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EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL

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ANDRÉ FELIPE RODRIGUES
RA:14146302
MERETÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS-SP
Lucas Silva e Silva, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CPF n.º 111.111.111- 11 endereço residencial na Rua dos Alecrins nº 100, apartamento 33, Cambuí, Campinas, por seu advogado que subscreve, vem, à presença de Vossa Senhoria, propor a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL em face de Marcos Frota, pessoa jurídica inscrito no CPF de número 333.333.333-33 com endereço residencial na rua Maria Monteiro, nª 222, apartamento 333, Cambuí, Campinas, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
1. DOS FATOS:
O exequente é credor do executado em razão da inadimplência do termo de confissão de dívida que se traduz em título executivo extrajudicial em anexo, o qual dá conta de dívida total no valor de R$ 35.000,00 referente ao inadimplemento de 1 (um) cheque no valor de R$ 35.000,00 que segue inadimplido.
O pagamento deveria ocorrer com o pagamento de maneira integral, em parcela única, paga com um único cheque, datado do dia 04/05/2020.
O referido cheque voltou duas vezes e consequentemente o valor não foi recebido até o presente momento, o que enseja a presente ação de execução contra a requerida e em razão das tentativas inexitosas de solução em sede administrativa, vem o Autor buscar o amparo do Poder Judiciário.
2. DO DIREITO 
a) Da Competência
Resta estampado no próprio título de forma expressa que resta eleito o foro da Comarca de Campinas para dirimir quaisquer dúvidas acerca do contrato, assim como também para que ocorra a execução do devedor, por consequência lógica.
Nesta senda, temos que a presente comarca possui competência para proposição da presente ação executiva.
b) Da execução De Título
Conforme estabelece o artigo 784, inciso III, do Código de Processo Civil, o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas o coloca na condição de título executivo extrajudicial. Vejamos:
Art. 784 – São títulos executivos extrajudiciais:
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
Dessa forma, mostra-se executável o presente contrato apresentado a este Juízo, sendo apresentada dentro do prazo legal e restar fundado em obrigação certa, líquida e exigível.
c) Da Atualização Dos Valores
Ademais, o Código Civil é claro sobre o dever do pagamento da obrigação:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Demonstrado o compromisso firmado entre as partes e a ocorrência do descumprimento, não resta outra solução se não o imediato pagamento do débito.
Para efeitos de atualização, importa anotar que, nos termos do parágrafo 7 do título executório, restou estabelecida a multa de 20% sobre o saldo devedor para o caso de descumprimento corrigido pelo IGP-M e acrescido de juros de 12% a.a. 
Na redação do Art. 523, do CPC, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento para o caso de não ocorrer o pagamento voluntário no prazo legal, exigindo-se assim, a atualização do cálculo para o caso de não haver o pagamento conforme aqui indicado.
Dessa forma, esgotadas as tentativas para adimplemento em sede administrativa, estando dentro do prazo prescricional e obedecendo aos demais preceitos legais, cabível é a presente execução.
d) Das Medidas Assecuratórias
Tendo em vista a necessidade de garantia para satisfação da dívida, devem ser adotadas as medidas necessárias para garantir a execução.
Assim, pugna pela expedição da certidão de que trata o artigo 828 do Código de Processo Civil, para averbação junto ao registro de imóveis e de veículos, de modo a evitar que o devedor se desfaça dos bens.
Ainda, pugna pela indisponibilidade de ativos financeiros, em quantia suficiente para adimplir seu débito com o exequente, com a expedição de ofício ao BacenJud conforme artigo 854, do Código de Processo Civil, devendo esta limitar o valor da indisponibilidade ao valor indicado na presente execução.
e) Dos honorários de execução
A regra do art. 827 do CPC/15, relativa aos honorários advocatícios na execução por quantia certa, é impositiva no tocante ao percentual mínimo de 10% sobre o valor do débito exequendo arbitrado na fase inicial.
O valor dos honorários poderá ser reduzido pela metade se houver pagamento no prazo de três dias (parágrafo 1º), ou então, ser elevado até 20% quando rejeitados os embargos à execução, sempre considerado o trabalho efetivado pelo advogado do exequente.
Este percentual não pode ser inferior ao estabelecido em Lei, conforme entendimento pacificado do STJ o qual determina que o juiz poderá, "dentro do espectro dos percentuais de 10% e 20%, realizar, seja pela rejeição dos embargos, seja, ao final do procedimento executivo, em virtude do trabalho extra executado pelo advogado (parágrafo 2º do artigo 827), majorar a verba honorária"(REsp 1.745.773 de relatoria do ministro Luís Felipe Salomão).
Portanto, cabível a incidência de honorários mínimos de 10% sobre os valores cobrados a título de verbas honorárias, podendo ser aumentado até 20% de acordo com o trabalho executado pelo advogado, o que se requer, desde já, seja determinado em seu patamar máximo.
Temos, portanto, o seguinte cálculo para a fase de proposição da execução do título em tela:
Honorários (R$): 0,00
Multa do 523 § 1º (R$): 0,00
Honorários da Fase de Cumprimento/Execução (R$): 3.891,13
MULTA 20% DESCUMPRIMENTO (R$): 3.755,50
Total Atualizado (R$): 42.646,63
f) A possibilidade de parcelamento do débito judicial
O novo Código de Processo Civil, com o intuito de incentivar o pagamento espontâneo da dívida e, por conseguinte, conferir uma maior celeridade e efetividade ao processo de execução de título extrajudicial, autoriza o devedor a efetuar o parcelamento judicial do crédito exequendo, mediante o preenchimento de alguns requisitos elencados em seu art. 916.
Portanto, cabível o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.
Dessa forma, pretendo o executado aderir ao pagamento espontâneo e parcelado, deve fazer o pagamento de R$ 20.000,00 e mais 6 parcelas iguais de R$ 3.774,438.
3. DOS PEDIDOS:
Ex positis requer a Vossa Excelência, a citação do executado, no endereço declinado ou onde encontrados forem, nos termos do artigo 246, inciso I do CPC para que, no prazo de 03 (três) dias, (art. 829 do CPC) efetuem o pagamento do débito, acrescida, a partir da data do presente cálculo, de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, correção monetária, custas processuais e honorários advocatícios (art. 827 caput do CPC), ou embargar a execução, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 914 caput e § 1º e 915 do CPC), ou no mesmo prazo, pagar o débito na forma autorizada pelo artigo 916 caput do CPC, sob pena de penhora e avaliação em tantos bens quantos bastem à garantia da execução.
Requer, outrossim, a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes, nos termos do art. 782, § 3º do C.P.C.
Requer mais, caso não sejam encontrados os executados, o arresto em tantos bens quantos bastem para a garantia da execução, ex vi do art. 830 § 1º, da lei adjetiva civil.
Nos termos do disposto no art. 319, inciso II do C.P.C., requer, conforme dita o § 1º do sobredito artigo, diligências necessárias à obtenção do endereço eletrônico da parte executada.
Outrossim, considerando terem sido esgotados todos os meios de tentativas de solução amigável do débito, bem como em atendimento ao disposto no artigo 319, inciso VII do Novo Código de Processo Civil e ao próprio princípio da efetividade da jurisdição que norteia o processo de execução, o Exequente manifesta não ter interesse na realização de audiência de conciliação ou de mediação.
Finalmente,nos termos do Art. 828 do CPC, requer a expedição de Certidão Comprobatória do Ajuizamento da Execução, para a averbação junto ao registro de eventuais bens dos executados que estejam sujeitos à penhora ou arresto.
Dá-se a presente o valor de R$ 42.646,63 (quarenta e dois mil, seiscentos e quarenta e seis reais e sessenta e três centavos).
Nesses termos, pede deferimento.
Campinas, 18 de novembro de 2020.
NOME DO ADVOGADO
OAB/SP Nº XX.XXX

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