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Apostila Projetos Eletricos I

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Prévia do material em texto

Projetos Elétricos I 
Janaina Quarti 
Eletrotécnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janaina Quarti 
Projetos Elétricos I 
 
Criciúma 
Eletrotécnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
SATC — Associação Beneficente da 
Indústria Carbonífera de Santa Catarina 
Presidente de Honra 
Ruy Hülse 
Diretor Executivo 
Fernando Luiz Zancan 
Diretor Administrativo Financeiro 
Marcio Zanuz 
Diretor 
Carlos Antônio Ferreira 
Coordenação Geral da Faculdade 
Jovani Castelan 
Coordenação do Colégio SATC 
Izes Ester Machado Belolli 
 
 
 
Coordenação do Centro Tecnológico 
SATC 
Luciano Dagostin Biléssimo 
Secretária Acadêmica 
Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz 
Pesquisadora Institucional 
Kelli Savi da Silva 
Coordenador EaD 
Jaqueline Marcos Garcia de Godoi 
Coordenador do Curso 
Gilberto Fernandes da Silva 
 
Produção do Material Didático 
Equipe EaD. 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 07 
 
UNIDADE 1: PROJETOS: CONCEITOS, ATRIBUIÇÕES E ESPONSABILIDADE 
PROFISSIONAL ........................................................................................................ 09 
TÓPICO 1: CONCEITO DE PROJETO ..................................................................... 10 
TÓPICO 2: DIMENSÃO ÉTICA DO TRABALHO DO PROJETISTA ........................ 10 
TÓPICO 3: RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL ............................................... 11 
TÓPICO 5: COMPETÊNCIA PROFISSIONAL ......................................................... 12 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 13 
CHECK LIST ............................................................................................................. 14 
 
UNIDADE 2: PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ...................................... 15 
TÓPICO 1: PARTES DE UM PROJETO......................................................................16 
TÓPICO 2: SÍMBOLOS GRÁFICOS............................................................................17 
TÓPICO 3: NORMAS TÉCNICAS ............................................................................ 18 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 19 
CHECK LIST ............................................................................................................. 20 
 
UNIDADE 3: PREVISÃO DE CARGAS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA....................21 
TÓPICO 1: OBJETIVO .............................................................................................. 22 
TÓPICO 2: PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES RESIDENCIAIS .............. 22 
TÓPICO 3: PREVISÃO DE CARGAS PARA ÁREAS COMERCIAIS ...................... 29 
EXERCÍCIO ............................................................................................................... 30 
CHECK LIST ............................................................................................................. 31 
 
UNIDADE 4: DEMANDA DE ENERGIA......................................................................32 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO..........................................................................................33 
TÓPICO 2: CONCEITOS FUNDAMENTAIS ............................................................. 33 
TÓPICO 3: DEMANDA DE RESIDÊNCIAS INDIVIDUAIS.........................................34 
TÓPICO 4: DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO..................38 
 
 
TÓPICO 5: DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO COM 
UNIDADES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS ...........................................................47 
EXERCÍCIO ..................................................................................................... .........51 
CHECK LIST ............................................................................................................ 53 
 
UNIDADE 5: DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS......................................54 
TÓPICO 1: LOCAÇÃO DOS PONTOS.......................................................................55 
TÓPICO 2: SETORES DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA .................................... 55 
TÓPICO 3: QUADROS ELÉTRICOS..........................................................................56 
TÓPICO 4: DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS.....................57 
TÓPICO 5: TUBULAÇÕES E FIAÇÃO.......................................................................58 
TÓPICO 6: PRUMADA ELÉTRICA.............................................................................59 
TÓPICO 7: DIAGRAMAS UNIFILARES.....................................................................61 
EXERCÍCIO .............................................................................................................. 65 
CHECK LIST ............................................................................................................ 66 
 
UNIDADE 6: FORNECIMENTO DE ENERGIA...........................................................67 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO..........................................................................................68 
TÓPICO 2: DEFINIÇÕES ......................................................................................... 68 
TÓPICO 3: DIMENSIONAMENTOS............................................................................70 
EXERCÍCIO .............................................................................................................. 75 
CHECK LIST ............................................................................................................ 76 
 
UNIDADE 7: DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS.....................77 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO..........................................................................................78 
TÓPICO 2: CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ........ 78 
TÓPICO 3: CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO....................................97 
TÓPICO 4: SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES..............................................101 
EXERCÍCIO .............................................................................................................107 
CHECK LIST..............................................................................................................108 
 
UNIDADE 8: PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES.....................................109 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO.........................................................................................110 
TÓPICO 2: PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGA.................................................110 
TÓPICO 3: PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO...........................................112 
TÓPICO 4: CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO PRESUMIDA...............................113 
TÓPICO 5: DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO..............122 
EXERCÍCIO...............................................................................................................126 
CHECK LIST..............................................................................................................127 
 
UNIDADE 9: ELETRODUTOS..................................................................................128 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO........................................................................................129 
TÓPICO 2: DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO............................................129 
EXERCÍCIO ..............................................................................................................134 
CHECK LIST..............................................................................................................135UNIDADE 10: ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.......................136 
TÓPICO 1: ATERRAMENTO....................................................................................137 
TÓPICO 2: TIPOS DE ATERRAMENTO..................................................................137 
TÓPICO 3: COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ATERRAMENTO...................138 
TÓPICO 4: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO........................................................141 
TÓPICO 5: PERIGOS E EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA.............................147 
TÓPICO 6: DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO À CORRENTE DIFERENCIAL 
RESIDUAL (DR)........................................................................................................148 
EXERCÍCIOS............................................................................................................151 
CHECK LIST.............................................................................................................152 
 
UNIDADE 11: SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 
(SPDA).......................................................................................................................153 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO........................................................................................154 
TÓPICO 2: FORMAÇÃO DO RAIO...........................................................................154 
TÓPICO 3: MODELO ELETROGEOMÉTRICO.........................................................158 
TÓPICO 4: MÉTODO DE FRANKLIN.......................................................................161 
TÓPICO 5: MÉTODO DE FARADAY........................................................................161 
TÓPICO 6: CONDUTORES DE DESCIDA................................................................162 
TÓPICO 7: SISTEMA DE ATERRAMENTO..............................................................164 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................168 
CHECK LIST..............................................................................................................169 
 
 
GABARITO COMENTADO.........................................................................................170 
 
REFERÊNCIAS............................................................................................................183 
 
 
 
 
7 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Bem-vindo(a) à disciplina de Projetos Elétricos I do curso de Eletrotécnica, 
na modalidade a distância, da SATC. Este material foi desenvolvido para ensinar você 
a interpretar e desenvolver projetos de instalações elétricas residenciais e prediais. 
Em nosso ponto de partida, Unidade 1, estudaremos os aspectos envolvidos 
no trabalho do profissional projetista. Entenderemos também o que é necessário para 
ser habilitado para elaboração de projetos de instalações elétricas. Na Unidade 2 
identificaremos as partes que constituem um projeto de instalações elétricas. Além 
disso, serão descritas as principais normas técnicas a serem observadas pelo 
projetista, bem como a simbologia a ser aplicada em projetos. Já a Unidade 3 trará 
algumas recomendações quanto à previsão de cargas de iluminação, tomadas e 
cargas especiais para unidades destinadas à habitação. Na Unidade 4 trabalharemos 
com os cálculos de demanda de energia de unidades residenciais individuais, unidades 
comerciais e edifícios de uso coletivo. Na Unidade 5 veremos como são locados os 
pontos elétricos em planta. Entenderemos como é feita a divisão da instalação elétrica 
em circuitos terminais e como é feita a representação das tubulações e fiação em 
planta. A Unidade 6 apresenta os conceitos mais importantes relacionados ao 
fornecimento de energia elétrica por parte das concessionárias de energia. Além disso, 
veremos como são especificados os componentes do ramal de ligação e do ramal de 
entrada de uma instalação. Na Unidade 7 entenderemos como são dimensionados os 
condutores elétricos utilizados nas instalações. Na Unidade 8 estudaremos sobre o 
dimensionamento dos dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito. Na 
Unidade 9 aprenderemos como dimensionar eletrodutos para uma instalação. A 
Unidade 10 trata dos diferentes tipos de aterramento elétrico e, por fim, a Unidade 11 
refere-se aos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. 
A carga horária dessa disciplina é de 70 horas/aula, mas você poderá 
organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua 
preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse 
processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on-
line, publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e 
possíveis trabalhos solicitados pelo educador. 
Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos 
pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que a margem 
8 
 
externa das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para você fazer 
anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir informações 
adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones de 
aprendizagem, os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que 
você está estudando. Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados: 
 
ÍCONES DE APRENDIZAGEM 
 
Indica a proposta de 
aprendizagem para cada 
unidade da apostila. 
 
Mostra quais conteúdos serão 
estudados em cada unidade 
da apostila. 
 
Apresenta exercícios 
sobre cada unidade. 
 
Apresenta os conteúdos mais 
relevantes que você deve ter 
aprendido em cada unidade. 
Se houver alguma dúvida 
sobre algum deles, você deve 
estudar mais antes de entrar 
nas outras unidades. 
 
Apresenta a fonte de 
pesquisa das figuras e as 
citações presentes na 
apostila. 
 
Traz perguntas que auxiliam 
você na reflexão sobre os 
conteúdos e no 
sequenciamento dos 
mesmos. 
 
Apresenta curiosidades e 
informações 
complementares sobre 
um conteúdo. 
 
Traz endereços da internet ou 
indicações de livros que 
possam complementar o seu 
estudo sobre os conteúdos. 
 
Lembre-se também de diariamente verificar se há publicações de aulas no 
Portal. Pois é por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações 
sobre a disciplina. 
Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também poderá 
contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá entrar em 
contato sempre que sentir necessidade, seja pelo email 
tutoria.eadedutec@satc.edu.br ou pelo telefone (48) 3431 – 7590/ 3431 – 7596. 
 
9 
 
UNIDADE 1 
PROJETOS: CONCEITOS, ATRIBUIÇÕES E 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar o conceito de projeto; 
 explicar o que está envolvido no trabalho do 
profissional projetista; 
 explicar o que é necessário para ser habilitado para 
elaboração de projetos de instalações elétricas. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: CONCEITO DE PROJETO 
TÓPICO 2: DIMENSÃO ÉTICA DO TRABALHO DO 
PROJETISTA 
TÓPICO 3: RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
TÓPICO 4: COMPETÊNCIA PROFISSIONAL 
10 
 
 
TÓPICO 1 
CONCEITO DE PROJETO 
 
Projetar é elaborar soluções que podem ser 
implementadas para a resolução de determinados problemas. 
É importante ter em mente, na visão de projetista, que 
a solução não é única. Frequentemente, existem diversasalternativas de soluções possíveis cabendo ao projetista examiná-
las, avaliar as possibilidades de cada uma delas e, finalmente, 
inclinar-se por aquela que julgar a mais adequada. 
 
TÓPICO 2 
DIMENSÃO ÉTICA DO TRABALHO DO PROJETISTA 
 
O bom projetista é movido pelo senso de 
responsabilidade, o qual envolve os seguintes aspectos: 
 
 desejo de prosseguir até o fim, buscando levar a 
solução ao bom êxito; 
 disposição para inovar sempre; 
 companheirismo e solidariedade com os colegas por 
meio do intercâmbio de informações técnicas; 
 acompanhamento da implantação e do desempenho 
das soluções; 
 responsabilidade profissional. 
 
Atualmente, as atividades nos âmbitos técnico e da 
engenharia já estão contempladas pelo Código de Ética 
Profissional, publicado pelo sistema CONFEA e pelo CREA. 
 
 
 
11 
 
 
 
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia 
(CONFEA) é um conselho de fiscalização profissional, não sendo 
entidade de classe, na forma de autarquia pública, responsável 
pela regulamentação e julgamento final no Brasil das atividades 
profissionais relacionadas às classes que abrange: Engenharia, 
Agronomia, bacharéis em Geografia, Geologia e Meteorologia, 
possuindo mais de trezentos títulos profissionais nos níveis 
técnico e superior (tecnólogo, licenciado e bacharel), além de 
anotar também títulos de pós-graduação. 
Os Conselhos Regionais de Engenharia e 
Agronomia (CREA) são entidades pertencentes à esfera 
estadual e constituem a manifestação regional do Conselho 
Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), sendo 
responsáveis pela fiscalização do exercício das profissões da 
área tecnológica em âmbito regional. 
O CREA exerce o papel de primeira e segunda 
instância, verificando, orientando e fiscalizando o exercício 
profissional com a missão de defender a sociedade da prática 
ilegal das atividades abrangidas pelo sistema CONFEA/CREA. 
 
TÓPICO 3 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
 
Para o desempenho profissional de suas atividades, o 
projetista deve obter habilitação específica por meio de formação 
em centros educacionais especializados (universidades, 
faculdades de engenharia, centros de educação tecnológica, 
escolas técnicas, etc.) e registro no respectivo Conselho 
Profissional. 
CONFEA? CREA? 
 
 Esse texto foi 
retirado do site: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/
CONFEA 
 
 
12 
 
 
O registro profissional, no caso de cursos superiores e 
cursos técnicos da área de engenharia no CREA, confere ao 
profissional a habilitação necessária, especificando as áreas e os 
limites de suas atribuições profissionais. 
Segundo definição do próprio CREA, a sua função é 
atuar em defesa da sociedade contra os maus profissionais e não 
como associação de classe. Para a defesa dos interesses dos 
técnicos e engenheiros existem as associações e sindicatos. 
Cada projeto terá o seu registro no CREA por meio de 
uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Nesta 
ocasião, o conselho verifica se o profissional está habilitado para 
aquela especialidade, fazendo a respectiva anotação que passará 
a constar do acervo técnico do profissional; 
A ART descreve o objeto do projeto, o qual, na forma 
da legislação em vigor, estará sob responsabilidade do técnico. 
 
TÓPICO 4 
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL 
 
Os profissionais habilitados para as atividades de 
elaboração de projetos de instalação de energia são os 
engenheiros e técnicos industriais de nível médio, conforme 
atribuições definidas para cada categoria profissional. 
Para verificar as atribuições de acordo com cada 
categoria, deve-se consultar o CREA de sua região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O que significa projetar e o que o projetista deverá ter em 
mente em relação ao desenvolvimento de um projeto? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. O que é o CREA e qual a sua função? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
3. O que é necessário para que o profissional projetista esteja 
habilitado para o desempenho de sua função? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
4. Quem são os profissionais habilitados para elaboração de 
projetos de instalações elétricas? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
14 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 um projeto é a apresentação de uma solução 
proposta para solução de um determinado problema; 
 o profissional projetista deve buscar soluções com a 
disposição de inovar, buscando o intercâmbio de 
informações técnicas, não deixando de acompanhar 
a execução de seus projetos; 
 a habilitação para elaboração de projetos elétricos 
inclui a habilitação específica (curso técnico) e o 
registro no CREA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
UNIDADE 2 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 identificar as partes de um projeto de instalações 
elétricas; 
 explicar as principais normas técnicas relacionadas; 
 explicar o conceito de NR. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: PARTES DE UM PROJETO 
TÓPICO 2: SÍMBOLOS GRÁFICOS 
TÓPICO 3: NORMAS TÉCNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
TÓPICO 1 
PARTES DE UM PROJETO 
 
Na unidade 1 aprendemos o conceito de projeto. Agora 
iremos identificar no que consiste elaborar um projeto de 
instalação elétrica. Em resumo pode-se dizer que projetar uma 
instalação elétrica consiste basicamente: 
 
 quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos 
de utilização de energia elétrica; 
 dimensionar, definir o tipo e o caminho dos 
condutores e condutos; 
 dimensionar, definir o tipo e a localização dos 
dispositivos de comando, de medição de energia 
elétrica e demais acessórios. 
 
Em um projeto de instalações de edifícios de uso 
coletivo, é necessária a apresentação dos documentos que serão 
listados na sequência. 
 
 ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); 
 Carta de solicitação e aprovação à concessionária; 
 Memorial descritivo; 
 Memorial de cálculo: 
 cálculo da demanda; 
 dimensionamento dos condutores; 
 dimensionamento dos condutos; 
 dimensionamento das proteções. 
 Plantas: 
 planta de situação; 
 planta dos pavimentos. 
 Esquemas verticais (prumadas): 
 elétrica; 
17 
 
 antena coletiva; 
 porteiro eletrônico; 
 outras instalações complementares (alarme, 
segurança, iluminação de emergência, etc.). 
 Quadros: 
 quadros de distribuição de cargas; 
 diagramas multifilares (ou unifilares). 
 Detalhes: 
 entrada de serviço; 
 caixa seccionadora; 
 centros de medição; 
 para-raios; 
 caixasde passagem; 
 aterramentos; 
 especificações; 
 lista de materiais. 
 
TÓPICO 2 
SÍMBOLOS GRÁFICOS 
 
Os símbolos gráficos utilizados nos projetos são 
padronizados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), por meio das seguintes normas: 
 
 NBR-5444: Símbolos Gráficos para Instalações 
Prediais; 
 NBR-5446: Símbolos Gráficos Usados na Confecção 
de Esquemas; 
 NBR-5453: Sinais e Símbolos para Eletricidade. 
 
 
18 
 
 
TÓPICO 3 
NORMAS TÉCNICAS 
 
Para elaboração de um projeto de instalações elétricas 
é fundamental observar as normas técnicas da ABNT. Abaixo 
estão relacionadas as principais normas a serem observadas: 
 
 NBR-5410: Instalações Elétricas em Baixa Tensão; 
 NBR-14039: Instalações Elétricas em Média Tensão; 
 NBR-5419: Proteção de Estruturas contra Descargas 
Atmosféricas; 
 NBR-5413: Iluminância de Interiores; 
 Outras normas específicas aplicáveis. 
 
 
 
Além das normas técnicas da ABNT, o projetista 
deverá também estar atento as normas técnicas da 
concessionária local em que será executado o projeto. 
Existe ainda outra norma que deve ser observada. 
Trata-se da NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade. Note que agora trata-se de uma NR. 
 
 
 
Mas, será que para elaboração de um projeto de 
instalações elétricas basta observar as normas da 
ABNT? 
NR significa Norma Regulamentadora. As normas 
regulamentadoras foram instituídas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego. Seu objetivo é estabelecer 
normas de cuidados com a saúde e a segurança do 
trabalho. 
 Para saber 
mais sobre NRs acesse 
o site: 
http://guiadosindicosoroc
aba.com.br/esclarecedo-
duvidas-sobre-nr-de-
seguranca-do-trabalho 
 
19 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. No que consiste a elaboração de um projeto elétrico? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. Cite as principais normas técnicas da ABNT que devem ser 
observadas para elaboração de um projeto elétrico? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
3. A que refere-se a NR 10? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 um projeto é constituído de várias plantas e 
memoriais com o intuito de facilitar a execução das 
instalações projetadas; 
 para elaboração de um projeto elétrico deve-se 
observar as normas da ABNT relacionadas, bem 
como as normas da concessionária local e também 
a NR 10; 
 uma NR é uma Norma Regulamentadora, elaborada 
com o intuito de estabelecer normas de cuidados 
com a saúde e a segurança do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
UNIDADE 3 
PREVISÃO DE CARGAS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade será capaz de: 
 
 determinar a potência necessária para iluminação 
dos diversos ambientes de uma residência; 
 determinar a quantidade e a potência mínima 
necessária de tomadas de uso geral de uma 
residência e também de ambientes destinados a fins 
comerciais; 
 selecionar os equipamentos de uso específico para 
uma unidade com fins de habitação. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: OBJETIVO 
TÓPICO 2: PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES 
RESIDENCIAIS 
TÓPICO 3: PREVISÃO DE CARGAS PARA ÁREAS 
COMERCIAIS 
 
22 
 
 
TÓPICO 1 
OBJETIVO 
 
A previsão de cargas de uma instalação elétrica 
consiste em determinar e quantificar todos os pontos de utilização 
de energia elétrica, incluindo iluminação, tomadas e cargas 
especiais. 
As tomadas de uma instalação elétrica são divididas 
em duas categorias. As tomadas de uso geral, também 
conhecidas como TUGs e as tomadas de uso específico (TUEs). 
Uma tomada de uso geral serve para alimentação de 
equipamentos gerais, cuja corrente nominal seja inferior a 10 A. 
As tomadas de uso específico são destinadas a alimentação de 
equipamentos específicos com corrente nominal igual ou superior 
a 10 A. 
Nos tópicos a seguir veremos como desenvolver a previsão 
de cargas de uma instalação. 
 
TÓPICO 2 
PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES RESIDENCIAIS 
 
A norma brasileira NBR 5410 – Instalações Elétricas de 
Baixa Tensão prescreve algumas recomendações quanto às 
quantidades e potências mínimas dos pontos de utilização de 
energia de unidades para fins de habitação, tais como casas e 
apartamentos. 
Utilizando a NBR 5410/2004 vamos determinar os 
pontos de Iluminação de acordo com os seguintes critérios: 
 
a) as cargas de iluminação devem ser determinadas 
como resultado da aplicação da NBR 5413; 
b) para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a 
potência nominal a ser considerada deverá incluir a 
Essa unidade 
baseia-se no item 9.5.2 da 
NBR 5410:2004 
 
 
23 
 
potência das lâmpadas, as perdas e o fator de 
potência dos equipamentos auxiliares; 
c) em cada cômodo ou dependência de unidades 
residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e 
similares deve ser previsto pelo menos um ponto de 
luz fixo no teto, com potência mínima de 100 VA, 
comandado por interruptor de parede; 
d) em unidades residenciais, como alternativa, para a 
determinação das cargas de iluminação, pode ser 
adotado o seguinte critério: 
 em cômodos ou dependências com área igual ou 
inferior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima 
de 100 VA; 
 em cômodos ou dependências com área superior a 
6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 
VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para 
cada aumento de 4 m² inteiros. 
 
Observação: nas acomodações de hotéis, motéis e 
similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada 
de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por 
interruptor de parede. 
 
 
 
 
 
 considere um apartamento com as seguintes 
características: 
Os valores apurados correspondem à potência 
destinada a iluminação para efeito de 
dimensionamento dos circuitos e não 
necessariamente à potência nominal das lâmpadas. 
Com relação a quantidade e a distribuição das 
lâmpadas, fica a critério do projetista. 
 
24 
 
 
 sala: 16 m²; 
 dormitório: 12 m²; 
 banheiro: 3,5 m²; 
 cozinha: 15 m². 
 
Partindo desses dados, calcule a potência mínima necessária 
para cada cômodo. 
 
Solução: note que a sala têm 16 m² de área. De 
acordo com a NBR 5410, sabemos que nos cômodos ou 
dependências com área superior a 6 m² deve ser prevista uma 
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 
VA para cada aumento de 4 m² inteiros. Sendo assim temos: 
 
6 m² - 100 VA 
4 m² - 60 VA 
4 m² - 60 VA 
Total: 220 VA 
 
Observe que paramos em 14 m². Isto acontece porque 
não temos mais 4 m² inteiros. Sendo assim, a sala necessita de 
220 VA de iluminação. 
 
Dormitório: 12 m² 
6 m² - 100 VA 
4 m² - 60 VATotal: 160 VA 
 
Banheiro: 3,5 m² 
Até 6 m² - 100 VA 
 
Cozinha: 15 m² 
6 m² - 100 VA 
25 
 
4 m² - 60 VA 
4 m² - 60 VA 
Total: 220 VA 
 
Utilizando novamente como base a NBR 5410/2004, 
vamos determinar as quantidades e as potências mínimas de 
Tomadas de Uso Geral de acordo com os critérios: 
 
a) nas unidades residenciais e nas acomodações de 
hotéis, motéis e similares o número de tomadas de 
uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte: 
 em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao 
lavatório; 
 em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de 
serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 
uma tomada para cada 3,5 m, ou fração de 
perímetro, sendo que, acima de cada bancada 
com largura igual ou superior a 0,30 m, deve ser 
prevista pelo menos uma tomada; 
 em halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos 
e varandas, pelo menos uma tomada; 
 nos demais cômodos e dependências, se a área 
for igual ou inferior a 6 m², pelo menos uma 
tomada; se a área for superior a 6 m², pelo menos 
uma tomada para cada 5 m, ou fração de 
perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto 
possível. 
 
Observação: no caso de varandas, quando não for 
possível a instalação da tomada no próprio local, esta deverá ser 
instalada próxima ao seu acesso. 
 
26 
 
 
b) nas unidades residenciais e nas acomodações de 
hotéis, motéis e similares, às tomadas de uso geral 
devem ser atribuídas as seguintes potências: 
 em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, 
áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, 
no mínimo 600 VA por tomada, até três tomadas, 
e 100 VA, por tomada, para as excedentes, 
considerando cada um desses ambientes 
separadamente; 
 nos demais cômodos ou dependências, no 
mínimo 100 VA por tomada. 
c) em halls de escadaria, salas de manutenção e 
salas de localização de equipamentos, tais como 
casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e 
locais análogos deve ser prevista no mínimo uma 
tomada; 
d) Aos circuitos terminais que sirvam às tomadas de 
uso geral nos locais indicados na alínea c deve 
ser atribuída uma potência de no mínimo 1 000 
VA. 
 
 considere o apartamento mencionado no 
exercício anterior com as seguintes características: 
 
 sala: 16 m; 
 dormitório: 14 m; 
 banheiro: 3,5 m; 
 cozinha: 16 m. 
 
Solução: sala - no quarto ponto da alínea a, notamos 
que deve ser prevista 1 tomada para cada 5 m ou fração de 
perímetro. Sendo assim, temos: 16/5 = 3,2. Para o cálculo das 
27 
 
tomadas, a fração leva a acrescentar uma tomada. Então, 
teremos 4 tomadas de uso geral de 100 VA cada. 
 
Dormitório: 14/5 = 2,8. Total de 3 tomadas de 100 VA cada. 
 
Banheiro: no banheiro, de acordo com o primeiro ponto da alínea 
a, o mínimo é 1 tomada independente do perímetro. E de acordo 
com o primeiro ponto da alínea b, a tomada deve ser de 600 VA. 
 
Cozinha: conforme o segundo ponto da alínea a, em cozinhas 
utilizamos 1 tomada para cada 3,5 m ou fração de perímetro. 
Logo teremos: 16/3,5 = 4,6. Sendo assim, teremos 5 tomadas. 
Sendo que 3 tomadas devem ser de 600 VA cada e 2 de 100 VA 
cada. 
 
 
 
 
Fique atento! Para calcular a potência necessária de 
iluminação de um cômodo, levamos em conta a área do ambiente, 
já no cálculo da quantidade de tomadas nós utilizamos o 
perímetro. 
No início dessa unidade aprendemos que devemos 
prever também para uma instalação, as Tomadas de Uso 
Específico, ou seja, as tomadas para alimentação dos 
equipamentos com corrente nominal igual ou superior a 10 A. 
Nesses casos devemos observar os critérios a seguir: 
 
a) às tomadas de uso específico deve ser atribuída 
uma potência igual à potência nominal do 
equipamento a ser alimentado; 
Você percebeu que para determinar a potência 
de iluminação, a unidade utilizada foi m² e para 
determinar a quantidade de tomadas foi utilizada 
a unidade m? 
28 
 
 
b) quando não for conhecida a potência nominal do 
equipamento a ser alimentado, deve-se atribuir à 
tomada de corrente uma potência igual à potência 
nominal do equipamento mais potente, com 
possibilidade de ser ligado; 
c) as tomadas de uso específico devem ser instaladas, 
no máximo, a 1,5 m do local previsto para o 
equipamento a ser alimentado. 
 
A tabela 1 a seguir apresenta as potências típicas de 
alguns aparelhos eletrodomésticos utilizados: 
 
 
 
Será necessário ainda fazer a previsão das diversas 
cargas especiais que atendem aos sistemas de utilidades dos 
edifícios. Podemos citar, como exemplos, os motores para 
elevadores, as bombas para recalque d’água, as bombas para 
drenagem de águas pluviais e esgotos, as bombas para combate 
A tabela ao lado 
foi retirada do site: 
http://portal.celesc.com.br/ 
portal/atendimento/index2.php
?option=com_docman&task=
doc_view&gid=16&Itemid=10
3 
 
 
 Consulte o site: 
http://www.ipce.com.br/old/
tab_pag25.asp e conheça 
as potências típicas de 
outros aparelhos elétricos. 
 
 
29 
 
a incêndio, os sistemas de aquecimento central, etc. Em geral, 
essas cargas são de uso comum e, portanto, chamadas cargas de 
condomínio. 
A determinação da potência dessas cargas depende de 
cada caso específico e geralmente é definida pelos fornecedores 
especializados dos diversos sistemas, cabendo ao projetista 
prever a potência solicitada por eles. 
 
TÓPICO 3 
PREVISÃO DE CARGAS PARA ÁREAS COMERCIAIS 
 
O cálculo da iluminação para essas áreas pode ser feito 
de acordo com as prescrições estabelecidas na NBR 5413 – 
Iluminância de Interiores, que define os critérios a serem 
seguidos, especificando o nível de iluminamento de acordo com a 
utilização do recinto. Esse assunto será abordado no componente 
curricular Projetos Elétricos II. 
Para a previsão de tomadas de uso geral em áreas 
comerciais e de escritórios, podemos adotar o seguinte critério: 
 
 escritórios comerciais (ou análogos) com área igual 
ou inferior a 40 m2: 1 tomada para cada 3 m ou 
fração de perímetro; ou 1 tomada para cada 4 m2 ou 
fração de área (adotar o que conduzir ao maior 
número); 
 escritórios comerciais (ou análogos) com área 
superior a 40 m2: 10 tomadas para os primeiros 40 
m2 e 1 tomada para cada 10 m2 ou fração, de área 
restante; 
 em lojas: 1 tomada para cada 30 m2, ou fração de 
área, não computadas as tomadas destinadas a 
vitrines e à demonstração de aparelhos; 
 a potência das tomadas de uso geral em escritórios 
e lojas será de 200 VA. 
30 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Abaixo estão relacionadas as características de uma residência 
uni familiar qualquer. Tendo como referência essas 
características, responda as questões que as seguem: 
 
 dormitório 1: 4 m x 4 m; 
 dormitório 2: 5 m x 4 m; 
 dormitório 3: 5 m x 3,5 m; 
 banheiro 1: 2,5 m x 2,0 m; 
 banheiro 2: 2,5 m x 2,0 m; 
 sala de estar: 5 m x 4 m; 
 cozinha: 4 m x 4 m; 
 lavanderia: 3 m x 2 m. 
 
a. Qual a potência mínima necessária para iluminação dessa 
residência? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
b. Qual a potência mínima necessária para TUGs dessa 
residência? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
31 
 
 CHECK LIST 
 
Nessaunidade você pôde aprender: 
 
 a norma brasileira, NBR 5410, estabelece as 
condições mínimas para que seja feita a previsão de 
cargas de unidades destinadas à habitação; 
 por intermédio da área do ambiente podemos 
determinar a potência mínima de iluminação 
necessária; 
 podemos determinar a quantidade de tomadas de 
uso geral de um ambiente por meio de seu 
perímetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
UNIDADE 4 
DEMANDA DE ENERGIA 
 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 calcular a demanda de energia de unidades 
residenciais individuais; 
 calcular a demanda de unidades comerciais; 
 calcular a demanda de edifícios de uso coletivo. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
TÓPICO 3: DEMANDA DE RESIDÊNCIAS INDIVIDUAIS 
TÓPICO 4: DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO 
COLETIVO 
TÓPICO 5: DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO 
COLETIVO COM UNIDADES RESIDENCIAIS E 
COMERCIAIS 
 
 
33 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
Ao observar o funcionamento de uma instalação elétrica 
residencial, comercial ou industrial, pode-se constatar que a 
potência elétrica consumida é variável a cada instante. Isso ocorre 
porque nem todas as cargas instaladas estão todas em 
funcionamento simultâneo. A potência total solicitada pela 
instalação da rede a cada instante será, portanto, função das 
cargas em operação e da potência elétrica absorvida por cada 
uma delas a cada instante. Por isso, para realizar o 
dimensionamento dos condutores elétricos que alimentam os 
quadros de distribuição, os quadros terminais e seus respectivos 
dispositivos de proteção não seria razoável, nem técnica, nem 
economicamente a consideração da demanda como sendo a 
soma de todas as potências instaladas. 
 
 
 
Entenderemos o conceito de demanda no tópico a 
seguir. 
 
TÓPICO 2 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
 Antes de iniciar nossos estudos sobre o cálculo de 
demanda de uma unidade, é importante conhecer alguns 
conceitos relacionados que devem ser compreendidos. São eles: 
 
Mais o que é demanda? 
Essa unidade 
baseia-se no livro: 
Instalações Elétricas Prediais 
– Domingos Leite Lima Filho. 
 
 
34 
 
 
 carga ou potência instalada: é a soma de todas as 
potências nominais de todos os aparelhos elétricos 
pertencentes a uma instalação ou sistema; 
 demanda: é a potência elétrica realmente absorvida 
em um determinado instante por um aparelho ou por 
um sistema; 
 demanda média de um consumidor ou sistema: é 
a potência elétrica média absorvida durante um 
intervalo de tempo determinado (15 minutos, 30 
minutos); 
 demanda máxima de um consumidor ou sistema: 
é a maior de todas as demandas ocorridas em um 
período de tempo determinado; representa a maior 
média de todas as demandas verificadas em um 
dado período (1 dia, 1 semana, 1 mês, 1 ano); 
 potência de alimentação, potência de demanda 
ou provável demanda: é a demanda máxima da 
instalação. Este é o valor que será utilizado para o 
dimensionamento dos condutores alimentadores e 
dos respectivos dispositivos de proteção; será 
utilizado também para classificar o tipo de 
consumidor e seu padrão de atendimento pela 
concessionária local; 
 fator de demanda: é a razão entre a demanda 
máxima e a potência instalada: 
 
𝑭𝑫 = 
𝑫𝒎á𝒙
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕
 
 
TÓPICO 3 
DEMANDA DE RESIDÊNCIAS INDIVIDUAIS 
 
Para o cálculo da demanda de residências individuais 
(casas e apartamentos), aplicam-se os valores da tabela 1, 
35 
 
usados para a determinação do fator de demanda de cargas de 
iluminação e tomadas de uso geral. Dessa forma, a provável 
demanda para esses tipos de consumidores pode ser calculada 
pela expressão: 
 
𝑷𝑫 = ( 𝑷𝟏 ∗ 𝒈) + 𝑷𝟐 
 
Sendo: 
 
PD: provável demanda; 
g: fator de demanda (conforme tabela 2); 
P1: soma das potências nominais atribuídas à 
iluminação e tomadas de uso geral; 
P2: soma das potências nominais atribuídas às 
tomadas de uso específico. 
 
A tabela 2, abaixo, estabelece os valores de fator de 
demanda (g) para potência de alimentação de residências 
individuais: 
 
Potência de Iluminação e 
Tomadas de Uso Geral 
P1 (kW) 
Fator de Demanda (g) 
0 < P1 ≤ 1 0,88 
1 < P1 ≤ 2 0,75 
2 < P1 ≤ 3 0,66 
3 < P1 ≤ 4 0,59 
4 < P1 ≤ 5 0,52 
5 < P1 ≤ 6 0,45 
6 < P1 ≤ 7 0,4 
7 < P1 ≤ 8 0,35 
8 < P1 ≤ 9 0,31 
9 < P1 ≤ 10 0,27 
10 < P1 0,24 
 
 
A tabela ao lado 
foi retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Teoria & 
Prática – Severino Cervelin e 
Geraldo Cavalin. 
 
 
36 
 
 
 calcular a provável demanda para um 
apartamento que tenha as seguintes cargas instaladas: 
 
 iluminação: 1900 VA; 
 tomada de uso geral: 4200 VA; 
 tomadas de uso específico: 15000 W; 
 vamos considerar o fator de potência (cos φ = 1). 
 
Solução: 
P1 = Ilum + TUG 
P1 = 1900 + 4200 
P1 = 6100 VA = 6,1 kVA 
P1 = 6,1 kW 
Com P1 = 6,1 kW, na tabela 2, temos g = 0,4 
 
P2 = 15000 W ou 15 kW = 15 kVA 
𝑷𝑫 = ( 𝟔, 𝟏 ∗ 𝟎, 𝟒) + 𝟏𝟓 
𝑷𝑫 = 𝟏𝟕, 𝟒𝟒 𝒌𝑽𝑨 
 
 
A demanda deve sempre ser expressa em VA ou kVA 
(potência absorvida da rede). Devemos estar atentos aos fatores 
de potência das cargas, observando a relação entre a potência 
aparente (VA) e a potência ativa (W). Note a figura 1 a seguir: 
 
No exemplo anterior, a potência instalada é de 
21100 VA = 21,1 kVA, enquanto a Provável 
Demanda é de 17,44 kVA. 
 
37 
 
 
 
Da figura acima podemos escrever as seguintes 
relações: 
 
𝐜𝐨𝐬 𝜽 = 
𝑷
𝑺
 
 
𝑺 = 
𝑷
𝐜𝐨𝐬 𝜽
 
 
𝑺𝟐 = 𝑷𝟐 + 𝑸𝟐 
 
Sendo: 
 
S: Potência Aparente, em VA ou kVA; 
P: Potência Ativa, em W ou kW; 
Q: Potência Reativa, em VAR ou kVAr; 
Cos θ: Fator de Potência. 
 
 
 
 
 
A figura ao lado 
foi retirada do site: 
http://concursosengenhariaele
trica.blogspot.com.br/2011/12/
triangulo-de-potencias.html 
. 
 
 
Nas instalações de residências e 
apartamentos encontramos um grande número 
de cargas resistivas. Nesses casos, podemos 
considerar W = VA, pois o fator de potência é 
próximo da unidade. 
38 
 
 
TÓPICO 4 
DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO 
 
A demanda total do edifício será determinada pela 
aplicação de um fator de segurança (1,20) à soma da demanda 
correspondente aos apartamentos com a demanda 
correspondente ao condomínio, conforme a equação a seguir: 
 
𝑫𝒆𝒅𝒊𝒇 = 𝟏, 𝟐𝟎 (𝑫𝒂𝒑𝒕𝒐𝒔 + 𝑫𝒄𝒐𝒏𝒅𝒐𝒎) 
 
Sendo: 
 
 Dedif: demanda total do edifício; 
 Daptos: demanda correspondente aos apartamentos; 
 Dcondom: demanda correspondente ao condomínio. 
 
Demanda dos Apartamentos 
 
A demanda correspondente aos apartamentos é feita 
pelo produto do fator para diversificação de carga em função do 
número de apartamentos (tabela 4), pelo valor da demanda do 
apartamento em função da área (tabela 3), conforme a equação a 
seguir: 
Daptos = F1 * F2 
 
Sendo: 
 
F1: fator de diversidade, obtido da tabela 4; 
F2: demanda, em função da área, obtida da tabela 3. 
 
Tabela 3 - demanda de apartamentos residenciais 
(kVA) em função da área útil: 
 
A tabela abaixo foi 
retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Teoria & 
Prática – Severino Cervelin e 
Geraldo Cavalin 
 
.39 
 
Área kVA Área kVA Área kVA Área kVA Área kVA Área kVA Área kVA Área kVA 
m² m² m² m² m² m² m² m² 
 51 1,18 101 2,17 151 3,12 201 4,03 251 4,91 301 5,78 351 6,63 
 52 1,20 102 2,19 152 3,13 202 4,04 252 4,93 302 5,80 352 6,65 
 53 1,22 103 2,21 153 3,15 203 4,06 253 4,95 303 5,81 353 6,66 
 
 54 1,24 104 2,23 154 3,17 204 4,08 254 4,96 304 5,83 354 6,68 
 55 1,26 105 2,25 155 3,19 205 4,10 255 4,98 305 8,85 355 6,70 
 56 1,28 106 2,27 156 3,21 206 4,12 256 5,00 306 5,86 356 6,72 
 57 1,30 107 2,29 157 3,23 207 4,13 257 5,02 307 5,88 357 6,73 
 58 1,32 108 2,31 158 3,25 208 4,15 258 5,03 308 5,90 358 6,75 
 59 1,34 109 2,33 159 3,26 209 4,17 259 5,05 309 5,92 359 6,77 
 
 60 1,36 110 2,35 160 3,28 210 4,19 260 5,07 310 5,93 360 6,78 
 61 1,38 111 2,37 161 3,30 211 4,20 261 5,09 311 5,95 361 6,80 
 62 1,40 112 2,39 162 3,32 212 4,22 262 5,10 312 5,97 362 6,82 
 63 1,43 113 2,40 163 3,34 213 4,24 263 5,12 313 5,98 363 6,83 
 64 1,45 114 2,42 164 3,36 214 4,26 264 5,14 314 6,00 364 6,85 
 65 1,47 115 2,44 165 3,37 215 4,28 265 5,16 315 6,02 365 6,87 
 66 1,49 116 2,46 166 3,39 216 4,29 266 5,17 316 6,04 366 6,88 
 67 1,51 117 2,48 167 3,41 217 4,31 267 5,19 317 6,05 367 6,90 
 68 1,53 118 2,50 168 3,43 218 4,33 268 5,21 318 6,07 368 6,92 
 69 1,55 119 2,52 169 3,45 219 4,35 269 5,23 319 6,09 369 6,93 
20 1,00 70 1,57 120 2,54 170 3,47 220 4,36 270 5,24 320 6,10 370 6,95 
21 1,00 71 1,59 121 2,56 171 3,48 221 4,38 271 5,26 321 6,12 371 6,97 
22 1,00 72 1,61 122 2,57 172 3,50 222 4,40 272 5,28 322 6,14 372 6,98 
23 1,00 73 1,63 123 2,59 173 3,52 223 4,42 273 5,29 323 6,16 373 7,00 
24 1,00 74 1,65 124 2,61 174 3,54 224 4,44 274 5,31 324 6,17 374 7,02 
25 1,00 75 1,67 125 2,63 175 3,56 225 4,45 275 5,33 325 6,19 375 7,03 
26 1,00 76 1,69 126 2,65 176 3,57 226 4,47 276 5,35 326 6,21 376 7,05 
27 1,00 77 1,71 127 2,67 177 3,59 227 4,49 277 5,36 327 6,22 377 7,07 
28 1,00 78 1,73 128 2,69 178 3,61 228 4,51 278 5,38 328 6,24 378 7,09 
29 1,00 79 1,75 129 2,71 179 3,63 229 4,52 279 5,40 329 6,26 379 7,10 
30 1,00 80 1,76 130 2,73 180 3,65 230 4,54 280 5,42 330 6,27 380 7,12 
31 1,00 81 1,78 131 2,74 181 3,67 231 4,56 281 5,43 331 6,29 381 7,14 
32 1,00 82 1,80 132 2,76 182 3,68 232 4,58 282 5,45 332 6,31 382 7,15 
33 1,00 83 1,82 133 2,78 183 3,70 233 4,59 283 5,47 333 6,33 383 7,17 
34 1,00 84 1,84 134 2,80 184 3,72 234 4,61 284 5,49 334 6,34 384 7,19 
35 1,00 85 1,86 135 2,82 185 3,74 235 4,63 285 5,50 335 6,36 385 7,20 
36 1,00 86 1,88 136 2,84 186 3,76 236 4,65 286 5,52 336 6,38 386 7,22 
37 1,00 87 1,90 137 2,86 187 3,77 237 4,67 287 5,54 337 6,39 387 7,24 
38 1,00 88 1,92 138 2,88 188 3,79 238 4,68 288 5,55 338 6,41 388 7,25 
39 1,00 89 1,94 139 2,89 189 3,81 239 4,70 289 5,57 339 6,43 389 7,27 
40 1,00 90 1,96 140 2,91 190 3,83 240 4,72 290 5,59 340 6,44 390 7,29 
41 1,00 91 1,98 141 2,93 191 3,85 241 4,74 291 5,61 341 6,46 391 7,30 
42 1,00 92 2,00 142 2,95 192 3,86 242 4,75 292 5,62 342 6,48 392 7,32 
43 1,01 93 2,02 143 2,97 193 3,88 243 4,77 293 5,64 343 6,50 393 7,34 
40 
 
 
 
 
Tabela 4: fatores de diversidade em função do número 
de apartamentos residenciais da edificação: 
 
Nº F. Nº F. Nº F. Nº F. Nº F. Nº F. 
apto div apto div apto div apto div apto div apto div 
1 1,00 51 35,90 101 63,59 151 74,74 201 80,89 251 82,73 
2 1,96 52 36,46 102 63,84 152 74,89 202 80,94 252 82,74 
3 2,92 53 37,02 103 64,09 153 75,04 203 80,99 253 82,75 
4 3,88 54 37,58 104 64,34 154 75,19 204 81,04 254 82,76 
5 4,84 55 38,14 105 64,59 155 75,34 205 81,09 255 82,77 
6 5,80 56 38,70 106 64,84 156 75,49 206 81,14 256 82,78 
7 6,76 57 39,26 107 65,09 157 75,64 207 81,19 257 82,79 
8 7,72 58 39,82 108 65,34 158 75,79 208 81,24 258 82,80 
9 8,68 59 40,38 109 65,59 159 75,94 209 81,29 259 82,81 
10 9,64 60 40,94 110 65,84 160 76,09 210 81,34 260 82,82 
11 10,42 61 41,50 111 66,09 161 76,24 211 81,39 261 82,83 
12 11,20 62 42,06 112 66,34 162 76,39 212 81,44 262 82,84 
 
13 11,98 63 42,62 113 66,59 163 76,54 213 81,49 263 82,85 
14 12,76 64 43,18 114 66,84 164 76,69 214 81,54 264 82,86 
15 13,54 65 43,74 115 67,09 165 76,84 215 81,59 265 82,87 
16 14,32 66 44,30 116 67,34 166 76,99 216 81,64 266 82,88 
17 15,10 67 44,86 117 67,59 167 77,14 217 81,69 267 82,89 
18 15,88 68 45,42 118 67,84 168 77,29 218 81,74 268 82,90 
19 16,66 69 45,98 119 68,09 169 77,44 219 81,79 269 82,91 
20 17,44 70 46,54 120 68,34 170 77,59 220 81,84 270 82,92 
21 18,04 71 47,10 121 68,59 171 77,74 221 81,89 271 82,93 
22 18,65 72 47,66 122 68,84 172 77,89 222 81,94 272 82,94 
23 19,25 73 48,22 123 69,09 173 78,04 223 81,99 273 82,95 
24 19,86 74 48,78 124 69,34 174 78,19 224 82,04 274 82,96 
25 20,46 75 49,34 125 69,59 175 78,34 225 82,09 275 82,97 
26 21,06 76 49,90 126 69,79 176 78,44 226 82,12 276 83,00 
27 21,67 77 50,46 127 69,99 177 78,54 227 82,14 277 83,00 
28 22,27 78 51,02 128 70,19 178 78,64 228 82,17 278 83,00 
44 1,03 94 2,04 144 2,99 194 3,90 244 4,79 294 5,66 344 6,51 394 7,35 
45 1,05 95 2,06 145 3,01 195 3,92 245 4,81 295 5,68 345 6,53 395 7,37 
46 1,08 96 2,08 146 3,02 196 3,94 246 4,82 296 5,69 346 6,55 396 7,39 
47 1,10 97 2,10 147 3,04 197 3,95 247 4,84 297 5,71 347 6,56 397 7,40 
48 1,12 98 2,12 148 3,06 198 3,97 248 4,86 298 5,73 348 6,58 398 7,42 
49 1,14 99 2,14 149 3,08 199 3,99 249 4,88 299 5,74 349 6,60 399 7,44 
50 1,16 100 2,16 150 3,10 200 4,01 250 4,89 300 5,76 350 6,61 400 7,45 
A tabela ao ladofoi 
retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Teoria & 
Prática – Severino Cervelin e 
Geraldo Cavalin 
 
. 
 
 
41 
 
29 22,88 79 51,58 129 70,39 179 78,74 229 82,19 279 83,00 
30 23,48 80 52,14 130 70,59 180 78,84 230 82,22 280 83,00 
31 24,08 81 52,70 131 70,79 181 78,94 231 82,24 281 83,00 
32 24,69 82 53,26 132 70,99 182 79,04 232 82,27 282 83,00 
33 25,29 83 53,82 133 71,19 183 79,14 233 82,29 283 83,00 
34 25,90 84 54,38 134 71,39 184 79,24 234 82,32 284 83,00 
35 26,50 85 54,94 135 71,59 185 79,34 235 82,34 285 83,00 
36 27,10 86 55,50 136 71,79 186 79,44 236 82,37 286 83,00 
37 27,71 87 56,06 137 71,99 187 79,54 237 82,39 287 83,00 
38 28,31 88 56,62 138 72,19 188 79,64 238 82,42 288 83,00 
39 28,92 89 57,18 139 72,39 189 79,74 239 82,44 289 83,00 
40 29,52 90 57,74 140 72,59 190 79,84 240 82,47 290 83,00 
41 30,12 91 58,30 141 72,79 191 79,94 241 82,49 291 83,00 
42 30,73 92 58,86 142 72,99 192 80,04 242 82,52 292 83,00 
43 31,33 93 59,42 143 73,19 193 80,14 243 82,54 293 83,00 
44 31,94 94 59,98 144 73,39 194 80,24 244 82,57 294 83,00 
45 32,54 95 60,54 145 73,59 195 80,34 245 82,59 295 83,00 
46 33,10 96 61,10 146 73,79 196 80,44 246 82,62 296 83,00 
47 33,66 97 61,66 147 73,99 197 80,54 247 82,64 297 83,00 
48 34,22 98 62,22 148 74,19 198 80,64 248 82,67 298 83,00 
49 34,78 99 62,78 149 74,39 199 80,74 249 82,69 299 83,00 
50 35,34 100 63,34 150 74,59 200 80,84 250 82,72 300 83,00 
 
Demanda do Condomínio 
 
A demanda do condomínio correspondente à soma das 
demandas das cargas de iluminação, de tomadas e de motores 
instalados nas áreas do respectivo condomínio. Aplicam-se a elas 
os seguintes critérios: 
 
 cargas de iluminação: 100% para os primeiros 10 
kW e 25% ao excedente; 
 cargas de tomadas: 20% da carga total; 
 motores: aplicam-se as tabelas 5 e 6 para cada tipo 
e quantidade de motor existente na instalação. 
 
Devem ser considerados os respectivos fatores de 
potência das cargas. 
42 
 
 
A demanda correspondente ao condomínio pode ser 
calculada, conforme a seguinte equação: 
 
Dcondom = I1 + 0,25 . I2 + 0,20 . T + M 
 
Sendo: 
 
Dcondom: demanda correspondenteao condomínio; 
I1: parcela da carga de iluminação do condomínio até 
10 kW; 
I2: parcela da carga de iluminação do condomínio 
acima de 10 kW; 
T: carga total de tomadas do condomínio; 
M: carga total de motores do condomínio, conforme 
tabelas 5 e 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Tabela 5 - demanda de motores trifásicos (kVA) em 
função da quantidade de motores existentes na edificação de 
apartamentos residenciais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tabela ao ladoo 
foi retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Domingos 
Leite Lima Filho. 
. 
 
 
44 
 
 
Tabela 6 - demanda de motores monofásicos (kVA) em 
função da quantidade de motores existentes na edificação de 
apartamentos residenciais: 
 
 
 
Demanda Individual de Unidades Consumidoras não 
Residenciais 
 
A demanda individual de unidades consumidoras não 
residenciais (lojas, escritórios, escolas, etc.) deve ser calculada 
conforme os fatores de demanda especificados nas tabelas 7, 8 e 
9, mostradas a seguir. Para o cálculo da demanda de motores 
dessas instalações utilizaremos as tabelas 5 e 6. 
 
 
 
 
 
A tabela ao lado 
foi retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Domingos 
Leite Lima Filho 
. 
 
 
45 
 
Tabela 7 - fatores de demanda para iluminação e 
tomadas de uso geral de unidades consumidoras não 
residenciais: 
 
DESCRIÇÃO FATOR DE DEMANDA (%) 
Auditórios, Cinemas e Semelhantes 100 
Bancos, Lojas e Semelhantes 100 
Barbearias, Salões de Beleza e 
Semelhantes 
100 
Clubes e Semelhantes 100 
Escolas e Semelhantes 
100 para os primeiros 12 kVA 
50 para o que exceder de 12 kVA 
Escritórios e Salas Comerciais 
100 para os primeiros 20 kVA 
70 para o que exceder de 20 kVA 
Garagens comerciais 100 
Clínicas e Hospitais 
40 para os primeiros 50 kVA 
20 para o que exceder de 50 kVA 
Igrejas e Templos 100 
Restaurante, Bar e Semelhantes 100 
Áreas comuns e Condominios 
100 para os primeiros 10 kVA 
25 para o que exceder de 10 kVA 
 
Tabela 8 - fatores de demanda para condicionadores 
de ar tipo janela em unidades consumidoras não residenciais: 
 
Número de Aparelhos Fator de Demanda (%) 
1 a 10 100 
11 a 20 86 
21 a 30 80 
31 a 40 78 
41 a 50 75 
51 a 75 70 
76 a 100 65 
Acima de 100 60 
 
 
Nota: quando se tratar de unidade central de 
condicionamento de ar, deve-se tomar o fator de demanda igual a 
100%. 
 
 
 
As tabelas desta 
página foram retiradas de: 
Instalações Elétricas Prediais 
– Domingos Leite Lima Filho. 
. 
 
 
46 
 
 
Tabela 9 - fatores de demanda para aparelhos 
eletrodomésticos e de aquecimento em unidades consumidoras 
não residenciais: 
 
 
Número 
de Fator de 
Número 
de Fator de 
Número 
de Fator de 
Aparelhos 
Demanda 
(%) Aparelhos 
Demanda 
(%) Aparelhos 
Demanda 
(%) 
1 100 11 49 21 39 
2 92 12 48 22 39 
3 84 13 46 23 39 
4 76 14 45 24 38 
5 70 15 44 25 38 
6 65 16 43 26 a 30 37 
7 60 17 42 31 a 40 36 
8 57 18 41 41 a 50 35 
9 54 19 40 61 a 60 34 
10 
52 20 40 
61 ou 
mais 33 
 
Notas: 
 
1. diversificar a demanda por tipo de aparelho; 
2. considerar kW = kVA (fator de potência unitário). 
 
 calcule a demanda de uma loja que contém as 
seguintes cargas: 
 
 iluminação: 2200 VA; 
 tomadas de uso geral: 3600 VA; 
 tomadas de uso específico; 
 01 chuveiro de 5000 W; 
 02 aparelhos de ar condicionado: 2000 W cada. 
 
 
 
A tabela ao lado 
foi retirada de: Instalações 
Elétricas Prediais – Domingos 
Leite Lima Filho 
. 
 
 
47 
 
Solução: 
 
PD = D1 + D2 + D3 
D1 = Demanda de Iluminação e TUG (ver tabela 7) 
D2 = Demanda de Condicionadores de Ar (ver tabela 8) 
D3 = Demanda de aparelhos de aquecimento (ver tabela 9) 
 
D1 = 100% * (2200 + 3600) = 5800 VA = 5,8 kVA 
D2 = 100 % * (2 * 2000) = 4000 VA = 4 kVA 
D3 = 100 % * (5000) = 5000 VA = 5 kVA 
 
PD = 5,8 + 4 + 5 = 14,8 kVA 
 
TÓPICO 5 
DEMANDA TOTAL PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO COM 
UNIDADES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS 
 
Alguns edifícios de uso coletivo, além das unidades 
residenciais, possuem unidades comerciais. Nesses casos, a 
demanda total pode ser calculada aplicando-se a fórmula: 
 
𝑫𝒆𝒅𝒊𝒇 = 𝟏, 𝟐𝟎 (𝑫𝒂𝒑𝒕𝒐𝒔 + 𝑫𝒄𝒐𝒏𝒅𝒐𝒎 + 𝑫𝒖𝒏. 𝒄𝒐𝒎𝒆𝒓) 
 
 considere um edifício de uso coletivo, com 
apartamentos, áreas comuns e, no pavimento térreo, uma 
cafeteria cujas cargas serão descritas a seguir. 
 
 Áreas e Consumidores: 
 área útil do apartamento: 100 m²; 
 quantidade de apartamentos: 24. 
 Cargas: 
 apartamento: 
 iluminação: 1200 VA; 
48 
 
 
 tomadas de uso geral: 5800 VA; 
 1 chuveiro: 6500 W cada; 
 1 ap. de ar condicionado: 2000 W; 
 1 torneira elétrica: 3700 W. 
 condomínio: 
 iluminação (cos Φ 0,85): 8000 W; 
 tomadas de uso geral (cos Φ 0,75): 6000 W; 
 1 chuveiro: 5400 W cada; 
 1 portão automático de 2 CV – trifásico; 
 1 bomba para piscina de 2 CV – trifásica; 
 2 elevadores de 7,5 CV – trifásicos; 
 2 bombas de recalque de 5 CV – trifásicas – 1 
reserva; 
 1 bomba de combate a incêndio de 2 CV – 
trifásica. 
 cafeteria: 
 
Quat. Descrição 
Potência (VA) 
Unitária Total 
20 Lâmpada incandescente 100 2000 
02 Chuveiro Elétrico 5400 10800 
02 Torneira Elétrica 3700 7400 
03 Cafeteira 1000 3000 
04 Espremedor de Frutas 200 800 
02 
Condicionador de Ar (18000 
BTU/h) 
2600 5200 
02 Exaustor 200 400 
04 Freezer Vertical 400 1600 
02 Geladeira 250 500 
02 Grill 1200 2400 
02 Máquina de Lavar Louça 1500 3000 
04 Liquidificador 150 500 
 CARGA TOTAL INSTALADA 37700 
 
 
Calcule: 
 
a) A demanda de cada apartamento. 
b) A demanda do Condomínio. 
49 
 
c) A demanda da Cafeteria. 
d) A demanda Total do Edifício. 
 
Solução: 
 
a) calculando a demanda individual de cada 
apartamento: 
 
PD = (7 * 0,4) + 12,2 = 15 kVA 
 
g = 0,4 de acordo com a tabela 2 
 
b) calculando a demanda do condomínio: 
 
I1 = 8/0,85 = 9,41 kVA 
I2 = 0 
T = (6/0,75) + 5,4 = 13,4 kVA 
M = 2,7 + 2,7 + 12,98 + 6,02 + 2,7 = 27,1 kVA (ver tabela 5) 
 
Dcond = 9,41 + (0,2 x 13,4) + 27,1 = 39,19 kVA 
 
c) calculando a demanda da cafeteria: 
 
D1 = 100% x 2000 = 1 x 2000 = 2 kVA (ver tabela 7) 
D2 = 100% x 5200 = 1 x 5200 = 5,2 kVA (ver tabela 8) 
D3 = (0,92 x 10800) + (0,92 x 7400) + (0,84 x 3000) + (0,76 x 800) 
+ (0,92 x 400) + (0,76 x 1600) + (0,92 x 500) + (0,92 x 2400) + 
(0,92 x 3000) + (0,76 x 600) = 27340 VA = 27,34 kVA (ver tabela 
9) 
 
Dcafeteria = 2 + 5,2 + 27,34 = 34,54 kVA 
 
d) calculando a demanda total do edifício: 
 
50 
 
 
Dedifício = 1,20 x (Daptos + Dcond + Dcafeteria) 
Daptos = F1 x F2 = 2,16 x 19,86 = 42,9 kVA (ver tabelas 3 e 4 
Dedifício = 1,20 x (42,9 + 39,19 + 34,54) = 139,96 kVA 
 
 
 
51 
 
 EXERCÍCIO 
 
1. Considere um edifício de uso coletivo contendo as cargas 
descritas a seguir e então calcule: 
 
a) a demanda individual de um apartamento. 
b) a demanda do condomínio. 
c) a demanda de cada loja. 
d) a demanda total do edifício. 
 
 Áreas e consumidores: 
 área útil do apartamento: 108 m²; 
 quantidade de apartamentos: 40. 
 Cargas: 
 Apartamento: 
 iluminação: 3200 VA; 
 tomadas de uso geral: 8600 VA; 
 2 chuveiros: 5400 W cada; 
 1 toneira: 3700 W; 
 1 ap. de ar condicionado: 1650 VA; 
 1 máquina de lavar louça (cos Φ 0,85): 2500 W; 1 máquina de lavar roupa (cos Φ 0,85): 1000 
W. 
 Condomínio: 
 iluminação (cos Φ 0,95): 16000 W; 
 tomadas de uso geral: 7000 VA; 
 2 chuveiros: 5400 W cada; 
 1 portão automático de 2 CV – trifásico; 
 2 bombas para piscina de 2 CV – trifásicas; 
 2 elevadores de 10 CV – trifásicos; 
52 
 
 
 2 bombas de recalque de 5 CV – trifásicas – 1 
reserva; 
 2 bombas de 1 CV – trifásicas – 1 reserva; 
 1 bomba de combate a incêndio de 2 CV – 
trifásica. 
 Lojas: 
 número de lojas: 12; 
 cargas de cada loja: 
o iluminação: 2400 VA; 
o tomadas de uso geral: 3800 VA; 
o 1 chuveiro: 3500 W; 
o 2 aparelhos de ar condicionado: 1650 VA cada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 a carga ou potência instalada de uma unidade 
consumidora é a soma das potências nominais de 
todos os aparelhos elétricos pertencentes a uma 
instalação ou sistema e a demanda é a potência 
elétrica realmente absorvida em um determinado 
instante por um aparelho ou por um sistema; 
 o cálculo da demanda é utilizado para o 
dimensionamento dos componentes da entrada de 
energia de uma instalação. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
UNIDADE 5 
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar como são locados os pontos elétricos em 
planta; 
 identificar os setores de uma instalação elétrica; 
 explicar como é feita a divisão da instalação elétrica 
em circuitos terminais; 
 representar as tubulações e fiação em planta. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em sete tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: LOCAÇÃO DOS PONTOS 
TÓPICO 2: SETORES DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
TÓPICO 3: QUADROS ELÉTRICOS 
TÓPICO 4: DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS 
TERMINAIS 
TÓPICO 5: TUBULAÇÕES E FIAÇÃO 
TÓPICO 6: PRUMADA ELÉTRICA 
TÓPICO 7: DIAGRAMAS UNIFILARES 
 
55 
 
TÓPICO 1 
LOCAÇÃO DOS PONTOS 
 
Ao fazer a locação dos pontos em planta, o projetista 
deve estar atento a algumas recomendações, destacando-se: 
 
 distribuir uniformemente os pontos de iluminação 
geral e prever pontos de iluminação para destaques 
específicos; 
 distribuir uniformemente as tomadas de uso geral; 
 prever a localização de tomadas sobre as eventuais 
bancadas existentes em copas, cozinhas, áreas de 
serviço e banheiros; 
 prever a localização de tomadas de uso específico a 
no máximo 1,50 m dos aparelhos de utilização; 
 localizar de forma apropriada os comandos dos 
pontos de iluminação, prevendo interruptores que se 
fizerem necessário. 
 
TÓPICO 2 
SETORES DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
 
As instalações elétricas em geral podem ser divididas 
em setores, os quais serão descritos na sequência. 
 
 Circuito Elétrico: são equipamentos e condutores 
ligados a um mesmo dispositivo de proteção; 
 Dispositivo de Proteção: dispositivo elétrico que 
atua automaticamente quando o circuito elétrico ao 
qual está conectado é submetido a condições 
anormais: alta temperatura, curto-circuito; 
 Quadro de Distribuição: componente fundamental 
da instalação elétrica, pois recebe o ramal de 
alimentação que vem do centro de medição, contém 
Essa unidade 
baseia-se no livro: Instalações 
Elétricas Prediais – Domingos 
Leite Lima Filho. 
. 
 
 
56 
 
 
os dispositivos de proteção e distribui os circuitos 
terminais para as cargas; 
 Circuitos Terminais: alimentam diretamente os 
equipamentos de utilização (lâmpadas, motores, 
aparelhos elétricos) e ou TUGs e TUEs. Os circuitos 
terminais partem dos quadros terminais ou dos 
quadros de distribuição (alimentadores); 
 Circuitos Alimentadores: Alimentam os quadros 
terminais e/ou de distribuição, partindo da rede 
pública, de um transformador ou de um gerador. 
 
TÓPICO 3 
QUADROS ELÉTRICOS 
 
Os quadros terminais e de distribuição deverão ser 
localizados próximos ao centro de carga da instalação. O centro 
de carga é o ponto ou a região em que se concentram as maiores 
potências. 
Os quadros terminais de residências (casas e 
apartamentos) devem estar localizados: 
 
 próximo ao centro de carga; 
 em ambiente de serviço ou circulação; 
 em local de fácil acesso; 
 em local visível e seguro. 
 
Em condomínios deverá haver tantos quadros terminais 
quantos forem os sistemas de utilidades do prédio (iluminação, 
elevadores, bombas, etc.). 
Os quadros terminais devem estar localizados nas 
proximidades de suas cargas. 
 
 
57 
 
TÓPICO 4 
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS 
 
A instalação elétrica de uma residência deverá ser 
dividida em circuitos terminais. Esta divisão traz muitos 
benefícios, dentre eles podemos citar: 
 
 facilidade de operação e manutenção; 
 redução da interferência entre pontos de utilização e 
limitação das consequências de uma falha; 
 redução nas quedas de tensão e da corrente 
nominal (dimensionamento de condutores e 
dispositivos de proteção de menor seção e 
capacidade nominal); 
 facilidade de enfiação em obra e ligação dos fios aos 
terminais de equipamentos, interruptores, tomadas, 
etc. 
 
A divisão da instalação pode ser feita de acordo com as 
seguintes recomendações: 
 
 toda instalação deve ser dividida em circuitos, de 
forma que estes podem ser seccionados 
individualmente, sem risco de realimentação 
inadvertida por meio de outro circuito; 
 os circuitos terminais devem ser individualizados 
pela função dos equipamentos de utilização que 
alimentam. Em particular devem ser previstos 
circuitos distintos para iluminação e tomadas de 
corrente; 
 devem ser previstos circuitos independentes para as 
tomadas de uso geral da cozinha, copa e área de 
serviço; 
58 
 
 
 equipamentos com corrente igual ou superior a 10 A 
devem possuir tomada de uso específico; 
 deve ser previsto um circuito exclusivo para cada 
tomada de uso específico; 
 a potência dos circuitos, com exceção de circuitos 
exclusivos para TUEs, deve estar limitada a 1200 VA 
em 127 V, ou 2200 VA em 220 V; 
 em instalações com duas ou três fases, as cargas 
devem ser atribuídas uniformemente entre as fases 
de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. 
 
TÓPICO 5 
TUBULAÇÕES E FIAÇÃO 
 
A princípio devemos locar o quadro de distribuição, 
seguindo as orientações mencionadas anteriormente. Seguindo 
do quadro de distribuição, podemos iniciar o traçado dos 
eletrodutos, procurando os caminhos mais curtos e evitando, 
sempre que possível, o cruzamento de tubulações. Em seguida 
devemos: 
 
1. interligar inicialmente os pontos de luz (tubulações 
embutidas no teto), percorrendo e interligando assim 
todos os recintos; 
2. interligar os interruptores e tomadas ao(s) ponto(s) 
de luz de cada recinto. 
 
Em algumas ocasiões, recomenda-se a utilização de 
tubulações embutidas no piso, para o atendimento de circuitos de 
tomadas baixas e médias. 
 
59 
 
 
 
Na representação da fiação, deve-se observar: 
 
1. representar os condutores que passam em cada 
trecho de eletroduto, utilizando a simbologia gráfica 
normatizada; 
2. identificar a que circuitos pertencem os condutores 
representados; 
3. identificar as suas seções nominais em mm². 
 
TÓPICO 6 
PRUMADA ELÉTRICA 
 
A prumada elétrica é um desenhoesquemático que 
visa representar a instalação no plano vertical. Ela mostra a 
interligação de toda a instalação, contendo basicamente: caixa 
seccionadora, alimentador geral de baixa tensão, quadro geral de 
baixa tensão, centros de medidores, caixas de passagem, 
alimentadores dos quadros de distribuição parciais e dos quadros 
terminais. 
A visualização em um só desenho, de todo o sistema 
elétrico do prédio permite uma compreensão clara das 
interligações existentes entre os diversos pavimentos e setores da 
instalação, bem como a rápida identificação das bitolas dos 
eletrodutos e dos condutores que os interligam, pois esses dados 
devem constar no desenho da prumada elétrica. 
A figura 2 a seguir representa a prumada da instalação 
elétrica de um edifício de uso coletivo: 
Os diâmetros nominais das tubulações devem 
ser indicados na planta. 
 
60 
 
 
 
 
E a figura 3 a seguir traz as convenções utilizadas na 
prumada da instalação elétrica: 
 
 
 
 
As figuras dos 
Tópicos 5 e 6 e 7 desta 
Unidade foram retiradas de: 
Instalações Elétricas Prediais 
– Domingos Leite Lima Filho. 
. 
 
 
61 
 
 
 
TÓPICO 7 
DIAGRAMAS UNIFILARES 
 
Os diagramas unifilares são desenhos esquemáticos 
dos quadros de distribuição. Esses desenhos são executados a 
partir das informações contidas nos quadros de distribuição de 
cargas e, de certa forma, constituem a representação desses 
quadros em forma de desenho. 
Os diagramas são ditos unifilares quando temos 
apenas uma linha para a representação da saída dos condutores 
de cada circuito, estando representada sobre esta a fiação 
correspondente. 
Nos diagramas multifilares cada condutor de cada 
circuito é representado por uma linha exclusiva, sendo uma 
representação integral das conexões elétricas existentes no 
interior de cada quadro da instalação. 
A seguir estão representados alguns exemplos de 
diagramas multifilares e unifilares de quadros terminais e de 
62 
 
 
distribuição de circuitos em instalações elétricas de edifícios de 
apartamentos. 
A figura 4 abaixo mostra o diagrama multifilar de um 
quadro de distribuição de circuitos: 
 
 
 
 
 
A próxima figura, 5, apresenta o diagrama unifilar de 
um quadro de distribuição de um apartamento: 
 
63 
 
 
 
A última figura, 6, desta unidade apresenta o diagrama 
unifilar geral da instalação elétrica de um edifício de 
apartamentos, observe: 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
EXERCÍCIO 
 
1. Seguindo as recomendações estudadas nessa unidade, utilize 
a planta baixa a seguir para representar a fiação elétrica. Note 
que os números dos circuitos estão representados na planta. 
Utilize a simbologia indicada. 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 que os pontos elétricos devem ser locados 
uniformemente em planta em locais de fácil acesso; 
 que uma instalação elétrica é composta por circuitos 
elétricos, quadros de alimentação e distribuição, 
dispositivos de manobra e proteção, entre outros; 
 que uma instalação elétrica quando dividida em 
circuitos terminais, torna-se mais segura e facilita a 
manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
UNIDADE 6 
FORNECMENTO DE ENERGIA 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar os conceitos importantes relacionados ao 
fornecimento de energia; 
 dimensionar os componentes do ramal de ligação e 
ramal de entrada de uma instalação em baixa e alta 
tensão. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO 
TÓPICO 2: DEFINIÇÕES 
TÓPICO 3: DIMENSIONAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
TÓPICO 1 
INTRODUÇÃO 
 
As concessionárias de energia elétrica estabelecem, 
por meio de suas normas técnicas, os padrões, os limites e os 
tipos de fornecimentos para unidades consumidoras individuais e 
edificações coletivas, em função de suas potências instaladas e 
das demandas máximas previstas. 
A partir desses dados, define-se se o atendimento será 
em tensão primária ou em tensão secundária e, nesse caso, o 
número de condutores que interliga a unidade consumidora ao 
sistema de distribuição da concessionária, conforme sejam 
consumidores monofásicos, bifásicos ou trifásicos. 
Os sistemas de distribuição são caracterizados por sua 
tensão nominal, número de condutores fases e neutro e pela 
frequência nominal, padronizada em 60 Hertz no Brasil. 
 
TÓPICO 2 
DEFINIÇÕES 
 
As normas das concessionárias utilizam termos 
técnicos baseados nas normas da ABNT. A seguir serão 
apresentados alguns termos importantes. 
 
 Consumidor: pessoa física ou jurídica que solicitar a 
concessionária o fornecimento de energia elétrica e 
assumir a responsabilidade de todas as obrigações 
regulares e contratuais; 
 Unidade Consumidora: instalações de um único 
consumidor, caracterizada pela entrega de energia 
elétrica em um só ponto, com medição 
individualizada; 
Algumas 
descrições dessa unidade 
foram retiradas das Normas 
FECO D-03 e FECO D-04. Da 
Fecoerusc/ SC. 
 
 
69 
 
 Edifício de Uso Coletivo: prédio que tem mais de 
uma unidade consumidora, cujas áreas comuns, 
com consumo de energia, sejam de 
responsabilidade do condomínio; 
 Entrada de Serviço: conjunto de equipamentos, 
condutores e acessórios instalados desde o ponto 
de derivação da rede de distribuição da 
concessionária até a proteção e/ou medição, 
inclusive; 
 Ponto de Entrada: ponto de conexão do sistema da 
concessionária com instalação do consumidor. Até 
este ponto a concessionária se obriga a fornecer 
energia elétrica, com a participação nos 
investimentos necessários, bem como se 
responsabiliza pela execução dos serviços e pela 
manutenção; 
 Ramal de Ligação: conjunto de condutores e 
acessórios instalados pela concessionária desde o 
ponto de derivação da rede pública até o ponto de 
entrega; 
 Ramal de Entrada: conjunto de condutores e 
acessórios instalados desde o ponto de entrega até 
a proteção geral; 
 Caixa Seccionadora: caixa instalada dentro da 
propriedade do consumidor, na qual se aloja o 
disjuntor de proteção geral da instalação 
consumidora; 
 Alimentador Geral: continuação do ramal de 
entrada, constituído por condutores, eletrodutos e 
acessórios instalados a partir da proteção geral até o 
quadro geral de baixa tensão e/ou centro de 
medição; 
 Alimentador Secundário: ramificação do 
alimentador geral, constituído por condutores, 
70 
 
 
eletrodutos e acessórios instalados a partir do 
quadro geral de baixa tensão até os centros de 
medição; 
 Quadro Geral de Distribuição ou Quadro Geral de 
Baixa Tensão: quadro, painel ou caixa modular 
destinada à instalação dos equipamentos de 
proteção dos ramais alimentadores dos centros de 
medição; 
 Centro de Medição: local onde estão instalados os 
medidores de energia e os disjuntores 
termomagnéticos limitadores de fornecimento de 
cada unidade consumidora. 
 
TÓPICO 3 
DIMENSIONAMENTOS 
 
As entradas de serviço de edificações de uso coletivo e 
a alimentação das unidades consumidoras individuais serão 
dimensionadas com base em suas demandas máximas previstas, 
em kVA. 
As concessionárias apresentam tabelas de 
dimensionamento

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