E-book 10 Dicas para Renders Mais Realistas 2

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Índice
Introdução 3
1. Use e abuse de referências 5
2. Além das texturas de boa qualidade 8
3. Capriche no paisagismo! 11
4. Imagem “estourando” não rola mais 14
5. O que tá aparecendo nos reflexos? 17
6. Configure a câmera como um fotógrafo 20
7. Não dependa do 3D Warehouse 23
8. Use as cores de forma consciente 25
9. Já ouviu falar da regra dos terços? 28
10. Direcione o olhar usando DOF 32
Conclusão 35
3chahoudcursos.com.br
“Alguém me ajuda a deixar mais realista?”. Se essa não é a 
legenda mais vista nos grupos de 3D pra arquitetura, com 
certeza tá no top 03, viu?! Mas não é à toa, claro, porque esse 
é um dos principais objetivos de todo mundo que trabalha com 
renderização: fazer imagens com o máximo de realismo possível 
e, consequentemente, atrair mais clientes. Então, pensando 
nisso, nós lançamos o nosso primeiro e-book: 10 Dicas para 
Deixar seus Renders Mais Realistas E hoje, depois de muito 
sucesso da primeira versão - 10.226 downloads e contando… -, 
decidimos trazer a versão 2.0, com mais dez dicas quentinhas 
que reunimos pra você chegar ainda mais perto desse tal de 
fotorrealismo! Bora nessa com a gente?
Introdução
© 2020 Todos os direitos reservados.
by #timeChahoud
http://conteudo.chahoudcursos.com.br/ebook-10-dicas-para-deixar-seus-renders-mais-realistas
http://conteudo.chahoudcursos.com.br/ebook-10-dicas-para-deixar-seus-renders-mais-realistas
1Use e abuse de referências
51. Use e abuse de referências
Essa dica aqui, quem é nosso aluno no Highlight, já tá cansado 
de ouvir E não é brincadeira, devo ter citado isso dezenas 
de vezes ao longo do curso. Mas vamos começar do começo: o 
que isso quer dizer? O nosso trabalho, enquanto profissionais de 
archviz, em grande parte envolve conseguir simular dentro do 
universo da computação gráfica, os diversos comportamentos 
físicos que acontecem na realidade - tais como os rebatimentos 
de luz em uma superfície e a translucência das folhas de uma 
árvore, por exemplo. E se o que queremos é simular a realidade, 
ninguém melhor pra te guiar do que ela mesma. Então, quando 
estiver configurando a luz do sol na sua cena, pegue uma foto 
que tenha o mesmo tipo de iluminação que você quer conseguir 
e analise-a pra saber o quão intensa é a luz, qual o tom que ela 
tem, e até mesmo como as sombras se comportam. Isso vale 
pra tudo que você for configurar.
Ah, mas não pegue qualquer foto. Procure fotos de fotógrafos 
profissionais de arquitetura e interiores… Assim, vai saber como 
os fotógrafos enquadram as cenas, como eles usam a luz, e 
todas as outras características que tornam as imagens mais 
impactantes. Quando faço uma cena e vou inserir o background 
dela na pós, por exemplo, entro em sites como o do incrível 
fotógrafo Derek Swalwell, seleciono uma foto que tenha o tipo 
https://www.chahoudcursos.com.br/curso-highlight
61. Use e abuse de referências
de clima que estou tentando simular, e vejo como é o tom de 
azul do céu e a intensidade da saturação.
Foto by Derek Swalwell. Analisando ela, conseguimos extrair informações 
como o tom correto do céu, o nível de saturação, o gradiente de azul que 
ocorre e até um pouco sobre a escala das nuvens.
2Além das texturas de boa qualidade
82. Além das texturas de boa qualidade
Na primeira versão deste e-book, tivemos um tópico pra 
conversar especificamente sobre a importância da qualidade 
das texturas, e como as características de ter alta resolução 
e não possuir emendas são importantes. Mas não para por aí! 
Além das texturas serem de boa qualidade, também é preciso 
que você saiba usá-las corretamente. E pra isso, basta você ter 
atenção com quatro características relacionadas à elas:
• Mapeamento: o primeiro item que você precisa verificar, é se 
a textura está se comportando corretamente sobre a malha, 
e não está com aquele aspecto “craquelado”, característico 
de quando a textura não foi aplicada corretamente.
• Escala: o tamanho da sua textura também é muito 
importante. Quando estiver fazendo um revestimento, 
procure por fotos reais dele, assim você vai conseguir 
configurar o tamanho correto para a sua textura (olha a 
importância das referências aqui de novo ).
• Direção: a direção da sua textura também é muito 
importante. Em texturas de madeira, em especial, é 
comum vermos muitos erros. Uma dica que funciona pra 
praticamente todos os casos é: sempre rotacione a textura 
de modo que ela siga a direção do lado maior da face na qual 
ela está sendo aplicada.
92. Além das texturas de boa qualidade
• Variação: outro ponto importante é conseguir com que a 
textura pareça natural nas diferentes peças sobre as quais 
ela está aplicada. Variar a posição delas é a dica de ouro 
para esse item.
Dica extra: pra te ajudar na hora do mapeamento, indicamos o 
plugin Texture Positioning.
Nesse outro, a textura está com 
o aspecto “craquelado”, porque 
o mapeamento não foi feito da 
forma ideal.
Nesse exemplo, a textura está 
se comportando corretamente 
sobre a malha.
https://extensions.sketchup.com/extension/9d566697-9b02-4f3c-b769-9e1c57af7750/eneroth-texture-positioning-tools
3Capriche no paisagismo!
113. Capriche no paisagismo!
Esta aqui vale tanto para cenas internas em que a vegetação 
é um elemento presente na composição do ambiente, quanto 
é claro, principalmente para cenas externas, que normalmente 
possuem um belo jardim ou uma área de piscina. Nesses 
casos, o nível de atenção e capricho que você vai dar para os 
elementos de paisagismo da sua imagem serão diretamente 
proporcionais ao impacto que a sua imagem final vai ter.
Por isso, quando chegar na parte do paisagismo, não tenha 
pressa . Veja muitas referências (opa, elas mais uma vez); 
escolha bem os modelos; se preocupe com a qualidade da 
modelagem deles; configure bem os materiais - fazendo questão 
de aplicar comportamentos físicos como relevo, translucência 
e reflexos, de acordo com o que vemos na realidade; e por fim, 
posicione com cuidado cada um dos arbustos e árvores, para 
garantir uma composição do paisagismo atrativa e harmoniosa. 
Isso fará uma completa diferença na qualidade dos seus 
renders.
Olha só o exemplo na próxima página
123. Capriche no paisagismo!
Render criado por nós baseado no projeto MT House Cada um dos 
elementos do paisagismo foi escolhido cuidadosamente, levando em conta 
características como escala, cor e clima. Até a vegetação do entorno foi 
pensada de maneira que harmonizasse bem com o restante.
4Imagem “estourando” não rola mais
144. Imagem “estourando” não rola mais
Quando falamos em fazer um bom render, muito se pensa 
em configurar bem os materiais, usar modelos de qualidade, 
ou saber qual a V-Ray Light ideal pra cada situação. Nada 
disso está errado, pelo contrário, todos esses elementos são 
extremamente importantes para um bom render. Mas antes 
disso, existem características básicas que em qualquer render 
precisam ser bem trabalhadas pra que as imagens fiquem 
atraentes. E uma delas é a exposição - basicamente o quão 
claro ou escuro está o seu render. Quando um render está 
muito claro, dizemos que ele está “superexposto”, e um render 
superexposto terá áreas que chamamos de “estouradas”, onde 
acontecem perdas de detalhes dos elementos que compõem a 
imagem e que a torna também mais incômoda de se olhar.
Dentro do V-Ray Frame Buffer existem duas ferramentas muito 
legais que vão te ajudar a ajustar a exposição das suas cenas. 
A primeira delas é o “Force Color Clamping”. O ícone dele é o 
segundo da esquerda pra direita, que fica na barra inferior do 
Frame Buffer. Ao clicar em cima dele para desativá-lo, o V-Ray 
irá mostrar pra você as áreas da sua cena que estão estourando, 
por exemplo.
154. Imagem “estourando” não rola mais
Ao desativar essa opção, as áreas “estouradas” da 
imagem serão identificadas.
Essas cores “diferentes” que aparecem na imagem (como o vermelho 
na persiana, e o verde na madeira) identificam áreas estouradas, que 
começaram a perder detalhes.Para acessar essa opção, clique 
em “Show Correction Control”, 
no canto inferior esquerdo 
do Frame Buffer. Ao reduzir o 
“Highlight Burn”, você irá retirar os 
estourados.
5O que tá aparecendo nos reflexos?
175. O que tá aparecendo nos reflexos?
Quem aí já teve dificuldades para configurar vidros no V-Ray 
levanta a mão! Esse material com certeza é um dos 
mais pedidos pela galera quando perguntamos sobre o que 
gostariam de aprender em novos tutoriais. Mas a verdade é 
que, de maneira geral, o material do vidro é extremamente 
simples - diffuse preto, reflexo com a cor branca, IOR em 2.0 e 
refração total são configurações simples que entregam ótimos 
resultados.
Então, qual o segredo para conseguir bons resultados? 
Caprichar não só no material, mas em tudo que vai aparecer 
refletido nele. Se você vai fazer uma fachada, por exemplo, 
posicione cuidadosamente casas vizinhas e árvores para 
aparecer nos reflexos do vidro, e capriche também num bom 
background para ser refletido nele. Tudo isso vai fazer uma 
diferença muito grande no resultado final.
Dá uma olhada no render na próxima página
185. O que tá aparecendo nos reflexos?
Nesse belo render, by Nurik Karanavidani, você vai notar que as árvores e 
o background foram cuidadosamente escolhidos/posicionados, para que 
aparacessem nos reflexos dos vidros.
6Configure a câmera como um fotógrafo
206. Configure a câmera como um fotógrafo
Quando você vai fazer um render no SketchUp e chega a hora 
de definir o enquadramento, qual milimetragem de lente, ou 
melhor dizendo, qual distância focal você usa? 18mm? 25mm? 
55mm? 135mm?
Se você não faz a menor ideia do que eu tô falando, não precisa 
se desesperar, porque eu já vou te explicar: enquanto no 
SketchUp nós costumamos configurar o ângulo de visão usando 
a opção “fator de zoom” em “graus”, na fotografia os fotógrafos 
escolhem a milimetragem da lente, e cada tipo de lente vai dar 
um resultado diferente e deve ser escolhida de acordo com o 
objetivo.
Mas essa diferença não precisa existir: é possível que você 
configure o SketchUp para alterar o ângulo de visão - ou seja, 
a lente que você vai utilizar - em milímetros, da mesma maneira 
que um fotógrafo faz. Ao configurar sua lente em milímetros, 
isso te ajudará na hora de analisar diferentes tipos de lentes 
usados em fotografias de arquitetura e interiores, e a usar os 
mesmos valores na hora de escolher a lente para as suas cenas, 
para ver qual mais valoriza o projeto e faz sentido para o seu 
objetivo. No final das contas, ao fazer isso você irá configurar 
sua câmera do mesmo modo que um fotógrafo faz.
216. Configure a câmera como um fotógrafo
Essa linda foto, by 
Roberto Nickson, 
foi tirada com uma 
lente 16mm. Ela foi 
usada como exemplo 
e analisada na aula 
“Distância Focal: 
Entendendo tudo sobre 
as lentes”, que faz parte 
do Curso Highlight.
7Não dependa do 3D Warehouse
237. Não dependa do 3D Warehouse
Onde você baixa os modelos 3D que usa nas suas cenas? Acho 
que não seria exagero dizer que mais de 99% dos usuários 
de SketchUp dependem quase unicamente dos modelos que 
existem no 3D Warehouse - o armazém de modelos da Trimble, 
a dona do SketchUp. O que faz todo sentido, claro, já que lá 
encontraremos milhares - ou até milhões - de itens para usar 
nas cenas.
Qual o problema, então? O primeiro é que, como não existe 
muito rigor na seleção dos itens que vão parar no armazém do 
SketchUp, existe uma infinidade de “blocos” muito ruins por lá; e 
o segundo problema é que você estaria deixando de aproveitar 
vários sites incríveis disponíveis na internet - como 3dsky, 
Design Connected e Ejezeta -, que fornecem uma quantidade 
enorme de modelos 3D com ótima qualidade (muitos deles 
100% free). Assim, não faz sentido nenhum depender só do 
warehouse e passar horas para procurar aquele modelo que 
você precisa com uma qualidade legal. Tudo o que você vai 
precisar pra importar componentes de sites como os três que 
citei acima, é de uma ferramenta como o Transmutr, que te 
permita importar formatos como FBX para o SketchUp.
https://3dsky.org/
https://www.designconnected.com/
https://www.ejezeta.cl/category/3d-models/
https://www.chahoudcursos.com.br/transmutr
8Use as cores de forma consciente
258. Use as cores de forma consciente
Qual combinação de cores você está usando pro seu projeto? 
Ela está realmente boa? Você escolheu as cores de forma 
consciente? Cada cor passa um tipo de emoção, cada conjunto 
de cores passa um sentimento diferente. Existem cores que 
“falam” melhor entre si, e outras que, dependendo da imagem, 
podem “brigar” completamente e acabar com a harmonia da 
sua composição. Então, nunca comece uma imagem sem uma 
paleta de cores definida (mesmo que no meio do caminho você 
possa fazer alterações). Busque referências de paletas de cores 
e escolha/monte a sua de acordo com o tipo de sensação que 
você quer passar para aquele ambiente. Pra te ajudar, vou deixar 
abaixo duas ferramentas que podem ser bem úteis nessa hora:
• A Color Wheel da Adobe, que te ajuda a montar a sua paleta 
de acordo com o seu objetivo e tipo de harmonia que você 
quer.
https://color.adobe.com/pt/create/color-wheel
268. Use as cores de forma consciente
• E a Colors.co, que gera a paleta de cores de acordo com a 
imagem que você escolher. Por exemplo: viu no Pinterest 
uma imagem que curtiu demais a composição de cores? Faça 
upload da imagem ou joga o link lá, que ele gera a paleta pra 
você usar nas suas imagens.
https://coolors.co/
9Já ouviu falar da regra dos terços?
289. Já ouviu falar da regra dos terços?
O que é essa tal de regra dos terços? Como exatamente ela 
funciona? Conforme o tempo foi passando, muitos artistas, 
tanto de fotografia quanto de outras artes visuais, começaram 
a entender como o ser humano olha para a imagem, quais 
são as áreas dela que tendemos a olhar primeiro e qual 
distribuição/organização nós costumamos achar mais atraentes 
e equilibradas. Com isso, criamos (ou melhor, descobrimos), a 
tão famosa Regra dos Terços. E a teoria dela é bem simples: 
divida uma imagem em 9 partes iguais, traçando duas linhas 
horizontais e duas linhas verticais por cima dela. Ao fazer isso, 
serão criados 4 pontos de intersecção.
299. Já ouviu falar da regra dos terços?
Esses pontos de intersecção que são criados, são o que 
podemos chamar de “áreas nobres” de uma imagem, ou seja, 
os lugares para onde costumamos olhar primeiro, e por isso 
possuem grande importância em uma composição. Mas como 
você pode usar isso ao seu favor? Também muito simples: 
busque posicionar o assunto do render, ou seja, o(s) elemento(s) 
da sua composição que tiver(em) mais importância, o mais 
próximo possível de desses pontos de interseção. Ao posicionar 
um elemento importante da cena em uma dessas áreas nobres, 
podemos dizer que você consegue multiplicar o impacto que 
sua composição vai ter, aumentando as chances do espectador 
focar no assunto e passar mais tempo olhando pra ele, tornando 
seus renders mais atraentes e agradáveis. É assim que a regra 
dos terços vai funcionar!
Render feito por nós para 
a aula “Depth of Field”, 
do Curso Highlight. O 
elemento principal da foto 
- o vaso de flores -, foi 
posicionado exatamente 
nos terços do lado 
esquerdo, para ganhar 
mais evidência.
309. Já ouviu falar da regra dos terços?
Dica extra: como saber se o elemento principal da imagem 
está em um dos terços? Tire um print da viewport antes de 
renderizar (com a opção “Safe Frame do V-Ray Ativada), e abra 
no Photoshop. Selecione a ferramenta de corte e clique sobre a 
imagem. Por padrão, ela irá colocar as linhas da regra dos terços 
sobre o render.
Print no Photoshop, com o grid (linhas sobrepondo a imagem) da regra dos 
terços sobre a imagem.
10Direcione o olhar usando DOF
3210. Direcione o olhar usando DOF
O DOF, sigla para Depth of Field, também conhecido como 
desfoque de profundidade, é um recurso que temos na 
fotografia que nos permite manter os elementosprincipais 
de uma cena completamente nítidos, e desfocar o restante, 
conforme eles se afastam dos itens principais. Ao usar o 
DOF, seja com um desfoque mais leve ou um bem forçadão, 
você consegue fazer com que as pessoas, ao olharem para o 
seu render, vejam antes de qualquer outra coisa, o elemento 
principal da sua imagem, que estará sendo destacado em 
relação ao restante que possuir algum nível de “desfoque”.
O básico pra configurar esse desfoque no V-Ray para SketchUp 
consiste em 04 passos:
• Passo 01: abra a câmera do V-Ray e habilite a opção “Depth 
of Field”
• Passo 02: clique no ícone da “mira”, chamado “Pick Point” 
• Passo 03: selecione o objeto principal da cena com o “Pick 
Point”
• Passo 04: aumente ou o diminua o valor em “Defocus”, para 
definir a intensidade do desfoque.
3310. Direcione o olhar usando DOF
O vaso de plantas foi selecionado com a opção “Pick Point”, por isso ele está 
nítido, enquanto o restante da cena está desfocado.
3410. Direcione o olhar usando DOF
Olha só que legal que fica o resultado! Com o DOF conseguimos destacar 
o elemento principal e ter uma composição ainda mais impactante!
35chahoudcursos.com.br
Conclusão
E aí, o que achou dessas 10 dicas para deixar os seus renders 
mais realistas? Preparamos esse material com bastante carinho, 
então esperamos que ele tenha sido útil para te ajudar a ficar 
mais próximo desse tão sonhado fotorrealismo!
Abração!
Gabriel e Time Chahoud
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