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Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 22 Índ ice 2- CONCEITOS DE INSTRUMENTAÇÃO ________________________________23 2.1 - DEFINIÇÕES _______________________________________________________23 2.2 – CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES_________________________________ 25 2.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS______________________________28 2.4 – SÍMBOLOS e IDENTIFICAÇÃO ______________________________________28 2.5 - EXERCÍCIOS_______________________________________________________30 Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 23 Capítulo 02 2- CONCEITOS DE INSTRUMENTAÇÃO A instrumentação é a área da engenharia que engloba as atividades relacionadas a medição de grandezas físicas para monitoração ou controle de sistemas de automação. Trata também do desenvolvimento de novos dispositivos de medição e controle. Ao longo do processo de industrialização que nossa sociedade presencia foi surgindo a necessidade da medição das mais diversas grandezas físicas. Quanto mais mais competitivas se tornam as economias, mais complexos se tornam os processos industriais. A instrumentação é uma área que está sempre em desenvolvimento e é cada vez mais utilizada, principalmente com a massificação de processos automatizados. Na grande maioria dos processos automáticos é necessário uma realimentação do processo. A realimentação consiste na medição de variáveis de saída do sistema controlado e na comparação destas variáveis com valores de referência. A diferença é informadas ao controlador do processo para que o mesmo gere uma ação de controle adequada (conforme visto no capítulo 01). A instrumentação viabiliza o processo de realimentação. Como existem inúmeros processos envolvendo as mais diversas grandezas físicas foram desenvolvidos instrumentos de medição para atender as exigências de cada aplicação. 2.1 - DEFINIÇÕES No estudo da instrumentação é necessário que sejam verificados certos conceitos gerais que englobam um grande número de dispositivos. Desta forma ficará facilitada a compreensão do uso da instrumentação nos sistemas de controle. 2.1.1 - Atuadores: São dispositivos, que modificam a variável manipulada, com o objetivo de corrigir a variável controlada. Recebem portanto um sinal proveniente do controlador e agem sobre o sistema controlado. Trabalham com um nível de potência elevado. Exemplo de atuadores: - Válvulas (Pneumáticas, Hidráulicas) - Relés (Estático, Eletromecânico) - Cilindro (Pneumáticos, Hidráulicos) - Motores (Step-motor, Syncro, Servomotor) - Solenóides Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 24 2.1.2 - Sensor: Termo empregado para dispositivos sensíveis a alguma forma de energia sensibilizante. Esta energia sensibilizante (luz ,calor, movimento,) traz informação sobre uma grandeza que precisamos medir (temperatura, pressão, velocidade, corrente, aceleração, posição, etc.). Um sensor nem sempre tem as características elétricas necessárias para ser utilizado de imediato em um sistema de controle. Normalmente o sinal de saída deve ser trabalhado antes do seu emprego. Diz-se neste caso que segue-se ao sensor propriamente dito um circuito de interface para adequação do sinal. Suponha que a saída de um sensor ao ser sensibilizado por uma energia externa, é dada por um nível de tensão muito baixo. Torna-se necessário uma amplificação do mesmo. Esta interface seria então um amplificador capaz de elevar o nível do sinal para sua efetiva utilização. 2.1.3 - Transdutor: É a denominação de um dispositivo completo, usado para transformar uma grandeza qualquer em outra que pode efetivamente ser utilizada pelo dispositivos de controle. Neste sentido podemos considerar um transdutor como uma interface entre o sensor e o circuito de controle ou eventualmente entre o controle e o atuador. Os transdutores transformam uma grandeza física (temperatura, pressão, etc) em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente interpretado por um sistema de controle. Muitas vezes os termos “sensor” e “transdutor” são usados indistintamente, pois um dispositivo que contenha o elemento sensor e o transdutor integrados costuma ser chamado simplesmente de transdutor. Neste caso, o transdutor é o instrumento completo englobando sensor e todos os circuitos de interface capaz de ser usado numa aplicação industrial. 2.1.4 - Transmissor: Dispositivo que prepara o sinal de saída de um transdutor para utilização a distância, fazendo certas adequações ao sinal. Estas adequações são os chamados padrões de transmissões de sinais. Um exemplo bastante conhecido é o “loop” 4 à 20mA, que um padrão de transmissão de sinais em corrente. O termo transmissor é utilizado também para dispositivos que integram um sensor, transdutor e transmissor no mesmo dispositivo. Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 25 Figura 2.1 - Possibilidades de configurações dos sensores 2.2 – CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES Há uma série de características relacionadas aos sensores que devem ser levadas em consideração na hora da seleção do instrumento mais indicado para uma dada aplicação. 2.2.1 : Tipos de saída: - Digital ou Binária: A saída do dispositivo (transdutor ou sensor) é discreta ou seja só assume valores “0” ou “1” lógicos. (Também denominadas saída liga-desliga ou On-Off). Este tipo de sensor só é capaz de indicar se uma grandeza física atingiu um valor pré-determinado (ex: Pressostatos, termostatos, chaves de nível, fluxostato, etc.). Fig.2.2: Sensor binário: A saída só varia quando a entrada atinge um valor predeterminado Transdutores com este tipo de saída são largamente utilizados em controle de sequência de eventos com uso de controladores lógico programáveis. Grandeza Física na entrada Saída Binária Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 26 Existem sensores digitais cujas saídas são codificadas (BCD, código Gray, etc.) ou simplesmente uma seguencia de pulsos cuja freqüência nos informa quantitativamente a grandeza a ser medida. - Analóg icas : O Transdutor possue uma saída contínua. Neste caso a saída do Transdutor é quase uma réplica da grandeza física de entrada. Ex. : Célula de carga, transdutor de pressão analógico, etc. Figura 2.3: O gráfico da saída de um Transdutor analóg ico (em tensão ou corrente) é a répli ca do sinal de entrada. 2.2.2- Sensibilidade: Sensibilidade (ou ganho) é a razão entre saída e entrada para um dado sensor ou transdutor: S = {Entrada / Saida } No caso de sensores analógicos, a sensibilidade está ligada a relação entre uma variação na grandeza em questão e a variação na medida fornecida pelo instrumento, ou seja, um sensor muito sensível é aquele que fornece uma variação na saída para uma pequena variação da grandeza medida(de entrada). 2.2.3 – Exatidão: É o erro da medida realizada por um transdutor, em relação a um medidor padrão. Segundo o VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE TERMOS FUNDAMENTAIS E GERAIS DE METROLOGIA exatidão é a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro. 2.2.4 – Precisão: Grandeza Física Tensão ou Corrente Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 27 É a característica relativa ao grau de repetibilidade do valor medido por um transdutor. Apesar destas definições serem atualmente padronizadas, existem autores e principalmente fabricantes, que se referem a essa característica como sendo o erro relativo máximo que o dispositivo pode apresentar. Vale lembrar que todo sensor possui um erro de leitura que pode ser maior ou menor conforme o tipo de grandeza medida, as condições de operaçãodo sensor, estado de conservação e é claro, da qualidade do mesmo. Um exemplo de grandeza difícil de ser medida com precisão é a umidade, e por isso a maioria dos sensores comerciais produzem erro de leitura entre 2 e 10 %. 2.2.3- Linearidade: Esse conceito se aplica a sensores analógicos. É a curva obtida plotando-se os valores medidos por um transdutor sob teste contra os valores de um padrão. Se o comportamento do transdutor ou sensor for ideal o gráfico obtido é uma reta. Resposta linear Resposta não linear 2.2.4 – Alcance (Range): Representa toda a faixa de valores de entrada de um transdutor. 2.2.5 - Estabilidade : Está relacionada com a flutuação da saída do sensor. Se esta flutuação for muito alta, ou seja, se o sensor possuir uma baixa estabilidade, a atuação do controlador que utiliza esse sinal pode ser prejudicada. 2.2.6 - Velocidade de Resposta : Trata-se da velocidade com que a medida fornecida pelo sensor alcança o valor real do processo. Em sistemas realimentados o ideal é que o sensor utilizado tenha uma resposta instantânea, pois uma resposta lenta pode prejudicar muito a eficiência do sistema de controle e até impedir que o sistema funcione a contento. 2.2.7 - Outras características: Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 28 Deve-se levar em consideração na ora da especificação dos sensores , as seguintes características abaixo: • Facilidade de Manutenção • Custo • Calibração • Dimensões • Faixa de trabalho • Encapsulamento • Histerese • Vida Útil 2.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 2.4.1 Quanto a localização: - Instrumentos de painel ou uso interno. - Instrumentos de campo – uso ao tempo 2.4.2 Quanto a função: - Medidores; - Indicadores; - Registradores; - Controladores; - Alarmes. 2.4 – SÍMBOLOS e IDENTIFICAÇÃO As normas de instrumentação estabelecem símbolos gráficos e codificação para identificação alfanumérica de instrumentos ou funções programadas, que deverão ser utilizadas nos diagramas e malhas de controle de projetos de instrumentação. Para facilitar o entendimento do texto deste trabalho, mostra-se a seguir a essência da norma S.5.1(Instrumentation Symbols and Identification) da Instrument Society of America(ISA). Esta tabela indica pela norma como cada instrumento ou função programada será identificada por um conjunto de algarismos. Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 29 1º grupo de letras 2º grupo de letras Variável Medida ou Iniciadora Função 1º letra Modificadora Pass./Info. Ativa/Saída Modificadora A Análise Alarme B Chama C Cond. Elétrica Controlador D Densidade Diferencial E Tensão Sensor (El.P) F Vazão Razão G Vazão Direta H Manual Alto I Corrente Elét. Indicador J Potência Varredura K Tempo Tx. de variaç. Est. De Contr. L Nível Lâmpada Pil. Baixo M Umidade Instantâneo Médio/Interm. N O Orifício Restr. P Pressão Conex. P/PT Q Quantidade Integração R Radiação Registrador S Velo./Freq. Segurança Chave T Temperatura Transmissor U Multivariável Multifunção V Vibração Válvula /Deflt. W Peso /Força Poço /P.Prov X Não Class. Eixo dos X Não Class. Não Class. Não Class. Y Estado/Pres. Eixo dos Y Relé Z Pos./Dimen. Eixo dos Z Atuador Tabela 2.1 – Padrões ISA Tabela 2.2 – Padrões ISA – Símbolos gerais utilizados para representar instrumentos ou funções programadas. Instrumentação e Controle Capitulo 02 Conceito de Instrumentação 30 Tabela 2.3 – Padrões ISA – Símbolos utili zados para representar linhas para instrumentos ou funções programadas. Exemplo de utilização da simbologia ISA: 2.5 - EXERCÍCIOS 01. a) Cite as principais características desejáveis dos transdutores utilizados em controle industrial b) Cite 03 tipos de atuadores . Explique os princípios de funcionamento. 02. Defina sensor, transdutor e transmissor. 03. Mostre as diferenças entre sensores digitais e analógicos. 04. Faça um comentário baseado em pesquisa nas normas especializadas sobre os ternos “calibração” X “aferição”.
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