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Materiais de Construção Aula – 2 Prof. René Sena García MATERIAIS ESCOLHA DOS MATERIAIS Condições técnicas: • O material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso que se pretende fazer dele. Entre essas propriedades estão a resistência, a trabalhabilidade, a durabilidade, a higiene e a segurança. Condições econômicas: • O material deve satisfazer as necessidades de sua aplicação com um custo reduzido não só de aquisição, mas de aplicação e de manutenção, visto que muitas obras precisam de serviços de manutenção depois de concluídas e que da manutenção depende a durabilidade da construção. Condições estéticas: • O material utilizado deve proporcionar uma aparência agradável e conforto ao ambiente onde for aplicado. PROPRIEDADES ECONOMIA CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS: ORIGEM Origem Naturais Artificiais Combinados CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS: FUNÇÃO Função Vedação Proteção Estrutural • isolar e fechar os ambientes nos quais são empregados tijolos de vedação e os vidros • proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil da edificaçã tintas e os produtos de impermeabilização • suportam as cargas e demais esforços atuantes na estrutura madeira, o aço e o concreto PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS Bauer (2008) Extensão: propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espaço Massa: quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver Peso: força com que a massa é atraída para o centro da Terra varia de local para local. Volume: espaço que ocupa determinada quantidade de matéria. Massa específica: relação entre sua massa e seu volume (densidade absoluta). Peso específico: relação entre seu peso e seu volume. Densidade: relação entre sua massa e a massa do mesmo volume de água destilada a 4ºC NORMALIZAÇÃO DESENHO ESTRUTURAS PLANTA DE LOCAÇÃO arquitetar pré-dimensionar dimensão estrutural construir manutenção Colocar um Problema Escolher os melhores materiais de construção • Os materiais de construção influenciam muito no resultado final da obra, na sua: • durabilidade, • aparência, • segurança e • funcionalidade. • Não é recomendável, portanto, comprar materiais apenas visando o preço, pois eles podem ser muito baratos, mas com qualidade baixa. • A construção envolve muitos riscos, e uma das formas de minimizar o perigo é justamente comprando materiais de boa qualidade. Ciclo de vida e condições físicas • O ciclo de vida de um material envolve seu desempenho, disponibilidade e durabilidade ao longo do tempo. Ou seja, quanto tempo o material leva para começar a degenerar, a entrar em processo de corrupção ou ineficiência? Qual o seu tempo de vida útil? • Cimento e areia, por exemplo, devem ser comprados pouco tempo antes do início da obra, evitando assim que reduzam sua qualidade e eficiência devido ao empedramento. • Já os tijolos devem ser bem selecionados, evitando a compra daqueles que apresentam fissuras e poderão perder a utilidade em menos tempo. Custos • A análise de custos com um material deve considerar não somente o momento presente, mas também o que será gasto com manutenções, substituições, consertos, impactos no meio ambiente e na própria saúde dos clientes. Marca • A marca pode influenciar bastante na qualidade do material. Opte pelas marcas mais conhecidas — já consagradas no mercado — ou por aquelas que sejam mais novas, mas que gozem de boa reputação entre os consumidores. Estética • A boa aparência da obra, conferida pelos materiais utilizados, também é um fator importante na hora de escolher. Ensaio dos Materiais Concreto Aço Diagrama tensão-deformação https://www.tudoengcivil.com.br/2019/08/diagrama-tensao-deformacao.html Módulo de elasticidade • É a razão entre a tensão e a deformação na direção da carga aplicada, sendo a máxima tensão que o material suporta sem sofrer deformação permanente. • E é o módulo de Young, ou módulo de elasticidade, e tem as mesmas unidades de TENSÃO σ, (N/m2) • Todo material tem uma fase elástica, sendo essa baixa ou alta. É de suma importância para o engenheiro estrutural conseguir estimar o mais próximo possível o módulo de elasticidade do concreto que será usado na estrutura da edificação. ... • Quanto maior o módulo elástico, mais rígido é o material ou menor será a deformação elástica para uma mesma carga aplicada; ... • O módulo de elasticidade corresponde à rigidez ou uma resistência do material à deformação elástica. Aço Concreto Fatos que influenciam a escolha do F.S. Natureza dos ensaios Natureza dos ensaios Aglomerante • Um aglomerante (do latim agglomerante), aglutinante (do latim agglutinante) ou ligante é um material geralmente pulverulento que tem a finalidade de aglutinação de outros materiais (agregados), influenciando, desta forma, a resistência do material resultante. • Um aglomerante, em contato com água, forma uma pasta, a qual é moldável e maleável, permitindo o fácil manuseamento do material. • Ao se juntar areia a essa pasta, forma-se uma argamassa que, depois de seca, se torna rígida e resistente. • Se, à argamassa, se juntar brita, está-se perante um material chamado "concreto" ou "betão". https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/Agregados https://pt.wikipedia.org/wiki/Areia https://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa https://pt.wikipedia.org/wiki/Brita https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto REVESTIMENTO DE PAREDES, TETOS E PISOS Aglomerante • Aglomerante é o material ativo, ligante, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre os grãos dos agregados. • Constituem o elemento ativo que entra na composição das pastas, natas, argamassas e concretos. • Os principais aglomerantes são: cimento, cal e gesso PRINCIPAL FUNÇÃO: formar uma pasta que promove a união entre os grãos do agregado. Usadas para: • Revestimento de pisos e paredes . • Obtenção e união de componentes de Const. Civil . • Construção de elementos e componentes estruturais. • Estabilização de solos. Formas de estabilizar um solo Métodos de mistura de solo Estabilização de solos Qualidades essenciais das pastas e argamassas • Resistência mecânica; • Durabilidade; • Consistência; • Plasticidade; • Capacidade de retenção de água; • Aderência; • Resistência ao calor elevado. Das pastas e argamassas feitas com os aglomerantes minerais visamos as seguintes propriedades Concreto Armado Tipos de ligantes: classificação com a sua afinidade com a água Ligante hidrófilo • Ligante que tem afinidade com a água e misturado com ela forma uma pasta que endurece, podendo, como qualquer ligante, aglomerar outros materiais compatíveis. • É constituído por matéria sólida finamente pulverizada e podem-se classificar em aéreos ou hidráulicos. • Como exemplo temos a cal aérea, gesso, cal hidráulica e o cimento (os primeiros dois são hidrófilos aéreos e os últimos dois são hidrófilos hidráulicos); • (repelente de água) é aquele em que a água não tem qualquer papel na produção e endurecimento do aglomerante • É constituído por substâncias caracterizadas pela sua viscosidade e endurecem por arrefecimento, por evaporação dos seus dissolventes ou por reação química entre diferentes componentes. • Apresentam-se, portanto, sob a forma de líquidos viscosos ou soluções resinosas e ao endurecer formam estruturas coloidais rígidas • Como exemplos mais correntes temos o alcatrão (proveniente de carvão), os asfaltos (provenientes da destilação de petróleo) e matérias plásticas ou sintéticas (como resinas). Ligante hidrófobo Hidrocarbonados • são líquidos, mais ou menos viscosos que endurecem por esfriamento ou evaporação dos seus dissolventes, como o alcatrão, asfalto e o betume asfáltico. • Os ligantes hidrocarbonados só precisam de ser aquecidos a uma certa temperatura para serem facilmenteestendidos, consolidando-se por aume nto progressivo da viscosidade, formando estruturas coloidais rígidas, sendo portanto hidrófobos • . Os ligantes hidrófobos (ou hidrófogos) aplicam-se, principalmente na pavimentação, enquanto os hidrófilos, sobretudo os hidráulicos, usam-se no fabrico de argamassas e betões, além de outras aplicações. Os betumes e asfaltos também são muito utilizados em impermeabilizações. Definições • Pastas: misturas de aglomerantes com agua. Utilizadas nos rejuntamentos de ladrilhos e azulejos. • Natas: são pastas preparadas com excesso de agua. As natas de cal são utilizadas em pintura e as de cimento são utilizadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas. • Argamassas: mistura de agregados miúdos e aglomerantes com agua. Feita com areia natural lavada, misturada com cimento Portland e/ou Cal ou misturada com gesso. Utilizadas para unir tijolos e blocos, como assentamento e para revestimentos. • Concreto: mistura de aglomerante (cimento, cal para purificar o agegado), agregados graúdos e miúdos (pedra e areia) e agua. AGLOMERANTE: material geralmente pulverulento REVESTIMENTO DE PAREDES, TETOS E PISOS PEI das Cerâmicas • O PEI é a resistência à abrasão, ou seja, ao desgaste da superfície esmaltada causada pelo tráfego de pessoas, contato com sujeiras abrasivas e movimentação de objetos. É o PEI que orienta onde o produto pode ser utilizado. • Quanto maior o PEI, maior a resistência ao desgaste do esmalte da cerâmica. Em produtos não esmaltados, como o Porcelanato Técnico, não é feito ensaio de PEI, portanto, não tem essa classificação. Para estes, é feito ensaio de abrasão profunda na superfície das placas cerâmicas. • O PEI é uma característica muito importante na hora de especificar uma cerâmica. Ele determina a durabilidade de um produto em condições normais de uso. PEI das Cerâmicas Normas Técnicas de Referência NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação Classificação em função do comportamento químico • Aglomerantes quimicamente INERTES: endurecem por simples secagem, como a argila. O processo de endurecimento ao ambiente é consequência da evaporação da água de amassamento. • Baixa resistência mecânica . • Reversibilidade do processo • Aglomerantes quimicamente ATIVOS: endurecem por reações químicas, como as cales, gesso e cimento. • Maior resistência físico-mecânica . • Irreversibilidade do processo AGLOMERANTES HIDRAULICOS: reagem em presença de água. CPC – Cimento Potland Comum CPZ - Cimento Portlan Pozolânico AGLOMERANTE MISTO: mistura de dois ou mais aglomerantes Cimento + cal AGLOMERANTE AÉREO: Endurecem pela ação química ao ar Cal Aérea AGLOMERANTE POLIMÉRICOS: são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de uma matriz. CLASSIFICAÇÃO – quanto ao princípio ativo Endurecimento: intervalo de tempo do fim da pega ate o momento que se adquira sua resistência por completo. Aglomerantes quimicamente ativos AÉREOSHIDRÁULICOS • os aglomerantes que endurecem pela ação química do CO2 (gás carbônico) do ar, • exemplo, a cal aérea e o gesso. • Não necessitam da presença do ar, • os aglomerantes que endurecem pela ação exclusiva da agua de amassamento • exemplo a cal hidráulica e o cimento Portland. ENDURECIMENTO RELAÇÃO COM A AGUA • Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água. • Devem ser usados apenas em contato com o ar. • Depois de endurecidos, resistem bem a água. • O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação de hidratação). Aglomerantes Hidráulicos • Hidráulico Simples: Um único produto aglomerante, não tendo mistura. Ex: Cimento Portland Comum • Hidráulico Composto: Misturas de um aglomerante simples com subprodutos industriais ou produtos naturais de baixo custo (escória ou pozolana). • Hidráulico Misto: São constituídos pela mistura de dois aglomerantes simples. EX: Mistura de CP com cimento aluminoso (tem pega muito rápida, refratário e não produzido no Brasil). • Hidráulicos com Adições: é o aglomerante simples ao qual foram feitas adições que excedem os limites estabelecidos em suas especificações para dar-lhes propriedades especiais como diminuir a permeabilidade, reduzir o calor de hidratação, diminuir a retração, aumentar a resistência a agentes agressivos, dar coloração especial, etc. Materiais passíveis de serem usados • 1. Cimentos • 2. Agregados miúdos • 3. Agregados graúdos • 4. Aditivos • 5. Adições • 6. Pigmentos • 7. Fibras • 8. Água Aditivos para concreto • são incorporados na mistura entre cimento, água, areia e brita para proporcionar características especiais ao concreto. • essas substâncias alteram as propriedades do material no estado fresco e endurecido, sendo exploradas para ampliar as qualidades e minimizar desvantagens da mistura. • o concreto aditivado pode ter sua trabalhabilidade, resistência, compacidade, entre outras propriedades, melhoradas, bem como permeabilidade, retração e absorção de água reduzidas https://www.aecweb.com.br/guia/p/aditivos-para-concreto_5_236_26_1_0 APLICAÇÕES ESPECIAIS: ADITIVOS • O uso de aditivos permite aplicações que seriam inviáveis por meio da mistura convencional. • O concreto projetado, muito utilizado em construções subterrâneas, cujos aditivos proporcionam secagem rápida ao concreto, facilitando sua adesão e dispensando o uso de fôrmas para conter o selamento da superfície. • Os aditivos utilizados nessa aplicação podem ser cloretos de cálcio, formiatos, trietanolaminas, silicatos e carbonatos, que aceleram o tempo de desenvolvimento de resistência e de pega do concreto. • Eles estão disponíveis em estado líquido ou em pó, o que exige escolha de acordo com o processo de aplicação. EXEMPLO: “O concreto projetado em via úmida utiliza, na maioria dos casos, aceleradores de pega líquido”. https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/concreto-projetado-favorece-construcoes-subterraneas_14248_10_0 Secagem rápida ao concreto Concreto projetado https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/concreto-projetado-favorece-construcoes-subterraneas_14248_10_0 Concreto submerso: Aditivos • em ambientes subaquáticos de água doce ou salgada: “São utilizados em paredes de diafragma e tubulões”, ainda, o seu uso em estruturas de contenção, barragens e portos. Os aditivos utilizados para esse tipo de concreto são os polímeros de celulose, antisegregantes, superplastificantes e redutores de água. As substâncias proporcionam maior coesão ao concreto, impedindo a dispersão dos grãos em contato com a água. https://www.aecweb.com.br/guia/f/contencao-de-encostas-e-taludes_21_135_220_SP_77_1_0_0_0 https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/tipos-de-barragens_13731_10_0 Tremonha posicionada para lançamento: equipamento exige concreto auto-adensável, com alta plasticidade Parede-diafragma MENOR CONSUMO • Aditivos redutores de água otimizam a trabalhabilidade do concreto e reduzem o consumo dos componentes do material. “A resistência mecânica do concreto é elevada significativamente, proporcionando um ajuste nas proporções de mistura e reduzindo o teor de cimento empregado”. • “Com a aplicação de aditivos químicos especiais, é possível reduzir o volume de água de 200 L/m³ para 160 L/m³, sem perda de durabilidade e qualidade do material”, São concretos mais duráveis que atendem as classes de agressividade ambiental pela NBR 6118, garantindo vida útil máxima para a estrutura”, Aditivos plastificantes • Os plastificantes convencionais reduzem em 8% a quantidade de água, mantendo a trabalhabilidade e resistência da mistura, com limitação de dosagem para não interferir no início de pega do concreto. • Os superplastificantes reduzem em até 40% o conteúdo de água, otimizando a trabalhabilidade do concreto e facilitando a aplicação, enquanto • Os hiperplastificantespodem reduzir mais de 50% de água e requerem baixo conteúdo de cimento. Aditivos retardadores de pega • possuem a mesma capacidade de corte de água de um plastificante convencional, porém com extensão do início ao fim de pega do concreto”. • Esse tipo de aditivo é mais recomendado para ambientes de alta temperatura e situações de grande distância entre o local de dosagem e de aplicação. BAIXA PERMEABILIDADE • Com o uso de aditivos que reduzem a relação água-cimento, como superplastificantes, hiperplastificantes e redutores de água, é possível fabricar o concreto impermeabilizante. • De baixa permeabilidade, esse tipo de concreto também pode ser feito com cristalizantes à base de silicatos e polímeros acrílicos. • O concreto celular é outro exemplo de concreto aditivado feito com aditivo surfactante incorporador de ar, ele pertence à família de concreto leve e proporciona isolamento térmico e acústico. Bloco de concreto celular • É um tipo de concreto que faz parte dos concretos denominados leves e se caracteriza por ser bastante espumoso e poroso, devido à grande quantidade de vazios que possui. • O bloco de concreto celular pode variar de acordo com a indústria. Porém, o básico é uma mistura de água, cimento, cal e alumínio em pó. Essa mistura, fornece uma propriedade aerosa para o bloco, o que permite um ótimo isolamento acústico. • Outra característica dessa mistura é o baixo teor de condutibilidade térmica, fazendo com que a variação de temperatura em ambientes com esse tipo de material seja mais controlada. • A densidade desse tipo de objeto pode chegar a ser 60% menor do que de blocos de concreto tradicionais. O bloco de concreto celular possui densidade de 600 kg/m³, já nos convencionais esse número chega a 1400 kg/m³. • Contudo, apesar da leveza, o bloco possui ainda uma boa característica de resistência, chegando a 2,5 MPa. https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-concreto/ Vantagens do concreto celular •Leveza: devido a presença de poros na peça, ocasionando uma grande fração de vazios em cada bloco, diminuindo então o seu peso. •Ótimo desempenho térmico: melhor material vedante para edificações. •Ótimo desempenho acústico: esta vantagem, juntamente com a anterior, aumentam o índice de habitabilidade da edificação. •Redução da quantidade de concreto: diminui em até 30% o consumo de concreto na obra, pois o peso da edificação será menor, não necessitando de estruturas muito espessas e robustas. •Redução de custos totais: com a redução do peso, redução do consumo de concreto, facilidade de manuseio e maior agilidade e velocidade de trabalho, o uso do concreto celular propicia menores custos na obra. •Resistência ao fogo: não sendo inflamável https://www.escolaengenharia.com.br/custos-diretos-e-indiretos/ Desvantagens do concreto celular • Perda de desempenho mecânico: como apresenta grande índice de poros devido a utilização da espuma em sua mistura, o concreto celular acaba perdendo propriedades mecânicas, reduzindo então, a sua capacidade de resistência à compressão. • Baixo módulo de elasticidade: devido à redução ou eliminação do uso de agregados rígidos, é correto afirmar que o concreto celular tem um menor módulo de elasticidade que o concreto convencional. Isso pode gerar maior deformação nas peças. • Maior custo de produção: a produção do concreto celular tem maior custo que a do concreto convencional devido ao uso de agente expansor ou aditivos em sua mistura. Desse modo, apesar de ser produzida de forma similar, o custo acaba sendo maior. Custo e benefício • A relação entre custo e benefício do emprego dos aditivos na fabricação do concreto pode ser percebida no corte de água. • Dessa forma, o preço do metro cúbico de concreto tende a ser menor e suas características de desempenho, ampliadas. • Os aditivos estendem a durabilidade do projeto, proporcionando economia em longo prazo. • O emprego de muitos tipos de aditivos pode aumentar significativamente a vida útil das estruturas de concreto, reduzindo o número de intervenções de reparo que seriam feitas Pega: Período inicial de solidificação pasta, perda da fluidez. INÍCIO DE PEGA: Momento que a pasta começa a endurecer, perdendo sua plasticidade. É contado a partir do lançamento da agua no aglomerante, até o inicio das reações químicas. FIM DE PEGA: Momento que a pasta já está completamente sólida. Não significando que ela tenha adquirido toda sua resistência. TEMPO DE PEGA Indicam o tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas, regá-los para execução da cura, bem como transitar sobre a peça. - Cimentos de pega rápida.....................< 30 min. - Cimento de pega semirrápida....de 30 a 60 min. - Cimento de pega normal...............60 min a 6hs. PEGA: etapas identificadas pelos respectivos tempos de ocorrência Tempo de Início de Pega (TIP): tempo decorrido desde o lançamento de água no aglomerante, até o instante em que a pasta apresenta grande perda de plasticidade Tempo de Fim de Pega (TFP): tempo decorrido desde o lançamento da água no aglomerante até o instante em que a pasta perdeu completamente a sua plasticidade. No caso dos cimentos, aglomerante de pega normal, a resistência nominal da pasta é considerada atingida 28 dias após a mistura dele com água. A determinação dos tempos de pega (TIP e TFP) é feita em laboratórios com o uso de aparelhos específicos e em condições normatizadas de ensaio (ABNT). OBSERVAÇÃO: à medida que o tempo progride, este fenômeno também progride levando o aglomerante a unir-se mais firmemente, através de reações químicas, aos materiais com que se acha adicionado. NÃO SE DEVE CONFUNDIR PEGA COM ENDURECIMENTO. OBSERVAÇÃO: O fim da pega significa que a pasta não pode mais ser manuseada e, terminada essa fase, inicia o endurecimento. Apesar de no fim da pega a pasta já ter alguma resistência, é durante o endurecimento que os ganhos de resistência são significativos Tempos de pega: tempo para a solidificação da pasta plástica de cimento. Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a pasta torna-se não trabalhável. Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se torne totalmente rígida. Determinação: Aparelho de Vicat. Determina o período de tempo que o concreto pode ser trabalhado após o seu lançamento. Aparelho de Vicat • Início de pega: Agulha penetra 39mm na pasta • Fim de pega: Agulha faz uma impressão na superfície da pasta, sem penetrar MB – Método Brasileiro Association Française de Normalisation (AFNOR) VICAT PARA ENSAIO DE CAL Aparelho de Vicat modificado com haste de penetracão de 30g, para determinacão do inicio e fim de pega, para ensaio em cal. Acompanha Forma tronco cônica 70x60x40mm. Conforme NBR 9206, 14399. VICAT P/ENSAIO DE GESSO MB 3469/NBR12128 Aparelho de Vicat modificado com cone de penetracão com 35g, para determinacão de inicio e fim de pega. Conforme MB-3469 (NBR 12128) para ensaio em gesso. Argamassa • A argamassa é utiliza em muitas partes da construção, desde o assentamento de tijolos e blocos até o acabamento das paredes com o reboco. • A argamassa pode ser comprada pronta ou feita na obra. • No caso de comprar a argamassa pronta, você precisará somente seguir as recomendações do fabricante para saber quanto comprar. • Para fazer a argamassa na obra você precisará comprar cimento, areia, cal virgem para construção ou aditivo plastificante. • Neste caso o cálculo é bem parecido com o calculo do concreto, onde o primeiro passo é achar o volume e depois a quantidade dos materiais conforme o traço da argamassa. Argamassa https://praconstruir.com.br/como-calcular-a-quantidade-de-mat eriais-de-construcao/argamassa As argamassas deverão ser produzidas considerando-se a produção inicial de argamassa intermediária (cal, areia e água) e, posteriormente à mistura desta com o cimento. Traços de argamassa maisutilizados na construção Cim/Cal/Areia Principais empregos das argamassas na construção civil CHAPISCO • É a primeira camada. • É feito com areia grossa e cimento (1:4 ou 1 :5) • Tem a função de dar aderência à parede, penetra nos tijolos, fecha poros, uniformiza e dá aspereza a • superfície. • Deve ser uma mistura bem úmida, lançada (jogada) sobre a parede. • Cai muito no chão. Se o chão for revestido dá para recolher, e imediatamente colocar na caixa de mistura. • Bater e jogar outra vez com rapidez pois o cimento já está hidratado. • Antes da próxima camada (emboço) lançam-se as mestras que são ripas verticais distantes de 1,5 a 2,0 m e que servirão como guias para correr a régua que planificará o emboço. A razão de usar cimento é que este é muito melhor cola que a cal e essa primeira camada é crítica e fundamental Emboço Reboco • É a Segunda camada, lançada depois de algumas horas. Serve para regularização geométrica (aplainamento). • É no emboço que se acertam as irregularidades das paredes. Revestimento interno: cal e areia. Revestimento externo: mistura bastarda (1 cimento: 4 cal: 12 areia). • É a terceira e última camada • Usar areia fina e cal em mistura bem rica (1:3 ou 1:4). • Não usar cimento que pode dar trinca (devido à retração), atrapalhando a futura pintura, ou então o cimento pode “vidrar” à superfície. Areia para alvenaria • Na segunda camada do revestimento de paredes (emboço) usa-se a areia média. • Para o revestimento final chamado reboco ou massa fina, areia fina. • Para acentamento de alvenaria deve-se utiliza areia média ou grossa. (chapisco) • Observação: • É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma categoria. • Essa desigualdade é conveniente, pois contribui para obtenção de melhores resultados em seu emprego, já que diminui a existência de vazios na massa e para a diminuição do volume dos aglomerantes, cimento e cal, na mistura, que são materiais de maior custo. Argamassa da Obra • Para estimativo de quantidade de argamassa de assentamento a ser produzida, considerar as juntas horizontais e verticais preenchidas, com 1,0 cm de espessura. • Argamassa a ser utilizada para assentamento e revestimentos em geral (traço básico para estimativa das áreas de estocagem – não se refere a traços reais a serem empregados na obra). • Argamassa para o contrapiso: espessura média dada em projeto: 4 cm • Argamassa para o revestimento interno e externo das paredes, supondo uma espessura média de 2,5 cm em cada face da parede. (usualmente a espessura externa é bastante superior à interna) • ALMEIDA, A. E. F. S. Estudo da influência das Adições de Sílica Ativa e Copolímero Estireno Acrílico nas Propriedades de Argamassas Para o Assentamento de Porcelanato . São Carlos, 2005. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Área Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13528 : revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas: determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2010. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14084 : argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas: determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2004. • BAUER, E.; CASTRO, E. K. Patologias Mais Correntes nas Fachadas de Edifícios em Brasília. In?: CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO, 3., Lisboa, 2010. Anais... Lisboa, 2010. • BREA, F. M. 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