Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ENFERMAGEM PORTFÓLIO DE CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2020 RAFAELA SILVA PEIXOTO PORTFÓLIO DE CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE Este trabalho foi solicitado pela professora Héllen Freitas, como atividade avaliativa da disciplina de Imunologia do curso de graduação de Bacharelado em Enfermagem. GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2020 1. CÉLULAS DA IMUNIDADE INATA 1.1 CÉLULAS DENDRÍTICAS Encontram-se em pequena quantidade no sangue, mas estão localizadas em outros tecidos periféricos onde atuam como sentinelas do sistema imunológico. As células dendríticas (DCs) provém da medula óssea e originam duas linhagens de DCs: mielóides e linfoides. As células dendríticas possuem ação fagocíticas quando ainda não passaram pelo processo de maturação e fazem a captura de patógenos. Quando a maturação acontece, elas passam a atuar como células apresentadoras de antígenos para as células T. Esse processo é o que dá início a resposta imune adaptativa. 1.2 MACRÓFAGOS São células de vida longa originadas dos promonócitos da medula óssea e estão distribuídas por todo o tecido conjuntivo. Os macrófagos são células fagocíticas que capturam e fagocitam células mortas e partículas estranhas, também são importantes na eliminação de células tumorais. Eles coordenam a resposta imune induzindo a inflamação pois atuam como APCs, potencializando a ativação de LT e LB e atuam como células limpantes. 1.3 MONÓCITOS São os maiores leucócitos circulantes com tamanho entre 12 e 15 µm de diâmetro, sua morfologia é bastante distinguível. Estas células apresentam núcleo excêntrico em forma de rim ou ferradura e citoplasma é abundante, de coloração cinza ou azul-claro acinzentada com fina granulação. Estas células contribuem para o reparo tecidual após a lesão e são conhecidas por fazer o patrulhamento, que é ação de rolar ao longo das superfícies endoteliais. Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto 1.4 MASTÓCITOS São células derivadas da medula óssea que, em geral, não são encontradas na circulação. É possível observar uma quantidade numerosa de grânulos de proteoglicanos acídicos citoplasmas ligados à membrana e geralmente são recobertos com anticorpos IgE. Desempenham função nos processos de inflamação aguda uma vez que eles reconhecem produtos microbianos e respondem fazendo a liberação de grânulos contendo histamina e outros agentes ativos que induzem inflamação. As reações alérgicas de hipersensibilidade são exemplos clássicos de envolvimento em processos patogênicos. Temos como exemplo a urticária idiopática crônica, que é causada principalmente por desgranulação de mastócitos. 1.5 NEUTRÓFILOS Os neutrófilos tem formato esférico de aproximadamente 9 a 14 μm de diâmetro com numerosas projeções membranosas. Seu núcleo é multilobado, podendo ser segmentado em três a cinco lóbulos conectados. O citoplasma contém grânulos de dois tipos: específicos e aurofílicos. São produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também dão origem a fagócitos mononucleares. Sua função primária é capturar microorganismos indesejados e destruí-los, assim como descartar tecidos danificados. Eles são muito importantes pois fazem a mediação das fases iniciais das reações inflamatórias. 1.6 BASÓFILOS É uma célula relativamente grande que possui em média cerca de 10 a 15 μm de diâmetro. Possui citoplasma abundante. Seus núcleos são segmentados, com difícil observação em esfregaço devido a cobertura por grânulos e ocupam a maior parte do citoplasma. É responsável pela produção de diversos mediadores infamatórios, sendo a histamina um dos principais deles, além de possuírem receptores de IgE na membrana plasmática. Acredita-se que os mesmos estejam envolvidos na imunidade anti-parasitos. Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto 1.7 EOSINÓFILOS Suas células medem cerca de 8μm de diâmetro, possui núcleo com multilobado – costumam ter dois lóbulos, porém é possível encontrar eosinófilos com mais lóbulos –. Seu citoplasma é abundante e apresenta grânulos específicos relativamente grandes, corados em laranja ou cor de rosa devido a eosina. Os eosinófilos são recrutados para sítios de infecções parasitárias e reações alérgicas por moléculas de adesão e quimiocinas. Também são importantes nas reações alérgicas e asma. 1.8 NATURAL KILLER Estas células tem origem na medula óssea e constituem cerca de 5% a 20% das células mononucleares do sangue. Possui grande importância por serem uma linha de defesa inespecífica que reconhece e lisa células infectadas por vírus, bactérias e protozoários, bem como células tumorais. Elas também recrutam neutrófilos e macrófagos, ativam células dendríticas e linfócitos T e B. 2. IMUNIDADE ADAPTATIVA 2.1 LINFÓCITOS Possui de 6 a 15 µm, são células regulares e arredondadas, com o núcleo regular e esférico de tonalidade azul que ocupa cerca de 90% da área da célula e faz com que o citoplasma seja escasso. São as únicas células no corpo que expressam receptores de antígenos clonalmente expressos, cada um específico para um determinante antigênico diferente. Seu papel é mediar a imunidade adaptativa. Os linfócitos T são subgrupos de linfócitos derivados do Timo que são responsáveis pela mediação da imunidade celular, já os linfócitos B são subgrupos de linfócitos derivados da medula óssea que são responsáveis pela produção dos anticorpos. Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto Fonte: Rafaela Peixoto 3. REFERÊNCIAS ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. H. I. V. Imunologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. DELVES, P.; MARTIN,S.J; BURTON,D.R.; ROITT, I.M. Fundamentos de Imunologia. 12ª Edição - GUANABARA KOOGAN. 2013. Sistema Imunitário – Parte I Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev. Bras. Reumatol. vol.50 no.4 São Paulo July/Aug. 2010 Sistema Imunitário – Parte I Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev. Bras. Reumatol. vol.50 no.4 São Paulo July/Aug. 2010
Compartilhar