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Materiais de construção - Aula 2

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Materiais de Construção
Aula – 2
Prof. René Sena García
MATERIAIS
ESCOLHA DOS MATERIAIS
Condições técnicas:
• O material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso que se 
pretende fazer dele. Entre essas propriedades estão a resistência, a 
trabalhabilidade, a durabilidade, a higiene e a segurança.
Condições econômicas:
• O material deve satisfazer as necessidades de sua aplicação com um custo 
reduzido não só de aquisição, mas de aplicação e de manutenção, visto que 
muitas obras precisam de serviços de manutenção depois de concluídas e que da 
manutenção depende a durabilidade da construção. 
Condições estéticas: 
• O material utilizado deve proporcionar uma aparência agradável e conforto ao 
ambiente onde for aplicado.
PROPRIEDADES
ECONOMIA
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS: ORIGEM
Origem 
Naturais
Artificiais
Combinados
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS: FUNÇÃO
Função 
Vedação
Proteção
Estrutural 
• isolar e fechar os ambientes nos quais são empregados
tijolos de vedação e os vidros
• proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil da edificaçã
tintas e os produtos de impermeabilização
• suportam as cargas e demais esforços atuantes na estrutura
madeira, o aço e o concreto
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS 
Bauer (2008)
Extensão: propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espaço
Massa: quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver
Peso: força com que a massa é atraída para o centro da Terra varia de local para local.
Volume: espaço que ocupa determinada quantidade de matéria.
Massa específica: relação entre sua massa e seu volume (densidade absoluta).
Peso específico: relação entre seu peso e seu volume.
Densidade: relação entre sua massa e a massa do mesmo volume de água destilada a 4ºC
NORMALIZAÇÃO
DESENHO ESTRUTURAS 
PLANTA DE LOCAÇÃO
arquitetar
pré-dimensionar
dimensão estrutural
construir
manutenção
Colocar um Problema
Escolher os melhores materiais de 
construção
• Os materiais de construção influenciam muito no resultado final da 
obra, na sua:
• durabilidade, 
• aparência, 
• segurança e 
• funcionalidade. 
• Não é recomendável, portanto, comprar materiais apenas visando o 
preço, pois eles podem ser muito baratos, mas com qualidade baixa.
• A construção envolve muitos riscos, e uma das formas de minimizar o 
perigo é justamente comprando materiais de boa qualidade.
Ciclo de vida e condições físicas
• O ciclo de vida de um material envolve seu desempenho, 
disponibilidade e durabilidade ao longo do tempo. Ou seja, quanto 
tempo o material leva para começar a degenerar, a entrar em 
processo de corrupção ou ineficiência? Qual o seu tempo de vida útil?
• Cimento e areia, por exemplo, devem ser comprados pouco tempo 
antes do início da obra, evitando assim que reduzam sua qualidade e 
eficiência devido ao empedramento.
• Já os tijolos devem ser bem selecionados, evitando a compra 
daqueles que apresentam fissuras e poderão perder a utilidade em 
menos tempo.
Custos
• A análise de custos com um material deve considerar não somente o 
momento presente, mas também o que será gasto com manutenções, 
substituições, consertos, impactos no meio ambiente e na própria saúde dos 
clientes.
Marca
• A marca pode influenciar bastante na qualidade do material. Opte pelas 
marcas mais conhecidas — já consagradas no mercado — ou por aquelas 
que sejam mais novas, mas que gozem de boa reputação entre os 
consumidores.
Estética
• A boa aparência da obra, conferida pelos materiais utilizados, também é 
um fator importante na hora de escolher.
Ensaio dos Materiais
Concreto Aço 
Diagrama tensão-deformação
https://www.tudoengcivil.com.br/2019/08/diagrama-tensao-deformacao.html
Módulo de elasticidade
• É a razão entre a tensão e a deformação na direção da carga aplicada, 
sendo a máxima tensão que o material suporta sem sofrer deformação 
permanente.
• E é o módulo de Young, ou módulo de elasticidade, e tem as 
mesmas unidades de TENSÃO σ, (N/m2)
• Todo material tem uma fase elástica, sendo essa baixa ou alta. É de 
suma importância para o engenheiro estrutural conseguir estimar o mais 
próximo possível o módulo de elasticidade do concreto que será usado na 
estrutura da edificação. ...
• Quanto maior o módulo elástico, mais rígido é o material ou menor será 
a deformação elástica para uma mesma carga aplicada; ... 
• O módulo de elasticidade corresponde à rigidez ou uma resistência do 
material à deformação elástica.
Aço
Concreto
Fatos que influenciam a escolha do F.S.
Natureza dos ensaios
Natureza dos ensaios
Aglomerante
• Um aglomerante (do latim agglomerante), aglutinante (do 
latim agglutinante) ou ligante é um material geralmente pulverulento 
que tem a finalidade de aglutinação de outros materiais (agregados), 
influenciando, desta forma, a resistência do material resultante. 
• Um aglomerante, em contato com água, forma uma pasta, a qual é 
moldável e maleável, permitindo o fácil manuseamento do material. 
• Ao se juntar areia a essa pasta, forma-se uma argamassa que, depois 
de seca, se torna rígida e resistente. 
• Se, à argamassa, se juntar brita, está-se perante um material 
chamado "concreto" ou "betão".
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agregados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Areia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto
REVESTIMENTO DE PAREDES, TETOS E PISOS
Aglomerante
• Aglomerante é o material ativo, ligante, cuja principal função é 
formar uma pasta que promove a união entre os grãos dos 
agregados. 
• Constituem o elemento ativo que entra na composição das pastas, 
natas, argamassas e concretos. 
• Os principais aglomerantes são: cimento, cal e gesso
PRINCIPAL FUNÇÃO: formar uma pasta que 
promove a união entre os grãos do agregado. 
Usadas para: 
• Revestimento de pisos e paredes . 
• Obtenção e união de componentes de Const. Civil . 
• Construção de elementos e componentes estruturais. 
• Estabilização de solos.
Formas de 
estabilizar 
um solo
Métodos 
de mistura 
de solo
Estabilização de solos
Qualidades essenciais das pastas e 
argamassas
• Resistência mecânica; 
• Durabilidade; 
• Consistência; 
• Plasticidade; 
• Capacidade de retenção de água; 
• Aderência; 
• Resistência ao calor elevado.
Das pastas e argamassas feitas com os 
aglomerantes minerais visamos as seguintes 
propriedades
Concreto Armado
Tipos de ligantes: classificação com a sua 
afinidade com a água
Ligante hidrófilo
• Ligante que tem afinidade com a água e misturado com ela forma uma pasta 
que endurece, podendo, como qualquer ligante, aglomerar outros materiais 
compatíveis.
• É constituído por matéria sólida finamente pulverizada e podem-se classificar 
em aéreos ou hidráulicos. 
• Como exemplo temos a cal aérea, gesso, cal hidráulica e o cimento (os 
primeiros dois são hidrófilos aéreos e os últimos dois são hidrófilos hidráulicos);
• (repelente de água) é aquele em que a água não tem qualquer papel na 
produção e endurecimento do aglomerante
• É constituído por substâncias caracterizadas pela sua viscosidade e endurecem 
por arrefecimento, por evaporação dos seus dissolventes ou por reação 
química entre diferentes componentes.
• Apresentam-se, portanto, sob a forma de líquidos viscosos ou soluções 
resinosas e ao endurecer formam estruturas coloidais rígidas 
• Como exemplos mais correntes temos o alcatrão (proveniente de carvão), os 
asfaltos (provenientes da destilação de petróleo) e matérias plásticas 
ou sintéticas (como resinas).
Ligante hidrófobo
Hidrocarbonados
• são líquidos, mais ou menos viscosos que endurecem por esfriamento 
ou evaporação dos seus dissolventes, como o alcatrão, asfalto e o betume 
asfáltico.
• Os ligantes hidrocarbonados só precisam de ser aquecidos a uma certa 
temperatura para serem facilmenteestendidos, consolidando-se por aume
nto progressivo da viscosidade, formando estruturas coloidais rígidas, 
sendo portanto hidrófobos
• . Os ligantes hidrófobos (ou hidrófogos) aplicam-se, principalmente na 
pavimentação, enquanto os hidrófilos, sobretudo os hidráulicos, usam-se 
no fabrico de argamassas e betões, além de outras aplicações. Os betumes 
e asfaltos também são muito utilizados em impermeabilizações.
Definições
• Pastas: misturas de aglomerantes com agua. Utilizadas nos rejuntamentos 
de ladrilhos e azulejos. 
• Natas: são pastas preparadas com excesso de agua. As natas de cal são 
utilizadas em pintura e as de cimento são utilizadas sobre argamassas para 
obtenção de superfícies lisas. 
• Argamassas: mistura de agregados miúdos e aglomerantes com agua. Feita 
com areia natural lavada, misturada com cimento Portland e/ou Cal ou 
misturada com gesso. Utilizadas para unir tijolos e blocos, como 
assentamento e para revestimentos. 
• Concreto: mistura de aglomerante (cimento, cal para purificar o agegado), 
agregados graúdos e miúdos (pedra e areia) e agua.
AGLOMERANTE: material geralmente pulverulento 
REVESTIMENTO DE PAREDES, TETOS E PISOS
 PEI das Cerâmicas
• O PEI é a resistência à abrasão, ou seja, ao desgaste da superfície 
esmaltada causada pelo tráfego de pessoas, contato com sujeiras abrasivas 
e movimentação de objetos. É o PEI que orienta onde o produto pode ser 
utilizado.
• Quanto maior o PEI, maior a resistência ao desgaste do esmalte da 
cerâmica. Em produtos não esmaltados, como o Porcelanato Técnico, não é 
feito ensaio de PEI, portanto, não tem essa classificação. Para estes, é feito 
ensaio de abrasão profunda na superfície das placas cerâmicas.
• O PEI é uma característica muito importante na hora de especificar uma 
cerâmica. Ele determina a durabilidade de um produto em condições 
normais de uso.
PEI 
das 
Cerâmicas
Normas Técnicas de Referência
NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação
Classificação em função do comportamento 
químico
• Aglomerantes quimicamente INERTES: endurecem por simples 
secagem, como a argila. O processo de endurecimento ao ambiente é 
consequência da evaporação da água de amassamento. 
• Baixa resistência mecânica . 
• Reversibilidade do processo
• Aglomerantes quimicamente ATIVOS: endurecem por reações 
químicas, como as cales, gesso e cimento.
• Maior resistência físico-mecânica . 
• Irreversibilidade do processo
AGLOMERANTES HIDRAULICOS: reagem em presença de água. 
CPC – Cimento Potland Comum
CPZ - Cimento Portlan Pozolânico
AGLOMERANTE MISTO: mistura de dois ou mais aglomerantes
Cimento + cal 
AGLOMERANTE AÉREO: Endurecem pela ação química ao ar
Cal Aérea
AGLOMERANTE POLIMÉRICOS: são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de 
uma matriz.
CLASSIFICAÇÃO – quanto ao princípio ativo
Endurecimento: intervalo de tempo do fim da pega 
ate o momento que se adquira sua resistência por 
completo.
Aglomerantes quimicamente ativos
AÉREOSHIDRÁULICOS
• os aglomerantes que endurecem pela 
ação química do CO2 (gás carbônico) 
do ar, 
• exemplo, a cal aérea e o gesso.
• Não necessitam da presença do ar, 
• os aglomerantes que endurecem pela 
ação exclusiva da agua de 
amassamento
• exemplo a cal hidráulica e o cimento 
Portland.
ENDURECIMENTO
RELAÇÃO COM A AGUA
• Depois de endurecidos, não resistem 
bem quando imersos na água. 
• Devem ser usados apenas em 
contato com o ar.
• Depois de endurecidos, resistem bem a 
água. 
• O endurecimento dos aglomerantes 
hidráulicos se dá por ação exclusiva da 
água (reação de hidratação).
Aglomerantes Hidráulicos
• Hidráulico Simples: Um único produto aglomerante, não tendo mistura. Ex: 
Cimento Portland Comum 
• Hidráulico Composto: Misturas de um aglomerante simples com subprodutos 
industriais ou produtos naturais de baixo custo (escória ou pozolana).
• Hidráulico Misto: São constituídos pela mistura de dois aglomerantes simples. EX: 
Mistura de CP com cimento aluminoso (tem pega muito rápida, refratário e não 
produzido no Brasil).
• Hidráulicos com Adições: é o aglomerante simples ao qual foram feitas adições 
que excedem os limites estabelecidos em suas especificações para dar-lhes 
propriedades especiais como diminuir a permeabilidade, reduzir o calor de 
hidratação, diminuir a retração, aumentar a resistência a agentes agressivos, dar 
coloração especial, etc.
Materiais passíveis de serem usados
• 1. Cimentos 
• 2. Agregados miúdos 
• 3. Agregados graúdos 
• 4. Aditivos 
• 5. Adições 
• 6. Pigmentos 
• 7. Fibras 
• 8. Água 
Aditivos para concreto
• são incorporados na mistura entre cimento, água, areia e brita para 
proporcionar características especiais ao concreto. 
• essas substâncias alteram as propriedades do material no estado 
fresco e endurecido, sendo exploradas para ampliar as qualidades e 
minimizar desvantagens da mistura.
• o concreto aditivado pode ter sua trabalhabilidade, resistência, 
compacidade, entre outras propriedades, melhoradas, bem como 
permeabilidade, retração e absorção de água reduzidas
https://www.aecweb.com.br/guia/p/aditivos-para-concreto_5_236_26_1_0
APLICAÇÕES ESPECIAIS: ADITIVOS
• O uso de aditivos permite aplicações que seriam inviáveis por meio da mistura 
convencional. 
• O concreto projetado, muito utilizado em construções subterrâneas, cujos 
aditivos proporcionam secagem rápida ao concreto, facilitando sua adesão e 
dispensando o uso de fôrmas para conter o selamento da superfície.
• Os aditivos utilizados nessa aplicação podem ser cloretos de cálcio, formiatos, 
trietanolaminas, silicatos e carbonatos, que aceleram o tempo de 
desenvolvimento de resistência e de pega do concreto. 
• Eles estão disponíveis em estado líquido ou em pó, o que exige escolha de acordo 
com o processo de aplicação. 
EXEMPLO: “O concreto projetado em via úmida utiliza, 
na maioria dos casos, aceleradores de pega líquido”.
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/concreto-projetado-favorece-construcoes-subterraneas_14248_10_0
Secagem rápida ao concreto
Concreto projetado
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/concreto-projetado-favorece-construcoes-subterraneas_14248_10_0
Concreto submerso: Aditivos
• em ambientes subaquáticos de água doce ou salgada:
“São utilizados em paredes de diafragma e tubulões”, 
ainda, o seu uso em estruturas de contenção, barragens e portos.
Os aditivos utilizados para esse tipo de concreto são os polímeros de 
celulose, antisegregantes, superplastificantes e redutores de água. 
As substâncias proporcionam maior coesão ao concreto, impedindo a 
dispersão dos grãos em contato com a água.
https://www.aecweb.com.br/guia/f/contencao-de-encostas-e-taludes_21_135_220_SP_77_1_0_0_0
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/tipos-de-barragens_13731_10_0
Tremonha posicionada para lançamento: 
equipamento exige concreto 
auto-adensável, com alta plasticidade
Parede-diafragma
MENOR CONSUMO
• Aditivos redutores de água otimizam a trabalhabilidade do concreto 
e reduzem o consumo dos componentes do material. “A resistência 
mecânica do concreto é elevada significativamente, proporcionando 
um ajuste nas proporções de mistura e reduzindo o teor de cimento 
empregado”.
• “Com a aplicação de aditivos químicos especiais, é possível reduzir o 
volume de água de 200 L/m³ para 160 L/m³, sem perda de 
durabilidade e qualidade do material”,
São concretos mais duráveis que atendem as 
classes de agressividade ambiental pela NBR 6118, 
garantindo vida útil máxima para a estrutura”, 
Aditivos plastificantes
• Os plastificantes convencionais reduzem em 8% a 
quantidade de água, mantendo a trabalhabilidade 
e resistência da mistura, com limitação de 
dosagem para não interferir no início de pega do 
concreto.
• Os superplastificantes reduzem em até 40% o 
conteúdo de água, otimizando a trabalhabilidade 
do concreto e facilitando a aplicação, enquanto 
• Os hiperplastificantespodem reduzir mais de 50% 
de água e requerem baixo conteúdo de cimento. 
Aditivos retardadores de pega
• possuem a mesma capacidade de corte de água de um plastificante 
convencional, porém com extensão do início ao fim de pega do 
concreto”. 
• Esse tipo de aditivo é mais recomendado para ambientes de alta 
temperatura e situações de grande distância entre o local de 
dosagem e de aplicação.
BAIXA PERMEABILIDADE
• Com o uso de aditivos que reduzem a relação água-cimento, como 
superplastificantes, hiperplastificantes e redutores de água, é 
possível fabricar o concreto impermeabilizante. 
• De baixa permeabilidade, esse tipo de concreto também pode ser 
feito com cristalizantes à base de silicatos e polímeros acrílicos.
• O concreto celular é outro exemplo de concreto aditivado feito com 
aditivo surfactante incorporador de ar, ele pertence à família de 
concreto leve e proporciona isolamento térmico e acústico.
Bloco de concreto celular
• É um tipo de concreto que faz parte dos concretos denominados leves e se 
caracteriza por ser bastante espumoso e poroso, devido à grande quantidade 
de vazios que possui.
• O bloco de concreto celular pode variar de acordo com a indústria. Porém, o 
básico é uma mistura de água, cimento, cal e alumínio em pó. Essa mistura, 
fornece uma propriedade aerosa para o bloco, o que permite um ótimo 
isolamento acústico.
• Outra característica dessa mistura é o baixo teor de condutibilidade térmica, 
fazendo com que a variação de temperatura em ambientes com esse tipo de 
material seja mais controlada.
• A densidade desse tipo de objeto pode chegar a ser 60% menor do que de 
blocos de concreto tradicionais. O bloco de concreto celular possui densidade 
de 600 kg/m³, já nos convencionais esse número chega a 1400 kg/m³.
• Contudo, apesar da leveza, o bloco possui ainda uma boa característica de 
resistência, chegando a 2,5 MPa.
https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-concreto/
Vantagens 
do 
concreto celular
•Leveza: devido a presença de poros na peça, 
ocasionando uma grande fração de vazios em cada 
bloco, diminuindo então o seu peso.
•Ótimo desempenho térmico: melhor material vedante 
para edificações.
•Ótimo desempenho acústico: esta vantagem, 
juntamente com a anterior, aumentam o índice de 
habitabilidade da edificação.
•Redução da quantidade de concreto: diminui em até 
30% o consumo de concreto na obra, pois o peso da 
edificação será menor, não necessitando de estruturas 
muito espessas e robustas.
•Redução de custos totais: com a redução do peso, 
redução do consumo de concreto, facilidade de manuseio 
e maior agilidade e velocidade de trabalho, o uso do 
concreto celular propicia menores custos na obra.
•Resistência ao fogo: não sendo inflamável
https://www.escolaengenharia.com.br/custos-diretos-e-indiretos/
Desvantagens 
do 
concreto 
celular
• Perda de desempenho mecânico: como 
apresenta grande índice de poros devido a 
utilização da espuma em sua mistura, o 
concreto celular acaba perdendo 
propriedades mecânicas, reduzindo então, a 
sua capacidade de resistência à compressão.
• Baixo módulo de elasticidade: devido à 
redução ou eliminação do uso de agregados 
rígidos, é correto afirmar que o concreto 
celular tem um menor módulo de 
elasticidade que o concreto convencional. 
Isso pode gerar maior deformação nas peças.
• Maior custo de produção: a produção do 
concreto celular tem maior custo que a do 
concreto convencional devido ao uso de 
agente expansor ou aditivos em sua mistura. 
Desse modo, apesar de ser produzida de 
forma similar, o custo acaba sendo maior.
Custo e benefício
• A relação entre custo e benefício do emprego dos aditivos na 
fabricação do concreto pode ser percebida no corte de água. 
• Dessa forma, o preço do metro cúbico de concreto tende a ser menor 
e suas características de desempenho, ampliadas.
• Os aditivos estendem a durabilidade do projeto, proporcionando 
economia em longo prazo. 
• O emprego de muitos tipos de aditivos pode aumentar 
significativamente a vida útil das estruturas de concreto, reduzindo o 
número de intervenções de reparo que seriam feitas
Pega: Período inicial de solidificação pasta, 
perda da fluidez.
INÍCIO DE PEGA: Momento que a pasta começa a 
endurecer, perdendo sua plasticidade. 
É contado a partir do lançamento da agua no 
aglomerante, até o inicio das reações químicas.
FIM DE PEGA: Momento que a pasta já 
está completamente sólida. 
Não significando que ela tenha 
adquirido toda sua resistência.
TEMPO DE PEGA
Indicam o tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar e 
adensar argamassas, regá-los para execução da cura, bem como 
transitar sobre a peça. 
- Cimentos de pega rápida.....................< 30 min. 
- Cimento de pega semirrápida....de 30 a 60 min.
- Cimento de pega normal...............60 min a 6hs.
PEGA: etapas identificadas pelos respectivos 
tempos de ocorrência
Tempo de Início de Pega (TIP): tempo decorrido desde o lançamento de água no aglomerante, até o 
instante em que a pasta apresenta grande perda de plasticidade
Tempo de Fim de Pega (TFP): tempo decorrido desde o lançamento da água no aglomerante até o 
instante em que a pasta perdeu completamente a sua plasticidade.
No caso dos cimentos, aglomerante de pega normal, a resistência nominal da pasta é 
considerada atingida 28 dias após a mistura dele com água. 
A determinação dos tempos de pega (TIP e TFP) é feita em laboratórios com o uso de 
aparelhos específicos e em condições normatizadas de ensaio (ABNT).
OBSERVAÇÃO: à medida que o tempo progride, este fenômeno 
também progride levando o aglomerante a unir-se mais firmemente, 
através de reações químicas, aos materiais com que se acha 
adicionado.
NÃO SE DEVE CONFUNDIR PEGA COM 
ENDURECIMENTO.
OBSERVAÇÃO: O fim da pega significa que a pasta não pode mais ser 
manuseada e, terminada essa fase, inicia o endurecimento. Apesar de 
no fim da pega a pasta já ter alguma resistência, é durante o 
endurecimento que os ganhos de resistência são significativos
Tempos de pega: tempo para a solidificação 
da pasta plástica de cimento.
Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a pasta torna-se não 
trabalhável. 
Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se torne totalmente rígida. 
Determinação: Aparelho de Vicat. 
Determina o período de tempo que o concreto pode ser 
trabalhado após o seu lançamento.
Aparelho de Vicat 
• Início de pega: 
Agulha penetra 39mm na pasta
• Fim de pega: 
Agulha faz uma impressão na 
superfície da pasta, sem penetrar
MB – Método Brasileiro
Association Française de Normalisation (AFNOR)
VICAT PARA ENSAIO DE CAL
Aparelho de Vicat modificado com haste de 
penetracão de 30g, para determinacão do 
inicio e fim de pega, para ensaio em cal. 
Acompanha Forma tronco cônica 
70x60x40mm. 
Conforme NBR 9206, 14399.
VICAT P/ENSAIO DE GESSO MB 3469/NBR12128
Aparelho de Vicat modificado com cone de 
penetracão com 35g, para determinacão de 
inicio e fim de pega. 
Conforme MB-3469 (NBR 12128) para 
ensaio em gesso.
Argamassa
• A argamassa é utiliza em muitas partes da construção, desde o 
assentamento de tijolos e blocos até o acabamento das paredes com 
o reboco. 
• A argamassa pode ser comprada pronta ou feita na obra. 
• No caso de comprar a argamassa pronta, você precisará somente 
seguir as recomendações do fabricante para saber quanto comprar.
• Para fazer a argamassa na obra você precisará 
comprar cimento, areia, cal virgem para construção 
ou aditivo plastificante. 
• Neste caso o cálculo é bem parecido com o calculo do 
concreto, onde o primeiro passo é achar o volume e 
depois a quantidade dos materiais conforme o traço 
da argamassa. 
Argamassa
https://praconstruir.com.br/como-calcular-a-quantidade-de-mat
eriais-de-construcao/argamassa
As argamassas deverão ser produzidas 
considerando-se a produção inicial de argamassa 
intermediária (cal, areia e água) e, posteriormente 
à mistura desta com o cimento. 
Traços de argamassa maisutilizados na construção
Cim/Cal/Areia
Principais empregos das argamassas na 
construção civil
CHAPISCO
• É a primeira camada. 
• É feito com areia grossa e cimento (1:4 ou 1 :5) 
• Tem a função de dar aderência à parede, penetra nos 
tijolos, fecha poros, uniformiza e dá aspereza a 
• superfície. 
• Deve ser uma mistura bem úmida, lançada (jogada) 
sobre a parede. 
• Cai muito no chão. Se o chão for revestido dá para 
recolher, e imediatamente colocar na caixa de mistura. 
• Bater e jogar outra vez com rapidez pois o cimento já 
está hidratado. 
• Antes da próxima camada (emboço) lançam-se as 
mestras que são ripas verticais distantes de 1,5 a 2,0 
m e que servirão como guias para correr a régua que 
planificará o emboço.
A razão de usar cimento é que este é muito melhor cola que a cal e 
essa primeira camada é crítica e fundamental
Emboço
Reboco
• É a Segunda camada, lançada depois de algumas horas. Serve para 
regularização geométrica (aplainamento). 
• É no emboço que se acertam as irregularidades das paredes. 
 Revestimento interno: cal e areia. 
 Revestimento externo: mistura bastarda (1 cimento: 4 cal: 12 areia).
• É a terceira e última camada
• Usar areia fina e cal em mistura bem rica (1:3 ou 1:4). 
• Não usar cimento que pode dar trinca (devido à 
retração), atrapalhando a futura pintura, ou então o 
cimento pode “vidrar” à superfície.
Areia para alvenaria
• Na segunda camada do revestimento de paredes (emboço) usa-se a areia média. 
• Para o revestimento final chamado reboco ou massa fina, areia fina.
• Para acentamento de alvenaria deve-se utiliza areia média ou grossa. (chapisco)
• Observação: 
• É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma 
categoria.
• Essa desigualdade é conveniente, pois contribui para obtenção de melhores 
resultados em seu emprego, já que diminui a existência de vazios na massa e 
para a diminuição do volume dos aglomerantes, cimento e cal, na mistura, que 
são materiais de maior custo.
Argamassa da Obra
• Para estimativo de quantidade de argamassa de assentamento a ser produzida, 
considerar as juntas horizontais e verticais preenchidas, com 1,0 cm de espessura.
• Argamassa a ser utilizada para assentamento e revestimentos em geral (traço 
básico para estimativa das áreas de estocagem – não se refere a traços reais a 
serem empregados na obra). 
• Argamassa para o contrapiso: espessura média dada em projeto: 4 cm 
• Argamassa para o revestimento interno e externo das paredes, supondo uma 
espessura média de 2,5 cm em cada face da parede. (usualmente a espessura 
externa é bastante superior à interna)
• ALMEIDA, A. E. F. S. Estudo da influência das Adições de Sílica Ativa e Copolímero Estireno Acrílico nas Propriedades de Argamassas Para o 
Assentamento de Porcelanato . São Carlos, 2005. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Área Interunidades em Ciência e Engenharia de 
Materiais da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005. 
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13528 : revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas: determinação da 
resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2010. 
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14084 : argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas: 
determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2004. 
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