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Fichamento - O que é Sociologia - Liliane Vilas Boas Correia

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Universidade Federal do Acre – UFAC 
Centro de Filosofia e Ciências Humanas 
Curso: ABI – Ciências Sociais 
Disciplina: Introdução à Sociologia (CFCH585) 
Docentes: Profa. Eurenice Lima e Profa. Letícia Mamed 
Discente: Liliane Vilas Boas Correia 
 
Fichamento 
Autor: Martins Carlos Benedito 
Título: O que é Sociologia? 
Livro: Coleção Primeiros Passos 
Organizadores: Martins Carlos Benedito 
Cidade: São Paulo, SP 
Editora: São Paulo Brasiliense 
Ano: 2006 
Palavras chaves 
Sociologia; Revolução Industrial; Capitalismo; Sociedade; Intelectuais. 
 
Capítulo Primeiro 
O Surgimento 
A sociologia tem início a partir do fim da sociedade feudal e o começo da 
revolução industrial, ou seja, a ascensão da sociedade capitalista. A Revolução 
Industrial se fortaleceu e com ela seus inúmeros problemas sociais, mas com o 
seu surgimento vem o nascimento da Sociologia que iria estudar esses 
problemas e tentar combatê-los. Entretanto, a revolução industrial, foi a 
causadora dos inúmeros abalos na sociedade daquela época como, carga 
horária de trabalho excessiva, a diminuição do salário, a exploração de mulheres 
e crianças e etc. 
“[...] O seu surgimento ocorre num contexto histórico específico, que 
coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e 
da consolidação da civilização capitalista. (pag.5)” 
 
Com a diminuição dos processos manufatureiros, a vida dos pequenos 
artesãos teve que ser totalmente readaptada, ou seja, eles se tornaram 
“escravos" de uma produção mecanizada, na qual enfrentavam horas de 
trabalhos excessivas e brutais ganhando pouco dinheiro e enriquecendo os 
novos empresários que visavam apenas o lucro. 
“[...] A utilização da máquina na produção não apenas destruiu o artesão 
independente, que possuía um pequeno pedaço de terra, cultivado nos seus 
momentos livres. Este foi também submetido á uma severa disciplina, a novas 
formas de conduta e de relações de trabalho, completamente diferentes das 
vividas anteriormente por ele. (Pag.6)” 
 
Com o avanço da industrialização o trabalhador já não era visto mais 
como ser humano, e sim como uma máquina de fazer dinheiro, o qual não 
possuía direitos e nem voz, eram os verdadeiros animais de carga, seus patrões 
não se importavam em diminuir a carga horária ou implantar um sistema de 
trabalho mais humanitário, eles estavam voltados apenas para o crescimento e 
o lucro financeiro. Com as consequências da implementação da industrialização, 
as pessoas do campo passaram a migrar para as cidades em busca de 
empregos, mas apesar da indústria estar em desenvolvimento os problemas 
sociais passaram a assolar cada vez mais as cidades. 
“[...] As conseqüências da rápida industrialização e urbanização levadas 
a cabo pelo sistema capitalista foram tão visíveis quanto trágicas: aumento 
assustador da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da 
criminalidade, da violência, de surtos de epidemia de tifo e cólera que dizimaram 
parte da população etc.(pag.7)” 
 
Apesar dos problemas estarem assolando a “nova sociedade" com toda a 
desigualdade e sofrimento que a classe trabalhadora estava vivenciando, a 
burguesia era a única classe que via frutos do trabalho dos operários, apesar da 
indústria estar decolando o proletariado estava sendo oprimido e dizimado, ou 
seja, algo estava errado, foi então que o proletariado resolveu burlar as regras 
da nova sociedade e lutar por seus direitos civis. 
“[...] Um dos fatos de maior importância relacionados com a revolução 
industrial é sem dúvida o aparecimento do proletariado e o papel histórico que 
ele desempenharia na sociedade capitalista. Os efeitos catastróficos que esta 
revolução acarretava para a classe trabalhadora levaram-na a negar suas 
condições de vida. As manifestações de revolta dos trabalhadores atravessaram 
diversas fases, como a destruição das máquinas, atos de sabotagem e explosão 
de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações 
livres, formação de sindicatos etc. (Pag.7)” 
 
Com os atuais problemas que a sociedade estava vivendo os estudiosos 
acreditavam que tais problemáticas deveriam ser estudadas e combatidas. Eles 
não só utilizaram os problemas que foram implantados com o capitalismo como 
algo a ser analisado, mas também aproveitaram essa fragilidade para tentar 
combatê-lo e trazer o bem estar para os grupos mais vulneráveis. 
[...] Eles não desejavam produzir um mero conhecimento sobre as novas 
condições de vida geradas pela revolução industrial, mas procuravam extrair 
dele orientações para a ação, tanto para manter, como para reformar ou 
modificar radicalmente a sociedade de seu tempo. (Pag.7,8)” 
 
Pode-se destacar, que as lutas das classes mais desfavorecidos 
contribuiu para a ascensão da sociologia, pois a partir das mudanças que a 
sociedade pregava os estudiosos começaram a perceber que era necessário 
criar uma ciência na qual estudasse a sociedade, a sociologia não surgiu por 
acaso, mas sim porque a forma de pensar das pessoas estava evoluindo. 
 “[...] O surgimento da sociologia, como se pode perceber, prende-se em 
parte aos abalos provocados pela revolução industrial, pelas novas condições 
de existência por ela criadas. Mas uma outra circunstância concorreria também 
para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas 
formas de pensamento. (Pag.8)” 
 
A sociologia ajuda o homem a se desprender das suas doutrinas e 
começar a pensar a partir dos problemas da sociedade, assim passa a utilizar a 
razão sistemática. 
“[...] representou um grande avanço para libertar o conhecimento do 
controle teológico, da tradição, da "revelação" e, conseqüentemente, para a 
formulação de uma nova atitude intelectual diante dos fenômenos da natureza e 
da cultura. (Pag.9)” 
 
A Revolução francesa foi uma das precursoras para o avanço da 
Sociologia, pois com os grandes conflitos e opressões em massa dos grupos 
minoritários os estudiosos queriam reestabelecer a ordem. 
“[...] A tarefa que esses pensadores se propõem é a de racionalizar a nova 
ordem, encontrando soluções para o estado de "desorganização" então 
existente. (Pag.14)” 
 
Auguste Comte acreditava que a sociologia deveria se basear na física, 
pois seriam aplicadas as leis sociais, as quais, estudariam os fenômenos sociais 
como os fenômenos físicos e químicos, mas não seria essa sociologia que iria 
ajudar as classes trabalhadoras a lutar por seus direitos. 
“[...] Esta sociologia de inspiração positivista procurará construir uma 
teoria social separada não apenas da filosofia negativa, mas também da 
economia política como base para o conhecimento da realidade social. 
Separando a filosofia e a economia política, isolando-as do estudo da sociedade, 
esta sociologia procura criar um objeto autônomo, "o social", postulando uma 
independência dos fenômenos sociais em face dos econômicos. (Pag.17)” 
“[...] Não será esta sociologia, criada e moldada pelo espírito positivista, 
que colocará em questão os fundamentos da sociedade capitalista, já então 
plenamente configurada. Também não será nela que o proletariado encontrará 
a sua expressão teórica e a orientação para suas lutas práticas. É no 
pensamento socialista, em seus diferentes matizes, que o proletariado, esse 
rebento da revolução industrial, buscará seu referencial teórico para levar 
adiante as suas lutas na sociedade de classes. É neste contexto que a sociologia 
vincula-se ao socialismo e a nova teoria crítica da sociedade passa a estar ao 
lado dos interesses da classe trabalhadora. (Pag.17)” 
 
 
Capitulo Segundo 
A Formação 
A princípio, na criação da sociologia os estudiosos possuíam ideias 
diferentes e com isso ocorrerem divergências de opinião, pois ambos tinham 
vivências diferentes uns dos outros. 
“[...] A falta de um entendimento comum por parte dos sociólogos sobre a 
sua ciência possui, em boamedida, uma relação com a formação de uma 
sociedade dividida pelos antagonismos de classe. A existência de interesses 
opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia. 
(Pag.18)” 
 
Entretanto, os conservadores, chamados de “profetas do passado" 
tiveram uma significativa importância para a sociologia, pois eles acreditavam 
que tanto a revolução francesa, como a revolução industrial juntamente com o 
capitalismo estavam destruindo a sociedade com suas mazelas, mas as 
doutrinas da religião e da família eram as mais importantes. 
“[...] A sociedade moderna, na visão conservadora, estava em franco 
declínio. Não viam nenhum progresso numa sociedade cada vez mais alicerçada 
no urbanismo, na indústria, na tecnologia, na ciência e no igualitarismo. 
Lastimavam o enfraquecimento da família, da religião, da corporação etc. Na 
verdade, julgavam eles, a época moderna era dominada pelo caos social, pela 
desorganização e pela anarquia. [...]As idéias dos conservadores constituíam um 
ponto de referência para os pioneiros da sociologia. (Pag.19)” 
 
Saint- Simon, um dos primeiros pensadores socialistas, considerado o pai 
do positivismo e da sociologia por Durkheim, acreditava que era necessário 
restaurar a ordem na sociedade. 
 “[...] Uma vez que todas as relações sociais tinham se tornado instáveis, 
o problema a ser enfrentado, em sua opinião, era o da restauração da ordem. 
(Pag.21)” 
 
Auguste Comte acreditava que a sociedade europeia estava totalmente 
desorganizada, para ele era necessária uma reaproximação da sociedade, pois 
o iluminismo com suas ideias só iria cada vez mais afastar a nação. No entanto 
para que a sociedade voltasse para o estado de ordem era necessário a criação 
de princípios que ajudariam a sociedade a encontrar a ordem e que 
reestabelecesse a união. 
“[...] Para ele, a propagação das idéias iluministas em plena sociedade 
industrial somente poderia levar à desunião entre os homens. Para haver coesão 
e equilíbrio na sociedade seria necessário restabelecer a ordem nas idéias e nos 
conhecimentos, criando um conjunto de crenças comuns a todos os Homens. 
[...] Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia a 
reconciliação entre a "ordem" e o "progresso", pregando a necessidade mútua 
destes dois elementos para a nova sociedade. (Pag.22,23)” 
 
Émile Durkheim acreditava que os problemas econômicos da sua época 
eram frutos de uma fragilidade na moral dos indivíduos, para ele os valores 
morais eram a melhor arma para a diminuição das desigualdades, ou seja, era 
necessário a implantação de novas ideias morais para solucionar esses 
problemas, portanto, a ciência iria encontrar um caminho para o progresso. 
“[...] Durkheim acreditava que a raiz dos problemas de seu tempo não era 
de natureza econômica, mas sim uma certa fragilidade da moral da época em 
orientar adequadamente o comportamento dos indivíduos. [...]Para ele, seria de 
fundamental importância encontrar novas idéias morais capazes de guiar a 
conduta dos indivíduos. Considerava que a ciência poderia, através de suas 
investigações, encontrar soluções nesse sentido. (Pag.24,25)” 
 
O socialismo começa a aparecer na era capitalista, nessa época 
aparecem intelectuais como, Karl Marx que critica duramente o capitalismo. O 
socialismo começa a aparecer no momento em que as sociedades antigas estão 
desaparecendo e dando lugar a nova sociedade, uma nação destruída cheia de 
desordem, caos, tecnologias, industrias, greves e manifestações do povo 
oprimido. 
“[...] A persistência na nascente sociedade industrial de relações de 
exploração entre as classes sociais, gerando uma situação de miséria e de 
opressão, desencadeou levantes revolucionários por parte das classes 
exploradas. (Pag.28)” 
Karl Marx acreditava que o homem era um ser coletivista e 
essencialmente social, pois as lutas de classes como greves e manifestações 
eram algo coletivo e não individualista. 
“[...] Argumentando contra essa concepção extremamente individualista, 
procuravam assinalar que o homem era um animal essencialmente social. A 
observação histórica da vida social demonstrava que os homens se achavam 
inseridos em agrupamentos que, dependendo do período histórico, poderia ser 
a tribo, diferentes formas de comunidades ou a família. (Pag.30)” 
 
No entanto, Max Weber ao contrário de Karl Marx acreditava que o 
capitalismo não era algo tão ruim, para ele as grandes empresas demonstravam 
uma organização racional na qual, desenvolviam suas atividades com eficiência, 
ele sempre exaltava os empresários como pessoas que revolucionaram a 
sociedade. 
“[...] Ao contrário de Marx, não considerava o capitalismo um sistema 
injusto, irracional e anárquico. [...] O capitalismo lhe parecia a expressão da 
modernização e uma eloqüente forma de racionalização do homem ocidental. 
(Pag.36)” 
 
Capítulo Terceiro 
O Desenvolvimento 
A burguesia passa a se distanciar das ideias de fraternidade e igualdade 
querendo assim se tornar a classe dominadora fazendo com que as lutas das 
classes mais pobres se tornassem cada vez mais fortes, mas com a ascensão 
das empresas, monopólio de produtos, opressão da classe trabalhadora, seus 
levantes e o surgimento de guerras, fazem com que as ideias de perfeição do 
capitalismo sejam abaladas. 
“[...] O aparecimento das grandes empresas, monopolizando produtos e 
mercados, a eclosão de guerras entre as grandes potências mundiais, a 
intensificação da organização política do movimento operário e a realização de 
revoluções socialistas em diversos países eram realidades históricas que 
abalavam as crenças na perfeição da civilização capitalista. (Pag.38)” 
 
A partir daí, com a desordem ocasionada pelo sistema capitalista a 
sociologia começou a ter mais espaço para suas pesquisas, mas sua autonomia 
crítica e criatividade intelectual estavam sendo restringidas pelas organizações 
privadas e até mesmo pelo governo que financiaram suas pesquisas e trabalhos. 
” [...] O sociólogo de nosso tempo passou a desenvolver o seu trabalho, 
via de regra, em complexas organizações privadas ou estatais que financiam 
suas atividades e estabelecem os objetivos e as finalidades da produção do 
conhecimento sociológico. [...] tornou-se para ele extremamente difícil produzir 
um conhecimento que possua uma autonomia crítica e uma criatividade 
intelectual. (Pag.38,39)” 
 
Com o surgimento da Segunda Guerra Mundial as ciências sociais e 
algumas de suas áreas como o direito e a economia foram utilizadas como 
instrumentos para solucionar os problemas que a guerra havia trago. 
“[...] algumas ciências sociais mais diretamente ligadas aos problemas 
práticos da sociedade capitalista, como o direito, a economia e a contabilidade, 
foram mais utilizadas do que outras como instrumentos para encontrar soluções 
para problemas concretos de funcionamento da ordem estabelecida. (Pag.39)” 
 
Apesar das inúmeras desgraças que a guerra havia trago, a sociologia 
estava em seus momentos de ouro, pois os pesquisadores estavam 
conseguindo fazer suas pesquisas e levantando reflexões sobre o capitalismo, 
sua ascensão e os problemas que ele tinha trago para a sociedade. 
“[...] Durante aquele período, a sociologia conheceu uma de suas fases 
mais ricas em termos de pesquisa. Foi o momento em que a pesquisa de campo 
firmou-se nesta disciplina, propiciando o levantamento de informações originais 
para a reflexão. (Pag.40)” 
 
Karl Mannhein começou a considerar a sociologia como uma técnica de 
controle social, na qual ele acreditava que os problemas de sua época poderiam 
ser sanados pelo planejamento social. 
“[...] A sociologia, em sua visão, poderia oferecer um conhecimento que 
possibilitasse uma intervenção racional nos problemas da sua época. (Pag.41)” 
 
Muitos sociólogos passaram a estudar as sociedades mais antigas, eles 
estavam investigando e classificandoas variadas relações das nações 
passadas, muitos dos trabalhos desta época contribuíram para criar os conceitos 
fundamentais da sociologia. 
“[...] Os estudos de Pareto sobre a ação humana, de Von Wiese sobre os 
processos básicos da vida social, os trabalhos de Roos sobre os mecanismos e 
as variedades do controle social constituem exemplos ilustrativos desta tradição 
de pesquisa. Estes trabalhos proporcionaram a elaboração de vários conceitos 
fundamentais da sociologia. (Pag.41)” 
 
Nos Estados Unidos a sociologia se estabelece nas universidades, os 
pesquisadores da Universidade de Chicago passam a estudar os estilos de vida 
que vão se transformando por causa da imigração em massa e a crescente 
urbanização criando assim, os problemas sociais. 
 “[...] Chicago transformaram-se, por volta dessa época, em grande 
metrópole industrial que atraía uma massa enorme de imigrantes vindos de 
outros países. Os sociólogos de Chicago concentraram-se avidamente no 
estudo dos novos estilos de vida que surgiram na corrida de uma urbanização 
extremamente veloz, provocando, segundo a linguagem de alguns destes 
sociólogos, vários "problemas sociais" e uma situação de "desorganização 
urbana”. (Pag.41,42)” 
 
Mesmo a sociologia parecendo estar bem consolidada na sociedade, ela 
ainda enfrentava algumas limitações como, a influência para deixá-la neutra no 
meio acadêmico em território alemão. 
“[...] Na Alemanha, as tentativas de "completar", de "refinar" o método 
dialético, de "libertá-lo" de sua concepção "normativa" e "dogmática", visavam 
claramente a minimizar e neutralizar a sua influência no meio acadêmico. 
(Pag.43)” 
 
Deste modo, deve-se destacar, a guerra nos países europeus como um 
dos grandes empecilhos para o desenvolvimento da sociologia, pois com a 
implantação de regimes autoritários os intelectuais eram caçados , muitos 
tiveram que fugir de seus países de origens para não morrer, a liberdade de 
investigação estava sendo totalmente oprimida, com isso os intelectuais foram 
se refugiando em países como os Estados Unidos onde puderam desenvolver 
seus trabalhos sobre a desordem social e começar a pesquisar temas como, as 
questões urbanas, a integração das minorias, ou seja, estavam prezando pelo 
bem estar social. 
“[...] a sociologia desenvolveu-se vertiginosamente na sociedade norte-
americana, vinculada ao meio universitário, caracterizando-se, em boa medida, 
por um acentuado reformismo, investigando temas relacionados com a 
"desorganização social”. (Pag.44)” 
 
Com o fim da guerra e o fortalecimento do regime socialista, os 
intelectuais passaram a se opor totalmente contra esse regime, por fim, 
estudiosos como George Lundeberg, Paul Lazarsfel, Samuel Stouffer e outros, 
passaram a pesquisar questões metodológicas, tentando definir processos 
quantitativos e qualitativos de pesquisas de campo, assim ajudando na 
investigação sociológica. Entretanto Lundeberg retoma o positivismo 
acreditando que ele seria mais eficaz que o empirismo, para ele era possível 
estudar a sociedade como uma ciência natural, ou seja, estudar um problema 
social como se estuda um habitat de golfinhos. 
“[...] George Lundberg, um dos expoentes dessa corrente, reafirmaria a 
tese positivista de considerar a sociologia como ciência natural. (Pag.46)” 
 
Com isso, muitos dos novos sociólogos passaram a se distanciar das 
ideias dos estudiosos clássicos, eles começaram a transformar a sociologia em 
uma ciência conservadora e a proteger o capitalismo, criando uma ruptura entre 
estilos de trabalhos, mas é nesse contexto que começam a considerar o 
sociólogo como um profissional, assim ele passa a desenvolver seus trabalhos 
de uma forma neutra e objetiva. 
“[...] Os novos estudos empíricos, em geral, abandonaram essa 
disposição de trabalhar com problemas históricos que possibilitassem uma 
compreensão da totalidade da vida social, concentrando-se via de regra em 
aspectos irrelevantes. (Pag.36)” 
 
Deve-se salientar, que a sociologia é uma ciência que prega a mudança 
social, ela está intimamente ligada as questões humanas, questões históricas e 
questões econômicas. Após o desaparecimento da época feudal e a 
consolidação do capitalismo que surgiu junto com a revolução industrial, a classe 
trabalhadora se tornou um instrumento que gerava lucro financeiro, apesar da 
modernidade pessoas morriam por lutar por seus direitos básicos de 
subsistência, eram negligenciadas, tratadas de formas desumanas, mas a 
sociologia estava nascendo para se tornar um instrumento de transformação 
social. 
“[...] a função do sociólogo de nossos dias é liberar sua ciência do 
aprisionamento que o poder burguês lhe impôs e transformar a sociologia em um 
instrumento de transformação social. (Pag.50)” 
 
Comentários 
• O livro possui uma dificuldade de entendimento mediana, pois precisei lê-lo várias vezes 
para poder entender as ideias do autor. O capítulo no qual tive mais dificuldade para 
entender foi o capítulo terceiro: o desenvolvimento da sociologia, no qual o autor fala 
sobre as obras e ideias dos intelectuais como Weber, Marx e Durkheim. Entretanto o 
livro traz várias discussões de grande valor para o entendimento da formação da 
sociologia como, a queda da era feudal, o surgimento da industrialização, o capitalismo 
e a sociologia e seus estudos em épocas de guerra, também pode-se compreender qual 
era o papel desta ciência nas épocas antigas e atualmente. 
 
• Conclui-se que a sociologia nasceu a partir das revoluções tanto a Revolução Industrial, 
como a Revolução Francesa, os estudiosos iniciaram seus trabalhos em uma época na 
qual a sociedade estava passando por uma mudança que beneficiaria a população 
burguesa, trazendo lucro, evolução, tecnologia e industrialização, mas os grupos menos 
desfavorecidos iriam sofrer com a “nova nação" que estava se desenvolvendo, pois, a 
partir da introdução da máquina a vapor, o homem passou a ser escravo da tecnologia. 
As classes mais pobres trabalhavam nas industrias, mas apesar de tanto trabalho, eles 
não viam frutos de seu esforço, a partir daí os problemas sociais passaram a aumentar 
cada vez mais, pessoas morriam de fome, homens, mulheres e crianças trabalhavam 
sem descanso ou em situação de escravidão, ou seja, a pesar de toda a evolução que a 
nação estava tendo, o proletariado estava regressando. Intelectuais com Weber, Marx e 
Durkheim tiveram uma importância relevante para se compreender o que estava 
acontecendo com a sociedade naquela época, pois com seus estudos e pesquisas 
conseguiram alavancar a sociologia como uma ciência que estuda a sociedade. 
 
• A partir da leitura conclui que a sociologia a princípio teve início em uma era conturbada 
da existência humana, ela estava disposta a encontrar o problema que as sociedades 
estavam passando, investigá-lo e depois resolvê-lo, pois a sociologia ao meu ver prega 
a igualdade entre os homens e o fim da injustiça entre as nações.

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