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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ MATHEUS HENRIQUE DIAS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MATERIAIS PLÁSTICOS CURITIBA 2020 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ MATHEUS HENRIQUE DIAS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MATERIAIS PLÁSTICOS Relatório acadêmico direcionado a disciplina TMEC 118 – Materiais Não- Metálicos, ministrada pela Me. Giovana de Fátima Menegotto durante o período de ensino remoto emergencial (ERE). CURITIBA 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2. MOLDAGEM POR COMPRESSÃO ...................................................................... 4 3. MOLDAGEM POR TRANSFERÊNCIA ................................................................. 4 4. MOLDAGEM POR INJEÇÃO ................................................................................ 5 5. MOLDAGEM POR EXTRUSÃO ............................................................................ 5 6. MOLDAGEM POR SOPRO .................................................................................. 6 7. ROTOMOLDAGEM ............................................................................................... 7 8. TERMOFORMAGEM À VÁCUO ........................................................................... 7 9. FUNDIÇÃO ........................................................................................................... 9 10. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11 3 1. INTRODUÇÃO O uso de plásticos está se torna cada vez maior conforme o tempo, sendo utilizados em praticamente todos os segmentos industriais existentes. Sendo assim, diversos processos de fabricação foram desenvolvimento, com cada um atendendo a uma necessidade estipulada. Com o decorrer deste trabalho, será revisado os principais processos utilizados na indústria atualmente, avaliando as principais características de cada um, os moldes empregados e ilustrando alguns exemplos onde é aplicado e quais materiais são empregados. 4 2. MOLDAGEM POR COMPRESSÃO No processo de moldagem por compressão, ocorre a inserção de o material plástico (sendo na forma de pó ou em pastilhas) dentro das cavidades do molde aquecido, o qual é constituído pelas partes superior e inferior, ou macho e fêmea, respectivamente. Após o material estar contido dentro do molde, uma pressão é aplicada sob o mesmo a fim de fazer com que o polímero inserido possa fluir ao longo da cavidade, dando lugar a cura da resina. Usualmente é aplicado para moldagem de polímeros termorrígidos. Para o molde, no entanto, é normalmente utilizado aços de alta dureza. No caso de moldes com grandes dimensões, é comum o uso de um material pré-endurecido com insertos de alta dureza nos locais em que a resistência mais alta ao desgaste é necessária. Este procedimento é aplicado em diversos segmentos, tais como: alimentício, farmacêutico, cosmético e entre outros. Alguns dos polímeros processados são o polipropileno (PP) e polietileno (PE) para fabricação de, por exemplo, tampas de garrafas. 3. MOLDAGEM POR TRANSFERÊNCIA O processo de moldagem por transferência envolve amolecer o polímero por calor e pressão dentro de uma câmara de transferência. O material amolecido é, então, forçado ao longo de canais, por alta pressão, para um molde fechado para que seja curado. Também é aplicado para polímeros termorrígidos, contudo as tolerâncias dimensionais estreitas que se obtém por este processo lhe garantem uma vantagem sobre o anterior. O material utilizado para fabricar o molde deve ter algum tratamento superficial, devido adesão do plástico nele ou o ataque na superfície dele. Além disso, o molde deve possuir uma alta resistência a compressão, a fim de evitar deformações superficiais. Para garantir que as tolerâncias sejam estreitas, os insertos do molde devem possuir uma ótima estabilidade dimensional durante a produção. O processo de RTM (variação denominada de Modelagem por Transferência de Resina) vem ganhando bastante destaque atualmente por ser capaz de produzir estruturas resistentes e com geometrias complexas, tais como: carenagens, 5 componentes automotivos e fuselagens de aviões. Neste processo, é empregado materiais compósitos de matriz polimérica a base de resina com reforço de alta resistência; como fibra de vidro, ligas metálicas e entre outros. 4. MOLDAGEM POR INJEÇÃO Essa técnica consiste em forçar, através de uma rosca, a entrada de material fundido para o interior da cavidade de um molde. Esse material fundido pelo calor dentro do cilindro de injeção e sob uma pressão determinada, é injetado através de canais de injeção do molde para o interior das cavidades, que possuem o formato do produto a ser fabricado. Após isso o produto extraído é resfriado o suficiente para manter as dimensões adequadas. Algumas características principais desse processo: • A velocidade de injeção interfere na orientação das moléculas; • Possibilidade de criar geometrias complexas sem rebarbas ou pós-usinagem; • Em geral as peças têm até 3 kg; • Baixo custo para produção elevada; O ciclo do processo de injeção pode ser dividido em 6 etapas basicamente, alimentação, homogeneização, enchimento do molde; Resfriamento do molde; abertura do molde e extração da peça. Os equipamentos convencionais de moldagem por injeção são compostos basicamente por um funil de alimentação, um cilindro de plastificação, uma rosca sem fim (alojada dentro do cilindro) e um molde. A máquina utilizada neste processo, denomina-se injetora e os polímeros mais utilizados nesse processo são os termoplásticos em geral. Alguma das peças moldadas por injeção são: interior dos automóveis, cestos e baldes, canecas promocionais, tampas para garrafas de leite, assim como tampas em geral. 5. MOLDAGEM POR EXTRUSÃO Sendo considerado o mais importante processo de transformação de plásticos, consiste fundamentalmente em forçar a passagem controlada do material 6 polimérico por dentro de um cilindro aquecido. Isso feito por meio de uma ou duas roscas “sem fim”, cujo propósito não só envolve o transporte do material, mas como também a mistura e compactação do plástico, além de realizar a retirada dos gases liberados no processo. Na saída do cilindro, ocorre a compressão do material contra uma matriz com o perfil desejado, dando o formato do produto. Os moldes envolvidos na moldagem por extrusão dependem do formato do produto, sendo possível dividi-los nos seguintes tipos: perfil, sopro, filmes e chapas. Muitos dos produtos plásticos da atualidade são fabricados utilizando este processo como recipientes de polipropileno (PP), polietileno (PE), polietileno (PET), poliestireno (PS) e policarbonato (PC); para os mais diversos usos. 6. MOLDAGEM POR SOPRO A moldagem por sopro é um processo para produzir objetos ocos, com materiais termoplásticos. Os frascos, garrafas e embalagens são as principais aplicações das peças sopradas. Adicionalmente, a moldagem por sopro é usada para produzir muitos outros objetos, tais como os componentes usados no interior e exterior de automóveis. A indústria de sopro tornou-se conhecida em torno do polietileno de baixa densidade (PEBD). Atualmente, o polietileno de alta densidade (PEAD), domina a indústria do sopro. O Polipropileno (PP) igualmente está se tornando mais amplamente utilizado. Outros materiais que são importantes para a indústria do sopro são o policloreto de vinila rígido (UPVC) e o polietilenoPg. 8 de 93 tereftalato (PET). Um molde de sopro consiste em diversas peças, mas é feito geralmente de duas metades. Quando o molde é fechado, estas metades dão forma a uma ou várias cavidades, que encerram um ou vários parisons para soprar. As matérias-primas predominantes para moldes de sopro são o cobre berílio, ligas de alumínio fundido, ligas de zinco, e ocasionalmente, bronze. O berílio é um metal leve que oferece excelente condutibilidade térmica. Há muitas maneiras de produzir as peças plásticas sopradas, mas todas têm os seguintes estágios em comum: 1) Plastificação (fusão) da resina 2) Produção do parison (extrusão) ou da pré-forma (injeção) 3) O sopro do parison ou da pré-forma seguido de resfriamento no molde 7 4) Ejeção da peça moldada 5) Desbaste ou acabamento da peça (a etapa de desbaste é executada frequentemente enquanto as outras quatro etapas continuam o ciclo). Isto é, o processo consiste na produção de um parison (pré-forma) o qual é introduzido em um molde, injeta-se gás dentro deste parison forçando-o em direção às paredes do molde. Com a solidificação da peça, o molde é aberto e a peça é removida. Algumas características desse processo são: • Processo de produção natural para recipientes e peças ocas • Não há nenhuma sucata ou flash para aparar e recuperar • O revestimento e os detalhes do gargalo são exatos e da alta qualidade. • Não há nenhuma variação de peso no processo. • O molde oferece tipicamente o menor custo para os frascos de grande volume que pesam 12 oz (37 g) ou menos. • Os tipos de moldagem por sopro incluem a extrusão, a injeção, e o estiramento 7. ROTOMOLDAGEM Com o material plástico no estado fluído, uma máquina rotativa permite que este se modele a fim dar forma ao produto. Este processo permite a produção tanto de peças simples como também de alto nível de complexidade, dos mais diversos tamanhos. Alguns dos polímeros utilizados são: polietileno, poliamida e policloreto de vinila (PVC), além de outros termoplásticos e termofixos. O processo possui um baixo custo de produção, contudo apresenta um ciclo de produção elevado. É utilizado para produzir, por exemplo, cabeças de bonecas, tambores para caixa d’água e câmaras de bola. 8. TERMOFORMAGEM À VÁCUO Moldagem de produtos a partir do aquecimento de uma chapa de resina termoplástica, que introduzida no molde fixado em uma prensa e acionado molda o 8 produto. Por amolecimento da chapa com calor, e então forçando-a a conformar-se ao contorno de um molde com auxílio de vácuo ou baixa pressão, formas simples são fabricadas economicamente. As vantagens básicas são o baixo custo do ferramental, o baixo tempo de resposta nos testes com os protótipos, os baixos custos de partida, e baixos custos de equipamentos para lotes pequenos. Algumas características desse processo são: • Os moldes podem ser positivos (côncavo) ou negativo (convexo). • Não exige grandes instalações industriais e possui facilidade na criação dos moldes. • Pode ser feita para uma maior diversidade de cores e apresenta um bom acabamento do produto. • Produção de protótipos e produções imediatas em pequena escala. • Peças que exijam paredes finas Existem numerosas técnicas de termoformagem, e muitas formas de arranjo de fornos, moldes e equipamentos auxiliares de linha. Numa máquina de simples estágio, um pedaço de chapa é fixado numa estrutura e amolecido por radiação (infra- vermelha) de aquecedores. A chapa quente é repuxada (préestirada) sobre um molde macho frio enquanto fica fortemente presa a estrutura. Os moldes devem ser sobre-dimensionados prevendo a contração térmica final de aproximadamente 0,5% para moldes machos, e 1% para moldes fêmeas. Como média a desmoldagem necessita de aproximadamente 5% de contração para moldes machos e 2% de contração para moldes fêmeas. O vácuo deve ser aplicado através de pequenos furos ou fendas. Se os furos forem muito grandes a chapa amolecida tende a extrudar através deles e adquire indesejáveis bicos na peça. São os seguintes os plásticos facilmente termoformados: • Estirenos ou co-polímeros de estireno, como o ABS • Acrílicos como o PMMA • Celuloses como o CAB • PC e seus co-polímeros • PVC plastificado e algumas de suas blendas Este processo é utilizado na maioria dos produtos de vasilhames descartáveis, como copos, pratos etc. Para grandes volumes, produtos de chapas 9 muito finas para embalagens e recipientes descartáveis (bandejas, sacos bolha, pequenos recipientes), e pequenos volumes ou produtos pesados (placas de sinalização, portas de refrigeradores, tampas de reboques, poltronas, pias e banheiras). Grandes peças de pequeno volume geralmente são feitas em cavidades simples utilizando chapas espessas pré-cortadas. 9. FUNDIÇÃO É utilizado para baixa produção, sempre majoritariamente aplicado para produzir protótipos. Este processo consiste em verter a resina líquida, com aditivos que permitem um enrijecimento mais rápido, dentro de um molde. Para esse processo pode ser usado tanto resinas termoplásticas quanto termorrígidas. A facilitar o descolamento do produto na etapa final, um agente desmoldante é aplicado dentro do molde, revestindo-o. Alguns polímeros típicos utilizados na fundição são poliuretano, epóxi, silicone e acrílico. Usualmente se aplica este processo para prototipagem, mas também é empregado em certas aplicações dentárias e de joias. O processo em si não custoso para ser realizado, contudo os materiais termofixos utilizados apresentam um elevado custo. 10 10. CONCLUSÃO Após estudar diversos processos de fabricação que utilizam polímeros, percebe-se a grande importância de conhecer o funcionamento de um cada um deles. Com isso, pode-se escolher de maneira mais criteriosa qual técnica empregar para fabricar um produto, verificando as vantagens e desvantagens relacionadas. Contudo processos cada vez mais tecnológicos e eficientes vêm sendo desenvolvidos conforme as pesquisas acadêmicas avançam. Assim muitas das técnicas utilizadas atualmente poderão cair em desuso no futuro, necessitando que o engenheiro esteja preparado para se adaptar a novas tecnologias. 11 REFERÊNCIAS ABIPLAST. Processos de transformação para materiais plásticos. São Paulo, SP. AFINKO. Processamento de polímeros – Rotomoldagem. Disponível em: https://afinkopolimeros.com.br/processamento-de-polimeros-rotomoldagem/. Acesso em: 04 dez. 2020. BELOFSKY. Harold. Plastics: Products Design and Engeneering Process. Hanser Publishers. Munique, Alemanha. 1995. CTBORRACHA. 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Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (SC), 2002. MOLDES INJEÇÃO PLÁSTICOS. Fundamentos da reologia e introdução aos processos de transformação de polímeros. Disponível em: http://moldesinjecaoplasticos.com.br/fundamentos-da-reologia-e-introducao-aos-processos-de- transformacao-de-polimeros/.Acesso em: 04 dez. 2020. https://afinkopolimeros.com.br/processamento-de-polimeros-rotomoldagem/ https://www.ctborracha.com/processos/moldagem/moldes/moldagem-por-transferencia/ http://www.emtsa.net/agille.php http://www.ferramentalrapido.ufba.br/moldagemporinjecao.htm#:~:text=O%20processo%20de%20moldagem%20por,a%20qualidade%20da%20pe%C3%A7a%20injetada http://www.ferramentalrapido.ufba.br/moldagemporinjecao.htm#:~:text=O%20processo%20de%20moldagem%20por,a%20qualidade%20da%20pe%C3%A7a%20injetada http://moldesinjecaoplasticos.com.br/fundamentos-da-reologia-e-introducao-aos-processos-de-transformacao-de-polimeros/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/fundamentos-da-reologia-e-introducao-aos-processos-de-transformacao-de-polimeros/ 12 OCAMPOS, Gislaine. Processo Moldagem por Transferência. Material de aula. Acesso em: 04 dez. 2020. UDDEHOLM. Moldagem por compressão e transferência. Disponível em: https://www.uddeholm.com/brazil/pt-br/applications/moldagem-por-compressaotransferencia/. Acesso em: 04 dez. 2020. TUDO SOBRE PLÁSTICOS. Extrusão. Disponível em: https://www.tudosobreplasticos.com/processo/extrusao.asp. Acesso em: 04 dez. 2020. WISHBOX. Processos de fabricação de plásticos. Disponível em: https://www.wishbox.net.br/blog/processos-de-fabricacao-de-plasticos/#btn-continuar-lendo. Acesso em: 04 dez.2020. https://www.uddeholm.com/brazil/pt-br/applications/moldagem-por-compressaotransferencia/ https://www.tudosobreplasticos.com/processo/extrusao.asp https://www.wishbox.net.br/blog/processos-de-fabricacao-de-plasticos/#btn-continuar-lendo
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