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Material Direito ambiental

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Aula 1 - Tutelas Coletivas do Consumo e Meio Ambiente 
Aula 2 - Tutelas Coletivas espécies de sanções e interesses 
Aula 3 - Tutela Administrativa Ambiental 
Aula 4 - Política Nacional das Relações de Consumo 
Aula 5 - Tutela Administrativa III – Inquérito Civil 
Aula 6 - Ajustamento de Conduta 
Aula 7-8 - Ação Popular e Ação Civil Pública 
Aula 9 - Ação Civil Pública – CDC 
Aula 10 -Ação Civil Coletiva 
Aulas 11-12 - Outras Ações Coletivas no Ordenamento e Penal 
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Tutelas Coletivas do Consumo e 
Meio Ambiente
Plano de Ensino
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• TÍTULO II 
• DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
• CAPÍTULO I 
• DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
Uma importante
referência ao
CONSUMIDOR na
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Direitos Fundamentais
TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
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• XXXII - o Estado promoverá, na
forma da lei, a defesa do
consumidor;
• CDC. Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo
o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
• I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de
consumo;
Uma importante referência
ao MEIO AMBIENTE na
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• Art. 225. Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado,
BEM DE USO COMUM DO POVO e
ESSENCIAL À SADIA QUALIDADE DE
VIDA, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras
gerações
DESTAQUE PARA 2 PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
• III - A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA; 
• IV - OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA
LIVRE INICIATIVA;
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RELEVÂNCIA DOS TEMAS
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• TÍTULO VII 
• DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA 
• CAPÍTULO I 
• DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE 
ECONÔMICA 
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
• V - defesa do consumidor; 
• VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante
tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação;
Referência aos Direitos Difusos e 
Coletivos
• Art. 129. São funções institucionais do Ministério
Público:
• (...) 
• III - promover o inquérito civil e a ação civil pública,
para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;
• § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações 
civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, 
nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta 
Constituição e na lei.
O Interesse e o Direito
I- Interesse público e interesse social;
- Interesse público primário: afetos ao interesse da coletividade. Aqui reside a supremacia
sobre o particular;
- Interesse público secundário: concerne ao interesse patrimonial do Estado. Aqui impera a
isonomia.
II- Interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos.
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Código de Defesa do Consumidor
• Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
consumidores e das vítimas poderá ser exercido
em juízo individualmente, ou a título coletivo
• Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida
quando se tratar de:
• I - interesses ou direitos difusos, assim
entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas
por circunstâncias de fato
• II - interesses ou direitos coletivos, assim
entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que
seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica base
• III - interesses ou direitos
individuais homogêneos, assim
entendidos os decorrentes de
origem comum.
OBS
• Art. 5º
• LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público;
• LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
impetrado por:
• a) partido político com representação no Congresso
Nacional;
• b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
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Lei 12.016/09
• Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido
político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária,
ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou
associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
• Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança 
coletivo podem ser:
• I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de
natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas
ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica;
• II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os
decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da
totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
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Tutelas Coletivas: espécies 
de sanções e interesses
Espécies de interesses tutelados
Lembrança Constitucional
DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER
•Art. 2º São Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Espécies de Interesses tuteláveis
• Individual
• Coletivo
Obs. Direitos Coletivos e Políticas Públicas 
Considerações Preliminares
• Atos Estatais que, antes de tratarmos das espécies de tutela, 
demandam considerações.
• Lei
• Ato administrativo
• Sentença
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Espécies de interesses coletivos
• DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
• Ambiental
• Interesses de Consumo
• Outros Interesses Coletivos (grupos raciais, étnicos e
religiosos, patrimônio público e social, crianças,
adolescentes, idosos, entre outros
•Diferenças entre tutela Civil, Penal e 
Administrativa
Exemplos com base no Meio Ambiente
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
• (....)
• § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.
Ainda nessa toada Ambiental. Sanções Penais
• Lei 9.605/98 - Sanções Penais e Administrativas por atividades lesivas ao
Meio Ambiente, entre outras providências
• Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas esubstituem as
privativas de liberdade quando:
• Art. 8º As penas restritivas de direito são:
• I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de
direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação
pecuniária; V - recolhimento domiciliar.
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• Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
• I - suspensão parcial ou total de atividades;
• II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
• III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter
subsídios, subvenções ou doações.
Na mesma lei... Sanções Administrativa
• Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes
sanções, observado o disposto no art. 6º:
• I - advertência; II - multa simples; III - multa diária; IV - apreensão dos
animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados
na infração; V - destruição ou inutilização do produto; VI - suspensão
de venda e fabricação do produto; VII - embargo de obra ou
atividade; VIII - demolição de obra; IX - suspensão parcial ou total de
atividades; X – (VETADO) XI - restritiva de direitos.
Lei 6938/81- PNM- Aspecto Civil
• Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,
estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à
preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela
degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
• (....)
• § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o
poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar
ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por
sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá
legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por
danos causados ao meio ambiente.
Interesses em espécie
• DIREITO AO MEIO AMBIENTE
• CF 225
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
• PNMA (Lei 6938/81)
• Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: 
• I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas;
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Meio Ambiente Natural
• Meio Ambiente Natural – (dispositivos importantes já mencionados
anteriormente).
• CF/88 - Art. 225- Meio Ambiente 
• Obs. Visão Biocêntrica x Visão Antropocêntrica
• Lei 6938/81 – Política Nacional de Meio Ambiente
Meio Ambiente Artificial - Exemplos
• Política Urbana – CF/88 – Art. 182 
• Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de
seus habitantes
• Lei 10.257/01 
• Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes
diretrizes gerais:
• I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e
futuras gerações;
Meio Ambiente Cultural
• CF/88
• Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais
e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização
e a difusão das manifestações culturais.
• (...)
• Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores
de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
• I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as
criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos,
documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.
Meio Ambiente do Trabalho
• CF/88
• Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei:
•
• (...)
• VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
do trabalho.
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Relações de Consumo
• Primeiramente, lembrar que o conceito de direitos difusos, coletivos e
individuais homogêneos foi ofertado pela lei 8078/90 – CDC
• CF/88
• Art. 5º (...) XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor;
• CF/88 –ADCT – Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte
dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do
consumidor.
Princípios Gerais da Ordem Econômica – CF/88
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano 
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, 
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
• I - soberania nacional;
• II - propriedade privada;
• III - função social da propriedade;
• IV - livre concorrência; 
• V - defesa do consumidor; 
• VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos 
de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)
• VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
• VIII - busca do pleno emprego;
• IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração 
no País.
Lei 8078/90 - CDC
Obs1. Um conceito de consumidor por equiparação no CDC
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às
práticas nele previstas.
• Obs2. A defesa dos interesses do consumidor, consoante visto na
CF/88, também se faz presente no âmbito da ordem econômica.
Lei Federal 12.529/11
• Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe
sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem
econômica; altera a Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o
Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo
Penal, e a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da
Lei no 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei no 9.781, de 19 de
janeiro de 1999; e dá outras providência
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Interessante observar
• Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de
culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou
possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
• I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a
livre iniciativa;
• II - dominar mercado relevante de bens ou serviços;
• III - aumentar arbitrariamente os lucros; e
• IV - exercer de forma abusiva posição dominante. 
Parágrafo Terceiro do Art. 36
• § 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem
hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da
ordem econômica:
• I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer
forma:
• a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente;
• b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de
bens ou a prestação de um número, volume ou frequência restrita ou limitada de
serviços;
• c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens
ou serviços, mediante, dentre outros, a distribuição de clientes, fornecedores,
regiões ou períodos;• d) preços, condições, vantagens ou abstenção em licitação pública;
• II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme
ou concertada entre concorrentes;
• III - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado;
• IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao
desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou
financiador de bens ou serviços;
• V - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas,
equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição;
• VI - exigir ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos
meios de comunicação de massa;
• VII - utilizar meios enganosos para provocar a oscilação de preços de terceiros;
• VIII - regular mercados de bens ou serviços, estabelecendo acordos para limitar
ou controlar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a produção de bens ou
prestação de serviços, ou para dificultar investimentos destinados à produção de
bens ou serviços ou à sua distribuição;
• IX - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, varejistas e
representantes preços de revenda, descontos, condições de pagamento,
quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro ou quaisquer outras
condições de comercialização relativos a negócios destes com terceiros;
• X - discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio da
fixação diferenciada de preços, ou de condições operacionais de venda ou
prestação de serviços;
• XI - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, dentro das condições de
pagamento normais aos usos e costumes comerciais;
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• XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de
relações comerciais de prazo indeterminado em razão de recusa da
outra parte em submeter-se a cláusulas e condições comerciais
injustificáveis ou anticoncorrenciais;
• XIII - destruir, inutilizar ou açambarcar matérias-primas, produtos
intermediários ou acabados, assim como destruir, inutilizar ou
dificultar a operação de equipamentos destinados a produzi-los,
distribuí-los ou transportá-los;
• XIV - açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedade
industrial ou intelectual ou de tecnologia;
• XV - vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do
preço de custo;
• XVI - reter bens de produção ou de consumo, exceto para garantir a
cobertura dos custos de produção;
• XVII - cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa
causa comprovada;
• XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização
de um serviço, ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de
outro ou à aquisição de um bem; e
• XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial,
intelectual, tecnologia ou marca.
Ação Popular
• LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
• Lei 4.717/65
Ação Civil Pública
• CF/88 - Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
• (...)
• III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos;
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Lei 7.347/85
• Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação
popular, as ações de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
• l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a
qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº
8.078 de 1990) V - por infração da ordem econômica; (Redação dada
pela Lei nº 12.529, de 2011). VI - à ordem urbanística. (Incluído pela
Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) VII – à honra e à dignidade
de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº
12.966, de 2014); VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído
pela Lei nº 13.004, de 2014)
Vedações à Utilização da ACP
• Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular
pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de
natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente
determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
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Tutela Administrativa Ambiental
1ª Parte
Meio Ambiente
Se tivéssemos que decompor o meio 
ambiente ao seu elemento 
mais simples?
• Pensar no conceito de meio ambiente....
• o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas;
• PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
Bem de uso e essencial a sadia qualidade de
vida das presentes e futuras gerações e art.
170 VI (defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação).
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Princípio do Poluidor Pagador
• Art. 225, par. 3º. As condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais, administrativa,
independentemente de reparar os danos.
• 1ª vertente: evitar ocorrência de danos;
• 2ª vertente: ocorrido o dano, visa a reparação.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
• Art. 225 – proteger e preservar o meio
ambiente para as presentes e futuras gerações
• (importância de estrutura de defesa e 
consciência ambiental)
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO
• Ação conjunta do Estado e da
Sociedade na proteção e preservação
do meio ambiente
Princípio da 
Informação Ambiental
• Educação ambiental – art. 225,
par. 1º., VI. Também atua nesse
ponto o art. 220 (direito de
informa e ser informado)
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Princípio da Ubiquidade*
• Levar em consideração questões
ambientais no exercício de
atividades, políticas e legislações
CONCEITOS IMPORTANTES DA 
POLÍTICA NACIONAL DE MEIO 
AMBIENTE
Política Nacional de Meio Ambiente
Lei no. 6938 de 31 de Agosto de 1981 
• Dispõe sobre a Política Nacional de Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras
providências.
Art. 3º
• Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei,
entende-se por:
• I - meio ambiente*, o conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas;
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• II - degradação da qualidade
ambiental, a alteração adversa
das características do meio
ambiente;
• III - poluição, a degradação da qualidade
ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente:
• a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
• b) criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas;
• c) afetem desfavoravelmente a biota;
• d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente;
• e) lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos;
• IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado, responsável, direta
ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
• V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas
interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo,
os elementos da biosfera, a fauna e a
flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de
1989)
ATENÇÃO!!!
• Os dispositivos constitucionais a
seguir demonstram – de modo
exemplificativo - as diversas
incumbências do Poder Público,
as quais serão levadas a efeito
mediante atividade
administrativa.
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CF
Art. 225. Todos têm direito aomeio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, IMPONDO-SE AO PODER PÚBLICO e à
coletividade O DEVER DE DEFENDÊ-LO E
PRESERVÁ- LO PARA AS PRESENTES E
FUTURAS GERAÇÕES.
• § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:
• I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
• II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação
de material genético;
• III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais
e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção;
• IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
• V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente;
• VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e
a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
• VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção
de espécies ou submetam os animais a crueldade.
• § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
• § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
• § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do
meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.
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• § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou
arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
• § 6º As usinas que operem com reator nuclear
deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
• § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso
VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis
as práticas desportivas que utilizem animais,
desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição
Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais
envolvidos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 96, de 2017)
CF - Competência Administrativa
• Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios:
• VI - PROTEGER O MEIO AMBIENTE E COMBATER A
POLUIÇÃO EM QUALQUER DE SUAS FORMAS;
• VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
• XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
• Leis complementares fixarão normas para a cooperação
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento
e do bem-estar em âmbito nacional.
Competência Legislativa
• Seguramente, para falar de
conduta administrativa,
imperioso, antes, a previsão legal.
Desta forma, importante a
lembrança do art. 24 da
Constituição Federal (c/c 30,II)
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Constituição Federal
• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
• VIII - responsabilidade por dano ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
• Art. 30. Compete aos Municípios: 
• I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
• II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
Aliás,
• A que tipo (ou tipos) de
responsabilidade se refere art.
24, VIII?
o poder de polícia ambiental
• PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL, na definição Paulo Affonso 
de Leme Machado:
• poder de polícia ambiental é a atividade da Administração
Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato em
razão de interesse público concernente à saúde da
população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividade
econômica ou de outras atividades dependentes de
concessão, autorização/ permissão ou licença do Poder
Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou
agressão à natureza.
Sanções Administrativas
• Lei 9605/98
• Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências.
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INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
• Art. 70. CONSIDERA-SE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA AMBIENTAL toda
ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente.
• § 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental
e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
- SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem
como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
• § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir
representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para
efeito do exercício do seu poder de polícia.
• § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental
é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo
administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
• § 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo
próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório,
observadas as disposições desta Lei.
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com 
as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
• I - advertência;
• II - multa simples;
• III - multa diária;
• IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e 
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de 
qualquer natureza utilizados na infração;
• V - destruição ou inutilização do produto;
• VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
• VII - embargo de obra ou atividade;
• VIII - demolição de obra;
• IX - suspensão parcial ou total de atividades;
• X – (VETADO)
• XI - restritiva de direitos.
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE – SISNAMA – Lei 6938/81
Lembrar do art. 23 da CF
• Art. 23. É competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
• VI - proteger o meio ambiente e combater a
poluição em qualquer de suas formas;
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE - SISNAMA
• Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações
instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, constituirão o Sistema Nacional do
Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
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• I - ÓRGÃO SUPERIOR: O CONSELHO DE GOVERNO, com a
função de assessorar o Presidente da República na
formulação da política nacional e nas diretrizes
governamentais para o meio ambiente e os recursos
ambientais;
• II - ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: O CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA), com a
finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio
ambientee os recursos naturais e deliberar, no âmbito de
sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com
o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à
sadia qualidade de vida;
• III - ÓRGÃO CENTRAL: A SECRETARIA DO MEIO
AMBIENTE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA,
com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar, como órgão federal,
a política nacional e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio
ambiente;
• IV - ÓRGÃOS EXECUTORES: O INSTITUTO
BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA e
o INSTITUTO CHICO MENDES (CONTINUA...).
Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico
Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a
política e as diretrizes governamentais fixadas para o
meio ambiente, de acordo com as respectivas
competências;
• V - ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades
estaduais responsáveis pela execução de programas,
projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental;
• VI - ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades
municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização
dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
• § 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas
áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e
complementares e padrões relacionados com o meio
ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo
CONAMA.
• § 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões
federais e estaduais, também poderão elaborar as normas
mencionadas no parágrafo anterior.
• § 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais
mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados
das análises efetuadas e sua fundamentação, quando
solicitados por pessoa legitimamente interessada.
• § 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder
Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico
científico às atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº
7.804, de 1989)
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DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA 
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
• Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente:
• I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental;
• II - o zoneamento ambiental;
• III - A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS;
• IV - O LICENCIAMENTO E A REVISÃO DE ATIVIDADES
EFETIVA OU POTENCIALMENTE POLUIDORAS;
• V - os incentivos à produção e instalação de
equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia,
voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
• VI - a criação de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo Poder Público
federal, estadual e municipal, tais como áreas de
proteção ambiental, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas;
• VII - o sistema nacional de informações sobre o
meio ambiente;
• VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e
Instrumento de Defesa Ambiental;
• IX - as penalidades disciplinares ou
compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção
da degradação ambiental.
• X - a instituição do Relatório de Qualidade do
Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
• XI - a garantia da prestação de informações
relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzí-las, quando
inexistentes;
• XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades
potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras
dos recursos ambientais.
• XIII - instrumentos econômicos, como
concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental e outros.
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Importante Instrumento de Tutela 
Administrativa Ambiental
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
2ª Parte - Licenciamento Ambiental
LC 140/11 
• Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos
termos dos incisos III, VI e VII do caput e do
parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal,
para a cooperação entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios nas ações
administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio
ambiente, ao combate à poluição em qualquer de
suas formas e à preservação das florestas, da fauna
e da flora.
Licenciamento
• licenciamento ambiental: o procedimento
administrativo destinado a licenciar
atividades ou empreendimentos utilizadores
de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação
ambiental;
Licença Ambiental
• ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições
e medidas de controle ambiental que deverão
ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa
física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar
e operar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental.
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Licenças ambientais
• Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de 
controle, expedirá as seguintes licenças:
• I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua
localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação;
• II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante;
• III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que
consta das licenças anteriores, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para a operação.
EPIA
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
• § 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público:
• (....)
• IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
• Somente é exigido em face de atividades que possam
causar potencial significativo impacto ambiental. Não é
qualquer atividade que se exige o estudo prévio de impacto
ambiental
• Art. 225 – mostra uma preocupação com o meio ambiente
e traz a necessidade de se exigir o estudo prévio de impacto
ambiental. (parag 1º. IV)
• O poder público poderá exigir estudo prévio de impacto
ambiental – tem uma diferença em relação ao
licenciamento – somente é exigido em face de atividades
que possam causar potencial e significativo impacto
ambiental. Não é exigido para todas as atividades
• Seu nome é bem sugestivo. É algo que se busca
fazer antes que se venha a consumar qualquer
dano ou possibilitar o exercício de atividade que
possa causar dano ou significativo impacto
ambiental – tem previsão constitucional e sua
regulamentação é por resolução do CONAMA.
(Res. N. 1/1986)
• É um estudo multidisciplinar. Todas as questões
que podem envolver qualquer tipo de impacto,
esse estudo irá procurar todas as possíveis
situações decorrentes da liberação daquela
atividade no meio ambiente
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• É uma atividade técnica – diversos profissionais
passam sua análise sobre sua área de
conhecimento (química, social)
• A atividade será suportada pelo empreendedor.
Torna-se imprescindível para a liberação da
atividade.
• Se o empreendedor é quem custeia? A atividade
é isenta ou não? Poderá ser influenciada. Por
meio da responsabilidade ele poderá ser
responsabilizado posteriormente, inclusive
criminalmente na lei de crimes ambientais. Não é
isenta, mas há mecanismos de proteção• Órgão ambiental – recebe o estudo prévio e defere ou
indefere o licenciamento. Se todos os requisitos forem
preenchidos o licenciamento será concedido pelo
Estado
• Se o estudo tiver impactos pode conceder o
licenciamento? Ele não é vinculante quando aponta
irregularidades. O órgão encarregado do deferimento
ou indeferimento competente para licenciar poderá
conceder ou não de acordo com seu entendimento. Ele
poderá destoar do estudo prévio de impacto ambiental.
Isto dificilmente ocorre. Na presença de pontos
negativos pode outorgar a licença, mediante
apontamentos. Se ele concede assume eventual risco
pelo dano ambiental (lógica mais adequada para o
professor)
• Portanto estudo favorável, normalmente licença concedida. Na outra
ponta, plano desfavorável poderá exigir os ajustes necessários ou conceder
a licença a despeito dos riscos, onde neste caso assume a responsabilidade
indireta pelo eventual dano ambiental.
• O estudo é técnico e, portanto, não é de fácil entendimento. A constituição
determina a publicidade. Para isso é obrigatório o RIMA – Relatório de
impacto ambiental – busca simplificar e tornar acessível a linguagem do
estudo prévio de impacto ambiental
• Poderá esse estudo ainda ensejar uma audiência pública, viabiilzando um
debate mais aprofundado.
• O CONAMA traz a resolução 1/86 que regulamente o estudo prévio de
impacto ambiental e quais atividades obrigatoriamente o exigem. É um rol
exemplificativo. Se houver indícios que determinada atividade poderá
causar significativo impacto ambiental o órgão licenciante poderá exigi-lo
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Política Nacional das Relações de 
Consumo
CF- Princípios Fundamentais
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios 
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
• I - a soberania;
• II - a cidadania
• III - A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA;
• IV - OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA
LIVRE INICIATIVA;
• V - o pluralismo político.
• Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.
CF - Art. 5º
• TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
• (...)
• XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor; 
ADCT
• Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de
cento e vinte dias da promulgação da
Constituição, elaborará código de defesa do
consumidor.
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CF – ORDEM ECONÔMICA
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes
princípios:
• I - soberania nacional;
• II - propriedade privada; III - função social da 
propriedade;
• IV - livre concorrência; 
• V - defesa do consumidor; 
• VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e 
serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
• VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
• VIII - busca do pleno emprego;
• IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno 
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua 
sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 6, de 1995)
• Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de 
qualquer atividade econômica, independentemente de 
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos 
em lei.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre:
• I – (...) V - produção e consumo;
• VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, §
1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
• § 2º A competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
• § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades.
• § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
CF
• Art. 30. Compete aos Municípios:
• I - legislar sobre assuntos de interesse local;
• II - suplementar a legislação federal e a
estadual no que couber;
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CDC - CAPÍTULO II
Da Política Nacional de Relações de Consumo
• Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo
o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos,
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
(Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
– I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de 
consumo;
– II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
• a) por iniciativa direta;
• b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas;
• c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
• d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
•
• III - harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo e
compatibilização da proteção do consumidor
com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar
os princípios nos quais se funda a ordem
econômica (art. 170, da Constituição Federal),
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
relações entre consumidores e fornecedores;
• IV - educação e informação de fornecedores e
consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com
vistas à melhoria do mercado de consumo;
• V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
eficientes de controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de mecanismos
alternativos de solução de conflitos de consumo;
• VI - coibição e repressão eficientes de todos os
abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a
concorrência desleal e utilização indevida de inventos e
criações industriais das marcas e nomes comerciais e
signos distintivos, que possam causar prejuízos aos
consumidores;
• VII - racionalização e melhoria dos serviços
públicos;
• VIII - estudo constante das modificações do
mercado de consumo.
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• Art. 5° Para a execução da Política Nacional das
Relações de Consumo, contará o poder público com os
seguintes instrumentos, entre outros:
• I - manutenção de assistência jurídica, integral e
gratuita para o consumidor carente;
• II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa
do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
• III - criação de delegacias de polícia especializadas
no atendimento de consumidores vítimas de infrações
penais de consumo;
•
• IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas 
Causas e Varas Especializadas para a solução 
de litígios de consumo;
• V - concessão de estímulos à criação e 
desenvolvimento das Associações de Defesa 
do Consumidor.
CAPÍTULO VII
Das Sanções Administrativas
• Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter
concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa,
baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição
e consumo de produtos e serviços.
• § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, 
a publicidade de produtos e serviçose o mercado de consumo, no 
interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da 
informação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que 
se fizerem necessárias.
• § 2° (Vetado).
• § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e
municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o
mercado de consumo manterão comissões
permanentes para elaboração, revisão e atualização
das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a
participação dos consumidores e fornecedores.
• § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir
notificações aos fornecedores para que, sob pena de
desobediência, prestem informações sobre questões
de interesse do consumidor, resguardado o segredo
industrial.
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• Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam
sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem
prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas
específicas:
• I - multa; II - apreensão do produto; III - inutilização do produto; IV -
cassação do registro do produto junto ao órgão competente; V -
proibição de fabricação do produto; VI - suspensão de fornecimento
de produtos ou serviço; VII - suspensão temporária de atividade; VIII
- revogação de concessão ou permissão de uso; IX - cassação de
licença do estabelecimento ou de atividade; X - interdição, total ou
parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; XI -
intervenção administrativa; XII - imposição de contrapropaganda.
• Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas
pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição,
podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida
cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
• Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a
gravidade da infração, a vantagem auferida e a
condição econômica do fornecedor, será aplicada
mediante procedimento administrativo, revertendo
para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho
de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos
estaduais ou municipais de proteção ao consumidor
nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº
8.656, de 21.5.1993)
• Parágrafo único. A multa será em montante não
inferior a duzentas e não superior a três milhões de
vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou
índice equivalente que venha a substituí-lo.
• Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de
produtos, de proibição de fabricação de produtos, de
suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de
cassação do registro do produto e revogação da
concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela
administração, mediante procedimento administrativo,
assegurada ampla defesa, quando forem constatados
vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação
ou insegurança do produto ou serviço.
•
• Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de
interdição e de suspensão temporária da atividade, bem
como a de intervenção administrativa, serão aplicadas
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla
defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
infrações de maior gravidade previstas neste código e na
legislação de consumo.
• § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à
concessionária de serviço público, quando violar obrigação
legal ou contratual.
• § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada
sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a
cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade.
• § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a
imposição de penalidade administrativa, não haverá
reincidência até o trânsito em julgado da sentença.
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Art. 60. A imposição de contrapropaganda será
cominada quando o fornecedor incorrer na
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos
termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às
expensas do infrator.
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo
responsável da mesma forma, freqüência e
dimensão e, preferencialmente no mesmo
veículo, local, espaço e horário, de forma capaz
de desfazer o malefício da publicidade enganosa
ou abusiva.
CDC e compromisso de ajustamento 
de conduta
• Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste 
título as normas do Código de Processo Civil e 
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, 
inclusive no que respeita ao inquérito civil, 
naquilo que não contrariar suas disposições.
• Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao 
art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
• "IV - a qualquer outro interesse difuso ou 
coletivo".
• Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de
24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte
redação:
• "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso
ou coletivo".
• Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de 
julho de 1985, o seguinte dispositivo, 
renumerando-se os seguintes:
• "Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e 
interesses difusos, coletivos e individuais, no 
que for cabível, os dispositivos do Título III da 
lei que instituiu o Código de Defesa do 
Consumidor".
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Lei 7347/85 - LACP
• Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e
interesses difusos, coletivos e individuais, no
que for cabível, os dispositivos do Título III da
lei que instituiu o Código de Defesa do
Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de
1990)
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Aula 5
•1ª. parte
Tutela Administrativa III – Inquérito Civil
• Investigação e Atribuições do Ministério Público
• Inquérito Civil: noção e características 
MINISTÉRIO PÚBLICO
Constituição Federal 
Das Funções Essenciais à Justiça
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
• Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
• um órgão independente, que não está vinculado a nenhum dos Poderes.
Sua independência é uma característica importante para que ele exerça a
suas funções institucionais.
Funções Institucionais do MP
• Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
• I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
• II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, 
promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
• III - PROMOVER O INQUÉRITO CIVIL E A AÇÃO CIVIL PÚBLICA, PARA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E SOCIAL, DO MEIO 
AMBIENTE E DE OUTROS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS; 
• IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos 
nesta Constituição;
• V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
• VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-
los, na forma da lei complementar respectiva;
• VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
• VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais; 
• IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas
• § 1º A LEGITIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AS AÇÕES CIVIS PREVISTAS NESTE ARTIGO NÃO IMPEDE A DE TERCEIROS, NAS 
MESMAS HIPÓTESES, SEGUNDO O DISPOSTO NESTA CONSTITUIÇÃO E NA LEI.
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INQUÉRITO CIVIL
Lei 7.347/85
• Art. 8º Para instruir a inicial, O INTERESSADO PODERÁ REQUERER às
autoridades competentes as certidões e informações que julgar
necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias.
• § 1º O MINISTÉRIO PÚBLICO PODERÁINSTAURAR, SOB SUA
PRESIDÊNCIA, INQUÉRITO CIVIL, ou REQUISITAR, de qualquer
organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou
perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10
(dez) dias úteis.
• (vide art. 10 da LACP)
• § 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser
negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser
proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz
requisitá-los.
Legitimidade para a propositura da ACP
• Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
• I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de
economia mista; V - a associação que, concomitantemente:
• a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
• b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, 
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos 
de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, 
turístico e paisagístico.
• (....)
• § 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
•O inquérito Civil é um Procedimento
Administrativo, de caráter meramente
informativo. Não tem natureza acusatória.
Sua previsão legal está no Parágrafo 1º do
artigo 8º da Lei da Ação Civil Pública.
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CNMP – Res 23/07
• Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será
instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela dos
interesses ou direitos a cargo do Ministério Público nos termos da
legislação aplicável, servindo como preparação para o exercício das
atribuições inerentes às suas funções institucionais.
• Obs. Não é condição de procedibilidade para a ACP
Objetivo
•Aparelhar, instruir, a Ação
Civil Pública.
CNMP – Res. 23/07
• Art. 2º O inquérito civil poderá ser instaurado:
• I – de ofício;
• II – em face de requerimento ou representação formulada por
qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão do Ministério
Público, ou qualquer autoridade, desde que forneça, por qualquer
meio legalmente permitido, informações sobre o fato e seu provável
autor, bem como a qualificação mínima que permita sua identificação
e localização;
• III – por designação do Procurador-Geral de Justiça, do Conselho
Superior do Ministério Público, Câmaras de Coordenação e Revisão e
demais órgãos superiores da Instituição, nos casos cabíveis.
Antes do ajuizamento de uma Ação Civil 
Pública
A instauração do inquérito
civil público é obrigatória?
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Lei 7347/85
• Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se
convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil,
promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças
informativas, fazendo-o fundamentadamente.
• § 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão
remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público.
• § 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja
homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações
legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos
autos do inquérito ou anexados às peças de informação.
• § 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do
Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento.
• § 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento,
designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da
ação.
• Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3
(três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento
ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação
civil, quando requisitados pelo Ministério Público.
Será possível firmar um TAC em um IC?
• § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais,
mediante cominações, que terá eficácia de título executivo
extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (Vide
Mensagem de veto)
Algumas Reflexões
• Inquisitivo?
• Sujeito ao Contraditório?
• Valor da provas?
• Lesão ou ameaça a direito? Recurso? Mandado de Segurança?
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Ajustamento de Conduta
Objetivos
• O Termo de Compromisso de Ajustamento de
Conduta é o ato jurídico pelo qual alguém
assume perante o agente tomador legitimado
a requerer a tutela judicial do conflito, o
compromisso de reparar, mitigar ou
compensar a ofensa, eliminar ou reduzir o
risco, através do AJUSTE de SUA CONDUTA às
EXIGÊNCIAS LEGAIS, FORMALIZANDO UM
TERMO com força de título executivo
extrajudicial
Legitimados para ACP
• Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
• I - o Ministério Público; 
• II - a Defensoria Pública;
• III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
• IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de 
economia mista;
• V - a associação que, concomitantemente:
• a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
• b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à
livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
Art 5º Lei 7347/85
• § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão
tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de sua conduta às exigências
legais, mediante cominações, que terá eficácia
de título executivo extrajudicial.
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Partes no Ajustamento
• Os TOMADORES (compromissários)
• OS INTERESSADOS (compromitentes)
Natureza
• instrumento de natureza contratual e bilateral
• Obs: a Administração Pública não pode 
transigi;
Do objeto do Termo de Compromisso
• o ajuste de determinada conduta às exigências
legais, observadas condições de modo, tempo
e lugar do cumprimento da obrigação, visando
de mitigar os efeitos danosos causados pela
conduta do interessado ou preveni-los.
• O bem jurídico recebe a tutela em
decorrência.
Formalização
• Qualificação
• Considerandos
• Cláusulas 
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Ação Popular
Ação Popular Ambiental
Direito de Ação
Art. 5º (...)
XXXV - a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário
LESÃO ou AMEAÇA A DIREITO;
Releitura Democrática do Processo
• Contribuição do CPC, como leitura afinada à 
Constituição Federal
COOPERAÇÃO DE TODOS OS SUJEITOS
• Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem
cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e
efetiva.
Ainda no CPC
NÃO SURPRESA
• Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma
das partes sem que ela seja previamente
ouvida.
• Parágrafo único. O disposto no caput não se
aplica:
• I - à tutela provisória de urgência;
• II - às hipóteses de tutela da evidência
previstas no art. 311, incisos II e III ;
• III - à decisão prevista no art. 701 .
CPC
• Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau
algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
N OVOS TEMPOS
• COOPERAÇÃO, NÃO SURPRESA
E CONTRADITÓRIO COM
PODER DE INFLUÊNCIA
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AÇÃO POPULAR
AÇÃO DE HÁ MUITO CONHECIDA.
A SEGUIR EXEMPLOS RETIRADOS DOS TEXTOS 
CONSTITUCIONAIS QUE A ELA SE REFERIRAM
CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DOIMPÉRIO 
DO BRAZIL
Império do Brazil
Art. 157. Por suborno, peita, peculato, e
concussão haverá contra elles acção popular,
que poderá ser intentada dentro de anno, e dia
pelo proprio queixoso, ou por qualquer do Povo,
guardada a ordem do Processo estabelecida na
Lei.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS 
ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
Dos Direitos e Garantias Individuais
• Art 113 - A Constituição assegura a brasileiros e a
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
dos direitos concernentes à liberdade, à
subsistência, à segurança individual e à
propriedade, nos termos seguintes:
• 38) Qualquer cidadão será parte legítima para 
pleitear a declaração de nulidade ou anulação 
dos atos lesivos do patrimônio da União, dos 
Estados ou dos Municípios.
REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO 
BRASIL
• Texto de 1937 – nada sobre ação popular
República Federativa do Brasil 
• CF 67. Art. 150- § 31 - Qualquer cidadão será
parte legítima para propor ação popular que
vise a anular atos lesivos ao patrimônio de
entidades públicas.
• EC 69. Art. 153. § 31. Qualquer cidadão será
parte legítima para propor ação popular que
vise a anular atos lesivos ao patrimônio de
entidades públicas.
CF/88 - Art. 5º
• LXXIII - QUALQUER CIDADÃO É PARTE
LEGÍTIMA PARA PROPOR AÇÃO POPULAR
QUE VISE A ANULAR ATO LESIVO ao
patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa,
AO MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
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Lei 4.717/65
• Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a
anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de
economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de
sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente
os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços
sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja
criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio
ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos
Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades
subvencionadas pelos cofres públicos
Art. 1º
• § 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins
referidos neste artigo, os bens e direitos de valor
econômico, artístico, estético, histórico ou
turístico. (Redação dada pela Lei nº 6.513, de
1977)
• § 2º Em se tratando de instituições ou fundações,
para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra
com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou
da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou
entidades subvencionadas, as conseqüências
patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por
limite a repercussão deles sobre a contribuição dos
cofres públicos
Voltando ao Texto 
Constitucional
CF/88 - Art. 5º
• LXXIII - QUALQUER CIDADÃO É PARTE
LEGÍTIMA PARA PROPOR AÇÃO POPULAR
QUE VISE A ANULAR ATO LESIVO ao
patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa,
AO MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
Ato Lesivo
LESÃO ou AMEAÇA a DIREITO
• Ato lesivo que causou ou que pode causar
lesão. O risco de lesão já se considera lesivo
para efeito de ação popular
Lei da Ação Popular
• Art. 5º (...)
• § 4º Na defesa do patrimônio
público caberá a suspensão
liminar do ato lesivo
impugnado
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Ação ou Omissão
• Os atos lesivos sempre se depreendem de
ação? Ou podem decorrer, também, de
alguma omissão?
• Patrimonial ou extrapatrimonial?
Anular ato lesivo
• Não se mostra como uma ação de
responsabilidade civil por dano aos bens jurídicos
que podem ser tutelados pela Ação Popular.
• Art. 11. A sentença que, julgando procedente a
ação popular, decretar a invalidade do ato
impugnado, condenará ao pagamento de perdas
e danos os responsáveis pela sua prática e os
beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva
contra os funcionários causadores de dano,
quando incorrerem em culpa.
Lei 4.717/65
• Legitimidade Ativa: CIDADÃO
• Art. 1º (....)
• § 3º A prova da cidadania, para ingresso em
juízo, será feita com o título eleitoral, ou com
documento que a ele corresponda.
MINISTÉRIO PÚBLICO
• Art. 6º
• § 4º O Ministério Público acompanhará a
ação, cabendo-lhe apressar a produção da
prova e promover a responsabilidade, civil ou
criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe
vedado, em qualquer hipótese, assumir a
defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
Ministério Público
• Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der
motiva à absolvição da instância, serão
publicados editais nos prazos e condições
previstos no art. 7º, inciso II, ficando
assegurado a qualquer cidadão, bem como ao
representante do Ministério Público, dentro
do prazo de 90 (noventa) dias da última
publicação feita, promover o prosseguimento
da ação.
MINISTÉRIO PÚBLICO
• Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da
publicação da sentença condenatória de
segunda instância, sem que o autor ou
terceiro promova a respectiva execução. o
representante do Ministério Público a
promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob
pena de falta grave.
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PERGUNTA
• Será o Ministério Público para legítima para 
promover uma AÇÃO POPULAR?
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
• PRINCIPAL INSTRUMENTO DE DEFESA DE
DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS; A PROPÓSITO,
POR MEIO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA É POSSÍVEL
DEDUZIR QUALQUER TIPO DE PEDIDO, DESDE
QUE SE MOSTRE COMO ADEQUADO À TUTELA
DO BEM JURÍDICO.
LITISPENDÊNCIA
• Quando uma ação se apresenta idêntica a 
outra que já está em curso. 
• Ações idênticas (mesmos elementos):
• - mesma partes;
• - mesma causa de pedir e;
• - mesmo pedido 
PERGUNTA
• PODEREMOS TER UMA LITISPENDÊNCIA
ENTRE UMA AÇÃO POPULAR, PROMOVIDA
PELO CIDADÃO E UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
• Trata-se de um caso hipotético, em que acerca
do mesmo evento lesivo encontramos as duas
ações envolvendo exatamente os mesmos
pedidos e causa de pedir?
• O domicílio eleitoral pode frustrar a 
legitimidade? 
STJ
• PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO POPULAR. ELEITOR
COM DOMICÍLIO ELEITORAL EM MUNICÍPIO
ESTRANHO ÀQUELE EM QUE OCORRERAM OS
FATOS CONTROVERSOS. IRRELEVÂNCIA.
LEGITIMIDADE ATIVA. CIDADÃO. TÍTULO DE
ELEITOS. MERO MEIO DE PROVA.
• Resp 1.242.800/MS. Rel. Min. Mauro Campbell
Marques
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Legitimidade Passiva
Pessoa Jurídica de Direito Público
Agentes públicos participantes
Beneficiários diretos
E no caso ambiental?
Interessante.
• III - Qualquer pessoa, beneficiada ou
responsável pelo ato impugnado, cuja
existência ou identidade se torne conhecida
no curso do processo e antes de proferida a
sentença final de primeira instância, deverá
ser citada para a integração do contraditório,
sendo-lhe restituído o prazo para contestação
e produção de provas, salvo, quanto a
beneficiário, se a citação se houver feito na
forma do inciso anterior.
Competência para a Ação Popular
• Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado,
é competente para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo
com a organização judiciária de cada Estado, o
for para as causas que interessem à União, ao
Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
ATENÇÃO 
Competência Absoluta 
e Relativa
ABSOLUTA
A competência absoluta NÃO pode ser
modificada.
- Matéria (exemplo eleitoral)
- Pessoa (mandado de segurança em face ato
de órgão jurisdicional monocrático)
- Funcional (em razão da atividade ou função
do órgão jurisdicional – julgamento de
recurso)
RELATIVA
• Compatível com a modificação da
competência.
- Valor da causa (juizados especiais)
- Territorialidade (domicílio do réu)
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Competência para a Ação Popular
• Art. 5º Conforme a origemdo ato impugnado,
é competente para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo
com a organização judiciária de cada Estado, o
for para as causas que interessem à União, ao
Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
Lei da Ação Civil Pública
Lei 7.347/85
• Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão
propostas no foro do local onde ocorrer o dano,
cujo juízo terá competência funcional para
processar e julgar a causa.
• Parágrafo único A propositura da ação prevenirá
a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto
Pergunta 
• Levando em consideração
o local do dano (em que
seu deu o ato lesivo), a
competência relacionada
à Ação Popular será
absoluta ou será relativa?
TRF 5 - Número do Processo: 201000000006637
• PROCESSO CIVIL. CONFLITO DE
COMPETÊNCIA. AÇÃO POPULAR.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL ABSOLUTA.
LOCAL DO DANO. MODIFICAÇÃO POR
CONEXÃO. JUÍZES COM COMPETÊNCIAS
TERRITORIAIS DISTINTAS. IMPOSSIBILIDADE.
AÇÃO ANTERIOR EXTINTA SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO. RISCO DE DECISÕES
CONTRADITÓRIAS. INEXISTÊNCIA.
CONVENIÊNCIA PROBATÓRIA.
1. Incidente no qual se busca definir quem é o juízo
competente para julgar a Ação Popular 93.0006610-2: a 10ª
Vara da Seção Judiciária de Pernambuco (suscitante), para
onde foi originalmente distribuída a ação, ou a 1ª Vara da
Seção Judiciária do Ceará (suscitado), onde tramitou outra
ação popular (n. 92.0014974-0), supostamente conexa a esta.
2. Dado o viés eminentemente público que a inspira, a
competência na ação popular é de caráter funcional. Mesmo
não sendo a Lei n. 4.717/65 expressa quanto a isso, é possível
colher no subsistema processual das ações coletivas (em cujo
gênero se insere a ação popular) regras que, por analogia,
apontam para tal solução, como o art. 2º da Lei n. 7.347/85 e o
art. 93, I, do Código de Defesa do Consumidor.
Modificação de Competência (relativa)
Conexão e Continência
• Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais 
ações QUANDO LHES FOR COMUM o PEDIDO ou 
a CAUSA DE PEDIR.
• Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou
mais ações QUANDO HOUVER identidade quanto
às partes e à causa de pedir, mas o pedido de
uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
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PERGUNTA
Poderá ocorrer continência
ou conexão entre uma ação
civil pública e uma ação
popular?
OBS
• O JULGAMENTO A SEGUIR
É ANTERIOR AO NOVO
CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL, CONTUDO, A RAZÃO
DO JULGADO É A MESMA.
TJSP- AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 
0264204-89.2011.8.26.0000
• AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTINÊNCIA - Ação popular em
trâmite na Justiça Estadual e ação civil pública promovida na Justiça
Federal Processos que guardam relação, sendo o fato principal de
discussão em ambos as irregularidades e vícios decorrentes da
Concorrência Pública nº 02/99 e seu consequente Contrato
Ocorrência de continência (art. 104 do CPC), o que autoriza a
reunião dos processos - A propositura daquela ação (ação civil
pública) tem o condão de deslocar a competência desta (ação
popular) para o Juízo da 2ª Vara Federal de Guarulhos, evitando-se
decisões contraditórias, em observância ao princípio da segurança
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0264204-89.2011.8.26.0000jurídica
- Decisão recorrida que determinou a remessa do feito para a
Justiça Federal Decisão mantida Precedentes - Recurso improvido
Rito
• LAP
• Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento
ordinário, previsto no Código de Processo
Civil, observadas as seguintes normas
modificativas:
• RITO COMUM – NOVO CPC
Ministério Público
• Atuará como Fiscal da Lei ou como sucessor
processual.
• Faculdade
• LAP Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à
absolvição da instância, serão publicados editais nos
prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II,
ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao
representante do Ministério Público, dentro do prazo
de 90 (noventa) dias da última publicação feita,
promover o prosseguimento da ação.
• Obrigação
• LAP Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias
da publicação da sentença condenatória de
segunda instância, sem que o autor ou
terceiro promova a respectiva execução. o
representante do Ministério Público a
promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob
pena de falta grave.
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Contestação
• IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte)
dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a
requerimento do interessado, se
particularmente difícil a produção de prova
documental, e será comum a todos os
interessados, correndo da entrega em cartório
do mandado cumprido, ou, quando for o caso,
do decurso do prazo assinado em edital.
Tutela Liminar
• LAP Art. 5º Conforme a origem do ato
impugnado, é competente para conhecer da
ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo
com a organização judiciária de cada Estado, o for
para as causas que interessem à União, ao
Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
• (...)
• § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a 
suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
Julgamento Antecipado da Lide
• V - Caso não requerida, até o despacho
saneador, a produção de prova testemunhal
ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por
10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os
autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta
e oito) horas após a expiração desse prazo;
havendo requerimento de prova, o processo
tomará o rito ordinário.
Pedido e Sentença
• LAP
• Art. 11. A sentença que, julgando procedente
a ação popular, decretar a invalidade do ato
impugnado, condenará ao pagamento de
perdas e danos os responsáveis pela sua
prática e os beneficiários dele, ressalvada a
ação regressiva contra os funcionários
causadores de dano, quando incorrerem em
culpa.
Coisa Julgada
• LAP Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa
julgada oponível "erga omnes", exceto no caso
de haver sido a ação julgada improcedente
por deficiência de prova; neste caso, qualquer
cidadão poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova
prova.
Recurso e Recurso Necessário
• Art. 19. A sentença que concluir pela carência
ou pela improcedência da ação está sujeita ao
duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal; da que julgar a ação procedente
caberá apelação, com efeito suspensivo.
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Custas e ônus da Sucumbência
• Isenção, exceto se houver comprovada má-fé.
Prescrição
• Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em
5 (cinco) anos. E Começa a contar da
publicidade do ato lesivo
• 1) Que tipo de legitimidade será a conferida 
pela ação civil Pública?
• 2) é Possível que outro cidadão se habilitar 
como litisconsorte?
• 3) Cabe reconvenção?
• 4) Após 5 anos da ocorrência do ato lesivo, 
prescreve a possibilidade de utilização de AP. É 
possível ajuizar outro tipo de ação?
• 5) A LAP se mostra eficiente para a tutela do 
meio ambiente?
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Ação Civil Pública
Lei 7.347/85
Ementa da lei
• Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao
meio-ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras
providências
• Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem 
prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade 
por danos morais e patrimoniais causados: (Redação 
dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
• l - AO MEIO-AMBIENTE; ll - AO CONSUMIDOR; III – a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse
difuso ou coletivo. V - por infração da ordem
econômica; VI - à ordem urbanística. VII – à honra e à
dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. VIII –
ao patrimônio público e social.
Integração
• Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e
interesses difusos, coletivos e individuais, no
que for cabível, os dispositivos do Título III da
lei que instituiu o Código de Defesa do
Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990)
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03/12/2020

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