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SUJEITOS DO PROCESSO PENAL

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
SUJEITOS DO PROCESSO
São aqueles que atuam no âmbito do processo penal: Podem ser SUJEITOS ESSENCIAIS (Ex. Juiz) e SUJEITOS ACESSÓRIOS (Ex. Peritos)
Os sujeitos essenciais são: JUIZ, ACUSADOR E ACUSADO
SUJEITOS DO PROCESSO X SUJEITO DA RELAÇÃO PROCESSUAL
Sujeitos do processo: É qualquer pessoa que participa do processo, ainda que não tenha interesse processual (ex. testemunha)
Sujeitos da relação processual: São aqueles que participam do processo E TÊM interesse no processo (Ex. acusador/acusado)
Partes (classificação):
- Aspecto formal (aspecto processual): são as PARTES que constam do processo (acusado e acusador – ex. MP)
- Aspecto material (relação com o evento em si): titularidade do direito e quem ameaçou/agrediu. Aqui é quem esteve presente no fato social ocorrido. (ex. o infrator e a vítima)
SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL
JUIZ: Ao juiz cabe conduzir os trabalhos no curso do processo (Poder de Polícia Administrativa – art. 251 do CPP: “Art. 251.  Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública.”) e, ao final, prolatar a sentença (Poder Jurisdicional)
IMPEDIMENTOS DO JUIZ (ISTO CAI MUITO!!!)
CPP: Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
 IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
JUÍZOS COLETIVOS (TRIBUNAIS - Ex. Desembargadores)
Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
SUSPEIÇÃO DO JUIZ:
Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
(...)
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Art. 255.  O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Art. 256.  A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
QUESTÃO
1 (CESPE) No inquérito policial em que figure como indiciado um inimigo do delegado de polícia responsável pelas investigações, o Ministério Público oporá exceção de suspeição em relação a esse delegado.
(      )  Verdadeiro         (   X    ) Falso
CPP: Art. 107.  Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
2 (FCC) Buscando evitar a parcialidade do juiz, o Código de Processo Penal enumerou situações de suspeição do juiz, entre as quais:
A- se tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito – isso é impedimento, estamos buscando suspenção
B- se tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão – fato de impedimento, a questão pedi suspenção 
C- se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o segundo grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes - errado porque é até terceiro grau 
D- se ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito – questão de nulidade
E- se tiver aconselhado qualquer das partes ou for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles.
MINISTÉRIO PÚBLICO: É TITULAR DA AÇÃO PENAL PÚBLICA e “CUSTOS LEGIS” (EM AMBASAÇÕES – AÇÃO PENAL PÚBLICA E AÇÃO PENAL PRIVADA)
CPP: Art. 257.  Ao Ministério Público cabe:                
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; e                   
II - fiscalizar a execução da lei.       
Art. 258.  Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
Súmula 234 (STJ): A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
ACUSADO E DEFENSOR
CPP: Art. 259.  A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo,nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes
CPP: Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.
AUDIÊNCIA PARA RECONHECIMENTO X RECONSTITUIÇÃO X CONDUÇÃO COERCITIVA
CONDUÇÃO COERCITIVA:
CPP: Art. 260.  Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. (Vide ADPF 395)(Vide ADPF 444) –
Parágrafo único.  O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.
STF: É INCONSTITUCIONAL A POSSIBILIDADE DE CONDUÇÃO COERCITIVA PARA INTERROGATÓRIO
Isto porque prevalece que o interrogatório tem natureza como meio de defesa (questionava-se se seria meio de defesa ou meio de prova). E, como tal, o acusado pode ficar calado. Se ele pode ficar calado, não há razão para forçá-lo a estar presente. Ele poderia, até, faltar ao interrogatório. Nemo tenetur se detegere (Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo)
AINDA SOBRE DEFENSOR DO ACUSADO:
Outorga de procuração/mandato (constituição de defensor Apud acta – que se encontra junto aos autos/dentro dos autos)
Art. 266.  A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório.
Ausência de defesa x Deficiência na defesa
 Súmula 523 STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu. PRINCÍPIO DO PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF (Não há nulidade sem prejuízo) – a parte sempre necessita demonstrar seu prejuízo para ter a nulidade reconhecida, tanto absoluta quanto relativa. Mesmo na nulidade absoluta no processo penal não há presunção de prejuízo, a parteinteressada precisa comprovar. No processo penal o juiz pode declarar de ofício a nulidade absoluta ou relativa. 
OBSERVAÇÃO:
Art. 263.  Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
Parágrafo único.  O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
PERITOS E INTÉRPRETES
CPP: Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.    
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
Art. 278.  No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
Art. 279.  Não poderão ser peritos: (...)
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos.
Art. 280.  É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
Art. 281.  Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.
Perícias: SE for perito oficial, precisa de apenas 1, sempre com curso superior. SE NÃO FOR PERITO OFICIAL, precisa de 2, COM CURSO SUPERIOR, PREFERENCIALMENTE na área de especialidade para o exame
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
O assistente de acusação é a vítima ou seu representante legal (ex. vítima – 18 anos ou incapaz). Também pode ser, em caso de falecimento ou declaração de ausência: CADI
O assistente de acusação somente atua na AÇÃO PENAL PÚBLICA, pois se houver ação penal privada, a vítima (ou sucessores) não serão “assistentes”, mas sim, autores.
CPP: Art. 268.  Em todos os termos da ação pública (Não cabe assistente de acusação antes da ação penal, ou seja, não cabe durante o inquérito policial, e nem na execução na pena), poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
Art. 269.  O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença (ou seja, não poderá atuar na execução penal) e receberá a causa no estado em que se achar.
Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. 
(O assistente também pode requerer a prisão preventiva: “CPP: Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.”)  § 1o  O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo assistente.
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado.
Art. 272.  O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
ATENÇÃO: Art. 273.  Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. – Por meio de ação autônoma pode entrar, mandado de segurança (caso o juiz negue a entrada do assistente de acusação o autor pode ingressar), ou se for advogado do réu pode entrar com habeas corpos (contra a entrada do assistente, pois terá que se defender de mais de uma pessoa). 
COMPLEMENTANDO INFORMAÇÕES ANTERIORES:
STF, Súmula 524
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
CPP: Art. 5º, § 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
CPP: Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
EOAB: Art. 7º São direitos do advogado:
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
a) apresentar razões e quesitos;         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, 
(...)incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
Art. 125. – Art. 144-A
(Sequestro; Hipoteca legal; Arresto)
Art. 125.  Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Sequestro: bens IMÓVEIS (regra) e bens MÓVEIS (Só se não forem o objeto da infração, quando haverá busca e apreensão). Os bens tiveram origem ILÍCITA (MAS, se não localizar bem de origem ilícita ou este se encontrar no exterior, é possível também o sequestro de bens de origem lícita no valor equivalente).
Exemplo: sujeito rouba um carro e continua utilizando esse carro, se o delegado ou promotor tomar conhecimento desde carro pedirá ao juiz a busca e apreensão deste bem imóvel; agora se o sujeito roubou esse carro e vendeu e com dinheiro comprou uma moto haverá sequestro dessa moto. 
Resumo: O sequestro de bens é medida assecuratória cabível para se "invadir" patrimônio do agente adquirido com os proventos do crime. Como regra incide sobre bens IMÓVEIS (previsão legal), mas pode incidir sobre bens MÓVEIS, desde que não sejam objeto do crime.
Resumo: a origem dos bens objeto de sequestro é ILÍCITA. No entanto, caso os bens adquiridos com o produto do crime estejam localizados no exterior OU NÃO FORAM LOCALIZADOS, poderão ser sequestrados BENS DE ORIGEM LÍCITA em valor equivalente.
Art. 126.  Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujoperdimento tenha sido decretado.     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Logo: O próprio juiz CRIMINAL é quem realiza a venda (leilão) dos bens (isto no SEQUESTRO)
OBS: O sequestro será levantado se em 60 dias não foi aforada a ação penal (denúncia) – contatos do dia em que o sequestro dos bens ocorreu.
NOVIDADE:
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
O próprio juiz da área criminal determina a venda, no casso de hipoteca legal e arresto o juiz transfere essa tarefa para área civil.
Hipoteca legal: Apenas bens IMÓVEIS (Bens LÍCITOS)
Art. 134.  A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado (obs: bens de origem LÍCITA!!!) poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
Art. 136.  O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.                      (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006)
Art. 137.  Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
(...)
Resumo: A hipoteca legal incide sobre bens imóveis de origem lícita e pode ser requerida a qualquer momento no curso da ação penal. O arresto de imóvel é medida menos formal e mais célere, que pode ser decretada antes do oferecimento da denúncia, com o objetivo de se converter, posteriormente em hipoteca legal (assim, o arresto funciona como medida preparatória, não obrigatória, da hipoteca legal)
§ 2º Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutenção do indiciado (AGENTE INFRATOR) e de sua família.
Arresto: é um ato “preparatório” (arresto prévio) para a hipoteca legal (em 15 dias tem que se buscar a “modificação” para a hipoteca legal, OU pode ser subsidiário, quando o agente não possui bens IMÓVEIS ou estes são insuficientes para garantir o ressarcimento da vítima e custas processuais. Neste caso, haverá o arresto de bens  MÓVEIS. No caso de bens MÓVEIS que produzem renda, uma parte desta poderá ser fornecida ao AGENTE (infrator) para manutenção de sua família.
Na hipoteca legal e no arresto, o Juiz Criminal determina o encaminhamento à vara cível (despacho simples) para que o JUIZ CÍVEL realize a venda:
CPP: Art. 143.  Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível...
LEMBRETE: No sequestro, o Juiz determina a “venda direta” (encaminha para leilão)
VAMOS AGORA REVISAR A LETRA DA LEI:  CPP:
 Art. 125.  Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 126.  Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
Art. 127.  O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Art. 128.  Realizado o seqüestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de Imóveis.
Art. 129.  O seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Art. 130.  O seqüestro poderá ainda ser embargado:
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da infração;
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
Parágrafo único.  Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de passar em julgado a sentença condenatória.
Art. 131.  O seqüestro será levantado:
I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar concluída a diligência;
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal; _ HOJE: art. 91, II b Código Penal:
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:   
 b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso
III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado.
Art. 132.  Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro (BUSCA E APREENSÃO).
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado.     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (o Próprio Juiz Criminal realiza a venda!)
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos públicos.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 134.  A hipoteca legal sobre os imóveis (Lícitos!!!) do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fasedo processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
Art. 135.  Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte estimará o valor da responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel ou imóveis.
§ 1o A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que se fundar a estimação da responsabilidade, com a relação dos imóveis que o responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os documentos comprobatórios do domínio.
§ 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis designados far-se-ão por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial, sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo respectivo.
§ 3o O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório, poderá corrigir o arbitramento do valor da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou deficiente.
§ 4o O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis necessários à garantia da responsabilidade.
§ 5o O valor da responsabilidade será liquidado definitivamente após a condenação, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar com o arbitramento anterior à sentença condenatória.
§ 6o Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição da hipoteca legal.
Art. 136.  O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006)
Art. 137.  Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
§ 1o  Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente deterioráveis, proceder-se-á na forma do § 5o do art. 120. (Art. 120, § 5o  Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo de responsabilidade).
ATENÇÃO: § 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutenção do indiciado e de sua família. 
Art. 138.  O processo de especialização da hipoteca e do arresto correrão em auto apartado.  (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 139.  O depósito e a administração dos bens arrestados ficarão sujeitos ao regime do processo civil. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 140.  As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas processuais e as penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao ofendido.
Art. 141.  O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.  (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 142.  Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o requerer.
Art. 143.  Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível (art. 63). (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 144.  Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público poderão requerer no juízo cível, contra o responsável civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137.
Art. 144-A.  O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o O leilão far-se-á preferencialmente por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2o Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na avaliação judicial ou por valor maior. Não alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizado novo leilão, em até 10 (dez) dias contados da realização do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação judicial.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ao juízo até a decisão final do processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União, Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua devolução ao acusado.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o juízo determinará a conversão do numerário apreendido em moeda nacional corrente e o depósito das correspondentes quantias em conta judicial.     
§ 5o  No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a expedição de certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário.     
§ 6o O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no órgão oficial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 7o (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
BUSCA E APREENSÃO: ALGUMAS REFLEXÕES
É um meio de obtenção de prova e tem por objetivo “buscar e apreender” coisas ou pessoas capazes de evidenciar autoria ou materialidade de uma infração penal.
Espécies:
Busca exploratória: medida excepcional, mediante autorização judicial para explorar sigilosamente local para registro de impressões e documentos, além da instalação de equipamentos de escuta ambiental (ex. ingresso de policiais em escritório de advocacia - advogado alvo de investigação - à noite). Pode ser feita a noite, excepcionalmente o STF entendeu ser legal seu cumprimento a noite. 
b) Busca e apreensão domiciliar: Deve-se atentar para os ditames da CF (ex. autorização judicial e durante o dia). Entende-se que é possível, excepcionalmente e devidamente justificado a impossibilidade de retorno em dia posterior, a PERMANÊNCIA de polícias em residências, desde que o INGRESSO tenha ocorrido durante o dia.
STJ não é possível mandado de busca e apreensão coletivo (Comunidades): “...ordem concedida para reformar o acórdão impugnado e declarar nula a decisão que decretou a medida de busca e apreensão coletiva, genérica e indiscriminada contra os cidadãos e cidadãs domiciliados nas comunidades atingidas pelo ato coator”
c) Busca pessoal: Esta medida recai sobre pessoas e seus pertences (ex. vestimentas, automóveis e bolsas). STJ: somente policiais e agentes autorizados por lei (ex. fiscalização em aeroporto) podem realizar a busca e apreensão pessoal. Ex: Segurança de empresa particular não pode solicitar abertura de bolsas como prevenção a ilícitos em relação trabalhista. (Mas se em “natureza contratual” - casa noturna, pode) 
Ela pode ser preventiva (ex. entrada de torcedores em estádio) ou investigativa (ex. no caso de prisão em flagrante) Nestas hipóteses, não há necessidade de mandado judicial.
Atenção: busca exploratória e busca domiciliar necessitam de autorização judicial. Busca pessoal, não, mas só pode ser realizada por agentes policiais ou autorizados por lei.
STJ: a não exigência de mandado judicial requer “fundada suspeita” de que o agente esteja com arma proibida ou portando objetos do crime. A lei exige indicativos objetivos, não sendo o suficiente, mera “intuição”ou “achismo” do agente policial.
Whattsapp: necessita de autorização judicial (conteúdo não pode ser acessado durante prisão em flagrante). STJ: viúva autoriza acesso ao conteúdo das conversas de vítima fatal de homicídio (que podem eventualmente, levar até o autor do crime – voluntariedade, a própria esposa permitiu)
QUESTÕES
(FUNDEP) Acerca das questões e processos incidentes, assinale a alternativa correta:
A - Revogar-se-á o arresto de bem imóvel se a inscrição da hipoteca legal não for promovida em 30 (trinta) dias. – falso, são 15 dias 
B - O recurso cabível contra a decisão judicial tomada no incidente de restituição de coisas apreendidas é a apelação. – correto, coisas apreendidas cabe apelação
C - O incidente de falsidade, segundo a visão doutrinária prevalente, tem por fim a averiguação apenas da falsidade material do documento. – falso, pode ser tanto falsidade material quanto falsidade ideológica 
D - Contra decisão proferida no incidente de falsidade cabe apelação. – cabe recurso em sentido estrito
(CESPE) A sociedade comercial da qual Pedro participava na condição de sócio-gerente suprimiu ICMS do estado do Pará mediante lançamento indevido de crédito no livro de apuração do ICMS. Foi instaurado inquérito policial contra Pedro e, após verificar o lançamento definitivo do crédito tributário, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Pedro e requereu o sequestro dos bens imóveis de propriedade do denunciado. A denúncia foi recebida, e o pedido de sequestro dos bens foi deferido pelo juiz.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A- Por se tratar de crime que resultou em prejuízo para a fazenda pública, é cabível o sequestro do patrimônio de Pedro. – correto, atinge patrimônio da fazenda pública há uma relativização da personalidade jurídica, 
B- Caso Pedro tenha parcelado o débito tributário, poderá ser levantado o sequestro porque, nesse caso, em razão do parcelamento, estará suspensa a pretensão punitiva. – de fato o parcelamento de dívida tributária suspende o crédito, mas só é válido antes do oferecimento da denúncia, se ocorreu após não suspende a ação penal. 
C- A medida de sequestro exige prova de que os bens sequestrados têm origem no produto do crime. - errado
D- Para fins penais, a representação fiscal é pressuposto do sequestro, uma vez que nesse instrumento consta o requerimento da constrição. – não consta isso na lei sobre pressuposto. 
E- O proveito do crime foi da sociedade comercial, razão pela qual é indevida a constrição de bens pessoais de Pedro. – errado, é uma contraposição da letra a. 
Lei n. 9.964/2000
Art. 15. É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e no art. 95 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no Refis, desde que a inclusão no referido Programa tenha ocorrido antes do recebimento da denúncia criminal.
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se, também:
I – a programas de recuperação fiscal instituídos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, que adotem, no que couber, normas estabelecidas nesta Lei;
Decreto-lei n. 3.240/41 (Crimes contra a Fazenda Pública)
Art. 1º Ficam sujeitos a sequestro os bens de pessoa indiciada por crime de que resulta prejuizo para a fazenda pública, ou por crime definido no Livro II, Títulos V, VI e VII da Consolidação das Leis Penais desde que dele resulte locupletamento ilícito para o indiciado.
Art. 2º O sequestro é decretado pela autoridade judiciária, sem audiência da parte, a requerimento do ministério público fundado em representação da autoridade incumbida do processo administrativo ou do inquérito policial.
§ 1º A ação penal terá início dentro de noventa dias (A regra geral do CPP são 60 dias) contados da decretação do sequestro.
Atenção: se houver sequestro de bens (origem ilícita) previamente à ação penal, esta - como regra - deverá ser proposta em 60 dias. No entanto, no caso de CRIME CONTRA A FAZENDA PÚBLICA, o prazo para o oferecimento de denúncia será de 90 dias.
3º Para a decretação do sequestro é necessário que haja indícios veementes da responsabilidade, os quais serão comunicados ao juiz em segredo, por escrito ou por declarações orais reduzidas a termo, e com indicação dos bens que devam ser objeto da medida.
Art. 4º O sequestro pode recair sobre todos os bens do indiciado, e compreender os bens em poder de terceiros desde que estes os tenham adquirido dolosamente, ou com culpa grave.
Os bens doados após a prática do crime serão sempre compreendidos no sequestro.
§ 1º Quando se tratar de bens móveis, a autoridade judiciária nomeará depositário, que assinará termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo e de assumir todas as responsabilidades a este inerentes.
§ 2º Tratando-se de imóveis:
1) o juiz determinará, ex-officio, a averbação do sequestro no registo de imóveis;
2) o ministério público promoverá a hipoteca legal em favor da fazenda pública.

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