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REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I 
– CATALOGAÇÃO
2019
Prof.ª Juliana Frainer
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 Qual foi o primeiro catálogo da história da catalogação e de que 
maneira ele influenciou na evolução dos catálogos?
R.: O primeiro registro de um catálogo que se tem na história foi o da Biblioteca 
de Alexandria. O bibliotecário responsável organizou um catálogo, mais 
propriamente uma lista, contendo todos os autores das obras existentes na 
biblioteca e os organizou obedecendo a ordem alfabética. Esse catálogo, 
sem dúvida, é considerado um dos marcos históricos mais expressivos para 
o início do registro e controle de procedimentos com o extremo objetivo de 
organização e armazenamento de dados. A referida biblioteca englobava 
procedimentos necessários e disponíveis à época de sua existência, para 
organização e recuperação de seu acervo. Alguns procedimentos são 
utilizados até os dias de hoje, tais como classificação e catalogação.
2 Quais aspectos históricos que norteiam a catalogação no Brasil? 
Cite pelo menos 3 aspectos históricos. 
R.: 
• As discussões para a organização de normas de cabeçalhos de entrada de 
nomes pessoais, especificamente de autores brasileiros e portugueses, 
bem como de nomes das entidades coletivas brasileiras.
• Entre 1934 e 1963 evidenciou-se uma grande produção de estudos e 
pesquisas com o objetivo de desenvolver métodos, regras e padrões 
para elaboração de um código de catalogação para países com língua 
oficial portuguesa, a exemplo de Portugal e do Brasil. 
• Em 1940 adota-se no Brasil o uso do código da Vaticana, em especial nas 
escolas e cursos de biblioteconomia do Rio de Janeiro e São Paulo.
• Em 1954 tem-se a criação do Instituto Brasileiro de Bibliografia e 
Documentação – IBBD –, que foi transformado no Instituto Brasileiro de 
Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT –, voltado para os sistemas 
especializados de informação não mais como órgão centralizador das 
atividades, mas como gerente e suporte técnico.
• O AACR foi traduzido para o português em uma versão brasileira em 
1969 e recebeu o título de Código Anglo-Americano de Catalogação, 
com a segunda edição traduzida entre 1983 a 1985 e desde então, este 
código passou a ser adotado, inclusive no que se refere ao ensino nos 
cursos de formação e graduação em biblioteconomia, praticamente em 
todos os estados brasileiros. 
3
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
• Entre os anos de 1994 e 1996 são processadas mudanças na Rede 
Bibliodata/CALCO (o escritório CALCO foi constituído por um grupo de 
trabalho pertencente ao IBCT ainda em 1984), em especial no formato 
dos registros bibliográficos, que passa de CALCO para USMARC, e 
deste para MARC21.
TÓPICO 2
1 Conceitue, mediante o que foi exposto no segundo tópico desta 
unidade, o que é representação descritiva – catalogação. 
R.: A representação descritiva – catalogação permite a descrição de 
informações de forma padronizada, é essencialmente construída a partir de 
regras que minimizam as interpretações individuais, no sentido de que existem 
determinados aspectos da informação que precisam ser identificados, para que 
se garanta a unicidade de cada item informacional que está sendo representado, 
mas que, ao seu final, se consiga a universalidade da informação.
Pode ser considerada um processo de decisão multidimensional que 
tem como objetivo estruturar e padronizar os diferentes aspectos e ou 
características de um item ou dado informacional, com vias a torná-lo 
único, passível de recuperação e utilização. Refere-se aos aspectos da 
descrição formal das características dos documentos, mais especificamente 
a descrição física e a descrição dos elementos para identificação de 
determinado documento.
Além dessa descrição física ou bibliográfica do item informacional, faz parte 
do processo da representação descritiva a indicação dos pontos de acesso. 
Ainda, aliada à representação descritiva, tem-se a representação temática, 
que exprime o conteúdo de determinado documento por meio de assuntos 
a partir das classificações bibliográficas, da indexação e da elaboração do 
resumo de um item informacional.
2 Quais os principais objetivos e funções da representação descritiva 
– catalogação?
R.: As principais funções representação descritiva – catalogação, são:
• permitir ao usuário localizar um item ou informação específica, e nesta gama 
de possibilidades, ter como escolher e decidir pelo que, inicialmente, pode 
atender a sua necessidade. Ainda, permite ao usuário escolher dentre essas 
várias informações semelhantes, sobre os quais, inclusive, possa não ter 
conhecimento prévio algum e como consequência, o permita ser autônomo, 
ou seja, expressar, organizar ou alterar seu conhecimento interno, isto é, 
‘dialogar’ com o catálogo ou a fonte/suporte que lhe disponibiliza a informação; 
4
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
• permitir a um item ou a uma informação encontrar seu usuário; e 
• permitir a outra biblioteca ou centro de informação a localização de 
um item ou informação que, por ventura, não existe em seu acervo e 
ampliar a colaboração e cooperação da divulgação e disponibilização da 
informação entre os diferentes espaços.
Os principais objetivos da representação descritiva – catalogação, são:
• propor e desenvolver as normas, regras e códigos para seja possível a 
discrição, ou como acusa o próprio nome, a representação de um item 
informacional;
• propiciar a elaboração e desenvolvimento de catálogos, sejam impressos 
ou por meio dos bancos de dados, com vias a representar as informações 
relativas aos documentos dos acervos institucionais a serem pesquisados;
• o processamento técnico, tal qual faz parte a representação descritiva 
– catalogação, implica na recuperação da informação, possibilitada pela 
utilização dos metadados, ou seja, dados que se referem a descrição e 
identificação dos recursos, e estes, por sua vez, são utilizados para tornar 
a informação única, identificável, localizável e acessível, para que esta 
possa, então, ser disseminada.
TÓPICO 3
1 Descreva, de maneira geral, como o advento da sociedade da 
informação e do conhecimento impactou nos rumos da representação 
descritiva – catalogação.
R.: Após a Revolução Industrial, com o advento da tecnologia e da internet, 
a sociedade da informação passa a se adaptar ao mundo das tecnologias, 
das produções intelectuais demandado mais informações logo, gerando 
e disseminando maior quantitativo de conhecimento. Assim, essas novas 
tecnologias e essa explosão informacional vêm intensificando o trabalho 
dos catalogadores e, neste sentido, a sociedade da informação e do 
conhecimento designou a representação descritiva – catalogação, como 
um dos protagonistas nas diversas discussões e tentativas de minimizar 
a dispersão e desqualificação da disseminação da informação. Para além 
dos aprimoramentos no que confere aos códigos de catalogação para o 
tratamento da informação num contexto geral, discutem-se as melhores e 
mais adequadas estruturas tecnológicas para a representação da informação 
em documentos que agora ganham o formato digital.
5
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
2 Qual a principal mudança da configuração da representação 
descritiva – catalogação, nos contextos dos documentos em formato 
digital, em especial com o advento das bibliotecas virtuais/digitais e 
os repositórios institucionais.
R.: A configuração da representação descritiva – catalogação, no contexto 
dos documentos em formato digital, implicou em mudanças de caráter 
estrutural para o fluxo de tratamento, recuperação e disseminação da 
informação, cujas implicações requerem mais reflexões no âmbito da 
Ciência da Informação e da Biblioteconomia. Nesta nova configuração, 
contudo, as funções do bibliotecário continuam sendo tradicionais, ou seja, 
analisar os dados, tratá-los, obter a informação contida nos itens resultando 
assim, na possibilidade de armazenare disseminar a informação. Para isso, 
o profissional deverá conhecer os métodos e técnicas da representação 
descritiva para gerenciar com qualidade a informação e assim disponibilizá-
la. Conforme alega Alvarenga (2006, p. 97), “[...] mudam-se os meios, 
sofisticam-se os instrumentos e surgem nomes novos para designar coisas 
novas e velhas. Entretanto, a essência das coisas permanece”.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Qual a importância dos catálogos para a biblioteca e qual a relação 
do catálogo com o usuário?
R.: O objetivo dos catálogos em uma biblioteca é o de conhecer os dados 
existentes de uma obra e representar a informação de forma operacionalizada, 
e, quando organizadas e sistematizadas, possibilitar a disponibilização de toda 
as coleções do acervo de forma a representar também os dados equivalentes 
à pesquisa do usuário. Neste caso, para além da organização do acervo, 
o catálogo deve auxiliar o usuário a ter independência em sua pesquisa, 
visto que os dados fornecidos de forma representativa devem possibilitar ao 
usuário autonomia para evidenciar o que precisa e em qual local encontrar.
2 Qual a importância dos códigos de catalogação?
R.: Os códigos de catalogação são instrumentos utilizados para auxiliar 
a normatização, a descrição dos itens catalogados e possibilitar a 
representação descritiva da obra com qualidade, obedecendo padrões 
internacionais e universais para potencializar a cooperação de dados. 
6
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
3 O que são os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos 
(FRBRs)?
R.: O FRBR não se trata de um código ou instrumento de catalogação, mas 
sim, um modelo conceitual de descrição que tem a intenção de ser, inclusive, 
independentemente de qualquer instrumento ou código de catalogação. Este 
modelo define uma representação de informações baseada em entidades, 
em atributos e em relacionamentos entre as entidades. As entidades são 
objetivos do mundo real identificados univocamente em relação a todos os 
outros objetos. “[…] representam os objetos de interesse para os utilizadores 
de registros bibliográficos. As entidades […] estão associadas a um conjunto 
de características e atributos. São os atributos que constituem o meio pelo 
qual os usuários elaboram as suas perguntas e obtêm e interpretam as 
respostas quando procuram por uma informação” (FUSCO, 2011, p. 12). 
TÓPICO 2
1 Qual foi a importância do bibliotecário Antonio Genesio Maria 
Panizzi, para a catalogação?
R.: Panizzi foi um dos bibliotecários mais importantes para a história da 
catalogação, após muitos estudos, inspirações em várias bibliotecas e todo 
seu cuidado para que não houvesse em seu código margem para diferentes 
interpretações, foi o precursor das 91 regras de catalogação. Suas regras 
foram tão bem elaboradas para aquele contexto que Panizzi pensou não só no 
catálogo que geraria na configuração técnica, mas também na organização 
do acervo. Ele foi o primeiro a reconhecer a importância de distinguir as 
obras para sua recuperação e utilização. Suas regras são utilizadas até os 
dias atuais, a considerar, claro, as adequações tecnológicas que ocorreram. 
2 Charles Ammi Cutter, importante bibliotecário, publicou a obra Rules 
for a dictionary catalog, que listava, alfabeticamente, um conjunto 
de autor, título e assunto. Cite os principais objetivos deste catalogo 
e mencione qual foi a criação realizada em 1880 utilizada até hoje 
nas demais Bibliotecas do mundo.
R.: Os objetivos do Rules for a dictionary catalog são: 
1- permitir que uma pessoa encontre um livro do qual conhece: (a) o autor; 
(b) o título; (c) o assunto; 
2- mostrar o que a biblioteca possui: (d) de um determinado autor; (e) em 
um determinado assunto, (f) em um determinado tipo de literatura; 
7
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
3- auxiliar na escolha de um livro: (g) quanto à sua edição; (h) quanto ao seu 
caráter (literário ou tópico). 
E em 1880 Cutter elaborou a tabela para nomes de autores (Tabela de Cutter) 
ordenada por ordem alfabética utilizada para abreviar nomes de autores e 
gerar números de chamadas exclusivos. A tabela exprime um sobrenome de 
determinado autor pela sua letra inicial e pelos seus três dígitos seguintes. 
Caso não se consiga encontrar exatamente um dos sobrenomes indicados 
na tabela, sugere-se a utilização do código imediatamente anterior. Essa 
tabela é conhecida como Tabela de Cutter e é amplamente utilizada no 
processamento técnico nas bibliotecas brasileiras (MEY, 1995).
3 Quem foi Maria Luiza Monteiro da Cunha e qual sua importância 
para a catalogação no Brasil?
R.: Graduada em biblioteconomia, foi professora na disciplina da Catalogação 
durante 30 anos. Atuou como bibliotecária-chefe na Biblioteca Municipal 
Mario de Andrade, exercendo a função de catalogadora. 
Destacou-se internacionalmente quando, em 1954, exerceu importante 
participação como integrante no Grupo de Trabalho com catalogadores 
de diferentes países referente aos estudos da Catalogação em âmbito 
internacional. Em 1959, em Londres, ocorreu um evento no qual o referido 
grupo se reuniu para discutir e estabelecer o planejamento, a composição, 
a definição dos objetivos e dos campos de ação famosa “Conferência 
Internacional sobre Princípios de Catalogação”, que aconteceu em 1961 em 
Paris, organizado pela IFLA - Federação Internacional de Associações e 
Instituições Bibliotecárias, e que deu origem a publicação dos Princípios de 
Paris ou Princípios de 1961 (BARBOSA, 1978).
Entre outras importantes contribuições, em 1960 foi eleita para exercer 
a função de presidente da Comissão Brasileira de Catalogação, filiada à 
FEBAB – Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas 
de Informação e Instituições.
TÓPICO 3
1 Qual a importância da Biblioteca do Congresso para a 
biblioteconomia?
R.: A Biblioteca do Congresso é considerada a maior sede de catalogação 
na publicação do mundo biblioteconômico. A Biblioteca é o principal ramo de 
pesquisa do Congresso dos EUA e a sede do Escritório de Direitos Autorais 
8
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
dos EUA. A referida Instituição, em conjunto com a Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (United Nations Educational, 
Scientific and Cultural Organization – Unesco) e Federação Internacional de 
Associações e Instituições Bibliotecárias (International Federation of Library 
Associations and Institutions – IFLA), desempenham um importante papel 
na descrição e domínio das publicações, no que diz respeito às normas e 
padrões relativos à Representação Descritiva – Catalogação.
2 Qual principal objetivo do AACR2?
R.: O objetivo do AACR2 é normalizar a catalogação no âmbito internacional, 
servindo de base para o tratamento da informação por meio de um sistema de 
pontuação em que a catalogação pode ser feita pelo suporte físico da Obra, 
através da forma escrita convencional ou legível por máquina. Para atingir 
tal objetivo, estabelece normas referentes à descrição das publicações, 
atribuindo uma ordem aos elementos descritivos, prescrevendo, ainda, um 
sistema de pontuação de descrição (FUSCO, 2011, p. 31).
3 Para que a Biblioteca Nacional organizou os catálogos técnicos de 
Autoridades de nomes/entidades e Terminologia de assunto?
R.: A Biblioteca Nacional organizou os catálogos técnicos de autoridades 
de nomes/entidades e terminologia de assuntos, para auxiliar o profissional 
nas referidas informações (de autoria e assunto) relacionadas ao processo 
da catalogação. O Catálogo Autoridades de nomes/entidades é formado 
por nome de pessoas, entidades, eventos de autoridades, em especial 
de autores em contexto brasileiro. É considerado a maior e a lista mais 
completa de autores brasileiros consultada por diversos profissionais 
de diferentes instituições. Da mesma forma, o Catálogo Terminologia de 
Assuntos, utilizado como instrumento para a adequação e padronização 
dos termos utilizados para a representação temática das obras, abrange 
umalista de termos configurados por um tesauro e apresenta termos gerais, 
termos específicos e termos relacionados de diversificadas e inúmeras 
temáticas. Ainda, se é possível ter acesso à ‘remissivas ver’ e ‘remissivas 
ver também’, que tem a função de agregar relações na busca quando o 
autor ou assunto buscados são os mesmos, mas, com significado ou nome 
diferentes (BIBLIOTECA NACIONAL, 20--b).
9
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Qual a principal missão da Catalogação Cooperativa, a considerar o 
advento das Tecnologias da Informação e da Comunicação?
R.: A Catalogação Cooperativa tem como missão implícita a propagação e 
disseminação dos registros bibliográficos com a iniciativa de reduzir custos, 
bem como a possibilidade de auxiliar na efetivação do trabalho do profissional 
quando este se debruça no processamento técnico da informação, 
operacionalizando-o com maior rapidez e consequentemente reduzindo o 
tempo que a obra ficaria parada, impossibilitando sua utilização pelo usuário.
2 Explicite a ideia central da Web Semântica no contexto atual.
R.: A Web Semântica foi desenvolvida inicialmente para “[…] categorizar a 
informação de maneira padronizada, facilitando seu acesso” (BREITMAN, 2005, 
p. 5). Contudo, a ideia por trás do advento da Web Semântica não é o de sobrepor 
as pessoas já que, pelo menos por enquanto, os agentes inerentes a Web 
Semântica não estão capacitados para tomar decisões criativas. Estes atuam 
de fato com a função de reunir, organizar, selecionar e organizar as informações 
(BREITMAN, 2005). Facilitar as tarefas efetivadas pelas pessoas no cotidiano é 
um dos pressupostos da Web Semântica, e esta ideia amplia a simples noção de 
que o foco principal da Web Semântica está direcionado apenas nos aspectos 
relativos a organização e a recuperações de informações na Web. 
3 Cite algumas alternativas para que os atuais catálogos elaborados 
pelas bibliotecas consigam ser adequados para o contexto da Web 
Semântica.
R.: Um dos aspectos a ser considerado diz respeito a adaptação dos códigos 
de catalogação, vocabulários, tesauros, índices etc., para formatos dentro 
dos padrões propostos pelo W3C para configurar os pressupostos da Web 
Semântica, como é o caso do RDF.
Outro aspecto a ser considerado é que para “[...] transformar os dados 
bibliográficos em dados interligados na web faz-se necessário modelar os 
dados já existentes que se utilizam de MARC ou Dublin Core, por exemplo, nos 
moldes do RDF. Deve-se, ainda, tornar o modelo conceitual FRBR e o código 
de catalogação RDA, recentemente publicado como sucessor do AACR, 
em base RDF; além de escrever os vocabulários controlados existentes em 
linguagens propostas pelo W3C (RDF e RDF Schema, Simple Knowledge 
Organization System (SKOS), OWL e RIF) (CATARINO, SOUZA, 2012, p. 85).
10
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
TÓPICO 2
1 O que são os metadados e os padrões de metadados? 
R.: Metadados: de maneira clássica, são conhecidos como dados sobre dados 
com a capacidade de descrever outros dados. De maneira mais abrangente, 
os metadados podem ser considerados os elementos descritivos utilizados 
para representar as características de um recurso informacional, ou seja, 
os atributos intrínsecos e extrínsecos que caracterizam e individualizam 
um recurso informacional durante o processo Tratamento Descritivo da 
Informação (TDI), processo este, por sua vez, inerente à Representação 
Descritiva – Catalogação. E ainda, mais especificamente o que confere ao 
conceito de metadado para a catalogação, estes podem ser considerados 
os elementos de representação de recursos resultantes do processo de 
construção do catálogo utilizando como requisitos informacionais, as regras 
de catalogação, padrões de intercâmbio de dados e necessidades de 
organização.
Padrões de metadados: a padronização dos metadados implica em uma 
estrutura conhecida como ‘padrão de metadados’ que, metodologicamente 
construídos e padronizados, referem-se às estruturas de descrição 
constituídas por um conjunto predeterminado de metadados, ou seja, 
atributos codificados ou identificadores de uma entidade. O objetivo do 
padrão de metadados é descrever uma entidade gerando uma representação 
unívoca e padronizada que possa ser utilizada para recuperação da mesma. 
2 Qual o conceito de interoperabilidade e quais as principais 
características já existentes na construção dos primeiros catálogos 
bibliográficos?
R.: Pode-se dizer que a interoperatividade é a capacidade de dois ou 
mais sistemas, ambientes informacionais digitais e padrões de metadados 
heteronêneos, intercambiarem seus dados a partir da codificação das 
regras e esquemas de descrição utilizadas pelo catalogador, na confecção 
padronizada e metodológica dos metadados e na estruturação conceitual 
do ambiente informacional proporcionados pelas ontologias. Podem-
se ser consideradas características da interoperabilidade visualizadas 
intrinsecamente na construção dos primeiros catálogos bibliográficos a 
filosofia de cooperação, colaboração e compartilhamento de recursos 
informacionais, e a criação de uma rede estruturada e ordenada de 
informações para o acesso e recuperação de documentos.
11
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
3 Quais os principais requisitos de interoperabilidade entre os 
sistemas utilizados no âmbito do tratamento técnico da informação?
R.: Atualmente, como um dos principais requisitos para a interoperabilidade 
entre os sistemas no âmbito do tratamento técnico da informação, em especial 
nas áreas da Biblioteconomia e da Ciência de Informação e, de certa forma, para 
atender as preocupações apontadas por Méndez Rofríguez (2002), utilizam-
se amplamente o Formato MARC 21 bibliográfico – padrão de estrutura de 
metadados descritivos; as AACR – padrão conteúdo; o Z39.50 – protocolo de 
comunicação; e a ISO 2709 – formato de intercâmbio de registros bibliográficos.
TÓPICO 3
1 Por que o Formato MARC 21 se tornou tão importante para a prática 
da Representação Descritiva – Catalogação, em especial para a 
Catalogação Cooperativa, bem como para a rotina das bibliotecas?
 
R.: O registro no sistema MARC auxilia na catalogação e descrição dos 
documentos dentro dos sistemas de bibliotecas e ou unidades de infirmaçao, 
e implica na transferência de seus dados para o sistema via computador, 
bem como a incorporação de tais dados para um catálogo automatizado. 
Para tal, os dados são lidos por um software, que realiza a formatação 
dos mesmos gerando, consequentemente, a informação. Assim, essas 
informações ficam disponíveis para a busca e recuperação realizadas pelo 
usuário de forma clara e objetiva considerando um esquema de padrões.
Além de tudo, a considerar todos os estudos e esforços de diversos países e 
instituições, com o constante avanço da tecnológico, a Biblioteca do Congresso, 
como importante percursora no desenvolvimento de instrumentos e arcabouço 
teórico e técnico para os procedimentos, em especial de Representação 
Descritiva – Catalogação, alavancou o desenvolvimento do formato MARC 
para que, como uma das consequências, todas as bibliotecas pudessem 
se beneficiar da integração dos registos e disseminação da informação. A 
partir deste momento se fez história com a catalogação cooperativa, ao se 
conseguir integrar e universalizar o serviço de catalogação entre bibliotecas 
de forma padronizada, e, ao implementar uma rede coorporativa, foi possível 
potencializar a diminuição do custo e de retrabalho dos profissionais que 
atuam com a organização e disponibilização da informação.
Evidencia-se mais uma vez, que o desenvolvimento e implementação do 
MARC21, implicou na possibilidade efetiva de atender o que predispõem 
o programa denominado Controle Bibliográfico Universal, criado em 1970 
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
12
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
Cultura – UNESCO, inicialmente gerenciado pela Federação Internacional 
de Associações eInstituições Bibliotecárias (IFLA), e atualmente acoplado 
ao International MRAC, denominado “Universal Bibliographic Control and 
Information Mar” (UBCIM). O referido programa tem como objetivo de, por 
meio de uma rede internacional de informação, reunir e tornar disponíveis 
os registros da produção bibliográfica produzida em todos os países, ou 
pelo menos grande parte deles, considerando não apenas a identificação 
de que determinada produção existe, mas também ter dados de onde é 
possível encontrá-la ter acesso a ela fisicamente (MACHADO, 2003, MEY, 
1995).
2 O que é o Dublin Core e o que compõem os fundamentos para a sua 
construção?
R.: O Dublin Core é um padrão de metadados formado por um grupo de 
elementos organizados para descrever as características de um objeto 
em formato digital. Em outras palavras, o conjunto de elementos que 
estão definidos pelo Dublin Core, foi planejado com o intuito de facilitar a 
descrição e descoberta de recursos eletrônicos. Para tal, apresenta um 
vocabulário controlado e padronizado correspondente a 15 elementos de 
dados utilizados para descrever recursos web, como páginas HTML.
3 Quais as recomendações feitas no relatório final publicado pela 
IFLA, as direções deliberadas pelas discussões do Seminário sobre 
Registros Bibliográficos de Estocolmo, relativas ao FRBR e, a partir 
disso, como a catalogação passou a ser compreendida?
R.: O relatório final publicado pela IFLA em 1998, foi elaborado com 
recomendações para reestruturar os registros bibliográficos com vias a 
impulsionar as reflexões referentes a estruturas conceituais de buscas de 
informação, levando em conta a diversidade de: 
a) usuários - usuários da biblioteca, pesquisadores, bibliotecários da seção 
de aquisição, publicadores, editores, vendedores;
b) materiais - textuais, musicais, cartográficos, audiovisuais, gráficos e 
tridimensionais;
c) suporte físico - papel, filme, fita magnética, meios óticos de armazenagem 
etc.; e 
d) formatos - livros, folhas, discos, cassetes, cartuchos etc. que o registro 
possa conter.
13
REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA I – CATALOGAÇÃO
As discussões efetivadas no Seminário em Estocolmo, tais quais 
impulsionaram a elaboração do modelo conceitual FBR, foram direcionadas 
para reavaliar o processo da criação do registro bibliográfico que diminuísse 
os custos da catalogação “mantendo o consenso sobre a composição do 
registro e sem perder de foco a necessidade do usuário, a diversidade 
de suportes da informação e os contextos de utilização dos registros 
bibliográficos” (FUSCO, 2011, p. 82). 
Em decorrência do FRBR a catalogação passou “[...] a ser entendida não 
só como a descrição bibliográfica de um item, mas também como o registro 
dos elementos “organizativos”, aqueles gerados por outros processos que 
não a representação descritiva — por exemplo, a classificação e indexação” 
(GRINGS, 2015, p. 139).

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