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LICENCIATURA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO A DOCÊNCIA POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 NOME: TERESA CRISTINA SILONI PEREIRA - RA 1758927 POLO SANTA BÁRBARA D’OESTE – SP 2020 SUMÁRIO 1. Educação? Educações: aprender com o índio 2. O Fax do Nirso. 3. A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 4. Uma pescaria inesquecível 5. A Folha Amassada 6. A Lição dos Gansos 7. Colheres de Cabo Comprido 8. Assembléia na Carpintaria 9. Faça parte dos 5% 10.O Homem e o Mundo 11. Professores Reflexivos 12.Um sonho Impossível 13. Pipocas da Vida 1 1 Educação? Educações: aprender com o índio Os índios das Seis Nações iniciam a sua carta com a expressão com “. . . Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração”. Seria um sinal de ingenuidade? Explique seu ponto de vista. Ao se referir que . . . ”Nós estamos convencidos..”; Os índios das Seis Nações evitam um debate com uma série de explicações para convencê-los de que a educação e a cultura deles prepararia o jovem para promover mudanças que segundo eles dariam mais sentido e aperfeiçoaria o modo de vida dos índios. Nela os índios afirmam que são diferentes convicções sobre educação, baseados na convivência , na diferença de vida e de costumes. O desenvolvimento de habilidades e aptidões do indivíduo dentro de seus costumes , eles são construídos de acordo com a necessidade e a vivência dentro daquela comunidade. Portanto, se os jovens fossem se preparar para a vida adulta dentro de outra sociedade que não a deles, com certeza agregariam conhecimentos, porém, eles passariam por uma readaptação para entender a dinâmica daquela comunidade, a partir daí sobraria muito pouco para agregar ao conhecimento daquela comunidade. Na verdade, os índios valorizam a construção do conhecimento, como natural de sua tradição. Nesse caso seria o conhecimento passado dos mais velhos para os mais jovens. Isso não torna a tribo dona de uma educação vulnerável, porque a transmissão dos valores são dinâmicos, os jovens aprendem com a apropriação ativa do conhecimento. Os modos comportamentais são a educação que se” recebe em casa”, na verdade, é uma forma de criticar a educação dada a pessoa. Rotularam a cidadania como uma questão comportamental, e validar apenas um sentido para se educar o cidadão. Já sabemos que a educação se faz em vários lugares, não apenas na escola, e ela é diversa, pode ser feita de várias formas utilizando-se de vários métodos. Hoje o ensino, pautado na BNCC, articula com habilidade socioemocional com- preendida como parte fundamental de desenvolvimento do aluno. A educação fora do ambiente escolar , de uma forma colaborativa e participativa, 2 fazendo uso de ferramentas e recursos interativos, intuitivos, aproxima ainda mais o estudante do protagonismo do seu aprendizado . Nesse sentido cito um exemplo de planejamento de aula interdisciplinar fora da sala de aula: As igrejas como fontes históricas, trabalhando sua arquitetura com conceitos matemáticos,suas formas novas ideias para aulas de artes, a liturgia como interpreta- ção textual, a junção das pessoas que têm histórias interessantes por virem de outras regiões podem desenvolver experiências geográficas. . . . Para finalizar minha reflexão quero citar a experiência dos professores da rede pública estadual, em seu trabalho remoto para a continuidade da rotina escolar dos alunos. Que foi transformada em uma saga para todos, os professores ultrapassando velhas barreiras para dar sentido ao desenvolvimento de aprendizado aos alunos, e os alunos que confinados em família , com suas dificuldades de acesso entre outras demandas, tentam responder a altura a expectativa do ensino remoto. 2 O Fax do Nirso Nunca a escolaridade fez tanto sentido no mercado de trabalho, no caso do texto, o chefe usa uma linguagem que faz parte da diversidade e da transitoriedade da língua portuguesa, para dar notoriedade ao ótimo desempenho do funcionário, a única intenção é que os outros colegas mirem no resultado do trabalho que foi desenvolvido pelo “Nirso”. O mercado de trabalho hoje exige além dos conhecimentos específicos que adquire na formação acadêmica. Nesse sentido a BNCC em resposta a nova postura do mercado e sociedade, incluiu novas habilidades a serem trabalhadas na escola desde o ensino fundamental. Como as habilidades socioemocionais que são amplamente trabalhadas interdisciplinarmente até o ensino médio. No texto intui-se que para chegar ao resultado satisfatório , o Nirso fez uso da sua capacidade de mobilização e comunicação de ideias sobre o produto a ser vendido, com autonomia na resolução de possíveis problemas apontados por seus clientes durante a negociação, acrescentando valor a empresa que ele representa e culminando com vendas. Entretanto, ainda que a passos curtos, a escola tenta se abrir e compreender que a educação se dá de várias formas, para isso se adequa em seus currículos, seus planos políticos pedagógicos, em suas didáticas e metodologias. Até pouco tempo compreendia-se que as habilidades eram natas, e a partir de certa idade não 3 se desenvolveria mais nenhuma , hoje comprovado cientificamente que os seres humanos desenvolvem suas habilidades e criam outras habilidades durante toda a sua vida. A escola de acordo com sua contemporaneidade trabalha as sociabilidades como empatia, cidadania, respeito. . . 3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) Ao apresentar aos alunos nossas opiniões sobre fatos como verdades absolutas, será que não estamos negando aos nossos alunos o direito de optar? Acredito que hoje com a quantidade de informações a que todos temos acesso o tempo todo, fica complicado trabalhar com verdades absolutas. Em sala de aula acredito que seja melhor apresentar e desenvolver a aula pautada em fatos. Como já dito com a facilidade de acesso à informação, então acredito que sejam normais questionamentos e contestações em sala de aula por parte dos alunos. O ponto é como receber o questionamento, para não se tornar discussão aca- lorada, penso que deve sempre haver um acordo do professor e a sala, que todo o assunto seja sempre pautado em fatos, que se traga evidências para que a discussão seja salutar, nem que o combinado seja trazer dados e evidências na próxima aula. Não é fácil o professor ter seu raciocínio durante uma aula interrompido, mas é fato que isso acontece com regularidade, a habilidade conciliadora e apaziguadora deve estar afiada, para receber perguntas em tons de desafio. Pois, o aluno sentindo-se acolhido em seus questionamentos com certeza essa aula passa a fazer mais sentido para ele. Entretanto, ainda que pautados em fatos existem visões e interpretações di- versas e disso não temos como fugir em uma sala de aula, porque a construção do conhecimento nasce de debates entre opiniões diversas. 4 4 Uma pescaria inesquecível Complete a frase: “Ética são questões relativas à moral e aos costumes de uma sociedade, sem recorrer ao senso comum.” A ética não faz parte do ensino escolar, porque ela está incutida no pensamento social de que são questões da sociedade que se acredita ser um aprendizado que está dentro dos valores da família. Com a propaganda de 1976 “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?!”; instituiu- se ali a “Lei de Gerson”, uma ética flexível, que alguns gostam de chamar de jeitinho brasileiro. Entretanto, em sua maioria dos escândalos políticos em corrupções a ética flexível não é questionada, ela é taxativamente julgada como erro condenável, já que acarreta um imenso prejuízo financeiro a todos os brasileiros. Entretanto, a sociedade com sua análise rasa, flexibiliza toda a questão ética e moral a seu favor, com pequenos delitos quando hipoteticamente ninguém está vendo:como por exemplo: estacionar em vagas reservadas a deficientes e idosos, com a desculpa de que serão apenas 5 minutinhos. Transformar ética em disciplina no currículo escolar,significa romper estruturas familiares sobre essa perspectiva de pensamento, por ser uma questão que facilmente se confunde e até se mistura a questões morais. “O que é certo é certo, mesmo que ninguém o faça. . . e o que é errado é errado, mesmo que todo mundo o faça” ; para comentar essa frase usarei outro pensamento do professor Mário Sérgio Cortella “É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que é tudo normal. 5 5 A Folha Amassada Como educador, no futuro, você terá que desempenhar várias funções que extrapolam o “simples” ensinar e que se inserem no contexto de educar. Você se considera preparado emocionalmente para exercer tais funções? Observei isso durante meu estágio na escola José Gabriel, as quartas- feiras eu auxiliava a vice-diretora em mediações de conflitos entre alunos e entre professores e alunos. Realmente o trabalho vai muito além do conteúdo trabalhado na faculdade durante o curso; pelo que pude perceber é que no decorrer do ano, professores e alunos começam a se comportar como se estivessem em casa, os professores se comunicando com filhos e sobrinhos e os alunos se comunicando com os pais, testando o limite do amor e paciência, eles querem saber da veracidade dos sentimentos do corpo docente por eles. Por isso quando a linha da tolerância é ultrapassada por aluno ou professor, na escola , tem a intervenção do professor mediador. O professor mediador visa antes de tudo reconstituir possíveis laços de respeito e afeto que tenham sido corrompidos por alguma situação. O aluno explosivo sob essa perspectiva não é necessariamente um problema, ele é um “testador”, que precisa mudar o foco, se reencontrar como aluno, compreender que uma relação conturbada não pode definir toda ou qualquer outra relação. E que muitas vezes a explosão é por falta de habilidade do aluno se comunicar e do professor compreender as entrelinhas. O professor precisa estar constantemente em contato com artigos educacionais e não mergulhar na realidade das escolas. Os alunos, principalmente os considerados vulneráveis, são replicadores de situações, ou seja eles reverberam em sala de aula ou no ambiente escolar o que se vive em casa. Entretanto, o que ele vive na casa dele , dificilmente temos como mudar, mas na escola sim. Com apoio da direção, postura profissional dos professores. Ilustrando a todo momento que ali é um ambiente escolar, e temos regras comportamentais a serem seguidas, isso ajuda muito. As aulas como projeto de vida e eletivas, com os alunos tendo uma participação maior na construção do conteúdo do curso, é uma grande chance de criar vínculos e aproximações, é um momento em que alunos e professores podem encontrar pontos em comum e transformar divergências em convergências. 6 6 A Lição dos Gansos Pessoas que se deslocam numa mesma direção e que têm o sentido de comu- nidade podem atingir seus objetivos de forma rápida e fácil, pois, se beneficiam de impulso mútuo. Numa equipe, quando um só elemento se esforça na direção contrária, o dispêndio de energia é muito maior e o avanço da equipe, menor. Será que você já aprendeu a lição dos gansos? A reflexão sobre esse texto foi a que mais demorei, é muito difícil dizer se aprendi ou não a lição dos gansos. Porque em sala de aula os alunos se organizam como gansos para testar seu professor, e vendo isso aqui do lado de fora se torna até engraçado imaginar essa cena, por enquanto nessa cena existe apenas um adulto, então são crianças organizadas como gansos. Exige do professor a capacidade resiliente em tempo recorde, o uso de discurso conciliador, com palavras assertivas e otimistas. Neste contexto não há como afirmar “estou preparado!”, ou “Aprendi a lição dos gansos!”, eu como professora, e acredito todo professor também, nos preparamos todos os dias, não ceder aos apelos momentâneos de respostas intempestivas e não refletidas. Existem cursos curtos sobre falas conciliadoras e mediações de conflitos e faço todos os que encontro. Agora que vivemos os extremos seja de pensamentos ou reações, a cultura de paz é indispensável em uma escola e sala de aula. 7 7 Colheres de Cabo Comprido O que significa, concretamente, um trabalho em equipe? Concretamente é quando um grupo se reúne para um trabalho coletivo, na escola o corpo docente formado por acadêmicos, produz mais trabalhando em grupo do que paralelo. É necessário debater ideias e para isso também desenvolver a habilidade de escutar. Importante lembrar que como professores muitas atividades desenvolvidas durante o ano letivo, serão desenvolvidas em grupo por alunos, grupos esses que eu como professora irei organizar e identificar. Logo não poderei ensinar bem essa habilidade se eu não conseguir desenvolver a mesma junto com meus colegas de trabalho. Durante o curso de licenciatura na UNIP, além de trabalhos em grupos, também aprendemos muito sobre a importância da interdisciplinaridade, metodologia a qual exige o trabalho em grupo desenvolvido pelos professores. Essa parceria entre colegas de trabalho é um exercício constante que tem muito a acrescentar durante o desenvolvimento do nosso trabalho. Espero poder desenvolvê- lo da melhor forma possível. 8 8 Assembleia na Carpintaria • Como você se sente quando as pessoas que o cercam dão destaque aos seus defeitos, em detrimento das suas qualidades?. Para os alunos destacar seus defeitos, significa limitá-los. O convívio com a sala, ou com o professor pode ficar sem equilíbrio.Quando destaca meus defeitos, eu logo penso “mas, e tudo de bom o que eu faço?”. Da mesma forma pode acontecer com os alunos, estes precisam de visibilidade positiva para se sentirem seguros, do contrário eles sentem-se excluídos e inseguros. Isso influi negativamente no aprendizado , causando desinteresse e apatia do aluno. Acredito que as qualidades dos alunos seja saudável se destacar com trabalhos em grupos, dimensionando a produtividade com a sobreposição aos “defeitos” dos alunos. Seria uma postura construtivista, dariam a elas o devido reconhecimento aos que se destacam , sem ferir a produtividade àqueles com um desenvolvimento mais tímido. Tudo isso para não rotular, e sim agregar eles e dar a real importância a aprendizagem, aceitando que ela acontece de acordo com o trabalho em grupo e o tempo de cada aluno. 9 9 Faça parte dos 5% Essa reflexão escrevo em meio ao afastamento social , por conta da pandemia. Agora fazer parte dos 5% nunca foi tão necessário, tão debatido e absolutamente necessário. Ainda o ano passado quando fiz o estágio na Escola José Gabriel, percebi que não seria fácil ser aceita na equipe e estar junto no desenvolvimento de projetos. Desenvolvi um projeto para a escola , a culminância seria um aplicativo gratuito para os alunos, para dar início da metodologia do ensino híbrido. Em sua maioria os professores da escola , não se entusiasmaram em participar, a participação deles seria enviar atividades para o adm. do app deixar disponível para o acesso aos alunos. Neste ano, no início do afastamento, a diretora da escola optou pelo app como ferramenta principal para dar continuidade a rotina escolar no ensino remoto. Enfim todos os professores fazem uso desta ferramenta para a continuidade do trabalho que já era desenvolvido em sala de aula. Participei do seminário regional paulista sobre boas práticas desenvolvidas pela escola. Neste sentido acredito que eu tenha nesse momento feito parte dos 5%, e foi maravilhoso, mas tenho consciência que é preciso mais, porque a educação é um organismo vivo e mutante, e logo alguém ou alguma coisa se fará mais adequado a continuidade da educação. Porém me preparo todos os dias para que eu esteja entre as cabeças pensantes, pois gostei muito deste lugar. 10 10 O Homem e o Mundo “Quando o homem resolver o problema entre homens e homens, aí estará pronto para resolver os problemas entre homens e mundo”. O problema do mundo é o homem. O problema entre homens e homens nunca estará resolvido em um mundo capitalista, ondese criam coisas para facilitar a vida do homem, porém, poucos homens têm a possibilidade de adquiri-los. E para não deixar marcas de um mundo tão monstruoso e segregador distribui- se cestas básicas, sopão na madrugada, em algumas cidades o governo envia uns cadernos e lápis e como num passe de mágica somos todos iguais, pois, temos o que comer e como escrever. A sociedade é formada por grupos fechados com ideias e pensamentos em comuns, o que é uma doce maneira de segregar. E cultuam a ilusão do pertencer e de se reconhecer, logo se você precisa se reconhecer e ser reconhecido você não pertencerá a todos os grupos. • Você está preparado para aprender com uma criança? Afinal, isto é o inverso do que a educação pensa que faz, ou seja, é a geração mais nova ensinando a geração mais velha. Estou, tenho 48 anos, e estou entre vários mais jovens , até alguns professores meus são mais jovens, e isso não me incomoda, ao contrário, me sinto muito bem acompanhando os mais jovens, pertenço a esse grupo. Nesse sentido o aluno se manifestar com suas observações durante as aulas é muito bom, isso mostra que realmente estão interagindo e se interessando pelo assunto tratado nas aulas. 11 11 Professores Reflexivos Reflita sobre a desigualdade social no Brasil. Na sequência, reflita sobre o papel a ser desempenhado pela educação, neste contexto. A desigualdade social no Brasil é grande e são vizinhas, você pode ir ao Morumbi, um bairro de classe alta e a poucos metros visitarem uma das maiores favelas do país, a Paraisópolis. Mas ela não é só medida pela estética, mas por acessos a trabalho, moradia, escolaridade, diversão. . . .entre tantas coisas. A escola na maioria das vezes é o braço do Estado presente nas comunidades, bairros e municípios. A unidade é uma parte importante da rede de proteção para crianças e adolescentes, os professores nesse sentido são peças importantíssimas na aquisição de dados e na observação desses jovens e adolescentes. Políticas sociais são oferecidas através da escola, também visando o compro- misso da escolarização. A escola que envia dados exatos para que o estado controle sua assistência com suas políticas sociais. O trabalho do professor não é só transmitir conteúdos, mas também trabalhar sociabilidades,habilidades cognitivas, para tanto foi incluído na grade escolar para alu- nos do fundamental II e ensino médio aulas projeto de vida, eletivas e tecnologia. São ofertados cursos de formação pela secretaria de educação para a preparação dos docentes para ministrar essas aulas. As aulas de projeto de vida , são desenvolvidas de acordo com dados que são colhidos dos próprios alunos e culminam com o varal dos sonhos onde os alunos colocam no varal todos seus sonhos. Aproveitando o conteúdo do varal dos sonhos, professores, coordenação e direção trabalham da construção das aulas eletivas, que seriam profissões, projetos culturais, projetos de sustentabilidade entre tantos outros que de alguma forma estava apontada entre os sonhos e os alunos em uma feira de apresentação desses cursos escolhem os que pretendem cursar durante os próximos seis meses, essas ações corroboram como estratégias para evitar evasão escolar. Eu fiz esses cursos de preparação, além de acrescentar muito para mim como pessoa, vai fazer parte do meu projeto educacional. Reflita sobre a desigualdade social no Brasil. Na sequência, reflita sobre o papel 12 a ser desempenhado pela educação, neste contexto. 12 Um sonho possível A escola é o braço do Estado na comunidade, é por meio dela que o governo mantém seus trabalhos assistenciais. Nesse contexto a escola é uma importante peça da rede de proteção a vulnerabilidade da criança e adolescente. Também vista como a possível salvação para que o jovem saia da situação de desamparo, preparando desde criança para que no momento certo ele seja inserido como ser produtivo na sociedade e possa prover sua subsistência de maneira digna. Imagine-se lecionando, no período da manhã, para alunos que pertencem às famílias de classe alta e, à tarde, para alunos que pertencem às famílias de baixa renda. Sua atuação profissional como professor deve ser diferente em cada contexto? Profissionalmente como conteudista não, mas como mediadora no desenvolvi- mento das habilidades socioemocionais sim, para que haja equidade entre os pares, muitas vezes temos que usar diferentes estratégias. Qual seria uma boa estratégia para combater a evasão escolar? Hoje o maior número de evasão escolar está no ensino médio, nesse sentido acredito que o ensino poderia ser mais flexibilizado, como horários, planejamento das aulas de acordo com atualidades, a participação dos alunos com conteúdos para o planejamento das aulas. O desenvolvimento de atividades colaborativas, pode integrar de forma robusta a escola e alunos, eles podem se apropriar do ambiente escolar e transformar seu aprendizado de forma prazerosa. 13 13 Pipocas da Vida • Um grande dilema do ser humano é mudar. E isso se explica pelo simples fato de que, mudar, pode ser para melhor ou para pior. Assim é o ser humano. Neste contexto, como zelar para que a mudança pretendida seja para melhor? As mudanças são necessárias, acredito que elas sempre aconteçam dentro de um contexto. Nosso foco são as mudanças que podem acontecer no decorrer da nossa profissão, o nosso contemporâneo prega o desenvolvimento do trabalho em grupo, ou por cooperação, o que significa uma rede de professores não necessariamente da mesma escola. Dentro desse contexto não há como não mudar, são muitas informações, ideias, cocriações e se você não estiver dentro dessa nova ordem você está totalmente fora como profissional. Nesse sentido é necessário uma reeducação comportamental, não há mais espaço para o ostracismo, o trabalho, as estratégias e metodologias precisam ser compartilhadas, para elas serem recriadas em uma constante evolução. Conversando com a diretora da minha escola ontem o assunto era esse, mu- dança, a resistência de alguns membros do grupo em trabalhar em equipe, eles desenvolvem um trabalho em paralelo a coordenação porém era para ser em equipe. Mas não serão assim por muito tempo as TIC usadas para o desenvolvimento de projetos pedagógicos são indispensáveis, e essas ferramentas exigem trabalho em grupo, elas impõe a interdisciplinaridade. Vejo tudo isso com muito entusiasmo, um trabalho que se expande para várias vertentes, com frutos incríveis que só pode trazer um engajamento ainda maior por parte dos nossos alunos e é esse o resultado para que trabalhamos. LICENCIATURA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO A DOCÊNCIA POSTAGEM 3/3 : Exame NOME: TERESA CRISTINA SILONI PEREIRA - RA 1758927 POLO SANTA BÁRBARA D’OESTE – SP 2020 1 1 PEDAGOGIA DO OLHAR Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente “E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.” “Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.” “A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. . . “É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo.” “Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.” “ As palavras só teem sentido se nos ajudam a ver um mundo melhor” “ Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem. . . O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido Rubem AlveS Reflexão A educação do olhar e das emoções, fazem parte da BNCC, o trabalho para desen- volver as habilidades socioemocionais de forma interdisciplinar, nas aulas de projeto de vida ou mesmo nas eletivas. O que diriaRubem Alves, hoje ao saber que os alunos que indicam o planejamento das aulas de acordo com seus sentimentos. Estou falando das aulas “Projeto de Vida”. Que na minha humilde opinião é totalmente baseado no texto de Rubem Braga “A PEDAGOGIA DO OLHAR”. Segundo o cronograma, os alunos mais antigos fazem o acolhimento dos alunos que estão chegando. De cara já temos o desenvolvimento da empatia como habilidade; os alunos conseguem se reconhecer nos sentimentos dos alunos que estão chegando. 2 Na aula a proposta é para o aluno se apresentar de dia lúdica e falar sobre seus sonhos. O que faz todo sentido , no que diz respeito a entender seus sentimentos, e aqueles alunos, que dizem não ter sonhos, recebem mais atenção. E desenvolvido um trabalho com a proposta para que este aluno, reconhecendo seus sentimentos e necessidades, compreendendo qual o seu sonho, e traçando um possível caminho para chegar até ele.Todo esse processo vira o varal dos sonhos, que rendem outra aula , as eletivas. A secretaria de Educação do Estado de São Paulo proporciona a formação continu- ada, para que todo esse trabalho proporcione ao aluno o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.Interessante observar que é necessário que o professor também conheça e reconheça suas próprias emoções, desenvolva suas habilidades sócio afetivas. Afinal como posso ensinar sobre empatia, se ele não a conhece, não a possui, afinal “só podemos dar o que temos”. Logo acredito que alunos e professores irão seguir um caminho de troca e aprendi- zado, como proposto pelo autor do nosso referido texto. Quero citar sobre o que pude presenciar entre meus colegas de trabalho durante este afastamento social, em um “aula de trabalho pedagógico coletivo (ATPC)”.Uma colega disse que estava difícil elaborar a culminância das aulas “projeto de vida”, porque é um conteúdo para se trabalhar todos juntos na sala de aula. Se um profissional não concebe diferentes situações de aprendizagens, para se respeitar diferentes estilos de linguagens em seus alunos e se as aulas não fazem do seu aluno o centro do processo de aprendizagem, ele não está de acordo com a contemporaneidade da sua profissão. E o afastamento social nos faz cada vez mais aprender isso na marra, os alunos aprendem dentro ou fora da sala de aula, deixo aqui de manifestar-me sobre outro porém, é muito sério nessa situação sobre a dificuldade de acesso a tecnologia como ponte para a continuidade das rotinas escolares. O olhar pedagógico para a vida, para o mundo. Entender a criança, os adolescentes apenas ouvinda o que eles tem a dizer, o professor fora da postura conteudista, sendo mais flexível para absorver todo o universo da educação , Poder conduzir a rotina escolar de uma forma inclusiva, interessante, que faça todo sentido na realidade do estudante. Por isso fiz a comparação com as aulas de projeto de vida e eletivas, é a oportunidade de viabilizar esse olhar pedagógico , abrindo para uma cocriação de um novo planejamento de aulas. Momento em que podemos levar efetivamente a educação de forma que o estudante se aproprie dos conhecimento e se torne protagonista do seu aprendizado. Educação? Educações: aprender com o índio O Fax do Nirso A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) Uma pescaria inesquecível A Folha Amassada A Lição dos Gansos Colheres de Cabo Comprido Assembleia na Carpintaria Faça parte dos 5% O Homem e o Mundo Professores Reflexivos Um sonho possível Pipocas da Vida PEDAGOGIA DO OLHAR
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