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Ap1 Constitucional III

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1ª AVALIAÇÃO PARCIAL CONSTITUCIONAL III – TURMA 
8N2 PARTE 01 
 
 
Discente: Joaquim José do Nascimento Neto; 
Docente: Joshua Gomes Lopes; 
 
 
 
QUESTÃO 01 
“O Município, na sua condição de ente federativo brasileiro, possui suas 
competências delineadas, sejam elas no território da discussão político-
administrativa, sejam no âmbito das disputas a aterrissarem nas instâncias do Poder 
Judiciário, em virtude dos conflitos de atuação legislativa e executiva que a 
constituição dirigente tem imposto aos distintos componentes da Federação 
brasileira.” (CANOTILHO, J. J. Gomes; MENDES, Gilmar F.; SARLET, Ingo W.; 
STRECK, Lenio L. (Coords.). Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: 
Saraiva /Almedina, 2013) 
 
A Constituição estabelece e enumera as competências dos Entes federativos. No 
art. 22, o constituinte dispôs sobre a competência legislativa privativa e, no art. 24, 
sobre a competência legislativa concorrente. Estabeleça a diferença entre esses 
dois institutos e cite um exemplo de cada um deles. (2,5 pontos) 
R.: A princípio, o artigo 22º da CF/88 estabelece a competência privativa da União, isto é, 
matérias às quais a União deverá legislar. Entretanto, por razões diversas, o Constituinte 
instituiu no Parágrafo único desse artigo a possibilidade dos Estados legislarem sobre as 
matérias inscritas nos incisos, desde que haja uma Lei Complementar que viabilize tal 
empreitada. Na prática, há essa possibilidade de delegação legislativa, pois como os assuntos 
tratados no rol do art. 22º terem repercussão direta nos entes federativos, esperar que o 
Congresso sancionasse uma Lei para tanto, seria inviável, uma vez que podem haver 
peculiaridades nos Estados-Membros, o que com uma certa analogia mal feita, equivale a 
dizer que os Estados legislarão aquela Lei (desde que uma LC tenha autorizado) com um 
maior interesse local do que os Parlamentares, como por exemplo, um Estado que possui uma 
vasta área povoada por povos ribeirinhos que institui uma Lei Trabalhista para bem acolher 
esses indivíduos, coisa que seria pouco assimilável no Congresso Nacional, visto que a 
maioria desconhece tal região. 
Por sua vez, o artigo 24º da CF/88 dispõe sobre as matérias que todos os entes federativos 
poderão legislar. Fato interessante está contido nos parágrafos desse artigo que dispõe os 
critérios homogêneos para que não haja divergência entre Estados e/ou entre Municípios nas 
formas que os mesmos legislam sobre certos temas, o que levou o Constituinte originário a 
prever no §1º a atitude que a União terá: ela estabelecerá normas gerais sobre os temas 
inscritos no art. 24º, e os Estados-membros membros as complementarão (§2º), desde que não 
haja incompatibilidade. No caso de inexistência de norma geral da União, os Estados terão 
toda autonomia para firmarem suas leis próprias que atenderão as peculiaridades de sua região 
(§3º) e neste caso, uma vez o Estado tendo criado sua Lei, e posteriormente a isso seja 
publicada uma Lei da União sobre aquele tema de forma geral, a lei da União suspenderá a lei 
estadual naquilo que for diferente (§4º). Um exemplo pode ser visualizado na edição de uma 
lei geral que trate de Direito Urbanístico, que um Estado do Norte irá tratar de forma a 
satisfazer suas peculiaridades, bem como um Estado do agreste Nordestino o fará: ambos 
terão que obedecer a mesma norma, porém, podem acrescer nela institutos que melhorarão a 
vivencia e a aplicação dessa norma. 
A distinção entre o artigo 22 e o artigo 24 é que no primeiro caso o Estado só tratará daqueles 
temas previsto no caso da União assim os delegarem por meio de uma Lei Complementar, já o 
artigo 24 estabelece que os Estados podem tratar sobre aqueles temas com ou sem uma Lei 
Complementar, neste último caso, com uma lei superveniente, a lei estadual será suspensa no 
que divergir. 
 
 
 
QUESTÃO 02 
O Distrito Federal editou a lei estadual 11.111, de 10 de Maio de 2018, que trata da 
criação do Município X em seu território. Embora o Distrito Federal tenha obedecido 
todos os requisitos constitucionais para a criação de novos Municípios, o Supremo 
Tribunal Federal julgou que, ainda assim, a Lei 11.111 é inconstitucional. Com base 
no que dispõe a Constituição Federal, responda os itens a seguir: 
 
a) Quais os requisitos constitucionais necessários para a criação de um Município, 
de acordo com o Art. 18, §4º? (1,5 Ponto) 
 
R.: Para a criação de um novo Estado Membro é necessário que haja primeiramente uma Lei 
Complementar Federal que estabeleça o prazo/período que isso deva ocorrer, após isso, será 
apresentado um estudo com a viabilidade (ou não) daquele município se auto organizar 
sozinho por meio de uma Lei Ordinária, após isso, será realizada uma consulta prévia no(s) 
Município(s) que serão alterados, por fim, desde que todos os requisitos anteriores sejam 
afirmativos, será feita uma Lei Estadual que possibilitará a criação de tal Município. 
Esses requisitos são tão rígidos uma vez que até 2006, os requisitos para a criação de 
Municípios não era, tão rígidos, o que ensejou na aventura de uma séries de povoados a 
quererem ser independentes, o que era frustrado, visto que não tinham condições 
orçamentárias para tanto. 
 
b) Por que o Supremo Tribunal Federal declarou a Lei 11.111 inconstitucional? 
Fundamente. (1 Ponto) 
 
R.: Não é possível que o Distrito Federal seja divido em Municípios, pois há expressa 
previsão nesse sentido no caput do artigo 32º da CF/88 que estabelece que o DF não será 
dividido em Municípios. As regiões Administrativas de Brasília (as cidades satélites) não são 
Municípios,

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