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O DNA bacteriano é encontrado em 4 formas dentro da célula. ✓ Forma cromossomal: A bactéria apresenta um único cromossomo circular. Mantém a espécie bacteriana. Classificado como replicon. ✓ Forma plasmideal: Contém poucas cópias de gene. Classificado como replicon. ✓ DNA fágico: DNA do vírus bacteriófago que infectou a bactéria. ✓ Transposons: Genes saltadores. O DNA bacteriano também é uma dupla-fita constituída por pentoses (açúcares) ligadas a grupos fosfatos. A diferença está na replicação: Ela acontece por meio da forquilha de replicação. No cromossomo está indicado o local de origem, ou seja, onde a replicação deve começar; as fitas se replicam bidirecionalmente. A grande diferença entre o DNA de procariotos e eucariotos é que em procariotos existe uma proporcionalidade entre o tamanho do genoma e suas regiões codificantes (ORF – open Reading frame), que são regiões que codificam proteínas. Portanto, nos procariontes existe uma relação entre o tamanho do genoma e o número de ORFs. ▪ Se o genoma de uma bactéria é grande, certamente ela vai ter mais genes que se expressam. Genótipo: Simples composição do material genético de um organismo. Fenótipo: Propriedade expressa por aquele organismo. Pode ser influenciado por fatores ambientais (pH, temperatura, umidade) ▪ Alterações temporárias: Não há alteração genotípica, apenas fenotípica. São reversíveis (Exemplos: morfológicas, fisiológicas) ▪ Alterações permanentes: Há alteração genética. São irreversíveis. A herança é transmissível (Exemplos: mutação, recombinação) VARIAÇÕES PERMANENTES ▪ Mutações: As mutações podem ser espontâneas ou induzidas. Podem ocorrer por falhas nos mecanismos de reparo ou indução da mutagênese; é feita uma pressão seletiva sobre a população bacteriana e propensão à emergência de células mutantes (Exemplos: deleção, inversão, duplicação de genes) ❖ Mutação One Step: Provoca a resistência imediata. ❖ Mutação Multi-Step: Ocorrência de mutações sucessivas, que vão provocando mudanças porção por porção daquela molécula que é alvo da seleção antimicrobiana. ▪ Recombinação: Transformação, transdução e conjugação. Duas populações bacterianas em contato, eventualmente podem passar uma sequência de DNA/ um gene (exogenoma) para a outra. Sob pressão seletiva, a população que tem o gene incorporado pode se sobressair e ser dominante. ❖ Transformação: Incorporação de DNA solúvel pela célula receptora. Para que essa transformação ocorra, o DNA deve ser homólogo, deve ser dupla-fita e de peso molecular elevado, o meio em que ele se encontra não pode conter enzimas que o inativem e a bactéria receptora tem que estar em um estado de competência fisiológica para esses genes. ❖ Conjugação: Se dá pela transferência de material genético de uma célula doadora para uma célula receptora. Não envolve o processo da passagem desse gene para um meio, mas sim, a comunicação direta entre a célula doadora e a célula receptora. Quem confere a capacidade de conjugação da célula bacteriana é o plasmídeo F da fertilidade → Esse plasmídeo tem em sua superfície uma região codificadora da pili. Quando esse plasmídeo contem genes de resistência bacteriana, é chamado de plasmídeo R e ou plasmídeos de virulência, que produzem enzimas e toxinas. A conjugação em bactérias gram-negativas acontece por meio do pilo sexual ou diferenciação da pili. Ele vai fazer a ligação de uma célula doadora com a célula receptora. Já nas gram-positivas, onde não encontramos pili, as bactérias vão estabelecer uma ponte de conjugação apenas pela aproximação de 2 bactérias. Após a fusão das membranas plasmáticas, inicia-se a replicação desse DNA plasmideal. A célula doadora começa a produzir um feromônio A, que cai no meio, e é identificado pela célula receptora, que passa a produzir uma substância de agregação. ❖ Transdução: Se dá pela transferência de DNA bacteriano e plasmideal por meio dos bacteriófagos. Durante o processo de infecção desse bacteriófago, ele lesa o DNA e o DNA fágico, eventualmente, produz algumas cópias e pode haver a inclusão de DNA bacteriano. Quando ele passar por um novo processo de infecção, ocorre a transferência do DNA bacteriano e fágico para uma outra célula bacteriana. ❖ Transposons: Genes saltadores. Dentro do genoma de uma bactéria, pode haver um gene que codifica uma enzima chamada transposase, que reconhece os segmentos de genes saltadores e concomitantemente reconhece sequências iguais a eles em outro local do seu genoma. A transposase consegue aproximar essas duas porções e fazer a transferência de um segmento para outro segmento que ela identificou como similar. Ela insere genes em regiões correspondentes genomicamente. Regulação da expressão gênica: A regulação gênica é importante para que a expressão de determinados genes ocorra mediante a necessidade da célula. Interação entre o DNA da célula bacteriana e proteínas reguladoras, que indicam quanto aquele gene deve ser expresso.