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Leitura complementar - Orçamento na construção civil - licitação

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
Ana Paula Santana dos Santos 
Nilmara Delfina da Silva 
Vera Maria de Oliveira 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO 
INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM 
PROCESSO LICITATÓRIO 
Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP - Lins - SP 
 
 
 
 
 
 
Lins - SP 
2012 
 
ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS 
NILMARA DELFINA DA SILVA 
VERA MARIA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA 
PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, Curso de Ciências Contábeis 
sob a orientação do Prof. M. Sc. Ricardo 
Yoshio Horita e orientação técnica da 
Profª. M. Sc. Heloisa Helena Rovery da 
Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
Lins - SP 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos, Ana Paula Santana dos; Silva, Nilmara Delfina da; Oliveira, 
Vera Maria de 
S233o Orçamento na construção civil como instrumento para 
participação em processo licitatório: Alfini Engenharia e Construção 
Ltda EPP / Ana Paula Santana dos Santos; Nilmara Delfina da Silva; 
Vera Maria de Oliveira. -- Lins, 2012. 
121p. il. 31 cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Ciências Contábeis, 2012. 
Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da 
Silva 
 
1. Planejamento Orçamentário. 2. Licitação. 3. Construção Civil. I 
Título. 
 
CDU 657 
 
 
ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS 
NILMARA DELFINA DA SILVA 
VERA MARIA DE OLIVEIRA 
 
 
 
ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA 
PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Aprovada em: _____/_____/_____ 
 
Banca Examinadora: 
 
Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita 
Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de 
São Carlos. 
 
Assinatura:_____________________________ 
 
 
1º Prof (a): ______________________________________________________ 
Titulação: _______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura:_____________________________ 
 
2º Prof (a): ______________________________________________________ 
Titulação: _______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura:_____________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos nossos familiares, pelo incentivo e pelo apoio em todos os 
momentos. 
 
 
“Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da 
montanha. Não desanime no meio da estrada: siga à frente, por 
que os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que 
for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da 
montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da 
caminhada.” (Luiz Jorge de Oliveira Bello) 
 
 
Ana Paula, Nilmara e Vera 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, pela plenitude da vida, por ter 
paciência comigo e estar a todo o momento ao meu lado. Somente 
Deus sabe o que passei e me deu forças para chegar até aqui, 
aumentando a minha fé a cada dia, ouvindo minhas orações tanto de 
súplicas e também as de agradecimento, pois sem Ele não sou nada. 
Aos meus pais João e Isabel, que acreditaram no meu sonho e 
me apoiaram em todos os momentos. Quantas noites acordados 
aguardando o meu retorno, quanta preocupação tinham quando eu 
me desesperava, em teus abraços sempre encontrei amor e acima de 
tudo fé. Amo vocês, mesmo não sendo perfeita. 
Às minhas irmãs Josi e Nathaly que são essenciais em minha 
vida, pelas altas horas de conversas que envolviam lágrimas e 
também muitas risadas. Eu amo vocês sempre. 
Ao Nivaldo, que posso chamar de meu irmão. Obrigada por 
fazer parte de minha família e cuidar tão bem de meus sobrinhos 
Guilherme e Weslley Victor, que também não posso deixar de 
agradecer pela alegria de cada travessura e cada sorriso que tiram 
de mim. E à minha vó Cida, que é mais que uma mãe para mim. 
Amo vocês. 
Ao meu noivo Alexsandro. Por acreditar que eu conseguiria 
chegar até o fim desta etapa, dando motivação para eu vir à 
faculdade nos momentos em que estava muito exausta. Eu o amo 
muito. 
Agradeço à empresa Alfini Engenharia e ao Engº Nilson por 
contribuir com os novos conhecimentos adquiridos. 
Agradeço às minhas companheiras de trabalho Vera e 
Nilmara e aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma Heloisa, 
pessoas essenciais para a vitória deste desafio. 
Certa vez me disseram que “O porto é um lugar seguro para o 
barco, mas ele não foi fabricado para isso”. Obrigada por suas 
palavras Prof. Irso Tófoli. 
Desejo a todos muito sucesso e que Deus continue a nos 
abençoar, pois nossa jornada está apenas começando. 
Ana Paula 
 
Agradeço em primeiro lugar a Deus que me ajudou a superar e 
a enfrentar as pedras que surgiram no meio dessa caminhada. 
 Na sequência minha mãe Carmem, que me deu o alicerce para 
ser quem eu sou para tomar iniciativa para a realização desse curso. 
Muito obrigada, eu a amo. 
Agradeço também ao meu irmão Vagner e à minha cunhada 
Renata que nas horas de tristeza e desânimo me mostrou que no 
 
final do túnel tinha uma luz à minha espera e também ao meu 
sobrinho Hollyver que desde pequeno não sabe a força que me dava 
com apenas um sorriso de criança. Eu o amo muito, meu anjo. 
À minha irmã Lucia, apesar da distância, ela sempre esteve 
por perto com palavras de incentivo em tudo, a amo muito. 
Agradeço também ao meu marido Marcos Vinicius, pessoa 
maravilhosa que chegou na hora certa da minha vida me 
preenchendo e quando pensei em desistir me deu forças para 
continuar. Obrigada pela paciência, eu o amo. 
 Agradeço também às minhas amigas de grupos de pesquisa, 
pois conseguimos cumprir mais esta etapa nas nossas vidas e que foi 
uma satisfação fazer esse trabalho com vocês conhecendo melhor 
vocês e que o nosso elo de amizade verdadeira não fique apenas na 
faculdade e sim para a vida toda. Muito obrigada pela colaboração, 
esforços de noites mal dormidas e pelo apoio. Vocês foram essenciais 
e são. 
 Agradeço aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma 
Heloisa pelo auxilio e por contribuírem com a vitória dessa etapa em 
minha vida. Deus os abençoe. 
Nilmara 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que sempre está comigo me 
mostrando como devo fazer. 
 Ao meu Pai, que mesmo partindo tão cedo me ensinou a ser 
verdadeira e a lutar pelos meus propósitos. 
 À minha mãe que soube dar o seu colo e apaziguar os meus 
momentos difíceis. Às minhas irmãs Juliana e Cláudia pelo diálogo 
nos mais diversos momentos dessa trajetória. 
 Aos meus anjinhos, Pedro, João e Dudu, que são a luz da minha 
vida com os seus lindos sorrisos. Titia ama muito vocês. 
 Às minhas companheiras de monografia, Paulinha e Nilmara 
que foram sábias para lidar com momentos difíceis. Um obrigada 
especial para Paula que, com seu extinto de liderança, soube 
conduzir esse trabalho com toda sua sabedoria e inteligência. 
 Aos orientadores, Heloisa e Horita, um agradecimento especial 
a ele que ficou em nosso caminho durante esse ano todo de 2012, que 
soube me falar de forma muito correta o seu ponto de vista e me fez 
entender que algo deveria mudar. 
 Um agradecimento especial a todos os meu familiares e amigos. 
Agradeço especialmente às pessoas como: Ângela, Cândida, tia 
Fátima, tio Natalino, Eduardo e Adriana que sempre estão presentes 
em minha vida e me incentivaram a ter coragem, mesmo a vida 
dizendo não. 
Vera 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Com a evolução da engenharia civil, nota-se o avanço do crescimentodas construções, crescimento este que contribui na elevação do nível 
econômico da sociedade, garantindo segurança, estabilidade e comodidade do 
meio em que vivem a população. Com isso, surgiu a necessidade de mensurar 
os itens monetários envolvidos na construção civil para estimar os custos com 
materiais, mão de obra, custos diretos e custos indiretos relacionados em cada 
empreendimento. Tal necessidade passou a ser esclarecida a partir do 
planejamento de valores definido como orçamento. O orçamento da construção 
tem por objetivo efetuar um estudo criterioso dos preços de todos os insumos 
integrantes da obra de modo a reduzir o grau de incerteza na tomada de 
decisão, analisando a viabilidade econômica do empreendimento e o retorno 
do investimento. Em 21 de junho de 1993, a Constituição Federal Brasileira 
instituiu a Lei nº 8.666, regulamentando e estabelecendo normas gerais sobre 
licitações devido ao poder de compra do Governo quando o mesmo necessita 
efetuar investimento na área pública. Para participar em um processo licitatório, 
a empresa deve analisar os critérios exigidos para a apresentação de sua 
proposta. Ressalta-se que o preço proposto não deve ser tão baixo ao ponto de 
não permitir lucro e nem tão alto ao ponto de não ser competitivo na disputa 
com os demais proponentes. É essencial que a empresa avalie criteriosamente 
o edital de publicação do objeto a ser licitado, verificando cada item que o 
compõe, solicitando esclarecimento junto ao Órgão Público sobre todas as 
dúvidas que julgar necessário. Isto auxilia no planejamento adequado de cada 
etapa do orçamento e para a execução satisfatória da obra objeto de licitação. 
Assim, o planejamento orçamentário deve conter todas as etapas de modo a 
atingir as metas necessárias, garantindo maiores chances de vencer a 
concorrência, alcançando seus objetivos e obtendo o resultado esperado. 
 
Palavras-chave: Planejamento Orçamentário. Licitação. Construção Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 With the evolution of civil engineering, it’s possible has seen the progress 
of building growth, a growth helped in raising the economic level of society, 
ensuring security, stability and comfort in the middle of the living population. 
Thus, the need arose to measure monetary items involved in construction to 
estimate the costs of materials, labor, direct and indirect costs related for each 
project. This need became clear from the planning values, as defined budget. 
The building budget aims to make a careful study of the prices of all inputs 
members work to reduce the degree of uncertainty in decision making, 
analyzing the economic feasibility of the project and return on investment. On 
June 21st,1993, the Brazilian Federal Constitution established the 8666 Law, 
regulating and establishing general rules about bidding, purchasing power due 
to the Government when it needs to make investment in the public area. To 
participate in a bidding process, the company must analyze for the submission 
of its proposal. It’s noteworthy that the proposed price should not be so low to 
the point of not allowing profit and not so high that it will not be competitive in 
the race with the other bidders. It is essential that the company evaluate 
carefully the notice of publication of the object to be bid, checking each item that 
makes up, by the Public Agency clarifying all doubts to judge the necessity of 
understanding. This helps in a correct planning of each stage of the budget and 
for the good project implementation. So the budget planning must include all 
steps to reach the goals necessary ensuring greater chances of winning the 
competition, it’s reaching goals and getting the effect result. 
 
Keywords: Budget Planning. Bidding. Building. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Custo da construção civil no Estado de São Paulo, 2012.......... 33 
Quadro 2: Siglas para projeto padrão.......................................................... 33 
Quadro 3: Composição de preço para orçamento....................................... 37 
Quadro 4: Fontes de composição para orçamento...................................... 38 
Quadro 5: Princípios da licitação.................................................................. 49 
Quadro 6: Planilha orçamentária................................................................... 62 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Abrigo de cavernas....................................................................... 15 
Figura 2: Muralha da China.......................................................................... 16 
Figura 3: Escola Politécnica, 1874............................................................... 17 
Figura 4: Símbolo da engenharia civil.......................................................... 18 
Figura 5: Logomarca da empresa................................................................ 19 
Figura 6: Mapa da região de Lins................................................................ 20 
Figura 7: Modelo de ART............................................................................. 23 
Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal......................... 24 
Figura 9: Escopo do orçamento................................................................... 31 
Figura 10: Curva ABC.................................................................................. 39 
Figura 11: Etapas do orçamento.................................................................. 40 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ART: Anotação de Responsabilidade Técnica 
BDI: Benefício de Despesas Indiretas 
CRC: Certificado de Registro Cadastral 
CLT: Consolidação das Leis do Trabalho 
CSSL: Contribuição Social Sobre Lucro 
CAPS: Centro de Atenção Psicossocial 
CEI: Cadastro Estadual de INSS 
CUB: Custo Unitário Básico da Construção 
CREA: Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura 
 
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
EPP: Empresa de Pequeno Porte 
EPI: Equipamento de Proteção Individual 
FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
FDE: Fundação para Desenvolvimento da Educação 
IML: Instituto Médico Legal 
ISS: Imposto Sobre Serviços 
IRPJ: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica 
PIS: Programa de Integração Social 
SINAPI: Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índice da Construção Civil 
TCPO: Tabela de Composição de Preços para Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO............................................................................................. 13 
 
CAPÍTULO I – ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP........ 15 
1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL.............................................. 15 
1.1 Evolução da engenharia civil.............................................................. 15 
1.1.1 Engenharia civil no Brasil................................................................... 16 
1.1.2 Símbolo da engenharia civil............................................................... 18 
1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP...................... 19 
1.2.1 Objetivos e Missão............................................................................. 19 
1.2.2 Localização........................................................................................ 20 
1.2.3 A Administração................................................................................. 21 
1.2.4 Contabilidade..................................................................................... 21 
1.2.5 Recursos humanos............................................................................ 22 
1.2.6 Engenheiro civil.................................................................................. 22 
1.2.7 Canteiro de obras............................................................................... 241.2.8 Compras............................................................................................. 25 
1.2.9 Contratação por subempreitada......................................................... 25 
1.2.10 Principais clientes e obras realizadas................................................. 25 
 
CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................... 28 
2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................... 28 
2.1 Definições........................................................................................... 28 
2.2 Planejamento e controle de obras...................................................... 29 
2.3 Planejamento orçamentário................................................................ 29 
2.4 Escopo do orçamento......................................................................... 30 
2.5 Orçamento de projeto......................................................................... 31 
2.6 Tipos de orçamento............................................................................ 32 
2.6.1 Estimativa de custo............................................................................ 32 
2.6.2 Orçamento preliminar......................................................................... 34 
2.6.3 Orçamento analítico e detalhado....................................................... 35 
2.6.4 Orçamento sintético ou resumido....................................................... 35 
2.7 Cotação de preço............................................................................... 35 
 
2.8 Tabela de composição de preços para orçamento............................ 36 
2.9 Curva ABC......................................................................................... 38 
2.10 Etapas do orçamento......................................................................... 40 
2.10.1 Estudo das condicionantes................................................................ 41 
2.10.2 Composição de custos....................................................................... 42 
2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas...................................................... 43 
2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI........................................................ 43 
2.10.3 Fechamento do orçamento................................................................ 44 
2.11 Planilha orçamentária........................................................................ 44 
2.12 Memorial descritivo............................................................................ 45 
2.13 Cronograma....................................................................................... 45 
 
CAPÍTULO III – LEI DAS LICITAÇÕES – LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21 
DE JUNHO DE 1993.................................................................................... 47 
3 LICITAÇÃO....................................................................................... 47 
3.1 Conceito de licitação.......................................................................... 47 
3.2 Regulamento da licitação................................................................... 48 
3.3 Princípios da licitação......................................................................... 48 
3.4 O edital............................................................................................... 50 
3.5 Modalidades de licitação.................................................................... 51 
3.5.1 Concorrência...................................................................................... 51 
3.5.2 Tomada de preço............................................................................... 51 
3.5.3 Convite............................................................................................... 52 
3.5.4 Concurso............................................................................................ 52 
3.5.5 Leilão.................................................................................................. 52 
3.6 Fases da licitação............................................................................... 53 
3.7 Tipos de licitação................................................................................ 54 
3.8 Critérios para habilitação..................................................................... 54 
3.9 A proposta.......................................................................................... 55 
3.9.1 Apresentação da proposta................................................................. 55 
3.9.2 O julgamento da proposta.................................................................. 56 
3.10 A contratação................................................................................... 57 
3.10.1 Conceito de contrato.......................................................................... 57 
3.10.2 Principais tipos de contrato................................................................ 58 
 
CAPÍTULO IV - ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO 
INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO - 
ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP. ............................. 59 
4 INTRODUÇÃO................................................................................... 59 
4.1 Aviso de licitação............................................................................... 60 
4.2 Aquisição do edital............................................................................. 60 
4.3 Visita in loco....................................................................................... 61 
4.4 Avaliação do projeto........................................................................... 62 
4.5 Estudo da planilha orçamentária........................................................ 62 
4.6 Orçamento e elaboração da proposta................................................ 63 
4.7 As documentações para habilitação................................................... 63 
4.8 Entrega dos envelopes....................................................................... 64 
4.9 Julgamento das proponentes............................................................. 64 
4.10 Contratação da empresa vencedora.................................................. 65 
4.11 Início da obra...................................................................................... 66 
4.12 Conclusão da obra............................................................................. 66 
4.13 Acervo técnico.................................................................................... 66 
4.14 Resultado da pesquisa....................................................................... 67 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................. 69 
CONCLUSÃO............................................................................................... 70 
REFERÊNCIAS............................................................................................ 72 
APÊNDICES................................................................................................. 74 
ANEXOS....................................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O orçamento, sendo um instrumento de planejamento empresarial, 
contém em sua estrutura, informações de receitas previstas e estimativa de 
despesas com o objetivo de controlar as atividades que refletem as premissas 
da empresa. 
 Sua elaboração começa antes do início da obra e a preparação deve 
estabelecer critérios rigorosos para que não haja lacunas na composição do 
custo e considerações incertas que afetem a decisão eficiente da 
administração. 
 Quando o orçamento é generalizado por critério de licitação, os meios 
orçamentários são fornecidos pelo órgão contratante através de planilha de 
quantidades aderidas ao projeto. Com o fornecimento do projeto, oorçamentista norteia-se sobre a identificação dos serviços constantes na obra, 
obtendo seus próprios valores. 
 Sendo uma peça importante de previsões, o orçamento procura auxiliar 
o planejamento das necessidades operacionais, desde a compra de insumos, 
custos com mão de obra, bonificações de despesas indiretas (BDI), verificando 
entre eles, o grau de interferência e as dificuldades para a realização dos 
serviços. 
 A elaboração do orçamento deve ser demonstrada em planilha, 
constando a descrição dos serviços, identificando as unidades de medidas e 
quantidades, a composição dos preços unitários, tanto da mão de obra quanto 
dos materiais e demonstrar o valor total por item e o valor global da obra. 
 A partir de previsões, o orçamento gera estimativas utilizadas no 
empreendimento para atender as demandas necessárias para sua execução, 
dando condições para a empresa avaliar os resultados que poderão ser 
alcançados. 
 O planejamento orçamentário visa a alocação de estratégias a serem 
adotadas para controle das despesas e das receitas a fim de identificar o 
resultado total. 
 Os objetivos da pesquisa foram abordar a importância do orçamento 
utilizado no ramo da construção civil da empresa Alfini Engenharia e 
Construção Ltda EPP, no que tange os custos com materiais, mão de obra e a 
14 
 
forma de retorno de tais custos, analisando os critérios utilizados para 
atendimento da prestação de serviços ao órgão público com contratação por 
processo de licitação. 
 Diante do exposto, surgiu a seguinte pergunta problema: 
 A elaboração do orçamento de forma adequada pode ser um 
instrumento determinante para concorrer em processo licitatório? 
 Diante desta indagação, surgiu como hipótese que: 
 O planejamento estabelece critérios a serem desenvolvidos que 
permitem a visualização no controle orçamentário, sendo este realizado antes 
do início da obra, a fim de mensurar os resultados ao término de sua execução. 
Portanto o orçamento da construção civil, quando estabelecido através 
de planejamento, identifica componentes que otimizam a gestão na preparação 
de propostas para as entidades públicas na participação do processo licitatório. 
 Para demonstrar a veracidade da hipótese, foi realizada pesquisa de 
campo na empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, durante o 
período de fevereiro a outubro de 2012. 
 Os métodos e técnicas utilizados para a realização da pesquisa estão 
descritos no capítulo IV. 
 O presente trabalho está estruturado em quatro capítulos: 
 Capítulo I – Relata a história da engenharia civil, apresenta a empresa e 
objetivos. 
 Capítulo II – Expõe o conceito, o planejamento, o escopo e as etapas 
para a elaboração do orçamento. 
 Capítulo III – Esclarece com base na Lei das Licitações as regras para 
concorrer em um processo licitatório. 
 Capítulo IV – Descreve o estudo de caso realizado relatando a teoria e a 
prática. 
 Por fim, apresentam-se a proposta de intervenção e as conclusões. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CAPÍTULO I 
 
ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP. 
 
 
1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL 
 
1.1 Evolução da engenharia civil 
 
 A evolução histórica da engenharia civil iniciou-se desde os tempos das 
cavernas, quando os povos começaram a desenvolver as primeiras 
ferramentas e a pensar em uma moradia mais segura e confortável para se 
abrigarem. Com os descobrimentos vindouros da audácia e dos recursos 
precedidos da própria natureza, o homem edificou a primeira arquitetura, 
permitindo a vida em grupo e tomando consciência do meio social. (RIBARD, 
1964). 
 
Figura 1: Abrigo de Cavernas 
Fonte: Theixeira, 2012. 
 
 Em suas engenhosidades, verifica a pedra que rola e cria a roda 
servindo de auxílio para aliviar seus esforços. E há, talvez, quinhentos mil 
anos, não se sabe exatamente de que forma, revelou-se o poder do fogo. A 
partir de então, sua busca pela melhoria contínua não encerra até os tempos 
16 
 
atuais. Neste instante, surge também uma natural preocupação com a 
estabilidade das paredes do abrigo. (REBELLO, 2008). 
 Segundo Valle et al. (2007), o desenvolvimento histórico da engenharia 
motivou os aspectos relacionados à garantia de determinado padrão de 
qualidade, surgindo normas de execução para a realização de obras. Pode-se 
citar uma das construções mais antigas como as pirâmides do Egito, com 
grandiosa estrutura, sendo o símbolo de poder do antigo Egito e a Muralha da 
China, um dos maiores empreendimentos já realizados no mundo, surgiu por 
causa de uma série de guerras realizadas por volta de 450 a.C.; obras estas, 
que causam admiração até os dias de hoje. 
 
Figura 2: Muralha da China 
 
Fonte: Freitas, 2012. 
 
 Assim, sucessivamente, os projetos foram sendo criados e elaborados 
com uma estruturação resistente a fim de proteger o indivíduo, seja numa 
pequena sociedade ou em uma grande nação. (VALLE et al., 2007). 
 
1.1.1 Engenharia civil no Brasil 
 
 A arte de ampliar as edificações no Brasil iniciou ainda no período 
colonial com construções de fortificações e igrejas. Neste período, os projetos e 
17 
 
edificações eram executados por apenas duas categorias na área de 
engenharia, sendo os oficiais do exército português e os mestres pedreiros. Os 
oficiais tinham curso regular na área, já os mestres pedreiros não tinham 
conhecimento científico. (TÉSIO, 2007) 
 Segundo UFRJ (2012), em 1792 o vice-rei D. Luiz de Castro, 2º Conde 
de Rezende, aprovou a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e 
Desenho, iniciando o ensino de disciplinas que seria a base da engenharia.
 Somente em 1858, através da Escola Central ocorreu a abrangência do 
curso de engenharia civil com as técnicas de construção de estradas, pontes e 
edifícios, ministrados pelos engenheiros civis. Em 1874, a Escola Central 
passou a ser Escola Politécnica criando novas especialidades de engenharia. 
(UFRJ, 2012) 
 
Figura 3: Escola Politécnica, 1874. 
 
Fonte: UFRJ, 2012 
 
A partir do século XX, com o desenvolvimento industrial, o Brasil passou 
por diversas mudanças, como a construção de ferrovias e prédios que 
contribuíram com o crescimento das obras. Assim, a engenharia civil procura 
modernizar-se empregando novas técnicas que envolvem a utilização de 
inovados tipos de materiais e mão de obra qualificada. Contudo, devido à 
evolução da engenharia junto ao seu vasto crescimento, a mão de obra 
especializada torna-se escassa. (TÉSIO, 2007) 
18 
 
 Atualmente, a construção civil é um importante ramo de atuação no 
Brasil, envolvendo o conjunto das construtoras junto aos órgãos 
governamentais, tendo como desafio encontrar mão de obra especializada que 
atenda a demanda das construções. A engenharia civil tem por objetivo 
desenvolver moradia adequada à população, proporcionando segurança, 
comodidade, acessibilidade à sociedade, onde através das novas técnicas 
utilizadas procuram evoluir suas inovações e, ao mesmo tempo, conservar as 
obras já realizadas com reformas de construção já antigas de modo a manter a 
melhoria contínua ao meio em que se vive. 
 
1.1.2 Símbolo da engenharia civil 
 
Figura 4: Símbolo da Engenharia Civil 
Fonte: CREA-SP, 2012. 
 
 A simbologia oficial da engenharia refere-se à deusa Minerva, que 
segundo a mitologia romana é a deusa das artes, da sabedoria e da guerra. 
Após engolir a deusa da prudência Métis, Júpiter, com fortes dores de cabeça, 
pediu a Vulcano que a abrisse com o seu melhor machado, dando origem ao 
nascimento de Minerva. Portando escudo, lança e armadura, Minerva disputou 
com Neptuno quem daria o nome a cidade que seria construída em Ática, pelo 
qual foi nomeada Atenas após a vitória de Minerva, onde com seu golpe de 
19 
 
lança fez nascer da terra, uma oliveira em flor, onde os deuses que presidiram 
o duelo decidiram a seu favor, por ser a oliveira florida o símbolo da paz, 
enquanto Neptuno, com seu golpe de tridentefez nascer um cavalo alado e 
fogoso. 
 Representada com capacete na cabeça, escudo no braço e lança na 
mão, por ser uma deusa da guerra, Minerva tem junto de si, um mocho e vários 
instrumentos matemáticos, aspectos de sua sabedoria. Por isso, acabou sendo 
conhecida como símbolo oficial da engenharia. (UESC, 2011) 
 
1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. – EPP 
 
Figura 5: Logomarca da Empresa 
 
Fonte: Empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP 
 
1.2.1 Objetivo e missão 
 
 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, inscrita no 
cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) sob o número 11.409.855/0001-
97, fundada em 2009 e com cadastro no Conselho Regional de Engenharia e 
Arquitetura do Estado de São Paulo (CREA-SP) sob o número 0907726, tem 
por objetivo explorar o ramo da construção civil em geral, como execução de 
obras de terraplanagem, infraestrutura, pavimentação, instalações elétricas, 
projeto, planejamento, urbanismo, além de correlatos, realizando obras de 
20 
 
serviços de empreitada ou administração, atendendo com eficácia as 
necessidades de seus clientes. 
 Sua missão é contribuir com o desenvolvimento estrutural adequado que 
atenda as exigências da construção civil, proporcionando à sociedade, 
segurança e comodidade pelo trabalho bem executado. 
 O propósito da empresa está voltado ao aumento dos investimentos com 
foco no atendimento à demanda e expectativa de expandir-se de acordo com 
os interesses e possibilidades através de participação em concorrência em 
processos licitatórios, uma vez que fornecer para o governo tornou-se um dos 
relevantes mecanismos de desenvolvimento e um fator de transformação 
econômica. 
 
1.2.2 Localização 
 
 Localizada no município de Lins/SP a 458 km da capital, a empresa 
Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP presta atendimento a obras públicas 
e privadas em toda a região, podendo expandir-se em filiais, agências ou 
departamentos onde convier, de acordo com os interesses e possibilidades da 
sociedade. 
 
Figura 6: Mapa da Região de Lins 
 
Fonte: Adaptado Prefeitura de Lins, 2012. 
21 
 
1.2.3 A administração 
 
 A administração da empresa é de responsabilidade dos sócios José 
Aparecido Alfini e Roney Henrique Alfini, que possuem autonomia na tomada 
de decisão utilizando-se das informações fornecidas pelos demais 
departamentos de Contabilidade, Recursos Humanos, Engenheiro Civil e 
Compras, que auxiliam no controle do andamento da empresa, desde a 
situação financeira, o andamento das obras, assim como os resultados 
alcançados. 
 
1.2.4 Contabilidade 
 
 A contabilidade da empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP é 
realizada pelo escritório Modelo, localizado no município de Cafelândia/SP, 
responsável pelas informações que garantem uma orientação segura aos 
administradores, de modo que as análises dos dados fornecidos favoreçam na 
tomada de decisão adequada para o bom desempenho da empresa. 
 A empresa, embora optante do regime de tributação por lucro 
presumido, detém o benefício do tratamento diferenciado para questões não 
tributárias de acordo com o Art. 44 da Lei Complementar 123, de 14 de 
dezembro de 2006 devido ao enquadramento como EPP, que contribui nas 
participações das concorrências públicas de modo preferencial conforme a lei. 
 O escritório de contabilidade é responsável pela apuração dos impostos, 
dentre os quais incluem-se o Programa de Integração Social (PIS), 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto 
sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social Sobre Lucro 
(CSSL) e Imposto Sobre Serviços (ISS). 
 O Contador é o profissional de fundamental importância, pois é 
responsável por desempenhar o papel de registrar todas as transações 
financeiras, fiscais e contábeis. Ele tem por propósito fornecer à empresa Alfini 
Engenharia e Construção Ltda. EPP seus serviços profissionais contemplando 
dois fatores de suma importância: segurança e confiabilidade, fornecendo 
dados essenciais na tomada de decisão para a elaboração de propostas 
comerciais para a participação em concorrência pública. 
22 
 
1.2.5 Recursos humanos 
 
 A contratação da mão de obra especializada na empresa Alfini 
Engenharia e Construção Ltda. EPP é realizada com base na experiência do 
colaborador, que deve ser comprovada em carteira profissional ou por 
informações de terceiros, demonstrando através de treinamento sua 
qualificação profissional. 
 Atualmente a empresa possui 15 colaboradores, sendo um orçamentista, 
um auxiliar financeiro, uma recepcionista, um vigilante, um motorista, um 
mestre de obras, um eletricista, três pedreiros e cinco serventes de pedreiro, 
devidamente com a Carteira de Trabalho da Previdência Social registrada a 
partir do momento de contratação, com período de experiência de 45 dias e, 
comprovada a aptidão do colaborador, passa a ser registrado efetivamente. 
 
1.2.6 Engenheiro civil 
 
 A responsabilidade técnica da sociedade é exercida pelo engenheiro civil 
Nilson A. Ferraz da Silva, devidamente credenciado pelo CREA-SP sob a 
inscrição de número 5060759530, exercendo atividade na empresa através 
prestação de serviço por contrato de trabalho desde 2009. 
 Compromete-se a realizar a visita técnica no local da obra para 
conhecimento do solo, tipo de fundação e as condições do imóvel quando 
solicitado reforma, avaliando o projeto fornecido pela contratante, conferindo as 
conformidades do mesmo, de modo a garantir a segurança da sociedade. 
 Assim que recebe a ordem de serviço emitida pela empresa contratante 
para iniciar a obra, o responsável técnico efetua a Anotação de 
Responsabilidade Técnica (ART) que é o instrumento que registra as 
atividades solicitadas nos contratos, discriminando além da responsabilidade 
técnica do engenheiro civil, assim como a empresa contratada, a contratante, 
especificações da obra, valor contratual e prazo de execução do 
empreendimento, posteriormente efetua o devido recolhimento da taxa de ART, 
para garantir a regulamentação da obra de acordo com as exigências do 
CREA-SP. 
 
23 
 
Figura 7: Modelo de ART 
 
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA 
DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Av. Brig. Faria Lima, 1059 - Pinheiros - São Paulo - SP CEP 01452-920 Tel.: 0800 17 18 11 
ART 1- Nº DA ART 
Anotação de Responsabilidade Técnica 
Lei Federal Nº. 6.496 de 07/12/77 
9222122012XXXXXXX 
CONTRATADO 
2 - Nº DO CREASP DO PROFISSIONAL 
 
3 - Nº DO CPF DO PROFISSIONAL 
 
4 - NOME DO PROFISSIONAL 
 
5 - TÍTULO DO PROFISSIONAL 
 
ART 
6 - TIPO DE ART 
 
7 - VINCULADA A ART Nº 8 - HÁ OUTRAS ARTs VINCULADAS 
 
9 - ALTERAÇÃO/COMPL./SUBST. DA ART 
 
10 - SUBEMPREITADA 
 
ANOTAÇÃO 
11 - CLASSIFICAÇÃO DA ANOTAÇÃO 
 
12 - ÁREA DE ATUAÇÃO 
 
13 - TIPO DE CONTRATADO 
EMPRESA CONTRATADA 
14 - Nº DE REGISTRO NO CREA 
 
15 - NOME COMPLETO 
 
16 - CGC/CNPJ 
 
17 – CLASSIFICAÇÃO 
 
CONTRATANTE 
18-NOME DO CONTRATANTE DA OBRA/ 
SERVIÇO 
 
19-TELEFONE P/ CONTATO 20 - CPF/CNPJ 
 
DADOS DA OBRA / SERVIÇO OBJETO DO CONTRATO 
21 - ENDEREÇO DA OBRA / SERVIÇO 
 
22 - CEP 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 23 - NATUREZA 24 – UNIDADE 25 - QUANTIFICAÇÃO 26 - ATIVIDADES TÉCNICAS 
1 
2 
3 
27 - DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS EXECUTADOS SOB SUA RESPONSABILIDADE OU DO CARGO/FUNÇÃO 
 
RESUMO DO CONTRATO 
Nº E ESCOPO DO CONTRATO, CONDIÇÕES, PRAZO, CUSTOS, ETC... 
 
 
28 - VALOR DO 
CONTRATO 
29 - DATA DO 
CONTRATO 
30 - DATA INÍCIO DA 
EXECUÇÃO 
31 - 10% ENTIDADE 
DE CLASSE 
32 - VALOR DA ART A 
PAGAR 
 
 
ASSINATURA 
Declaro não ser aplicável, dentro das atividades assumidas nesta ART e nos termos 
aqui anotados, o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas Normas 
Técnicas de Acessibilidade da ABNT e na legislação específica, em especial o Decretonº.5.296/2004, para os projetos de construção, reforma ou ampliação de edificações 
de uso público ou coletivo, nos espaços urbanos ou em mudança de destinação 
(usos) para estes fins. 
33 - LOCAL E DATA PROFISSIONAL CONTRATANTE 
 __________________________ 
 
 
_______________________________ 
 
Fonte: CREA-SP, 2012 
 
 O engenheiro tem a função de efetuar o acompanhamento da execução 
da obra do início até o término, garantindo o segmento de execução de acordo 
com o projetado, solicitando após a entrega da obra, atestado de conclusão 
24 
 
definitiva emitida pela contratante. Assim, o engenheiro solicitará juntamente ao 
órgão responsável CREA o Acervo Técnico que comprova sua experiência na 
execução de determinada obra. 
 
1.2.7 Canteiro de obras 
 
 O canteiro de obras é o local onde o projeto será executado, incluindo os 
materiais, equipamentos e máquinas que serão utilizados na execução obra, o 
que requer a construção de barracão provisório para o armazenamento dos 
mesmos. 
 Além disso, a empresa deverá ser identificada através de placa de obra 
seguindo o padrão exigido em edital, que caracteriza a sua responsabilidade 
com o início e término da execução da construção, sendo a placa afixada 
também no canteiro de obras de acordo com a exigibilidade da contratante. 
 
Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal 
 
Fonte: Caixa Econômica Federal, 2012 
25 
 
1.2.8 Compras 
 
 O departamento de compras é responsável pela cotação de preços dos 
insumos e pela realização do levantamento orçamentário dos custos de 
materiais e mão de obra para preenchimento da planilha que compõe a 
proposta a ser emitida para concorrência de licitação. 
 Cada detalhe é primordial para avaliar a vantagem de tal participação, 
uma vez que os valores licitados, muitas vezes, não permitem a apresentação 
de valores acima do proposto em edital, sendo necessário o estudo de cada 
componente dos custos para decidir a participação ou não na concorrência. 
 Juntamente aos valores orçamentários, o departamento de compras 
verifica o prazo a ser cumprido na execução da obra para orçar os custos 
indiretos e o período de locação de equipamentos quando for o caso. 
 
1.2.9 Contratação por subempreitada 
 
 Após a avaliação do quantitativo da obra, pode haver a necessidade de 
contratação por subempreitada para prestação de serviços com fornecimento 
de mão de obra, obedecendo às normas contratuais estabelecidas junto à 
empresa, respeitando prazo dos serviços a serem executados e assegurando a 
entrega da obra com qualidade e segurança. Ressalva-se que a 
responsabilidade de empreitada referente à obra cabe à empresa construtora. 
 De acordo com o art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
do Decreto Lei nº 5.452/43, nos contratos de subempreitada, o subempreiteiro 
responderá pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar. 
(BRASIL, 1943) 
 
1.2.10 Principais clientes e obras realizadas 
 
 Quando há a participação na concorrência de processo licitatório, a 
empresa que apresenta a melhor proposta, de acordo com as exigências 
emitidas em edital, tornar-se vencedora do processo. Sendo assim, caso a 
empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP seja vencedora, é firmado 
contrato com o Órgão Público interessado. 
26 
 
 Abaixo segue a descrição das atividades executadas pela empresa 
através da contratação pelas entidades públicas. 
a) Prefeitura Municipal de Bastos - realizou obras de pavimentação 
asfáltica, guias e sarjetas, passagem de águas pluviais no Bairro 
Jardim Novo Bastos, fornecendo material e mão de obra; 
b) Prefeitura Municipal de Garça - realizou obras de construção de 
Centro Comunitário no bairro Jardim Sol Nascente; 
c) Prefeitura Municipal de Getulina - realização de reforma e ampliação 
do Centro de Saúde no distrito de Macucos, entre outras obras; 
d) Prefeitura Municipal de Lins - obras como reforma do novo centro 
administrativo da Prefeitura Municipal de Lins, reforma na antiga 
Casa da Cultura localizada a Rua XV de novembro, construção do 
Centro de Saúde da Família no Jardim Tangará, reforma no Instituto 
Médico Legal (IML), construção de 38 casas no Manabu Mabe; 
e) Prefeitura Municipal de Queiroz – reforma da praça Padre João 
Guilherme Braem e Praça Alaor Garcia Brado; 
f) Prefeitura Municipal de Sabino - realização de reforma e ampliação 
do Centro Comunitário do conjunto Habitacional Henrique Bertin. 
 Atualmente a empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP possui 
obras nas entidades: 
a) Prefeitura Municipal de Cafelândia – construção de 33 unidades 
habitacionais na Vila Simões; 
b) Prefeitura Municipal de Getulina – construção do Terminal 
Rodoviário; 
c) Prefeitura Municipal de Guarantã – construção de uma Creche 
Escola, construção de uma Unidade Básica de Saúde; 
d) Prefeitura Municipal de Jaú – cobertura de uma quadra poliesportiva; 
e) Prefeitura Municipal de Lins – reforma do Centro de Atenção 
Psicossocial (CAPS), instalação dos itens relativos ao Sistema de 
Prevenção e Combate a incêndios do Futuro Palácio do Governo, 
construção de quadra descoberta no bairro Jardim Primavera; 
f) Prefeitura Municipal de Piacatu – construção de 40 unidades 
habitacionais. 
27 
 
 Para cada obra, a empresa responsabiliza-se, após a assinatura 
contratual e emissão da ordem de serviço emitida pelo órgão público, a efetuar 
a emissão da ART, cadastrar a empresa no Cadastro Estadual de INSS (CEI), 
emitir a garantia de realização da obra e cumprir rigorosamente os termos 
contratuais, com o objetivo de atender as necessidades e exigências de seus 
clientes, garantindo a satisfação entre as partes envolvidas. 
 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP, por meio do 
crescimento da demanda da construção civil, procura atingir seus objetivos 
com o cumprimento de sua missão, atendendo as necessidades de seus 
clientes de maneira precisa os trabalhos que lhe foram confiados, executando 
com eficiência e de modo satisfatório, tanto em qualidade quanto em 
quantidade monetária os empreendimentos que garantem o retorno da 
lucratividade empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CAPÍTULO II 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
2 ORÇAMENTO NA CONTRUÇÃO CIVIL 
 
2.1 Definições 
 
 “Orçamento é o cálculo dos custos para executar uma obra ou um 
empreendimento, quanto mais detalhado, mais se aproximará do custo real.” 
(SAMPAIO, 1989, p. 17) 
 Segundo Cardoso (2009), orçamento é um documento valioso em 
qualquer estudo preliminar ou de viabilidade. Uma obra iniciada sem a 
definição do seu custo, ou sem o seu provisionamento adequado dos recursos 
necessários, pode resultar numa obra inacabada. 
 
O orçamento, parte integrante dos contratos, é o documento por meio 
do qual o auditor acessa as mais variadas informações dos projetos 
de arquitetura e de engenharia, podendo ainda efetuar diversas 
confrontações com os documentos e relatórios de prestação de 
contas. (CARDOSO, 2009, p. 15) 
 
 Sendo parte integrante do projeto básico, o orçamento é considerado 
como elemento imprescindível em qualquer licitação de acordo com a Lei 
8.666/93. (BRASIL, 1993) 
 O orçamento, de acordo com as definições descritas, demonstra ser 
uma ferramenta de unânime importância para abordar os custos relacionados à 
realização de uma obra, sendo necessário efetuar o levantamento de dados 
com exatidão para que o orçamento seja o mais real possível. 
 Tisaka (2011) afirma que o orçamento, ao ser elaborado, deverá conter 
todos os serviços a serem executados na obra, compreendendo o 
levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos custos 
unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos complementares 
apresentados em planilha. 
 
29 
 
2.2 Planejamento e controle das obras 
 
 O planejamento e o controle de produção na indústria da construçãocivil 
são extremamente importantes por ser considerado um processo que resulta 
num conjunto de ações necessárias que evita a baixa produtividade, segundo 
Cardoso (2009). 
 De acordo com o mesmo autor, o planejamento tem por objetivo o 
sucesso do empreendimento, fazendo-se necessária a implantação de 
entendimento que podem ser acompanhados pelos seguintes níveis: 
a) planejamento estratégico que abrange toda a organização, 
envolvendo todas as atividades da empresa, definido como plano 
mais importante da organização; 
b) planejamento tático seleciona os principais recursos como 
tecnologia, materiais e mão de obra; 
c) planejamento operacional tem por objetivo atingir a maior 
produtividade no desenvolvimento das atividades e tarefa específica 
isoladamente no momento da execução. 
 “Ter capacidade de planejar e gerenciar o custo da construção é, 
certamente, um dos principais diferenciais competitivos que uma empresa deve 
buscar. [...]”. (GONÇALVES, 2011, p. 32) 
 
2.3 Planejamento orçamentário 
 
 A elaboração de um orçamento, segundo Cordeiro (2007), necessita de 
planejamento que compreende as possibilidades e limitações técnicas, além do 
cálculo dos custos de uma série de tarefas sucessivas e ordenadas, através de 
informações obtidas que direciona o desenvolvimento do orçamento. Ao 
estudar determinado projeto, o orçamento é uma das primeiras informações 
que o empreendedor deseja conhecer. 
 De acordo com Cardoso (2009), o orçamento é um documento que 
necessita de absoluta credibilidade e o seu planejamento tem por objetivo a 
elaboração de um roteiro de ações para se atingir um determinado fim. 
 
30 
 
O orçamento é um documento que necessita de absoluta 
credibilidade perante os gerentes e técnicos, para que as informações 
produzidas em decorrência, como o cronograma, a aferição das 
produtividades, e o controle dos custos da obra, possam funcionar 
como ferramentas gerenciais seguras para tomada de decisão. 
(CARDOSO, 2009, p. 189.) 
 
 O Instituto de Engenharia (2011) caracteriza o planejamento como 
elaboração de condições para a execução dos serviços, tais como os métodos 
a serem utilizados, volume ou porte do serviço, prazos de execução, 
equipamentos necessários, jornada de trabalho e todos os fatores envolvidos 
para a realização do empreendimento. 
 Tisaka (2011) afirma que para iniciar um orçamento é necessário 
estudar, analisar e entender o conjunto detalhado dos fatores que compõem o 
projeto. 
 O planejamento orçamentário é utilizado para direcionar os passos dos 
gestores para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, favorecendo a 
análise da viabilidade econômico-financeira, o levantamento de materiais e de 
serviços, quantidade de mão de obra necessária para cada etapa da obra e 
controle de execução do empreendimento. 
 
2.4 Escopo do orçamento 
 
 Através do orçamento, conforme afirma Sampaio (1989), é possível 
analisar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento, efetuar o 
levantamento dos materiais e dos serviços e mão de obra necessária para 
cada etapa de serviço, elaborar o cronograma físico e efetuar o 
acompanhamento sistemático da aplicação da mão de obra e materiais no 
empreendimento. 
 
Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos 
diretos – mão de obra de operários, material, equipamento – e os 
custos indiretos – equipes de supervisão e apoio, despesas gerais de 
canteiro de obras, taxas etc – e por fim adicionando-se impostos e 
lucro para se chegar ao preço de venda. Para participar de uma 
concorrência, o preço proposto pelo construtor não deve ser tão baixo 
a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não ser 
competitivo na disputa com os demais proponentes. (MATTOS, 2006, 
p. 22-23). 
 
31 
 
 O orçamento tem por objetivo efetuar o levantamento dos custos que 
serão utilizados na obra, demonstrando através de um estudo preliminar a 
estimativa de valores que pressupõe o levantamento de quantidades, de 
materiais e processos necessários para a execução do empreendimento. Isto 
exige pesquisa dos preços dos insumos, caracterizando a composição dos 
custos de modo a disponibilizar um orçamento analítico e detalhado, 
reduzindo o grau de incerteza na tomada de decisão para prosseguimento a 
execução do projeto, conforme descreve Mattos (2006). 
 
Figura 9: Escopo do orçamento 
 
 + = 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2012. 
 
 O escopo do orçamento envolve desde o estudo do projeto que 
direciona os serviços a serem executados até a composição dos custos que 
compreendem o fechamento do orçamento. Os estudos estabelecem as metas 
que auxiliam a elaboração do planejamento, onde a junção dessas funções 
determinam os resultados do empreendimento que deseja alcançar. 
 
2.5 Orçamento de projeto 
 
 A interpretação do projeto, de acordo com Cordeiro (2007), corresponde 
à análise do projeto com o objetivo de extrair todos os dados que compõem o 
orçamento, de modo a identificar se o projeto está completo ou se há ausência 
de projetos específicos. 
 Ao iniciar o orçamento de projeto, o primeiro passo é analisar a 
documentação técnica. Para Valentini (2009), através dessa análise são 
identificados os serviços com seus respectivos quantitativos integrantes do 
escopo do orçamento. 
 O orçamento é considerado uma ferramenta de apoio ao projeto, sendo 
um instrumento de suporte e credibilidade que identifica com clareza os 
METAS PLANEJAMENTO RESULTADOS 
32 
 
recursos necessários ao processo de acompanhamento e monitoramento para 
verificar como foram investidos os insumos. 
 Tisaka (2011) esclarece que, para a elaboração do orçamento é 
necessário examinar certas condições e fatores que nem sempre são 
expressos no projeto, porém, influenciam no custo da obra. 
 
2.6 Tipos de orçamento 
 
Segundo o Instituto de Engenharia (2011), de acordo com a Norma 
Técnica nº 01/2011 para elaboração de orçamento de obras de construção 
civil, os tipos de orçamento podem ser por estimativa de custo, orçamento 
preliminar, orçamento analítico ou detalhado e orçamento sintético ou 
orçamento resumido. 
 
2.6.1 Estimativa de custo 
 
 O Instituto de Engenharia (2011) especifica que a estimativa de custo 
corresponde à avaliação de custo obtida através da pesquisa de preço no 
mercado após examinar os dados preliminares de uma ideia de projeto em 
relação à área a ser construída, quantidade de materiais e serviços envolvidos. 
 Para Mattos (2006), a estimativa de custo é expedida pela avaliação 
realizada com base em custos históricos e comparação com projetos similares. 
 
Em geral, a estimativa de custos é feita de indicadores genéricos, 
números consagrados que servem para uma primeira abordagem da 
faixa de custo da obra. A tradição representa um aspecto relevante 
na estimativa. (MATTOS, 2006, p. 34.) 
 
 Mattos (2006) afirma que a representação do custo da construção por m² 
realizada pelo Custo Unitário Básico da Construção (CUB) é um dos 
indicadores mais utilizados para estimativa de custos. 
 A Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, no § 3 do Art. 54 descreve 
que os orçamentos ou estimativas, baseados nos custos unitário, só poderão 
ser considerados atualizado, em certo mês, se baseados em custos relativos 
ao próprio mês, ou a um dos dois meses anteriores. Os responsáveis pela 
33 
 
divulgação mensal dos custos unitários de construção a serem adotados é de 
obrigatoriedade dos sindicatos estaduais da indústria da construção civil. 
 Segue amostra da tabela do custo da construção no Estado de São 
Paulo, divulgada no ano de 2012 pelo Sinduscon-SP até o mês de julho de 
2012 referente ao padrão PIS. 
 
Quadro 1: Custo da Construção no Estado de São Paulo – 2012 
Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012 
 
 Sua variação (%) demonstra o aumento referente ao mês anterior, por 
exemplo, o mês de julho R$ 691,95 obteve aumento de 0,50% com relação ao 
mês de junho R$688,51. 
 As siglas utilizadas para o projeto padrão discriminadas pelo Sinduscon-
SP é demonstrada conforme o quadro abaixo: 
 
Quadro 2: Siglas para projeto-padrão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012 
Custo da construção no Estado de São Paulo - 2012 - padrão PIS 
Mês 
R$/m² Variação % 
Global Mão de obra Material Adm Global Mão de obra Material Adm 
Jan 
654,90 316,37 325,79 12,74 0,11% 0,06% 0,15% 0,00% 
Fev 
656,61 317,64 326,23 12,74 0,26% 0,40% 0,14% 0,00% 
Mar 
659,04 318,81 327,47 12,76 0,37% 0,37% 0,38% 0,16% 
Abr 
659,62 318,81 328,05 12,76 0,09% 0,00% 0,18% 0,00% 
Mai 
678,12 335,35 329,57 13,20 2,80% 5,19% 0,46% 3,45% 
Jun 
688,51 344,81 329,98 13,72 1,53% 2,82% 0,12% 3,94% 
Jul 
691,95 346,66 331,57 13,72 0,50% 0,54% 0,48% 0,00% 
RPQ1: Residência Popular PIS: Projeto de Interesse Social 
R-8: Residência Multifamiliar GI: Galpão Industrial 
R-16: Residência Multifamiliar CSL-8: Comercial Salas e Lojas 
R-1: Residência Unifamiliar CSL-16: Comercial Salas e Lojas 
PP-4: Prédio Popular CAL-8: Comercial Andares Livres 
34 
 
 Torna-se fácil estimar o custo de construção de um imóvel consultando a 
tabela correspondente ao padrão e multiplicá-la pela área construída. 
(MATTOS, 2006) 
 Logo: 
 
 Custo Total = Área de Construção x CUB 
 
 A estimativa de custo é citada por Tisaka (2011) da seguinte forma: 
 
Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados 
preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser 
construída, com a aplicação de um valor médio por m², para 
determinadas opções de estrutura de acabamento, publicadas em 
revistas especializadas, ou outras formas de avaliação sintética 
baseadas nas experiências de outras obras similares. (TISAKA, 2011, 
p. 69) 
 
2.6.2 Orçamento preliminar 
 
 Segundo Sampaio (1989), o orçamento preliminar corresponde à 
avaliação de custo obtida através de levantamento e estimativa de quantidades 
de materiais e de serviços e pesquisa de preços médios, efetuada na etapa do 
anteprojeto. 
O Instituto de Engenharia (2011) reafirma que o orçamento preliminar 
corresponde à avaliação de custo obtido através de exames de dados 
preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser construída, 
quantidade de materiais e serviços envolvidos e preços médios. 
 Para Mattos (2006), este tipo de orçamento é mais detalhado do que a 
estimativa de custos, onde pressupõe o levantamento de quantidade e requer a 
pesquisa de preço dos principais insumos e serviços. 
 
No orçamento preliminar, trabalha-se com uma quantidade maior de 
indicadores, que representam um aprimoramento da estimativa inicial. 
Os indicadores servem para gerar pacotes de trabalho menores, de 
maior facilidade de orçamentação e análise de sensibilidade de 
preços. (MATTOS, 2006, p. 39) 
 
 Tisaka (2011) esclarece que o orçamento preliminar, para não ser 
apenas custo, deve incluir o Benefício e Despesas Indiretas (BDI) que 
caracteriza a margem adicionada para determinar o valor do orçamento. 
35 
 
2.6.3 Orçamento analítico ou detalhado 
 
 Compreende a avaliação do custo através da composição de custos 
unitários, com nível de precisão adequado obtido através do levantamento de 
quantidades, materiais, serviços e equipamentos, realizado na etapa de 
projeto. De acordo com o Instituto de Engenharia (2011), o orçamento analítico 
ou detalhado, inclui todos os custos diretos, despesas indiretas, tributos e o 
lucro do construtor. 
 Valentini (2009) define orçamento analítico como detalhamento de todas 
as etapas do empreendimento, resultando na confiabilidade do preço 
apresentado, considerando todos os recursos e variáveis mensurados por 
custo direto, custos indiretos acrescidos de BDI, formando, assim, o preço de 
venda. 
 Segundo Cordeiro (2007), na análise de interpretação do projeto, é 
indispensável extrair os dados necessários para compor o projeto, como 
instalações, estrutura, fundações e outros dados que discriminam os itens e 
subitens relacionados aos serviços que compõem o orçamento obtendo uma 
relação completa de informações. 
 
2.6.4 Orçamento sintético ou resumido 
 
 Compreende o resumo do orçamento analítico expresso através das 
etapas com valores parciais ou grupos de serviços a serem realizados, com 
seus respectivos totais e o preço do orçamento da obra, conforme descreve 
Tisaka (2011). 
 
2.7 Cotação de preço 
 
 Consiste na coleta de preços de mercado para os diversos insumos da 
obra. Mattos (2006) esclarece que a cotação de preço dos materiais é uma 
tarefa que requer cuidado, devendo considerar algumas particularidades e 
comparar as cotações entre os fornecedores. 
36 
 
 O orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um 
preço justo, onde, de acordo com Mattos (2006) no processo de compra 
existem aspectos que influenciam no preço de aquisição do material, como: 
a) especificações técnicas – descreve a qualidade do material; 
b) unidade e embalagem – tipo de embalagem em que o material vem 
acondicionado; 
c) quantidade – analisar a disponibilidade que o fornecedor possui; 
d) prazo de entrega – período compreendido entre o pedido e a entrega 
do material; 
e) condições de pagamento – programar desembolso, se à vista ou a 
prazo, com ou sem entrada, com ou sem desconto; 
f) validade de proposta – verificar se o início da obra, ou a época 
provável de compra são atendidos pelo prazo da proposta; 
g) local e condições de entrega – se na obra, na fábrica ou depósito; 
h) despesas complementares – caso o vendedor não se comprometer 
a entregar a mercadoria. 
 Outro fator importante de avaliação da cotação de preço é a comparação 
obtida entre dois ou mais fornecedores, analisando nem sempre o menor 
preço, mas sim o melhor preço, verificando os aspectos acima mencionados, 
conforme Mattos (2006). 
 A importância de obter os preços dos produtos é fundamental para 
auxiliar na lucratividade da empresa, sendo este relacionado com as compras 
mais representativas adequadamente controladas. Para o setor de compras, 
dois principais objetivos relacionados na cotação de preço são: as compras de 
materiais ou insumos mais baratos obedecendo ao padrão de qualidade e a 
negociação das melhores condições de pagamento. 
 
2.8 Tabela de composição de preços para orçamento 
 
A Tabela de Composição de Preços para Orçamento (TCPO) norteia o 
orçamento de construção, planejamento e controle de obras. De acordo com 
Tisaka (2011) é na TCPO que se encontram os parâmetros de quantitativos, 
produtividade e de consumo necessárias para a composição dos principais 
serviços utilizados na construção civil. 
37 
 
 Para Tognetti (2011), para compreender o orçamento em construção é 
necessário entender o conceito de insumos e composições. Os insumos são 
considerados parte integrante dos materiais, mão de obra e equipamentos, 
considerando a hora do pedreiro, o tijolo, o quilo do cimento, o dia da máquina 
de terraplenagem, a hora do servente. Já a composição refere-se à 
combinação dos insumos para realização do empreendimento. 
 Para melhor entendimento, segue exemplo prático do orçamento de uma 
parede de blocos de concreto 14x19x19 cm, com 5 metros de comprimento e 3 
metros de altura, correspondente a 15 m². 
 
Quadro 3: Composição de preço para orçamento 
Insumos Consumo (C) Unidade Preço (P) Subtotal (CxP) 
Pedreiro 0,92 H R$ 4,65 R$ 4,28 
Servente 1,10 H R$ 3,81 R$ 4,19 
Areia 0,023 m² R$ 79,20 R$ 1,82 
Cal Hidratada 4,14 Kg R$ 0,34 R$ 1,41 
Cimento 3,24 Kg R$ 0,37 R$ 1,20 
Bloco de concreto 
14x19x19 cm 13 Um R$ 1,92 R$ 24,96 
 
Leis Sociais 120% R$ 10,16 
Benefícios e Despesas Indiretas 20% R$ 12,00 
 
TOTAL (por m²) R$ 60,02 
Parede com 15m² (3x5m) R$ 900,37 
Fonte: Tognetti, 2011. 
 
 Além da TCPO, de acordo com Tognetti (2011), existem outras fontes de 
tabela para orçamentos disponibilizados por órgãos governamentais, como da 
Fundação para oDesenvolvimento da Educação (FDE) e o Sistema Nacional 
de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) disponibilizado 
pela Caixa Econômica Federal, que fornecem os preços dos insumos sem a 
composição, porém auxiliam na ideia da grandeza dos custos dos serviços. 
38 
 
Quadro 4: Fontes de composições para orçamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Tognetti (2011) 
 
 Cardoso (2009) menciona que a composição de preço demonstra as 
necessidades na realização de serviços no que diz respeito a todos os itens 
envolvidos na execução da obra, como quantidade de materiais, mão de obra, 
encargos sociais e equipamentos, caso necessário. 
 A TCPO deve ser utilizada como referência inicial, de acordo com 
Cardoso (2009), de modo que o orçamentista possa comparar alguns índices 
de produtividade com os seus próprios levantamentos. 
 
2.9 Curva ABC 
 
 A curva por Atividade Baseada em Custo (ABC), de acordo com 
Valentini (2009), consiste no método de classificação dos insumos ou serviços 
que possui maior destaque financeiro no empreendimento. 
 Cardoso (2009) ressalva que a curva ABC é uma informação gerencial 
importante para o planejamento e controle de custo do empreendimento. 
 “A análise baseada nas curvas ABC permite verificar de imediato os 
itens críticos do orçamento: os insumos e os serviços que pesam mais.” 
(CORDEIRO, 2007, p. 54) 
 Segundo Mattos (2006), a Curva ABC auxilia o orçamentista a mensurar 
os principais insumos, orientando a prioridade de cotação de preços, definindo 
as negociações mais criteriosas. 
 
 
 
 
Editora Pini possui a composição 
de custos de vários serviços da 
construção. 
Possui a composição dos principais 
serviços de obras e reforma e 
construção de escolas. 
 
SINAPI – Sistema Nacional de 
Pesquisas de Custo e Índices da 
Construção Civil - Caixa 
39 
 
A 
B 
 
C 
 
Insumos 
P
e
rc
e
n
tu
al
 d
e 
cu
st
o
 a
cu
m
u
la
d
o
 
A Curva ABC é uma ferramenta que o orçamentista não pode deixar 
de gerar ao final do processo de orçamentação. Ela traz benefícios 
para o próprio orçamentista e também para o engenheiro que vai 
gerenciar a obra. A curva ABC aponta os itens que mais pesam na 
obra. É justamente nesses itens que o gerente da obra deve se 
concentrar para melhorar o resultado de sua obra. (MATTOS, 2006, 
p. 176) 
 
 Mattos (2006) afirma que o nome Curva é originário da 
representatividade do gráfico e discrimina as características da Curva ABC, 
como: 
 
Figura 10: Curva ABC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Mattos, 2006, p. 175 
 
 Ainda de acordo com Mattos (2006), a Curva ABC demonstra os 
insumos, desde os mais representativos (Faixa A e B) até os menos 
significantes (Faixa C). Os principais insumos em termos de custos são 
expressas nas faixas A e B, o que exige do orçamentista uma cotação rigorosa 
para adquirir produtos com preços favoráveis. A faixa C demonstra os insumos 
com custos baixos, porém não exime o orçamentista de cotar o preço dos 
40 
 
mesmos. A Curva ABC é uma ferramenta essencial para auxiliar as prioridades 
de cotação para o orçamento. 
 
2.10 Etapas do orçamento 
 
 Para a elaboração do orçamento é necessário obter informações que 
expressem os custos para a realização do empreendimento, com o objetivo de 
absorver informações exatas com relação aos valores que serão estabelecidos. 
 Segundo Mattos (2006), o orçamento engloba três etapas de trabalho, 
como: estudo das condicionantes, composição de custos e determinação do 
preço. 
 
Figura 11: Etapas do orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Mattos, 2006. 
ESTUDO 
DAS 
CONDICIONANTES 
Leitura e interpretação do projeto 
Leitura e interpretação do edital 
Visita Técnica 
Identificação 
dos 
Serviços. 
Levantamento 
de 
Quantitativo. 
Lucro 
Custo direto 
Encargos 
Cotação 
de Preço 
Composição de 
Custo 
Custo indireto 
 
 
 
Cotação 
de Preço Encargos 
FECHAMENTO 
DO 
ORÇAMENTO 
COMPOSIÇÃO 
DOS 
 CUSTOS 
 
PPllaanniillhhaa 
ddee 
PPrreeççoo.. 
Preço de 
venda/BDI 
41 
 
2.10.1 Estudo das condicionantes 
 
 É o estudo das condicionantes quem norteia o orçamentista conforme 
afirma Mattos (2006), auxiliando na identificação das condições da obra através 
da leitura e interpretação do projeto composto por: 
a) plantas baixas; 
b) cortes; 
c) vistas – fachadas, perfis; 
d) perspectivas – isométricas, cavaleiras; 
e) notas esclarecedoras; 
f) detalhes – em escala que permita melhor observação; 
g) diagramas – croquis; 
h) gráficos – perfis de sondagem, curvas cota-volume; 
i) tabelas – de elementos topográficos, curvas granulométricas; 
j) quadros – de ferragem, de cabos. 
 Além da interpretação do projeto, o orçamentista necessita avaliar as 
especificações técnicas que, segundo Mattos (2006), são documentos de texto 
de natureza mais qualitativa do que quantitativa, como: 
a) descrição qualitativa dos materiais; 
b) padrão de acabamento; 
c) tolerâncias dimensionais dos elementos estruturais e tubulações; 
d) critério de aceitação de materiais; 
e) tipo de quantidade de ensaios a serem feitos; 
f) grau de compactação exigido para aterro; 
g) interferências com tubulações enterradas. 
 Após a compreensão do projeto, o orçamentista avalia o edital através 
de leitura de modo a interpretar as regras do projeto para a elaboração do 
orçamento. Mattos (2006) esclarece que o edital é o documento que rege as 
licitações no caso de a obra ser objeto de uma concorrência. 
 O edital informa as condições necessárias para a elaboração do 
orçamento, como: 
a) prazo da obra; 
b) penalidade por atraso no cumprimento do prazo; 
c) critérios de medição, pagamento e reajustamento; 
42 
 
d) regime de preço; 
e) limitação de horários de trabalho; 
f) critérios de participação na licitação; 
g) documentação requerida para habilitação; 
h) seguros exigidos. 
 A visita técnica no local da obra é um item indispensável para 
complementar o estudo das condicionantes, sendo possível efetuar o 
levantamento de dados importantes para o orçamento, avaliar o estado das 
vias de acesso e disponibilidades de itens necessários para à realização do 
empreendimento na região. 
 
2.10.2 Composição dos custos 
 
 A composição de custos são peças básicas na elaboração do 
orçamento. Segundo Cordeiro (2007), esta composição de custo exige o 
conhecimento dos materiais, mão de obra, encargos sociais e o BDI. 
 A composição de custo compreende em primeiro plano a identificação 
dos serviços integrantes da obra. Cada serviço identificado precisa ser 
quantificado. De acordo com Mattos (2006) este levantamento de quantitativo é 
a principal tarefa do orçamentista. 
 Os custos diretos, segundo Valentini (2009), é o somatório de todos os 
custos provenientes dos insumos necessários à realização das atividades de 
execução do empreendimento, como: mão de obra, materiais e equipamentos. 
 Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados 
aos serviços de campo, mas que são requeridos para que tais serviços sejam 
realizados, como a equipe técnica, de suporte e identificação de despesas 
gerais da obra, conforme Mattos (2006). 
 De acordo com Tisaka (2011) a soma dos custos unitários dos serviços 
necessários para a construção, mais os custos de infraestrutura para a 
realização do empreendimento, são os fatores que constituem os custos diretos 
e os custos indiretos. E quando os custos recebem o acréscimo de BDI 
denomina-se o preço de venda. 
 Assim, a composição de custo, auxilia e contribui para análise da 
lucratividade sobre o empreendimento, assim como estabelece o preço de 
43 
 
venda e o BDI aplicado uniformemente sobre todos os serviços a fim de 
garantir o retorno do investimento. 
 
2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas 
 
 SegundoMattos (2006), os encargos sociais e trabalhistas são definidos 
pelo percentual a ser aplicado na mão de obra. Envolve impostos que incidem 
sobre a hora trabalhada e os benefícios que tem direito os trabalhadores e que 
são pagos pelo empregador. 
 Este mesmo autor afirma que os encargos em sentido estrito são os 
mais utilizados pelos orçamentistas, baseia-se nos encargos sociais, 
trabalhistas e indenizatórios previstos em lei e ao qual o empregador está 
obrigado a arcar. 
 
2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI 
 
 O cálculo do BDI é definido pela própria empresa, efetuando a relação 
entre as despesas operacionais e o faturamento alcançado. O cálculo do BDI 
de acordo com a TCPO é realizado após a apuração dos custos diretos. 
 Segundo o Instituto de Engenharia (2011), o BDI refere-se à taxa 
adicionada ao custo direto de uma obra ou serviço. Quando a empresa 
estabelece a taxa de BDI a cada um dos componentes, deve justificar a origem 
das mesmas e analisar a qualificação e quantificação de estrutura mínima das 
empresas que participam de uma licitação. 
 Enquanto o Custo Direto representa todos os valores constantes da 
planilha, o BDI é a margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o 
valor do orçamento, conforme descreve Tisaka (2011). 
 Uma vez que compreendidos os materiais, é necessário trabalhar os 
custos que envolvem a mão de obra representada pelo salário dos 
trabalhadores, acrescidos dos encargos sociais, onde a remuneração ocorre 
por horas trabalhadas. Ainda, conforme Tisaka (2011), é preciso calcular as 
despesas de alimentação, transporte e equipamento de proteção individual 
(EPI) e as ferramentas de uso pessoal. 
 Tisaka (2006) representa, figurativamente, o BDI da seguinte maneira: 
44 
 
 PV = CD x 1 + ou PV = CD (1+b) 
 
 Onde: 
 PV = Preço de Venda ou Orçamento 
 CD = Custo Direto 
 BDI = Benefício e Despesa Indireta expresso em percentual 
 b = Benefício e Despesa Indireta expresso em número decimal 
 
 “Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o 
custo direto dos itens da planilha da obra para chegar ao preço de venda.” 
(MATTOS, 2006, p. 235) 
 
2.10.3 Fechamento do orçamento 
 
 O fechamento do orçamento é estabelecido com a definição do lucro 
baseado no levantamento dos custos do empreendimento. 
 Cardoso (2009) esclarece que o orçamento é um documento que 
necessita de absoluta credibilidade, para que as informações produzidas em 
decorrência, como o controle de custo da obra possa funcionar como 
ferramentas seguras para tomada de decisão. 
 O fechamento do orçamento é demonstrado em planilha que formaliza a 
discriminação de cada item do empreendimento, preço unitário de material, 
preço unitário de mão de obra, preço total dos materiais e mão de obra, 
incluindo os custos diretos, custos indiretos, preço de venda e BDI. 
 Para Mattos (2006), no fechamento do orçamento o construtor define a 
lucratividade que deseja obter na obra, considerando os fatores de 
concorrência e risco do empreendimento. 
 
2.11 Planilha orçamentária 
 
 A planilha orçamentária é o documento que reúne todos os serviços de 
forma discriminada correspondente aos custos diretos especificados nos 
projetos, suas unidades de medições, quantidades e seus respectivos preços 
unitários e totais. 
BDI (%) 
100 
45 
 
 Proporciona a apropriação de todos os custos facilitando sua análise e 
aprovação pelos cálculos do orçamento que a planilha disponibiliza. 
 Segundo Cardoso (2009), é importante que a planilha do orçamento 
compreenda as composições de custos dos serviços que a compõe, 
demonstrando correta e integralmente todas as atividades da construção, de 
modo a listar todos os materiais que serão aplicados no empreendimento. 
 De acordo com Tisaka (2011), uma vez apresentada a proposta para 
concorrer em certame licitatório, de acordo com a Lei nº 8.666/93, não poderá 
haver arrependimento, sendo essencial estudar e analisar profundamente os 
custos diretos e indiretos e despesas indiretas envolvidas, uma vez que o 
princípio fundamental que rege a Lei de Licitações é o menor preço, não se 
permitindo negociações após a abertura das propostas. 
 
2.12 Memorial descritivo 
 
 O memorial descritivo conforme ressalva Xavier (2008), corresponde à 
execução do empreendimento de forma manuscrita detalhando as etapas a 
serem realizadas na obra de maneira a explicitar o modo de utilização dos 
materiais e as especificações técnicas que deverão ser abordadas. Segue a 
ordem da planilha orçamentária referente aos serviços e atividades, tendo por 
objetivo estabelecer o diário de obra, evitando erros durante o processo de 
execução do empreendimento, detalhando desde a demolição, limpeza do 
terreno, até a pintura e revestimentos. 
 Segundo Tisaka (2011), o memorial descritivo é a descrição detalhada 
do objeto projetado na forma escrita, apresentando soluções técnicas adotadas 
e as justificativas que são necessárias ao pleno entendimento do projeto. 
 
2.13 Cronograma 
 
 O cronograma, de acordo com Almeida (2003), é importante para 
garantir que as ações estabelecidas sejam realizadas, de modo a cumprir as 
metas da execução de cada serviço. O cronograma demonstra as etapas de 
execução da obra e a estimativa de prazo a contar do início estabelecido 
através da ordem de serviço até a conclusão e entrega definitiva da obra. 
46 
 
 Para que os períodos estabelecidos no cronograma sejam cumpridos, é 
importante planejar os objetivos a serem alcançados para obter um resultado 
satisfatório dentro do prazo. 
 Segundo Mattos (2010), o cronograma é um instrumento do 
planejamento no dia a dia da obra, tornando-se como base para tomada de 
decisões do gerente e sua equipe, como: programar as atividades das equipes 
de campo, instruir equipes, fazer pedidos de compra, alugar equipamento, 
recrutar operários, aferir o progresso das atividades, monitorarem atrasos ou 
adiantamento das atividades, replanejar obras, pautar reuniões, entre outras 
decisões. 
 Tisaka (2011) cita o cronograma físico da seguinte forma: 
 
Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem 
executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando 
em cada período o percentual físico a ser executado e o respectivo 
valor financeiro envolvido. (TISAKA, 2011, p. 53) 
 
 O cronograma descreve detalhes profundos e cuidadosos sobre as 
atividades a serem executadas durante o período determinado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
CAPÍTULO III 
 
LEI DAS LICITAÇÕES 
 LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21 DE JUNHO DE 1993 
 
 
3 LICITAÇÃO 
 
3.1 Conceito de licitação 
 
 Licitação de acordo com Mattos (2006), é o procedimento utilizado pelo 
governo federal, estadual e municipal, para realizar compra de bens e serviços 
ou venda de bens que não são mais utilizados pelos mesmos. São poucas as 
situações que não se exige licitação, como por exemplo, no caso de 
calamidade pública. Toda entidade que possua recursos públicos está 
vinculada ao processo licitatório. 
 
A licitação é a regra padrão para qualquer aquisição ou venda por 
parte do Poder Público. Segundo a Constituição Federal, obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo 
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes. (MATTOS, 2006, p. 264). 
 
 Para o TCU (2010), licitação é a regra utilizada para a compra de bens 
ou contratação de obras e serviços pela Administração Pública. Ocorre por 
meio de convocação através da divulgação das condições estabelecidas, onde 
empresas interessadas apresentam suas propostas para disponibilizar seus 
bens e serviços. A convocação é realizada por meio de edital ou convite, 
garantindo a importância do princípio constitucional da isonomia com o objetivo 
de selecionar a melhor proposta, assegurando oportunidade a todos os 
interessados. 
 A Lei Federal nº

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