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Apostila_Projetos_Eletricos_II (1)

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Prévia do material em texto

Projetos Elétricos II 
Janaína Quarti 
Eletrotécnica 
 
 
 
 
 
 
Janaína Quarti 
Projetos Elétricos II 
Criciúma 
Eletrotécnica 
 
 
 
 
 
 
 
SATC — Associação Beneficente da 
Indústria Carbonífera de Santa Catarina 
Presidente de Honra 
Ruy Hülse 
Diretor Executivo 
Fernando Luiz Zancan 
Diretor Administrativo Financeiro 
Marcio Zanuz 
Diretor 
Carlos Antônio Ferreira 
Coordenação Geral da Faculdade 
Jovani Castelan 
Coordenação do Colégio SATC 
Izes Ester Machado Belolli 
 
 
 
Coordenação do Centro Tecnológico 
SATC 
Luciano Dagostin Biléssimo 
Secretária Acadêmica 
Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz 
Pesquisadora Institucional 
Kelli Savi da Silva 
Coordenador EaD 
Jaqueline Marcos Garcia de Godoi 
Coordenador do Curso 
Gilberto Fernandes da Silva 
 
Produção do Material Didático 
Equipe EaD. 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 07 
 
UNIDADE 1: ELEMENTOS DE UM PROJETO ........................................................ 09 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO ........................................................................................ 10 
TÓPICO 2: NORMAS RECOMENDADAS ................................................................ 10 
TÓPICO 3: CONCEPÇÃO DE PROJETO ................................................................. 11 
TÓPICO 4: GRAUS DE PROTEÇÃO ........................................................................ 13 
TÓPICO 5: SIMBOLOGIA ......................................................................................... 14 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 16 
CHECK LIST ............................................................................................................. 17 
 
UNIDADE 2: ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL................................................................ 18 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO.........................................................................................19 
TÓPICO 2: MÉTODO DOS LÚMENS.........................................................................20 
TÓPICO 3: ILUMINÂNCIA ........................................................................................ 21 
TÓPICO 4: COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO ........................................................... 22 
TÓPICO 5: FATOR DE DEPRECIAÇÃO .................................................................. 23 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 28 
CHECK LIST ............................................................................................................. 29 
 
UNIDADE 3: DEMANDA DE UNIDADES INDUSTRIAIS..........................................30 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO ........................................................................................ 31 
TÓPICO 2: DEMANDA DOS APARELHOS DE AQUECIMENTO ............................ 31 
TÓPICO 3: DEMANDA DOS APARELHOS DE REFRIGERAÇÃO ......................... 32 
TÓPICO 4: DEMANDA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS ......................................... 34 
TÓPICO 5: DEMANDA DOS MOTORES ELÉTRICOS ............................................ 36 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 39 
CHECK LIST ............................................................................................................. 40 
 
UNIDADE 4: DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS....................41 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO.........................................................................................42 
 
 
TÓPICO 2: CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ........ 43 
TÓPICO 3: CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO....................................51 
TÓPICO4: SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES................................................54 
EXERCÍCIOS ................................................................................................... .........58 
CHECK LIST ............................................................................................................ 59 
 
UNIDADE 5: DIMENSIONAMENTO DE DUTOS.......................................................60 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO ....................................................................................... 61 
TÓPICO 2: ELETRODUTOS .................................................................................... 61 
TÓPICO 3: CANALETAS ......................................................................................... 63 
TÓPICO 4: CALHAS ................................................................................................ 63 
TÓPICO 5: BANDEJAS ........................................................................................... 64 
TÓPICO 6: TÚNEIS .................................................................................................. 65 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 67 
CHECK LIST ............................................................................................................ 68 
 
UNIDADE 6: FATOR DE POTÊNCIA ....................................................................... 69 
TÓPICO 1: CONCEITOS BÁSICOS......................................................................... 70 
TÓPICO 2: FATOR DE POTÊNCIA ......................................................................... 70 
TÓPICO 3: PROJETO PARA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA ................ 75 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 78 
CHECK LIST ............................................................................................................ 79 
 
UNIDADE 7: PROTEÇÕES DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................. 80 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO..........................................................................................81 
TÓPICO 2: PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................. 81 
TÓPICO 3: DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ............. 88 
EXERCÍCIOS .............................................................................................................92 
CHECK LIST ..............................................................................................................93 
 
UNIDADE 8: PROJETO DE SUBESTAÇÃO ........................................................... 94 
TÓPICO 1: CONCEITOS BÁSICOS......................................................................... 95 
TÓPICO 2: PARTES COMPONENTES DE UMA SUBESTAÇÃO DE CONSUMIDOR..
 .................................................................................................................................. 95 
TÓPICO 3: TIPOS DE SUBESTAÇÃO ..................................................................... 98 
TÓPICO 4: DIMENSIONAMENTO FÍSICO DAS SUBESTAÇÕES ........................ 101 
TÓPICO 5: ESTAÇÃO DE GERAÇÃO PARA EMERGÊNCIA ............................... 107 
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 110 
CHECK LIST ........................................................................................................... 111 
 
UNIDADE 9: PROJETO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO ................................ 112 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO ...................................................................................... 113 
TÓPICO 2: MÉTODO DE WENNER ....................................................................... 115 
TÓPICO 3: ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO ............................................................. 119 
TÓPICO 4: DIMENSIONAMENTO .......................................................................... 121 
EXERCÍCIOS ..........................................................................................................128 
CHECK LIST ........................................................................................................... 129 
 
GABARITO COMENTADO ..................................................................................... 130 
 
ANEXOS ................................................................................................................. 142 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 165 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Bem-vindo(a) ao componente curricular Projetos Elétricos II do curso de 
Eletrotécnica, na modalidade a distância, da SATC. Este material foi desenvolvido para 
ensinar você a interpretar e desenvolver projetos de instalações elétricas residenciais e 
prediais. 
Em nosso ponto de partida, Unidade 1, identificaremos as normas técnicas 
que devem ser observadas na concepção de um projeto de instalações elétricas 
industriais, além disso conheceremos os passos para a concepção de um projeto e a 
simbologia técnica utilizada na elaboração de um projeto. Na Unidade 2 você poderá 
identificar a importância de um estudo luminotécnico para uma instalação industrial, além 
disso veremos como determinar o número de luminárias necessárias para os diversos 
ambientes de uma instalação com fins industriais. Já Na Unidade 3 veremos como 
calcular a demanda de energia elétrica de unidades industriais. Na Unidade 4 
entenderemos como são dimensionados os condutores elétricos utilizados nas 
instalações industriais. Na Unidade 5 aprenderemos como dimensionar os dutos 
utilizados para conduzir os condutores elétricos. Na Unidade 6 entenderemos o que é o 
fator de potência, quais as causas e consequências de um baixo fator de potência em 
uma instalação elétrica. Na Unidade 7 vamos conhecer as proteções utilizadas nas 
instalações elétricas industriais. Com a Unidade 8 entenderemos a finalidade de uma 
subestação e veremos como dimensionar as partes físicas de uma subestação. E, por 
fim, na Unidade 9 iremos desenvolver o projeto do aterramento das instalações. 
A carga horária dessa disciplina é de 70 horas/aula, mas você poderá 
organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua 
preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse 
processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on-line, 
publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e possíveis 
trabalhos solicitados pelo educador. 
Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos 
pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que a margem 
externa das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para você fazer 
anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir informações 
adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones de aprendizagem, 
8 
 
os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que você está estudando. 
Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados: 
 
ÍCONES DE APRENDIZAGEM 
 
Indica a proposta 
de aprendizagem 
para cada unidade 
da apostila. 
 
Mostra quais conteúdos 
serão estudados em cada 
unidade da apostila. 
 
Apresenta 
exercícios sobre 
cada unidade. 
Apresenta os conteúdos 
mais relevantes que você 
deve ter aprendido em cada 
unidade. Se houver alguma 
dúvida sobre algum deles, 
você deve estudar mais 
antes de entrar nas outras 
unidades. 
 
Apresenta a fonte 
de pesquisa das 
figuras e as 
citações presentes 
na apostila. 
 
Traz perguntas que auxiliam 
você na reflexão sobre os 
conteúdos e no 
sequenciamento dos 
mesmos. 
 
Apresenta 
curiosidades e 
informações 
complementares 
sobre um 
conteúdo. 
 
Traz endereços da internet 
ou indicações de livros que 
possam complementar o seu 
estudo sobre os conteúdos. 
 
Lembre-se também de diariamente verificar se há publicações de aulas no 
Portal. Pois é por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações 
sobre a disciplina. 
Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também poderá 
contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá entrar em 
contato sempre que sentir necessidade, seja pelo e-mail 
tutoria.eadedutec@satc.edu.br ou pelo telefone (48) 3431 – 7590/ 3431 – 7596. 
mailto:tutoria.eadedutec@satc.edu.br
9 
 
UNIDADE 1 
ELEMENTOS DE UM PROJETO 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 identificar as normas técnicas que devem ser observadas 
na concepção de um projeto de instalações elétricas 
industriais; 
 listar os passos para a concepção de um projeto; 
 identificar a simbologia técnica utilizada na elaboração de 
um projeto. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: NORMAS RECOMENDADAS 
TÓPICO 3: CONCEPÇÃO DE PROJETO 
TÓPICO 4: GRAUS DE PROTEÇÃO 
TÓPICO 5: SIMBOLOGIA 
 
10 
 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
Para elaboração do projeto de uma instalação industrial é 
necessário que o projetista tenha o conhecimento prévio dos dados 
relativos às condições de suprimento de energia elétrica por parte da 
concessionária e das características de funcionamento da indústria, 
tais como: regime de operação das máquinas e equipamentos, 
simultaneidade das máquinas, turnos de trabalho, etc. Além disso, faz-
se necessária também a aquisição de alguns detalhes, tais como: 
 
 planta de situação; 
 planta baixa de arquitetura; 
 planta baixa do arranjo das máquinas e equipamentos; 
 plantas de detalhes. 
 
Esses dados deverão ser fornecidos pelo contratante. 
 
TÓPICO 2 
NORMAS RECOMENDADAS 
 
Qualquer projeto deve ser elaborado com base em 
documentos normativos que, no Brasil, são de responsabilidade da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Um projeto de 
instalação elétrica industrial não é diferente. O mesmo precisa ser 
elaborado mediante a aplicação das prescrições estabelecidas nas 
normas técnicas. 
 
 
 
Essa unidade 
foi elaborada com base no 
livro: Instalações Elétricas 
Industriais, de João 
Mamede Filho. 
 
 
Quais normas técnicas precisam ser observadas para 
elaboração de um projeto de instalações elétricas 
industriais? 
11 
 
As principais normas técnicas a serem observadas são: 
 
 NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão; 
 NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão; 
 NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas 
Atmosféricas; 
 NBR-5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Prediais; 
 NBR-5446 – Símbolos Gráficos Usados na Confecção de 
Esquemas; 
 NBR-5453 – Sinais e Símbolos para Eletricidade; 
 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade; 
 NBR ISO 8995 – Iluminação de Ambientes de Trabalho. 
 
Cabe também ao projetista seguir as normas particulares da 
concessionária responsável pelo suprimento de energia elétrica da 
área onde a indústria está localizada. 
 
TÓPICO 3 
CONCEPÇÃO DE PROJETO 
 
Para a concepção de um projeto, devem ser tomadas 
algumas decisões que darão forma ao projeto. A seguir serão descritos 
alguns passos que podem ser utilizados para facilitar a concepção de 
um projeto de instalações elétricas industriais: 
 
a. divisão das cargas em blocos; 
b. localização dos quadros de distribuição de circuitos 
terminais; 
c. localização do quadro de distribuição geral; 
d. localização da subestação; 
e. definição dos sistemas. 
 
12 
 
 
Um projeto de instalação elétrica deve levar em 
consideração as particularidades das influências externas, tais como 
temperatura, altitude, raios solares, entre outros. Para isso deve-se 
observar os prescritos na NBR 5410/2004. 
Cada projetoelétrico possui as suas peculiaridades e, 
portanto, as partes que compõem o projeto podem variar de acordo 
com o tipo de projeto que está sendo executado. 
De maneira geral, todo projeto elétrico deverá conter: 
 
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): é o 
instrumento por intermédio do qual o profissional registra 
as atividades técnicas solicitadas por meio de contratos 
(escritos ou verbais) para o qual o mesmo foi contratado; 
 memorial descritivo: é um documento que descreve 
detalhadamente todas as fases e materiais utilizados no 
projeto. Esse documento serve de base para a compra de 
materiais e para a execução da obra; 
 memorial de cálculo: é o documento que descreve em 
detalhes os cálculos efetuados até chegar ao resultado 
final apresentado neste. A memória de cálculo é de suma 
importância para detectar problemas ou erros de cálculo 
no projeto executado, bem como para melhor 
entendimento quando forem necessárias alterações ou 
gestão do projeto por outro profissional; 
 planta baixa com a locação dos pontos elétricos: é o 
documento que apresenta em detalhes os pontos de 
utilização de energia elétrica; 
 diagramas unifilares: são desenhos que utilizando 
simbologia específica, representam graficamente uma 
instalação elétrica, indicando sobre a planta arquitetônica: 
os pontos de luz e as tomadas, a posição dos eletrodutos, 
a localização dos quadros de distribuição, a divisão dos 
circuitos, o número e a caracterização dos condutores 
Para saber mais 
ARTs acesse o site: 
www.crea-sc.org.br 
13 
 
dentro dos eletrodutos. Também são utilizados para 
representar os dispositivos de proteção dos circuitos; 
 detalhes: são desenhos representativos que auxiliam na 
execução do projeto. Podem ser apresentados detalhes 
de ligações elétricas, de subestação, aterramento, etc. 
 
TÓPICO 4 
GRAUS DE PROTEÇÃO 
 
O grau de proteção de um equipamento refere-se à proteção 
de invólucros metálicos quanto a entrada de corpos estranhos e 
penetração de água pelos orifícios destinados a ventilação ou 
instalação de instrumentos, pelas junções de chapas, portas, etc. 
As normas especificam os graus de proteção por meio de 
um código composto pelas letras IP, seguidas de dois números que 
significam: 
 
 primeiro algarismo: indica o grau de proteção quanto a 
penetração de corpos sólidos e contatos acidentais, 
ou seja: 
 0 – sem proteção; 
 1 – corpos estranhos com dimensões acima de 50 mm; 
 2 – corpos estranhos com dimensões acima de 12 mm; 
 3 – corpos estranhos com dimensões acima de 2,5 
mm; 
 4 – corpos estranhos com dimensões acima de 1 mm; 
 – proteção contra acúmulo de poeira prejudicial ao 
equipamento; 
 – proteção contra penetração de poeira. 
 segundo algarismo: indica o grau de proteção quanto a 
penetração de água internamente ao invólucro, ou seja: 
 0 – sem proteção; 
 1 – pingos de água na vertical; 
14 
 
 
 2 – pingos de água até a inclinação de 15º com a 
vertical; 
 3 – água de chuva até a inclinação de 60º com a 
vertical; 
 4 – respingos em todas as direções; 
 5 – jatos de água em todas as direções; 
 6 – imersão temporária; 
 7 – imersão; 
 8 – submersão. 
 
TÓPICO 5 
SIMBOLOGIA 
 
Todo projeto de instalação elétrica requer a adoção de uma 
simbologia que represente os diversos materiais adotados. Existem 
várias normas nacionais e estrangeiras que apresentam os símbolos 
representativos dos materiais elétricos utilizados em instalações 
correspondentes. 
Os símbolos mais empregados são os da ABNT. No entanto, 
a literatura de fabricantes de equipamentos e dispositivos oriundos de 
outros países conserva, em geral, a simbologia de origem. Dentro de 
um mesmo projeto deve-se sempre adotar uma única simbologia, a fim 
de evitar dúvidas e interpretações errôneas. 
Nos anexos dessa apostila você encontra os principais símbolos 
utilizados nos projetos elétricos. 
 
 
 
 
 
Os anexos são documentos não elaborados pelo(a) 
professor(a), mas que por ele é apresentado, por 
exemplo: mapas, tabelas, ilustrações, normas, leis, 
estatutos, etc. Não deixe de consultá-los, pois são 
imprescindíveis para a compreensão dos conteúdos. 
15 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Quais são as principais normas técnicas a serem observadas para a 
elaboração de um projeto de instalações elétricas industriais? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
2. Conceitue grau de proteção. 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
3. Quais são os principais documentos que compõem um projeto de 
instalações elétricas industriais? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
4. Para que serve o memorial de cálculo? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
17 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender que: 
 
 um projeto elétrico precisa ser elaborado observando-se 
as normas técnicas da ABNT, além da NR 10 e das 
normas da concessionária responsável pelo fornecimento 
de energia para a indústria; 
 todo projeto possui as suas peculiaridades, porém, alguns 
documentos são comuns a todo e qualquer projeto 
elétrico; 
 todo projeto de instalação elétrica requer a adoção de 
uma simbologia que represente os diversos materiais 
adotados. Os símbolos mais empregados são os da 
ABNT. 
 
18 
 
 
UNIDADE 2 
ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar a importância de um estudo luminotécnico para 
uma instalação industrial; 
 determinar o fluxo luminoso necessário para um ambiente 
de acordo com a tarefa executada; 
 determinar o número de luminárias necessárias para os 
diversos ambientes de uma instalação para fins 
industriais. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: MÉTODO DOS LÚMENS 
TÓPICO 3: ILUMINÂNCIA 
TÓPICO 4: COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO 
TÓPICO 5: FATOR DE DEPRECIAÇÃO 
 
19 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
A iluminação de um ambiente deve propiciar a sua 
visualização, permitindo que as pessoas possam se deslocar com 
segurança e desenvolver as tarefas visuais de maneira eficiente, 
precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto. 
O projeto de iluminação de uma unidade industrial deve 
prever não apenas quantidade mais também a qualidade da 
iluminação, levando-se em conta os aspectos relacionados à eficiência 
energética. Muitas instalações industriais utilizam seus sistemas de 
iluminação por 24 horas diárias, o que implica diretamente no consumo 
de energia elétrica da unidade. 
Ao se pensar em cálculo luminotécnico, é necessário ter em 
mente quatro critérios principais: 
 
 a quantidade de luz; 
 o equilíbrio da iluminação; 
 o ofuscamento; 
 a reprodução de cor. 
 
A cada um desses critérios deve ser dada a maior atenção, 
pois estão diretamente relacionados com as necessidades visuais, 
conforto visual e, portanto, o bem-estar humano. 
Ao se iniciar um projeto luminotécnico deve-se realizar 
opções preliminares, ou seja, escolher o tipo de iluminação mais 
adequada (incandescente, fluorescente, etc.), o tipo de luminária 
(direta, semidireta, etc.), sendo que essas opções envolvem aspectos 
de decoração, tipo do local (sala, escritório, fábrica, etc.) e as atividades 
que serão desenvolvidas (trabalho bruto de maquinário,montagem, 
leitura, etc.). 
Basicamente existem dois métodos para cálculo 
luminotécnico: 
 
20 
 
 
 método dos lumens ou método do fluxo luminoso; 
 método ponto por ponto. 
 
O método mais utilizado para sistemas de iluminação em 
edificações é o método dos lumens, ou método do fluxo luminoso, que 
consiste em determinar a quantidade de fluxo luminoso (lumens) 
necessário para determinado recinto baseado no tipo de atividade 
desenvolvida, nas cores das paredes e do teto e no tipo de lâmpada-
luminária. 
O método ponto por ponto também chamado de método das 
intensidades luminosas baseia-se nas leis de Lambert e é utilizado 
quando as dimensões da fonte luminosa são muito pequenas em 
relação ao plano que deve ser iluminado. Consiste em determinar a 
iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, individualmente, 
para cada projetor cujo facho atinja o ponto considerado. O 
iluminamento total será a soma dos iluminamentos proporcionados 
pelas unidades individuais. 
Nessa apostila limitaremos os estudos ao método dos 
lumens. 
 
TÓPICO 2 
MÉTODO DOS LÚMENS 
 
A maneira de efetivar o método dos lumens é utilizando a 
fórmula abaixo: 
 
𝜑 = 
𝐸 . 𝑆
𝜇 . 𝑑
 
 
Onde: 
 
: fluxo luminoso em lumens; 
E: iluminância ou nível de iluminamento em lux; 
21 
 
S: área do recinto em m²; 
µ: coeficiente de utilização; 
d: fator ou coeficiente de depreciação. 
 
A partir do fluxo luminoso total necessário, determina-se o 
número de lâmpadas da seguinte forma: 
 
𝜂 = 
𝜑
𝜙
 
 
Onde: 
 
n: número de luminárias; 
: fluxo luminoso em lumens; 
: fluxo luminoso de cada luminária. 
 
TÓPICO 3 
ILUMINÂNCIA 
 
 Iluminância é uma grandeza de luminosidade, 
representada pela letra E, que faz a relação entre o fluxo luminoso que 
incide na direção perpendicular a uma superfície e a sua área. Na 
prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente. Da mesma forma 
que o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, de maneira que 
ao ser medida não terá o mesmo valor em todos os pontos da área em 
questão. Sua unidade de medida é o lux (lx). 
Para determinar a iluminância necessária para uma 
instalação deve-se consultar a NBR ISO 8995/2013. 
 
 
 
NBR ISO 8995/2013? 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luminosidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/E
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_luminoso
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_luminoso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_medida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lux
22 
 
 
A NBR ISO 8995/2013 é uma norma da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que especifica os requisitos de 
iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as 
pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com 
conforto e segurança durante todo o seu período de trabalho. 
 
TÓPICO 4 
COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO 
 
O coeficiente de utilização do recinto, ou simplesmente fator 
de utilização, é a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de 
trabalho e o fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas. 
O fator de utilização depende das dimensões do ambiente, 
do tipo de luminária e da pintura das paredes. 
A tabela 08 (anexa), indica os fatores de utilização para 
algumas luminárias típicas de aplicação em recintos comerciais e 
industriais. 
O coeficiente de utilização depende: 
 
1) da distribuição e da absorção da luz, efetuada pelas 
luminárias; 
2) das dimensões do compartimento que se exprime por 
meio do índice do local; 
3) das cores das paredes e do teto, caracterizados pelo fator 
de reflexão. 
 
A obtenção do Índice do local varia conforme o fabricante de 
luminárias, mas sempre é uma relação entre o comprimento, a largura 
e a altura do recinto. 
A Philips chama o índice do local de fator do local (K) que 
pode ser calculado da seguinte forma: 
 
23 
 
𝐾 = 
𝐶 . 𝐿
(𝐶 + 𝐿). 𝐻
 
 
Onde: 
 
K: fator do Local; 
C: comprimento do local em m; 
L: largura do local em m; 
H: altura do local em m (ou altura da luminária ao plano de 
trabalho). 
 
Fator de reflexão: varia conforme as cores. Para efeito de 
cálculo luminotécnico, utiliza-se a seguinte tabela simplificada: 
 
Tabela 1: Refletâncias 
 
 
TÓPICO 5 
FATOR DE DEPRECIAÇÃO 
 
O fator de depreciação corresponde a uma relação entre o 
fluxo luminoso no fim do período de manutenção e o fluxo luminoso no 
início da instalação. O fluxo luminoso emitido por um aparelho de 
iluminação decresce com o uso devido a três causas: 
 
 diminuição do fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas, ao 
longo da vida útil das mesmas; 
 a sujeira que se deposita sobre os aparelhos; 
 a diminuição do poder refletor das paredes e do teto em 
consequência de seu escurecimento progressivo. 
 
Essa tabela 
foi retirada do site 
http://www.iar.unicamp.
br/lab/luz/ld/Arquitetura
l/tabelas/luminotecnica.
pdf 
 
 
 
24 
 
 
Nesse método o fator de depreciação é fornecido pelo 
fabricante da luminária e depende basicamente do modelo utilizado. 
 
 Tabela 2: Fatores de depreciação do serviço da luminária 
Tipo de aparelho d 
Aparelhos para embutir lâmpadas incandescentes 
0,85 
Aparelhos para embutir lâmpadas refletoras 
Calha aberta e chanfrada 
0,80 
Refletor industrial para lâmpadas incandescentes 
Luminária comercial 
0,75 
Luminária ampla utilizada em linhas contínuas 
Refletor parabólico para duas lâmpadas 
incandescentes 
0,70 
Refletor industrial para lâmpada VM 
Aparelho para lâmpada incandescente para 
iluminação indireta 
Luminária industrial tipo Miller 
Luminária com difusor de acrílico 
Globo de vidro fechado para lâmpada incandescente 
Refletor com difusor plástico 
0,60 
Luminária comercial para lâmpada high outpout 
colmeia 
Luminária para lâmpada fluorescente para 
iluminação indireta 
 
 um empresário do ramo metalúrgico deseja efetuar 
um estudo luminotécnico para sua nova empresa. De acordo com os 
dados indicados, calcule o número de luminárias que serão 
necessárias para a seguinte dependência: 
 
Área Industrial 
Largura: 29,85 m 
Comprimento: 79,85 m 
Altura Útil: 5 m 
Tipo de Luminária: HDK 472 
Potência da Luminária: 400 W 
Fluxo Luminoso Luminária: 47.000 lúmens 
Essa 
tabela foi retirada do 
livro Instalações 
elétricas industriais, 
João Mamede Filho. 
 
 
25 
 
Iluminância: 750 lux 
 
Solução 
O fluxo luminoso necessário pode ser calculado aplicando-
se a fórmula: 
 
𝜑 = 
𝐸 . 𝑆
𝜇 . 𝑑
 
 
Sendo: 
 
ᵠ: fluxo luminoso em lúmens; 
E: iluminância em lux; 
S: área em m²; 
µ: coeficiente de utilização; 
d: fator de depreciação 
 
Calculando a área: 
 
 S = largura x comprimento 
S = 29,85 x 79,85 = 2.383,52 m². 
 
Calculando o coeficiente de utilização: 
 
𝐾 = 
𝐶 . 𝐿
(𝐶 + 𝐿). 𝐻
 
 
Sendo: 
 
C: comprimento em metros; 
L: largura em metros; 
H: altura média: (aqui devemos utilizar a distância entre a 
luminária e o plano de trabalho). 
 
26 
 
 
𝐾 = 
29,85 𝑥 79,85
(29,85 + 79,85). 5
 
K = 4,34 
 
Vamos considerar: 
 
 teto: escuro ou cinza, cuja refletância equivale a 50%; 
 parede: escura ou cinza, considerando parede em 
alvenaria, cuja refletância equivale a 50%; 
 piso: refletância 10% (padrão). 
 
Assim temos: 50% - 50% - 10%. 
 
Sendo a luminária escolhida HDK 472, K = 4,34, 
arredondamos para o valor mais próximo, ou seja, 4 e a refletância 50% 
- 50% - 10% teremos um coeficiente de utilização µ = 0,82, conforme a 
tabela a seguir. 
 
Tabela 3: Fator de Utilização para Luminária HDK 472 – 1 Lâmpada de 
400 W (retirada da tabela 8 em anexo). 
 
 
Calculando o fator de depreciação: de acordo com a tabela 
2, a luminária a ser utilizada é do tipo industrial. Sendo assim, o fator 
de depreciação d = 0,7. 
Retornando a equação original, calcularemos o fluxo 
luminoso total necessário para iluminar o ambiente: 
 
27 
 
𝜑 = 
750 x 2.383,52
0,82 x 0,7ᵠ = 3.114.359 lúmens 
 
Calculando o número de luminárias necessárias: 
 
𝜂 = 
𝜑
𝜙
 
Sendo: 
 
 Ø: o fluxo luminoso de cada luminária. 
 
𝜂 = 
3.114.359
47.000
 
 
n = 66,26, ou seja, 67 luminárias. 
 
Em dias de crise energética e com elevação dos custos de 
energia elétrica, consumir menos é fundamental. Mas usar 
simplesmente lâmpadas que consumam menos não é condição direta 
de bons resultados. Além do consumo, muitos outros fatores devem ser 
considerados. Sejam eles estéticos: capacidade de reproduzir as cores, 
aparência de cor, controle de ofuscamento etc.; ou quantitativos: 
quantidade de luz no ambiente, menor consumo e custo de energia 
elétrica, menor periodicidade e facilidade na manutenção (troca de 
lâmpadas), custos de instalação, reposição etc. Por isso, muitas vezes 
se faz necessário desenvolver o estudo luminotécnico considerando 
mais de uma possibilidade de lâmpada e luminária, e avaliar o 
benefício/custo das soluções propostas. 
 
28 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Um empresário deseja efetuar um estudo luminotécnico para sua 
nova empresa. De acordo com os dados indicados, calcule o número 
de luminárias que serão necessárias para a dependência descrita 
abaixo. 
 
Administração 
Largura: 15 m 
Comprimento: 28,5 m 
Altura Útil: 3 m 
Tipo de Luminária: TMS 426 2 x 40 W 
Potência da Luminária: 80 W 
Fluxo Luminoso Luminária: 6000 lúmens 
Iluminância: 500 lux 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 a iluminação de um ambiente deve permitir que as 
pessoas possam se deslocar com segurança e 
desenvolver as tarefas visuais de maneira eficiente, 
precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto; 
 o método mais utilizado para sistemas de iluminação de 
ambientes é o método dos lumens; 
 a NBR ISO 8995 estabelece as iluminâncias médias para 
os ambientes de acordo com a atividade desenvolvida no 
local. 
 
 
30 
 
 
 
UNIDADE 3 
DEMANDA DE UNIDADES INDUSTRIAIS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 calcular a demanda dos aparelhos de aquecimento 
constantes na instalação; 
 calcular a demanda dos aparelhos de refrigeração; 
 calcular a demanda de iluminação e tomadas; 
 calcular a demanda dos motores elétricos. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: DEMANDA DOS APARELHOS DE AQUECIMENTO 
TÓPICO 3: DEMANDA DOS APARELHOS DE REFRIGERAÇÃO 
TÓPICO 4: DEMANDA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS 
TÓPICO 5: DEMANDA DOS MOTORES ELÉTRICOS 
 
 
31 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
As instalações industriais, por possuírem naturezas e 
características de potências heterogêneas, terão suas demandas 
calculadas da seguinte maneira: 
 
𝑫𝒊𝒏𝒅 = 𝑫𝟏 + 𝑫𝟐 + 𝑫𝟑 + 𝑫𝟒 + 𝑫𝟓 
 
Onde: 
 
Dind: é a demanda da unidade industrial em kVA; 
D1: demanda dos aparelhos de aquecimento; 
D2: demanda dos aparelhos de refrigeração; 
D3: demanda de iluminação e tomadas; 
D4: demanda em kVA dos motores elétricos; 
D5: demanda em kVA das máquinas de solda a 
transformador, calculada da seguinte maneira: 100% da 
potência do maior aparelho + 70% da potência do 
segundo maior aparelho + 40% da potência do terceiro 
maior aparelho + 30% da potência dos demais. 
 
TÓPICO 2 
DEMANDA DOS APARELHOS DE AQUECIMENTO 
 
Para calcular a demanda dos aparelhos de aquecimento, 
tais como chuveiros, aquecedores, torneiras elétricas basta aplicar a 
fórmula: 
 
D1 = nº equipx P equip x FD 
 
Sendo: 
 
D1: demanda dos aparelhos de aquecimento; 
32 
 
 
nºequip: número de equipamentos; 
P equip: potência do equipamento; 
FD: fator de demanda retirado da tabela abaixo. 
 
Tabela 4: Fator de demanda de aparelhos de aquecimento 
 
 
 calcular a demanda de um vestiário industrial que 
contém quatro chuveiros de 5,4 kW cada. 
 
D1 = nº equipx P equip x FD 
D1 = 4x 5,4 x 0,5 
D1 = 10,8 kW 
 
TÓPICO 3 
DEMANDA DOS APARELHOS DE REFRIGERAÇÃO 
 
Para calcular a demanda dos aparelhos de refrigeração 
aplicamos a fórmula: 
D2 = nº equipx Ddiver 
Essa tabela foi 
retirada do ITA 
– 001. 
 
 
 
 
33 
 
 
Sendo: 
 
D2: Demanda dos aparelhos de refrigeração; 
nºequip: número de equipamentos; 
Ddiver: Demanda individual diversificada (retirada das tabelas 
9 a 11 disponíveis nos anexos). 
 
 calcular a demanda correspondente a uma instalação 
com 23 aparelhos de ar condicionado tipo janela de 7.500 BTU/h. 
 
D2 = nº equipx Ddiver 
D2 = 10 x 1,3 + 10 x 1,12 + 3 x 1,04 = 27,32 kVA 
 
Nota: multiplicar o número de aparelhos pela demanda 
individual diversificada para obter a demanda total, utilizando-se as 
faixas de demanda conforme o exemplo. 
 
 calcular a demanda correspondente a uma instalação 
com 23 aparelhos de ar condicionado tipo Split de 9.000 BTU/h. 
 
D2 = nº equipx Ddiver 
D2 = 10 x 1,13 + 10 x 0,97 + 3 x 0,90 = 23,7 kVA 
 
Nota: multiplicar o número de aparelhos pela demanda 
individual diversificada para obter a demanda total, utilizando-se as 
faixas de demanda conforme o exemplo. 
 
 
 
TÓPICO 4 
DEMANDA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS 
34 
 
 
 
Para calcular a demanda referente a iluminação e tomadas, 
aplica-se a fórmula: 
 
D3 = P total x FD 
 
Sendo: 
 
D3: Demanda referente a iluminação e tomadas; 
P total: Potência total referente a iluminação e tomadas em 
kVA; 
FD: Fator de Demanda retirado da tabela abaixo. 
 
Tabela 5: Demanda para instalações de iluminação e tomadas. 
 
 
Essa 
tabela foi retirada 
do ITA – 001. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 calcule a demanda referente a iluminação e tomadas 
de uma unidade industrial contendo: 
 
1. 82 lâmpadas de 40 W; 
2. 46 lâmpadas de 60 W; 
3. 132 lâmpadas de 100 W; 
4. 4 lâmpadas de 250 W; 
5. 4 lâmpadas de 300 W; 
6. 4 lâmpadas de 400 W; 
7. Tomadas: 12.000 W. 
 
Considere o fator de potência médio igual a 0,9. 
 
Iluminação = (82x40)+(46x60)+(132x100)+(4x250)+ 
(4x300)+(4x400)= 23.040 W ou 23,04 kW. 
 
Tomadas = 12.000 W ou 12 kW. 
Total = (23,04 + 12)/0,9= 38,93 kVA. 
 
Calculando a demanda: 
 
D3 = P total x FD 
D3 = 38,93 x 1 = 38,93 kVA 
 
 
Para instalações industriais, considere o fator de 
demanda igual a 100%. 
36 
 
 
TÓPICO 5 
DEMANDA DOS MOTORES ELÉTRICOS 
 
Para calcular a demanda dos motores elétricos aplicamos a 
fórmula: 
 
𝐷𝑚 = 
𝑃𝑚 𝑥 0,736
𝐹𝑝 𝑥 𝑛
 𝑥 𝐹𝑢𝑚 
 
Onde: 
 
Dm: Demanda do motor; 
Pm: Potência do motor; 
Fp: Fator de Potência do motor, ver tabela 12 (anexo); 
η: rendimento do motor, ver tabela 12 (anexo); 
Fum: Fator de utilização, ver tabela 6. 
 
 Tabela 6: Fator de utilização 
Aparelhos 
Fator de 
utilização 
Fornos a resistência 
Secadores, caldeiras 
Fornos de indução 
Motores de 3/4 a 2,5 cv 
Motores de 3 a 15 cv 
Motores de 20 a 40 cv 
Acima de 40 cv 
Soldadores 
Retificadores 
1,00 
1,00 
1,00 
0,70 
0,83 
0,85 
0,87 
1,00 
1,00 
 
 
Essa 
tabela foi retirada 
do livro Instalações 
elétricas 
industriais, João 
Mamede Filho. 
 
 
37 
 
Tabela 7: Fator de simultaneidade 
Aparelhos (cv) 
Número de Aparelhos 
2 4 5 8 10 15 20 50 
Motores: 3/4 a 2,5 
Motores: 3 a 15 
Motores 20 a 40 cv 
Acima de 40 cv 
Retificadores 
Soldadores 
Fornos resistivos 
Fornos de indução 
0,85 
0,85 
0,80 
0,90 
0,90 
0,45 
1,00 
1,00 
0,80 
0,80 
0,80 
0,80 
0,90 
0,45 
1,00 
1,00 
0,75 
0,75 
0,80 
0,70 
0,85 
0,45 
- 
- 
0,70 
0,75 
0,75 
0,70 
0,80 
0,40 
- 
- 
0,60 
0,70 
0,65 
0,65 
0,75 
0,40 
- 
- 
0,55 
0,65 
0,60 
0,65 
0,70 
0,30 
- 
- 
0,50 
0,55 
0,60 
0,65 
0,70 
0,30 
- 
- 
0,40 
0,45 
0,50 
0,60 
0,70 
0,30 
- 
- 
 
 calcular a demanda de um Centro de Controle de 
Motores (CCM) contendo quatro motores de 3 CV, 2 pólos. 
 
Solução: 
 
𝐷𝑚 = 
3 𝑥 0,736
0,76 𝑥 0,82
 𝑥 0,83 = 2,94 𝑘𝑉𝐴 
 
DCCM = Nmx Dm x Fs 
 
Onde: 
 
DCCM: Demanda do CCM; 
Dm: Demanda do motor; 
Fs: Fator de simultaneidade, ver tabela 7. 
 
DCCM = Nm x Dm x Fs 
DCCM = 4 x 2,94 x 0,8 = 9,41 kVA 
 
Nessa unidade vimos como é feito o cálculo da demanda das 
diferentes cargas pertencentes às instalações elétricas industriais. 
Você notou que a demanda de energia difere da potência instalada? A 
demanda representa na verdade a potência elétrica realmente utilizada 
em um determinado tempo enquanto que a potência instalada 
representa a soma total das cargas da instalação. O valor da demanda 
Essa 
tabela foi retirada 
do livro 
Instalações 
elétricas 
industriais, João 
Mamede Filho. 
 
 
38 
 
 
é utilizado para o dimensionamento dos componentes da Entrada de 
Energia da Indústria, portanto, seu cálculo é de fundamental 
importância. 
39 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Considere a indústria representada na figura abaixo. Os motores 1 
são motores de 75 CV, os motores 2 de 30 CV e os motores 3 de 50 
CV, todos de IV pólos. Você recebeu o layout da fábrica contendo os 
motores e suas respectivas localizações. Depois de calcular a 
quantidade de lâmpadas necessárias, você chegou nas quantidades 
e potências descritas na planta. Determine as demandas dos 
Centros de Controle de Motores (CCMs): CCM1, CCM2, QDL 
(quadro de distribuição de Luz e Quadro Geral de Força (QGF). 
Determinar a potência necessária do transformador da subestação. 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde: 
 
 conhecer os fatores de demanda aplicáveis aos diferentes 
tipos de equipamentos utilizados nas instalações elétricas 
industriais; 
 calcular a demanda de energia elétrica referente aos 
equipamentos de aquecimento, refrigeração, iluminação, 
tomadas e motores elétricos pertencentes a uma 
instalação elétrica industrial. 
 
 
 
41 
 
UNIDADE 4 
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 saber a importância do correto dimensionamento dos 
condutores utilizados nas instalações elétricas; 
 dimensionar os condutores elétricos por meio dos critérios 
da capacidade de condução de corrente, limite de queda 
de tensão e seções mínimas. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, organizados 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE 
CORRENTE 
TÓPICO 3: CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO 
TÓPICO 4: SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES 
 
 
 
42 
 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
A seção mínima dos condutores elétricos deve satisfazer, 
simultaneamente, aos critérios seguintes: 
 
 capacidade de condução de corrente; 
 limites de queda de tensão; 
 seção mínima; 
 capacidade de condução de corrente de curto-circuito por 
tempo limitado. 
 
Durante a elaboração de um projeto, os condutores serão 
inicialmente dimensionados pelos três primeiros critérios. Assim, 
quando do dimensionamento das proteções baseado nas intensidades 
das correntes de falta, entre outros parâmetros, é necessário confrontar 
os valores destas e os respectivos tempos de duração com os valores 
máximos admitidos pelo isolamento dos condutores utilizados. 
As isolações dos condutores apresentam um limite máximo 
de temperatura em regime de serviço contínuo. Consequentemente, o 
carregamento dos condutores é limitado a valores de corrente que são 
funções do método de referência e que, nessas condições e em serviço 
contínuo, proporcionarão temperaturas não superiores àquelas 
estabelecidas na tabela a seguir, para cada tipo de isolamento: 
 
43 
 
 
Tabela 8: Temperatura máxima dos condutores 
Tipo de Isolação 
Temperatura 
Máxima 
Temperatura 
Limite 
Temperatura 
Limite 
Serviço Contínuo 
do 
de Sobrecarga 
do 
de Curto-Circuito 
do 
Condutor (ºC) Condutor (ºC) Condutor (ºC) 
Cloreto de 
Polivilina 70 100 160 
(PVC) 
Borracha 
Etileno- 
90 130 250 
Propileno 
(EPR) 
Polietileno 
Reticulado 90 130 250 
(XLPE) 
 
TÓPICO2 
CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE 
 
Este critério tem por objetivo garantir condições satisfatórias 
de operação aos condutores e as suas isolações, submetidos aos 
efeitos térmicos produzidos pela circulação da corrente elétrica. 
A seguir veremos um roteiro para o dimensionamento dos 
condutores por meio do critério da capacidade de condução de 
corrente. 
 
1. Tipo de isolação: deve-se escolher o tipo de isolação dos 
condutores, o qual determina a temperatura máxima a 
que eles estão submetidos em regime contínuo, conforme 
a tabela 20; 
2. Maneira de instalar: a maneira como os condutores são 
instalados influencia na capacidade de troca térmica 
entre os condutores e o ambiente e, em consequência, na 
capacidade de condução de corrente elétrica que eles 
proporcionam; 
 
Essa 
tabela foi retirada 
do livro 
Instalações 
elétricas 
industriais, João 
Mamede Filho. 
 
 
44 
 
 
Nos anexos, a tabela 13, apresentada em uma sequência de 
tabelas, os tipos de linhas elétricas de acordo com a NBR 5410 
 
3. Corrente nominal ou Corrente de projeto (Ip): é a 
corrente do circuito, levando-se em consideração as suas 
características nominais. Ela será calculada por uma das 
equações que serão apresentadas na sequência: 
 circuitos monofásicos (fase e neutro): 
 
𝐼𝑝 =
𝑃𝑛
𝑣. cos φ . 𝜂
 
 
Sendo: 
 
Ip: corrente de projeto do circuito, em ampéres (A); 
Pn: potência nominal do circuito, em watts; 
v: tensão entre fase e neutro, em volts; 
cosφ: fator de potência; 
η: rendimento. 
 
Observação: para circuitos puramente resistivos, 
compostos apenas por lâmpadas incandescentes e resistências, por 
exemplo, temos: η = 1 e cos φ = 1. 
 
 circuitos trifásicos (3F e N): 
 
𝐼𝑝 =
𝑃𝑛
3. 𝑣. 𝑐𝑜𝑠 𝜑. 𝜂
 
 
 circuitos trifásicos equilibrados (3F): 
 
𝐼𝑝 =
𝑃𝑛
√3. 𝑣. 𝑐𝑜𝑠 𝜑. 𝜂
 
 
45 
 
 circuitos bifásicos (2F): 
 
𝐼𝑝 =
𝑃𝑛
𝑣. 𝑐𝑜𝑠 𝜑. 𝜂
 
 
Os circuitos para ligação de motores são caracterizados por 
circuitos trifásicos a três condutores (3F), originados de um circuito 
trifásico a quatro condutores. Esse é o tipo mais comum de circuito para 
ligação de motores trifásicos. 
Conhecidas as correntes de carga dos motores e sabido o 
método de referência de instalação dos cabos, segundo a forma mais 
conveniente para o local de trabalho, devem-se aplicar as instruções 
seguintes: 
 
a) instalação de um motor: a capacidade mínima de corrente 
do condutor deve ser igual ao valor da corrente nominal 
multiplicado pelo fator de serviço correspondente, se 
houver: 
 
I = Fs x Inm 
 
Sendo: 
 
I: corrente mínima que o condutor deve suportar, A; 
Fs: fator de serviço do motor; 
Inm: corrente nominal do motor, A. 
 
b) instalação de um agrupamento de motores: a capacidade 
mínima de corrente do condutor deve ser igual a soma 
das correntes de carga de todos os motores, 
considerando-se os respectivos fatores de serviço: 
 
Ic = Fs(1) x Inm(1) + Fs(2) x Inm(2) + Fs(n) x Inm(n) 
 
46 
 
 
Quando os motores possuírem fatores de potência muito 
diferentes, o valor de Ic deverá ser calculado levando-se em 
consideração a soma vetorial dos componentes ativo e reativo desses 
motores. Com base no valor da corrente calculada, pode-se obter nas 
tabelas o valor da seção dos condutores. 
 
Nos circuitos para ligação de capacitores a capacidade 
mínima de condução de corrente do condutor deve ser igual a 135% do 
valor da corrente nominal do capacitor ou banco de capacitores: 
 
Ic = 1,35 x Inc 
 
Onde: 
 
Inc: corrente nominal do capacitor ou banco. 
 
4. Número de condutores carregados: considera-se 
condutor carregado aquele que efetivamente é percorrido 
pela corrente elétrica no funcionamento normal do 
circuito. Nesse caso, consideram-se os condutores fase e 
neutro. O condutor de proteção equipotencial, PE,não é 
considerado condutor carregado; 
 
A tabela 14 (veja anexo), estabelece a capacidade de 
condução de corrente, em ampéres, para as maneiras de instalar 
(métodos de referência) A1, A2, B1, B2, C e D da tabela 13: 
 
 condutores e cabos isolados em PVC, cobre ou 
alumínio; 
 dois e três condutores carregados; 
 temperatura no condutor: 70 ºC; 
 temperatura ambiente: 30 ºC para instalação não 
enterrada (ar) e 20 ºC para instalação enterrada (solo). 
47 
 
 
Já a tabela 15, em anexo, estabelece a capacidade de 
condução de corrente, em Ampéres, para as maneiras de instalar 
(métodos de referência) A1, A2, B1, B2, C e D da tabela 13 – conforme 
NBR 5410: 
 
 condutores e cabos isolados de XLPE ou EPR, cobre ou 
alumínio; 
 dois e três condutores carregados; 
 temperatura no condutor: 90 ºC; 
 temperatura ambiente: 30 ºC para instalação não 
enterrada (ar) e 20 ºC para instalação enterrada (solo). 
 
A tabela 16, em anexo, estabelece a capacidade de 
condução de corrente, em Ampéres, para as maneiras de instalar 
(métodos de referência) E, F e G da tabela 13 – conforme NBR 5410: 
 
 condutores e cabos isolados de PVC, cobre ou alumínio; 
 temperatura no condutor: 70 ºC; 
 temperatura ambiente: 30ºC. 
 
A tabela 17, em anexo, estabelece a capacidade de 
condução de corrente, em Ampéres, para as maneiras de instalar 
(métodos de referência) E, F e G da tabela 13 – conforme NBR 5410: 
 
 condutores e cabos isolados de XLPE ou EPR, cobre ou 
alumínio; 
 temperatura no condutor: 90 ºC; 
 temperatura ambiente: 30 ºC. 
 
5. Cálculo da corrente corrigida: 
 
𝐼′𝑝 = 
𝐼𝑝
𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴
 
 
48 
 
 
Fatores de correção para o dimensionamento de cabos: 
 
 Fator de Correção de Temperatura (FCT): aplicável 
para temperaturas ambientes diferentes de 30 ºC, para 
cabos não enterrados, e de 20 ºC (temperatura no solo) 
para cabos enterrados; 
 
Na sequência, a tabela 9 apresenta os Fatores de Correção 
(FCT) para temperaturas ambientes diferentes de 30 ºC para cabos não 
enterrados e de 20 ºC (temperatura no solo) para cabos enterrados, de 
acordo com a NBR 5410: 
 
 Tabela 9: Fator de Correção de Temperatura 
Temperatura 
ºC 
ISOLAÇÃO 
PVC EPR ou XLPE PVC EPR ou XLPE 
Ambientes do Solo 
10 1,22 1,15 1,10 1,07 
15 1,17 1,12 1,05 1,04 
20 1,12 1,08 1,00 1,00 
25 1,06 1,04 0,95 0,96 
30 1,00 1,00 0,89 0,93 
35 0,94 0,96 0,84 0,89 
40 0,87 0,91 0,77 0,85 
45 0,79 0,87 0,71 0,80 
50 0,71 0,82 0,63 0,76 
55 0,61 0,76 0,55 0,71 
60 0,50 0,71 0,45 0,66 
65 * 0,65 * 0,60 
70 * 0,58 * 0,53 
75 * 0,50 * 0,46 
80 * 0,41 * 0,38 
 
 Fator de Correção de Agrupamento (FCA): aplicável 
para circuitos que estejam instalados em conjunto com 
outros circuitos em um mesmo eletroduto, calha, 
bandeja, agrupados sobre uma superfície, ou ainda 
49 
 
para cabos em eletrodutos enterrados, ou cabos 
diretamente enterrados no solo. 
 
As tabelas, apresentadas a seguir, fornecem os valores 
aplicáveis para o FCA. 
A tabela 10 traz os fatores de correção aplicáveis a 
condutores agrupados em feixe e a condutores agrupados num mesmo 
plano, em camada única, conforme NBR 5410: 
 
Tabela 10: Fatores de correção de agrupamento 
 
 
A tabela 11 mostra os fatores de correção aplicáveis a 
agrupamentos consistindo em mais de uma camada de condutores – 
métodos de referência C, E e F, segundo a NBR 5410: 
 
 
50 
 
 
Tabela 11: Fator de correção de agrupamento 
 
 
A tabela 12 apresenta os fatores de correção aplicáveis para 
linha com cabos diretamente enterrados, de acordo com a NBR 5410: 
 
Tabela12: Fator de correção de agrupamento 
 
 
A tabela 13 apresenta os fatores de correção aplicáveis para 
linhas em eletrodutos enterrados, conforme a NBR 5410: 
 
 
51 
 
Tabela 13: Fator de correção de agrupamento 
 
 
6. Bitola do condutor: consulte as tabelas 14, 15, 16 e 17, 
na coluna correspondente aos dados obtidos 
anteriormente, encontramos a bitola do condutor, que 
deve ser aquela que, por excesso, atenda ao valor da 
corrente nas condições de instalação definidas para o 
circuito. 
 
TÓPICO 3 
CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO 
 
A queda de tensão provocada pela passagem de corrente 
elétrica nos condutores dos circuitos de uma instalação deve estar 
dentro de determinados limites máximos, a fim de não prejudicar o 
funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos 
terminais. 
52 
 
 
A queda de tensão em uma instalação, considerada desde 
a sua origem até o último ponto de utilização de qualquer circuito 
terminal, deve estar dentro dos limites prefixados pela tabela 14, a 
seguir. Esta fixa os valores percentuais máximos admissíveis para a 
queda de tensão, em função do valor da tensão nominal, para os 
diversos tipos de instalação e cargas. 
 
Tabela 14: Limites de queda de tensão 
 
 
Na figura abaixo vemos os valores máximos de queda de 
tensão admitidos pela NBR 5410: 
 
Figura 1: Limites de queda de tensão admissíveis 
 
 
Queda de Tensão em Sistema Monofásico (F – N) 
 
A queda de tensão em circuitos monofásicos é dada pela 
equação: 
 
53 
 
𝑆𝑐 = 
200 𝑥 𝜌 𝑥 ∑(𝐿𝑐 𝑥 𝐼𝑐)
∆𝑉% 𝑥 𝑉𝑓𝑛
 (𝑚𝑚2) 
 
Onde: 
 - resistividade do material condutor (cobre): 1/56 Ω.mm²/m; 
Lc – comprimento do circuito, em m; 
Ic – corrente total do circuito, em A; 
ΔV% - queda de tensão máxima admitida em projeto, em %; 
Vfn – tensão entre fase e neutro, em V. 
 
Queda de Tensão em Sistema Trifásico (3F ou 3F- N) 
 
A seção do condutor pode ser obtida por meio da equação: 
𝑆𝑐 = 
173,2 𝑥 𝜌 𝑥 ∑(𝐿𝑐 𝑥 𝐼𝑐)
∆𝑉% 𝑥 𝑉𝑓𝑓
 (𝑚𝑚2) 
 
Onde: 
 
Vff – tensão entre fases, em volts. 
 
TÓPICO 4 
SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES 
 
A NBR 5410 define os valores mínimos das seções para 
condutores fase, neutro e Condutor de Proteção (PE): 
 
 seção mínima do condutor fase: a tabela 15 a seguir, 
atentando por razões mecânicas, define as seções 
mínimas dos condutores fases, em circuitos CA, e dos 
condutores vivos em circuitos CC. 
 
Tabela 15: Seção mínima dos condutores 
54 
 
 
 
 
Tabela 16: Seção do condutor neutro 
Seção dos 
Condutores Fase 
(mm²) 
Seção Mínima do 
Condutor Neutro (mm²) 
1,5 a 25 
A mesma seção do 
condutor fase 
35 25 
50 25 
70 35 
95 50 
120 70 
150 70 
185 95 
240 120 
300 150 
400 185 
 
 
 
 
As 
tabelas deste Tópico 
foram retiradas de: 
Instalações Elétricas 
Prediais – Domingos 
Leite Lima Filho. 
 
 
55 
 
 Tabela 17: Seção do Condutor de Proteção (PE) 
Seção dos 
Condutores Fase 
(mm²) 
Seção Mínima do 
Condutor de 
Proteção(mm²) 
1,5 a 16 
A mesma seção do condutor 
fase 
25 16 
35 16 
50 25 
70 35 
95 50 
120 70 
150 95 
185 95 
240 120 
300 150 
 
 
 dimensione os condutores para um circuito terminal 
correspondente a alimentação de um motor trifásico, de 10 CV, V = 380 
V – fator de potência 0,87 e rendimento 0,89 – FS = 1. Comprimento: 
30 metros, condutores isolados em PVC, eletroduto de PVC aparente, 
temperatura ambiente de 35 ºC. 
 
Critério da Capacidade de Condução de Corrente 
 
Seguindo o roteiro para o dimensionamento de condutores 
temos: 
 
1. isolação do condutor: PVC; 
2. maneira de instalar: B1, conforme tabela 13; 
3. corrente de projeto: 
 
𝐼𝑝 = 
10 𝑥 736
√3 𝑥 380 ∗ 0,87 ∗ 0,89
= 14,46 𝐴 
4. número de condutores carregados: 3; 
56 
 
 
5. cálculo da corrente corrigida: 
 
𝐼′𝑝 = 
14,46
0,94 ∗ 1
= 15,38 𝐴 
 
 FCT = 0,94, conforme tabela 9; 
 FCA = 1, conforme tabela 10. 
 
6. bitola do condutor: com o valor de I’p entramos na tabela 
14, coluna B1, 3cc (3 condutores carregados), na qual 
encontramos o valor de 15,5 A, que corresponde ao 
condutor de 1,5 mm². 
 
Critério do Limite de Queda de Tensão 
 
a) Dados necessários: 
 maneira de instalar o circuito: B1; 
 material do eletroduto (magnético ou não magnético), 
PVC; tipo do circuito (monofásico ou trifásico), trifásico; 
 corrente de projeto, Ip, em Ampéres: 14,46 A; 
 comprimento do circuito, l, em km: l = 30 m; 
 tipo de isolação do condutor: PVC; 
 tensão (V): 380 V; 
 queda de tensão, e (%), admissível; 2%, conforme 
figura 1. 
b) Cálculo seção do condutor: 
 
𝑆𝑐 = 
173,2 𝑥 0,0178 𝑥 ∑(30 𝑥 14,46)
2 𝑥 380
= 1,76 𝑚𝑚2 
 
Visto que a seção de 1,76 mm² não corresponde a uma 
bitola de condutor comercial, escolhemos o valor ligeiramente superior, 
ou seja, 2,5 mm². 
57 
 
 
Critério das Seções Mínimas 
 
Por tratar-se de um circuito de força (ver tabela 15), a seção 
mínima para esse circuito é de 2,5 mm² para condutores de cobre. 
O condutor a ser utilizado para o circuito em questão deve 
atender aos três critérios, capacidade de condução de corrente, limite 
de queda de tensão e seção mínima. Nesse caso o condutor fase a ser 
utilizado deverá ser de 2,5 mm². Visto que o condutor fase deve ser de 
2,5 mm²; na tabela 16 verificamos que o condutor neutro também 
deverá ser de 2,5 mm², assim como o condutor de proteção (conforme 
tabela 17). 
 
Nesse capítulo vimos como dimensionar os condutores de 
uma instalação elétrica industrial. Você conseguiu entender a 
importância do correto dimensionamento dos condutores elétricos? Os 
condutores são responsáveis pela condução da corrente elétrica dos 
circuitos, portanto, condutores corretamente dimensionados 
juntamente com os dispositivos de proteção adequados proporcionam 
maior funcionalidade e segurança das instalações. 
 
58 
 
 
EXERCÍCIO 
 
1. Dimensione os condutores para um circuito terminal correspondente 
a alimentação de um motor trifásico, de 30 CV, V = 380 V – fator de 
potência 0,91 e rendimento 0,90 – FS = 1. Comprimento: 20 metros, 
condutores unipolares isolados em PVC, eletroduto de PVC 
aparente, temperatura ambiente de 30 ºC. 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
 
 
 
59 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 que em uma instalação elétrica, os condutores devem ser 
dimensionados de forma a garantir a funcionalidade dos 
circuitos, bem como a segurança das instalações; 
 os condutores elétricos devem ser selecionados a partir 
dos critérios da capacidade de condução de corrente, 
limite de queda de tensão e obedecendo as seções 
mínimas estabelecidas pela NBR 5410, adotando-se o 
condutor de maior seção. 
 
 
 
 
60 
 
 
UNIDADE 5 
DIMENSIONAMENTO DE DUTOS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 relacionar os dutos mais utilizados nas instalações 
elétricas industriais; 
 dimensionar dutos para aplicações industriais. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em seis tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: ELETRODUTOS 
TÓPICO 3: CANALETAS 
TÓPICO 4: CALHAS 
TÓPICO 5: BANDEJAS 
TÓPICO 6: TÚNEIS 
 
 
61 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
As instalações elétricas dispõem de um componente que 
propicia um meio envoltório, ou invólucro, aos condutores elétricos, o 
qual chamamos de condutos. Dentre os diversos tipos de condutos, 
destacam-se os eletrodutos, como aqueles que têm maior aplicação 
nas instalações elétricas prediais. Em instalações comerciais ou 
industriais, além dos eletrodutos, são utilizados também calhas e 
bandejas metálicas, prateleiras, canaletas, etc. 
 
TÓPICO 2 
ELETRODUTOS 
 
Os eletrodutos são os dutos mais comumente utilizados. 
Podem ser de PVC ou de ferro galvanizado. Os eletrodutos em PVC 
são geralmente utilizados quando embutidos ou enterrados. Já os 
eletrodutos de ferro galvnizados são mais utilizados em instalações 
aparentes. 
A taxa máxima de ocupação em relação a área de seção 
transversal dos eletrodutos não deve ser superior a: 
 
 53% no caso de um único condutor ou cabo; 
 31% no caso de dois condutores ou cabos; 
 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos. 
 
Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores 
isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares, admitindo-se a 
utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando esse 
condutor se destina a aterramento. 
O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou 
superior a 16 mm. 
Não deve haver trechos contínuos (sem interposição de 
caixas de derivação ou aparelhos) retilíneos de tubulação maiores do 
62 
 
 
que 15 metros; nos trechos com curvas, este espaçamento de ser 
reduzido de 3 m para cada curva de 90º. 
A tabela 18 a seguir, mostra as dimensões totais dos 
condutores: 
 
Tabela 18: Área ocupada pelos cabos 
Seção 
(mm2) 
Área total – mm2 Seção 
(mm2) 
PVC 
Área total – mm2 
PVC XLPE 
ou EPR 
PVC XLPE 
ou EPR Isolado Unipolar Isolado Unipolar 
1,5 
2,5 
4 
6 
10 
16 
25 
35 
50 
7,0 
10,7 
14,5 
18,8 
27,3 
37,4 
56,7 
72,3 
103,8 
23,7 
28,2 
36,3 
41,8 
50,2 
63,6 
91,6 
113,1 
151,7 
23,7 
28,2 
36,3 
41,8 
50,2 
63,6 
91,6 
113,1 
151,7 
70 
95 
120 
150 
185 
240 
300 
400 
500 
130,7 
179,7 
213,8 
268,8 
336,5 
430,0 
530,9 
692,8 
870,9 
188,7 
246,0 
289,5 
359,6 
444,8 
559,9 
683,5 
881,4 
1.092,7 
188,7 
246,0 
289,5 
359,6 
444,8 
559,9 
683,5 
881,4 
1.092,7 
 
A tabela 19 a seguir, apresenta as características 
dimensionais dos cabos: 
 
Tabela 19: Características dimensionais dos cabos 
Seção 
nominal 
(mm2) 
Condutor Cabos Isolados Cabos unipolares 
nº de 
fios 
Diâmetro 
nominal 
(mm) 
Espessura 
da 
isolação 
(mm) 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
Espessura 
da 
isolação 
(mm) 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
1,50 
2,50 
4 
6 
10 
16 
25 
35 
50 
70 
95 
120 
150 
185 
240 
300 
400 
500 
600 
7 
7 
7 
7 
7 
7 
7 
7 
19 
19 
19 
37 
37 
37 
61 
61 
61 
61 
61 
1,56 
2,01 
2,55 
3,00 
3,12 
4,71 
5,87 
6,95 
8,27 
9,75 
11,42 
12,23 
14,33 
16,05 
18,27 
20,46 
23,65 
26,71 
29,26 
0,7 
0,8 
0,8 
0,8 
1,0 
1,0 
1,2 
1,2 
1,4 
1,4 
1,6 
1,6 
1,8 
2,0 
2,2 
2,4 
2,6 
2,8 
3,0 
3,0 
3,7 
4,3 
4,9 
5,9 
6,9 
8,5 
9,6 
11,3 
12,9 
15,1 
16,5 
18,5 
20,7 
23,4 
26,0 
29,7 
33,3 
36,2 
1,0 
1,0 
1,0 
1,0 
1,0 
1,0 
1,2 
1,2 
1,4 
1,4 
1,6 
1,6 
1,8 
2,0 
2,2 
2,4 
2,6 
2,8 
3,0 
5,50 
6,00 
6,80 
7,30 
8,00 
9,00 
10,80 
12,00 
13,90 
15,50 
17,70 
19,20 
21,40 
23,80 
26,70 
29,50 
33,50 
37,30 
40,25 
 
A tabela 20 a seguir, apresenta as áreas dos eletrodutos 
rígidos ocupáveis pelos cabos: 
 
Essa tabela foi 
retirada do livro 
Instalações 
elétricas 
industriais, 
João Mamede 
Filho. 
 
 
As 
tabelas destas 
páginas foram 
retiradas do 
livro 
Instalações 
elétricas 
industriais, 
João Mamede 
Filho. 
 
 
63 
 
Tabela 20: Área dos eletrodutos rígidos ocupáveis pelos cabos 
 
 
TÓPICO 3 
CANALETAS 
 
A NBR 5410 estabelece que nas canaletas só devem ser 
utilizados cabos unipolares ou cabos multipolares. Os condutores 
isolados podem ser utilizados, desde que contidos em eletrodutos. 
Os cabos instalados em canaletas devem ocupar, no 
máximo, 30% da área útil da canaleta. 
 
TÓPICO 4 
CALHAS 
 
A NBR 5410 estabelece que: 
 
 os cabos unipolares e multipolares podem ser instalados 
em qualquer tipo de calha; 
 os condutores isolados só podem ser instalados em 
calhas com paredes maciças, cujas tampas só possam 
ser removidas com auxílio de ferramentas; 
 admite-se a instalação de condutores isolados em calhas 
com paredes perfuradas e/ou tampas desmontáveis sem 
64 
 
 
auxílio de ferramentas em locais só acessíveis a pessoas 
advertidas ou qualificadas; 
 é conveniente ocupar a calha com no máximo 35% de sua 
área útil. As dimensõestípicas de calhas são dadas na 
tabela a seguir: 
 
Tabela 21: Dimensionamento de calhas – mm 
Largura Altura Comprimento 
50 40 1.000 
100 40 1.000 
150 60 1.000 
150 60 2.000 
200 60 2.000 
300 75 2.000 
300 75 3.000 
400 75 3.000 
500 100 3.000 
600 100 3.000 
 
TÓPICO 5 
BANDEJAS 
 
O sistema de bandeja, também conhecido como leito de 
cabos, é, em geral, construído em alumínio ou em aço para diferentes 
cargas mecânicas (tipo pesado, médio e leve). O uso de bandejas só é 
permitido em estabelecimentos industriais onde haja manutenção 
adequada e em locais não sujeitos a choques mecânicos. Somente 
cabos unipolares ou multipolares podem ser utilizados em bandejas. 
Os cabos devem ser fixados convenientemente na estrutura 
das bandejas, principalmente quando em percursos verticais. Nas 
bandejas, os cabos devem ser instalados de preferência em camada 
única. 
 
 
Essa 
tabela foi retirada 
do livro Instalações 
elétricas 
industriais, João 
Mamede Filho. 
 
 
65 
 
TÓPICO 6 
TÚNEIS 
 
Em muitas indústrias são construídos túneis destinados à 
instalação de dutos de passagem de diversas utilidades, tais como 
eletricidade, telefone, ar-condicionado, etc., não se adimitindo, no 
entanto, tubulação com líquidos ou gases inflamáveis ou corrosivos. 
Nesse caso, os cabos podem ser instalados em bandejas, eletrodutos, 
calhas, etc., dispostos de maneira a dar maior facilidade possível à 
manutenção e oferecer segurança completa a presença das pessoas 
autorizadas. 
 
 dimensionar o trecho de eletroduto de PVC rígido 
roscável, classe B, mostrado na figura abaixo, no qual deverão ser 
instalados os seguintes circuitos: 
 
 
 
 Circuito 1: 2 # 2,5 mm² T 2,5 mm²; 
 Circuito 2: 3 # 4,0 mm² (4,0 mm²) T 4,0 mm²; 
 Circuito 3: # 6,0 mm² (6,0 mm²). 
 
Sabe-se que os cabos são isolados em Pirastic Antiflan. 
 
Solução: 
 
1. determina-se a seção total ocupada pelos condutores: na 
tabela 18, coluna área total, encontramos dois valores. O 
primeiro valor refere-se ao diâmetro dos fios (condutor 
sólido) e o segundo é referente ao diâmetro dos cabos 
(vários fios): 
 
66 
 
 
3 x 10,7 = 32,1 mm² 
5 x 14,5 = 72,5 mm² 
3 x 18,8 = 56,4 mm² 
Total: 142,2 mm² 
 
2. determina-se o diâmetro externo nominal do eletroduto 
(mm) entrando nas tabelas dos fabricantes. Na tabela 20, 
coluna: área útil > 3 cabos (40%) com o valor de 142,2 
mm² encontramos o valor 143 mm² que corresponde ao 
eletroduto de 3/4” ou 25 mm. 
 
 
 
 
67 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Dimensionar o trecho de eletroduto de PVC rígido, classe B, indicado 
na figura abaixo. Sabe-se que os cabos são isolados em PVC. Os 
condutores do circuito 1 são de 1,5 mm². 
 
 
 
2. Se o conduto utilizado na questão 1 for uma eletrocalha perfurada, 
quais as dimensões necessárias para abrigar os condutores 
destacados na figura sabendo-se que serão utilizados condutores 
unipolares? 
 
 
 
68 
 
 
 CHECK LIST 
 
No decorrer desta unidade, você pôde aprender: 
 
 os eletrodutos servem para abrigar os condutores 
elétricos; 
 nas instalações industriais são utilizados vários tipos de 
dutos para abrigar os condutores elétricos, incluindo 
eletrodutos, canaletas, calhas, bandejas, leitos, túneis 
etc. 
 
 
69 
 
UNIDADE 6 
FATOR DE POTÊNCIA 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 diferenciar potência ativa, reativa e aparente; 
 conceituar o fator de potência; 
 relacionar as causas e as consequências de um baixo 
fator de potência. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: CONCEITOS BÁSICOS 
TÓPICO 2: FATOR DE POTÊNCIA 
TÓPICO 3: PROJETO PARA CORREÇÃO DO FATOR DE 
POTÊNCIA 
 
70 
 
 
TÓPICO 1 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
Grande parte das cargas das unidades consumidoras 
industriais consome energia reativa indutiva. Esses equipamentos são: 
motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos 
de indução, entre outros. 
As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético 
para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de 
potência: potência ativa e potência reativa. 
A Potência ativa é a potência elétrica que efetivamente 
realiza trabalho gerando movimento, luz, calor, etc. Sua unidade é o 
Watt (W). A Potência reativa é a potência elétrica usada para criar e 
manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas. Sua unidade 
é o Volt-Ampére reativo (VAr). 
A potência ativa é sempre consumida na execução de 
trabalho útil enquanto a potência reativa, além de não produzir trabalho, 
circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um espaço 
no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia 
ativa. 
 
TÓPICO2 
FATOR DE POTÊNCIA 
 
O fator de potência é a razão entre a potência ativa e a 
potência aparente. Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto 
fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente, um fator de 
potência baixo indica baixa eficiência energética. Frequentemente 
utiliza-se um triângulo retângulo para representar as relações entre as 
potências ativa, reativa e aparente. A seguir podemos observar a figura 
do triângulo das potências: 
 
 
 Essa 
unidade foi 
elaborada a partir 
do Manual de 
Correção de Fator 
de Potência WEG. 
71 
 
Figura 2: Triângulo das potências. 
 
 
Note que surgiu uma terceira potência denominada 
aparente. A potência aparente é a potência total fornecida pelo sistema. 
Ela poderá ser dissipada em forma de potência ativa e potência reativa. 
Sua unidade é o Volt-Ampére (VA). 
 
Causas do Baixo Fator de Potência 
 
O baixo fator de potência em uma instalação elétrica pode 
ser causado por diversos fatores, sendo esses: 
 
 motores de indução trabalhando a vazio; 
 motores superdimensionados para sua necessidade de 
trabalho; 
 transformadores trabalhando a vazio ou com pouca 
carga; 
 reatores de baixo fator de potência no sistema de 
iluminação; 
 fornos de indução ou a arco; 
 máquinas de tratamento térmico; 
 máquinas de solda; 
 nível de tensão acima do valor nominal provocando um 
aumento do consumo de energia reativa. 
 
 
 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do Manual 
de Correção de 
Fator de Potência 
WEG. 
 
 
 
72 
 
 
Consequências do Baixo Fator de Potência 
 
 Perdas na instalação: as perdas de energia elétrica 
ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao 
quadrado da corrente total (I2.R). Como a corrente cresce 
com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma 
relação entre o incremento das perdas e o baixo fator de 
potência, provocando o aumento do aquecimento de 
condutores e equipamentos; 
 Quedas de tensão: o aumento da corrente devido ao 
excesso de energia reativa leva a quedas de tensão 
acentuadas. As quedas de tensão podem provocar, 
ainda, a diminuição da intensidade luminosa das 
lâmpadas e o aumento da corrente nos motores; 
 Subutilização da capacidade instalada: a energia 
reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, 
inviabiliza sua plena utilização, condicionando a 
instalação de novas cargas a investimentos que seriam 
evitados se o fator de potência apresentasse valores mais 
altos. O "espaço" ocupado pela energia reativa poderia 
ser então utilizado para o atendimento de novas cargas. 
 
Os investimentos em ampliação das instalações estão 
relacionados principalmente aos transformadores e condutores 
necessários. O transformador a ser instalado deve atender à potência 
total dos equipamentos utilizados, mas devido a presença de potência 
reativa, a sua capacidade deve ser calculada com base na potência 
aparente das instalações. 
Para fatores de potência crescentes, observe a tabela a 
seguir. Essa tabela apresenta a potência necessária do transformador 
para atender uma potência útil de 800 kW emfunção do fator de 
potência. 
 
73 
 
 Tabela 22: Variação da potência do Trafo em função do fator de 
potência da instalação. 
 
 
Note que quanto maior é o fator de potência, menor será a 
potência do transformador necessária para a instalação. Dessa forma 
notamos que o custo da instalação também aumenta quando o fator de 
potência é baixo. 
 
Correção do Fator de Potência 
 
Uma forma de se obter a energia reativa necessária para a 
operação adequada dos equipamentos é a instalação de capacitores 
próximos desses equipamentos. A instalação de capacitores, porém, 
deve ser precedida de medidas operacionais que levem à diminuição 
da necessidade de energia reativa, como o desligamento de motores e 
outras cargas indutivas ociosas ou superdimensionadas. 
 
Tipos de Correção do Fator de Potência 
 
A correção do fator de potência pode ser feita instalando os 
capacitores de quatro maneiras diferentes, tendo como objetivos a 
conservação de energia e a relação benefício/custo: 
a) correção na entrada da energia de alta tensão: nesse 
caso corrige-se o fator de potência visto pela 
concessionária, permanecendo internamente todos os 
inconvenientes citados pelo baixo fator de potência e o 
custo é elevado; 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do Manual 
de Correção de 
Fator de Potência 
WEG. 
 
 
 
74 
 
 
b) correção na entrada da energia de baixa tensão: 
utiliza-se este tipo de correção em instalações elétricas 
com elevado número de cargas com potências diferentes 
e regimes de utilização pouco uniformes. A principal 
desvantagem consiste em não haver alívio sensível dos 
alimentadores de cada equipamento; 
c) correção por grupos de cargas: nesse caso o capacitor 
é instalado de forma a corrigir um setor ou um conjunto 
de pequenas máquinas. É instalado junto ao quadro de 
distribuição que alimenta esses equipamentos. Tem como 
desvantagem não diminuir a corrente nos circuitos de 
alimentação de cada equipamento; 
d) correção localizada: é obtida instalando-se os 
capacitores junto ao equipamento que se pretende corrigir 
o fator de potência. Representa, do ponto de vista técnico, 
a melhor solução, apresentando as seguintes vantagens: 
 reduz as perdas energéticas em toda a instalação; 
 diminui a carga nos circuitos de alimentação dos 
equipamentos; 
 pode-se utilizar em sistema único de acionamento para 
a carga e o capacitor, economizando-se um 
equipamento de manobra; 
 gera potência reativa somente onde é necessário. 
e) correção mista: no ponto de vista “Conservação de 
Energia”, considerando aspectos técnicos, práticos e 
financeiros, torna-se a melhor solução. Nesse tipo de 
correção os capacitores são aplicados em diversos 
pontos de acordo com os métodos vistos acima. 
 
A figura 3 a seguir ilustra os diferentes tipos de correção do 
fator de potência, ela mostra o diagrama dos tipos de instalação. 
 
Figura 3: Tipos de correção de fator de potência 
75 
 
 
 
TÓPICO 3 
PROJETO PARA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA 
 
A correção do fator de potência pode ser necessária para 
Empresas em Operação ou para Empresas em Projeto. Para as 
Empresas em Operação, deverão ser analisados os parâmetros 
elétricos através das medições efetuadas e nas Empresas em Projeto, 
a através de parâmetros elétricos presumidos. Vamos tratar nesse 
capítulo da correção do fator de potência para Empresas em Projeto. 
 
Determinação da Potência Reativa 
 
Estudaremos neste capítulo o dimensionamento de 
capacitores para correção do fator de potência que não tenha 
interferência significativa de harmônicas. Para calcular a potência 
reativa necessária aplicamos umas das fórmulas abaixo: 
 
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑘𝑣𝑎𝑟) = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 𝐹 
 
Essa equação é utilizada para todos os casos, com exceção 
de motores, nos quis deverá ser utilizada a equação a seguir: 
 
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑘𝑣𝑎𝑟) = 
(%𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑥 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎)
𝜂
 
 
Onde: 
 A 
figura ao lado 
foi retirada do 
Manual de 
Correção de 
Fator de 
Potência WEG. 
 
 
 
76 
 
 
 
 F é o fator de multiplicação necessário para a correção do 
fator de potência existente para o desejado, coletado da 
tabela 18 (anexo). 
 N é o rendimento do motor de acordo com a carga 
aplicada ao eixo. 
 
A equação I é utilizada para todos os casos, com exceção 
de motores onde deverá ser utilizada a equação II. 
 
Dimensionamento da Potência Reativa para a Correção do 
Transformador 
 
Determina-se a potência do capacitor na correção de 
transformadores funcionando a vazio, por meio da seguinte expressão: 
 
 
Onde: 
 
 Qo é a potência reativa do transformador (kvar) 
necessária para corrigir seu fator de potência para 1; 
 io é a corrente em vazio (valor em p.u. e em %); 
 Sn é a potência nominal do transformador (KVA); 
 Po potência de perdas a vazio, em kW (dado da placa do 
fabricante ou fornecido em relatório de ensaio). 
 
 
Cálculo da Capacitância do Capacitor 
 
Recomenda-se a utilização em kvar's de 95% do valor 
calculado em Qo. 
77 
 
 
 
Cálculo da Corrente Nominal do Capacitor 
 
 
 
Proteções Contra Curto-Circuito 
 
Os capacitores deverão ser protegidos contra curtos-
circuitos por meio da aplicação de fusíveis. Os fusíveis deverão ter 
características gL - gG, o dimensionamento da corrente nominal dos 
fusíveis pode ser feito aplicando-se a equação: 
 
 
 
Onde: 
 
 If= Corrente calculada do fusível (usar o valor comercial 
do fusível imediatamente superior); 
 Inc = Corrente nominal do capacitor 
 
Condutores 
 
A corrente nominal a ser considerada para o 
dimensionamento dos condutores deve ser 1,43 vezes a corrente 
nominal do capacitor e levar em consideração outros critérios, tais 
como: maneira de instalar, temperatura ambiente, etc. 
 
 
78 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Explique o que são as potências ativa, reativa e aparente. 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
2. O que é o fator de potência? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
3. Quais são as causas do baixo fator de potência? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
4. Quais os tipos de correção do fator de potência? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
79 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 a potência ativa é sempre consumida na execução de 
trabalho útil enquanto a potência reativa, além de não 
produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de 
alimentação, ocupando um espaço no sistema elétrico 
que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. 
Já a potência aparente é a potência total fornecida pelo 
sistema; 
 diversas são as causas do baixo fator potência e por isso 
é essencial a correção; 
 o fator de potência pode ser corrigido de várias formas, 
desde a correção em alta tensão, por agrupamento de 
cargas ou por cargas individuais. 
 
 
80 
 
 
UNIDADE 7 
PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar a função dos dispositivos DR; 
 dimensionar os disjuntores para os circuitos de uma 
instalação elétrica; 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados de 
modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
TÓPICO 3: DIMENSIONAMENTO

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