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Anatomia das meninges

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Anatomia 
1º Termo 
Meninges Cranianas 
Introdução 
São membranas de revestimento do encéfalo internas ao 
crânio cuja função é proteger o encéfalo, sustentar artérias, 
veias e seios venosos, e delimitar o espaço subaracnóideo 
(importante para o encéfalo funcionar). A dura-máter é 
externa, espessa, fibrosa e resistente, a aracnoide-máter é 
fina e intermediária, e a pia-máter é uma delicada membrana 
interna vascularizada. 
As duas camadas mais internas são contínuas e formam a 
leptomeninge. Entre a aracnoide e a pia existe o espaço 
subaracnóideo, que contém líquido cerebroespinal (LCS) e é 
importante para manter o equilíbrio do LEC no encéfalo, 
nutrir e proteger o encéfalo. 
*O LCS é produzido pelos plexos corióideos do encéfalo 
Dura-máter Craniana 
É uma membrana bilaminar, espessa, que pode ser chamada 
de paquimeninge e que está aderida à calvária internamente. 
Suas duas camadas são uma periosteal externa (formada 
pelo periósteo interno da calvária) e uma meníngea interna 
(fibrosa e contínua no forame magno com sua parte espinal) 
A camada periosteal é contínua nos forames cranianos com 
o periósteo externo ao crânio (como nas vértebras), mas 
não com a dura-máter da medula, que só apresenta a 
camada meníngea. 
 
 
 
É impossível separar uma camada da outra (a separação só 
acontece nos seios durais e invaginações), mas é possível 
remover a camada periosteal dos ossos do crânio, exceto 
na base do crânio. A separação da dura dos ossos só 
acontece em patologias em que há deposição de líquido ou 
sangue (hematoma epidural) no espaço extradural, que se 
torna real nessa condição. 
Invaginações 
A camada meníngea da dura é refletida da periosteal para 
formar as reflexões/ invaginações durais que formam septos 
durais que dividem parcialmente a cavidade craniana em 
compartimentos e oferecem suporte para o encéfalo. São 
4 invaginações e elas são denominadas foice do cérebro, 
tentório do cerebelo, foice do cerebelo e diafragma da sela. 
A foice do cérebro é a maior das invaginações, se encontra 
na fissura longitudinal do cérebro (separa os hemisférios 
cerebrais direito e esquerdo), está fixada no plano mediano 
da face interna da calvária e divide o compartimento 
supratentorial em uma porção direita e uma esquerda. Ela 
termina tornando-se contínua ao tentório do cerebelo. 
O tentório do cerebelo é a segunda maior invaginação, divide 
a cavidade craniana em compartimentos supratentorial e 
infratentorial, é larga, tem forma de meia lua e separa os 
lobos occipitais do cerebelo propriamente dito. A margem 
anterior côncava do tentório é livre e tem a incisura do 
tentório, por onde passa o tronco encefálico da fossa 
posterior à fossa média do crânio. 
A foice do cerebelo está fixada ao tentório e o mantém 
elevado. Ela é uma invaginação vertical da dura que é inferior 
ao tentório. Ela se fixa à crista occiptal interna e separa 
parcialmente os hemisférios do cerebelo. 
Por fim, o diafragma da sela, a menor invaginação da dura, é 
uma lâmina circular suspensa entre os processos clinoides 
que forma um teto parcial sobre a fossa hipofisial no 
esfenoide. 
Seios venosos da dura-máter 
Esses seios são espaços entre as lâminas da dura que são 
revestidos por endotélio e que se formam nos locais onde 
os septos durais se fixam. Grandes veias superficiais do 
encéfalo drenam para esses seios e a maior parte do sangue 
do encéfalo é drenada para a veia jugular interna. 
 
. 
O seio sagital superior se encontra na margem convexa da 
foice do cérebro, recebe as veias cerebrais superiores, se 
comunica com as lacunas venosas laterais (são expansões 
desse seio), começa na crista etmoidal e termina na 
protuberância occiptal interna onde se tem a confluência dos 
seios. 
As granulações aracnóideas são prolongamentos em tufo da 
aracnoide que se projetam através da lâmina meníngea da 
dura para os seios venosos durais, principalmente para as 
lacunas venosas laterais, e realizam a transferência de LCS 
para o sistema venoso. Quando aumentadas, as granulações 
são chamadas de Corpos de Pacchioni e podem causar 
erosão dos ossos da calvária por formarem fovéolas 
granulares neles. 
O seio sagital inferior é muito menor e segue na margem 
côncava inferior da foice do cérebro terminando no seio 
reto, que é formado pela união do seio sagital inferior com 
a veia cerebral magna, e termina na confluência dos seios. 
Os seios transversos seguem lateralmente a partir da 
confluência dos seios (o sangue é drenado da confluência 
para os seios transversos), formam um sulco nos occipitais 
(sulco do seio transverso), seguem ao longo das margens do 
tentório e se tornam os seios sigmóideos assim que se 
aproximam da face posterior da parte petrosa do osso 
temporal. Os seios sigmóideos, por sua vez, formam um 
sulco profundo no occiptal e temporal (sulco do seio 
sigmóideo), seguem anteriormente e se continuam com a 
veia jugular interna que atravessa o forame jugular. 
O seio occiptal está na margem fixa da foice do cerebelo e 
termina superiormente na confluência dos seios e 
inferiormente no plexo venoso vertebral interno. O seio 
cavernoso é um grande plexo venoso com paredes finas, 
localizado dos dois lados da sela turca, que se estende da 
fissura orbital superior até o ápice da parte petrosa do 
temporal. Esse plexo recebe sangue das veias oftálmicas, 
veia cerebral média e do seio esfenoparietal. 
*Em cada seio cavernoso está uma artéria carótida interna 
Os seios petrosos superiores se iniciam nas extremidades 
posteriores do seio cavernoso e seguem até os seios 
transversos na sua curvatura para formar os seios 
sigmóideos. Esses seios petrosos se encontram na margem 
anterolateral do tentório que está fixada na margem superior 
da parte petrosa do temporal. 
Os seios petrosos inferiores se iniciam no mesmo local dos 
superiores, seguem pelo sulco entre a parte petrosa do 
temporal e a porção basilar do occiptal, e terminam na 
junção do seio sigmóideo com a veia jugular interna. O plexo 
basilar une os seios petrosos inferiores e se comunica com 
o plexo venoso vertebral interno 
As veias emissárias unem os seios venosos durais às veias 
extracranianas. Mesmo não tendo válvulas, o sangue flui 
geralmente oposto ao encéfalo. Elas são várias e a maioria 
não tem nome, mas algumas pessoas possuem a veia 
emissária frontal que atravessa o forame cego do crânio e 
une o seio sagital superior às veias do seio frontal. A veia 
emissária parietal atravessa o forame parietal da calvária e 
une o seio sagital superior às veias externas a ele. A veia 
emissária mastoidea atravessa o forame mastoideo e une o 
seio sigmóideo à veia occipital ou auricular anterior. Por fim, 
a veia emissária condilar posterior atravessa o canal condilar 
e une o seio sigmóideo ao plexo venoso suboccipital 
Vascularização da dura-máter 
As artérias da dura-máter suprem mais a calvária do que a 
dura. A artéria meníngea média é um ramo da maxilar, entra 
na fossa craniana pelo forame espinhoso e segue na asa 
maior do esfenoide onde dá origem aos ramos anterior e 
posterior. A a. meníngea média ainda dá origem a um ramo 
frontal e um ramo parietal. 
*A dura ainda pode ser suprida por ramos das aa. oftálmicas, 
occipitais ou vertebrais 
A drenagem é feita pelas veias da dura-máter e veias 
meníngeas médias, as últimas deixam a cavidade craniana 
pelo forame espinhoso ou forame oval. 
Aracnoide e Pia-máter Craniana 
As leptomeninges derivam da mesma camada de 
mesênquima que circunda o encéfalo e isso é indicado no 
adulto pelas numerosas trabéculas aracnóideas que passam 
na pia-máter. Essas meninges são contínuas na região 
próxima à saída dos nervos cranianos. 
 
 
. 
A aracnoide craniana contém fibroblastos, fibras colágenas e 
fibras elásticas. Ela é avascular, não é fixa à dura-máter, mas 
é mantida junta dela pelo LCS no espaço subaracnóideo. A 
pia-máter craniana é mais fina que a aracnoide, é muito 
vascularizada e dá a aparência brilhante ao encéfalo pois se 
adere a elee segue seus contornos. 
Espaços Meníngeos 
Existem 3 e apenas um existe na ausência de doenças. 
O espaço epidural (extradural) não é um espaço natural e 
se encontra entre a lâmina periosteal da dura e o crânio. É 
um espaço virtual que só se torna real em afecções, como 
em um hematoma epidural. Vale ressaltar que esse espaço, 
virtual ou patológico, não é contínuo com o espaço 
extradural espinal, o qual é natural e ocupado por gordura 
peridural e um plexo venoso. 
O espaço subdural, entre a dura-máter e a aracnoide 
também é virtual, mas pode surgir em virtude de 
traumatismos que produzem um hematoma subdural. 
Por fim, o espaço subaracnóideo, entre aracnoide e pia-
máter, é um espaço real que contém LCS, artéria e veias. 
Em traumatismos não é possível o surgimento de hematoma 
aqui pelo LCS, apenas hemorragias. 
Observações 
A dura-máter é sensível à dor, sobretudo no local onde está 
relacionada com os seios venosos da dura-máter e as 
artérias meníngeas. Consequentemente, a tração das artérias 
na base do crânio, ou das veias perto do vértice onde 
perfuram a dura-máter, causa dor. A distensão do couro 
cabeludo ou dos vasos meníngeos (ou de ambos) é 
considerada uma causa de cefaleia. 
Muitas cefaleias parecem ter origem na dura-máter, como a 
cefaleia que ocorre após uma punção lombar para retirada 
de LCS. Acredita-se que essas cefaleias resultem da 
estimulação de terminações nervosas sensitivas na dura-
máter. Quando o LCS é removido, o encéfalo projeta-se um 
pouco, tracionando a dura-máter; isso também pode causar 
cefaleia. Por essa razão, os pacientes são instruídos a manter 
as cabeças abaixadas após uma punção lombar a fim de 
minimizar a tração da dura-máter e reduzir as chances de 
cefaleia. 
 
 
 
 
 
Meninges Espinais 
Introdução 
As meninges espinais são importantes para proteção da 
medula espinal, das raízes dos nervos espinais e contêm o 
LCS que suspende essas estruturas 
Dura-máter Espinal 
É formada por uma camada de tecido fibroso resistente com 
fibras elásticas e é a membrana mais externa que reveste a 
medula espinal. Essa dura é separada do periósteo das 
vértebras e dos ligamentos presentes no canal vertebral pelo 
espaço epidural (extradural), que segue por toda a extensão 
do canal vertebral e termina superiormente no forame 
magno, inferiormente no hiato sacral e lateralmente nos 
forames intervertebrais. 
A dura-máter espinal pode ser chamada de saco dural 
espinal, que é a longa bainha contínua com a parte craniana 
da dura-máter que se fixa inferiormente ao cóccix pelo 
filamento terminal. O saco é evaginado por cada raiz nervosa 
e forma bainhas durais da raiz, as quais vão se fundir ao 
epineuro dos nervos espinais. 
Aracnoide Espinal 
Membrana avascular delicada formada por tecido 
fibroelástico que reveste o saco dural espinal e as bainhas 
durais da raiz. Ela envolve o espaço subaracnóideo, que é 
natural e fica entre a aracnoide e a pia-máter onde se 
encontra o LCS com trabéculas aracnóideas (unem a 
aracnoide à pia-máter), artérias (radiculares, segmentares, 
medulares e espinais), veias, raízes dos nervos espinais e os 
gânglios sensitivos dos nervos espinais. 
*A cisterna lombar é o aumento do espaço subaracnóideo 
no saco dural caudal ao cone medular 
 
. 
Essa meninge não está fixa à dura-máter espinal, mas é 
mantida próxima dela pela pressão do LCS. Entre essas 
meninges se tem o espaço subdural que é virtual, mas em 
sangramentos pode existir. 
Pia-Máter Espinal 
Sendo a membrana mais interna, que reveste a medula 
espinal, é fina, transparente e acompanha todos os acidentes 
anatômicos da medula espinal. Ela vai cobrir as raízes dos 
nervos espinais e os vasos sanguíneos espinais. 
*Ela é contínua ao filamento terminal 
O filamento terminal e os ligamentos denticulados (lâmina 
fibrosa de pia-máter) 
direito e esquerdo 
mantém a medula 
espinal suspensa no 
saco dural. Os 
prolongamentos 
superiores dos 
ligamentos 
denticulados se fixam 
à parte encefálica da 
dura-máter.

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