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RESUMO DE STRONGYLOIDES STERCORALIS - RAFAELA SILVA PEIXOTO

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BACHARELADO EM ENFERMAGEM
	Semestre – 2020.2
	Semestre: 3°
	Turno: -
	Data: 10/09/2020
	Disciplina: PARASITOLOGIA
	Valor: 0,3
	Professor(a): Jassielle Bastos de Souza
	Nota:
	Aluno(a): Rafaela Silva Peixoto 
		Resumo de Strongyloides stercoralis
Taxonomia
	Filo: Nematoda
	Classe: Secernenta
	Ordem: Rhabditida
	Família: Strongyloididae
	Gênero: Strongyloides
	Espécie: Strongyloides stercoralis	
Habitat
	O parasito em sua forma de fêmea partenogenética habita o intestino delgado humano, principalmente nas glândulas de Lieberkühn e na porção superior do jejuno.
Transmissão 
	A transmissão pode ocorrer de três maneiras, sendo elas: 
1) Hétero: Infecção por larvas filarióides infectantes (L3) através da contaminação pela penetração cutânea – comumente nas interdigitais ou na lateral dos pés – ou mucosa da boca e do esôfago. 
2) Auto-infeção exógena: É o tipo de infecção que é mais fácil de acontecer em indivíduos que usam fralda ou não realizam a higiene de forma correta. Ocorre com a transformação das larvas rabditoides em filarióides na região perianal de indivíduos infectados, fazendo com que as larvas infectantes penetrem e completem o ciclo.
3) Auto-infecção endógena :É mais comum em indivíduos com constipação intestinal ou com imunidade baixa. Essa infecção ocorre através da transformação das larvas rabditoides – ainda no lúmen intestinal – em larvas filarióides (L3) infectantes. Essas larvas penetram na mucosa intestinal, podendo cronificar a doença e resultar em uma série de exposições sistêmicas aos antígenos parasitários. 
Morfologia
1) Fêmea partenogenética parasita
· Possui corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo. 
· Mede de 1,7 a 2,5mm (comprimento) por 0,03 a 0,04mm (largura).
· Apresenta cutícula fina e transparente, levemente estriada no sentido transversal em toda a extensão do corpo. 
· Aparelho digestivo simples com boca contendo três lábios; esôfago tipo filarióide.
· Seu aparelho genital é composto por útero, ovários, ovidutos e a vulva. Não há receptáculo seminal. 
· Coloca 30 a 40 ovos por dia e é ovovivípara.
2) Fêmea de vida livre
· Possui aspecto fusiforme.
· Mede de 0,8 a 1,2mm (comprimento) por 0,05 a 0,07mm (largura). 
· Apresenta cutícula fina e transparente, com finas estriações. 
· O aparelho digestivo simples com boca contendo três lábios e esôfago tipo rabditoide.
· O aparelho genital é composto por útero anfidelfo com até 28 ovos, ovários, ovidutos e a vulva situada próxima ao meio do corpo. 
· Possui o receptáculo seminal.
3) Macho de vida livre
· Aspecto fusiforme.
· Extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente.
· Mede 0,7mm (comprimento) por 0,04mm (largura).
· Boca com três lábios, esôfago tipo rabditóide, seguido de intestino terminando em
cloaca.
· Seu aparelho genital possui testículos, vesícula seminal, canal deferente e ejaculador.
· Apresenta dois espículos ligados a um gubernáculo.
4) Ovos
· São elípticos de parede fina e transparente.
· Fêmeas parasitas: 0,05mm (comprimento) e 0,03mm (largura).
· Fêmeas de vida livre:
· Podem ser encontrados em fezes de indivíduos com diarreia ou sob efeito laxativo.
5) Larvas rabditoides
· O esôfago é mais curto.
· As larvas originárias das fêmeas parasita não se diferem muito das fêmeas de vida livre.
· Apresentam cutícula fina e hialina. 
· Medem 0,2 a 0,03mm (comprimento) por 0,015mm de largura. 
· Apresentam vestíbulo bucal curto, diferenciando-se das larvas rabditóides de ancilostomídeos em que o vestíbulo bucal é alongado.
· Apresentam primórdio genital nítido.
6) Larvas filarióides
· O esôfago é longo, correspondendo a metade do comprimento da larva. 
· Cutícula fina e hialina.
· Medem de 0,35 a 0,50mm (comprimento) por 0,01 a 0,031nm (largura).
· Apresentam vestíbulo bucal curto e intestino terminando em ânus, um pouco distante da extremidade posterior. 
· Larva (L3) infectante do parasito capaz,de penetrar pela pele ou pelas mucosas; 
Ciclo biológico
	Os ciclos biológicos são monoxênicos, dividindo-se em ciclo direto e ciclo indireto. O ciclo direto conta com a transformação das larvas rabditóides no solo ou sobre a pele da região perineal, após 24 a 72 horas. No ciclo indireto ocorrem 4 tranformações no solo onde as larvas rabditóides produzem machos e fêmeas de vida livre em um tempo de 18 a 24 horas.
Ambos os ciclos se completam com a penetração ativa das larvas L3 infectantes na pele ou mucosa que secretam melanoproteases, fator que auxilia na penetração e na migração através dos tecidos. As larvas que atingem a circulação venosa e linfática vão para o coração e pulmões, chegando aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4 e atravessam a membrana alveolar. Chegam até a faringe e podem ser expelidas pela expectoração ou serem deglutidas, atingindo o intestino delgado, onde se transformam em fêmeas partenogenéticas. Os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam o lúmen intestinal. O tempo decorrido desde a penetração da larva filarióide na pele até o momento da eclosão das larvas no intestino é de aproximadamente 15 a 25 dias.
Sintomas/Patogenia
	Os indivíduos com poucos parasitos presentes no intestino não apresentam sintomas, entretanto, aqueles que os fazem podem sofrer alterações cutâneas, pulmonares, intestinais e disseminada.
1) Cutânea: A manifestação ocorre de forma discreta no pontos de penetração das larvas infectantes. Pode causar hipersensibilidade nos casos de reinfecção com formação de edema, eritrema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticárias. Em algumas vezes ocorre migração larvas filarióides no tecido subcutâneo que forma uma lesão caracterizada como larva cumens. As larvas podem atravessar os alvéolos provocando hemorragia, infiltrado inflamatório ou em casos mais graves, broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória.
2) Pulmonar: Manifestação presente em todos os indivíduos infectados que pode ser caracterizada por tosse, febre, dispneia e crises asmatiformes, porém a intensidade da mesma irá variar. 
3) Intestinal: A enterite catarral, enterite adematosa e a enterite ulcerosa são causadas devido a presença de fêmeas partenogenéticas, ovos e larvas no intestino delgado ou ocasionalmente no intestino grosso.
4) Disseminada: A disseminação ocorre devido a presença de larvas em outros órgãos além dos pulmões e intestino. Quando essas larvas comprometem outros órgãos é possível que o quadro complique-se com infecções bacterianas secundárias como bacteremia, peritonite, endocardite e meningite. Diante dessas infecções pode-se ter dor abdominal, vômitos, diarreia intensa, pneumonia hemorrágica, broncopneumonia bacteriana, insuficiência respiratória, culminando em óbito.
 Diagnóstico 
1) Clínico: Recomenda-se o diagnóstico diferencial com ancilostomíase, ascaridíase, giardíase, pneumonia, urticária, colecistite, pancreatite e eosinofilia pulmonar tropical. 50% dos infectados não apresentam sintomas detectados no diganóstico clínico. 
2) Laboratorial direto: Diagnóstico feito através de exame de fezes, pesquisa em secreções e outros itens, coprocultura, endoscopia digestiva, biópsia intestinal, necropsia, esfregaço sanguíneo.
3) Laboratorial indireto: Pode-se detectar através de hemograma, diagnóstico de imagem, métodos imunológicos e diagnóstico por biologia molecular.
Tratamento
	A estrongiloidíase é a infecção mais difícil de ser tratada, mas são utilizados os medicamentos do grupo de benzimidazólicos:
1) Tiabendazol: Atua somente sobre as fêmeas partenogenéticas, provavelmente inibindo o desencadeamento das vias metabólicas do parasito.
2) Alibendazol: Atua sobre a fêmeas partenogenéticas e sobre larvas. Não deve ser administrado nas formas disseminadas. Os efeitos colaterais observados são: cefaléia, tonturas e desconforto gastrointestinal.
3) Cambendazol: Atua sobre fêmeas partenogenéticas e sobre larvas. A eficácia é maior que 90%. São raros os efeitos colaterais; quando presentes, observam-se cólicas, náuseas, vômitos, diarréia e sonolência.
4) Ivermectina: Esta medicação é essencialpara o tratamento de S. stercoralis e precisa ser administrada multidoses em dois dias em caso de infecções graves e em pacientes com HIV, repetindo-as após 12 dias. Seus efeitos colaterais são diarreia, prurido e anorexia.
Profilaxia 
	Como a maioria dos outros geohelmintos, a profilaxia se dá diante de bons hábitos higiênicos como educação em saúde, lavagem das mãos e alimentos, utilização de água filtrada, engenharia sanitária, uso de calçados para evitar o contato dos pés com os solos.
Referência: Neves, DP. Parasitologia Humana, 11ª ed, São Paulo, Atheneu, 2005.

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