Buscar

CURSO DE FOTOGRAFIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 265 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 265 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 265 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.CaraDaFoto.com.br
CARA DA FOTO
 - CURSO DE FOTOGRAFIA 
E PÓS-PROCESSAMENTO 
NA PRÁTICA
Rodrigo Polesso & Ricardo Polesso
CaraDaFoto.com.br
[ ÍNDICE ]
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7
OS 5 PASSOS PARA FOTOGRAFIAS SENSACIONAIS ........................................ 13
PASSO 1 ...................................................................................................... 14
PASSO 2 ...................................................................................................... 16
PASSO 3 ...................................................................................................... 17
PASSO 4 ...................................................................................................... 18
PASSO 5 ...................................................................................................... 19
EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO ........................................................................ 21
CÂMERAS .................................................................................................... 22
LENTES ........................................................................................................ 26
DISPARADOR REMOTO .............................................................................. 35
FILTROS ....................................................................................................... 36
TRIPÉS ......................................................................................................... 40
MOCHILAS .................................................................................................. 42
INTRODUÇÃO AOS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA ............................................. 44
OS MODOS DA CÂMERA ................................................................................... 48
PARADA I – JARDIM BOTÂNICO ........................................................................ 52
OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: ABERTURA DO DIAFRAGMA ....................... 53
PARADA I – JARDIM BOTÂNICO (CONTINUAÇÃO) .......................................... 61
PASSO 1 - ENXERGAR ................................................................................ 61
COMPOSIÇÃO .................................................................................................... 64
3
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
CRIATIVIDADE ............................................................................................. 65
TÉCNICA: LINHAS GUIAS ........................................................................... 66
TÉCNICA: SIMETRIA .................................................................................... 68
TÉCNICA: REGRA DOS TERÇOS VS. GOLDEN RATIO ................................ 70
O PROCESSO DE SE COMPOR ................................................................... 72
ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO ....................................................................... 86
PARADA I – JARDIM BOTÂNICO (CONTINUAÇÃO) .......................................... 92
PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 92
PASSO 3 – CONFIGURAR (RODRIGO) ........................................................ 96
PASSO 4 – CAPTURAR (RODRIGO) ............................................................. 101
PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 105
PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 106
PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 109
TAREFA ........................................................................................................ 113
PARADA II – PRAÇA DO JAPÃO ........................................................................ 114
OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: VELOCIDADE DO OBTURADOR .................. 115
PARADA II – PRAÇA DO JAPÃO (CONTINUAÇÃO) ........................................... 131
PASSO 1 – ENXERGAR (RICARDO) ............................................................. 131
PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 133
PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 135
PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 137
PASSO 1 – ENXERGAR (RODRIGO) ............................................................ 143
PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 143
PASSO 3 E 4 – CONFIGURAR E CAPTURAR (RODRIGO) ............................ 145
TAREFA ........................................................................................................ 158
PARADA III – PARQUE BARIGUI ......................................................................... 159
OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: SENSIBILIDADE DO ISO ............................... 160
4
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PARADA III – PARQUE BARIGUI (CONTINUAÇÃO) ........................................... 167
PASSO 1 – ENXERGAR (RODRIGO) ............................................................ 168
PASSO 2 – COMPOR (RODRIGO) ................................................................ 169
PASSO 3 – CONFIGURAR (RODRIGO) ........................................................ 171
PASSO 4 – CAPTURAR (RODRIGO) ............................................................. 174
PASSO 1 – ENXERGAR (RICARDO) ............................................................. 176
PASSO 2 – COMPOR (RICARDO) ................................................................. 177
PASSO 3 – CONFIGURAR (RICARDO) ......................................................... 179
PASSO 4 – CAPTURAR (RICARDO) .............................................................. 180
TAREFA ........................................................................................................ 181
INTRODUÇÃO AO PÓS-PROCESSAMENTO ...................................................... 182
PÓS-PROCESSAMENTO NA PRÁTICA ............................................................... 193
FOTO 1 – JARDIM BOTÂNICO (RODRIGO) ................................................. 195
CORREÇÃO DE ABERRAÇÕES DE LENTE ..................................................... 195
CONTRASTE TURBO ....................................................................................... 196
REALÇE DE CONTORNOS ............................................................................. 198
FILTRO GRADUADO ....................................................................................... 199
AJUSTE INDIVIDUALIZADO EM CORES ......................................................... 201
NITIDEZ E REMOÇÃO DE RUÍDOS (NOISE) ................................................... 201
REMOÇÃO DE OBJETOS E PESSOAS ........................................................... 202
FOTO 2 – JARDIM BOTÂNICO (RICARDO) ................................................. 205
VIBRAÇÃO DAS CORES .................................................................................. 206
RECORTE E ENDIREITAMENTO ..................................................................... 207
FILTRO RADIAL ................................................................................................ 208
PRESETS .......................................................................................................... 209
FOTO 3 – PRAÇA DO JAPÃO (RICARDO) ................................................... 212
PINCEL DE AJUSTE ......................................................................................... 214
5
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
FOTO 4 – PRAÇA DO JAPÃO (RODRIGO) .................................................. 218
CONVERTENDO PARA PRETO & BRANCO ................................................... 220
TONALIZAÇÃO DIVIDIDA &SÉPIA ................................................................. 221
FOTO 5 – PARQUE BARIGUI (RODRIGO) ................................................... 224
FOTO 6 – PARQUE BARIGUI (RICARDO) ................................................... 229
CONCLUSÃO E PRÓXIMOS PASSOS ................................................................. 235
BÔNUS: COMPARATIVO PRÁTICO DE LENTES ................................................. 237
AUTOFOCO E ESTABILIZADOR DE IMAGEM ............................................. 238
ABERTURA DO DIAFRAGMA ...................................................................... 239
DISTÂNCIA FOCAL ...................................................................................... 241
EXEMPLO: LENTE 18-55MM ....................................................................... 242
EXEMPLO: LENTE 18-135MM ..................................................................... 243
EXEMPLO: LENTE 10-20MM ....................................................................... 246
EXEMPLO: LENTE 50MM ............................................................................ 249
COMPARATIVO PRÁTICO ............................................................................ 251
RECOMENDAÇÃO DO CARA DA FOTO ..................................................... 253
VANTAGENS DO RAW SOBRE O JPG ................................................................ 255
COMPARATIVO PRÁTICO ............................................................................ 257
6
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
[ INTRODUÇÃO ]
Opa! Seja muito bem-vindo(a) e parabéns por estar dentro do Curso de Introdução à 
Fotografia e Pós-processamento na Prática do Cara da Foto. Nós somos Rodrigo e Ricardo 
Polesso, irmãos e fundadores do www.CaraDaFoto.com.br, que acabou se tornando o maior 
site de fotografia, viagem e paisagem em língua portuguesa no mundo todo. Também 
somos autores de outros cursos bestsellers de fotografia, dentre eles o famoso Curso Master 
de Fotografia e Pós-processamento.
Nós dois compartilhamos de uma grande paixão por liberdade, viagens, paisagens e 
fotografia. Acreditamos que viagem e fotografia têm tudo a ver. Hoje em dia, todo mundo 
viaja e fotografa, então poder capturar todos esses momentos especiais de uma forma que 
você realmente goste para poder revisitar aquelas cenas através da sua fotografia é, além de 
muito legal, praticamente uma necessidade.
Nós fomos motivados a criar este curso principalmente pelo fato de muitos materiais 
relacionados a fotografia, internet afora, utilizarem um ensino tradicional, mais quadrado, que 
talvez te leve para um caminho que você não goste. Portanto, neste curso, nós fizemos tudo 
numa levada mais prática, nos apegando ao que realmente faz diferença na prática. Assim, 
você pode começar sua jornada na fotografia já seguindo o caminho mais curto e certeiro 
para fotografias sensacionais e memoráveis, sem ler manuais chatos e independentemente 
de qual for o seu equipamento fotográfico.
Logo no começo do curso você perceberá que nossa didática é bem diferente do que você vê 
por aí. Sinceramente, nós dois aprendemos fotografia de maneira praticamente autodidata, 
mas também seguindo e aprendendo com os melhores fotógrafos do mundo. Durante 
nossos primeiros passos nessa jornada, nos deparamos com uma carga teórica muito grande 
e sentimos falta da prática. Tudo parecia difícil, demorado e complexo demais.
Acreditamos que a fotografia é, acima de tudo, uma arte. Uma arte sensacional demais para 
ser chata e complexa. Ela precisa ser descontraída e divertida. Pensando nisso, decidimos 
criar este curso de introdução da maneira que nós mesmos gostaríamos de ter aprendido, ou 
seja, de uma forma descontraída, informal e tranquila. Queremos mostrar o que realmente 
faz diferença nesse mundo da fotografia, para que você não perca tempo somente com 
teorias, mas passe a dominar a importantíssima prática.
7
http://CaraDaFoto.com.br
http://CaraDaFoto.com.br/master
http://CaraDaFoto.com.br/master
CaraDaFoto.com.br
Que fotografia é uma âncora da memória...
Nós costumamos dizer que fotografia é vida...
8
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Que a fotografia é uma verdadeira máquina do tempo…
Que a fotografia eterniza momentos e possibilita que você 
reviva a mesma experiência sempre que quiser...
9
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
E que talvez o melhor da fotografia, é poder compartilhar isso tudo com as 
pessoas que você mais gosta...
Você pode marcar todo o trajeto de sua história com fotografias carregadas de 
emoção, além de gerar reações únicas nas outras pessoas através dessas fotos...
10
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
E como fotografia é arte, não existe certo ou errado. Você 
tem total liberdade artística para fazer o que quiser.
É por isso que dizemos que uma vida fotografada pode ser revivida.
11
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Nesse Curso de Introdução à Fotografia e Pós-processamento Na 
Prática, queremos que tudo seja uma experiência. O que isso quer dizer, 
é que você já vai começar a ver tudo na prática desde o começo. Nós 
iremos juntos para o campo, passando individualmente por cada um 
dos 5 Passos Para Uma Foto Sensacional do Cara da Foto. Ou seja, não 
vamos somente falar sobre as técnicas e teorias, mas iremos mostrar 
tudo de maneira simples e prática em situações reais e diferentes.
Estruturamos este curso de forma que você se imagine do nosso lado, 
por um dia inteiro, fotografando conosco. Então, começaremos em casa 
nos preparando para sair e depois vamos para o campo, passando por 
três ambientes diferentes, explorando aspectos variados da fotografia 
em cada um deles.
Queremos que você também faça arte com sua câmera!
Aqui você vai aprender também a dizer “não” para sua câmera. Chega 
de seguir a orientação dela nos modos automáticos. Agora você vai parar 
de ser um passageiro e passará a ser o condutor. Você vai comandar 
sua câmera por completo, configurando da maneira que você quer, 
obtendo resultados impressionantes toda vez, sem contar apenas com 
a sorte. Todas as questões técnicas por trás disso serão desmistificadas 
e simplificadas ao longo dos capítulos.
A nossa expectativa é que você já comece a tirar fotos verdadeiramente 
incríveis assim que finalizar o curso.
Estamos muito animados para começar essa mini jornada contigo! 
Mas antes de iniciar a primeira aula do curso, tem uma coisa muito 
importante para ser feita. Entre no site www.CaraDaFoto.com.br e 
coloque seu e-mail no primeiro campo que aparece. Assim, poderemos 
manter contato com você para te mandar um montão de dicas que 
preparamos especialmente para quem nos acompanha.
Com isso, estamos prontos para começar essa experiência. 
Vamos lá?
12
http://CaraDaFoto.com.br
http://www.CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
OS 5 PASSOS 
PARA FOTOGRAFIAS 
SENSACIONAIS
Bem-vindo(a) à primeira parte de sua jornada! Passaremos esse dia fotográfico inteiro juntos, 
para te mostrar tudo na prática, sem esconder o jogo. Agora, antes de sairmos para a rua, 
queremos que desde já você se familiarize com os famoso 5 Passos Para Fotos Sensacionais: 
enxergar, compor, configurar, capturar e processar.
É claro que passaremos por cada um desses passos novamente enquanto estivermos em 
campo. Mas antes disso, vamos falar um pouco sobre cada um deles.
13
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PASSO 1
O primeiro passo é enxergar. Mas o que isso quer dizer? Todo fotógrafo 
consegue enxergar uma cena à sua frente, não é? Correto. Portanto, o que 
queremos dizer com esse passo número um, é que você deve usar o seu olhar 
fotográfico. Queremos que você chegue no local da foto e perceba a cena 
como um todo, sem se esquecer dos detalhes. Logo, podemos perceber que o 
processo de tirar uma foto sensacional começa antes mesmo de você encostar 
na câmera. Quando você começar a desenvolver esse olhar fotográfico, a arte 
realmente começaráa acontecer.
No Cara da Foto nós costumamos brincar dizendo que um dos superpoderes do 
fotógrafo é enxergar numa cena “normal” coisas que a maioria das pessoas não 
enxergam – isso é ter um olhar fotográfico. Ele vai ficar melhor com a prática da 
arte da fotografia, já que você vai saber exatamente o que quer capturar com sua 
foto antes mesmo de tocar no equipamento.
Quando você começar a evoluir, passará a tirar o que chamamos de “fotos 
mentais” através de seu olhar fotográfico. A partir do momento que isso 
acontecer, você verá o mundo ao seu redor de maneira diferente. Tudo vai virar 
foto para você. O olhar fotográfico é essa espécie de “consciência” dentro de 
você.
Agora, os turistas tradicionais geralmente tiram fotos de tudo, 
não é? Muita gente que gosta de fotografia viaja com o olho 
14
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
atrás da câmera e se esquece de simplesmente aproveitar o lugar. Já o 
fotógrafo, gosta de dar um passo para trás e simplesmente olhar a cena. 
Essa é a única maneira de você de fato entender o que quer capturar 
com uma foto. Isso permite que você seja grato pelo simples fato de 
estar ali, presente. Permite também que sua mente perceba o que é 
especial em uma cena. Seu olho se tornará sua melhor câmera e você 
passará a viver de uma outra forma. Ou seja, você enxergará sua vida 
com outros olhos.
Sem dar esse passo para trás e analisar a cena com esse olhar artístico, 
você não vai conseguir capturar uma foto que faça sentido e impressione. 
15
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PASSO 2 
O passo 2 desse framework de 5 passos é compor. Veremos ao longo do curso 
que a composição é onde a arte da fotografia realmente acontece. Acreditamos 
que o que mais diferencia um fotógrafo do outro é como ele captura determinada 
cena, através da composição.
Se durante o passo 1 você decidiu o que gostaria de capturar em uma cena, 
agora no passo 2 você precisa compor a foto considerando isso. O que significa 
que você tem que colocar todos os elementos escolhidos no passo 1, em um 
espaço limitado – que é a foto. E é nesse passo que aplicaremos a arte (e a 
ciência) da composição para chegar em resultados melhores.
Imagine que você está pintando um quadro. Você precisa encaixar na tela todos 
os elementos que você enxerga (ou imagina) de uma maneira que agrade seus 
olhos – e como falamos, existem regrinhas, técnicas e uma ciência por trás disso, 
que veremos mais a frente. 
16
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PASSO 3 
O passo 3 é a configuração. Os passos 1 e 2 são possíveis de serem feitos sem 
câmera, porém agora você precisa dela na sua mão.
Você já enxergou a cena, compôs sua fotografia e agora precisa configurar sua 
câmera para capturar isso da melhor forma possível (usando os três pilares da 
fotografia, que veremos mais para frente, na prática).
O nosso intuito com esse passo é que você não deixe mais a câmera no controle 
(modos automáticos). Afinal, depois de usar sua energia para enxergar uma bela 
foto e decidir a sua composição, não deveria caber à câmera escolher como 
capturar aquele momento. Então, você usará esses três pilares da fotografia para 
chegar ao resultado que quiser.
A técnica fala muito alto durante o passo 3. Ela começará a ser aplicada aqui, e 
no final do curso você já estará ninja em tudo isso. 
17
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PASSO 4 
E é somente no passo 4 que você vai capturar a fotografia de fato. Esse passo 
não se limita a simplesmente apertar o botão da máquina. Usando sua visão, 
composição, os três pilares e acessórios, as possibilidades são infinitas. Portanto, 
nesse passo você vai afunilar suas opções – talvez usando um filtro, um tripé ou 
até mesmo um disparador remoto. Esse passo vai permitir que você atinja vários 
resultados – todos eles únicos – usando a mesma cena.
Se a sua exposição da foto já está correta, mas você quer tirar uma foto contra o 
sol (por exemplo), ou criar um efeito de véu de noiva em uma cachoeira, talvez 
você precise usar uma técnica avançada na câmera para poder capturar essa 
cena. Todas essas técnicas que vão além dos três pilares da fotografia estarão 
presentes no passo 4. 
18
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PASSO 5 
Continuando a nossa jornada pelos 5 passos, chegamos ao último. A outra metade 
do trabalho de um bom fotógrafo é o pós-processamento da foto. O passo 5 é 
justamente processar a foto para que ela não fique somente pela metade. Você 
vai perder muito se pegar as fotos diretamente do cartão de memória e publicar 
sem nenhuma forma de processamento.
Se você fizer isso, perde a oportunidade de colocar sua pitada artística e realmente 
valorizar a cena fotografada. Infelizmente, as câmeras ainda não são tão eficazes 
quanto nossos olhos. Uma foto jamais sairá da sua câmera perfeitamente exposta, 
com a dinâmica de luz como deveria ser ou com as cores tão vivas quanto seus 
olhos viram. É nesse passo 5 que você vai corrigir e ajustar tudo para que os dois 
fiquem o mais parecidos possível, ou ainda criar versões totalmente artísticas.
O pós-processamento é quando você põe sua câmera de lado novamente. A 
intenção aqui é deixar as fotos já capturadas mais próximas da sua idéia original 
lá no passo 1. Talvez você queira deixar a foto em preto e branco, em sépia, ou 
ainda deixar as cores mais vivas e fortes. O que está no cartão de memória é 
apenas a melhor tentativa da sua câmera de capturar o que você enxergou, e isso 
pode deixar muito a desejar.
Apesar deste ser o último passo, não se engane! Ele é tão 
importante quanto os outros quatro passos anteriores, então 
se não houver atuação sua aqui também, tudo desmorona. 
19
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Por isso, vamos mostrar como o pós-processamento na prática, com alguns poucos minutos 
usando técnicas corretas, pode influenciar e muito como as pessoas reagirão às suas fotos.
Veja, acreditamos que 100% das fotos que você captura devem ser processadas. Seria um 
desserviço não fazer isso. No entanto, reconhecemos que esse assunto é quase um tabu. 
Porém, na nossa opinião, uma foto não processada é uma foto aquém do que ela pode ser. 
E é por isso que aqui no curso você vai sentar e botar a mão na massa seguindo algumas das 
principais técnicas que usamos para pós-processar. E a notícia boa, é que você vai adorar 
essa parte!
Bem, esses 5 passos que acabamos de pincelar sobre resumem todo o processo para se tirar 
uma foto sensacional. Novamente, fique tranquilo(a)! Mostraremos cada um deles na prática 
e em situações reais, então tudo ficará perfeitamente claro.
Agora sim, podemos começar a falar um pouco sobre equipamento fotográfico e o que 
levaremos conosco no dia de hoje. Nos vemos no próximo capítulo! 
20
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
EQUIPAMENTO 
FOTOGRÁFICO
Não temos como sair de casa sem nosso equipamento, não é? E como esse é um 
curso de introdução, queremos falar um pouco sobre equipamento fotográfico no 
geral para clarificar algumas das dúvidas mais comuns e cruéis sobre esse assunto 
(que pode ser muito mais complexo do que precisaria ser, de fato). Aqui passaremos 
também por todo o equipamento que usaremos durante o nosso dia de prática.
lembrando que mais adiante no curso você verá tudo em ação, na prática e em 
campo, mas antes de sairmos de casa, vamos ficar na mesma página entendendo 
os pontos principais de cada item que levaremos hoje. 
21
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
CÂMERAS
Qual é o principal equipamento necessário para um fotógrafo? A câmera, 
obviamente! Na verdade, você não precisa de mais nada além de sua câmera 
para fazer belas fotografias. Os demais equipamentos que veremos se tornarão 
necessários quando você começar a evoluir.
Algumas das perguntas mais comuns que recebemos são: “qual é a melhor câmera: 
a X ou a Y?”; “será que essa câmera aqui é boa?”; “será que vou conseguir tirar 
fotos boas com essa outra câmera?”. Veja, a nossa opinião sobre esseassunto é 
um tanto quanto direta e simples: infinitamente mais importante que a câmera, é a 
competência de quem a usa. Logo, de nada adianta você ter a melhor câmera do 
mundo se não a usa corretamente, ou não domina os três pilares da fotografia.
Uma forma interessante de se encarar toda essa questão, é ao invés de focar no valor 
e no modelo, entender primeiro como ela funciona, e se terá plenas condições de 
fazer o que deseja. Isso sim é muito mais importante! Agora, uma recomendação 
nossa é que, independentemente da marca e modelo, a sua câmera permita que 
você ajuste manualmente os três pilares da fotografia: o obturador, o ISO e a 
abertura do diafragma. 
Com isso em mente, talvez a melhor opção nesse caso sejam as câmeras DSLR 
(Digital Single-Lens Reflex). “DSLR” é um nome complicado para descrever as 
câmeras que permitem que você troque as lentes conforme a necessidade. 
22
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Nossas câmeras são DSLRs da marca Canon, modelos 60D e 700D. Elas são 
câmeras de entrada, não são super avançadas nem caríssimas. Isso é uma 
questão de preferência, nada mais. Existem várias marcas e modelos que possuem 
especificações semelhantes e que poderiam atender nossas necessidades. 
Mas não se preocupe muito com marcas. O importante é você poder manipular 
os pilares da fotografia através dela. Todas as câmeras do tipo DSLR com 
certeza possibilitam que você faça isso. Inclusive, esse controle dos pilares é tão 
fundamental que até mesmo várias câmeras de bolso estão começando a permitir. 
Mas, lembrando, a nossa recomendação é que se você realmente quiser elevar a 
sua fotografia para outro nível através do total controle sobre as suas fotos, escolha 
alguma DSLR (ou alguma mirrorless - nova geração, menores, mais leves e sem 
espelho) conforme sua preferência e orçamento. 
23
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Sobre a troca ou upgrade, costumamos recomendar que antes de qualquer coisa, 
tenha certeza de que já está aproveitando ao máximo a sua câmera atual, e caso um 
dia perceba alguma limitação em algum aspecto, aí sim você pode comprar uma 
melhor, com funcionalidades extras ou mais avançadas. Dessa forma você age pela 
necessidade, e não por ilusão. Lembre-se que equipamento caro, não é garantia de 
fotos melhores. A sua competência, por outro lado, sim, resulta em fotos melhores.
Ainda nessa questão, note que a grande maioria do nosso portfólio foi feita com 
câmeras de entrada e lentes kit (as que vieram junto na compra). Acredite, já 
cansamos de ver pessoas que tem tanto equipamento que precisam levar uma mala 
extra só para isso, porém, como resultado, as fotos são muito aquém do esperado. 
Muitas pessoas, inclusive, já riram da nossa cara quando estávamos em campo, 
mundo afora, fotografando com essas câmeras de entrada. Mas a reação é sempre 
a mesma quando vinham espiar no visor: olhos esbugalhados!
Agora, os preços das câmeras variam muito como você já pode ter notado. Por 
isso, é importante conhecer os motivos por trás do preço antes de fazer a escolha. 
Por exemplo, uma câmera talvez seja mais cara por ter Wi-Fi, ou por filmar em 4K. 
Talvez essas sejam coisas que você esteja buscando, talvez não, mas saiba que 
você estará pagando extra por isso. Ou ainda, a câmera X captura 5 fotos por 
segundo, e a Y até 10, o que a torna muito mais cara e superior nesse quesito. 
Será que isso é realmente algo que você procura ou precisa? A mensagem é: 
saiba quais funcionalidades você realmente irá usar e filtre as opções 
a partir delas.
24
http://CaraDaFoto.com.br
https://caradafoto.smugmug.com/Portfolio/
CaraDaFoto.com.br
Outro aspecto importante, é que na fotografia (como em vários outros hobbies) 
você precisa pagar 10 vezes mais para melhorar em 1% no final. Caso você chegue 
num nível que esse 1% vale a pena em comparação ao investimento, ótimo! Isso 
acontece com a maioria das pessoas que seguem a fotografia a sério. Vai chegar 
em um ponto que os mínimos detalhes vão fazer a diferença, mesmo que para a 
maioria das pessoas isso seja imperceptível.
Lembre-se que nesse curso veremos uma grande quantidade de truques, 
segredos e técnicas que possibilitam que você tire o maior resultado possível 
com qualquer câmera.
25
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
LENTES
Uma câmera sozinha não faz nada sem lentes. Logo, o segundo equipamento mais 
importante na fotografia não poderia ser outro, não é?
Agora antes de qualquer coisa, é importante começarmos falando que você não 
deve pagar caro em uma lente achando que ela vai, milagrosamente, habilitar 
você a capturar fotos sensacionais só porque ela foi cara. Dito isso, é claro que 
se você tiver o dinheiro e estiver disposto à investir logo de cara no melhor do 
melhor, ótimo. Isso certamente será bastante útil quando chegar em um nível 
evoluído da arte.
Bom, assim como vimos há pouco na parte das câmeras, aqui também existe um 
universo inteiro à parte de marcas, modelos, tipos, valores e funcionalidades. 
Portanto um bom ponto de partida, são as lentes que acompanharão a gente 
durante o nosso dia fotográfico de hoje.
Vamos começar por uma lente zoom (objetiva) e kit da Canon, a de 18 – 135mm. Essa 
é uma lente baratíssima que já vem com muitos modelos de câmera de entrada. 
Caso você for viajar e precisar levar apenas uma lente para fotografar a maioria das 
cenas que encontrar, essa é uma boa lente para isso. Portanto, além de barata e 
versátil, já acompanha a maioria das câmeras de entrada/intermediárias que você 
vai achar no mercado.
26
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Antes de falarmos sobre as especificações das lentes, se você acabou de comprar 
uma câmera pela primeira vez, isso pode parecer complicado demais num primeiro 
olhar. Os tutoriais disponíveis na internet sobre isso têm grandes chances de 
confundir sua cabeça mais ainda. Esse é um assunto potencialmente complexo e 
que poderíamos falar aqui sobre a parte física, do vidro, da refração e etc. Mas 
fique tranquilo(a), aqui será diferente. O que realmente interessa nessa etapa do 
aprendizado sobre lentes é o que veremos abaixo. 
Mas para conhecimento, façamos um pequeno parênteses para dizer que as lentes 
mais caras normalmente costumam ser mais caras por terem um vidro melhor, 
serem à prova de água, abertura do diafragma fixa e/ou bastante grande, controles 
melhores, motor de foco mais rápido, etc. Porém, como prometido, passaremos a 
parte mais simples e que fará mais sentido agora para você.
Bem, afinal, o que você realmente precisa saber para comprar uma lente? 
Primeiramente, o essencial é entender o que significam os milímetros. 
De forma clara, isso significa o seguinte: quanto menor a milimetragem da lente, 
mais elementos você pegará na foto (lentes mais angulares). Quanto mais milímetros, 
menos elementos você pegará na foto (lentes mais objetivas). Veja a demonstração.
27
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br 28
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br 29
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Caso você queira comprar uma lente diferente da sua, vai uma dica: nós não 
compramos lentes que tenham uma variação muito grande em milímetros. Como 
referência, a que apresentamos acima já tem uma boa variação (de 18 a 135mm). 
Existem lentes que vão de 18 a 300mm, por exemplo. Essas lentes com grande 
variação nos milímetros tendem a impactar negativamente nas suas fotos em função 
de distorções. Pense bem – porque não comprar uma lente que vai de 1 a 1000mm 
caso existisse? Justamente por causa dessas distorções.
Em segundo lugar, outra coisa que normalmente encarece uma lente é a abertura 
do diafragma. Cada lente tem uma abertura mínima e máxima do diafragma. Mas 
aprenderemos mais sobre isso em breve.
Partindo para a outra lente que levaremos, uma super angular de 10 a 20mm da 
marca Sigma. 
Em comparação com a primeira, esta pega muito mais elementos na foto. Essa 
categoria de lente se chama super angular. A principal característicade lentes 
assim, é a baixa milimetragem (geralmente 18 ou menos). Em função disso, você 
consegue capturar muitos elementos na foto. Por exemplo, se você estiver próximo 
de uma construção grande e deseja capturar ela inteira na foto, você não vai precisar 
ficar dando passos para trás (como a maioria das pessoas fazem) porque essa lente 
vai capturar tudo na foto. 
30
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Agora, não é incomum você concluir que uma lente de 10mm não tenha tanta 
diferença de outra de 18mm, afinal são apenas 8 milímetros de diferença e existem 
lentes de 100, 200, 400mm, etc. Certo? Errado! Acredite, esses poucos milímetros 
fazem muita diferença. Principalmente quando falamos de quantidades menores 
de 18mm, o efeito na foto é gigantesco.
À medida que os milímetros das lentes decrescem, você perceberá que a imagem 
pode também ficar um pouco distorcida. Por exemplo, uma lente de 6mm (que 
consegue capturar muitas coisas na foto) vai distorcer bastante os cantos da foto. 
Isso fica especialmente visível nas lentes Fish Eye (Olho de Peixe), onde as fotos 
ficam quase arredondadas de tão distorcidas. Geralmente, os fotógrafos usam esse 
efeito como parte da arte na fotografia.
31
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Agora, para a terceira lente que levaremos, uma Canon de 50mm, passamos para 
outra categoria de lentes. Categoria essa que tanto fotógrafos amadores quanto 
profissionais adoram pelo valor e qualidade da imagem – as lentes da categoria 
prime. Ser prime significa, basicamente, que ela não tem variação de milimetragem 
– ou seja, não tem zoom. 
32
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
“Mas por que me limitar a 50mm se posso ter uma lente que vai de 18 até 
135mm? Ou 18 à 300mm?” você pode se perguntar. Simples, como lentes assim 
não possuem variação de milímetros, elas tem menos componentes físicos dentro 
delas, o que resulta em imagens muito mais nítidas. Então, além de ter o tamanho 
e peso menores, a principal vantagem é a qualidade da imagem. Essa Canon de 
50mm é também uma lente baratíssima, por isso grande parte dos fotógrafos 
possuem uma.
Essa lente específica tem uma abertura de diafragma máxima de f/1.8. Veremos o 
que essa informação significa mais para frente no curso, mas para que você já fique 
sabendo: isso permite que você desfoque um dos planos na imagem – ou seja, 
você pode ter uma pessoa nítida em primeiro plano e o fundo completamente fora 
de foco, borrado.
Como esta é uma lente prime (sem variação de milímetros), se você quiser dar um 
zoom, terá que fisicamente dar passos para frente ou para trás – o que pode ser 
um lado negativo da lente. Porém, lembre-se de que você ganha em qualidade. É 
assim com todas as lentes prime.
Ainda usando esse mesmo exemplo da Canon 50mm, existem versões com 
abertura de diafragma máxima f/1.8, f/1.4 e f/1.2, por exemplo. Quanto menor for 
esse número, maior será o valor dela. Lembra do que falamos sobre pagar muito 
para melhorar pouco? Pois bem, esse é um desses casos. Veremos mais 
sobre isso na parte prática do curso.
33
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Bem, essas serão as 3 principais lentes que levaremos hoje: Canon 18-135mm, 
Canon 50mm e Sigma 10-20mm. Você verá como as usaremos na prática. 
Veremos por que o zoom é importante; por que a abertura do diafragma 
máxima de cada uma é importante e por que uma lente prime pode vir a calhar 
em determinadas situações.
34
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
DISPARADOR REMOTO
Outro equipamento importante é o disparador remoto (shutter release). Ele será 
muito importante no passo 4, que é o passo da captura.
Esse é um acessório bastantes simples, mas que muitos fotógrafos não conseguem 
fotografar sem. Esse tipo de acessório é muito barato – o valor chega a ser irrisório 
em comparação com a câmera e lente. A vantagem principal dele vem na hora 
da captura, quando você o conecta na câmera para fazer a captura efetivamente. 
O disparador permite que você capture a foto sem precisar tocar na câmera. Um 
dos momentos em que isso é indispensável, são em fotos de longa exposição, 
por exemplo. Nesses casos, um movimento mínimo na foto pode deixá-la 
completamente tremida.
Alguns disparadores oferecem funções extras, como o time-lapse. Essa técnica 
consiste em fazer várias fotos com um período igual de tempo entre elas. Você 
pode , por exemplo, tirar 1000 fotos com um intervalo de 1 segundo entre cada 
uma delas e juntá-las como se fosse um vídeo. O efeito é muito legal, tudo parece 
passar muito mais rápido. 
Um outro uso comum para os disparadores remotos, é para capturar 
de fotos de extrema longa exposição, como 30 minutos, 1 hora, 
2 horas,… A maioria das câmeras vêm como limitação de 30 
segundos apenas.
35
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
FILTROS
Outra parte importante do seu arsenal fotográfico são os filtros. Agora veremos a 
nossa opinião pessoal sobre quais tipos de filtro seriam facilmente descartáveis e 
quais, de fato, geram resultados interessantes e únicos.
Existem muitas categorias deles. Algumas pessoas gostam de usar filtros degradê, 
para deixar o topo da foto mais escuro e a parte inferior mais clara; filtros para a 
proteção da lente contra ultravioleta; ou então filtros de cores. Mas a verdade é que 
esse é o tipo de coisa extremamente fácil de se recriar na pós-produção, logo não 
usamos nenhum desses filtros. Uma vez que colocamos um efeito desses na foto 
original no momento da captura, muitas vezes não é possível voltar atrás na pós-
produção. Então, você terá mais possibilidades sem eles.
Veja, a maioria dos fotógrafos que conhecemos gosta da ideia de usar somente 
filtros que não podem ser replicados no pós-processamento. Portanto, os filtros 
que nós realmente gostamos de usar são: filtros de Densidade neutra (ND Filter) 
e Polarizadores (Polarizer).
36
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O filtro de densidade neutra é uma lâmina escura que vai na frente da sua lente para 
capturarmos fotos de longa exposição durante o dia. Nesses momentos, como a luz 
ambiente é abundante, você não iria conseguir tirar uma foto de 5 segundos sem 
deixá-la completamente branca, por exemplo. Com esse tipo de filtro, você pode 
deixar o obturador aberto por mais tempo em condições assim. Isso permitirá que 
você crie efeitos como a fluidez de uma cachoeira, movimentação do mar e por aí vai.
37
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O modelo de filtro de densidade neutra que levaremos conosco nesse dia 
fotográfico é um LEE BIG STOPPER 100mm. Novamente, não ganhamos nada 
ao mencionar isso, é apenas uma questão de preferência. Existem verias marcas e 
modelo, escolha a que preferir.
Passando agora para a segunda categoria de filtros que usamos, os polarizadores. 
Eles funcionam como óculos de sol polarizados para a sua lente. Ou seja, quando 
aplicados, a maioria dos reflexos desaparecem. Esse efeito é particularmente 
interessante quando fotografamos cenas que tenham água, pois sem reflexo, o 
fundo fica mais visível. 
38
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O modelo de filtro polarizador que levaremos conosco nesse dia fotográfico é uma 
LEE CIRCULAR POLARIZER 105mm.
39
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
TRIPÉS
Outro equipamento essencial para quem ama fotografia, é o bom e velho tripé. 
Vamos tirar alguns minutinhos para falar rapidamente sobre alguns aspectos 
importantes deles.
Talvez a situação mais típica onde o uso de um tripé é útil, seria à noite ou quando 
a luminosidade é baixa. Isso, claro, assumindo que você pretende fotografar sem 
utilizar o flash. Agora, muitos fotógrafos (nós inclusive) fotografam até mesmo de 
dia com o tripé para ter total controle sobre o resultado.
Abrindo um parênteses rápido sobre flash, você merece saber a nossa honesta 
opinião sobre eles. Em resumo, não gostamos de usá-los. Para nós, o uso de flash 
altera demais a luminosidade natural da cena e compromete a beleza natural. Nasfotografias de viagem e paisagem, o flash geralmente não gera um bom resultado. 
Outra coisa: você nunca conseguirá iluminar uma montanha, por exemplo, com um 
flash. Porém, por outro lado, isso não quer dizer que você precise descartá-los. O 
uso do flash pode ser importante em outras situações, e tem fotógrafos que fazem 
um excelente trabalho dessa forma.
Então, para retomar, como falamos há pouco, um tripé é especialmente interessante 
em situações de baixa luminosidade, já que muito dificilmente você será capaz de 
segurar a câmera perfeitamente imóvel durante o tempo necessário de exposição 
(que deverá ser elevado devido a escassez de luz). Além disso, com um tripé você 
pode manter uma mesma composição por horas, já que ele está apoiado no chão 
e não vai se mexer. 
40
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Agora, quando você pesquisar sobre tripés, verá que a mesma marca tem várias 
subcategorias e o preços variando de dezenas, até vários milhares de reais. Isso é 
normal, infelizmente. Vejamos então algumas coisas que ajudarão você a fazer a 
escolha certa em meio à tantas opções.
Um tipo bastante comum de tripé são os de alumínio. Em tripés assim, o que se 
ganha em estabilidade (por ser pesado), se perde em praticidade e portabilidade. 
Logo, eles são difíceis de se carregar nas costas quando se viaja ou em trilhas longas. 
Por outro lado, eles proporcionam fotos extremamente nítidas em situações de 
vento e tendem a ter valores mais baixo.
Já os modelos de fibra de carbono são muito mais leves e muito mais caros também 
– a marca, material e estrutura física do tripé influenciam muito no preço. Não 
recomendamos que você compre logo de cara o tripé mais caro que achar, nem o 
mais barato. Tenha em mente que o propósito principal de um tripé é manter sua 
câmera estável, então quando você for escolher o seu em alguma loja, verifique se 
ele fica estável e firme quando armado.
Outra vantagem do tripé acontece no Passo 2, que é a composição. Se você 
colocar seu tripé no chão com a câmera em cima dele, poderá com maior 
facilidade encontrar a melhor composição e configurar os três pilares com calma, 
já que a composição não será modificada. O que é muito útil quando você quiser 
tirar fotos do mesmo lugar em diferentes horários do dia.
Levaremos conosco hoje o 055XPROB e o 055CXPRO4, ambos da Manfrotto. 
Uma marca italiana mundialmente reconhecida pela qualidade. Esses tripés são 
compostos por duas partes vendidas separadamente: corpo (tripé em si) e cabeça. 
Você pode comprar a cabeça de outra marca, se quiser. O modelo da cabeça que 
usaremos é 327RC2. Mas quando você for comprar um tripé e precisar comprar a 
cabeça separadamente, saiba que isso é normal – apesar de alguns modelos virem 
com a cabeça já inclusa.
41
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
MOCHILAS
Com essa quantidade toda de equipamento, fica impossível levar tudo na mão, 
não é? Você vai precisar de uma mochila versátil e segura para o transporte do 
equipamento, principalmente se quiser tirar fotos em viagens.
Assim como os outros equipamentos, existem mochilas de vários modelos 
e tamanhos. Uma mochila de fotógrafo normalmente tem compartimentos 
específicos para componentes fotográficos. Mas é claro que, se você quiser, 
pode simplesmente colocar tudo numa sacola e levar. Porém, talvez você 
queira uma mochila impermeável, leve, e que de acesso fácil e rápido ao seu 
equipamento. Como exemplo, essa mochila da Manfrotto faz isso. Ela tem um 
zíper lateral que permite acesso rápido a todo equipamento.” 
Já essa outra mochila (da Lowepro), que apesar de também ser específica para 
fotografia, mais parece uma mochila de fazer trilha. Nela você pode colocar o tripé 
do lado e todo o resto do equipamento nos compartimentos internos. Ela é boa 
porque disfarça um pouco, sem parecer que é de fotografia. Isso pode ser útil 
quando se viaja para lugares mais perigosos levando um equipamento caro.
42
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Bem, essas são as nossas mochilas particulares e as usaremos também no dia de 
hoje, aqui em Curitiba. Elas já nos acompanharam anteriormente na gravação de 
conteúdos na Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Egito, Grécia, Tailândia, Havaí, 
Australia e por aí vai. Esse é um tipo de investimento que tende a valer bastante a 
pena, por ser duradouro.
43
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
INTRODUÇÃO 
AOS 3 PILARES 
DA FOTOGRAFIA
Estamos agora quase prontos para partir para o nosso dia de fotografia e começar 
a parte mais emocionante do curso, que é a prática. Mas antes, é de extrema 
importância que você entenda como os três pilares da fotografia funcionam e 
como eles interagem entre si. São eles que vão permitir que você tire fotos bacanas, 
do jeito que você quiser. 
Não se preocupe se não entender 100% deles agora, pois mais adiante cada um terá 
o seu próprio capítulo e usaremos todos na prática muitas vezes ao longo do curso. 
Queremos começar isso de uma forma bem fácil. Então, vamos lá! 
Os três pilares são: ISO, Velocidade do Obturador e Abertura do 
Diafragma. 
44
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O ISO é a sensibilidade do sensor, ou seja, quanto menor o ISO, menos sensibilidade 
o sensor tem. Quanto maior o ISO, maior a sensibilidade.
A Velocidade do Obturador é quantidade de tempo que o sensor ficará exposto 
à luz. Se o obturador abrir e fechar rapidamente, o sensor ficará pouco tempo 
exposto. Caso a velocidade do obturador for lenta, o sensor ficará aberto por mais 
tempo e mais luz atingirá o sensor.
A Abertura de Diafragma é como se fosse seu olho. Seu olho mais aberto recebe 
mais luz e tem menos nitidez, e seu olho mais fechado recebe menos luz e terá 
maior nitidez.
Esses três elementos formam um triângulo, e, portanto, estão conectados. Ao alterar 
qualquer um deles, você impacta os outros. E ajustando os três corretamente, é 
possível conseguir exposição de luz e nitidez perfeitas para sua imagem.
Bem, a fotografia é, essencialmente, uma maneira de gerenciar a luz através desses 
três pilares. No modo automático a câmera regulará todos eles sozinha, de forma 
que a exposição fique correta. Mas nós queremos sempre regular essa exposição 
de maneira manual ao invés de automática.
Na sua câmera DSLR, você terá um diagrama parecido com esse. Ele representa 
o lado escuro e o lado claro da exposição. A quantidade de luz estará correta 
quando esse ponteiro estiver no meio dessa escala, ou próximo disso. 
Ela nem sempre estará correta, mas é um ótimo indicativo de que a 
exposição de luz está boa para aquela situação. 
45
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Se o ponteiro estiver mais para o lado escuro, você pode regular um daqueles três 
elementos para colocar o ponteiro de volta no lugar correto. Lembre-se: esses 
três pilares são regulagens que você faz para que a quantidade de luz correta 
entre no sensor e sua foto fique bem exposta. Da mesma maneira, se o ponteiro 
estiver mais para o lado claro, a foto pode ficar clara demais. Com isso, você 
poderá perder detalhes da foto e as cores podem ficar muito opacas.
Agora pegue seu café para entender como esses pilares são na sua câmera e como 
eles se relacionam. Tenha em mente que estes valores são os mais comuns e que 
podem ser diferentes dependendo da marca e modelo da sua câmera.
O ISO, por exemplo, vai de 100 até 12800. 
A Abertura de Diafragma vai de f/1.2 até f/26. F/1.2 significa que a abertura é 
grande. F/22 significa que a abertura é bem pequena – ou seja, quanto maior o 
número associado ao “F”, menor o tamanho da abertura do diafragma.
Já a Velocidade do Obturador pode ser de 1 segundo sobre 10 (1/10), por exemplo 
– que é uma velocidade considerada meio lenta. Ou seja, o obturador se abrirá 
mais lentamente e isso fará com que entre mais luz no sensor. Por outro lado, se a 
velocidade for de 1 segundo dividido por 5000 (1/5000), ela será muito rápida.
Regulando esses três elementos, você pode ter diferentes efeitos na foto:uma 
foto super nítida; uma foto borrada; uma foto com um borrado somente no 
fundo com uma pessoa nítida na frente; uma foto escura; uma foto 
clara; e vários outros efeitos. Tudo será resultado da manipulação 
dessas três coisas. Isso é fotografia!
46
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Agora vamos imaginar algumas situações de exemplo:
O ISO mais baixo deixa o sensor menos sensível à luz. Então, para ambientes claros, 
você pode colocar um ISO baixo em vez de um ISO alto. O benefício de ter um ISO 
baixo é que você terá pouco ruído na foto, deixando a foto mais nítida.
O ruído (noise - aquele granulado presente às vezes nas fotos) geralmente acontece 
quando o ISO é muito alto. Então, uma foto à noite com um ISO de 6400 pode até 
ficar mais clara, mas será também menos nítida.
O mesmo acontece com a abertura do diafragma. Numa situação com bastante luz, 
talvez você não precise de um diafragma com abertura f/1.2, mas sim um f/5.6, ou 
um pouco mais. Falaremos mais sobre isso no módulo específico.
A Velocidade do Obturador é semelhante. Se o dia estiver ensolarado, você 
provavelmente não usará uma abertura lenta. Isso faria entrar muita luz no sensor e 
deixaria a foto clara demais. Da mesma maneira, se você deixar a velocidade rápida 
demais e não tiver luz ambiente, isso faria com que sua foto ficasse mais escura.
Suponhamos agora que você queira tirar uma foto propositalmente escura. Como 
você poderia fazer? Seria necessário colocar o medidor para o lado escuro. Para 
isso, você poderia colocar um ISO baixo, uma abertura de diafragma pequena 
e uma velocidade alta de obturador. Isso resultaria em uma sensibilidade muito 
pequena do sensor, pouca luz entrando na câmera e pouco tempo de exposição 
do sensor à luz.
Agora vamos pensar na situação oposta. Como faríamos para tirar uma foto bem 
clara? Para isso, seria necessário um ISO bem alto (o que pode gerar bastante ruído), 
uma abertura do diafragma bem grande (entrando bastante luz no sensor) e uma 
velocidade baixa de obturador (para que o sensor fique mais tempo exposto à luz).
Legal, faz sentido? Lembre-se que isso foi apenas um apanhado geral do assunto 
para já irmos construindo devagar as bases. Veremos tudo novamente, na prática e 
com exemplos para facilitar. Seguimos em frente! 
47
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
OS MODOS 
DA CÂMERA
Independente da marca da sua câmera, ela oferecerá diversos modos para você 
capturar suas fotos. A única diferença é que as câmeras mais amadoras apresentam 
menos modos, enquanto as mais profissionais apresentam mais. 
No modo manual da sua câmera, você tem total controle sobre as três principais 
regulagens. É justamente esse modo que será o foco do nosso curso, de forma que 
você tenha o controle completo nas suas fotos. Lembre-se: você é mais esperto que 
a câmera! Em muitas situações a câmera não sabe qual é a melhor configuração.
Entretanto, vamos falar rapidamente sobre os modos presentes na maioria das 
marcas. Existem muitos modos para iniciantes (modo modo retrato, 
landscape, macro, esporte e etc.) que podem ser ignorados. 
Eles servem somente para aquelas pessoas que não estão 
verdadeiramente interessadas em fotografia.
48
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
As câmeras costumam também vir com um modo totalmente automático 
(geralmente simbolizado com um quadrado verde). Nesse modo, ela irá tentar 
adivinhar qual a melhor exposição para determinada circunstância. A maioria 
das pessoas fotografam assim e nós absolutamente odiamos esse fato. 
Achamos que isso é um desperdício de criatividade e potencial.
Existem também três outros modos que gostaríamos que você prestasse atenção: 
AV, TV e Manual - nas Canon; A, S e M - nas Nikon. Estes são modos semi-manuais.
Nesta Canon que temos agora em mãos, podemos facilmente achar o modo TV em 
cima, na rodinha seletora. Esse modo deixa você escolher somente a velocidade do 
obturador e o ISO. A abertura do diafragma a câmera escolhe automaticamente. 
Esse modo TV é útil para dar um efeito de movimento nas fotos (aquele efeito 
de borrão numa cachoeira, por exemplo). Nesse modo, a prioridade é o tempo. 
Então, quando você quer congelar a imagem ou dar um efeito de movimento, você 
prioriza o tempo, que é a velocidade do obturador.
49
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O próximo modo é o AV, que é um dos nossos favoritos – costumamos tirar fotos 
no modo AV ou manual. Em vez de escolher a Velocidade do Obturador como no 
modo TV, no modo AV você escolhe a abertura do diafragma e o ISO. A velocidade 
do obturador será controlada automaticamente pela câmera. Esse modo é muito 
prático e você entenderá melhor os benefícios dele mais para frente.
50
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O modo seguinte é o manual. Esse é o modo que você usará quando estiver fera 
em fotografia. Nesse modo, você tomará controle total da sua câmera, o que pode 
ser bem confuso se essa é a primeira que opta por ele – você estará totalmente 
confortável em lidar com ele depois do nosso curso, relaxe.
O desafio do modo manual é justamente deixar a foto perfeita levando em 
consideração as situações do ambiente – ou seja, uma foto nítida, com um bom 
balanço de cores e uma boa iluminação. Mas não se desespere! Você ficará muito 
confortável com todos os modos ao longo do nosso curso. Como dissemos, esses 
três pilares são tudo o que você precisa saber para conseguir resultados incríveis 
com suas fotos.
Isso é fotografia!
51
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PARADA I – 
JARDIM BOTÂNICO
Vamos agora para a nossa primeira parada dessa mini jornada fotográfica de hoje: 
o Jardim Botânico de Curitiba.
Conforme havíamos combinado, aqui e nas outras duas paradas usaremos os 5 
Passos do Cara da Foto Para Fotos Sensacionais, na prática e em sequência, até 
capturarmos todas nossas fotos.
Agora, nessa etapa inicial aqui no Jardim Botânico temos também uma excelente 
oportunidade para exercitarmos o primeiro grande pilar da fotografia: a abertura 
do diafragma. Portanto, antes de cairmos direto no Passo 1, faremos uma breve 
pausa para conversar exclusivamente sobre este pilar. Vamos cobrir tudo o que você 
precisa saber sobre ele para já começar a usá-lo a seu favor nas fotografias, 
atingindo resultados verdadeiramente incríveis e individualizados.
52
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA: 
ABERTURA DO DIAFRAGMA 
Para facilitar o seu entendimento desde já, você pode vincular o conceito de 
abertura do diafragma da seguinte forma: distribuição do foco. Ou seja, se você 
quiser uma foto com foco uniforme (tudo em perfeita nitidez), ou desfocar o fundo 
(blur, depth of field) você está no lugar certo. É aqui nesse pilar que configuramos 
a câmera para atingir tais efeitos.
A abertura do diafragma talvez seja o mais divertido dos pilares. Muitas pessoas 
quando veem uma foto com o fundo desfocado, por exemplo, imediatamente 
pensam: “nossa, o cara que bateu essa foto é profissional!”. Então esse é um 
conceito bacana de se dominar. Você conseguirá passar melhor sua visão artística.
Agora, convenhamos, o termo “diafragma” pode parecer muito técnico (e até 
assustador), mas imagine o diafragma como sendo a pupila do seu olho. 
Quanto mais dilatada a pupila, maior a entrada de luz. Da mesma 
maneira, quanto menor a pupila, menor a entrada de luz. E é 
basicamente assim que funciona o diafragma da sua câmera. 
53
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Através do controle desse pilar, você regula a entrada de luz que vai atingir o sensor 
da sua câmera. E essa alteração também afeta diretamente a distribuição de foco 
na sua foto, como veremos em instantes.
Nada melhor que um exemplo prático para demonstrar o efeito, porém antes disso, 
você precisa saber como a sua câmera entende essa questão toda de abertura de 
diafragma. A câmera utiliza uma métrica chamada f-stop para determinar a abertura 
do diafragma. 
54
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.brDigamos que o diafragma esteja configurado em f/1.8. Isso significa que ele estará 
super aberto. Com uma abertura de f/5.6 o diafragma estará um pouco mais 
fechado. Já no f/22, o diafragma estará muito fechado. Talvez isso já tenha criado 
um pouquinho de dúvida na relação de número f-stop e a abertura do diafragma 
em si, não é? Pode parecer confuso nesse momento, mas no parágrafo seguinte 
vem a explicação.
Por quê quanto menor o f-stop maior é a abertura do diafragma? Porquê esse, na 
verdade, é número fracionário. Ou seja, quanto maior o divisor (1.8, 2.8, 3.5, 5.6, 22), 
menor o resultado (f). Dessa forma as aberturas f/1.2, f/1.4, f/1.8, f/2.5 e f/3.5 são 
consideradas grandes (já que o “f” resultante será maior) e aberturas como f/8, f/11, 
f/16, f/22 e f/36 são consideradas menores (já que o “f” será menor).Assim como na 
matemática básica, quanto maior a divisão, menor o resultado. 
Agora, além da quantidade de luz que vai atingir o sensor da sua câmera, o f-stop 
também é responsável por um efeito muito legal: o desfoque nas suas fotos 
(profundidade de campo). Quanto maior o seu “f” (f/1.8, f/2.8, f/3.5), maior o efeito 
de desfoque; quanto menor o “f” (f/11, f/16, f/22) menor o efeito de desfoque.
Normalmente as principais marcas de câmera (Canon, Nikon, Sony, Samsung) 
trabalham com metodologias e nomenclaturas parecidas para se fazer a gestão do 
f-stop, como você pode ver na imagem abaixo de uma Canon.
55
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
 Ð DICA: o modo “AV” nas Canon (“A” nas Nikon) é bastante prático e indicado de 
se usar em situações onde o principal objetivo é controlar apenas a abertura do 
diafragma. Como vimos anteriormente, nesse modo você escolhe apenas a abertura 
desejada e o ISO; a câmera fica encarregada de configurar automaticamente a 
velocidade do obturador necessária para uma exposição correta de cena. Quando 
colocamos a câmera nesse modo, ela “esconde” a velocidade do obturador, 
permitindo que alteremos somente o f-stop e o ISO. Lembrando que cada lente 
tem uma limitação diferente de f-stop.
56
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Entendido isso, podemos prosseguir com o exemplo prático. Vamos então usar 
canecas para começar a brincar com a abertura do diafragma. Essas três canecas 
estão equidistantes umas das outras e posicionadas de forma a facilitar a percepção 
do efeito. 
Vamos então entender como você pode afetar o foco (nitidez e profundidade do 
campo) somente ajustando a abertura do diafragma. Começando por uma abertura 
grande de f/1.8 e foco nessa caneca da Grécia, obtemos o seguinte resultado. 
57
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Dá para ver que a foto saiu perfeitamente nítida somente na caneca desejada, 
permitindo que você leia todos os detalhes dela. Ao fundo, porém, quase não dá 
para ler “Cairo”. Já a última caneca, não dá para ler o que está escrito. Esse que é o 
efeito dia distribuição de foco e profundidade de campo. Conclui-se, portanto, que 
com a abertura de f/1.8 você terá o foco em uma “fatia” mínima da foto.
 Ð DICA: Uma abertura de diafragma grande é muito útil para quando se quer 
tirar fotos artísticas, onde algum ponto da foto esteja fora de foco e outra 
perfeitamente nítida. 
Agora vamos fazer a mesma foto usando uma abertura menor, de f/22.
Note que mesmo focando na caneca da Grécia, quase tudo fica em perfeito foco. 
Dá para ler “Greece” na primeira, “Cairo” na segunda e “New Zealand” na terceira. 
Ou seja, com esse f-stop o foco fica mais bem distribuído entre todas as canecas, já 
que a “fatia” de foco é muito maior.
 Ð DICA: Uma abertura de diafragma menor é muito útil para quando se quer tudo em 
foco, como por exemplo pessoas em frente a uma paisagem distante. Tudo tende 
a fica com nitidez perfeita em aberturas como f/11, f/13.
Agora, usando uma abertura intermediária de f/8.0 por exemplo, obtemos o 
seguinte resultado.
58
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Dessa vez, com f/8 dá para ver a palavra “Greece” perfeitamente nítida, a palavra 
“Cairo” está um pouco menos nítida e “New Zealand” está começando a ficar fora 
de foco.
Agora algumas dicas mais avançadas sobre o assunto: cada lente tem uma faixa 
de abertura de diafragma na qual as fotos serão mais nítidas em comparação com 
as outras faixas. Isso deve ser testado nas diferentes lentes. De modo geral, a faixa 
ideal fica à “paradas” acima do f-stop mínimo da sua lente. Então, para ter maior 
nitidez, use aberturas do diafragma que sejam da “faixa otimizada” da sua lente 
(geralmente f/7.1 – f/8).
Além disso, as fotos costumam ficar menos nítidas no geral usando f-stop extremos 
(como f/22, f/26) em função do fenômeno chamado de difração, que ocorre quando 
a entrada de luz é muito pequena, o que afeta negativamente a nitidez. O ideal 
seria simplesmente testar sua lente. Tire uma foto exatamente igual com vários 
f-stops diferentes para ver qual te dá mais nitidez. 
A terceira dica avançada serve para aquelas fotos tiradas à noite com luzes estreladas 
(ex: fotos em que as luzes dos postes parecem estrelas). Esse é um efeito bacana! 
Você pode fazer deixando uma abertura de diafragma bem pequena na sua câmera 
(f/16 – f/22).
59
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br 60
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
PARADA I 
– JARDIM BOTÂNICO 
(continuação)
Nesse momento, de volta ao Jardim Botânico, vamos tomar o nosso framework de 
5 Passos Para Fotografias Sensacionais do Cara Da Foto como guia, começando, 
obviamente, pelo passo número 1 – enxergar.
PASSO 1 - ENXERGAR
O objetivo aqui é andar e imaginar o que gostaríamos de capturar na foto, 
considerando principalmente que nessa primeira parada queremos 
exercitar a abertura do diafragma. 
61
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Vamos, portanto, tentar encontrar um enquadramento que permita algo no primeiro 
e no segundo plano, para ter aquele efeito de desfoque. O passo 1 consiste 
justamente nisso: analisar a cena. No caso, pessoas andando, flores, o chafariz e 
os vários outros elementos que podem compor uma bela foto. Precisamos estar 
cientes de tudo que a cena oferece e o que queremos capturar.
Esse dia de hoje oferece um desafio claro, que são as nuvens e sol forte. É importante 
se atentar a isso, já que em certos locais aqui da cena podem ter luz demais e 
outros de menos. Então, se por exemplo queremos enquadrar a estufa e mais um 
elemento para mostrar como a Abertura de Diafragma funciona, temos que tomar 
cuidado para que os dois elementos não fiquem com iluminação irregular demais.
62
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Após alguns minutos andando e internalizando a cena através do passo 1, achamos 
que seria um pecado não fotografar as cores sensacionais da primavera nessas 
flores que levam até a estufa icônica aqui do parque. Inclusive, fotografando desse 
ponto em que estamos agora, conseguimos valorizar na composição a simetria e 
linha guia que as flores formam. 
Falando em simetria e linhas guias, façamos mais uma breve pausa de alguns 
minutinhos para explorar essa que é uma das coisas mais importantes da fotografia: 
a composição!
63
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
COMPOSIÇÃO
A composição é verdadeiramente uma das áreas mais importantes de toda a 
fotografia. Não é por nada que ela vem no passo 2 do framework, logo depois de 
enxergar. Inclusive, este e o quinto passo (pós-processamento) são mais artísticos 
ao invés de técnicos.
Visando já começar esse módulo do curso com um entendimento fácil e rápido do 
que seria a composição, entenda ela como sendo o que diferencia uma foto boa 
de uma foto ruim. 
É através da composição que você transmitirá para a foto tudo aquilo que você 
julgar pertinente. Então, se no passo 1 você enxergou os elementos que quer 
colocar na sua foto, na composição você vai encaixar esses elementos no frame 
(área da foto) de uma forma que eles valorizem a cena.
 Ð Uma foto não vai ficar legal se a composição não estiver boa, simplesassim. Por 
mais que as cores e o pós-processamento estiverem bons. Isso significa que 
não adianta você ter toda a parte técnica e pecar na artística. 
64
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Outro ponto importante nessa etapa é o que falamos anteriormente sobre o “olho 
fotográfico” ou “olhar fotográfico”. Essa é uma habilidade que evoluirá cada vez 
mais conforme a sua prática na fotografia. Com o tempo, você passará a enxergar 
composições usando apenas o seu olho.
CRIATIVIDADE
O ser humano gosta de ver perspectivas que não são comuns no seu dia a dia. Por 
exemplo, a Torre Eiffel em Paris já foi fotografada de todas as formas possíveis. 
Mas você, usando o passo de enxergar e usando técnicas de composição, pode 
passar uma emoção completamente diferente para quem ver sua foto. Imagine que 
você deu um super zoom e capturou somente os detalhes da arquitetura da torre, 
fazendo uma foto abstrata – essa talvez seria uma foto bem diferente da torre.
Agora, encontrar a “composição perfeita” é um processo. Dificilmente você 
vai conseguir fazer tudo funcionar perfeitamente logo na primeira tentativa. É 
importante tirar várias fotos como testes (modificando uma coisa ou outra, dando 
um passinho para cá e outro para lá) até encontrar a melhor composição. É assim 
que os maiores fotógrafos do mundo fazem, acredite.
 Ð DICA: Exercite a sua criatividade através do experimento e trabalho de outros 
fotógrafos. A influência pode e deve ser uma grande aliada sua. 
Como falamos anteriormente, composição além de arte, pode ser entendida como 
ciência. Existem técnicas e regrinhas que você pode se beneficiar muito ao usar em 
sua fotografia. E é exatamente sobre algumas delas que falaremos agora.
65
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
TÉCNICA: LINHAS GUIAS
Essa é uma das nossas técnicas favoritas de composição, pois atém de extremamente 
fácil de se usar, é muito poderosa.
Basicamente, toda vez que sua foto tiver algum caminho (estrada, cerca, linha de 
árvores, etc) ou qualquer coisa que leve de um ponto até outro, chamamos de 
linhas guias.
Elas ficam boas em fotos porque essencialmente o ser humano é programado para 
seguir caminhos. 
66
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
A linha guia pode ser algo óbvio ou algo subjetivo. Até mesmo nuvens ou marcações 
do asfalto podem formar um padrão que aponte para algum lugar e forme uma 
linha guia. 
67
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
TÉCNICA: SIMETRIA
Outra regrinha bastante poderosa e básica de composição é a simetria. Simetria, 
como o nome diz, é a arte de se explorar o lado simétrico das coisas. Simetria 
é, também, um padrão de beleza atualmente, como podemos ver diariamente na 
televisão e revistas. 
Agora, para entendermos a simetria na fotografia, imagine um lago com montanhas 
atrás. Se o lago estiver perfeitamente parado, sem ondas, a água terá um reflexo 
bastante evidente, certo? Nesse caso, ao olhar para ele você teria um reflexo 
simétrico da paisagem toda. 
Em fotos que explorem essa técnica, é de extrema importância que você posicione 
tudo exatamente de forma simétrica, com espaços perfeitamente iguais e 
proporcionais de todos os lados. 
68
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Não se engane: uma foto que tenta ser simétrica mas não é, de fato, perfeitamente 
simétrica é automaticamente classificada como uma foto ruim. Nossos cérebros são 
muito especialistas em reconhecer padrões e a falta deles também.
A simetria existe por tudo no mundo. Você tem infinitas oportunidades para 
explorar. 
69
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
TÉCNICA: REGRA DOS TERÇOS VS. GOLDEN RATIO
Outra regra bastante comum é a regra dos terços. Você provavelmente já deve 
ter escutado algo a respeito. A regra dos terços pode ser entendida como uma 
simplificação da regra das proporções douradas (também conhecida como golden 
ratio ou proporções áureas).
A regra das proporções douradas é, em sua essência, um padrão de beleza da 
natureza. Os rostos das pessoas, os cristais de gelo, as montanhas, as Pirâmides do 
Egito e várias outras coisas são regidas em torno dessa regra natural.
Nossos cérebros não precisam pensar muito para saber se algo é belo. Isso 
acontece por causa dessas regras que já existem nos nossos cérebros e que podem 
ser aplicadas à fotografia.
Para demonstrar a diferença técnica entre a Regra dos Terços e a Golden Ratio, veja 
como uma foto é dividida conforme a primeira: 
Agora veja como ela seria dividida com a golden ratio (proporções douradas). 
70
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Apesar de serem muito parecidas num primeiro olhar, a diferença prática na 
fotografia é muito grande. Com o tempo, você vai perceber que a regra das 
proporções douradas é muito mais poderosa do que a regra dos terços. Isso não 
quer dizer que você não possa usar a regra dos terços ou que ela seja ruim. Nós 
preferimos a regra das proporções douradas, mas existem fotógrafos que fazem 
trabalhos excepcionais usando a regra dos terços – afinal, essa regra é usada até 
mesmo por profissionais que não são fotógrafos.
Se tudo isso está parecendo conversa de maluco – sim, isso é conversa de maluco! 
É algo muito subjetivo. Apesar de existir uma grande base científica, não tem como 
entender isso completamente sem colocar em prática.
A partir do momento em que você entender como aplicar isso na composição de 
suas foto, começará também a identificar facilmente fotos que seguem essas regras 
ou não. Na verdade, você já sabe identificar quando não acha uma foto bonita. 
Agora você vai entender o porquê e passará a fazer isso conscientemente.
 Ð Dica: até mesmo os melhores fotógrafos do mundo tiram mais fotos ruins do que 
boas. Então, se você é iniciante e está tirando algumas fotos ruins, ótimo! Quanto 
mais fotos ruins você tirar, melhor – isso faz parte do processo.
71
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
O PROCESSO DE SE COMPOR
Entendidas essas regrinhas e técnicas, vejamos agora alguns exemplos de fotos 
nossas demonstrando o que chamamos de “processo de se compor”. Afinal, quase 
nunca se chega na composição perfeita de primeira, mas sim através de tentativas.
Nesse primeiro exemplo, veremos uma sequência de fotos capturadas na África do 
Sul, perto da Cidade do Cabo. Na primeira delas, perceba que a tentativa foi de 
capturar a simetria formada pelas casinhas coloridas. 
Apesar de interessante, a foto estava aquém do que poderia. Então, de volta ao 
passo 1 (enxergar) para explorar o que mais poderia ser explorado. Já nessa outra, 
o interesse principal foi a linha guia formada pelas mesmas casinhas levanto até 
o horizonte. 
72
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Continua sendo um resultado interessante, porém não perfeito. Na tentativa 
seguinte foi tentado “fechar o frame” - preencher mais a foto com o sujeito principal 
da cena. 
Uma tentativa válida, porém o caminho não parece ser esse. Em mais um 
experimento, novamente explorando as linhas guias, ficou claro que o potencial 
realmente está por aí. 
73
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Agora estamos quase lá. Falta pouco para chegar na composição perfeita, usando 
tanto da simetria quando de linhas guias. 
Decidida a composição vencedora, dá-se continuidade nos passos até obtermos o 
resultado final, depois do pós-processamento. Lembre-se: a foto não está finalizada 
até você processá-la. 
74
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Legal! Agora vamos para o segundo exemplo. Uma sequência de fotos capturadas 
em um vale no estado de Montana, nos Estados Unidos. 
Os elementos são bonitos, porém talvez uma fotografia na horizontal fosse valorizar 
mais a cena. Então depois de andar um pouco para um lado e para o outro também, 
foi percebido que a foto ficaria interessante se aproveitasse mais das linhas guias 
que as corredeiras faziam. Além disso, o céu poderia ficar melhor se não estivesse 
exatamente centralizado na foto, mas levemente acima (uns 60% de 
corredeira,e 40% de céu). 
75
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
 Ð DICA: Na regra das proporções douradas, o horizonte tende a não ficar no centro. 
Interessante, porém depois de andar mais um pouco para a direita, as linhas da 
água ficaram mais evidentes e a composição mais interessante. 
Note que essas fotos foram todas capturadas em longa-exposição, para que as 
corredeiras ficassem com esse efeito de véu na água. Nessa composição, a parte 
de baixo da foto ficou quase toda coberta pela corredeira e pelas linhas 
guias que ela forma. Essas linhas guias levam até o horizonte, que tem 
um céu fantástico. 
76
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Decidida a composição vencedora, dá-se continuidade dos 5 passos até chegar na 
foto final. 
Muito melhor, nem se questiona! Agora como terceiro exemplo do processo de 
se compor, temos outra sequência de fotos. Dessa vez, capturadas em Bali, na 
Indonésia. O objetivo principal aqui era capturar uma península de pedra que 
parecia ser digna de uma boa foto. 
Logo de cara deu para ver que esse tipo de composição não era a 
melhor. Tudo parece aleatório e sem foco específico. O jeito era 
tentar tirar um pouco do zoom e ver como ficava. 
77
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Pior ainda! Pelo menos após este teste, ficou claro que uma foto mais fechada na 
península seria melhor. Preencher o frame com coisas interessantes ao invés de 
muitas áreas chatas e sem importância. 
A tentativa aqui foi de usar a própria península como uma linha guia, junto com 
proporções douradas preenchendo o quadrante esquerdo com a parte verde. Um 
resultado definitivamente melhor. A composição escolhida é, sem dúvidas, essa, 
então após a continuidade dos 5 passos, obteve-se a seguinte foto final. 
78
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Uma foto digna para essa paisagem diferente. Dando continuidade aos nossos 
exemplos, agora uma sequência de fotos capturadas na Grécia, especificamente 
no Templo do Apollo em Delphi. 
Uma cena fantástica! A impressão inicial foi que essa cena seria melhor de se 
fotografar com a câmera na vertical. Essa era a única premissa, então fotografar 
novamente valorizando o aspecto da simetria ao posicionar o o templo 
exatamente no centro da foto, parecia ser uma tentativa válida. 
79
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Interessante, porém não tanto quanto poderia. Fazendo uma composição assim 
abriríamos mão de uma das coisas mais belas da cena: o pôr-do-sol. Quem sabe 
fotografar do mesmo ponto de antes, porém na horizontal? 
Bacana! As linhas da base do monumento viraram linhas guias até o horizonte, assim 
como a montanha vindo da direita. Bingo! Essa composição é campeã. Podemos 
dar continuidade até chegar na foto final, pós-processada. 
80
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Uma foto verdadeiramente esbugalhadora de olhos e que carrega todas as emoções 
e lembranças do momento vivenciado. Para sempre!
Inclusive, nesse tipo de cena é muito bom ter uma lente super angular. Existem 
situações nas quais você não pode se distanciar muito para conseguir enquadrar 
tudo da forma que quer. Usando uma lente normal, certamente não seria possível 
enquadrar todos as pilastras na foto dessa forma. Então, uma lente com menos de 
18mm é muito útil para se tirar fotos de grandes estruturas, pois além de enquadrar 
tudo, ela valoriza bem dando uma sensação de magnitude.
Para finalizar a nossa rodada de fotos ilustrando o processo por trás da composição, 
temos mais uma sequência. Essa, destacando um camelo no Egito. A primeira 
tentativa não foi muito feliz, pois muitas coisas irrelevantes apareceram na foto e o 
camelo não tinha o destaque necessário. 
81
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Como o objetivo principal dessa foto era capturar o máximo possível do camelo, a 
próxima foto foi uma tentativa vertical. 
O pescoço dele acaba formando uma linha guia, mas ainda assim não fechou a 
composição ideal. Experimentando novamente com a câmera na horizontal, acabou 
resultando na composição preferida. 
82
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Ela ainda usa da linha guia formada pelo pescoço, a cabeça na intersecção das 
proporções douradas e a linha ao fundo que seria o nosso “horizonte”, não está 
centralizado.
Decidida a composição vencedora, restava processar valorizando também aquilo 
que a cena tinha de interessante (clima desolado de deserto e muito calor – portanto 
cores vivas e quentes). 
Um adendo sobre a golden ratio: você não precisa obrigatoriamente 
colocar os pontos de interesse nas intersecções; você pode 
simplesmente colocar os elementos em uma das linhas. No caso, 
a cabeça toda do camelo na linha da direita.
83
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Já que estamos mostrando um retrato (mesmo que seja de um camelo) vale uma 
dica extra: nos retratos, é muito importante prestar atenção para onde a pessoa está 
indo ou para onde ela está olhando. Nesse caso do camelo, ele está praticamente 
olhando reto, o que gera harmonia na foto. Se o camelo estivesse olhando para 
fora (direita da foto), ficaria estranho, pois ele estaria olhando para onde acaba a 
foto. Fica sempre melhor que o personagem olhe para onde tem mais espaço na 
foto (no caso, esquerda) ou reto para câmera. 
84
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Outro ponto importante é que olhos estejam alinhados com o nível da câmera. 
Veja, caso haja um desnível suave, a foto pode gerar desconforto inconsciente em 
quem olha. Portanto, recomenda-se que ou alinhe os olhos com o nível da lente, ou 
deixe-os propositalmente muito fora do nível.
85
http://CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO
Agora vamos dar uma olhada e entender o processo da composição por trás de 
algumas das fotos do nosso portfólio. Fotos estas, que combinam diferentes regras 
de composição para ficarem mais marcantes e impactantes.
- Essa foto foi tirada nas montanhas de Hong Kong, na China. Ela foi eleita uma 
das melhores fotos de 2015 pela comunidade do www.CaraDaFoto.com.br.
A primeira coisa que se nota é o caminho no chão e a cerca, que foram linhas 
guias até sumirem no centro. Além disso, as rochas e as árvores também levam a 
um poste que está estrategicamente posicionado próximo a uma intersecção das 
linhas de interessa da regra das proporções douradas (golden ratio).
Nessa foto, portanto, houve uma combinação da golden radio e linhas guias, porém 
a predominante foi a regra das linhas guia. É uma foto simples, mas que transmite 
uma carga gigantesca de emoções. Espetacular!
- Já essa segunda foto foi feita no interior da Noruega. Para chegar nessa 
composição, foram exploradas as técnicas da simetria e linhas guias. 
86
http://CaraDaFoto.com.br
http://www.CaraDaFoto.com.br
CaraDaFoto.com.br
Note que o barco acaba sendo a principal linha guia, apontando para o centro 
da foto. Veja também os outros elementos trabalhando em conjunto: caminho de 
pedras na direita levando até o rio, que leva às montanhas e finalmente ao céu. É 
uma foto com muitos elementos bonitos, mas que precisavam ser posicionados de 
forma harmônica através da composição.
Se a foto tivesse sido capturada um pouco mais para a esquerda, mais para a direita, 
mais para baixo ou para cima, o resultado seria confuso, pois esses elementos 
estariam desconexos. Então, quando se tem muita coisa aparecendo na foto, essas 
regras ajudam a manter a harmonia.
Outra coisa relevante nesta foto, é o fato do horizonte ter sido posicionado 30% ou 
40% acima do centro. A parte de baixo é o que realmente domina a foto, tendo o 
céu como um detalhe. Isso também ajuda no resultado final.
- Nessa próxima foto, capturada em Melbourne, na Austrália, estava chovendo 
bastante então o passo 1 (enxergar) foi essencial para ajudar a identificar potenciais 
fotos interessantes. Eis que olhando para o chão, haviam várias poças com folhas 
boiando. Uma cena bonita, que a maioria das pessoas não percebia ao passar

Continue navegando