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DATA: NOME: Campo Elétrico Campo elétrico Vamos caracterizar o campo elétrico fazendo analogia com o campo gravitacional terrestre. Como se representa esquematicamente, um corpo de prova de massa m, colocado num ponto P próximo da Terra (suposta estacionária), fica sujeito a uma força atrativa P = mg (peso do corpo). Isso significa que a Terra origina, ao seu redor, o campo gravitacional que age sobre m. Analogamente, uma carga elétrica altera as propriedades de uma região do espaço em torno dela. Campo elétrico é uma propriedade física estabelecida em todos os pontos do espaço que estão sob a influência de uma carga elétrica (carga criadora). Tal que uma outra carga (carga de prova), ao ser colocada num desses pontos, fica sujeita a uma força de atração ou de repulsão exercida pela carga fonte. O campo elétrico desempenha o papel de transmissor de interações entre cargas elétricas. As cargas que ficam fora do campo elétrico mostram-se indiferentes à carga criadora Q. Quando uma carga de prova q é colocada em um ponto do espaço e sofre a ação de uma força �⃗�, dizemos, que, por definição, a razão entre �⃗� e q é igual ao módulo do campo elétrico �⃗⃗� naquele ponto. O módulo do campo elétrico em um ponto P, no qual uma carga q fica sob ação de uma força de módulo F, é obtido a partir da relação: Gráfico do campo elétrico O gráfico representa a intensidade do vetor E, criado por uma partícula eletrizada com carga Q em função da distância d. Se q > 0 então F e E têm mesmo sentido. Se q < 0 então F e E têm sentidos opostos. F e E têm sempre a mesma direção. • • • 2 Campo Elétrico 2 2 1 1 2 2E d E d = ✓ É importante salientar que a existência do campo elétrico em um ponto não depende da presença da carga de prova naquele ponto. Assim, existe um campo elétrico em cada um dos pontos, embora não haja carga de prova em nenhum deles. ✓ A outra unidade de intensidade de campo elétrico, no Sistema Internacional de Unidades (SI), é o volt por metro (V/m). ✓ A intensidade, direção e sentido dependem do ponto do campo, da carga do corpo que produz o campo e do meio que o envolve. ✓ Se não há uma carga de prova no local, então é possível a existência do campo elétrico sem a presença da força elétrica. A recíproca não é verdadeira. Linhas de força O conceito de linhas de força foi introduzido pelo físico inglês M. Faraday, no século XIX, com a finalidade de representar o campo elétrico através de diagramas. O campo elétrico é sempre tangente a essas linhas. ✓ Linha de força de um campo elétrico é uma linha que tangencia, em cada ponto, o vetor campo elétrico resultante, associado ao ponto considerado. ✓ Quanto maior a distância até a carga, mais afastadas, entre si, estão as linhas, em conformidade com o que já foi visto, isto é, o valor do campo diminui com a distância. ✓ Por convenção, as linhas de força são orientadas no sentido do vetor campo. ✓ As linhas de força são sempre perpendiculares à superfície dos corpos carregados. ✓ A concentração de linhas de força é diretamente proporcional à intensidade do campo elétrico. ✓ Duas linhas de força nunca se cruzam. O vetor campo elétrico num ponto P, devido a uma carga Q positiva, sempre tem sentido de afastamento em relação a ela, enquanto o vetor campo elétrico devido a uma carga Q negativa, sempre tem sentido de aproximação em relação a ela, independentemente do sinal da carga de prova. Nas cargas elétricas puntiformes isoladas, essas linhas são radiais. No exemplo abaixo as cargas possuem à mesma quantidade de linhas de força, assim os módulos de suas quantidades de cargas são iguais. 3 Campo Elétrico A seguir temos um exemplo em que o campo elétrico é mais intenso perto da carga positiva, pois ela possui maior quantidade de linhas de força. Densidade das linhas de força A intensidade do campo elétrico é maior na região de maior densidade de linhas de força e menor na região de menor densidade de linhas de força. Densidade de linhas de força é a quantidade dessas linhas por cada unidade de área. Campo elétrico nas cargas de prova Quando a carga de prova q é positiva, os vetores força elétrica e campo elétrico têm a mesma direção e o mesmo sentido. Quando a carga de prova q é negativa, os vetores força elétrica e campo elétrico têm a mesma direção, mas sentidos opostos. Campo elétrico de um sistema de cargas As cargas Q1 e Q2 originam, separadamente, os vetores campo elétrico �⃗⃗�1 e �⃗⃗�2. O vetor campo elétrico resultante �⃗⃗�𝑃 é a soma vetorial dos vetores elétrico �⃗⃗�1 e �⃗⃗�2 dos campos que as cargas originam separadamente no ponto P. Perceba que como Q1 tem sinal negativo, o seu campo é de aproximação (sai do ponto P em direção à carga) e Q2 gera um campo de afastamento (sai do ponto P e se afasta da carga) pois a mesma tem sinal positivo. Experimento de Millikan A experiência da gota de óleo foi uma experiência conduzida por Robert Andrews Millikan para medir a carga elétrica do elétron. Ele conseguiu isso balanceando cuidadosamente as forças elétricas e gravitacionais em minúsculas gotas de óleo carregadas e suspensas entre dois eletrodos de metal. Conhecendo o campo elétrico, a carga da gota poderia ser determinada. Repetindo o experimento em várias gotas, percebeu que os valores medidos eram sempre múltiplos de um mesmo número. Millikan interpretou esse número como sendo a carga de um único elétron, cujo valor atualmente aceito é 1,602 x 10−19 C. Distribuição das cargas em um condutor As cargas elétricas em excesso em um condutor vão se repelir, tendendo a se afastar umas das outras o máximo possível. Isso só é possível quando estas cargas se distribuem na superfície externa. 4 Campo Elétrico A distribuição das cargas elétricas na superfície de um condutor em equilíbrio eletrostático permite que se obtenha no seu interior uma blindagem eletrostática, que é uma região livre as influências elétricas externas. Essa proteção elétrica permite que aparelhos elétricos como rádios, CD players entre outros funcionem livres das interferências externas graças aos gabinetes metálicos que criam uma blindagem eletrostática. Densidade volumétrica de cargas No processo de eletrização de um dielétrico, os portadores responsáveis pela eletrização acomodam-se por todo o do condutor. A densidade volumétrica de cargas é uma grandeza física escalar algébrica, dotada de mesmo sinal da carga Q, tendo por unidade, no SI, C/m3. Caso o condutor seja uma esfera, o seu volume será dado por: 3 esfera 4 3 V R= Densidade superficial de cargas No processo de eletrização de um condutor, ocorre uma movimentação de portadores de carga elétrica até que o corpo atinja o chamado equilíbrio eletrostático, situação em que todos os portadores responsáveis pela eletrização se acomodam na superfície externa do condutor. A densidade superficial de cargas é uma grandeza física escalar algébrica, dotada de mesmo sinal da carga Q, tendo por unidade, no SI, C/m2. Caso o condutor seja uma esfera, a área será: 2 esfera 4A R= Poder das pontas Em um condutor esférico eletrizado em equilíbrio eletrostático, a distribuição das cargas é uniforme. Entretanto, se o condutor em equilíbrio eletrostático não for esférico a concentração das cargas será maior nas regiões pontiagudas. Quando um condutor pontiagudo e eletrizado é mergulhado no ar, os átomos que existem na atmosfera são polarizados pelo campo elétrico, nas proximidades das pontas. Se a intensidade do campo elétrico for suficientemente alta, os íons atraídos ou repelidos entrarão em colisão com os outros átomos, produzindo mais íons e tornando o ar condutor nas proximidades da ponta (fenômenoconhecido como poder das pontas). Quando a ionização fica mais intensa, a região em torno da ponta poderá ficar luminosa devido à energia liberada nas colisões, podendo inclusive provocar um deslocamento de ar denominado vento elétrico. Rigidez dielétrica Dois corpos condutores, imersos em um meio inicialmente “isolante”, são carregados de carga de polaridade oposta, gerando entre eles uma d.d.p. Quando se atinge em um valor limite, o qual varia em função do material dielétrico, há o fenômeno da ruptura dielétrica, e o meio isolante passa a ser momentaneamente um meio condutor, quando se salta um arco (feixe de elétrons). Tensões de origem atmosférica O efeito luminoso do raio é denominado relâmpago e o efeito sonoro, que resulta do forte aquecimento do ar originando sua rápida expansão, é denominado trovão. Há raios não só entre uma nuvem e a Terra, mas entre nuvens e entre as partes de uma 5 Campo Elétrico mesma nuvem. Cerca de 70% dos raios ocorrem dentro da nuvem ou entre nuvens. O trovão (do latim: turbōnis, com metátese) é o som gerado pela onda de choque provocada pelo aquecimento do canal principal durante a subida da Descarga de Retorno. Ele atinge temperaturas entre 20 e 30 mil graus Celsius em apenas 10 microssegundos (0,00001 segundos). O ar aquecido se expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som no ar e que, nas proximidades do local da queda, é um som inaudível para o ouvido humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores. Esta constitui o trovão audível. Cientistas conseguem captar um trovão pela primeira vez na história Cópia autorizada mediante citação com link: https://oportaln10.com.br/cientistas-conseguem-captar-um- trovao-pela-primeira-vez-na-historia-12653/#ixzz5hofClpW6 Under Creative Commons License: Attribution Follow us: @PortalN10 on Twitter | PortalN10 on Facebook Experiências realizadas com naves e balões mostram que as nuvens de tempestades (responsáveis pelos raios) apresentam, geralmente, cargas elétricas positivas na parte superior e negativas, na inferior. Distribuição por ambientes de maior risco Como se formam os raios 1. O aquecimento do ar provocado pelo fenômeno gera um clarão conhecido como relâmpago. 6 Campo Elétrico 2. O deslocamento do ar causado pelo aquecimento gera uma onda sonora que conhecemos como trovão. 3. A descarga elétrica é conduzida para o solo. Fato ou fake? ✓ Fake: Se não está chovendo, não caem raios. ✓ Fato: Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva. ✓ Fake: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio. ✓ Fato: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios. No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior, sem tocar em partes metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro, é sempre mais seguro dentro do que fora dele. ✓ Fake: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio e não devem ser tocadas. ✓ Fato: As vítimas de raios não "dão choque" e precisam de urgente socorro médico, especialmente, reanimação cardiorrespiratória. ✓ Fake: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. ✓ Fato: Não importa qual seja o local, ele pode ser atingido, repetidas vezes, durante uma tempestade. Isso acontece até com pessoas. Algumas aplicações do campo elétrico O corpo humano é capaz de gerar campos elétricos e o nosso coração gera correntes elétricas que percorrem o tecido muscular deste, resultando em seu funcionamento. Toda corrente elétrica gera um campo elétrico que é uma grandeza vetorial que pode ser captada por aparelhos e transformados em traçados. Esse aparelho que capta e analisa o campo elétrico, gerado no coração, é o eletrocardiograma, amplamente utilizado na medicina. Muitos equipamentos tecnológicos utilizam o campo elétrico na atividade médica. Uma das mais recentes aplicações é o aparelho de ressonância magnética, que usa campos eletromagnéticos na produção de imagens para o diagnóstico de várias doenças. Outros tipos de equipamentos, como os de análises sanguíneas, também fazem uso de campos elétricos e são amplamente utilizados. Outra aplicação tecnológica está no vasto uso de capacitores. Os capacitores são dispositivos capazes de armazenar cargas elétricas. O capacitor plano é feito por duas placas planas paralelas com dois terminais. O fato das duas placas serem paralelas faz com que se forme, entre elas, um campo Elétrico Uniforme. O desfibrilador é uma aplicação prática dos capacitores. Podemos citar ainda o FLASH de uma máquina fotográfica, as fotocopiadoras, os dispositivos de despoluição do ar e os para-raios. Para-raios Conhecendo o poder das pontas, Benjamim Franklin teve então a ideia de construir um dispositivo que exercesse uma proteção contra raio. Este dispositivo, o para- raios exercerá função de criar em volta dele um ar com características condutoras que fará com que o raio caia sobre ele e não em qualquer lugar da vizinhança. É por isso que uma casa sempre tem que ter um para-raios ou estar na zona de proteção de algum outro. Dizer que o para-raios atrai o raio é apenas um mito. Na realidade, ele oferece ao raio um caminho para chegar à terra com pouca resistividade. Quando uma nuvem com carga negativa passa por cima da ponta do equipamento, partículas positivas são induzidas ali, ionizando o ar atmosférico. Isso transforma o ar em um bom condutor de eletricidade. A nuvem, então, se descarrega por meio de uma faísca, liberando elétrons (partículas negativas) que serão dissipados no solo por meio da placa aterrada. ✓ O objetivo principal de um para-raios é proteger uma certa região ou edifício ou residência, ou semelhante, da ação danosa de um raio. Estabelece-se, com ele, um 7 Campo Elétrico percurso seguro da descarga principal entre a Terra e a nuvem. ✓ Um para-raios consta, essencialmente, de uma haste metálica disposta verticalmente na parte mais alta do edifício a proteger. A extremidade superior da haste termina em várias pontas e a inferior é ligada à terra através de um cabo metálico, que é introduzido profundamente no terreno. ✓ Se uma nuvem eletrizada passa nas proximidades do para-raios, ela induz neste cargas de sinal contrário. O campo elétrico, nas vizinhanças das pontas, torna-se tão intenso que ioniza o ar e força a descarga elétrica através do para-raios, que proporciona, ao raio, um caminho seguro até a terra. ✓ A área protegida pelos para-raios tem o formato de um cone, sendo a ponta da antena o seu vértice. Sua altura vai da ponta da antena ao chão e seu raio no solo mede cerca do dobro da altura em que está a ponta do dispositivo. O ângulo entre o vértice e a geratriz do cone costuma ser de 55º. Para descobrir o raio da área protegida pelo equipamento, usa-se a seguinte fórmula: em que R é o raio, h a altura em metros e θ o ângulo em graus. R H tg= 8 Campo Elétrico Campo elétrico uniforme (CEU) Um campo elétrico denomina-se uniforme em uma região do espaço se o vetor campo elétrico é o mesmo em todos os pontos da região (mesma direção, mesmo sentido e mesma intensidade). Nele, as linhas de força são retas paralelas igualmente orientadas e espaçadas. Embora não exista na prática uma superfície ilimitada, o campo elétrico gerado na prática por uma superfície limitada e uniformemente eletrizada é praticamente uniforme, com intensidade nos pontos situados nas proximidades de sua região central dada por: Em um campo elétrico uniforme a região do espaço onde o vetor representativo do campo (�⃗⃗�) está presentetem, em todos os pontos, a mesma intensidade, a mesma direção e o mesmo sentido. Uma das maneiras mais comuns de se conseguir um campo elétrico uniforme é utilizar duas placas condutoras planas e iguais, paralelas entre si e eletrizadas com cargas de mesmo módulo e sinais opostos. O campo elétrico resultante na região externa às placas é praticamente nulo e entre as placas é dado por: Exercício resolvido Três placas carregadas com cargas +Q, –Q e +2Q estão separadas por uma distância d entre elas. Determine o campo elétrico resultante desse sistema de placas. Resolução: Sendo o campo elétrico dado por 𝐸 = 𝐾|𝑄| 𝑑2 , podemos representar o campo elétrico gerado por cada uma das placas, considerando-o com valor constante. Para facilitar vamos chamar as cargas de A, B e C, além de representar os campos gerados por essas cargas por cores distintas. E = 9 Campo Elétrico Dica! Considere que a placa de origem impede que o campo gerado por ela mesma a atravesse. Proceda com a soma vetorial (atribuindo sinais aos vetores). Finalmente desconsidere os sinais que você usou para efetuar a soma vetorial e responda em módulo, já que estamos tratando com vetores. Resposta: Campo elétrico de um condutor esférico Uma partícula eletrizada gera campo elétrico na região do espaço que a circunda, porém, no ponto onde foi colocada, o vetor campo elétrico, devido à própria partícula, é nulo. Gaiola de Faraday A gaiola de Faraday foi um experimento conduzido por Michael Faraday para demonstrar que uma superfície condutora eletrizada possui campo elétrico nulo em seu interior dado que as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora (o que é fácil de provar com a Lei de Gauss), como exemplo podemos citar o Gerador de Van de Graaff. Essa gaiola tem inúmeros usos atualmente, o carro, por exemplo, é basicamente uma gaiola de Faraday. 10 Campo Elétrico É o efeito da gaiola de Faraday, e não os pneus de borracha, que protege um automóvel em caso de queda de um raio nas proximidades. As fontes de alimentação são ótimos exemplos de equipamentos que atuam como uma Gaiola de Faraday Os aparelhos eletrônicos, como o Blu-ray, ficam envoltos por uma capa metálica para não serem danificados por um campo elétrico externo Exercícios 01. Muitos experimentos importantes para o desenvolvimento científico ocorreram durante o século XIX. Entre eles, destaca-se a experiência de Millikan, que determinou a relação entre a carga q e a massa m de uma partícula eletrizada e que, posteriormente, levaria à determinação da carga e da massa das partículas elementares. No interior de um recipiente cilíndrico, em que será produzido alto vácuo, duas placas planas e paralelas, ocupando a maior área possível, são mantidas a uma curta distância d, e entre elas é estabelecida uma diferença de potencial elétrico constante U. Variando-se d e U, é possível fazer com que uma partícula de massa m eletrizada com carga q fique equilibrada, mantida em repouso entre as placas. No local da experiência, a aceleração da gravidade é constante de intensidade g. Nessas condições, a relação q/m será dada por a) 2d.U g c) 2 d.g U e) d.g U b) 2g.U d d) d.U g 02. Em um experimento de Millikan (determinação da carga do elétron com gotas de óleo), sabe-se que cada gota tem uma massa de 1,60 pg e possui uma carga excedente de quatro elétrons. Suponha que as gotas são mantidas em repouso entre as duas placas horizontais separadas de 1,8 cm. A diferença de potencial entre as placas deve ser, em volts, igual a Dados: carga elementar e = 1,6 . 10–19 C; 1 pg = 10–12 g; g = 10 m/s2 a) 45,0 b) 90,0 c) 250 d) 450 e) 600 03. Nas Ciências, muitas vezes, se inicia o estudo de um problema fazendo uma aproximação simplificada. Um desses casos é o estudo do comportamento da membrana celular devido à distribuição do excesso de íons positivos e negativos em torno dela. A figura mostra a visão geral de uma célula e a analogia entre o modelo biológico e o modelo físico, o qual corresponde a duas placas planas e paralelas, eletrizadas com cargas elétricas de tipos opostos. Com base no modelo físico, considera-se que o campo elétrico no interior da membrana celular tem sentido para a) fora da célula, com intensidade crescente de dentro para fora da célula. b) dentro da célula, com intensidade crescente de fora para dentro da célula. c) dentro da célula, com intensidade crescente de dentro para fora da célula. d) fora da célula, com intensidade constante. e) dentro da célula, com intensidade constante. 04. No triângulo retângulo isósceles XYZ, conforme desenho abaixo, em que XZ = YZ =3,0 cm, foram colocadas uma carga elétrica puntiforme QX = +6 nC no vértice X e uma carga elétrica puntiforme QY = +8 nC no vértice Y. 11 Campo Elétrico A intensidade do campo elétrico resultante em Z, devido às cargas já citadas é Dados: o meio é o vácuo e a constante eletrostática do vácuo é 2 9 0 2 N m k 9 10 C = a) 2 . 105 N/C b) 6 . 103 N/C c) 8 . 104 N/C d) 104 N/C e) 105 N/C 05. Uma carga positiva Q distribui-se uniformemente ao longo de um anel fixo não-condutor de centro C. No ponto P, sobre o eixo do anel, abandona-se em repouso uma partícula com carga elétrica q, conforme ilustrado na figura abaixo. Sabe-se que depois de um certo tempo essa partícula passa pelo centro C do anel. Considerando apenas as interações elétricas entre as cargas Q e q, pode-se afirmar que a) quando a partícula estiver no centro C do anel, ela experimentará um equilíbrio instável. b) quando a partícula estiver no centro C do anel, ela experimentará um equilíbrio estável. c) à medida que a partícula se desloca em direção ao centro C do anel, a energia potencial elétrica das cargas Q e q aumenta. d) à medida que a partícula se desloca em direção ao centro C do anel, a energia potencial elétrica das cargas Q e q é igual à energia potencial do início do movimento. 06. Na ilustração, estão representados os pontos I, II, III e IV em um campo elétrico uniforme. Uma partícula de massa desprezível e carga positiva adquire a maior energia potencial elétrica possível se for colocada no ponto: a) I b) II c) III d) IV 07. “Fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, o projeto PhET Simulações Interativas da Universidade de Colorado Boulder (EUA) cria simulações interativas gratuitas de matemática e ciências. As simulações PhET baseiam-se em extensa pesquisa em educação e envolvem os alunos através de um ambiente intuitivo, estilo jogo, onde os alunos aprendem através da exploração e da descoberta”. Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/. Acesso: 11 dez. 2018. A figura a seguir foi obtida pelo PhET, sendo que duas partículas A e B, eletricamente carregadas, foram colocadas em uma determinada região do espaço. As setas indicam a direção e o sentido das linhas de força do vetor campo elétrico do sistema. A respeito das cargas elétricas A e B, é CORRETO afirmar que: a) Ambas são eletricamente positivas. b) Ambas são eletricamente negativas. c) B é eletricamente positiva e A é negativa. d) A é eletricamente positiva e B é negativa. 08. Considere as seguintes afirmações a respeito de uma esfera homogênea carregada em equilíbrio eletrostático: I. As cargas elétricas se distribuem pela superfície da esfera, independentemente de seu sinal. II. Na superfície dessa esfera o campo elétrico é nulo. III. Na superfície dessa esfera o campo elétrico é normal à superfície e no seu interior ele é nulo. IV. A diferença de potencial elétrico entre dois pontos quaisquer da sua superfície é nula. A respeito dessas afirmações,pode-se dizer que: a) Todas estão corretas b) Apenas I está correta c) I, III e IV estão corretas d) II, III e IV estão corretas 09. As partículas subatômicas (elétrons, prótons e nêutrons) apresentam comportamentos específicos quando se encontram em uma região do espaço onde há um campo elétrico (E) ou magnético (B). Sobre esse assunto, é correto afirmar: a) Um elétron em movimento numa região do espaço onde há um B uniforme experimenta a ação de uma força na mesma direção de B, mas com sentido oposto. b) Um próton em movimento numa região do espaço onde há um B uniforme experimenta a ação de uma força na mesma direção de B, mas com sentido oposto. 12 Campo Elétrico c) Um elétron em movimento numa região do espaço onde há um E uniforme experimenta a ação de uma força na mesma direção de E, mas com sentido oposto. d) Um próton em movimento numa região do espaço onde há um E uniforme experimenta a ação de uma força na mesma direção de E, mas com sentido oposto. e) Um nêutron em movimento numa região do espaço onde há um E uniforme experimenta a ação de uma força na mesma direção de E, mas com sentido oposto. 10. A gaiola de Faraday é um curioso dispositivo que serve para comprovar o comportamento das cargas elétricas em equilíbrio. A pessoa em seu interior não sofre descarga Dessa experiência, conclui-se que o campo elétrico no interior da gaiola é a) uniforme e horizontal, com o sentido dependente do sinal das cargas externas. b) nulo apenas na região central onde está a pessoa. c) mais intenso próximo aos vértices, pois é lá que as cargas mais se concentram. d) uniforme, dirigido verticalmente para cima ou para baixo, dependendo do sinal das cargas externas. e) inteiramente nulo. 11. Para uma feira de ciências, os alunos pretendem fazer uma câmara “antigravidade”. Para isso, os estudantes colocaram duas placas metálicas paralelas entre si, paralelas à superfície da Terra, com uma distância de 10,0 cm entre elas. Ligando essas placas a uma bateria, eles conseguiram criar um campo elétrico uniforme de 2,0 N/C. Para demonstrar o efeito “antigravidade”, eles devem carregar eletricamente uma bolinha de isopor e inseri-la entre as placas. Sabendo que a massa da bolinha é igual a 0,50 g e que a placa carregada negativamente está localizada no fundo da caixa, escolha a opção que apresenta a carga com que se deve carregar a bolinha para que ela flutue. Considere que apenas a força elétrica e a força peso atuam sobre a bolinha. a) +3,5 . 10–2 C b) –3,5 . 10–2 C c) –2,5 . 10–3 C d) +2,5 . 10–3 C e) –3,5 . 10–3 C 12. Considere um capacitor de placas paralelas com separação d e carregado com carga Q. Sobre a energia no capacitor, é correto afirmar que a) está armazenada nas cargas elétricas das placas. b) é nula, pois a soma das cargas das placas é zero. c) é nula, pois a soma das cargas das placas é diferente de zero. d) está armazenada no campo elétrico gerado pelas cargas das placas. 13. No estudo da eletricidade e do magnetismo, são utilizadas as linhas de campo. As linhas de campo elétrico ou magnético são linhas imaginárias cuja tangente em qualquer ponto é paralela à direção do vetor campo. Sobre as linhas de campo, assinale a afirmativa correta. a) As linhas de campo magnético e os vetores força magnética são sempre paralelos. b) As linhas de campo elétrico numa região do espaço onde existem cargas elétricas se dirigem de um ponto de menor potencial para um de maior potencial. c) As linhas de campo magnético no interior de um imã se dirigem do polo norte do imã para seu polo sul. d) As linhas de campo elétrico que representam o campo gerado por uma carga elétrica em repouso são fechadas. e) As linhas de força de um campo elétrico uniforme são linhas retas paralelas igualmente espaçadas e todas têm o mesmo sentido. 14. O precipitador eletrostático é um equipamento que pode ser utilizado para remoção de pequenas partículas presentes nos gases de exaustão em chaminés industriais. O princípio básico de funcionamento do equipamento é a ionização dessas partículas, seguida de remoção pelo uso de um campo elétrico na região de passagem delas. Suponha que uma delas tenha massa m, adquira uma carga de valor q e fique submetida a um campo elétrico de módulo E. A força elétrica sobre essa partícula é dada por a) mqE b) mE/q c) q/E d) qE 15. Considere as afirmativas a seguir: I. A direção do vetor campo elétrico, em determinado ponto do espaço, coincide sempre com a direção da força que atua sobre uma carga de prova colocada no mesmo ponto. II. Cargas negativas, colocadas em um campo elétrico, tenderão a se mover em sentido contrário ao do campo. III. A intensidade do campo elétrico criado por uma carga pontual é, em cada ponto, diretamente proporcional ao quadrado da carga que o criou e inversamente proporcional à distância do ponto à carga. IV. A intensidade do campo elétrico pode ser expressa em newton/coulomb. São verdadeiras: a) somente I e II; b) somente III e IV; c) somente I, II e IV; d) todas; e) nenhuma. 16. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta que podem ser eletricamente neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está representado por apenas uma linha de força). Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que as gotas 1, 2 e 3 13 Campo Elétrico estão, respectivamente: a) carregada negativamente, neutra e carregada positivamente. b) neutra, carregada positivamente e carregada negativamente. c) carregada positivamente, neutra e carregada negativamente. d) carregada positivamente, carregada negativamente e neutra. 17. Há pouco mais de 60 anos não existiam microchips, transistores ou mesmo diodos, peças fundamentais para o funcionamento dos atuais eletroeletrônicos. Naquela época, para controlar o sentido da corrente elétrica em um trecho de circuito existiam as válvulas diodo. Nesse tipo de válvula, duas peças distintas eram seladas a vácuo: o emissor, de onde eram extraídos elétrons e a grade, que os recebia. O formato do emissor e da grade permitia que entre eles se estabelecesse um campo elétrico uniforme. O terno de eixos desenhado está de acordo com a posição da válvula mostrada na figura anterior. Para que um elétron seja acelerado do emissor em direção à grade, deve ser criado entre estes um campo elétrico orientado na direção do eixo: a) x, voltado para o sentido positivo. b) x, voltado para o sentido negativo. c) y, voltado para o sentido positivo. d) z, voltado para o sentido positivo. e) z, voltado para o sentido negativo. 18. (UFC-CE) Quatro cargas, todas de mesmo valor, q, sendo duas positivas e duas negativas, estão fixadas em um semicírculo, no plano xy, conforme a figura abaixo. Indique a opção que pode representar o campo elétrico resultante, produzido por essas cargas, no ponto O. 19. Em uma impressora jato de tinta, gotas de certo tamanho são ejetadas de um pulverizador em movimento, passam por uma unidade eletrostática, onde perdem alguns elétrons, adquirindo uma carga q, e, a seguir, se deslocam no espaço entre placas planas paralelas eletricamente carregadas, pouco antes da impressão. Considere gotas de raio igual a 10 μm lançadas com velocidade de módulo v = 20 m/s entre placas de comprimento igual a 2,0 cm, no interior das quaisexiste um campo elétrico vertical uniforme, cujo módulo é E = 8,0 · 104 N/C (veja a figura). Considerando que a densidade da gota seja de 1000 kg/m3 e sabendo-se que a mesma sofre um desvio de 0,30 mm ao atingir o final do percurso, o módulo da sua carga elétrica é de: a) 2,0 · 10–14 C b) 3,1 · 10–14 C c) 6,3 · 10–14 C d) 3,1 · 10–11 C e) 1,1 · 10–10 C 20. (UFBA) A figura abaixo representa uma placa condutora, A, eletricamente carregada, que gera um campo elétrico uniforme, �⃗⃗�, de módulo igual a 6 · 104 N/C. A bolinha B, de 10g de massa e carga negativa igual a –1 μC, é lançada verticalmente para cima, com velocidade de módulo igual a 6m/s. Considere-se que o módulo da aceleração da gravidade local vale 10 m/s2, que não há colisão entre a bolinha e a placa, e despreze-se a resistência do ar. Determine o tempo, em segundos, necessário para a bolinha retornar ao ponto de lançamento. a) 0,50 s c) 1,5 s e) 6,0 s b) 0,75 s d) 3,0 s GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E D E E B A D C C E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C D E D C A A A B D
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