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214 DUARTE & COHEN

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PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
1 
 
PESQUISA E PROJETO DE ESPAÇOS PÚBLICOS: 
 REBATIMENTOS E POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO DA DIVERSIDADE 
FÍSICA NO PLANEJAMENTO DAS CIDADES 
DUARTE, Cristiane Rose (1) & COHEN, Regina (2) 
(1) Arquiteta, Urbanista, Doutora pela Université de Paris-I Sorbonne, Professora Titular FAU/UFRJ, coordenadora do 
Núcleo Pró-acesso /PROARQ. (cristy@gta.ufrj.br) 
(2) Arquiteta, Mestre em Urbanismo (PROURB/ UFRJ), Doutoranda em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia 
Social (EICOS/IP/UFRJ), Professora Associada FAU/UFRJ, coordenadora do Núcleo Pró-acesso /PROARQ. 
(reginacohen@terra.com.br) 
 
Resumo 
Este artigo apresenta alguns dos resultados de uma pesquisa que busca estratégias de inserção de 
Pessoas com Deficiência (PCD): pessoas em cadeira de rodas, idosos, deficientes visuais e auditivos etc) 
nos espaços e edifícios públicos. Sustenta que as diferenças entre as pessoas podem não estar na 
deficiência de algumas delas, mas na falta de capacidade dos espaços urbanos em acolher seus usuários 
de forma igualitária. Foram pesquisados parâmetros que visam a concepção de espaços inclusivos que 
tenham a capacidade de permitir trocas, estimular o estabelecimento de relações sociais e atenuar as 
diferenças. Para a pesquisa de campo, foram selecionados edifícios públicos de valor simbólico e 
institucional e seus respectivos entornos urbanos. As análises apresentadas são focadas nos conceitos de 
"Acessibilidade", "Desenho Universal" e "Rota Acessível'. O artigo sustenta a necessidade da geração de 
estratégias para o planejamento de um espaço construído plenamente acessível; da criação de mecanismos 
com potencialidade de transformações atitudinais junto à sociedade e de ferramentas para o ensino de 
arquitetura e urbanismo, gerando mecanismos didáticos a serem implantados tanto em cursos de 
graduação e de pós-graduação quanto em cursos técnicos. 
Abstract 
This work presents some results of a research which looks for strategies to the inclusion of Persons with 
Disabilities (persons on wheelchair, elderly, deaf or blind persons, etc.) in the public buildings and spaces. 
Considers that the differences among persons may not be on the disability of some of them, but in the lack of 
capacity of urban spaces to support all users in an equalitarian way. We searched parameters which look for 
inclusive spaces conception and that allows changes, stimulate the establishment of social relations and 
diminished the differences. For the field research, were selected public buildings with symbolic and 
institutional value and their respective urban surrounding. The analysis presented is based on the concepts 
of “Accessibility”, “Universal Design” and “Accessible Route”. The article emphasizes the necessity of 
creating strategies for the complete accessible built space planning; the creation of mechanisms with 
potential for social attitudinal transformations and supports for architecture and urbanism teaching, 
generating didactic mechanisms to be also implemented in graduation and post-graduation courses as in 
technical courses. 
 
I - Introdução 
Recentemente, o Governo Federal assinou o Decreto 5.296 que, dentre outras providências, 
regulamenta a implementação da acessibilidade arquitetônica e urbanística, aos serviços de 
transportes coletivos, às ajudas técnicas, aos bens culturais imóveis, às informações e à 
comunicação. Em seu artigo 13º, o referido Decreto dispõe que, para serem aprovados, os 
seguintes documentos devem seguir as normas de acessibilidade: 
- os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores de Transporte e Trânsito ; 
- o Código de Obras, Código de Postura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei do Sistema 
Viário; 
- os estudos prévios de impacto de vizinhança; 
- as atividades de fiscalização e a imposição de sanções, incluindo a vigilância sanitária e 
ambiental; e 
- a previsão orçamentária e os mecanismos tributários e financeiros utilizados em caráter 
compensatório ou de incentivo. 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
2 
 
Além disso, em seu artigo 15º, reza o Decreto que, “no planejamento e na urbanização das vias, 
praças, dos logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as 
exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade (...)” (DECRETO Nº 5.296 –
Presidência da República) 
No entanto, acreditamos que, caso os planejadores não sejam sensibilizados sobre a questão da 
acessibilidade desde a sua formação, essa poderá ser mais uma dentre as diversas leis existentes 
no país que permanecem sem aplicação na prática. De fato, a situação de inacessibilidade de 
nossas cidades se deve não apenas à inadequada configuração dos espaços físicos mas, 
principalmente, à falta de conscientização de profissionais, de planejadores e gestores urbanos 
sobre as reais necessidades e peculiaridades de acesso de muitas pessoas com deficiência 
(PCD), com dificuldades físicas, motoras e /ou sensoriais. 
Com base no conceito de Inclusão Espacial (Duarte & Cohen,2002), o presente artigo apresenta 
resultados de uma pesquisa que tem como meta gerar estratégias para a melhoria da 
Acessibilidade e do Desenho Universal, a fim de favorecer a inclusão espacial de pessoas com 
mobilidade reduzida, de idosos, de pessoas com deficiência física, sensorial ou neurológica e 
contemplar o direito de ir e vir destes cidadãos. 
No Brasil, os resultados do Censo do IBGE de 2000 mostram que 14,5% da população brasileira 
apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos alguma 
dificuldade de enxergar, de ouvir, locomover-se ou com alguma deficiência neurológica. Assim, 
pode-se imaginar que, se cada um destes 24,5 milhões de pessoas com alguma deficiência 
(IBGE,2000) está inserido em grupos familiares e/ou círculos de convívio compostos, em média, 
por 4 outros membros, estaremos nos referindo a um grande contingente de população direta ou 
indiretamente implicada com a acessibilidade física. 
No entanto, não são os números que nos motivam: entendemos que basta que um só cidadão 
seja impedido de ter acesso a uma instituição pública para que a função social do espaço público 
seja questionada. 
As pesquisas desenvolvidas neste campo têm deixado clara a necessidade de se investigar a 
totalidade das barreiras arquitetônicas e urbanas para todos os tipos de deficiência e, mais do que 
isso, a importância de se estudar a inter-relação entre essas barreiras e suas respectivas soluções 
espaciais. Temos visto, por exemplo, o grave erro de se construir uma rampa de acesso para 
pessoas em cadeira de rodas sem lembrar que uma pessoa cega, que se guia com bengala pelo 
meio-fio, pode perder a noção de seu percurso ao se deparar com a tal rampa. 
Da mesma forma, de nada adiantaria dotar um edifício de rampas e pisos-guia, se o acesso a ele 
apresentasse barreiras. A presença de vagas especiais nas proximidades dos edifícios, as 
calçadas de acesso dotadas de pisos-guia e pisos de alerta, a ausência de obstáculos ou de tipos 
de mobiliário urbano que não seja detectável pelas bengalas de cegos (telefones públicos, por 
exemplo), a existência de sinalização para pedestres surdos ou cegos, são itens que precisam ser 
analisados globalmente, como um conjunto pertencente ao entorno dos edifícios, às áreas livres 
públicas e edificações. 
 
II - Abordagem Teórica 
As análises do estudo que está na base deste artigo foram focadas na experiência do usuário e na 
premissa da sustentabilidade social. Para tanto, baseamo-nos nos conceitos de "Acessibilidade", 
"Desenho Universal" e "Rota Acessível", que aqui delinearemos rapidamente para, em seguida, 
explorarmos as abordagens propostas (Experiência e Sustentabilidade Social). 
 
Acesso e Acessibilidade 
O conceito de Acesso foi desenvolvido de maneira bem abrangente por Kevin Lynch como um dos 
elementos para se atingir uma boa formade cidade; Françoise Choay (1988) dá uma visão de 
acessibilidade muito mais ampla e holística em seu ‘Dicionário de Urbanismo’ e os trabalhos 
desenvolvidos por Mettetal-Dulard (1994) e Guimarães(1991) fornecem também alguns subsídios 
para a abordagem da questão. 
 
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3 
 
O conceito de Acessibilidade traz a idéia da possibilidade de acesso a todos. Neste sentido, 
estamos incluindo pessoas que vivem determinadas situações de dificuldade às quais todos os 
indivíduos são passíveis de se submeterem em algum momento de suas vidas: pessoas idosas; 
pessoas com mobilidade reduzida; pessoas com visão sub-normal; pessoas portadoras de 
deficiência física, neurológica ou sensorial; pessoas obesas; pessoas de baixa estatura, crianças, 
mulheres grávidas etc. 
A Acessibilidade pressupõe a "possibilidade e a condição de utilizar, com segurança e autonomia, 
os edifícios, o espaço, o mobiliário e os equipamentos urbanos" (NB9050, ABNT, 2004). Sublinha-
se, assim, que a acessibilidade ao espaço construído não deve ser compreendida como um 
conjunto de medidas que favoreceriam apenas às pessoas com deficiência - o que poderia até 
aumentar a exclusão espacial e a segregação destes grupos -, mas sim medidas técnico-sociais 
destinadas a acolher todos os usuários em potencial. 
 
Desenho Universal e Espaço Inclusivo 
Após uma mudança na visão de alguns planejadores urbanos, o conceito de Acessibilidade já é 
adotado na literatura especializada e as terminologias "arquitetura inclusiva","desenho inclusivo" e 
"projeto inclusivo" têm sido encontradas cada vez com maior freqüência, tendo evoluído para o 
conceito e filosofia de "Desenho Universal" (aceito como tradução literal de Universal Design, 
termo que traz a noção mais abrangente de projeto e planejamento universais). 
O conceito de "Desenho Universal" traz também a idéia de produtos, espaços, mobiliário e 
equipamentos concebidos para uma maior gama de usuários. Em nossa opinião, representa uma 
visão positiva uma vez que não se restringe ao objeto arquitetônico, transcendendo largamente 
suas fronteiras, seja fisicamente, culturalmente ou socialmente falando. 
Quando se fala em Acessibilidade e Desenho Universal, compreende-se que, muito mais do que a 
preocupação com a eliminação de barreiras urbanas, devemos pensar o Espaço Inclusivo como 
sendo aquele que permite (inclusive às PCD) a opção de experienciar os espaços. Ou seja, a 
compreensão do ambiente passa pela consciência de que é possível (ou não) dirigir-se e circular 
por todos os espaços da cidade, mesmo aqueles situados além da possibilidade de ser visto. 
Nesse contexto, pode-se acreditar que “Espaços Inclusivos” sejam aqueles capazes de fornecer 
às PCD um sentimento de segurança, competência e liberdade na sua dificuldade de locomoção 
com vistas a dirigir as suas ações e estabelecer uma relação harmoniosa dela com o mundo 
exterior. 
 
Rota Acessível 
O conceito de “Rota Acessível” (Guimarães, 1990) consiste no percurso livre de qualquer 
obstáculo de um ponto a outro (origem e destino) e compreende uma continuidade e abrangência 
de medidas de acessibilidade. Ou seja: para que consideremos um edifício público acessível, de 
nada adianta, por exemplo, assinalar a existência de uma “rampa” e um “balcão de atendimento 
com altura adequada” se entre um e outro existir um acesso com roleta ou uma porta giratória. A 
"Rota Acessível" tem sido considerada como fator preponderante para a classificação de espaços 
inclusivos. 
 
Sustentabilidade Social e Integração Espacial 
A abordagem de análise da pesquisa que está na base deste artigo se volta para a possibilidade 
de acesso como parâmetro essencial da qualidade de vida dos habitantes de uma cidade. 
De fato, se considerarmos que a sustentabilidade social está voltada para a melhoria da qualidade 
de vida da população e que dentro das Dimensões da Sustentabilidade (Ruaviva,2004) se 
contempla a promoção da Inclusão Social, compreende-se a importância de fomentar a 
participação de grupos espacialmente excluídos no usufruir dos bens públicos das cidades. 
Se o desenvolvimento auto-sustentável pressupõe, como advogam inúmeros teóricos, a 
integração do desenvolvimento econômico e social com o meio-ambiente, a busca pelo 
desenvolvimento de estratégias de inclusão espacial deve ser somada aos estudos que enfocam 
 
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4 
 
a sustentabilidade como propulsora de organismos benignos e geradores de cidades acessíveis à 
diversidade humana. Assim, compreendemos que características particulares de determinados 
grupos da população podem fazer ressaltar a importância do próprio espaço como recurso básico 
para que se desfrute do bem público de forma compatível com a sua diferença física. 
 
Experiência Espacial 
As análises aqui apresentadas dedicam especial atenção à multiplicidade de formas de apreensão 
do espaço urbano e às especificidades que influenciam as diferentes relações de afeto que as 
pessoas desenvolvem em relação aos espaços da cidade. 
Segundo Tuan (1983): “os princípios fundamentais da organização espacial encontram-se em dois 
tipos de fato: a postura e a estrutura do corpo humano e as relações entre as pessoas. O Homem 
como o resultado de sua experiência íntima com o seu corpo e com outras pessoas, organiza o 
espaço a fim de conformá-lo a suas necessidades biológicas e relações sociais” (1983: 39). 
Verificamos, assim, que a impossibilidade de vivenciar o espaço da mesma forma que outro 
usuário representa uma barreira ao relacionamento; barreira esta que pode, em muitos casos, ser 
considerada maior do que os obstáculos físicos do espaço urbano. 
No caso de um cadeirante1, por exemplo, a visão que se tem do ambiente de um ângulo bem mais 
próximo ao chão pode ficar comprometida pois, na medida em que algum mobiliário urbano tenha 
altura maior que 80 cm, ele se torna um obstáculo visual. Isso faz com que a cidade seja 
percebida como um labirinto e uma sucessão de “surpresas visuais” pois esta PDL só verá certos 
objetos ao aproximar-se e não verá outros por estarem muito altos. Já uma pessoa de muletas, 
que se locomove invariavelmente olhando para o chão, uma vez que precisa apoiar sua muleta 
em locais firmes, apreenderá o espaço de forma diferente daquela percebida por pessoas que se 
locomovem olhando “para frente”, sem a preocupação de desequilíbrio. Um cego, por sua vez, 
necessita de referências sonoras, táteis e sinestésicas para estruturar sua "imagem mental" do 
ambiente construído (de Paula Ortega & Duarte, 2002). 
A experiência dos espaços estrutura os padrões de identificação do sujeito com o meio ambiente. 
Segundo Tuan (1983: 10), “experienciar é aprender, compreender; significa atuar sobre o espaço 
e poder criar a partir dele”. Portanto, é necessário que o processo cognitivo se desenvolva 
através da percepção e da apreensão do espaço para que o indivíduo possa conhecê-lo e agir 
sobre ele. 
A questão do Afeto ao Lugar está portanto nitidamente atrelada à experiência que se pode ter 
neste espaço (Kohlsdorf, 1996). Para Tuan (1983), “espaços” transformam-se em “lugares” 
quando permitem que a pessoa desenvolva afetividade em relação a este local e essa afetividade 
só é possível através da experiência do espaço. 
 
III - Objeto de Análise 
As análises apresentadas neste artigo se voltam para os espaços e edifícios públicos com 
enfoque para usuários com deficiência, somados aos idosos, aos obesos, às pessoas com 
dificuldade de locomoção e às pessoas com baixa estatura. Para observar o espaço público, 
foram eleitos, para a pesquisa de campo, três espaços que possuem as seguintes características: 
- são edifícios públicos abertos a uma diversificada parcela da população; 
- apresentam valores simbólicos para o acolhimento de todos os cidadãos; 
- estão situados em locais que permitem o estudo do entorno- enquanto área de acesso, 
contemplação e passagem - nos quais as questões de transporte público, estacionamento e 
travessias podem ser avaliadas; 
- não apresentam dificuldades burocráticas para o acesso de nossos pesquisadores. 
 
1 Cadeirante é a pessoa que se locomove em cadeira de rodas. 
 
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5 
 
Desta forma, foram selecionados para a pesquisa de campo: a) o edifício da Câmara dos 
Vereadores do Rio de Janeiro; b) o Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp) e c) o edifício do 
Ministério do Trabalho. 
O primeiro edifício a ser analisado no âmbito da pesquisa foi a Câmara dos Vereadores do Rio 
de Janeiro. É importante dizer que se trata de um local sugerido por usuários de cadeira de 
rodas vinculados à AADEF2 que já quiseram assistir às sessões de votação de leis que 
garantiriam facilidades no transporte público e encontraram diversas barreiras para chegar aos 
auditórios. Trata-se de um edifício com um valor simbólico notável, pois é visto como a "casa dos 
representantes do povo". 
Além disso, o referido edifício está situado na praça da Cinelândia, que é um dos locais mais 
freqüentados da cidade, próximo a sedes de diversas empresas, ao Teatro Municipal, ao Museu 
de Belas Artes etc... Este lugar comporta uma multiplicidade de categorias de usuários, que vão 
desde os executivos que trabalham no centro da cidade aos camelôs, passando até mesmo por 
artistas populares que se aproveitam do local sempre movimentado para conseguirem algum 
dinheiro. O levantamento deste edifício e de seu entorno revelou a importância do 
intercruzamento das questões do transporte público, dos acessos e das calçadas enquanto 
componentes de um espaço arquitetônico, compreendido em seu sentido lato sensu. 
O segundo espaço levantado pela pesquisa que está na base deste artigo consiste no entorno 
urbano e no edifício do Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp). Neste caso, temos que ressaltar 
não apenas o caráter de escola pública, mas também a diversidade de cursos que ali são 
oferecidos, indo desde o ensino fundamental, passando pelo segundo grau e chegando ao curso 
supletivo, que é ministrado no horário noturno. 
O fato de escolhermos um edifício construído e usado como escola se deve também à importância 
que atribuímos ao acesso de todos à educação. O CAp é uma instituição de ensino fundamental 
que está vinculada à federação mas que funciona em um edifício cedido pelo município. Além 
disso, o CAp está situado em um local que se mostrou bastante interessante para a análise do 
entorno, uma vez que se localiza nas proximidades da lagoa Rodrigo de Freitas, ao lado de uma 
igreja, atrás de um hospital público e ao lado de uma praça e de uma escola de teatro. Isso 
permitiu o estudo não apenas da acessibilidade a um espaço de ensino, mas também do acesso a 
este, assim como o seu diálogo com o entorno edificado. 
Nosso último estudo de caso foi o prédio do Ministério da Educação. A escolha do referido 
espaço se deu por sugestão de um grupo de cegos congênitos entrevistados por uma 
pesquisadora de nossa equipe. Além disso, levamos em consideração uma intenção simbólica 
uma vez que, num país onde as leis buscam incentivar a educação de Pessoas com Deficiência, a 
sede do próprio ministério que as rege não lhes parece ser acessível. O edifício do Ministério da 
Educação foi bastante interessante para a pesquisa tanto por suas proporções quanto por seu 
valor histórico. Situado no centro da cidade, ele também se mostra rico em informações que 
podem ser levantadas a respeito de seu diálogo com o entorno edificado assim como ao acesso 
para pedestres, (ruas, calçadas), metrô, acesso às barcas e aos veículos particulares. 
 
IV - Passos metodológicos 
Para avaliar a questão da acessibilidade nos espaços públicos foram adotados procedimentos 
metodológicos concentrados, em grande parte, na identificação de certas atividades da vida 
cotidiana exercidas por Pessoas com Deficiência (PCD). 
A etapa de embasamento conceitual e teórico levou em consideração diversos estudos anteriores 
e contemplou a observação das leis e normas vigentes. 
Em seguida, foram definidos os indicadores para pesquisa de campo e as estratégias de coleta de 
dados a partir dos estudos das especificidades e necessidades espaciais de diversos tipos de 
diferenças e dificuldades. Foram também coletados dados por meio de questionários aplicados a 
PCD, idosos e usuários freqüentes dos locais estudados. Foi dada tanta ênfase à coleta de 
 
2 AADEF (Associação de Amigos das Pessoas com Deficiência Física). A sugestão do local foi feita em conversa informal, durante 
pesquisa. 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
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informações de ordem qualitativa quanto aos dados de ordem quantitativa, versando sobre as 
facilidades e dificuldades de Pessoas com Deficiência assim como sobre o impacto social da 
existência de barreiras de acessibilidade. 
A observação participativa permitiu a exploração das condições de acessibilidade nos locais 
definidos para a pesquisa de campo. Foi também feito um mapeamento de cada local estudado, 
delineando os percursos ao lado de PCDs, a fim de relacionar as atividades que realizam em sua 
vida cotidiana. Da mesma forma, foram documentadas por meio de fotos e croquis diversas 
situações experimentadas fornecendo os subsídios complementares para a elaboração das 
análises conclusivas. 
Finalmente, através da análise dos dados obtidos nas etapas de campo e com base nos conceitos 
delimitados foram identificadas as barreiras encontradas por PCDs nos percursos e nas atividades 
que realizam. Foi possível, dessa forma, avaliar as possibilidades de alteração / adequação dos 
espaços analisados, buscando subsídios para um planejamento que evite a segregação e 
exclusão das diferenças. 
 
V - Alguns Resultados 
Foram mapeadas e identificadas as barreiras encontradas por PCD nos percursos e nas 
atividades que realizam em sua vida cotidiana nos espaços livres públicos do entorno e nos 
edifícios selecionados para o presente estudo. 
A pesquisa demonstrou que, de forma semelhante, no entorno e nos edifícios do CAp e da 
Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, não apenas a acessibilidade para pessoas com 
alguma dificuldade de locomoção é praticamente nula como também os diversos obstáculos 
existentes funcionam como verdadeiras barreiras segregatórias. 
Considerando desde o interior dos edifícios até os pontos mais próximos de acesso aos 
transportes públicos, passando pelas calçadas do entorno imediato e levando em conta os 
percursos otimizados, nosso levantamento mostrou que ambos os espaços apresentam barreiras 
para todos os tipos de deficiência, impedindo desde o acesso de pessoas com dificuldade de 
locomoção até o livre caminhar de pessoas com visão sub-normal. Ou seja: em ambos os 
espaços analisados, há sempre a necessidade do PCD solicitar ajuda em algum momento de seu 
percurso, não podendo agir de forma independente nem com autonomia. 
Sendo o resultado do levantamento amplo demais para ser descrito no presente artigo, podemos 
aqui resumi-lo indicando os problemas mais graves e/ou mais recorrentes detectados no entorno 
urbano de ambos os edifícios e em seus espaços internos. 
Cabe, no entanto, a ressalva de que nos pareceu surreal iniciarmos o levantamento do entorno 
urbano a partir do ponto de chegada de transportes públicos (ônibus, metrô), uma vez que os 
transportes coletivos no Brasil são, em sua imensa maioria, inacessíveis 
Nas ruas, pode-se apontar a inexistência, a péssima conservação ou a inadequação de calçadas 
e rampas assim como a ausência de equipamentos adequados para cadeirantes ou pessoas de 
baixa estatura como telefones ou caixas de correio. 
A não sinalização destes equipamentos para as pessoas cegas, que identificam os obstáculosno 
seu percurso por meio de bengala, também se constitui em barreira de acessibilidade 
freqüentemente encontrada. 
A pavimentação das calçadas é péssima na maioria dos percursos levantados (figura 1), não 
havendo previsão de pisos-guia nem pisos de alerta para serem detectados por bengalas de 
deficientes visuais nem de materiais adequados para o trajeto de pessoas em cadeira de rodas 
(figura 2). 
Não foram encontrados sinais de trânsito sonoros para facilitar a travessia de cegos e poucos 
foram os indicadores luminosos detectados. 
 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
7 
 
 
Figura 1 – Calçada mal pavimentada no 
entorno do Colégio Aplicação da UFRJ 
(CApUFRJ) 
 
Figura 2 – Prédio do Ministério da Educação 
Piso inadequado para uma pessoa que se 
locomove em cadeira de rodas 
 
Foram levantados diversos tipos de mobiliário urbano dispostos de maneira incorreta como 
bancos de praça localizados no meio de percursos, bancas de jornal estreitando a passagem na 
calçada, postes, canteiros e “fradinhos” instalados sem sinalização no meio dos trajetos de maior 
fluxo (figuras 3 e 4). Da mesma forma, todas as vagas especiais para veículos de PCD 
encontradas em nosso levantamento apresentavam, pelo menos, duas das seguintes 
características: medidas fora dos padrões da ABNT; distância até rampas muito longa; não 
sinalizadas conforme normas vigentes e muito distantes de prédios públicos. 
 
 
Figura 3 - Calçada já estreita e 
ainda com poste próxima do 
Colégio Aplicação (Cap) 
 
Figura 4 – Trajeto de grande fluxo na calçada em frente 
à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, tomada por 
lixeiras, sorveteiros e camelô. 
 
No que concerne aos edifícios, foram mapeadas diversas barreiras, como ausência de rampas, 
balcões altos (figuras 5 e 6), corredores estreitos, portas difíceis de abrir; sanitários mal-adaptados 
ou não-adaptados, acessos estreitos; pavimentação desnivelada; corrimãos fora do alinhamento 
de paredes, obstáculos altos (como lixeiras ou extintores de incêndio suspensos); falta de pisos-
guia e/ou pisos de alerta para cegos; acessos a bibliotecas com existência de roletas, elevadores 
sem informações em braille e/ou sem sonorizadores avisando os andares de parada; alarmes de 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
8 
 
incêndio apenas sonoros (que são um dos grandes temores dos surdos), inexistência de sistemas 
de consulta informatizados com sintetizadores de voz, impedindo a leitura de processos, leis, 
bibliografia etc. Tendo em vista que há sintetizadores de voz disponíveis gratuitamente na internet 
(como o DOS-VOX, desenvolvido pelo NCE-UFRJ) e que o público em geral pode ter acesso a 
documentos disponíveis em meio digital, não se sustentam justificativas para não disponibilizar a 
informação para pessoas cegas. 
 
Figura 5 – Escada no acesso principal da 
Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. 
 
Figura 6 – CAp UFRJ – Cantina com balcão 
alto. 
Contudo ao se enumerar os problemas de acessibilidade dos espaços levantados, torna-se 
importante frisar que as barreiras não devem ser vistas de forma pontual. A pesquisa nos fez 
compreender que o mais importante é que esses edifícios e os espaços que os cercam recebam 
um planejamento global e adequado para modificações dentro do conceito de “Rota Acessível”. 
Com isso, queremos ressaltar a importância de uma continuidade nas medidas de acessibilidade 
a serem adotadas ao longo dos percursos (desde o ponto de acesso inicial até o destino) e não a 
simples eliminação de barreiras sem uma visão geral das dificuldades de acesso, dos destinos, 
das aspirações e dos pontos de vista dos usuários. 
Com relação à percepção do usuário, vimos que existem muitas situações causadoras de 
constrangimento. Quando perguntadas sobre a utilização dos espaços urbanos do entorno e dos 
edifícios estudados, 100% das PCD entrevistadas responderam que não os usam com a 
freqüência que gostariam devido às barreiras encontradas. O esforço e o cansaço gerado pelas 
diversas barreiras a serem vencidas, a insegurança quanto à integridade física ao longo dos 
percursos e o constrangimento por necessitar de ajuda foram as causas mais citadas pelas 
pessoas que dizem “desistir” de se dirigirem aos locais estudados. Vimos, assim, que as barreiras 
de acessibilidade inibem a inclusão de Pessoas com Deficiência não apenas nos espaços, mas 
também na participação de uma vida social produtiva e no exercício de sua cidadania. 
Por outro lado, além de uma série de barreiras físicas, os obstáculos mais comuns são políticos e 
atitudinais. Exemplos disso foram levantados não apenas na atitude negativa de diversos 
funcionários que pudemos registrar, mas também nos inúmeros canteiros, “fradinhos”, cavaletes 
publicitários espalhados nas calçadas, assim como no desrespeito às vagas especiais (ocupadas 
por veículos comuns não-adaptados) e por automóveis estacionados sobre a calçada (figura 7). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Carro estacionado sobre a calçada 
próxima ao CApUFRJ. 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
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VI- Considerações finais 
Ao longo da pesquisa que está na base deste artigo, vimos que as intervenções urbanas são 
feitas de forma fragmentada ou pontual e que, geralmente, é levado em conta o orçamento e o 
prazo de conclusão das obras (muitas delas aceleradas em períodos eleitorais). Assim, apesar de 
nossa pesquisa ter detectado o surgimento de alguma conscientização por parte de técnicos e 
gestores de cidades, o que se percebe é a falta de uma política global que enfoque o espaço 
público de forma mais holística. 
Nesse sentido, entendemos que uma visão mais abrangente do Lugar Público não se restringiria a 
eliminar o grande número de barreiras de acessibilidade (falta de transporte adaptado, escadas, 
portas estreitas, calçadas ocupadas por carros, falta de pisos-guia ou sinalização visual para 
surdos, falta de rampas nas esquinas e de vagas especiais em estacionamentos), mas também 
estimular o convívio com a diversidade humana, gerando oportunidades de encontros e lazer para 
todos. 
Neste contexto, acreditamos que pesquisas voltadas para a integração da população de pessoas 
com deficiência, idosos e pessoas com mobilidade reduzida nos espaços públicos, podem ser 
vistas como ferramentas geradoras de um quadro de ações apontando para um mais eficaz e 
confortável desempenho humano. Eliminar barreiras, prever facilidades e encontrar soluções 
poderia assegurar a integração da PCD na sociedade. Negando-se esta possibilidade, ao 
contrário, o espaço público poderá representar a cristalização da própria deficiência. 
A pesquisa veio, também, complementar uma linha de investigação voltada para a inclusão do 
tema da acessibilidade na formação de arquitetos e urbanistas. De fato, seguindo a 
fundamentação de metodologias de ensino de espaços inclusivos (Duarte & Cohen, 2003), 
acreditamos que, para realmente sensibilizar o futuro planejador de nossas cidades, não se pode 
tratar o tema da acessibilidade como sendo um conjunto de normas ou códigos de obra. Ao 
contrário, deve-se fomentar a compreensão do estudante para a diversidade humana e para a 
conscientização da função social do arquiteto e urbanista enquanto co-responsável pela promoção 
da qualidade de vida para todos. 
Dessa forma, os resultados da pesquisa trazem algumas premissas a serem enraizadas na base 
de todo ensino de graduação e de pós em arquitetura e urbanismo, tais como: 
- o espaço público tem uma função estratégica na democratização e na distribuição das 
oportunidades para todos; 
- a inclusão espacial (Duarte & Cohen, 2001) constitui-se numa premissa inquestionável de todo 
projeto de arquitetura e/ ou desenho urbano, independentemente de seu programa, tipologia ou 
estilo estético; 
- a deficiência e a acessibilidade serão sempre abstraçõesse não forem ensinadas no contexto da 
experiência humana, da compreensão das necessidades, das aspirações e das habilidades do 
Outro. 
Finalmente, sustentamos que o espaço público só poderá exercer sua função social, de forma 
plena, quando for possuído, quando existir como algo fundamental e quando for, acima de tudo, 
utilizado por todos os segmentos que compõem a sociedade brasileira, inclusive pelas PCDs, na 
realização das suas múltiplas atividades diárias. Da mesma forma, sabemos que as experiências 
espaciais e temporais das PCDs só serão concretas e positivas quando transformadas em 
possibilidades de ação. 
Entendemos que a consideração das características e exigências próprias dos cidadãos com 
deficiência não pode ser ditada por meras razões de solidariedade, mas sobretudo por uma 
concepção de Sociedade, na qual se entende que todos devem participar com direito de igualdade 
e de acordo com as suas características próprias. Pensando dessa forma, enquanto planejadores, 
arquitetos e urbanistas, poderemos projetar espaços obtendo um maior impacto social, uma vez 
que a possibilidade de conviver com a diversidade humana é importante para todo e qualquer 
segmento da população de nossas cidades. 
 
PROJETAR 2005 – II Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura 
 
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VII - Bibliografia 
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