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O sistema nervoso está contido em uma série de estruturas que serve pra protegê-lo: Envoltórios do encéfalo: Couro cabeludo (epiderme,derme e hipoderme) Periósteo Osso Dura-máter Aracnoide Pia-máter Cérebro A camada lamelar da hipoderme e corresponde ao plano de movimentação do couro cabeludo, conhecido como um espaço perigoso do crânio, pois suas veias se comunicam com os seios da dura-máter na cavidade craniana, através das veias emissárias ou diplóicas. Periósteo Camada bem fina, semelhante aos ossos do crânio. Consolidação das fraturas do crânio. Osso No osso, há três camadas, as corticais externa e interna, formadas por osso compacto, e entre elas a díploe, de osso esponjoso. Oferece proteção para trauma, uma vez que é bem duro. É importante lembrar que nas crianças/lactentes é mole e aberto (capacidade de expansão). Membranas que recobrem o SN 1. Dura-máter: é muito vascularizada e também ricamente inervada (diferente das outras meninges). É formada por dois folhetos (interno e externo), mas em algumas regiões o interno se desprende do externo, formando pregas, cavidades e seios da dura máter. 2. Aracnoide: é bem delicada e justaposta a dura-máter; entre elas existe um espaço virtual contendo líquido apenas para a lubrificação entre a superfície de contato das membranas. 3. Pia-máter: adere intimamente à superfície do cérebro. Entre ela e a aracnoide está o espaço onde fica o Líquido cefalorraquidiano. Mais a frente, trataremos de cada membrana com maior aprofundamento. Composição do crânio Encontramos um conjunto de ossos fundidos entre si Na infância, o ponto onde esses ossos se encontram ainda não está fundido (essa fusão ocorre por volta dos 5 anos). Divisão dos ossos do crânio: Neurocrânio: Osso frontal (1) Ossos parietais (2) Osso occipital (1) Ossos temporais (2) Osso esfenoide (1) Osso etmoide (1) O crânio compõe-se de vários ossos separados que são unidos em articulações imóveis chamadas de suturas. Principais: a. Sutura coronal: Entre os ossos parietais e o osso frontal b. Sutura Sagital: plano sagital. Entre os ossos parietais. c. Sutura metópica: entre os dois ossos frontais, nas crianças d. Sutura lambdoidea: entre os ossos parietais e o osso occipital. e. Sutura escamosa: entre o osso temporal e o osso parietal. Alguns Pontos Antropométricos do Neurocrânio: Bregma – ponto de união das suturas sagital e coronal. Nas crianças, temos a conhecida moleira ou fontanela bregmática. Lambda – ponto de união das suturas sagital e lambdoide. Onde fica a fontanela lambdoide. Vértex – parte mais alta do crânio. Ptério – ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal. Clinicamente, o ptério é uma área importante porque superpõe-se à divisão anterior da artéria eveia meníngeas médias. Astério - Onde se encontram o occipital, o parietal e a porção mastoidea do temporal. (indica a localização do Seio Transverso) Envoltórios do SNC Couro cabeludo Pele mais espessa e extremamente vascularizada (possibilidade de causar uma hemorragia importante, podendo levar uma criança a um choque hipovolêmico), repleta de folículos pilosos. Temos a hipoderme espessa (camada de gordura) e a gálea aponeurótica (tecido entre o couro cabeludo e o periósteo, mais resistente e ideal para tração das suturas). 1. Neurocrânio: sistema nervoso. É dividido em: Abóboda craniana (convexidade craniana) e Base (onde o cérebro está assentado) 2. Esplancnocrânio: parte do digestivo, respiratório, etc Esplancnocrânio: Ossos zigomáticos (2) Maxilas (2) Ossos nasais (2) Ossos lacrimais (2) Vômer (1) Ossos palatinos (2) Conchas inferiores (2) Mandíbula (1) Abóboda craniana Base @waleska112 MED UFOB A face interna da abóbada exibe as suturas coronal, sagital e lambdóidea. Na linha média há um sulco sagital raso que aloja o seio sagital superior. Vários sulcos rasos estão presentes para as divisões anteriores e posteriores dos vasos meníngeos médios enquanto percorrem o lado do crânio a caminho da calota. Osso frontal O osso frontal, ou osso da fronte, curva-se para baixo para formar as margens superiores das órbitas. Os arcos superciliares estão em cada lado, bem como a incisura, ou forame, supraorbital. Medialmente, o osso frontal articula-se com os processos frontais das maxilas e com os ossos nasais. Lateralmente, o osso frontal articula-se com o osso zigomático. As margens orbitais são delimitadas pelo osso frontal superiormente, o osso zigomático lateralmente, a maxila inferiormente e os processos da maxila e osso frontal medialmente. Dentro do osso frontal, logo acima das margens orbitais, existem dois espaços ocos revestidos com membrana mucosa chamados de seios frontais. Eles se comunicam com o nariz e servem como ressoadores da voz. *Vista inferior A escama forma a abóbada e, sua junção com o osso etmoide faz parte da base. Osso occipital Divisão: 1. Escama do occipital: mais arredondada, parte da convexidade do crânio 2. Base do occipital: contém o forame magno (única abertura do crânio) e os côndilos do occipital que articulam com a coluna vertebral. Na linha média do osso occipital, há uma elevação áspera denominada protuberância occipital externa, que oferece fixação a músculos e ao ligamento nucal. Olhando internamente, a protuberância corresponde a uma ponte onde toda a drenagem do cérebro conflui: Confluência dos Seios. - Centro: confluência dos seios (protuberância occipital externa). - Superior: Seio Sagital Superior - Inferior: Seio Occipital - Lateral: Seios transversos @waleska112 MED UFOB Osso parietal Não possui marcas muito importantes na parte externa e, na parte interna, destacam-se as marcas das artérias que vascularizam a dura- máter (artéria meníngea média). Faz parte da abóbada. Osso temporal O osso temporal é composto por várias partes: a parte escamosa, o processo (apófise) zigomático, a parte petromastóidea, a parte timpânica, o processo (apófise) estilóide. A escama é formada osso fino, que serve para a ultrassonografia craniana. É parte da calota. A porção petrosa é complexa e constituída por um osso muito duro. É parte da base. Há um número de aberturas e canais no osso temporal através dos quais as estruturas entram e saem da cavidade craniana: - Parte escamosa: abriga a artéria meníngea média, - Parte petrosa: canal auditivo, canal carotídeo (artéria carótida interna) e o forame jugular (veia jugular interna, nervos cranianos IX, X e XI). Osso etmoidal É divido em uma placa perpendicular, dois labirintos etmoidais e a placa cibriforme. A placa cribriforme (do latim “cribriforme” = perfurada) encontra-se na incisura etmoidal do osso frontal e forma o teto da cavidade nasal. Ela compreende numerosas aberturas através da fossa craniana anterior. Nervo olfatório: Qualquer impacto frontal causa a quebra desse osso, que pode levar a perda do olfato. A foice do cérebro encontra-se ligada à crista galli (do latim “crista galli” = crista de galo),uma pequena protrusão vertical no topo da placa. Osso zigomático Delimita lateralmente as margens orbitais. Osso esfenoide É formado pelo corpo (porção mediana), duas asas maiores (parte lateral), duas asas menores (porção anterior) e os processos pterigóides (dirigidos para baixo). Está articulado com muitos ossos da base e forma importantes estruturas: - Corpo: anteriormente contribui para a cavidade nasal; lateralmente - canal óptico; superiormente - sela túrcica, a fossa hipofisária, dorso da sela. - Asas menores: superolateralmente - canal óptico; inferiormente - margem lateral da órbita; superiormente - cavidade craniana; junto com o corpo e as asas maiores constrói a fissura orbital superior (veia oftálmica superior; nervos oftálmico, abducente, oculomotor e troclear) *Vista anterior @waleska112 MED UFOB https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-12-nervos-cranianos - Asas maiores: anterior - aspecto posterior da parede lateral da órbita; contêm forame oval (nervo madibular, artéria meníngea acessória) e forame espinhoso (vasos meníngeos mediais, ramo meníngeo do nervo mandibular) - Processos pterigóides: contém canal pterigoide (nervos petrosos principais e profundos) e canal faríngeo (nervo faríngeo). Por fim, anteriormente visualizamos a abóbada, agora a base completa: Alterações -Crânio em formato de trevo: trigonocefalia - Ocorre fechamento precoce das suturas. - Cranioestenose - Fraturas -Fraturas com afundamento Meninges O SNC é envolvido por membrnas conjuntivas denominadas meninges: Dura-máter Aracnoide Pia-máter Dura-máter Mais superficial, espessa e resistente. Possui dois folhetos, diferente da dura espinhal, interno e externo, no qual apenas o interno continua na medula. O externo adere intimamente ao osso do crânio, comportando como um periósteo, mas não possui capacidade osteogênica. Tem grande aderência ao crânio, por isso não existe no encéfalo um espaço epidural*, como na medula. Muito vascularizada, em especial o folheto externo. A principal artéria é a meningea média, ramo da maxilar interna. Diferente das outras meinges, é ricamente inervada. Toda ou quase toda sensibilidade intracraniana se localiza nela e nos vasos. Responsável pela maioria das dores de cabeça. Encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas. Pregas da dura-máter São regiões onde o folheto interno se destaca do externo e têm a função de dividir a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente: 1. Foice do cérebro: é um septo mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro separando os dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo). 2. Tenda do cerebelo: (ou tentório) divide a cavidade craniana em um compartimento superior (supratentorial: telencéfalo, diencéfalo etc) e inferior (infratentorial: cerebelo e tronco). A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. Ela pode, em certas circunstâncias, lesar o mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, que nele se originam. 3. Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano situado abaixo da tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios cerebelares. 4. Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela turca, deixando apenas um pequeno orifício para a Paquimeninge Leptomeninge @waleska112 MED UFOB passagem da haste hipofisária. Isola e protege a hipófise, mas dificulta cirurgias nela. Cavidades da dura-máter São áreas de desprendimento dos folhetos. Ex.: cavo trigeminal (de Meckel) que contém o gânglio trigeminal. Aquelas que possuem um revestimento de endotélio e contêm sangue são denominadas seios. Seios da dura-máter Canais venosos revestidos por endotélio e situados entre os dois folhetos da dura-máter encefálica. Drenam o sangue venoso das veias do encéfalo e do bulbo ocular para as veias jugulares internas. Alguns seios apresentam expansões laterais irregulares (lacunas sanguíneas). Além disso, Os seios comunicam-se com veias da superfície externa do crânio através das veias emissárias. Os seios da abóbada são: 1) Seio Sagital Superior: ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro à confluência dos seios. 2) Seio Sagital inferior: situado na margem inferior da foice do cérebro e termina no seio reto. 3) Seio Reto: localiza-se na união da foice do cérebro com a tenda do cerebelo, recebe o seio sagital inferior e a veia cerebral magna anteriormente e desemboca na confluência dos seios. 4) Seio transverso: par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, vai da confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado seio sigmoide. 5) Seio Sigmóide: continuação do seio transverso e vai até o forame jugular, onde se continua com a veia jugular interna. Drena quase todo o sangue venoso da cavidade craniana. 6) Seio Occipital: disposto ao longo da inserção da foice do cerebelo. Lembrando que: A confluência dos seios: formada pela sagital superior, reto e occipital e pelo início dos transversos esquerdo e direito. Os seios da base: 1)Seio Cavernoso: situa-se de cada lado do corpo esfenóide e da sela túrcica. Recebe sangue das oftálmica superior e central da retina, além de algumas veias do cérebro; é atravessado pela a. carótida interna, oculomotor (III), troclear (IV), trigêmio (V) – ramo oftálmico e abducente (VI). Drena através do seio petroso superior e inferior, além de comunicar-se com o seio cavernoso do lado oposto através do seio intercavernoso. 2) Seios intercavernosos: unem os dois seios cavernosos envolvendo a hipófise. 3)Seio Esfenoparietal: percorre a asa menor do osso esfenóide e desemboca no seio cavernoso. 4)Seio Petroso Superior: dispõe-se de cada lado da inserção da tenda do cerebelo, na parte petrosa do osso temporal. Drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmóide, terminando próxima a continuação deste com a veia jugular interna. 5)Seio Petroso Inferior: percorre o sulco petroso inferior, entre o seio cavernoso e o forame jugular. Drena para a veia jugular interna. 6)Plexo Basilar: é ímpar, ocupa a porção basilar do osso occipital. Comunica-se com seio petroso inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame occipital e ao plexo venoso vertebral interno. @waleska112 MED UFOB Antes de prosseguir paras as outras duas meniges, é preciso lembrar que existem espaços entre elas: 1. Espaço epidural: acima da dura-máter (não existe de fato no crânio, porque a porção externa da dura- máter é colada osso). Mas esse espaço aparece quando ocorre algum problema: - Hematoma epidural/extradural, devido aa ruptura de uma artéria meníngea ou de um seio venoso dural. - Aspecto de uma lente biconvexa 2. Espaço subdural: Entre a dura-máter e a aracnoide. Existe uma camada de líquido para não haver aderência entreas membranas, mas é muito fina. Só aparece quando há algo errado: -Hematoma subdural, devido ao rompimento de uma veia cerebral. - Aspecto de Lente côncavo-convexa 3. Espaço subaracnóideo: entre a aracnoide e a pia-máter. É onde está o liquor. Não é um espaço virtual. Ele circunda o encéfalo e a medula e em alguns locais se dilata nas áreas expandidas (cisternas subaracnóideas). Além do líquor, também tem vasos sanguíneos. - Comunicação - Artérias e veias Aracnoide Membrana muito delicada. O espaço subdural, a separa da dura-máter, e o espaço subaracnoideo, contêm o líquor, separa tal meninge da pia-máter. A partir de sua superfície interna, finos processos, ou trabéculas, cruzam o espaço subaracnóideo e tornam-se contínuos a pia-máter. As trabéculas lembram teia de aranha, por isso o nome da meninge. Cisternas Subaracnóideas A aracnóide e a dura-máter acompanham apenas a superfície do encéfalo. A pia- máter adere-se intimamente, acompanha todos os giros, sulcos e depressões. Logo, a profundidade do espaço subaracnóideo é variável. Os espaço onde ocorrem dilatações do espaço subaracnóideo são chamados de cisternas e contêm grande quantidade de líquor. As mais importantes são: 1) Cisterna cerebelo-medular (magna): situada no espaço entre a face inferior do cerebelo e a face posterior do bulbo o tecto do IV ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura mediana. É a maior e mais importante, serve muitas vezes para obtenção de líquor (agulha entre o occipital e a primeira vértebra cervical). 2) Cisterna Pontina – situa-se ventralmente à ponte 3) Cisterna Interpeduncular- situa-se na fossa interpeduncular do mesencéfalo. 4) Cisterna Quiasmática: adiante ao quiasma óptico 5) Cisterna Superior (= c. da veia cerebral magna) - posterior ao teto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. Corresponde, em parte, à cisterna ambiens (termo usado por clínicos). 6) Cisterna da fossa lateral do cérebro - corresponde à depressão formada pelos sulcos de cada hemisfério do cérebro. Granulações Em alguns pontos a aracnoide forma tufos que penetram nos seios da dura-máter, formando as granulações aracnóideas. Nas granulações, o líquor fica separado sangue apenas pelo endotélio do seio e a fina camada da aracnoide. Essas estruturas são adaptadas para absorção do líquor, que nesse ponto cai no sangue. Essa passagem de líquor é feita por meio de vacúolos. Corpos de Pacchioni: calcificação dos grânulos, em adultos e velhos. Pode deixar impressões na abóbada craniana. Pia-máter É a meninge mais interna, adere-se à superfície do encéfalo e da medula. Proporciona resistência aos órgãos nervosos. Sua porção mais profunda que recebe numerosos prolongamentos de astrócitos do tecido nervoso, formando a membrana pio-glial. Ela forma a parede externa dos espaços perivasculares, pois acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo (amortece o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido em volta) . Envoltórios da medula espinal: Como todo sistema nervoso, a medula também é envolvida pelas meninges. Dura-máter Envolve toda a medula (chama de saco dural), Cranialmente continua com a dura-máter craniana e caudalmente termina ao nível de S2 (fundo-de-saco dural). Seus prolongamentos laterais embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando com o epineuro (tecido conjuntivo que envolvem os nervos). Aracnóide Entre a dura-máter e a pia-máter; emaranhado de trabéculas que a unem a pia. Pia-máter Mais delicada e mais interna. Adere intimamente ao tecido da superfície da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina, a meninge continua como o filamento terminal, perfura o fundo- de-saco dural e continua até o hiato sacral. Recebe muitos prolongamentos da dura-máter, passando a formar o filamento da dura- máter espinhal e ao inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix Espaços virtuais Funções do líquor: - proteção mecânica, por formar um coxim líquido em torno do encéfalo. - Excreção de produtor tóxicos do metabolismo das células do SN. - Veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC. @waleska112 MED UFOB forma o ligamento coccígeo. Forma o ligamento denticulado de cada lado da medula que são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencias para certas cirurgias deste órgão. Espaços Epidural: contem tecido adiposo e grande número de veias (plexo venoso vertebral interno). Entre a dura-máter e o periósteo. Subdural: possui liquido para evitar aderência. Entre a dura-máter e a aracnoide. Subaracnóideo: grande quantidade de líquor. Entre a aracnoide e a pia- máter. Anestesia nos espaços menígeos A introdução de anestésicos de modo a bloquear as raízes nervosas que atravessam os espaços meníngeos é um procedimento de rotina da pratica médica: - Anestesias raquidianas: anestésico introduzido no espaço subaracnóideo por um agulha que penetra entre as vertebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5, portanto atravessa: pele tela subcutânea lig. interespinhoso lig. Amarelo dura-máter aracnoide chega ao espaço subaracnóideo. - Anestesias epidurais: anestésico no espaço epidural, por onde se difunde e atinge os forames intervertebrais, por onde passas as raízes dos nervos espinhais. Geralmente feita na região lombar. Coluna vertebral A unidade básica são as vértebras que podem ter características específicas dependendo da região que fazem parte. Vertebra típica: É composta por um corpo vertebral e um arco vertebral. Outros componentes importantes: pedículos, lâminas, processo espinhoso, processo transverso, incisura vertebral inferior e superior, forame vertebral. Os arcos vertebrais das vértebras estão alinhados de modo a formar as paredes lateral e posterior do canal vertebral, que se estende da primeira vértebra cervical (CI) até a última vértebra sacral (vértebra SV). Esse canal ósseo contém a medula espinal e suas membranas de proteção, além de vasos sanguíneos, tecido conjuntivo, gordura e a parte proximal dos nervos espinais. No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, uma vez que termina ao nível da L2. Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas meninges e a raiz nervosa dos últimos nervos espinhais, que formam a cauda equina. As transições entre diferentes regiões da coluna são propensas a lesões. - Crânio-vertebral: articulação occipitocervical é vulnerável. Manutenção pela musculatura e complexo ligamentar da cervical. - Cervico-torácica: especialmente vulnerável a traumatismos e desgastes, pois a coluna cervical movimenta, mas a torácica é mais estável. - Toraco-lombar: seguimento móvel em cima de um imóvel - Lombo-sacral: mesmo problema, seguimentos com estabilidade e movimentação diferentes. Cervical (C1-C7) - Corpo vertebral: retangular e pequeno. - Forame: grande, proteção a lesões de medula cervical alta (C1-C3). - Processo espinhoso: bem horizontal, curto e bífido. - Processo transverso: forame transverso, artéria vertebral. - Processo articular: orientado para trás. OBS.: o atlas (C1) não tem corpo, parece um anel e faz um encaixe com o dente do áxis (C2), outra vértebra muito interessantes, pois é essencial para a rotação da cabeça. OBS.: Fratura enforcado - quebra o pescoço em nível de C2, fazendo com que o dente avance para o forame magno esmagando o tronco cerebral. Torácica (T1-T12) - Corpo vertebral: triangular e maior - Processo espinhoso: muito escarpado (longitudinalpara baixo) - Processo transverso: sem forame - Processo articular: fóvea costal, articulação com a costela. Lombar (L1-L5) - Corpo vertebral: grande - Forame: menor e triangular - Processo espinhoso: grande - Processo transverso: grandes e com processos mamilares (anteparo para musculatura). Sacro (S1-S5) Encontramos cinco vértebras sacrais fundidas. Possui forma triangular, com o ápice apontado inferiormente, e é curvado. Cóccix É um osso triangular pequeno. Resquício da cauda humana. A manutenção da estabilidade da coluna é também reforçada pelos ligamentos, como Longitudinal (anterior, posterior), interespinhoso, supraespinhoso, ligamento amarelo etc. Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos separam os corpos vertebrais das vértebras adjacentes (ligados à tração e à compressão). O disco intervertebral é formado por um anel fibroso externo (anel de colágeno que envolve uma zona maior de fibrocartilagem disposta em uma configuração lamelar), que envolve o núcleo pulposo central (é gelatinoso e absorve as forças de compressão entre as vértebras). Alterações degenerativas no anel fibroso podem levar à herniação do núcleo pulposo. Existe também a articulação zigapofisária, uma articulação sinovial entre os processos articulares das vértebras que permite extensão, flexão e rotação dos movimentos do corpo. @waleska112 MED UFOB Anatomia clínica Herniação dos discos intervertebrais O anel fibroso pode apresentar uma ruptura e, por meio dela, o material do núcleo pulposo pode sair. Após certo tempo, esse material pode se deslocar para o canal vertebral ou para o forame intervertebral e comprimir estruturas neurais Hemorragia intracraniana Hemorragia cerebral primária: As muitas causas de hemorragia cerebral primária incluem a ruptura de aneurismas, hipertensão (hematoma intracerebral secundário à pressão arterial elevada) e sangramento após um infarto cerebral. Hematoma extradural: é causada por danos arteriais e decorre da ruptura dos ramos da artéria meníngea média, que ocorre tipicamente na região do ptério. O sangue se acumula entre a camada periosteal da dura-máter e a calvária e se expande lentamente sob pressão arterial. Após a lesão, o paciente geralmente recupera a consciência e tem um intervalo lúcido por um período de algumas horas. Depois disso sobrevêm sonolência rápida e nova perda de consciência, que pode culminar em morte Hematoma subdural: decorre de um sangramento venoso, geralmente pela ruptura de veias cerebrais no ponto em que entram no seio sagital superior. O rompimento e vazamento resultante do sangue separa a fina camada de células da borda dural do resto da dura-máter conforme o hematoma se desenvolve. Hemorragia subaracnóidea: pode ocorrer em pacientes que sofreram trauma cerebral significativo, mas decorre tipicamente da ruptura de um aneurisma intracerebral originado de vasos que suprem o círculo arterial do cérebro e em torno dele. Hidrocefalia A hidrocefalia é uma dilatação do sistema ventricular encefálico, que se deve à obstrução do fluxo do líquido cerebrospinal (LCS), produção excessiva de LCS ou insuficiência na reabsorção do LCS. A causa mais comum de hidrocefalia em adultos é a interrupção da absorção normal do LCS pelas granulações aracnóideas (o sangue entra no espaço subaracnóideo após a hemorragia). Outras causas de hidrocefalia incluem a obstrução congênita do aqueduto do mesencéfalo e diversos tumores. Imagens: SOBOTTA, Johannes. Atlas of Human Anatomy: Head, Neck and Neuroanatomy. 15 ed. Elsevier, 2011. SOBOTTA, J. e BECHER, H. - Atlas de anatomia humana. 21ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000, Vols. I, e II. DRAKE, R.L.; VOGL, W.; MITCHELL, A.W.M. GRAYʾS Anatomia para estudantes. 3a Ed. Elsevier Editora Ltda: Rio de Janeiro: 2015. @waleska112 MED UFOB
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