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www.CaraDaFoto.com.br CARA DA FOTO - CURSO DE FOTOGRAFIA E PÓS-PROCESSAMENTO NA PRÁTICA Rodrigo Polesso & Ricardo Polesso CaraDaFoto.com.br [ ÍNDICE ] INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7 OS 5 PASSOS PARA FOTOGRAFIAS SENSACIONAIS ........................................ 13 PASSO 1 ...................................................................................................... 14 PASSO 2 ...................................................................................................... 16 PASSO 3 ...................................................................................................... 17 PASSO 4 ...................................................................................................... 18 PASSO 5 ...................................................................................................... 19 EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO ........................................................................ 21 CÂMERAS .................................................................................................... 22 LENTES ........................................................................................................ 26 DISPARADOR REMOTO .............................................................................. 35 FILTROS ....................................................................................................... 36 TRIPÉS ......................................................................................................... 40 MOCHILAS .................................................................................................. 42 INTRODUÇÃO AOS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA ............................................. 44 OS MODOS DA CÂMERA ................................................................................... 48 PARADA I – JARDIM BOTÂNICO ........................................................................ 52 OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: ABERTURA DO DIAFRAGMA ....................... 53 PARADA I – JARDIM BOTÂNICO (CONTINUAÇÃO) .......................................... 61 PASSO 1 - ENXERGAR ................................................................................ 61 COMPOSIÇÃO .................................................................................................... 64 3 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br CRIATIVIDADE ............................................................................................. 65 TÉCNICA: LINHAS GUIAS ........................................................................... 66 TÉCNICA: SIMETRIA .................................................................................... 68 TÉCNICA: REGRA DOS TERÇOS VS. GOLDEN RATIO ................................ 70 O PROCESSO DE SE COMPOR ................................................................... 72 ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO ....................................................................... 86 PARADA I – JARDIM BOTÂNICO (CONTINUAÇÃO) .......................................... 92 PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 92 PASSO 3 – CONFIGURAR (RODRIGO) ........................................................ 96 PASSO 4 – CAPTURAR (RODRIGO) ............................................................. 101 PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 105 PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 106 PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 109 TAREFA ........................................................................................................ 113 PARADA II – PRAÇA DO JAPÃO ........................................................................ 114 OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: VELOCIDADE DO OBTURADOR .................. 115 PARADA II – PRAÇA DO JAPÃO (CONTINUAÇÃO) ........................................... 131 PASSO 1 – ENXERGAR (RICARDO) ............................................................. 131 PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 133 PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 135 PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 137 PASSO 1 – ENXERGAR (RODRIGO) ............................................................ 143 PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 143 PASSO 3 E 4 – CONFIGURAR E CAPTURAR (RODRIGO) ............................ 145 TAREFA ........................................................................................................ 158 PARADA III – PARQUE BARIGUI ......................................................................... 159 OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: SENSIBILIDADE DO ISO ............................... 160 4 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PARADA III – PARQUE BARIGUI (CONTINUAÇÃO) ........................................... 167 PASSO 1 – ENXERGAR (RODRIGO) ............................................................ 168 PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 169 PASSO 3 – CONFIGURAR (RODRIGO) ........................................................ 171 PASSO 4 – CAPTURAR (RODRIGO) ............................................................. 174 PASSO 1 – ENXERGAR (RICARDO) ............................................................. 176 PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 177 PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 179 PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 180 TAREFA ........................................................................................................ 181 INTRODUÇÃO AO PÓS-PROCESSAMENTO ...................................................... 182 PÓS-PROCESSAMENTO NA PRÁTICA ............................................................... 193 FOTO 1 – JARDIM BOTÂNICO (RODRIGO) ................................................. 195 CORREÇÃO DE ABERRAÇÕES DE LENTE ..................................................... 195 CONTRASTE TURBO ....................................................................................... 196 REALÇE DE CONTORNOS ............................................................................. 198 FILTRO GRADUADO ....................................................................................... 199 AJUSTE INDIVIDUALIZADO EM CORES ......................................................... 201 NITIDEZ E REMOÇÃO DE RUÍDOS (NOISE) ................................................... 201 REMOÇÃO DE OBJETOS E PESSOAS ........................................................... 202 FOTO 2 – JARDIM BOTÂNICO (RICARDO) ................................................. 205 VIBRAÇÃO DAS CORES .................................................................................. 206 RECORTE E ENDIREITAMENTO ..................................................................... 207 FILTRO RADIAL ................................................................................................ 208 PRESETS .......................................................................................................... 209 FOTO 3 – PRAÇA DO JAPÃO (RICARDO) ................................................... 212 PINCEL DE AJUSTE ......................................................................................... 214 5 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br FOTO 4 – PRAÇA DO JAPÃO (RODRIGO) .................................................. 218 CONVERTENDO PARA PRETO & BRANCO ................................................... 220 TONALIZAÇÃO DIVIDIDA &SÉPIA ................................................................. 221 FOTO 5 – PARQUE BARIGUI (RODRIGO) ................................................... 224 FOTO 6 – PARQUE BARIGUI (RICARDO) ................................................... 229 CONCLUSÃO E PRÓXIMOS PASSOS ................................................................. 235 BÔNUS: COMPARATIVO PRÁTICO DE LENTES ................................................. 237 AUTOFOCO E ESTABILIZADOR DE IMAGEM ............................................. 238 ABERTURA DO DIAFRAGMA ...................................................................... 239 DISTÂNCIA FOCAL ...................................................................................... 241 EXEMPLO: LENTE 18-55MM ....................................................................... 242 EXEMPLO: LENTE 18-135MM ..................................................................... 243 EXEMPLO: LENTE 10-20MM ....................................................................... 246 EXEMPLO: LENTE 50MM ............................................................................ 249 COMPARATIVO PRÁTICO ............................................................................ 251 RECOMENDAÇÃO DO CARA DA FOTO ..................................................... 253 VANTAGENS DO RAW SOBRE O JPG ................................................................ 255 COMPARATIVO PRÁTICO ............................................................................ 257 6 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br [ INTRODUÇÃO ] Opa! Seja muito bem-vindo(a) e parabéns por estar dentro do Curso de Introdução à Fotografia e Pós-processamento na Prática do Cara da Foto. Nós somos Rodrigo e Ricardo Polesso, irmãos e fundadores do www.CaraDaFoto.com.br, que acabou se tornando o maior site de fotografia, viagem e paisagem em língua portuguesa no mundo todo. Também somos autores de outros cursos bestsellers de fotografia, dentre eles o famoso Curso Master de Fotografia e Pós-processamento. Nós dois compartilhamos de uma grande paixão por liberdade, viagens, paisagens e fotografia. Acreditamos que viagem e fotografia têm tudo a ver. Hoje em dia, todo mundo viaja e fotografa, então poder capturar todos esses momentos especiais de uma forma que você realmente goste para poder revisitar aquelas cenas através da sua fotografia é, além de muito legal, praticamente uma necessidade. Nós fomos motivados a criar este curso principalmente pelo fato de muitos materiais relacionados a fotografia, internet afora, utilizarem um ensino tradicional, mais quadrado, que talvez te leve para um caminho que você não goste. Portanto, neste curso, nós fizemos tudo numa levada mais prática, nos apegando ao que realmente faz diferença na prática. Assim, você pode começar sua jornada na fotografia já seguindo o caminho mais curto e certeiro para fotografias sensacionais e memoráveis, sem ler manuais chatos e independentemente de qual for o seu equipamento fotográfico. Logo no começo do curso você perceberá que nossa didática é bem diferente do que você vê por aí. Sinceramente, nós dois aprendemos fotografia de maneira praticamente autodidata, mas também seguindo e aprendendo com os melhores fotógrafos do mundo. Durante nossos primeiros passos nessa jornada, nos deparamos com uma carga teórica muito grande e sentimos falta da prática. Tudo parecia difícil, demorado e complexo demais. Acreditamos que a fotografia é, acima de tudo, uma arte. Uma arte sensacional demais para ser chata e complexa. Ela precisa ser descontraída e divertida. Pensando nisso, decidimos criar este curso de introdução da maneira que nós mesmos gostaríamos de ter aprendido, ou seja, de uma forma descontraída, informal e tranquila. Queremos mostrar o que realmente faz diferença nesse mundo da fotografia, para que você não perca tempo somente com teorias, mas passe a dominar a importantíssima prática. 7 http://CaraDaFoto.com.br http://CaraDaFoto.com.br/master http://CaraDaFoto.com.br/master CaraDaFoto.com.br Que fotografia é uma âncora da memória... Nós costumamos dizer que fotografia é vida... 8 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Que a fotografia é uma verdadeira máquina do tempo… Que a fotografia eterniza momentos e possibilita que você reviva a mesma experiência sempre que quiser... 9 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br E que talvez o melhor da fotografia, é poder compartilhar isso tudo com as pessoas que você mais gosta... Você pode marcar todo o trajeto de sua história com fotografias carregadas de emoção, além de gerar reações únicas nas outras pessoas através dessas fotos... 10 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br E como fotografia é arte, não existe certo ou errado. Você tem total liberdade artística para fazer o que quiser. É por isso que dizemos que uma vida fotografada pode ser revivida. 11 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Nesse Curso de Introdução à Fotografia e Pós-processamento Na Prática, queremos que tudo seja uma experiência. O que isso quer dizer, é que você já vai começar a ver tudo na prática desde o começo. Nós iremos juntos para o campo, passando individualmente por cada um dos 5 Passos Para Uma Foto Sensacional do Cara da Foto. Ou seja, não vamos somente falar sobre as técnicas e teorias, mas iremos mostrar tudo de maneira simples e prática em situações reais e diferentes. Estruturamos este curso de forma que você se imagine do nosso lado, por um dia inteiro, fotografando conosco. Então, começaremos em casa nos preparando para sair e depois vamos para o campo, passando por três ambientes diferentes, explorando aspectos variados da fotografia em cada um deles. Queremos que você também faça arte com sua câmera! Aqui você vai aprender também a dizer “não” para sua câmera. Chega de seguir a orientação dela nos modos automáticos. Agora você vai parar de ser um passageiro e passará a ser o condutor. Você vai comandar sua câmera por completo, configurando da maneira que você quer, obtendo resultados impressionantes toda vez, sem contar apenas com a sorte. Todas as questões técnicas por trás disso serão desmistificadas e simplificadas ao longo dos capítulos. A nossa expectativa é que você já comece a tirar fotos verdadeiramente incríveis assim que finalizar o curso. Estamos muito animados para começar essa mini jornada contigo! Mas antes de iniciar a primeira aula do curso, tem uma coisa muito importante para ser feita. Entre no site www.CaraDaFoto.com.br e coloque seu e-mail no primeiro campo que aparece. Assim, poderemos manter contato com você para te mandar um montão de dicas que preparamos especialmente para quem nos acompanha. Com isso, estamos prontos para começar essa experiência. Vamos lá? 12 http://CaraDaFoto.com.br http://www.CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br OS 5 PASSOS PARA FOTOGRAFIAS SENSACIONAIS Bem-vindo(a) à primeira parte de sua jornada! Passaremos esse dia fotográfico inteiro juntos, para te mostrar tudo na prática, sem esconder o jogo. Agora, antes de sairmos para a rua, queremos que desde já você se familiarize com os famoso 5 Passos Para Fotos Sensacionais: enxergar, compor, configurar, capturar e processar. É claro que passaremos por cada um desses passos novamente enquanto estivermos em campo. Mas antes disso, vamos falar um pouco sobre cada um deles. 13 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PASSO 1 O primeiro passo é enxergar. Mas o que isso quer dizer? Todo fotógrafo consegue enxergar uma cena à sua frente, não é? Correto. Portanto, o que queremos dizer com esse passo número um, é que você deve usar o seu olhar fotográfico. Queremos que você chegue no local da foto e perceba a cena como um todo, sem se esquecer dos detalhes. Logo, podemos perceber que o processo de tirar uma foto sensacional começa antes mesmo de você encostar na câmera. Quando você começar a desenvolver esse olhar fotográfico, a arte realmente começaráa acontecer. No Cara da Foto nós costumamos brincar dizendo que um dos superpoderes do fotógrafo é enxergar numa cena “normal” coisas que a maioria das pessoas não enxergam – isso é ter um olhar fotográfico. Ele vai ficar melhor com a prática da arte da fotografia, já que você vai saber exatamente o que quer capturar com sua foto antes mesmo de tocar no equipamento. Quando você começar a evoluir, passará a tirar o que chamamos de “fotos mentais” através de seu olhar fotográfico. A partir do momento que isso acontecer, você verá o mundo ao seu redor de maneira diferente. Tudo vai virar foto para você. O olhar fotográfico é essa espécie de “consciência” dentro de você. Agora, os turistas tradicionais geralmente tiram fotos de tudo, não é? Muita gente que gosta de fotografia viaja com o olho 14 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br atrás da câmera e se esquece de simplesmente aproveitar o lugar. Já o fotógrafo, gosta de dar um passo para trás e simplesmente olhar a cena. Essa é a única maneira de você de fato entender o que quer capturar com uma foto. Isso permite que você seja grato pelo simples fato de estar ali, presente. Permite também que sua mente perceba o que é especial em uma cena. Seu olho se tornará sua melhor câmera e você passará a viver de uma outra forma. Ou seja, você enxergará sua vida com outros olhos. Sem dar esse passo para trás e analisar a cena com esse olhar artístico, você não vai conseguir capturar uma foto que faça sentido e impressione. 15 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PASSO 2 O passo 2 desse framework de 5 passos é compor. Veremos ao longo do curso que a composição é onde a arte da fotografia realmente acontece. Acreditamos que o que mais diferencia um fotógrafo do outro é como ele captura determinada cena, através da composição. Se durante o passo 1 você decidiu o que gostaria de capturar em uma cena, agora no passo 2 você precisa compor a foto considerando isso. O que significa que você tem que colocar todos os elementos escolhidos no passo 1, em um espaço limitado – que é a foto. E é nesse passo que aplicaremos a arte (e a ciência) da composição para chegar em resultados melhores. Imagine que você está pintando um quadro. Você precisa encaixar na tela todos os elementos que você enxerga (ou imagina) de uma maneira que agrade seus olhos – e como falamos, existem regrinhas, técnicas e uma ciência por trás disso, que veremos mais a frente. 16 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PASSO 3 O passo 3 é a configuração. Os passos 1 e 2 são possíveis de serem feitos sem câmera, porém agora você precisa dela na sua mão. Você já enxergou a cena, compôs sua fotografia e agora precisa configurar sua câmera para capturar isso da melhor forma possível (usando os três pilares da fotografia, que veremos mais para frente, na prática). O nosso intuito com esse passo é que você não deixe mais a câmera no controle (modos automáticos). Afinal, depois de usar sua energia para enxergar uma bela foto e decidir a sua composição, não deveria caber à câmera escolher como capturar aquele momento. Então, você usará esses três pilares da fotografia para chegar ao resultado que quiser. A técnica fala muito alto durante o passo 3. Ela começará a ser aplicada aqui, e no final do curso você já estará ninja em tudo isso. 17 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PASSO 4 E é somente no passo 4 que você vai capturar a fotografia de fato. Esse passo não se limita a simplesmente apertar o botão da máquina. Usando sua visão, composição, os três pilares e acessórios, as possibilidades são infinitas. Portanto, nesse passo você vai afunilar suas opções – talvez usando um filtro, um tripé ou até mesmo um disparador remoto. Esse passo vai permitir que você atinja vários resultados – todos eles únicos – usando a mesma cena. Se a sua exposição da foto já está correta, mas você quer tirar uma foto contra o sol (por exemplo), ou criar um efeito de véu de noiva em uma cachoeira, talvez você precise usar uma técnica avançada na câmera para poder capturar essa cena. Todas essas técnicas que vão além dos três pilares da fotografia estarão presentes no passo 4. 18 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PASSO 5 Continuando a nossa jornada pelos 5 passos, chegamos ao último. A outra metade do trabalho de um bom fotógrafo é o pós-processamento da foto. O passo 5 é justamente processar a foto para que ela não fique somente pela metade. Você vai perder muito se pegar as fotos diretamente do cartão de memória e publicar sem nenhuma forma de processamento. Se você fizer isso, perde a oportunidade de colocar sua pitada artística e realmente valorizar a cena fotografada. Infelizmente, as câmeras ainda não são tão eficazes quanto nossos olhos. Uma foto jamais sairá da sua câmera perfeitamente exposta, com a dinâmica de luz como deveria ser ou com as cores tão vivas quanto seus olhos viram. É nesse passo 5 que você vai corrigir e ajustar tudo para que os dois fiquem o mais parecidos possível, ou ainda criar versões totalmente artísticas. O pós-processamento é quando você põe sua câmera de lado novamente. A intenção aqui é deixar as fotos já capturadas mais próximas da sua idéia original lá no passo 1. Talvez você queira deixar a foto em preto e branco, em sépia, ou ainda deixar as cores mais vivas e fortes. O que está no cartão de memória é apenas a melhor tentativa da sua câmera de capturar o que você enxergou, e isso pode deixar muito a desejar. Apesar deste ser o último passo, não se engane! Ele é tão importante quanto os outros quatro passos anteriores, então se não houver atuação sua aqui também, tudo desmorona. 19 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Por isso, vamos mostrar como o pós-processamento na prática, com alguns poucos minutos usando técnicas corretas, pode influenciar e muito como as pessoas reagirão às suas fotos. Veja, acreditamos que 100% das fotos que você captura devem ser processadas. Seria um desserviço não fazer isso. No entanto, reconhecemos que esse assunto é quase um tabu. Porém, na nossa opinião, uma foto não processada é uma foto aquém do que ela pode ser. E é por isso que aqui no curso você vai sentar e botar a mão na massa seguindo algumas das principais técnicas que usamos para pós-processar. E a notícia boa, é que você vai adorar essa parte! Bem, esses 5 passos que acabamos de pincelar sobre resumem todo o processo para se tirar uma foto sensacional. Novamente, fique tranquilo(a)! Mostraremos cada um deles na prática e em situações reais, então tudo ficará perfeitamente claro. Agora sim, podemos começar a falar um pouco sobre equipamento fotográfico e o que levaremos conosco no dia de hoje. Nos vemos no próximo capítulo! 20 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO Não temos como sair de casa sem nosso equipamento, não é? E como esse é um curso de introdução, queremos falar um pouco sobre equipamento fotográfico no geral para clarificar algumas das dúvidas mais comuns e cruéis sobre esse assunto (que pode ser muito mais complexo do que precisaria ser, de fato). Aqui passaremos também por todo o equipamento que usaremos durante o nosso dia de prática. lembrando que mais adiante no curso você verá tudo em ação, na prática e em campo, mas antes de sairmos de casa, vamos ficar na mesma página entendendo os pontos principais de cada item que levaremos hoje. 21 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br CÂMERAS Qual é o principal equipamento necessário para um fotógrafo? A câmera, obviamente! Na verdade, você não precisa de mais nada além de sua câmera para fazer belas fotografias. Os demais equipamentos que veremos se tornarão necessários quando você começar a evoluir. Algumas das perguntas mais comuns que recebemos são: “qual é a melhor câmera: a X ou a Y?”; “será que essa câmera aqui é boa?”; “será que vou conseguir tirar fotos boas com essa outra câmera?”. Veja, a nossa opinião sobre esseassunto é um tanto quanto direta e simples: infinitamente mais importante que a câmera, é a competência de quem a usa. Logo, de nada adianta você ter a melhor câmera do mundo se não a usa corretamente, ou não domina os três pilares da fotografia. Uma forma interessante de se encarar toda essa questão, é ao invés de focar no valor e no modelo, entender primeiro como ela funciona, e se terá plenas condições de fazer o que deseja. Isso sim é muito mais importante! Agora, uma recomendação nossa é que, independentemente da marca e modelo, a sua câmera permita que você ajuste manualmente os três pilares da fotografia: o obturador, o ISO e a abertura do diafragma. Com isso em mente, talvez a melhor opção nesse caso sejam as câmeras DSLR (Digital Single-Lens Reflex). “DSLR” é um nome complicado para descrever as câmeras que permitem que você troque as lentes conforme a necessidade. 22 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Nossas câmeras são DSLRs da marca Canon, modelos 60D e 700D. Elas são câmeras de entrada, não são super avançadas nem caríssimas. Isso é uma questão de preferência, nada mais. Existem várias marcas e modelos que possuem especificações semelhantes e que poderiam atender nossas necessidades. Mas não se preocupe muito com marcas. O importante é você poder manipular os pilares da fotografia através dela. Todas as câmeras do tipo DSLR com certeza possibilitam que você faça isso. Inclusive, esse controle dos pilares é tão fundamental que até mesmo várias câmeras de bolso estão começando a permitir. Mas, lembrando, a nossa recomendação é que se você realmente quiser elevar a sua fotografia para outro nível através do total controle sobre as suas fotos, escolha alguma DSLR (ou alguma mirrorless - nova geração, menores, mais leves e sem espelho) conforme sua preferência e orçamento. 23 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Sobre a troca ou upgrade, costumamos recomendar que antes de qualquer coisa, tenha certeza de que já está aproveitando ao máximo a sua câmera atual, e caso um dia perceba alguma limitação em algum aspecto, aí sim você pode comprar uma melhor, com funcionalidades extras ou mais avançadas. Dessa forma você age pela necessidade, e não por ilusão. Lembre-se que equipamento caro, não é garantia de fotos melhores. A sua competência, por outro lado, sim, resulta em fotos melhores. Ainda nessa questão, note que a grande maioria do nosso portfólio foi feita com câmeras de entrada e lentes kit (as que vieram junto na compra). Acredite, já cansamos de ver pessoas que tem tanto equipamento que precisam levar uma mala extra só para isso, porém, como resultado, as fotos são muito aquém do esperado. Muitas pessoas, inclusive, já riram da nossa cara quando estávamos em campo, mundo afora, fotografando com essas câmeras de entrada. Mas a reação é sempre a mesma quando vinham espiar no visor: olhos esbugalhados! Agora, os preços das câmeras variam muito como você já pode ter notado. Por isso, é importante conhecer os motivos por trás do preço antes de fazer a escolha. Por exemplo, uma câmera talvez seja mais cara por ter Wi-Fi, ou por filmar em 4K. Talvez essas sejam coisas que você esteja buscando, talvez não, mas saiba que você estará pagando extra por isso. Ou ainda, a câmera X captura 5 fotos por segundo, e a Y até 10, o que a torna muito mais cara e superior nesse quesito. Será que isso é realmente algo que você procura ou precisa? A mensagem é: saiba quais funcionalidades você realmente irá usar e filtre as opções a partir delas. 24 http://CaraDaFoto.com.br https://caradafoto.smugmug.com/Portfolio/ CaraDaFoto.com.br Outro aspecto importante, é que na fotografia (como em vários outros hobbies) você precisa pagar 10 vezes mais para melhorar em 1% no final. Caso você chegue num nível que esse 1% vale a pena em comparação ao investimento, ótimo! Isso acontece com a maioria das pessoas que seguem a fotografia a sério. Vai chegar em um ponto que os mínimos detalhes vão fazer a diferença, mesmo que para a maioria das pessoas isso seja imperceptível. Lembre-se que nesse curso veremos uma grande quantidade de truques, segredos e técnicas que possibilitam que você tire o maior resultado possível com qualquer câmera. 25 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br LENTES Uma câmera sozinha não faz nada sem lentes. Logo, o segundo equipamento mais importante na fotografia não poderia ser outro, não é? Agora antes de qualquer coisa, é importante começarmos falando que você não deve pagar caro em uma lente achando que ela vai, milagrosamente, habilitar você a capturar fotos sensacionais só porque ela foi cara. Dito isso, é claro que se você tiver o dinheiro e estiver disposto à investir logo de cara no melhor do melhor, ótimo. Isso certamente será bastante útil quando chegar em um nível evoluído da arte. Bom, assim como vimos há pouco na parte das câmeras, aqui também existe um universo inteiro à parte de marcas, modelos, tipos, valores e funcionalidades. Portanto um bom ponto de partida, são as lentes que acompanharão a gente durante o nosso dia fotográfico de hoje. Vamos começar por uma lente zoom (objetiva) e kit da Canon, a de 18 – 135mm. Essa é uma lente baratíssima que já vem com muitos modelos de câmera de entrada. Caso você for viajar e precisar levar apenas uma lente para fotografar a maioria das cenas que encontrar, essa é uma boa lente para isso. Portanto, além de barata e versátil, já acompanha a maioria das câmeras de entrada/intermediárias que você vai achar no mercado. 26 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Antes de falarmos sobre as especificações das lentes, se você acabou de comprar uma câmera pela primeira vez, isso pode parecer complicado demais num primeiro olhar. Os tutoriais disponíveis na internet sobre isso têm grandes chances de confundir sua cabeça mais ainda. Esse é um assunto potencialmente complexo e que poderíamos falar aqui sobre a parte física, do vidro, da refração e etc. Mas fique tranquilo(a), aqui será diferente. O que realmente interessa nessa etapa do aprendizado sobre lentes é o que veremos abaixo. Mas para conhecimento, façamos um pequeno parênteses para dizer que as lentes mais caras normalmente costumam ser mais caras por terem um vidro melhor, serem à prova de água, abertura do diafragma fixa e/ou bastante grande, controles melhores, motor de foco mais rápido, etc. Porém, como prometido, passaremos a parte mais simples e que fará mais sentido agora para você. Bem, afinal, o que você realmente precisa saber para comprar uma lente? Primeiramente, o essencial é entender o que significam os milímetros. De forma clara, isso significa o seguinte: quanto menor a milimetragem da lente, mais elementos você pegará na foto (lentes mais angulares). Quanto mais milímetros, menos elementos você pegará na foto (lentes mais objetivas). Veja a demonstração. 27 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br 28 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br 29 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Caso você queira comprar uma lente diferente da sua, vai uma dica: nós não compramos lentes que tenham uma variação muito grande em milímetros. Como referência, a que apresentamos acima já tem uma boa variação (de 18 a 135mm). Existem lentes que vão de 18 a 300mm, por exemplo. Essas lentes com grande variação nos milímetros tendem a impactar negativamente nas suas fotos em função de distorções. Pense bem – porque não comprar uma lente que vai de 1 a 1000mm caso existisse? Justamente por causa dessas distorções. Em segundo lugar, outra coisa que normalmente encarece uma lente é a abertura do diafragma. Cada lente tem uma abertura mínima e máxima do diafragma. Mas aprenderemos mais sobre isso em breve. Partindo para a outra lente que levaremos, uma super angular de 10 a 20mm da marca Sigma. Em comparação com a primeira, esta pega muito mais elementos na foto. Essa categoria de lente se chama super angular. A principal característicade lentes assim, é a baixa milimetragem (geralmente 18 ou menos). Em função disso, você consegue capturar muitos elementos na foto. Por exemplo, se você estiver próximo de uma construção grande e deseja capturar ela inteira na foto, você não vai precisar ficar dando passos para trás (como a maioria das pessoas fazem) porque essa lente vai capturar tudo na foto. 30 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Agora, não é incomum você concluir que uma lente de 10mm não tenha tanta diferença de outra de 18mm, afinal são apenas 8 milímetros de diferença e existem lentes de 100, 200, 400mm, etc. Certo? Errado! Acredite, esses poucos milímetros fazem muita diferença. Principalmente quando falamos de quantidades menores de 18mm, o efeito na foto é gigantesco. À medida que os milímetros das lentes decrescem, você perceberá que a imagem pode também ficar um pouco distorcida. Por exemplo, uma lente de 6mm (que consegue capturar muitas coisas na foto) vai distorcer bastante os cantos da foto. Isso fica especialmente visível nas lentes Fish Eye (Olho de Peixe), onde as fotos ficam quase arredondadas de tão distorcidas. Geralmente, os fotógrafos usam esse efeito como parte da arte na fotografia. 31 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Agora, para a terceira lente que levaremos, uma Canon de 50mm, passamos para outra categoria de lentes. Categoria essa que tanto fotógrafos amadores quanto profissionais adoram pelo valor e qualidade da imagem – as lentes da categoria prime. Ser prime significa, basicamente, que ela não tem variação de milimetragem – ou seja, não tem zoom. 32 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br “Mas por que me limitar a 50mm se posso ter uma lente que vai de 18 até 135mm? Ou 18 à 300mm?” você pode se perguntar. Simples, como lentes assim não possuem variação de milímetros, elas tem menos componentes físicos dentro delas, o que resulta em imagens muito mais nítidas. Então, além de ter o tamanho e peso menores, a principal vantagem é a qualidade da imagem. Essa Canon de 50mm é também uma lente baratíssima, por isso grande parte dos fotógrafos possuem uma. Essa lente específica tem uma abertura de diafragma máxima de f/1.8. Veremos o que essa informação significa mais para frente no curso, mas para que você já fique sabendo: isso permite que você desfoque um dos planos na imagem – ou seja, você pode ter uma pessoa nítida em primeiro plano e o fundo completamente fora de foco, borrado. Como esta é uma lente prime (sem variação de milímetros), se você quiser dar um zoom, terá que fisicamente dar passos para frente ou para trás – o que pode ser um lado negativo da lente. Porém, lembre-se de que você ganha em qualidade. É assim com todas as lentes prime. Ainda usando esse mesmo exemplo da Canon 50mm, existem versões com abertura de diafragma máxima f/1.8, f/1.4 e f/1.2, por exemplo. Quanto menor for esse número, maior será o valor dela. Lembra do que falamos sobre pagar muito para melhorar pouco? Pois bem, esse é um desses casos. Veremos mais sobre isso na parte prática do curso. 33 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Bem, essas serão as 3 principais lentes que levaremos hoje: Canon 18-135mm, Canon 50mm e Sigma 10-20mm. Você verá como as usaremos na prática. Veremos por que o zoom é importante; por que a abertura do diafragma máxima de cada uma é importante e por que uma lente prime pode vir a calhar em determinadas situações. 34 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br DISPARADOR REMOTO Outro equipamento importante é o disparador remoto (shutter release). Ele será muito importante no passo 4, que é o passo da captura. Esse é um acessório bastantes simples, mas que muitos fotógrafos não conseguem fotografar sem. Esse tipo de acessório é muito barato – o valor chega a ser irrisório em comparação com a câmera e lente. A vantagem principal dele vem na hora da captura, quando você o conecta na câmera para fazer a captura efetivamente. O disparador permite que você capture a foto sem precisar tocar na câmera. Um dos momentos em que isso é indispensável, são em fotos de longa exposição, por exemplo. Nesses casos, um movimento mínimo na foto pode deixá-la completamente tremida. Alguns disparadores oferecem funções extras, como o time-lapse. Essa técnica consiste em fazer várias fotos com um período igual de tempo entre elas. Você pode , por exemplo, tirar 1000 fotos com um intervalo de 1 segundo entre cada uma delas e juntá-las como se fosse um vídeo. O efeito é muito legal, tudo parece passar muito mais rápido. Um outro uso comum para os disparadores remotos, é para capturar de fotos de extrema longa exposição, como 30 minutos, 1 hora, 2 horas,… A maioria das câmeras vêm como limitação de 30 segundos apenas. 35 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br FILTROS Outra parte importante do seu arsenal fotográfico são os filtros. Agora veremos a nossa opinião pessoal sobre quais tipos de filtro seriam facilmente descartáveis e quais, de fato, geram resultados interessantes e únicos. Existem muitas categorias deles. Algumas pessoas gostam de usar filtros degradê, para deixar o topo da foto mais escuro e a parte inferior mais clara; filtros para a proteção da lente contra ultravioleta; ou então filtros de cores. Mas a verdade é que esse é o tipo de coisa extremamente fácil de se recriar na pós-produção, logo não usamos nenhum desses filtros. Uma vez que colocamos um efeito desses na foto original no momento da captura, muitas vezes não é possível voltar atrás na pós- produção. Então, você terá mais possibilidades sem eles. Veja, a maioria dos fotógrafos que conhecemos gosta da ideia de usar somente filtros que não podem ser replicados no pós-processamento. Portanto, os filtros que nós realmente gostamos de usar são: filtros de Densidade neutra (ND Filter) e Polarizadores (Polarizer). 36 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O filtro de densidade neutra é uma lâmina escura que vai na frente da sua lente para capturarmos fotos de longa exposição durante o dia. Nesses momentos, como a luz ambiente é abundante, você não iria conseguir tirar uma foto de 5 segundos sem deixá-la completamente branca, por exemplo. Com esse tipo de filtro, você pode deixar o obturador aberto por mais tempo em condições assim. Isso permitirá que você crie efeitos como a fluidez de uma cachoeira, movimentação do mar e por aí vai. 37 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O modelo de filtro de densidade neutra que levaremos conosco nesse dia fotográfico é um LEE BIG STOPPER 100mm. Novamente, não ganhamos nada ao mencionar isso, é apenas uma questão de preferência. Existem verias marcas e modelo, escolha a que preferir. Passando agora para a segunda categoria de filtros que usamos, os polarizadores. Eles funcionam como óculos de sol polarizados para a sua lente. Ou seja, quando aplicados, a maioria dos reflexos desaparecem. Esse efeito é particularmente interessante quando fotografamos cenas que tenham água, pois sem reflexo, o fundo fica mais visível. 38 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O modelo de filtro polarizador que levaremos conosco nesse dia fotográfico é uma LEE CIRCULAR POLARIZER 105mm. 39 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br TRIPÉS Outro equipamento essencial para quem ama fotografia, é o bom e velho tripé. Vamos tirar alguns minutinhos para falar rapidamente sobre alguns aspectos importantes deles. Talvez a situação mais típica onde o uso de um tripé é útil, seria à noite ou quando a luminosidade é baixa. Isso, claro, assumindo que você pretende fotografar sem utilizar o flash. Agora, muitos fotógrafos (nós inclusive) fotografam até mesmo de dia com o tripé para ter total controle sobre o resultado. Abrindo um parênteses rápido sobre flash, você merece saber a nossa honesta opinião sobre eles. Em resumo, não gostamos de usá-los. Para nós, o uso de flash altera demais a luminosidade natural da cena e compromete a beleza natural. Nasfotografias de viagem e paisagem, o flash geralmente não gera um bom resultado. Outra coisa: você nunca conseguirá iluminar uma montanha, por exemplo, com um flash. Porém, por outro lado, isso não quer dizer que você precise descartá-los. O uso do flash pode ser importante em outras situações, e tem fotógrafos que fazem um excelente trabalho dessa forma. Então, para retomar, como falamos há pouco, um tripé é especialmente interessante em situações de baixa luminosidade, já que muito dificilmente você será capaz de segurar a câmera perfeitamente imóvel durante o tempo necessário de exposição (que deverá ser elevado devido a escassez de luz). Além disso, com um tripé você pode manter uma mesma composição por horas, já que ele está apoiado no chão e não vai se mexer. 40 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Agora, quando você pesquisar sobre tripés, verá que a mesma marca tem várias subcategorias e o preços variando de dezenas, até vários milhares de reais. Isso é normal, infelizmente. Vejamos então algumas coisas que ajudarão você a fazer a escolha certa em meio à tantas opções. Um tipo bastante comum de tripé são os de alumínio. Em tripés assim, o que se ganha em estabilidade (por ser pesado), se perde em praticidade e portabilidade. Logo, eles são difíceis de se carregar nas costas quando se viaja ou em trilhas longas. Por outro lado, eles proporcionam fotos extremamente nítidas em situações de vento e tendem a ter valores mais baixo. Já os modelos de fibra de carbono são muito mais leves e muito mais caros também – a marca, material e estrutura física do tripé influenciam muito no preço. Não recomendamos que você compre logo de cara o tripé mais caro que achar, nem o mais barato. Tenha em mente que o propósito principal de um tripé é manter sua câmera estável, então quando você for escolher o seu em alguma loja, verifique se ele fica estável e firme quando armado. Outra vantagem do tripé acontece no Passo 2, que é a composição. Se você colocar seu tripé no chão com a câmera em cima dele, poderá com maior facilidade encontrar a melhor composição e configurar os três pilares com calma, já que a composição não será modificada. O que é muito útil quando você quiser tirar fotos do mesmo lugar em diferentes horários do dia. Levaremos conosco hoje o 055XPROB e o 055CXPRO4, ambos da Manfrotto. Uma marca italiana mundialmente reconhecida pela qualidade. Esses tripés são compostos por duas partes vendidas separadamente: corpo (tripé em si) e cabeça. Você pode comprar a cabeça de outra marca, se quiser. O modelo da cabeça que usaremos é 327RC2. Mas quando você for comprar um tripé e precisar comprar a cabeça separadamente, saiba que isso é normal – apesar de alguns modelos virem com a cabeça já inclusa. 41 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br MOCHILAS Com essa quantidade toda de equipamento, fica impossível levar tudo na mão, não é? Você vai precisar de uma mochila versátil e segura para o transporte do equipamento, principalmente se quiser tirar fotos em viagens. Assim como os outros equipamentos, existem mochilas de vários modelos e tamanhos. Uma mochila de fotógrafo normalmente tem compartimentos específicos para componentes fotográficos. Mas é claro que, se você quiser, pode simplesmente colocar tudo numa sacola e levar. Porém, talvez você queira uma mochila impermeável, leve, e que de acesso fácil e rápido ao seu equipamento. Como exemplo, essa mochila da Manfrotto faz isso. Ela tem um zíper lateral que permite acesso rápido a todo equipamento.” Já essa outra mochila (da Lowepro), que apesar de também ser específica para fotografia, mais parece uma mochila de fazer trilha. Nela você pode colocar o tripé do lado e todo o resto do equipamento nos compartimentos internos. Ela é boa porque disfarça um pouco, sem parecer que é de fotografia. Isso pode ser útil quando se viaja para lugares mais perigosos levando um equipamento caro. 42 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Bem, essas são as nossas mochilas particulares e as usaremos também no dia de hoje, aqui em Curitiba. Elas já nos acompanharam anteriormente na gravação de conteúdos na Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Egito, Grécia, Tailândia, Havaí, Australia e por aí vai. Esse é um tipo de investimento que tende a valer bastante a pena, por ser duradouro. 43 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br INTRODUÇÃO AOS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA Estamos agora quase prontos para partir para o nosso dia de fotografia e começar a parte mais emocionante do curso, que é a prática. Mas antes, é de extrema importância que você entenda como os três pilares da fotografia funcionam e como eles interagem entre si. São eles que vão permitir que você tire fotos bacanas, do jeito que você quiser. Não se preocupe se não entender 100% deles agora, pois mais adiante cada um terá o seu próprio capítulo e usaremos todos na prática muitas vezes ao longo do curso. Queremos começar isso de uma forma bem fácil. Então, vamos lá! Os três pilares são: ISO, Velocidade do Obturador e Abertura do Diafragma. 44 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O ISO é a sensibilidade do sensor, ou seja, quanto menor o ISO, menos sensibilidade o sensor tem. Quanto maior o ISO, maior a sensibilidade. A Velocidade do Obturador é quantidade de tempo que o sensor ficará exposto à luz. Se o obturador abrir e fechar rapidamente, o sensor ficará pouco tempo exposto. Caso a velocidade do obturador for lenta, o sensor ficará aberto por mais tempo e mais luz atingirá o sensor. A Abertura de Diafragma é como se fosse seu olho. Seu olho mais aberto recebe mais luz e tem menos nitidez, e seu olho mais fechado recebe menos luz e terá maior nitidez. Esses três elementos formam um triângulo, e, portanto, estão conectados. Ao alterar qualquer um deles, você impacta os outros. E ajustando os três corretamente, é possível conseguir exposição de luz e nitidez perfeitas para sua imagem. Bem, a fotografia é, essencialmente, uma maneira de gerenciar a luz através desses três pilares. No modo automático a câmera regulará todos eles sozinha, de forma que a exposição fique correta. Mas nós queremos sempre regular essa exposição de maneira manual ao invés de automática. Na sua câmera DSLR, você terá um diagrama parecido com esse. Ele representa o lado escuro e o lado claro da exposição. A quantidade de luz estará correta quando esse ponteiro estiver no meio dessa escala, ou próximo disso. Ela nem sempre estará correta, mas é um ótimo indicativo de que a exposição de luz está boa para aquela situação. 45 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Se o ponteiro estiver mais para o lado escuro, você pode regular um daqueles três elementos para colocar o ponteiro de volta no lugar correto. Lembre-se: esses três pilares são regulagens que você faz para que a quantidade de luz correta entre no sensor e sua foto fique bem exposta. Da mesma maneira, se o ponteiro estiver mais para o lado claro, a foto pode ficar clara demais. Com isso, você poderá perder detalhes da foto e as cores podem ficar muito opacas. Agora pegue seu café para entender como esses pilares são na sua câmera e como eles se relacionam. Tenha em mente que estes valores são os mais comuns e que podem ser diferentes dependendo da marca e modelo da sua câmera. O ISO, por exemplo, vai de 100 até 12800. A Abertura de Diafragma vai de f/1.2 até f/26. F/1.2 significa que a abertura é grande. F/22 significa que a abertura é bem pequena – ou seja, quanto maior o número associado ao “F”, menor o tamanho da abertura do diafragma. Já a Velocidade do Obturador pode ser de 1 segundo sobre 10 (1/10), por exemplo – que é uma velocidade considerada meio lenta. Ou seja, o obturador se abrirá mais lentamente e isso fará com que entre mais luz no sensor. Por outro lado, se a velocidade for de 1 segundo dividido por 5000 (1/5000), ela será muito rápida. Regulando esses três elementos, você pode ter diferentes efeitos na foto:uma foto super nítida; uma foto borrada; uma foto com um borrado somente no fundo com uma pessoa nítida na frente; uma foto escura; uma foto clara; e vários outros efeitos. Tudo será resultado da manipulação dessas três coisas. Isso é fotografia! 46 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Agora vamos imaginar algumas situações de exemplo: O ISO mais baixo deixa o sensor menos sensível à luz. Então, para ambientes claros, você pode colocar um ISO baixo em vez de um ISO alto. O benefício de ter um ISO baixo é que você terá pouco ruído na foto, deixando a foto mais nítida. O ruído (noise - aquele granulado presente às vezes nas fotos) geralmente acontece quando o ISO é muito alto. Então, uma foto à noite com um ISO de 6400 pode até ficar mais clara, mas será também menos nítida. O mesmo acontece com a abertura do diafragma. Numa situação com bastante luz, talvez você não precise de um diafragma com abertura f/1.2, mas sim um f/5.6, ou um pouco mais. Falaremos mais sobre isso no módulo específico. A Velocidade do Obturador é semelhante. Se o dia estiver ensolarado, você provavelmente não usará uma abertura lenta. Isso faria entrar muita luz no sensor e deixaria a foto clara demais. Da mesma maneira, se você deixar a velocidade rápida demais e não tiver luz ambiente, isso faria com que sua foto ficasse mais escura. Suponhamos agora que você queira tirar uma foto propositalmente escura. Como você poderia fazer? Seria necessário colocar o medidor para o lado escuro. Para isso, você poderia colocar um ISO baixo, uma abertura de diafragma pequena e uma velocidade alta de obturador. Isso resultaria em uma sensibilidade muito pequena do sensor, pouca luz entrando na câmera e pouco tempo de exposição do sensor à luz. Agora vamos pensar na situação oposta. Como faríamos para tirar uma foto bem clara? Para isso, seria necessário um ISO bem alto (o que pode gerar bastante ruído), uma abertura do diafragma bem grande (entrando bastante luz no sensor) e uma velocidade baixa de obturador (para que o sensor fique mais tempo exposto à luz). Legal, faz sentido? Lembre-se que isso foi apenas um apanhado geral do assunto para já irmos construindo devagar as bases. Veremos tudo novamente, na prática e com exemplos para facilitar. Seguimos em frente! 47 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br OS MODOS DA CÂMERA Independente da marca da sua câmera, ela oferecerá diversos modos para você capturar suas fotos. A única diferença é que as câmeras mais amadoras apresentam menos modos, enquanto as mais profissionais apresentam mais. No modo manual da sua câmera, você tem total controle sobre as três principais regulagens. É justamente esse modo que será o foco do nosso curso, de forma que você tenha o controle completo nas suas fotos. Lembre-se: você é mais esperto que a câmera! Em muitas situações a câmera não sabe qual é a melhor configuração. Entretanto, vamos falar rapidamente sobre os modos presentes na maioria das marcas. Existem muitos modos para iniciantes (modo modo retrato, landscape, macro, esporte e etc.) que podem ser ignorados. Eles servem somente para aquelas pessoas que não estão verdadeiramente interessadas em fotografia. 48 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br As câmeras costumam também vir com um modo totalmente automático (geralmente simbolizado com um quadrado verde). Nesse modo, ela irá tentar adivinhar qual a melhor exposição para determinada circunstância. A maioria das pessoas fotografam assim e nós absolutamente odiamos esse fato. Achamos que isso é um desperdício de criatividade e potencial. Existem também três outros modos que gostaríamos que você prestasse atenção: AV, TV e Manual - nas Canon; A, S e M - nas Nikon. Estes são modos semi-manuais. Nesta Canon que temos agora em mãos, podemos facilmente achar o modo TV em cima, na rodinha seletora. Esse modo deixa você escolher somente a velocidade do obturador e o ISO. A abertura do diafragma a câmera escolhe automaticamente. Esse modo TV é útil para dar um efeito de movimento nas fotos (aquele efeito de borrão numa cachoeira, por exemplo). Nesse modo, a prioridade é o tempo. Então, quando você quer congelar a imagem ou dar um efeito de movimento, você prioriza o tempo, que é a velocidade do obturador. 49 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O próximo modo é o AV, que é um dos nossos favoritos – costumamos tirar fotos no modo AV ou manual. Em vez de escolher a Velocidade do Obturador como no modo TV, no modo AV você escolhe a abertura do diafragma e o ISO. A velocidade do obturador será controlada automaticamente pela câmera. Esse modo é muito prático e você entenderá melhor os benefícios dele mais para frente. 50 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O modo seguinte é o manual. Esse é o modo que você usará quando estiver fera em fotografia. Nesse modo, você tomará controle total da sua câmera, o que pode ser bem confuso se essa é a primeira que opta por ele – você estará totalmente confortável em lidar com ele depois do nosso curso, relaxe. O desafio do modo manual é justamente deixar a foto perfeita levando em consideração as situações do ambiente – ou seja, uma foto nítida, com um bom balanço de cores e uma boa iluminação. Mas não se desespere! Você ficará muito confortável com todos os modos ao longo do nosso curso. Como dissemos, esses três pilares são tudo o que você precisa saber para conseguir resultados incríveis com suas fotos. Isso é fotografia! 51 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PARADA I – JARDIM BOTÂNICO Vamos agora para a nossa primeira parada dessa mini jornada fotográfica de hoje: o Jardim Botânico de Curitiba. Conforme havíamos combinado, aqui e nas outras duas paradas usaremos os 5 Passos do Cara da Foto Para Fotos Sensacionais, na prática e em sequência, até capturarmos todas nossas fotos. Agora, nessa etapa inicial aqui no Jardim Botânico temos também uma excelente oportunidade para exercitarmos o primeiro grande pilar da fotografia: a abertura do diafragma. Portanto, antes de cairmos direto no Passo 1, faremos uma breve pausa para conversar exclusivamente sobre este pilar. Vamos cobrir tudo o que você precisa saber sobre ele para já começar a usá-lo a seu favor nas fotografias, atingindo resultados verdadeiramente incríveis e individualizados. 52 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: ABERTURA DO DIAFRAGMA Para facilitar o seu entendimento desde já, você pode vincular o conceito de abertura do diafragma da seguinte forma: distribuição do foco. Ou seja, se você quiser uma foto com foco uniforme (tudo em perfeita nitidez), ou desfocar o fundo (blur, depth of field) você está no lugar certo. É aqui nesse pilar que configuramos a câmera para atingir tais efeitos. A abertura do diafragma talvez seja o mais divertido dos pilares. Muitas pessoas quando veem uma foto com o fundo desfocado, por exemplo, imediatamente pensam: “nossa, o cara que bateu essa foto é profissional!”. Então esse é um conceito bacana de se dominar. Você conseguirá passar melhor sua visão artística. Agora, convenhamos, o termo “diafragma” pode parecer muito técnico (e até assustador), mas imagine o diafragma como sendo a pupila do seu olho. Quanto mais dilatada a pupila, maior a entrada de luz. Da mesma maneira, quanto menor a pupila, menor a entrada de luz. E é basicamente assim que funciona o diafragma da sua câmera. 53 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Através do controle desse pilar, você regula a entrada de luz que vai atingir o sensor da sua câmera. E essa alteração também afeta diretamente a distribuição de foco na sua foto, como veremos em instantes. Nada melhor que um exemplo prático para demonstrar o efeito, porém antes disso, você precisa saber como a sua câmera entende essa questão toda de abertura de diafragma. A câmera utiliza uma métrica chamada f-stop para determinar a abertura do diafragma. 54 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.brDigamos que o diafragma esteja configurado em f/1.8. Isso significa que ele estará super aberto. Com uma abertura de f/5.6 o diafragma estará um pouco mais fechado. Já no f/22, o diafragma estará muito fechado. Talvez isso já tenha criado um pouquinho de dúvida na relação de número f-stop e a abertura do diafragma em si, não é? Pode parecer confuso nesse momento, mas no parágrafo seguinte vem a explicação. Por quê quanto menor o f-stop maior é a abertura do diafragma? Porquê esse, na verdade, é número fracionário. Ou seja, quanto maior o divisor (1.8, 2.8, 3.5, 5.6, 22), menor o resultado (f). Dessa forma as aberturas f/1.2, f/1.4, f/1.8, f/2.5 e f/3.5 são consideradas grandes (já que o “f” resultante será maior) e aberturas como f/8, f/11, f/16, f/22 e f/36 são consideradas menores (já que o “f” será menor).Assim como na matemática básica, quanto maior a divisão, menor o resultado. Agora, além da quantidade de luz que vai atingir o sensor da sua câmera, o f-stop também é responsável por um efeito muito legal: o desfoque nas suas fotos (profundidade de campo). Quanto maior o seu “f” (f/1.8, f/2.8, f/3.5), maior o efeito de desfoque; quanto menor o “f” (f/11, f/16, f/22) menor o efeito de desfoque. Normalmente as principais marcas de câmera (Canon, Nikon, Sony, Samsung) trabalham com metodologias e nomenclaturas parecidas para se fazer a gestão do f-stop, como você pode ver na imagem abaixo de uma Canon. 55 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Ð DICA: o modo “AV” nas Canon (“A” nas Nikon) é bastante prático e indicado de se usar em situações onde o principal objetivo é controlar apenas a abertura do diafragma. Como vimos anteriormente, nesse modo você escolhe apenas a abertura desejada e o ISO; a câmera fica encarregada de configurar automaticamente a velocidade do obturador necessária para uma exposição correta de cena. Quando colocamos a câmera nesse modo, ela “esconde” a velocidade do obturador, permitindo que alteremos somente o f-stop e o ISO. Lembrando que cada lente tem uma limitação diferente de f-stop. 56 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Entendido isso, podemos prosseguir com o exemplo prático. Vamos então usar canecas para começar a brincar com a abertura do diafragma. Essas três canecas estão equidistantes umas das outras e posicionadas de forma a facilitar a percepção do efeito. Vamos então entender como você pode afetar o foco (nitidez e profundidade do campo) somente ajustando a abertura do diafragma. Começando por uma abertura grande de f/1.8 e foco nessa caneca da Grécia, obtemos o seguinte resultado. 57 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Dá para ver que a foto saiu perfeitamente nítida somente na caneca desejada, permitindo que você leia todos os detalhes dela. Ao fundo, porém, quase não dá para ler “Cairo”. Já a última caneca, não dá para ler o que está escrito. Esse que é o efeito dia distribuição de foco e profundidade de campo. Conclui-se, portanto, que com a abertura de f/1.8 você terá o foco em uma “fatia” mínima da foto. Ð DICA: Uma abertura de diafragma grande é muito útil para quando se quer tirar fotos artísticas, onde algum ponto da foto esteja fora de foco e outra perfeitamente nítida. Agora vamos fazer a mesma foto usando uma abertura menor, de f/22. Note que mesmo focando na caneca da Grécia, quase tudo fica em perfeito foco. Dá para ler “Greece” na primeira, “Cairo” na segunda e “New Zealand” na terceira. Ou seja, com esse f-stop o foco fica mais bem distribuído entre todas as canecas, já que a “fatia” de foco é muito maior. Ð DICA: Uma abertura de diafragma menor é muito útil para quando se quer tudo em foco, como por exemplo pessoas em frente a uma paisagem distante. Tudo tende a fica com nitidez perfeita em aberturas como f/11, f/13. Agora, usando uma abertura intermediária de f/8.0 por exemplo, obtemos o seguinte resultado. 58 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Dessa vez, com f/8 dá para ver a palavra “Greece” perfeitamente nítida, a palavra “Cairo” está um pouco menos nítida e “New Zealand” está começando a ficar fora de foco. Agora algumas dicas mais avançadas sobre o assunto: cada lente tem uma faixa de abertura de diafragma na qual as fotos serão mais nítidas em comparação com as outras faixas. Isso deve ser testado nas diferentes lentes. De modo geral, a faixa ideal fica à “paradas” acima do f-stop mínimo da sua lente. Então, para ter maior nitidez, use aberturas do diafragma que sejam da “faixa otimizada” da sua lente (geralmente f/7.1 – f/8). Além disso, as fotos costumam ficar menos nítidas no geral usando f-stop extremos (como f/22, f/26) em função do fenômeno chamado de difração, que ocorre quando a entrada de luz é muito pequena, o que afeta negativamente a nitidez. O ideal seria simplesmente testar sua lente. Tire uma foto exatamente igual com vários f-stops diferentes para ver qual te dá mais nitidez. A terceira dica avançada serve para aquelas fotos tiradas à noite com luzes estreladas (ex: fotos em que as luzes dos postes parecem estrelas). Esse é um efeito bacana! Você pode fazer deixando uma abertura de diafragma bem pequena na sua câmera (f/16 – f/22). 59 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br 60 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br PARADA I – JARDIM BOTÂNICO (continuação) Nesse momento, de volta ao Jardim Botânico, vamos tomar o nosso framework de 5 Passos Para Fotografias Sensacionais do Cara Da Foto como guia, começando, obviamente, pelo passo número 1 – enxergar. PASSO 1 - ENXERGAR O objetivo aqui é andar e imaginar o que gostaríamos de capturar na foto, considerando principalmente que nessa primeira parada queremos exercitar a abertura do diafragma. 61 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Vamos, portanto, tentar encontrar um enquadramento que permita algo no primeiro e no segundo plano, para ter aquele efeito de desfoque. O passo 1 consiste justamente nisso: analisar a cena. No caso, pessoas andando, flores, o chafariz e os vários outros elementos que podem compor uma bela foto. Precisamos estar cientes de tudo que a cena oferece e o que queremos capturar. Esse dia de hoje oferece um desafio claro, que são as nuvens e sol forte. É importante se atentar a isso, já que em certos locais aqui da cena podem ter luz demais e outros de menos. Então, se por exemplo queremos enquadrar a estufa e mais um elemento para mostrar como a Abertura de Diafragma funciona, temos que tomar cuidado para que os dois elementos não fiquem com iluminação irregular demais. 62 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Após alguns minutos andando e internalizando a cena através do passo 1, achamos que seria um pecado não fotografar as cores sensacionais da primavera nessas flores que levam até a estufa icônica aqui do parque. Inclusive, fotografando desse ponto em que estamos agora, conseguimos valorizar na composição a simetria e linha guia que as flores formam. Falando em simetria e linhas guias, façamos mais uma breve pausa de alguns minutinhos para explorar essa que é uma das coisas mais importantes da fotografia: a composição! 63 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br COMPOSIÇÃO A composição é verdadeiramente uma das áreas mais importantes de toda a fotografia. Não é por nada que ela vem no passo 2 do framework, logo depois de enxergar. Inclusive, este e o quinto passo (pós-processamento) são mais artísticos ao invés de técnicos. Visando já começar esse módulo do curso com um entendimento fácil e rápido do que seria a composição, entenda ela como sendo o que diferencia uma foto boa de uma foto ruim. É através da composição que você transmitirá para a foto tudo aquilo que você julgar pertinente. Então, se no passo 1 você enxergou os elementos que quer colocar na sua foto, na composição você vai encaixar esses elementos no frame (área da foto) de uma forma que eles valorizem a cena. Ð Uma foto não vai ficar legal se a composição não estiver boa, simplesassim. Por mais que as cores e o pós-processamento estiverem bons. Isso significa que não adianta você ter toda a parte técnica e pecar na artística. 64 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Outro ponto importante nessa etapa é o que falamos anteriormente sobre o “olho fotográfico” ou “olhar fotográfico”. Essa é uma habilidade que evoluirá cada vez mais conforme a sua prática na fotografia. Com o tempo, você passará a enxergar composições usando apenas o seu olho. CRIATIVIDADE O ser humano gosta de ver perspectivas que não são comuns no seu dia a dia. Por exemplo, a Torre Eiffel em Paris já foi fotografada de todas as formas possíveis. Mas você, usando o passo de enxergar e usando técnicas de composição, pode passar uma emoção completamente diferente para quem ver sua foto. Imagine que você deu um super zoom e capturou somente os detalhes da arquitetura da torre, fazendo uma foto abstrata – essa talvez seria uma foto bem diferente da torre. Agora, encontrar a “composição perfeita” é um processo. Dificilmente você vai conseguir fazer tudo funcionar perfeitamente logo na primeira tentativa. É importante tirar várias fotos como testes (modificando uma coisa ou outra, dando um passinho para cá e outro para lá) até encontrar a melhor composição. É assim que os maiores fotógrafos do mundo fazem, acredite. Ð DICA: Exercite a sua criatividade através do experimento e trabalho de outros fotógrafos. A influência pode e deve ser uma grande aliada sua. Como falamos anteriormente, composição além de arte, pode ser entendida como ciência. Existem técnicas e regrinhas que você pode se beneficiar muito ao usar em sua fotografia. E é exatamente sobre algumas delas que falaremos agora. 65 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br TÉCNICA: LINHAS GUIAS Essa é uma das nossas técnicas favoritas de composição, pois atém de extremamente fácil de se usar, é muito poderosa. Basicamente, toda vez que sua foto tiver algum caminho (estrada, cerca, linha de árvores, etc) ou qualquer coisa que leve de um ponto até outro, chamamos de linhas guias. Elas ficam boas em fotos porque essencialmente o ser humano é programado para seguir caminhos. 66 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br A linha guia pode ser algo óbvio ou algo subjetivo. Até mesmo nuvens ou marcações do asfalto podem formar um padrão que aponte para algum lugar e forme uma linha guia. 67 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br TÉCNICA: SIMETRIA Outra regrinha bastante poderosa e básica de composição é a simetria. Simetria, como o nome diz, é a arte de se explorar o lado simétrico das coisas. Simetria é, também, um padrão de beleza atualmente, como podemos ver diariamente na televisão e revistas. Agora, para entendermos a simetria na fotografia, imagine um lago com montanhas atrás. Se o lago estiver perfeitamente parado, sem ondas, a água terá um reflexo bastante evidente, certo? Nesse caso, ao olhar para ele você teria um reflexo simétrico da paisagem toda. Em fotos que explorem essa técnica, é de extrema importância que você posicione tudo exatamente de forma simétrica, com espaços perfeitamente iguais e proporcionais de todos os lados. 68 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Não se engane: uma foto que tenta ser simétrica mas não é, de fato, perfeitamente simétrica é automaticamente classificada como uma foto ruim. Nossos cérebros são muito especialistas em reconhecer padrões e a falta deles também. A simetria existe por tudo no mundo. Você tem infinitas oportunidades para explorar. 69 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br TÉCNICA: REGRA DOS TERÇOS VS. GOLDEN RATIO Outra regra bastante comum é a regra dos terços. Você provavelmente já deve ter escutado algo a respeito. A regra dos terços pode ser entendida como uma simplificação da regra das proporções douradas (também conhecida como golden ratio ou proporções áureas). A regra das proporções douradas é, em sua essência, um padrão de beleza da natureza. Os rostos das pessoas, os cristais de gelo, as montanhas, as Pirâmides do Egito e várias outras coisas são regidas em torno dessa regra natural. Nossos cérebros não precisam pensar muito para saber se algo é belo. Isso acontece por causa dessas regras que já existem nos nossos cérebros e que podem ser aplicadas à fotografia. Para demonstrar a diferença técnica entre a Regra dos Terços e a Golden Ratio, veja como uma foto é dividida conforme a primeira: Agora veja como ela seria dividida com a golden ratio (proporções douradas). 70 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Apesar de serem muito parecidas num primeiro olhar, a diferença prática na fotografia é muito grande. Com o tempo, você vai perceber que a regra das proporções douradas é muito mais poderosa do que a regra dos terços. Isso não quer dizer que você não possa usar a regra dos terços ou que ela seja ruim. Nós preferimos a regra das proporções douradas, mas existem fotógrafos que fazem trabalhos excepcionais usando a regra dos terços – afinal, essa regra é usada até mesmo por profissionais que não são fotógrafos. Se tudo isso está parecendo conversa de maluco – sim, isso é conversa de maluco! É algo muito subjetivo. Apesar de existir uma grande base científica, não tem como entender isso completamente sem colocar em prática. A partir do momento em que você entender como aplicar isso na composição de suas foto, começará também a identificar facilmente fotos que seguem essas regras ou não. Na verdade, você já sabe identificar quando não acha uma foto bonita. Agora você vai entender o porquê e passará a fazer isso conscientemente. Ð Dica: até mesmo os melhores fotógrafos do mundo tiram mais fotos ruins do que boas. Então, se você é iniciante e está tirando algumas fotos ruins, ótimo! Quanto mais fotos ruins você tirar, melhor – isso faz parte do processo. 71 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br O PROCESSO DE SE COMPOR Entendidas essas regrinhas e técnicas, vejamos agora alguns exemplos de fotos nossas demonstrando o que chamamos de “processo de se compor”. Afinal, quase nunca se chega na composição perfeita de primeira, mas sim através de tentativas. Nesse primeiro exemplo, veremos uma sequência de fotos capturadas na África do Sul, perto da Cidade do Cabo. Na primeira delas, perceba que a tentativa foi de capturar a simetria formada pelas casinhas coloridas. Apesar de interessante, a foto estava aquém do que poderia. Então, de volta ao passo 1 (enxergar) para explorar o que mais poderia ser explorado. Já nessa outra, o interesse principal foi a linha guia formada pelas mesmas casinhas levanto até o horizonte. 72 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Continua sendo um resultado interessante, porém não perfeito. Na tentativa seguinte foi tentado “fechar o frame” - preencher mais a foto com o sujeito principal da cena. Uma tentativa válida, porém o caminho não parece ser esse. Em mais um experimento, novamente explorando as linhas guias, ficou claro que o potencial realmente está por aí. 73 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Agora estamos quase lá. Falta pouco para chegar na composição perfeita, usando tanto da simetria quando de linhas guias. Decidida a composição vencedora, dá-se continuidade nos passos até obtermos o resultado final, depois do pós-processamento. Lembre-se: a foto não está finalizada até você processá-la. 74 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Legal! Agora vamos para o segundo exemplo. Uma sequência de fotos capturadas em um vale no estado de Montana, nos Estados Unidos. Os elementos são bonitos, porém talvez uma fotografia na horizontal fosse valorizar mais a cena. Então depois de andar um pouco para um lado e para o outro também, foi percebido que a foto ficaria interessante se aproveitasse mais das linhas guias que as corredeiras faziam. Além disso, o céu poderia ficar melhor se não estivesse exatamente centralizado na foto, mas levemente acima (uns 60% de corredeira,e 40% de céu). 75 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Ð DICA: Na regra das proporções douradas, o horizonte tende a não ficar no centro. Interessante, porém depois de andar mais um pouco para a direita, as linhas da água ficaram mais evidentes e a composição mais interessante. Note que essas fotos foram todas capturadas em longa-exposição, para que as corredeiras ficassem com esse efeito de véu na água. Nessa composição, a parte de baixo da foto ficou quase toda coberta pela corredeira e pelas linhas guias que ela forma. Essas linhas guias levam até o horizonte, que tem um céu fantástico. 76 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Decidida a composição vencedora, dá-se continuidade dos 5 passos até chegar na foto final. Muito melhor, nem se questiona! Agora como terceiro exemplo do processo de se compor, temos outra sequência de fotos. Dessa vez, capturadas em Bali, na Indonésia. O objetivo principal aqui era capturar uma península de pedra que parecia ser digna de uma boa foto. Logo de cara deu para ver que esse tipo de composição não era a melhor. Tudo parece aleatório e sem foco específico. O jeito era tentar tirar um pouco do zoom e ver como ficava. 77 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Pior ainda! Pelo menos após este teste, ficou claro que uma foto mais fechada na península seria melhor. Preencher o frame com coisas interessantes ao invés de muitas áreas chatas e sem importância. A tentativa aqui foi de usar a própria península como uma linha guia, junto com proporções douradas preenchendo o quadrante esquerdo com a parte verde. Um resultado definitivamente melhor. A composição escolhida é, sem dúvidas, essa, então após a continuidade dos 5 passos, obteve-se a seguinte foto final. 78 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Uma foto digna para essa paisagem diferente. Dando continuidade aos nossos exemplos, agora uma sequência de fotos capturadas na Grécia, especificamente no Templo do Apollo em Delphi. Uma cena fantástica! A impressão inicial foi que essa cena seria melhor de se fotografar com a câmera na vertical. Essa era a única premissa, então fotografar novamente valorizando o aspecto da simetria ao posicionar o o templo exatamente no centro da foto, parecia ser uma tentativa válida. 79 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Interessante, porém não tanto quanto poderia. Fazendo uma composição assim abriríamos mão de uma das coisas mais belas da cena: o pôr-do-sol. Quem sabe fotografar do mesmo ponto de antes, porém na horizontal? Bacana! As linhas da base do monumento viraram linhas guias até o horizonte, assim como a montanha vindo da direita. Bingo! Essa composição é campeã. Podemos dar continuidade até chegar na foto final, pós-processada. 80 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Uma foto verdadeiramente esbugalhadora de olhos e que carrega todas as emoções e lembranças do momento vivenciado. Para sempre! Inclusive, nesse tipo de cena é muito bom ter uma lente super angular. Existem situações nas quais você não pode se distanciar muito para conseguir enquadrar tudo da forma que quer. Usando uma lente normal, certamente não seria possível enquadrar todos as pilastras na foto dessa forma. Então, uma lente com menos de 18mm é muito útil para se tirar fotos de grandes estruturas, pois além de enquadrar tudo, ela valoriza bem dando uma sensação de magnitude. Para finalizar a nossa rodada de fotos ilustrando o processo por trás da composição, temos mais uma sequência. Essa, destacando um camelo no Egito. A primeira tentativa não foi muito feliz, pois muitas coisas irrelevantes apareceram na foto e o camelo não tinha o destaque necessário. 81 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Como o objetivo principal dessa foto era capturar o máximo possível do camelo, a próxima foto foi uma tentativa vertical. O pescoço dele acaba formando uma linha guia, mas ainda assim não fechou a composição ideal. Experimentando novamente com a câmera na horizontal, acabou resultando na composição preferida. 82 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Ela ainda usa da linha guia formada pelo pescoço, a cabeça na intersecção das proporções douradas e a linha ao fundo que seria o nosso “horizonte”, não está centralizado. Decidida a composição vencedora, restava processar valorizando também aquilo que a cena tinha de interessante (clima desolado de deserto e muito calor – portanto cores vivas e quentes). Um adendo sobre a golden ratio: você não precisa obrigatoriamente colocar os pontos de interesse nas intersecções; você pode simplesmente colocar os elementos em uma das linhas. No caso, a cabeça toda do camelo na linha da direita. 83 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Já que estamos mostrando um retrato (mesmo que seja de um camelo) vale uma dica extra: nos retratos, é muito importante prestar atenção para onde a pessoa está indo ou para onde ela está olhando. Nesse caso do camelo, ele está praticamente olhando reto, o que gera harmonia na foto. Se o camelo estivesse olhando para fora (direita da foto), ficaria estranho, pois ele estaria olhando para onde acaba a foto. Fica sempre melhor que o personagem olhe para onde tem mais espaço na foto (no caso, esquerda) ou reto para câmera. 84 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Outro ponto importante é que olhos estejam alinhados com o nível da câmera. Veja, caso haja um desnível suave, a foto pode gerar desconforto inconsciente em quem olha. Portanto, recomenda-se que ou alinhe os olhos com o nível da lente, ou deixe-os propositalmente muito fora do nível. 85 http://CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO Agora vamos dar uma olhada e entender o processo da composição por trás de algumas das fotos do nosso portfólio. Fotos estas, que combinam diferentes regras de composição para ficarem mais marcantes e impactantes. - Essa foto foi tirada nas montanhas de Hong Kong, na China. Ela foi eleita uma das melhores fotos de 2015 pela comunidade do www.CaraDaFoto.com.br. A primeira coisa que se nota é o caminho no chão e a cerca, que foram linhas guias até sumirem no centro. Além disso, as rochas e as árvores também levam a um poste que está estrategicamente posicionado próximo a uma intersecção das linhas de interessa da regra das proporções douradas (golden ratio). Nessa foto, portanto, houve uma combinação da golden radio e linhas guias, porém a predominante foi a regra das linhas guia. É uma foto simples, mas que transmite uma carga gigantesca de emoções. Espetacular! - Já essa segunda foto foi feita no interior da Noruega. Para chegar nessa composição, foram exploradas as técnicas da simetria e linhas guias. 86 http://CaraDaFoto.com.br http://www.CaraDaFoto.com.br CaraDaFoto.com.br Note que o barco acaba sendo a principal linha guia, apontando para o centro da foto. Veja também os outros elementos trabalhando em conjunto: caminho de pedras na direita levando até o rio, que leva às montanhas e finalmente ao céu. É uma foto com muitos elementos bonitos, mas que precisavam ser posicionados de forma harmônica através da composição. Se a foto tivesse sido capturada um pouco mais para a esquerda, mais para a direita, mais para baixo ou para cima, o resultado seria confuso, pois esses elementos estariam desconexos. Então, quando se tem muita coisa aparecendo na foto, essas regras ajudam a manter a harmonia. Outra coisa relevante nesta foto, é o fato do horizonte ter sido posicionado 30% ou 40% acima do centro. A parte de baixo é o que realmente domina a foto, tendo o céu como um detalhe. Isso também ajuda no resultado final. - Nessa próxima foto, capturada em Melbourne, na Austrália, estava chovendo bastante então o passo 1 (enxergar) foi essencial para ajudar a identificar potenciais fotos interessantes. Eis que olhando para o chão, haviam várias poças com folhas boiando. Uma cena bonita, que a maioria das pessoas não percebia ao passar
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