEAS DATA.
O Habeas data trata-se de um tipo de ação constitucional que assegura ao impetrante o direito ao acesso às informações referentes a registros pessoais constantes de bancos de dados de entidades públicas ou particulares, quando dotadas de caráter público.
Também, o Habeas data, prevê a possibilidade de o impetrante poder proceder à retificação de dados pessoais que não condizem com a realidade.
"Art. 5° (...) LXXII – conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo". (Constituição Federal de 1988)
O habeas data, regulamentado pela Lei n° 9.507/97, é um remédio jurídico processual de natureza constitucional e personalíssima que visa assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante para a retificação, através de processo sigiloso, judicial ou administrativo, a obtenção de dados e informações constantes de entidades governamentais ou de caráter público.
2.4. MANDADO DE SEGURANÇA.
"Art. 5° (...) LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público". (Constituição Federal de 1988)
É definido como um remédio jurídico com natureza de ação civil, que garante a pessoa física ou jurídica, anular ato ilegal que violou seu direito, ou impedir que se execute ameaça contra esse direito, sendo ele líquido e certo.
Ao proteger direito líquido e certo, o mandado de segurança obriga a certeza quanto a existência desse direito de acordo com a situação de fato, para que tenha aptidão do momento de sua impetração e contato em que não esteja sendo discutida a liberdade de locomoção (habeas corpus) ou dados pessoais do impetrante (habeas data).
Quanto ao cabimento do mandado de segurança, Alexandre de Moraes (2009, 152) leciona que: 
Desta forma, importante ressaltar que o mandado de segurança caberá contra os atos discricionários e os atos vinculados, pois nos primeiros, apesar de não se poder examinar o mérito, deve-se verificar se ocorreram os pressupostos autorizadores de sua edição e, nos últimos, as hipóteses vinculadoras da expedição do ato. 
O mandado de segurança poderá ser repressivo, quando a ilegalidade já houver sido cometida, ou preventivo, quando o impetrante tiver justo receio de sofrer uma violação de direito líquido e certo por parte da autoridade impetrada. Mesmo no último caso, haverá necessidade da comprovação de um ato ou uma omissão concreta que esteja pondo ou possa por em risco o direito do impetrante. 
No caso dessa ação constitucional, o sujeito passivo seria a autoridade coatora, ou seja, aquela que ocasiona lesão em decorrência de sua vontade ao direito individual. O sujeito ativo do mandado de segurança será o próprio titular do direito violado, que possui legitimidade para impetrá-lo.
A competência para julgar o mandado de segurança é determinada de acordo com a autoridade coatora, sendo assim, contra ato do Presidente da República, por exemplo, caberá essa ação perante o STF.
Além do MS individual também existe o MS coletivo, com previsão no art. 5.° inciso LXX, alíneas, “a” e “b”, sendo que este diferencia-se do individual por ser corporativo, proteger grupos de pessoas, sendo que a diferença principal esta na legitimidade ativa, quem poderá propor o MS coletivo, e ao propor poderá ter o amparo dado pelo Poder Judiciário.
 2.4.1 MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO.
Há também o mandado de segurança coletivo, semelhante ao individual, mas protege o direito de uma categoria. Relativamente ao mandado de segurança coletivo sua inserção no ordenamento jurídico brasileiro ocorreu com a Constituição de 1988.
Após a Constituição Federal de 1988 passou a ser previsto o mandado de segurança coletivo, conceituado da seguinte forma por Alexandre de Moraes (2009, p. 163): 
O art. 5º, inciso LXX, da Constituição Federal criou o mandado de segurança coletivo, tratando-se de grande novidade no âmbito de proteção aos direitos e garantias fundamentais, e que poderá ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional e organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por certas entidades para salvaguarda de interesses comuns dos seus associados. Pode ser utilizado por partido político com representação no Congresso, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
2.5. MANDADO DE INJUNÇÃO.
O mandado de injunção pode ser definido como instrumento jurídico posto a disposição do cidadão ou de uma pessoa jurídica, como meio de se assegurar, coletiva ou individualmente, o exercício de um direito declarado pela Constituição, mas que, todavia, não é efetivamente gozado, visto que ainda pendente de norma infraconstitucional regulamentadora.
"Art 5º (...) LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionaise das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania".
O mandado de injunção assegura qualquer direito constitucional que não esteja regulamentado, conferindo imediata aplicabilidade à norma constitucional inerte por ausência de regulamentação, devendo o titular do bem reclamado ter o interesse de agir.
Por norma regulamentadora entende-se ser "medida para tornar efetiva norma constitucional", conforme estabelece o art. 103, §2º, CF, assim, o mandado de injunção ocorrerá na falta dessa norma, para que seja aplicado o direito, liberdade e prerrogativa da norma constitucional em favor do impetrante.
Compete ao STF, a guarda da Constituição, podendo processar e julgar mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República , do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas casas legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores ou do próprio STF; compete também ao STF julgar e processar em recurso ordinário o mandado de injunção decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
Compete ao STJ processar e julgar, o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; a competência do TSE é de julgar em grau de recurso mandado de injunção denegado pelo TRE.
2.6. AÇÃO POPULAR.
Ação popular é um instrumento conferido ao cidadão, dando-lhe a oportunidade de função fiscalizadora e de invocar a atividade jurisdicional para que assim possa modificar atos ou contratos administrativos, que sendo ilegais, causem lesão ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Regulamentada pela Lei Federal n° 4.717/1965, a ação popular possui finalidade preventiva, podendo ser ajuizada antes da consumação dos atos lesivos, e repressiva, corrigindo atos ilegais e que causem danos, já consumados.
O Ministério Público é parte autônoma na ação popular, funcionado como fiscal da lei, porém se o autor desistir da ação poderá, caso entenda que estão presentes os requisitos, promover o seu prosseguimento.
A competência para julgar o ato impugnado será, em regra, do juiz de primeiro grau.
Caso o pedido da ação popular seja julgado procedente ou improcedente por ser infundado, produzirá efeito de coisa julgada erga omnes. Porém, se a improcedência for em razão da falta de provas, haverá somente coisa julgada formal, possibilitando a propositura de nova ação com idêntico fundamento por qualquer cidadão.
"Art 5° (...) LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência".
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho foi executado através de revisão bibliográfica de autores dedicados à temática da análise e estudo nas normas e legislações referentes aos remédios constitucionais, observando os normativos legais, principalmente a Constituição Federal de 1988. Foi realizada uma pesquisa descritiva e analítica através da pesquisa bibliográfica. Utilizamos várias bases de dados para a pesquisa referente a este projeto, dentre elas a Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, Domínio Público e outros. Busca-se através dos resultados desta pesquisa a difusão dos remédios constitucionais como formas de dar efetividade aos direitos fundamentais elencados em nossa Carta Magna.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Ao término desta pesquisa pode-se afirmar que os objetivos propostos forma alcançados, sendo que abordamos aspectos referentes aos direitos fundamentais, remédios constitucionais, notadamente os principais - Mandado de Segurança, Mandado de Injunção, Ação Popular, Habeas Corpus e Habeas Data. Sendo realizada uma análise da Constituição Federal de 1988, para uma melhor compreensão do instituto que tem caráter acentuadamente constitucional. 
Para a eficácia dos direitos sociais, torna-se necessário que as fontes de direito estejam em harmonia com a realidade social. As políticas sociais e econômicas devem assegurar aos interesses e garantir a efetividade dos dispositivos constitucionais. Pode-se dizer que, após o estudo feito, constatou-se que foi muito interessante e proveitoso para a vida acadêmica e para a vida profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Acesso em: 10 mar. 2020.
BULOS, Uadi Lammego Direito Constitucional ao Alcance de Todos. São Paulo: Saraiva, 2009.
CHIMENTI, Ricardo cunha, CAPEZ, Fernando, ROSA, Márcio F. Elias, SANTOS, Marisa F.. Curso de Direito Constitucional. 2º edição. 2005. São Paulo. Saraiva;
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14ª edição. São Paulo: Saraiva. 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24. ed., São Paulo: Atlas, 2009. ____. Direitos Humanos fundamentais: comentários aos arts. 1º a 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MOTTA, Sylvio; DOUGLAS, William. Direito constitucional: Teoria, Jurisprudência e 1000 questões. 16. ed. Revista ampliada e atualizada. Rio de janeiro: Elsevier, 2004.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e de Execução Penal. 6º ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
SILVA, José Afonso de. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. 8.ed., São Paulo: Malheiros, 2012. 
____ Curso de Direito Constitucional Positivo. 34.ed., São Paulo: Malheiros, 2011.

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