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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE – FAINOR COLEGIADO DO CURSO DE FÁRMACIA COMOPONENTE: HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA TECIDO ADIPOSO VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2020 DISCENTE: Pedro Henrique de Oliveira Silva Rafaela Meira Silva Suélle Ferreira de Oliveira Werber Guilherme Mendes e Pereira DOCENTE: Anderson Pereira de Souza Tecido Adiposo Tecido adiposo é caracterizado por células adiposas, às quais denominamos de adipócitos, que armazenam muita gordura. Estas células possuem um vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de acordo com o metabolismo do indivíduo). A quantidade de gordura difere nas partes do corpo. Histologicamente os adipócitos são esféricos quando isolados, mas tem forma poliédrica quando justapostos para formar o tecido adiposo. Nos preparados histológicos de rotina, o lipídio é extraído durante o processo de desidratação com solventes orgânicos, o que dá o aspecto de uma rede delicada de polígonos irregulares. O tecido adiposo, como as gorduras não são boas condutoras de calor, também exerce função como isolante térmico do organismo. O tecido adiposo pode ocorrer como células isoladas ou em pequenos grupos em meio ao tecido conjuntivo, por exemplo, no entanto a maior parte deste tecido forma grandes agregados. Formado a partir do tecido conjuntivo reticular, o tecido adiposo pode ser considerado como uma forma especial de tecido reticular. O tecido adiposo se forma a partir de agrupamentos de células do tecido conjuntivo reticular altamente vascularizado, no qual ocorrem depósitos de gordura. A gordura se acumula no interior do citoplasma das células reticulares que posteriormente perdem os prolongamentos citoplasmáticos e se tornam esféricas. Origem do tecido adiposo no corpo O tecido adiposo origina-se nas células derivadas do mesênquima (tecido embrionário). Logo no início de sua formação, percebe-se o acúmulo de gordura no interior do citoplasma. A matriz é composta de fibras reticulares (colágeno tipo III) bem finas, que formam redes e não se observam facilmente ao microscópio. Essa substância intercelular envolve os inúmeros adipócitos presentes. Localização: Originário dos lipoblastos, o tecido adiposo está localizado, principalmente, embaixo da pele, na denominada hipoderme. Este tecido corresponde a 20-25% do peso corporal nas mulheres e 15-20% dos homens, considerando-se o indivíduo dentro do peso normal. Funções: Reserva de energia na forma de triglicerídeos; Preenchimento; Modela superfície corporal; Coxins absorventes de choques; Isolamento térmico; Produção de calor nos recém-nascidos e animais hibernantes; Função endócrina: Leptina. Homens: 10-20% Peso corporal; Mulheres: 20-25% Tipos de Tecido Adiposo Diferem quanto à morfologia, função e localização 1) Tecido Adiposo Unilocular (Branco) 2) Tecido Adiposo Multilocular (Pardo) Tecido Adiposo Unilocular O nome unilocular é pelo fato de que cada adipócito se encontra repleto de uma única e grande gotícula lipídica de gordura neutra. No corpo humano adulto ele existe em maior quantidade que o multilocular. A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de caroteno dissolvidos nas gotículas de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo presente em humanos adultos é do tipo unilocular. Seu acúmulo em certos locais é influenciado pelo sexo e pela idade da pessoa. As funções são de reserva energética, de isolante térmico e de proteção contra choques dos órgãos vitais. Ele forma o panículo adiposo, que é uma camada isolante que se localiza abaixo da derme da pele. É mais espesso em indivíduos que vivem em climas árticos. Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo/ O tecido adiposo unilocular se localiza em maior quantidade sob a pele do abdome (em maior quantidade no omento, mesentério e no espaço retroperitonial), nádegas, axilas, coxas e nas mamas. Ele também é encontrado na medula óssea e entre outros tecidos, preenchendo os lugares vazios. Podem os encontrá-lo também na planta dos pés, nas palmas das mãos, sob o pericárdio visceral e envolvendo os globos oculares (nesses locais ele tem função de amortecedor de impactos). Os adipócitos uniloculares são grandes, com a gotícula de lipídio sem membrana em volta, deslocando o núcleo achatado, para a periferia da célula. As organelas ficam concentradas no citoplasma perinuclear. Apresenta um pequeno aparelho de Golgi, alguns https://www.unifal-mg.edu.br/histolo ribossomos, REG, microfilamentos e filamentos intermediários. Podem ser visualizadas mitocôndrias compridas, típicas das células adiposas. Adipócito unilocular Fonte:https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo/ O tecido adiposo unilocular é também um órgão secretor. Sintetiza várias moléculas como a leptina, que é um hormônio protéico constituído por 164 aminoácidos. Diversas células no cérebro e em outros órgãos tem receptores para a leptina. Esta molécula participa da regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos. A leptina atua principalmente no hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia. Tecido adiposo multilocular O tecido adiposo multilocular é chamado também de tecido adiposo pardo, por sua cor característica. Essa cor é devida à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. Por serem ricas em citocromos, as mitocôndrias têm a cor avermelhada. Ao contrário do tecido unilocular, que é encontrado por quase todo o corpo, o tecido pardo é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. Esse tecido é abundante nos animais que hibernam, onde foi chamado glândula hibernante (designação inapropriada). No feto humano e no recém-nascido, o tecido adiposo multilocular apresenta localização bem determinada. Como este tecido não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-12.46.13.png As células do tecido adiposo multilocular são menores que as do tecido adiposo comum e tem forma poligonal, o citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos e contém numerosas mitocôndrias, cujas cristas são particularmente longas, podendo ocupar toda a espessura da mitocôndria, apresentam o núcleo arredondado e centralizado. No tecido adiposo multilocular as células tomam um arranjo elipsóide, formando massas compactas em associação com capilares sanguíneos, lembrando as glândulas endócrinas. Adipócito multilocular Fonte:https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo/ O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam. Em humanos, a função deste tecido está restrita aos primeiros meses de vida pós-natal. Durante esse tempo, o tecido adiposo multilocular produz calor, protegendo o recém-nascido contra o frio. Patologias associadas ao Tecido AdiposoEsteatose -O acúmulo de gordura no interior dos hepatócitos é um mecanismo natural, utilizado para estocar energia. A quantidade de energia acumulada na gordura é muito maior que no açúcar ou na proteína, podendo fornecer ao organismo grande quantidade de energia nos momentos de necessidade. O fígado mantém dois grandes estoques de https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-29-%C3%A0s-11.06.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-29-%C3%A0s-11.06.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-29-%C3%A0s-11.06.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-29-%C3%A0s-11.06.00.png energia: a gordura (especialmente na forma de triglicérides, também chamados de triacilgliceróis) e o glicogênio, que é uma glicose alterada para ser estocada. Esteatose hepática: - Fígado sadio: Armazenagem de gordura, ligação com fosfolipídio. A não visualização de elementos gordurosos nas células durante o exame microscópico é indicativo de normalidade. Fonte: http://www.hepcentro.com.br/esteatose.htm - Esteatose hepática: Alteração da proporção de fosfolipídios - gorduras. Agressão celular, comprometimento da síntese de fosfolipídios devido a quedas metabólicas. Mudança no arranjo, a gordura fica desmascarada, microscopicamente visível. Obesidade: Desequilíbrio dos sistemas reguladores do peso corpóreo para o qual contribuem vários fatores (genético, ambiental, fisiológico, psicológico, sedentarismo). Em adultos, a obesidade se deve a um aumento na quantidade de triglicerídeos depositados em cada adipócito unilocular, se m que exista aumento no nº de a adipócitos. As calorias dos alimentos não gastas nas atividades físicas são depositadas nas adiposas uniloculares. Pode gerar complicações como: diabete mellitus tipo 2, hipertensão arterial, arteriosclerose, dislipidemias, processos Inflamatórios agudos e crônicos. - Hiperplástica: Ocorre na infância ou puberdade por aumento exagerado do nº das células adiposas. - Hipertrófica: Aparece do adulto e é determinada pelo aumento do tamanho do adipócito. A obesidade em adultos pode estar associada também à elevação do nº de adipócitos Lipomas: tumores benignos originados a partir dos adipócitos uniloculares subcutâneos. Lipossarcomas: tumores malignos de ossos longos que produz tecido adiposo atípico, facilmente formam metástases. Celulite: Alteração da hipoderme, aumento da espessura da camada subcutânea de gordura. Envolve o tecido adiposo, vasos sanguíneos, linfáticos e tecido conjuntivo. As células adiposas alargam-se, devido à acumulação de gordura. As paredes capilares tornam-se excessivamente permeáveis, causando a acumulação localiza da de fluídos. A drenagem linfática retarda a eliminação do excesso de fluídos. As células adiposas agrupam-se e ficam liga das por fibras de colágeno, e prejudicam a corrente sanguínea. Os fios de tecido conjuntivo 2endurecem, contraem-se e puxam a pele para baixo. Fonte: https://br.depositphotos.com/vector-images/melan%C3%B3citos.html Referências FONSECA-ALANIZ, Miriam H. et al. O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, n. 2, p. 216-229, 2006. BEZUTTI, Paula Carolina. Tecido adiposo. Histologia e Histopatologia, 2017 https://www.passeidireto.com/arquivo/40310297/tecido-adiposo. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo/ access on 04 novembro 2020. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo/
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