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ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO_ARTES_VOLUME 3 (PROFESSOR)

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8o. ano
Volume 3
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Livro do professor
Livro
didático
Arte
5
6
No mundo da Lua 2
Gravidade zero 15
©Shutterstock/Meunierd
1. Você já ouviu dizer que alguém vive “no mundo da Lua”? Para você, o que isso significa? 
2. Se você fosse chamado de “lunático”, entenderia como um elogio ou como uma ofensa? 
3. Você consegue se lembrar de alguma obra artística que represente a Lua? 
4. Por que você acha que esse satélite é uma inspiração para tantos artistas?
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No mundo da Lua
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A Lua tem sido fonte de inspiração para artistas de todos os tempos. Por exemplo, a imagem que você vê é uma cena do filme Viagem à 
Lua (1902), que foi dirigido por Georges Méliès. Nela, perceba que o satélite da Terra foi representado como uma torta de creme com feição 
humana e parece sofrer ao ser atingido por uma cápsula tripulada por astronautas.
Aula 1
 Encaminhamento da atividade.1
2
Objetivos
• Conhecer filmes que abordaram a conquista do espaço e que foram criados muito antes de o 
ser humano ter de fato saído do planeta Terra. 
• Estudar o Impressionismo e entender de que forma, no final do século XIX, esse movimento 
artístico revolucionou as artes visuais.
• Refletir sobre a relação entre arte e tecnologia. 
• Descobrir obras que dependem diretamente do uso de meios digitais.
 Leitura complementar.2
Sugestão de atividade complementar.3
Em 1969, o astronauta estadunidense Neil Armstrong (1930-2012) esteve literalmente “no mundo da Lua”. 
Isso porque ele foi o primeiro ser humano a, de fato, pisar em solo lunar. Quando chegou lá, ele disse uma frase 
que ficou conhecida no mundo todo: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para 
a humanidade”. 
No entanto, mesmo antes desse feito histórico, a Lua já era “visita-
da” há muito tempo no universo artístico. Em 1902, o cineasta francês 
Georges Méliès (1861-1938) lançou o filme Viagem à Lua, que é con-
siderado a primeira obra cinematográfica de ficção científica da his-
tória. Inclusive, uma das imagens mais conhecidas dessa produção é a 
que você viu na abertura deste capítulo.
No filme, um grupo de astrônomos viaja até o satélite da Terra den-
tro de uma cápsula que é disparada por um canhão. A Lua é retratada 
como uma torta de creme, com feição humana, atingida pela cápsula 
em seu olho direito. Ao chegar lá, os astrônomos veem que o ambiente 
é repleto de cogumelos gigantes e habitado por selenitas (estranhos 
seres que capturam os astrônomos).
Viagem à Lua é um filme divertido e repleto de efeitos especiais ino-
vadores para a época, como explosões, personagens que desaparecem e 
cenários móveis. Esses e outros truques cinematográficos foram criados 
de modo pioneiro pelo diretor Méliès que, além de cineasta, era mágico.
ficção científica: gênero artístico que 
mistura ciência, tecnologia e fantasia.
efeitos especiais: efeitos de ilusão, 
visuais e sonoros, presentes nos 
filmes. A Academia de Artes e Ciências 
Cinematográficas dos Estados Unidos 
concede um prêmio Oscar aos filmes que 
se destacam no quesito efeitos visuais. 
DicionArte
Nome que faz referência à Selene, 
deusa grega da Lua, que dirige sua 
carruagem lunar pelos céus.
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Essa é outra cena de Viagem à Lua, agora mostrando um grupo de astrônomos que, já em solo lunar, 
observa a Terra iluminada. Uma curiosidade é que esse filme foi filmado em preto e branco, mas 
posteriormente teve versões colorizadas. Para criar o efeito colorido que você está vendo na imagem, 
cada fotograma era pintado manualmente.
3
Observe a representação da tela Impressão, 
Sol nascente (1872), do artista Claude Monet 
(1840-1926).
Por falar em “impressão”, qual é sua primeira impressão 
ao olhar essa imagem? Você já viu uma paisagem assim? Que 
elementos você identifica nela? Troque ideias com os colegas 
e o professor a respeito dessa obra. 
Quando Monet pintou esse quadro, ele estava 
na janela de um hotel, olhando para o porto de uma 
cidade francesa chamada Le Havre, ao amanhecer. 
Perceba que a obra tem predominantemente tons 
de duas cores complementares: azul e laranja.
Impressões do céu
Na França, no fim do século XIX, alguns artistas passaram a se inspirar de formas diferentes na vida, na na-
tureza e nos astros celestes para criar suas obras. Daí surgiu um novo movimento chamado Impressionismo. 
Esse nome, inclusive, nasceu de um quadro que destacava não a Lua, mas o Sol! 
ApreciArte
 Leitura complementar.4
Encaminhamento 
da atividade.
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Atividades
Agora, você fará experimentações com as cores complementares e também vai compor uma criação 
utilizando as cores que são vizinhas (ou adjacentes) no círculo cromático. Preste atenção às orientações 
do professor. Encaminhamento de atividade.6
MONET, Claude. Impressão, Sol nascente. 
1872. 1 óleo sobre tela, color., 48 cm × 63 cm. 
Museu Marmottan, Paris, França.
laranjalaranja
Cores complementares: são os pares de cores que, no círculo cromático, 
ficam opostas. Colocadas lado a lado, elas acentuam o contraste e a 
força de cada cor. O laranja e o azul, usados nesse quadro de Monet, são 
exemplos de cores complementares.
• Detalhe do quadro de Monet
azul
Cores primárias: tradicionalmente, o vermelho, o amarelo e o azul. 
Cores secundárias: surgem da combinação de duas cores primárias. 
Por exemplo, misturando o azul e o amarelo, obtemos a cor verde. 
Círculo cromático: esquema circular usado para organizar um conjunto 
de cores.
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8o. ano – Volume 34
 Leitura complementar.7
Aulas de 2 a 4
Nasce o Impressionismo
Você aprendeu que a obra Impressão, Sol nascente, de Monet, influenciou o nome “Impressionismo”, mas como 
será que isso aconteceu? Foi em 1874, quando um crítico de arte francês chamado Louis Leroy (1812-1885) visitou 
uma exposição que reunia vários quadros de artistas independentes e, em seu artigo, afirmou: “Impressão... [...] 
Papel de parede em estado embrionário é mais bem-acabado do que esta paisagem marítima!”. 
No mesmo artigo, ironicamente, ele chamou Monet e outros 
colegas pintores, como Auguste Renoir (1841-1919) e Edgar Degas 
(1834-1917), de “impressionistas”. Isso porque, para Leroy, os quadros 
desses artistas não passavam de meros esboços, obras apressadas que 
não se aprofundavam nas técnicas de pintura tradicionais. 
O que Leroy não imaginava é que o termo “impressionismo”, que ele 
usou inicialmente como uma provocação, seria oficialmente adotado 
para nomear a produção desses artistas de vanguarda, considerados 
precursores da Arte moderna. 
embrionário: relativo a embrião, em 
formação, incompleto.
vanguarda: fazer parte de uma 
vanguarda artística significa 
desenvolver ações inovadoras, à frente 
dos demais.
DicionArte
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• Monet, em retrato feito pelo fo-
tógrafo Félix Nadar (1820-1910)
Ao ar livre 
 Claude Monet nasceu em Paris, em 1840, e é um dos artistas mais importantes 
do Impressionismo. Antes de se tornar um grande pintor, ele já era um bom 
desenhista desde a adolescência e chegou a vender muitas caricaturas. Depois, 
influenciado pelo amigo Eugène Budin, Monet se interessou pela técnica de 
pintura ao ar livre, que se tornou uma das principais marcas do seu trabalho e de 
outros artistas do movimento impressionista.
Fora de ateliês, Monet pintou até na areia da praia e dentro de um barco, e 
por isso precisava trabalhar rápido, pois tinha que captar a cena antes que seus 
elementos visuais mudassem completamente.
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• Quem pinta ao ar livre corre cer-
tos riscos. Nesse detalhe da tela, 
é possível ver, entre as pinceladas, 
alguns grãos de areia da praia, 
que ficaram grudados no quadro. 
Na pintura ao ar livre, Monet não fazia 
esboços. Pintava diretamente na tela, o 
mais rápido possível, para não perder 
as condições de luz do momento. Nesse 
quadro, produzido na praia, Monet 
provavelmente retratou sua esposa 
Camille,à esquerda, e a esposa de seu 
amigo Eugène Budin, à direita. 
São características das obras impressionistas:
• Retratavam o cotidiano da época, em áreas urbanas ou no campo, em vez de temas históricos, como no Romantismo, 
ou mitológicos, como no Classicismo greco-romano.
• Muitas delas eram produzidas ao ar livre, com a finalidade de registrar imagens e cores daquele momento específico, 
sob efeito da luminosidade do sol.
• Em muitos casos, as figuras dos quadros não tinham contornos nítidos e, por isso, podemos visualizá-las mais facil-
mente a distância.
MONET, Claude. A praia de Trouville. 1870. 1 óleo sobre tela, color., 
38 cm × 46,5 cm. Galeria Nacional, Londres, Inglaterra. 
 Arte 5
MANET, Édouard. Monet trabalhando em seu barco. 1874. 1 óleo sobre 
tela, color., 82,7 cm × 105 cm. Nova Pinacoteca, Munique, Alemanha.
Nessa obra, Claude Monet foi retratado com sua esposa Camille, pintando no 
barco que ele usava como estúdio flutuante. O quadro é de autoria do amigo 
de Monet, chamado Édouard Manet (1832-1883). Como você deve imaginar, 
os sobrenomes parecidos dos dois artistas costumavam gerar confusão. 
Apesar de, no início de sua carreira, Monet ter sido 
criticado por seu estilo “impressionista”, ele começou 
a fazer sucesso no mundo das artes já a partir dos 40 
anos de idade. Faleceu em 1926, aos 86 anos, e é um 
artista consagrado até os dias de hoje. 
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No século XIX, as tintas começaram a ser vendidas em tubos e isso facilitou 
o trabalho dos impressionistas que pintavam ao ar livre. Lembra que eles 
precisavam agir rapidamente para captar o momento? Antes, eles perdiam 
muito tempo preparando as misturas de cores, mas, nos tubos, as tintas já 
vinham com cores prontas. Além disso, os tubos também eram mais fáceis 
de ser transportados e conservavam as tintas por mais tempo.
 Leitura complementar.8
Organize as ideias 
Vamos relembrar alguns assuntos que estudamos até agora. Na paleta a seguir, você vai encontrar algu-
mas das palavras-chave que usamos neste capítulo, mas misturadas. Use-as para preencher corretamente 
as lacunas do texto.
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 Monet é considerado um dos principais artistas do 
 Impressionismo . Na obra Impressão: Sol nascente, ele 
retratou a sua sensação visual diante de um porto, ao amanhecer, 
usando apenas tons de duas cores complementares . Telas como 
essa foram inicialmente comparadas a meros esboços 
pela crítica, mas, um pouco mais tarde, o artista fez grande sucesso.
A pintura ao ar livre , que era muito praticada pelos impressionistas, teve o benefício 
de um avanço tecnológico da época: foram lançadas as tintas em tubos , que já vinham 
com cores preparadas. Isso agilizou bastante o trabalho daqueles artistas, pois eles buscavam captar 
rapidamente os efeitos momentâneos da luz na natureza. 
No início do século XX, o cineasta chamado Georges Méliès também criou uma re-
volução visual, mas no cinema. Ele desenvolveu uma série de efeitos especiais no 
primeiro filme de ficção científica da história: Viagem à Lua . 
8o. ano – Volume 36
 Leitura complementar.9
Encaminhamento da atividade.10
Em sua trajetória artística, Monet desenvolveu uma metodologia para pintar 
quadros de um mesmo motivo em série. Ele levava suas telas até o local que 
queria retratar e iniciava uma pintura nova a cada hora, sempre concentrado 
no efeito da luz solar sobre o objeto, nos diferentes períodos. No outro dia, Monet 
continuava as pinturas, uma a cada hora, no mesmo local e nos mesmos horários 
anteriores. Ele seguia nesse processo até que as obras ficassem prontas. 
Utilizando esse método, o artista fez uma série de 31 quadros 
que mostram as variações de luz que incidiam sobre a Catedral 
de Rouen, na França. Observe uma foto da catedral e compare-a 
a três telas do artista.
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• Catedral de Rouen, de estilo gótico – 
construção iniciada no século XII
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Tema principal ou recorrente, 
que estabelece um padrão.
Em qual período do dia e em que condições de clima você acredita que Monet pintou essas telas? Com 
base na sua observação e no que sugerem os títulos a seguir, tente atribuir o nome correto a cada tela, 
usando os números 1, 2 e 3. 
( 3 ) MONET, Claude. A Catedral de Rouen. Fachada, dia cinzento. 1892. 1 óleo sobre tela, color., 
100,2 cm × 65,4 cm. Museu d’Orsay, Paris, França.
( 1 ) MONET, Claude. Fachada da catedral de Rouen e a torre Albane (efeito pela manhã). 1894. 1 óleo 
sobre tela, color., 106,1 cm × 73,9 cm. Museu de Belas Artes, Boston, Estados Unidos.
( 2 ) MONET, Claude. Catedral de Rouen sob sol forte. 1894. 1 óleo sobre tela, color., 100,5 cm × 66,2 cm. 
Museu de Belas Artes, Boston, Estados Unidos.
Em seu Diário de bordo, aproveite para registrar algumas impressões sobre essas obras. As questões a 
seguir podem estimular sua reflexão.
 1. O que causa mais impacto em cada tela: a forma da catedral ou as cores usadas por Monet?
 2. Experimente olhar para essas reproduções virando-as de ponta-cabeça. O que elas lhe parecem? Se você 
não tivesse visto a foto da catedral e não soubesse o nome das telas, acha que seria capaz de ver um 
templo religioso nessas pinturas ou elas lhe pareceriam imagens abstratas?
Atividades
Agora, você vai testar a pincelada impressionista. Escolha dois períodos do dia e crie duas pinturas do 
mesmo motivo, uma para cada período. Capriche, porque seus trabalhos serão apresentados à turma!
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 Arte 7
Novas cores projetadas na catedral
Mais de cem anos depois da série de Monet, a Catedral de Rouen voltou a ser vista com cores inusitadas e 
ela mesma se tornou uma espécie de tela. Em 2013, foram usados equipamentos eletrônicos e programas de 
computador para criar um espetáculo audiovisual na igreja, projetando animações sobre ela.
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• Catedral de Rouen com animações projetadas, inspiradas na arte impressionista de Monet
Esse show foi nomeado Primeira impressão, justamente porque foi inspirado no Impres-
sionismo e em Monet. A equipe de artistas que o criou usou a técnica da projeção ma-
peada (video mapping, em inglês), que é a projeção exata de imagens sobre quaisquer 
superfícies, possibilitando também a criação de efeitos tridimensionais. Texto complementar.11
Troca de ideiasTroca de ideias
Será que esse espetáculo da catedral agradaria a Monet? E será que surpreenderia o cineasta Georges Méliès, 
que adorava efeitos especiais? Você já viu algum espetáculo que usava efeitos luminosos elaborados, ao vivo, 
em sua cidade? Converse com seus colegas sobre esse assunto. Encaminhamento da atividade.12
Aulas 5 e 6
Grafite digital
 A dupla de artistas Ygor Marotta e Ceci Soloaga, 
conhecida como VJ Suave, passeia pelo Brasil e pelo mundo 
projetando seus grafites digitais e suas animações. Os dois 
pedalam em seus “suaveciclos”, equipados com projetores, 
computadores e caixas de som. 
VJ: assim como existe o DJ (abreviação do termo 
disc jockey), tipo de artista que faz criações musicais 
com discos e outras mídias sonoras, existe também 
o VJ (abreviação do termo video jockey). Esse tipo 
de artista faz criações por meio de vídeos e outras 
formas visuais, mesclando-as também com uma 
trilha sonora.
DicionArte
Ao usar projetores e computadores acoplados a triciclos, 
a dupla Ygor Marotta e Cecília Soloagaexplora novas 
possibilidades da projeção mapeada. Eles criam muitos 
trabalhos, desenhos e animações ao vivo para interagir 
com os ambientes e as pessoas.
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8o. ano – Volume 38
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Do osso à espaçonave 
Do tubo de tinta ao projetor portátil, você já viu que a arte está em constante desenvolvimento tecnológico. Sem 
falar que ela também antecipa tendências tecnológicas que só irão se popularizar no futuro. Por exemplo, em 1968, 
um ano antes da chegada da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço – a agência espacial dos Estados 
Unidos) à Lua, o diretor estadunidense Stanley Kubrick (1928-1999) lançou o filme 2001: uma odisseia no espaço.
Leia o texto a seguir para saber mais sobre o trabalho desses artistas.
“Queremos criar cenas mágicas nas cidades”
Dupla do VJ Suave usa triciclo para divulgar ‘vídeo mapping’ 
[...] Ygor Marotta e Cecília Soloaga [...] formam a dupla VJ Suave. Eles entraram no ramo de 
projeção em 2009, logo que a técnica de vídeo mapping se tornou popular no País. No início, 
os dois desenvolviam projetos artísticos – como curtas de animação – e os exibiam em projeções 
pela cidade. A produção, porém, logo começou a tomar outra forma.
“Comecei a ver que, além dos curtas, poderia levar os grafites que eu fazia para onde eu 
quisesse, por meio da projeção”, conta Cecília. Eles começaram a fazer intervenções a partir do 
mapeamento de edifícios e outros elementos da arquitetura de grandes cidades.
A dupla, porém, ainda não estava satisfeita. “A gente queria levar a projeção para todos os lugares 
possíveis”, afirma Marotta. “Queríamos usar o espaço inteiro da cidade e não uma única fachada.”
Essa ideia deu origem ao projeto que acabou por se tornar a marca registrada do VJ Suave: eles 
adaptaram um triciclo com equipamentos que permitem fazer projeções em qualquer lugar. O 
veículo, que ganhou luzes decorativas, foi batizado de “suaveciclo”.
Segundo os artistas, o triciclo [...] permite que eles levem a infraestrutura do vídeo mapping 
para qualquer lugar. Basta conectar o computador onde as animações estão gravadas para come-
çar a interagir com o público.
“Criamos essa forma de levar o vídeo mapping pelos lugares para sermos independentes”, 
conta Marotta. “É assim que nós queremos criar cenas e momentos mágicos nas cidades.”
MANS, Matheus. Queremos criar cenas mágicas nas cidades. Disponível em: <http://link.estadao.com.br/noticias/cultura-digital,queremos-criar-
cenas-magicas-nas-cidades,10000047888>. Acesso em: 23 jan. 2019.
Atividades
Forme um grupo com os colegas para produzir uma apresentação visual por meio de projeção na pare-
de, acompanhada de música. Sigam as instruções do professor. Encaminhamento da atividade.13
Nessa cena do filme 2001: uma odisseia no 
espaço, uma equipe de astronautas está na 
Lua, prestes a examinar um misterioso bloco 
negro dotado de inteligência extraterrestre. 
Perceba que, lá no fundo, é possível ver a Terra. 
 Arte 9
Troca de ideiasTroca de ideias
Compare essa imagem com a que você viu anteriormente do filme Viagem à Lua, de Méliès. Quais são as 
principais diferenças entre elas? Converse com os colegas sobre suas percepções.
7 Leitura complementar.
Cineminha
2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO
Direção: Stanley Kubrick
Gênero: Ficção científica
Ano de lançamento: 1968
Duração: 2 h 29 min
País: Inglaterra
Sinopse: O filme 2001: uma odisseia no espaço é repleto de mistério do co-
meço ao fim. A obra foi filmada em 1968, um ano antes da primeira expe-
dição da Nasa à Lua, e por isso podemos dizer que o filme fez uma espécie 
de “projeção do futuro”. Nessa ficção, que você já deve ter adivinhado que 
se passa no ano 2001, alguns astronautas estadunidenses teriam encontrado evidências da presença 
de inteligência alienígena na Lua e em Júpiter. O diretor Stanley Kubrick foi inovador porque, em vez de 
mostrar discos voadores ou ETs humanoides (como estamos acostumados a ver em obras de ficção), ele 
representou os alienígenas como enigmáticos blocos escuros, chamados de monólitos. O interessante é 
que o visual desses blocos pode se remeter ao formato de celulares e tablets do nosso século. 
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Embora tenha sido filmado na década de 1960, esse filme é impressionante ainda nos dias de hoje. Tanto 
que, na época, foi vencedor de um prêmio Oscar por seus efeitos visuais. Para alguns, suas imagens foram até 
mais convincentes do que as produzidas pela Nasa nas jornadas reais até a Lua.
Considerado o melhor filme do gênero espacial já produzido, 2001: uma odisseia no espaço, em sua famosa 
sequência de imagens, destaca o impacto da tecnologia sobre a humanidade. 
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Na imagem da esquerda, você pode ver a representação de um ancestral 
dos humanos que, pela primeira vez, tem a ideia de usar um osso como 
ferramenta. Na imagem da direita, o osso arremessado por ele dá lugar a 
uma nave espacial, de formato semelhante. Essa é uma das sequências mais 
famosas de 2001: uma odisseia no espaço. 
8o. ano – Volume 310
Troca de ideiasTroca de ideias
Vamos entender melhor essa sequência do filme 2001: uma odisseia no espaço. Na primeira cena, há a 
representação de um dos primeiros ancestrais humanos, que se depara com os ossos de um animal. Em um 
primeiro momento, ele brinca com os ossos, mas, depois e pela primeira vez, tem a ideia de abater outros ani-
mais usando um osso como porrete. Na sequência, vemos esse ancestral humano usar a ferramenta como arma 
contra seres da sua própria espécie.
Depois da luta, ele atira o osso para cima. Em destaque na imagem, o osso lançado dá lugar a uma espa-
çonave, de formato semelhante. Perceba que, com essa associação de imagens, o diretor Kubrick representa 
o salto evolutivo da tecnologia humana – do início da conquista do ambiente terrestre, por meio de uma 
simples ferramenta de osso, até a conquista do espaço, muito tempo depois, com uma ferramenta muito mais 
elaborada: a nave.
Aulas 7 e 8
Como você viu, no filme de Kubrick, o primata 
aproveitou um recurso banal, que estava disponível 
na floresta, e o transformou em uma ferramenta de 
defesa, que passou a ser valiosa para sua sobrevi-
vência. Pensando nesse exemplo, observe quais ma-
teriais ao seu redor poderiam ser transformados ou 
aproveitados como instrumentos artísticos. Converse 
com os colegas sobre as suas ideias. 
Como você viu, um osso pode ser transformado em arma, mas pode 
também ser transformado em uma flauta, como essa da imagem. Estima-
-se que esse instrumento tenha sido confeccionado há aproximadamente 
35 mil anos, mas ele foi encontrado por pesquisadores apenas em 2009, 
em uma caverna na Alemanha.
Atividades
Agora, escolha uma ferramenta de fácil acesso e crie uma apresentação artística. Na data combinada, 
apresente a sua criação aos colegas. Encaminhamento da atividade.15
Encaminhamento 
da atividade.
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m Utilize o roteiro de questões a seguir para apro-
fundar a reflexão. Depois, anote suas conclusões no 
Diário de bordo.
• Cite uma ferramenta artística interessante que 
você já usa com frequência ou que poderia 
usar facilmente se quisesse (lembre-se: as 
possibilidades são inúmeras – lápis, celular, tecido 
e até mesmo a voz podem ser entendidos e 
aproveitados como ferramenta artística.).
• Quais são as características dessa ferramenta que 
a diferenciam das demais? 
• Você já explorou todos os recursos que ela oferece? 
• Existe uma forma nova de usá-la? Qual? 
• Cite uma ferramenta artística interessante que 
você não usa, mas que gostaria de usar. 
• Por que você gostaria de usá-la?
• Quais efeitos artísticos você imagina que ela oferece?
• Por que você ainda não está usando essa ferra-
menta e como você poderia se aproximar dela?
 Arte 11
Chico Science (1966-1997)
O cantor e compositor pernambucano Chico Science se tornou um 
dosmais importantes artistas da música pop nacional. Ele fez parte 
da banda Nação Zumbi, com a qual lançou os álbuns Da lama ao 
caos (1994) e Afrociberdelia (1996) que, de acordo com alguns es-
pecialistas, estão entre os 100 melhores discos da música brasileira. 
Em suas músicas, Chico misturava ritmos brasileiros, principal-
mente os típicos de Pernambuco (como o maracatu e a ciranda), 
com rock, rap e outras sonoridades internacionais.
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• Chico Science
O computador como parceiro artístico 
ApreciArte
Representado por meio de uma câmera com luz vermelha, o computador 
inteligente HAL 9000 é um dos vilões do filme 2001: uma odisseia no espaço.
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A relação cada vez mais próxima entre seres humanos 
e computadores também gera discussões no mundo 
artístico. Por exemplo, até que ponto a interferência 
dos computadores pode ser válida ou prejudicial na 
produção de uma obra? Um computador pode ser 
“artista” ?
Na década de 1990, a banda pernambucana Chico 
Science & Nação Zumbi interpretou uma canção sobre 
esse tema. Veja a seguir.
Computadores fazem arte 
Computadores fazem arte
Artistas fazem dinheiro
Computadores fazem arte
Artistas fazem dinheiro
Computadores avançam
Artistas pegam carona
Cientistas criam o novo
Artistas levam a fama
ZEROQUATRO, Fred. Computadores 
fazem arte. Intérprete: Chico Science. 
In: CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI. 
Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Sony 
Music,1994. 1 CD. Faixa 13 (3 min 13 s).
Leitura complementar.16
Agora, vamos analisar outro ponto do 
filme 2001: uma odisseia no espaço. Como 
você sabe, a obra foi gravada em 1968 e, já 
naquele ano, o diretor Kubrick também an-
tecipou o quanto seríamos dependentes dos 
computadores. No filme, um computador 
chamado Hal 9000 tem total controle sobre 
a nave que viaja rumo a Júpiter. A máquina 
é capaz de pensar, falar e até ter sentimen-
tos, tanto que, no enredo, Hal 9000 se rebela 
contra os astronautas da nave.
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8o. ano – Volume 312
Saiba +
Inteligência artificial agora cria boa literatura e quadros de Rembrandt
Na semana passada, pela primeira vez em quatro sé-
culos, um novo quadro do pintor holandês Rembrandt 
(1606-1669) foi revelado ao público. Produzido, to-
davia, em pleno 2016. A tela, batizada de The Next 
Rembrandt (O Novo Rembrandt), foi criada por um 
programa da Microsoft.
Usando dados de 346 quadros do holandês, um algo-
ritmo de reconhecimento facial identificou um padrão 
no traço do artista e o reproduziu em um retrato de um 
homem caucasiano com barba, entre os 30 e 40 anos, 
roupas escuras com gola branca, chapéu e olhar para a 
direita.
“Usamos tecnologia e dados, assim como Rembrandt usava tintas e pincéis, para criar 
algo novo”, comemorou Ron Augustus, diretor da Microsoft. No mês passado, um outro 
programa, desta vez japonês, quebrou um tabu no meio eletrônico: pela primeira vez con-
seguiu emplacar um conto em um popular concurso de literatura do Japão. [...]
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Parece uma pintura, não é mesmo? 
Mas essa obra, chamada de O 
novo Rembrandt, na verdade foi 
criada em 2016, por um programa 
de computador. Isso mesmo! Um 
programa de computador conseguiu 
adotar e reproduzir as características 
mais marcantes do pintor holandês 
Rembrandt (1606-1669), célebre por 
pintar retratos. 
Leitura complementar.17
algoritmo: esse é um conceito 
matemático muito usado na computação. 
É um conjunto de regras e procedimentos 
lógicos que, juntos, são capazes de gerar 
determinados resultados. Por exemplo, 
se os algoritmos de um artista forem 
estabelecidos, o computador, com base 
nos dados obtidos, pode gerar uma 
imagem, uma música ou um texto.
DicionArte
Leia a reportagem abaixo, que aborda justamente a criação de uma pintura por meio de um 
programa de computador.
MOSER, Sandro. Inteligência artificial agora cria boa literatura e quadros de Rembrandt. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.
com.br/caderno-g/inteligencia-artificial-agora-cria-boa-literatura-e-quadros-de-rembrandt-2ntj4gwub2b0fa1wiqsz4qnfb>. Acesso 
em: 23 jan. 2019. 
Pesquisador de Inteligência Artificial atualmente em 
estágio doutoral na Telecom ParisTech (Paris), Heitor Murilo 
Gomes diz que é preciso ser cauteloso ao associar “criatividade 
e inteligência artificial numa mesma frase”. Para ele, ainda 
estamos longe da máquina criativa.
“Ainda não há como definir de forma precisa o que é 
criatividade. Seria criatividade um estado de espírito, uma 
habilidade, um processo?” Para ele, estes experimentos 
mostram que é possível ensinar máquinas a “digerirem 
conhecimento existente (em diversos formatos, isso pode ser 
extremamente difícil!) e a criar novas instâncias do mesmo 
tipo a que elas foram ensinadas”, explica. Ele destaca, 
porém, que estes experimentos podem ajudar a entender 
como funciona a criatividade no ser humano, mesmo que de 
forma indireta, “pois quanto mais pensamos em como imitar, 
mais corremos o “risco” de aprender como é.” Para ele, para 
definir se as Inteligências Artificiais estão produzindo arte 
seria preciso responder outra pergunta controversa: “O que 
é arte? Dependendo da definição, elas já estão fazendo”, diz.
 Arte 13
Hora de estudo
 1. Com base nos seus estudos deste capítulo, assinale com (V) as alternativas verdadeiras e com (F) as 
falsas.
a) ( F ) Produzida com o uso de um programa de computador que estudou nada menos do que 
346 quadros anteriores de Rembrandt, a tela The Next Rembrandt (O Novo Rembrandt) surpreen-
deu a todos por sua criatividade. Por sua relevância, ela tem boas chances de entrar para a história 
da arte. 
b) ( V ) O fato de um computador gerar uma tela nova não faz dele um ser verdadeiramente criativo. 
A criatividade ainda não foi incorporada pelas máquinas, que apenas reproduzem padrões já exis-
tentes e programados por humanos. 
c) ( V ) Na letra da canção Computadores fazem arte, interpretada por Chico Science, é possível 
identificar uma crítica não aos computadores, mas a muitos artistas que apenas “pegam carona” 
em avanços criados pela ciência. 
d) ( V ) No século XIX, quando os pintores impressionistas passaram a usar tintas em tubos, que facili-
tavam suas pinturas ao ar livre, eles aderiram a um avanço tecnológico do seu tempo, que contribuiu 
para a criação de obras inovadoras. De forma semelhante, no século XXI, o uso de computadores e 
outros recursos digitais podem ser ferramentas válidas para a criação de obras relevantes. 
e) ( F ) A nova tela criada por um programa de computador, no estilo de Rembrandt, prova que a 
técnica de pintura humana, com pincel e tinta, já foi superada. Em nosso tempo, não há mais espa-
ço para a criação de obras que não usam computadores e recursos digitais. 
 2. Analise as seguintes afirmativas:
I. Podemos dizer que a arte muitas vezes antecipa desejos de conquistas científicas da humanidade, 
tanto que o cinema abordou a chegada à Lua muito antes de ela ter acontecido realmente.
II. O uso de efeitos especiais no cinema é uma prática que só começou a ser implementada a partir da 
década de 1960, com o aprimoramento dos computadores.
III. Conhecida como “projeção mapeada”, a técnica de projetar imagens sobre quaisquer superfícies, 
possibilitando efeitos tridimensionais, já está se popularizando no Brasil.
Estão corretas as alternativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Apenas a I.
e) Apenas a II.
3. Cite uma obra artística, apreciada por você, que faça uso de elementos tecnológicos. Explique de que 
forma essa tecnologia é importante para a obra.
 Pessoal.
a) Falsa. No texto, vemos que o pesquisador de Inteligência Artificial Heitor Gomes afirmou que a máquina criativa ainda está longe 
de ser desenvolvida, porque ainda não há como definir precisamente o que é a criatividade (um estado de espírito, humor?).
A questão II está errada. Os alunos aprenderam que Georges Méliès, em 1902, mesmo semcomputadores, criou diversos efeitos especiais para seu filme Viagem à Lua.
Gabarito: b
e) Falsa. Essa afirmação não pode ser encontrada no texto em momento algum. Na con-
temporaneidade, coexistem várias técnicas e tecnologias oriundas de épocas diferentes.
14
1. Você já imaginou a possibilidade de viajar ao espaço para criar obras de arte? 
2. Se você pudesse ir até lá, o que faria?
3. Como seria feita uma dança em gravidade zero? 
4. Você acha que seria possível criar, no espaço, obras de música, artes visuais e teatro?
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Gravidade zero 
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• Ricky Seabra e Andrea Jabor, no espetáculo 
carioca Isadora.Orb: a Metáfora Final
Encaminhamento metodológico.1
Aula 1
15
Objetivos
• Conhecer um poema criado por uma astronauta.
• Aprender a diferença entre low-tech e high-tech.
• Saber mais sobre a dança de Isadora Duncan.
• Criar uma coreografia espacial.
• Conhecer um disco com músicas e sons da Terra que já deixou o Sistema Solar.
Artista no espaço
O artista Ricky Seabra não apenas imaginou a possibilidade 
de fazer arte no espaço como escreveu sua dissertação de mes-
trado com base nessa ideia. Ele propôs a construção de um mó-
dulo espacial, chamado Isadora, para abrigar artistas na Estação 
Espacial Internacional. Segundo ele, o espaço não precisa ser 
apenas técnico, apenas das ciências. Ao contrário, todos os ramos 
de conhecimento deveriam poder se apropriar dele, inclusive as 
artes e as humanidades. 
Quando morava em Brasília (DF), Ricky Seabra leu a seguinte 
chamada de notícia: 
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O espetáculo artístico Isadora.Orb, a Metáfora Final 
questiona o monopólio da ciência sobre espaço.
CANÇÕES do espaço. Disponível em: <http://memoria.bn.br/pdf/030015/
per030015_1988_00286.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018. 
A ideia de que a exploração espacial também poderia estar relacionada a experimentos artísticos, como 
cantar no espaço, fascinou Ricky. 
Atividades
Outra pioneira das artes no espaço foi a astronauta japonesa Chiaki Mukai: a primeira pessoa a fazer um 
poema em órbita. Ela escreveu um tanka, que é um tipo de poema oriental que pode ser escrito por mais 
de uma pessoa. Por exemplo, a primeira pessoa escreve os primeiros versos, e a segunda pessoa escreve 
versos que complementam os primeiros. Veja o poema que ela fez: 
Gire cambalhotas 
no espaço, quantas desejar. 
Isso é leveza.
O cosmonauta Yuri Romanenko transformou o tédio 
das longas viagens orbitais em melodias e compôs 20 can-
ções – as primeiras a serem feitas no espaço – sobre o can-
saço dos voos, a ausência da família e dos amigos. 
Leitura complementar.2
Divo Padilha. 2006.
 Digital.
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O poema dela, feito lá no espaço, foi divulgado em um jornal e mais de duzentas mil pessoas responderam 
criando a segunda parte. Veja duas dessas respostas nos quadros à esquerda e crie uma resposta no quadro em 
branco à direta.
Cambalhotas em 
uma banheira. 
Isso é o espaço para 
o meu filho.
Estrelas cintilam 
e aplaudem.
Foi com essas ideias em mente que, em 2006, Ricky criou o espetáculo Isadora.Orb, a Metáfora Final, em 
parceria com a bailarina e coreógrafa Andrea Jabor. A peça reúne linguagens artísticas como dança, teatro de 
objetos, contação de histórias e documentário.
Acontece assim: Ricky cria imagens da Terra, da Lua e do espaço sideral usando cartões, discos e fotografias. 
Depois, essas imagens são projetadas no palco, ao vivo, e Andrea interage com elas de diversas formas, seja 
criando sons como DJ, seja dançando sobre as projeções. 
Os procedimentos usados durante a apresentação são simples e criativos: com uma filmadora sobre o palco, 
Ricky filma Andrea Jabor dançando e, ao projetá-la no telão sobre as imagens do espaço, faz parecer que está 
flutuando. Para simular o solo lunar, ele usa um montinho de areia no chão do palco. 
Tudo é acompanhado de perto pela plateia, que vê tanto o processo de produção de cada cena quanto seu 
resultado no telão.
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Os artifícios técnicos utilizados no espetáculo (como as projeções feitas 
por Ricky Seabra) unem-se aos movimentos da dança de Andrea Jabor 
para criar momentos poéticos
• Usando o zoom de sua câmera filmadora, o artista “transfor-
ma” um montinho de areia em solo lunar. Observe, na foto, 
uma réplica da escultura de alumínio O homem falecido, do 
artista belga Paul van Hoeydonck. Ela foi deixada na Lua, no 
dia 2 de agosto de 1971, em homenagem aos astronautas e 
cosmonautas que morreram durante a corrida espacial
• Andrea Jabor parece flutuar no espaço, no espetáculo Isadora.
Orb, a Metáfora Final. Ela foi filmada de cima do palco e pro-
jetada no telão, sobre a imagem das mãos de Ricky Seabra
3 Texto complementar.
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 Arte 17
Na arte, podemos citar como exemplo de low-tech os efeitos especiais presentes nos filmes de Méliès: para 
dar a impressão de que alguém havia desaparecido, ele parava a câmera, retirava o personagem e voltava a 
filmar. Essa técnica se chama stop motion e é considerada básica nos dias de hoje, mas, na época, era o que 
existia de mais avançado. 
Atualmente (um século depois de Méliès), já é possível fazer alguém desaparecer muito facilmente usando 
um programa de computador. Ou seja, se algum diretor continua trabalhando com low-tech, é por opção. 
E esse é o caso de Ricky Seabra e de Andrea Jabor no espetáculo Isadora.Orb, a Metáfora Final. Eles escolhe-
ram usar uma tecnologia em que tudo é feito “à mão”, mesmo tendo disponíveis recursos mais complexos ou 
high-tech (de alta tecnologia). Ricky permanece o tempo todo no palco e o público o vê operando os seus 
objetos e a câmera. Essa é sua linguagem como artista e também o seu diferencial. Ao contrário de Méliès, ele 
quer mostrar ao público como é feito seu espetáculo, não quer que pareça mágica. 
Na tecnologia low-tech, os artistas lidam com os materiais em si, e por 
isso é possível visualizar seu mecanismo de forma palpável. Já na high-tech, 
a alta tecnologia, tudo está associado ao universo digital, dos hardwares e 
softwares. O videogame é uma tecnologia high-tech, pois tudo se proces-
sa na tela e você não sabe exatamente o que faz seu avatar saltar ao toque 
de um botão. 
Na arte, um tipo de tecnologia high-tech muito utilizado são os 
softwares de criação em dança, como o Isadora, desenvolvido pelos esta-
dunidenses Dawn Stoppiello e Mark Coniglio. O programa permite que, por 
meio de sensores fixados ao corpo, o movimento dos bailarinos interaja 
com sons, luzes e imagens.
No Brasil, a companhia paranaense PIP Pesquisa em Dança, dirigida por Carmen Jorge, trabalha com esse 
tipo de linguagem. No espetáculo WE CAGE, de 2010, foram usados sensores de peso no chão e de flexão e 
direção no corpo das bailarinas, que transmitiam informações por meio de wi-fi aos softwares Isadora, MAX MSP 
e Ableton Live. Os programas, por sua vez, devolviam a informação ao ambiente na forma de áudio, alterações 
na iluminação e projeções. 
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Low-tech ou high-tech?
Você sabia que existe um nome para a tecnologia anterior à informática e à computação? Ela é conhecida 
como low-tech, mas também podemos chamá-la de baixa tecnologia. Provavelmente você nem se dê conta, 
mas muitos dos objetos que você usa no dia a dia foram produzidos por meio da low-tech. Quer um exemplo? 
A cadeira em que você está sentado! Isso mesmo, ela é constituída de diversos pedaços de madeira, aço ou plástico 
conectados entre si com parafusos – baixa tecnologia. 
Aulas de 2 a 5
4 Leitura complementar.
5 Leitura complementar.
hardwares : equipamentos 
que compõem um computador, 
como monitor, placas, teclado, 
mouse, etc.
softwares : sistemas que 
controlam o funcionamento de 
um computador.
DicionArte
O espetáculo WE CAGE, dirigido 
por Carmen Jorge (PR), é um 
exemplo do uso de high-tech 
nadança. 
8o. ano – Volume 318
Troca de ideias
Você se identifica mais com a tecnologia low-tech ou com a high-tech? Se fosse utilizar uma das duas em 
um trabalho artístico, qual preferiria? Converse com os colegas e o professor sobre essas questões.
Atividades
Agora, você vai escolher entre uma tecnologia low-tech e uma high-tech para criar um trabalho, se-
guindo as orientações de seu professor. Depois, apresente o resultado da sua criação aos colegas.
Encaminhamento da atividade.6
Eu venho da Lua!
Nome de espetáculo, nome de módulo espacial, nome de software... Isadora já apareceu algumas vezes 
neste capítulo, você sabe o motivo? São homenagens à Isadora Duncan, um ícone da história da dança – ou, 
como Andrea Jabor cita em seu espetáculo: a “mãe” da dança moderna.
Isadora tinha um espírito livre, nunca quis se casar e é um símbolo da emancipação feminina. Talvez por isso 
tenha detestado as aulas de balé que teve – em vez disso, ela preferia dançar de acordo com sua própria von-
tade, sem seguir uma sequência de passos prontos. Uma vez, questionada sobre sua origem, Isadora Duncan 
respondeu: “Mas não está claro que eu venho da Lua?”. Ela sempre gostou dos astros.
Naquela época, as mulheres usavam espartilhos e tinham pouquíssima voz social. E Isadora foi uma das 
primeiras bailarinas a dançar com os pés descalços e roupas bem leves e esvoaçantes, inspiradas nas túnicas 
usadas pelos antigos gregos. Além de se apresentar em teatros, ela dançava também em espaços abertos, como 
bosques e praias, contemplando a natureza. Dessa forma, o vento e as ondas do mar frequentemente eram o 
mote de seus movimentos, que, segundo ela, vinham da alma. 
Isadora Duncan (1877-1927)
Isadora nasceu na cidade de 
São Francisco, nos Estados 
Unidos, e teve uma infância 
pobre e difícil, ao lado das três 
irmãs e da mãe. Contrapostos 
com sua forma livre e bela de 
dançar, diversos acontecimen-
tos trágicos ocorreram na 
vida de Isadora. Ela perdeu os 
dois filhos, ainda crianças, em 
um acidente automobilístico. 
Além disso, a própria morte 
dela foi bastante trágica: 
Isadora passeava em um carro 
conversível e sua echarpe, 
longa e esvoaçante, enroscou 
na roda do carro e a enforcou.
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Isadora Duncan foi responsá-
vel por grandes transformações 
na arte e foi também uma das pre-
cursoras da dança moderna. Com 
a finalidade de levar seus ideais de 
liberdade e de uma educação pela 
dança, ela esteve em turnê por di-
versos países – viveu até mesmo 
na Rússia socialista que, na época, 
era arquirrival dos Estados Unidos, 
seu país natal. 
A dança moderna é um mo-
vimento que começou no início 
do século XX e que despertou o 
interesse de diversos artistas com 
estilos bem diferentes. Observe al-
gumas de suas características em 
comparação às do balé clássico, 
muito em voga na época.
 Arte 19
Pensando na artista Isadora Duncan e no que você estudou até agora, que tal se movimentar um pouco? 
Lembre-se das principais características da dança moderna: tente se mover partindo do centro do cor-
po (o tronco, não apenas braços e pernas) e usando também os níveis médio e baixo do espaço, e não 
apenas o alto (ou seja, pode se movimentar agachado, deitado, não apenas em pé). 
 1. Vamos começar com um exercício de aquecimento que a própria Isadora trabalhava com seus alunos:
Além de dançarina, Isadora foi uma grande educadora. Seu objetivo era ensinar a viver, e não apenas a dan-
çar, e por isso ela teve escolas em Berlim e Moscou. Essas escolas recusavam as crianças ricas e recebiam apenas 
as que não podiam pagar. Ela dizia:
Antes de morrer, quero ensinar a centenas de crianças como deixar suas almas encherem seus corpos, 
que crescem com música e amor. Nunca ensinei passos a meus alunos. Nunca ensinei técnica a mim 
mesma. Eu lhes disse que apelassem para seu espírito, como eu apelei para o meu. Arte é apenas isso. 
7 Leitura complementar.
Encaminhamentos da atividade.8
Ponha suas mãos aqui em seu peito, depois levante-as cada vez mais alto até as estrelas, os 
planetas. Abrace o mundo todo com seus braços. Estenda-os para o universo! 
 2. Agora, imagine como seria se movimentar no espaço sideral. Caminhe pela sala como se estivesse em 
uma nave espacial sem gravidade. Observe o fluxo de seus movimentos, se é contínuo ou interrompido, 
e a velocidade de cada gesto, se é mais para rápida ou mais lenta. 
 3. Experimente dançar como: uma estrela cintilando; uma nave decolando; se estivesse girando cambalho-
tas no espaço; o big-bang.
 4. Retorne à atividade em que você completou o poema de Chiaki Mukai à sua maneira. Reescreva sua par-
te do poema em um pequeno pedaço de papel e entregue-o ao professor, que vai misturar aos de toda 
a turma. Depois disso, cada aluno vai sortear um poema e dançar de acordo com o que ele inspirar. 
 5. Lembre-se de um movimento que você tenha gostado muito. Com a ajuda do professor, ensine-o aos co-
legas e aprenda também os que eles ensinarem. Vocês vão juntar todos os movimentos experimentados 
para montar uma coreografia espacial. 
 6. Ensaiem até que esteja tudo bem aprendido. É possível acrescentar formações em círculos e linhas e 
também organizar-se em pequenos grupos para dar dinâmica à montagem. Lembre-se: som nenhum se 
propaga no vácuo do espaço sideral! Então façam como os dançarinos modernos e não usem música. 
DUNCAN, Isadora. Fragmentos autobiográficos. Tradução: Lya Luft. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 59.
Atividades
DUNCAN, Isadora. Fragmentos autobiográficos. Tradução: Lya Luft. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 85.
Principais características da dança moderna
• No balé, a figura do coreógrafo, que concebe os espetáculos e dirige os bailarinos, está sempre presente. Na dança 
moderna, por outro lado, é valorizada a criação individual de cada artista.
• No balé, o tronco tende a permanecer estável e são os braços e as pernas que se movem. Na dança moderna, o centro 
do corpo torna-se mais atuante.
• Pés descalços e maior contato com o chão, que passa a ser usado também para acolher movimentos sentados e 
deitados. 
8o. ano – Volume 320
Um LP deixa o Sistema Solar
A curiosidade humana pelos astros e pelo que acontece no espaço sideral motivou a produção de diversas 
obras artísticas, como as que você estudou até agora. 
Em 1977, supondo que possíveis civilizações extraterrestres também tenham interesse em saber o que se 
faz aqui na Terra, a Nasa encaminhou ao espaço discos de ouro com ilustrações, músicas, saudações e sons da 
Terra, acoplados às naves Voyager I e II. 
Elas iriam longe para explorar os planetas mais distantes de nosso sistema. Por isso, foram escolhidas para 
receber os discos com mensagens destinadas a seres de outros planetas ou humanos do futuro. Em 2015, a 
Voyager I já era o artefato humano mais distante da Terra, estando fora do Sistema Solar, a 20 bilhões de quilô-
metros, e a Voyager II, a 16 bilhões de quilômetros.
Aulas de 6 a 8
9 Leitura complementar.
10 Leitura complementar.O disco contém:
• 118 fotografias codificadas no formato de áudio, que retratam desde aspectos da fauna, flora e relevo de 
nosso planeta até particularidades da anatomia humana e das diversas culturas que habitam o globo;
• saudações em 54 idiomas humanos e também no das baleias-jubarte;
• os mais variados sons produzidos aqui, como os de um beijo, trator ou lançamento de um foguete;
• 87 minutos de uma seleção musical, composta pelas peças a seguir. 
No detalhe, a capa protetora de alumínio, onde 
constam instruções para reproduzir o disco – por 
meio de cartucho e agulha disponíveis na nave. 
Dentro da capa, foi colocado o disco, feito de cobre e 
coberto de ouro. Ele é semelhante ao LP (long-play) 
de vinil que conhecemos, mas feito de metal, para 
ter maior durabilidade.
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• Disco acoplado a uma 
das naves Voyager
1. Bach, Concerto de Brandemburgo n.º 2, em 
Fá, Primeiro Movimento, Munique. Orques-
tra Bach. Regente: Karl Richter. 4:40. 
2. Java, gamelão no pátio real,Tipos de flores, 
gravado por Robert Brown. 4:43.
3. Senegal, percussão, gravado por Charles 
Duvelle. 2:08.
4. Zaire, dança de iniciação das jovens pig-
meias, gravada por Colin Turnbull. 0:56.
5. Austrália, canções aborígenes: Estrela da 
manhã e Ave do diabo, gravadas por San-
dra LeBrun Holmes. 1:26.
6. México, El Cascabel, execução de Lorenzo 
Barcelata e do Mariachi México. 3:14.
7. Johnny B. Goode, escrito e executado por 
Chuck Berry. 2:38. 
8. Nova Guiné, canção da casa dos homens, 
gravada por Robert MacLennan. 1:20.
9. Japão, shakuhachi, As garças no ninho, 
execução do Coro Yamaguchi. 4:51. 
10. Bach, Gavotte em rondeaux da Partita n.º 3, 
em Mi maior para violino, execução de 
Arthur Grumiaux. 2:55.
 Arte 21
11. Mozart, A flauta mágica, ária da Rainha 
da Noite, n.º 14. Soprano Edda Moser. 
Ópera Bávara Estadual, Munique, regente 
Wolfgang Saivallish. 2:55. 
12. Geórgia R.S.S., coro, Tchakrulo recolhido 
pela Rádio de Moscou. 2:18.
13. Peru, flautas de Pã e tambor, recolhido pela 
Casa de la Cultura, Lima. 0:52.
14. Melancholy Blues, execução de Louis 
Armstrong e seus Hot Seven. 3:05.
15. Azerbaijão R.S.S., gaitas de foles, gravação 
pela Rádio de Moscou. 2:30.
16. Stravinsky, Sagração da primavera, Dança 
Sacrificial, Columbia Symphony Orchestra, 
regente: Igor Stravinsky. 4:35.
17. Bach, O Cravo bem-temperado, Livro 2, 
Prelúdio e Fuga em Dó, n.º 1. Piano: Glenn 
Gould. 4:48.
18. Beethoven, Quinta Sinfonia, Primeiro Mo-
vimento, Philharmonia Orchestra, regente: 
Otto Klemperer. 7:20. 
19. Bulgária, Izlel je Delyo HAgdutin, cantado 
por Valva Balkanska. 4:59.
20. Índios Navajo, Canto da noite, gravado por 
Willard Rhodes. 0:57.
21. Holborne, Paueans, Galliards, Almains and 
Other Short Aeirs, “The Fairie Round”, em 
execução de David Munrow e do Early 
Music Consort of London. 1:17. 
22. Ilhas Salomão, flautas de Pã, recolhido pelo 
Solomon Islands Broadcasting Service. 1:12.
23. Peru, canção nupcial, gravada por John 
Cohen. 0:38.
24. China, ch’in, Correntes que fluem, execução 
de Kuan P’ing-hu. 7:37.
25. Índia, raga, Jaat Kahan Ho, cantada por 
Surshri Kesar Bai Kerkar. 3:30. 
26. Dark was the night, escrita e executada por 
Blind Willie Johnson. 3:15.
27. Beethoven, Quarteto de Cordas n.º 13, em Si 
bemol, Opus 130, Cavatina, em execução 
do Quarteto de Cordas de Budapeste. 6:37.
FERRIS, Timothy. A música da Voyager. In: SAGAN, Carl et al. Murmúrios da Terra: o disco interestelar da Voyager. Rio de Janeiro: F. Alves, 1984. p. 206-207.
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• Fotos e ilustração que fazem parte dos disco das naves Voyager: astronauta no espaço; Terra com representação de alguns elementos, 
como o símbolo da água; nave espacial em momento de lançamento; jantar chinês
Organize as ideias 
Leia o texto a seguir.
A música do mundo – desde os cânticos ao sol do Egito Antigo e as “orquestras celestiais” dos 
budistas à frequência com que as palavras “lua” e “estrelas” surgem nas canções ocidentais popu-
lares – é pontilhada de temas inspirados pela visão do céu noturno, quando o sol se retira e nos é 
permitido contemplar o esquema mais amplo das coisas. Agora, oitenta e sete minutos e meio de 
música foram enviados para as estrelas, a bordo da Voyager, como em retribuição daquela dívida 
de inspiração. [...]
Troca de ideias
Por que você acha que essas 27 músicas foram escolhidas para retratar a produção artística terrestre? Con-
verse com os colegas e o professor sobre as suas percepções. Encaminhamento da atividade.11
8o. ano – Volume 322
Em decorrência desta ambição, estabelecemos dois critérios. Em primeiro lugar, deveriam ser 
incluídas contribuições originárias de uma ampla faixa de culturas e não apenas a música carac-
terística da sociedade que lançou a espaçonave. Em segundo, nada deveria ser incluído que fosse 
meramente uma questão de respeito; cada seleção teria que tocar o coração, bem como a mente.
[...] Reconhecíamos que na melhor das hipóteses só poderíamos satisfazer o primeiro critério 
de maneira imperfeita. Além de nossas próprias tendências culturais e das restrições de tempo 
do disco, tínhamos que enfrentar a profunda falta da informação que surge quando investigamos 
além da nossa própria cultura. A Terra pode ser um entre muitos mundos, mas também contém 
muitos mundos.
No tocante ao nosso êxito em apresentarmos músicas de culturas não ocidentais – metade do 
disco da Voyager pertence a elas –, devemos esse sucesso a [...] amigos e colaboradores. 
[...] O segundo critério, quanto a sentirmos profundamente tudo aquilo que colocamos no 
disco, sem dúvida produziu divergências de opinião. Entre nós, alguns eram mais motivados 
pela música clássica – ocidental e oriental – do que pela chamada música folclórica. Com outros 
sucedia o contrário. Todos os envolvidos na seleção musical – o núcleo se compunha de Carl e 
Linda Sagan, a romancista Ann Druyan e eu, mas em várias ocasiões o comitê incluiu várias ou-
tras pessoas – perderam alguma peça favorita, durante o processo [...]. 
FERRIS, Timothy. A música da Voyager. In: SAGAN, Carl et al. Murmúrios da Terra: o disco interestelar da Voyager. Rio de Janeiro: F. Alves, 1984. p. 206-207.
Agora, observando também a lista das músicas selecionadas para as naves Voyager, responda:
 1. Quais foram os critérios para a escolha das músicas presentes no disco das naves Voyager?
 2. Foi possível alcançar o objetivo proposto no primeiro critério? Justifique sua resposta.
 3. O que você acha do segundo critério? É possível atendê-lo plenamente? Aquilo que “toca o coração e a 
mente” de alguém coincide exatamente com o que toca outras pessoas?
Na década de 1970, o termo curadoria ainda não era tão utilizado quanto hoje, mas mesmo assim podemos di-
zer que o texto que você acabou de ler é um registro dos curadores da parte musical dos discos das naves Voyager. 
Então, como você pode concluir, um curador é “aquele que cuida” de um projeto artístico, é quem seleciona 
e organiza as obras e dá a elas sentidos diferentes ao colocá-las em conjunto. 
Vamos entender melhor: imagine que um artista visual produziu 100 obras em sua vida. Para organizar uma 
exposição, o curador responsável pode optar por reunir, por exemplo, 35 dessas imagens para ressaltar deter-
minado aspecto da produção do artista. Hipoteticamente, digamos que o curador pode escolher 35 telas que 
foram produzidas quando o artista esteve morando em determinado país, ou 35 telas em que ele usou uma 
técnica muito particular. 
Outro exemplo: digamos que os curadores de um festival de dança anual decidem que é hora de 
chamar atenção do público para diferentes formas de utilizar a tecnologia nessa linguagem artística. 
Pensando nisso, reúnem uma diversidade de artistas para se apresentar, desde bailarinos que trabalham 
com sapatilha de pontas (que também é uma forma de tecnologia) até aqueles que operam softwares, 
como o Isadora, para interagir com seus movimentos. Ao colocar o foco nessa questão, todas as pessoas 
que forem assistir ao espetáculo estarão atentas a isso, o que possibilitará ampliar as discussões sobre esse 
assunto.
Como vimos no exemplo das naves Voyager, é possível ter curadoria até mesmo em um disco de música. 
Nesse caso, um artista ou produtor musical seleciona as músicas que farão parte da obra, de acordo com 
determinado conceito. 
Encaminhamento da atividade.12
 Arte 23
Atividades
Leia o texto a seguir. Encaminhamento da atividade.13
Descreva o mundo. Não apenas aquela bola multicolorida das fotografias tiradas pelas naves es-
paciais, mas o mundo – seu lugar no espaço, suas variadas biotas, suas contrastantes culturas com 
seus costumes, arte e tecnologia –, tudo, ou pelo menos o suficiente para dar uma ideia geral. E faça 
isto com um LP.
Ah, sob uma condição: aceite por definição que seus ouvintes não falam sua língua e que sequer 
tiveramnotícias da Terra ou do Sistema Solar. Ouvintes que habitam talvez um planeta com órbita 
em outra estrela, a anos-luz de qualquer coisa identificável como lar. 
EBERHART, Jonathan. Para seres e tempos do futuro. In: SAGAN, Carl et al. Murmúrios da Terra: o disco interestelar da Voyager. Rio de Janeiro: F. Alves, 
1984. p. 35. 
Essa foi a missão dos organizadores dos discos das naves Voyager. Agora é sua vez de fazer uma atividade 
de curadoria! 
Forme um grupo com dois colegas e, juntos, imaginem que vocês são responsáveis por enviar uma mala 
ao espaço. Ela deve conter objetos que contem a um extraterrestre como é a vida na Terra. 
 1. Comecem escolhendo uma mala, bolsa ou caixa, para abrigar tudo. Pensem que ela não deve ser escolhi-
da ao acaso, com critérios como “gosto” ou “não gosto”. Ela precisa ter relação com os objetos que vocês 
vão colocar dentro dela e também deve ter a ver com a “missão” que vocês têm. Podem customizar a 
mala. Façam com que ela tenha a “cara” que vocês quiserem. 
 2. Façam um levantamento de 10 coisas que vocês querem incluir. A cada escolha, o grupo, em conjunto, 
deve discutir o porquê de o objeto entrar ou não na seleção. Anotem todos os motivos. 
 3. Uma vez que o grupo tenha entrado em acordo sobre a seleção dos objetos, é hora de obtê-los. Com 
eles em mãos, verifiquem novamente se a permanência deles na mala continua fazendo sentido para 
todos. 
 4. Observem se existe algo em comum entre eles e se é possível dar um título para a seleção que vocês 
fizeram. 
 5. Escrevam um breve texto apresentando a composição para a turma. Vocês também podem fotografar 
cada etapa do processo e deixar tudo registrado no Diário de bordo.
 6. A turma vai organizar uma exposição com as malas compostas por todos os grupos. A ideia é que todos 
apresentem performaticamente o trabalho realizado. Pensem em como será a mostra de vocês, quem vai 
falar, como estará vestido, se haverá música ou iluminação. 
 7. Tudo pronto? Então, é só iniciar a contagem regressiva e decolar! 5... 4... 3... 2... 1! 
Nas artes visuais, quando normalmente falamos de quadros, esculturas e objetos, o curador pode até mes-
mo ser responsável pela conservação das obras físicas dos artistas. 
Refletir sobre a melhor disposição delas no espaço também é uma de suas atribuições. Assim, para organizar 
uma exposição, o curador deve observar aspectos como iluminação, cores de fundo, trajeto que o espectador 
percorrerá, o que será usado como suporte para as obras, formato do fôlder de apresentação, entre muitos 
outros. 
8o. ano – Volume 324
 3. O que está em exposição? Onde os objetos 
estão dispostos?
Há apenas quadros em exposição. Estão nas paredes, 
uns ao lado dos outros, com considerável espaço entre 
eles. São mostrados à altura dos olhos de quem caminha
e seguem uma linha reta ao longo da sala.
 4. Para que você acha que serve o banco no 
meio da sala?
Para que os espectadores que desejarem contemplar 
um quadro por mais tempo possam sentar. 
 5. Qual a diferença entre essa mostra e as que 
você viu antes?
Existe mais espaço entre uma obra e outra e bem 
menos telas na sala, o que permite olhar cada obra 
com mais atenção. O fato de os quadros estarem à 
altura dos olhos torna a visitação mais confortável. 
Do mesmo modo, a possibilidade de se sentar permite 
que cada quadro seja analisado por mais tempo. O 
percurso aparece bem mais organizado, direcionando 
o que o público deve ver e em que ordem isso deve 
acontecer.
Agora, veja um momento da exposição cha-
mada A magia de Escher, que esteve em cartaz 
no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.
ApreciArte
As imagens a seguir retratam os primeiros “mu-
seus” da história, que datam do início do século XVII. 
Observe-as atentamente e depois responda às ques-
tões propostas. 
14 Leitura complementar.
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IMPERATO, Ferrante. Ritratto del Museu. 1599. 1 gravura em metal, 
31 cm × 39 cm. Biblioteca Beinecke de livros raros e manuscritos, Uni-
versidade de Yale, Estados Unidos.
 1. O que está sendo exposto?
Animais empalhados ou vivos, conchas, livros, moedas, vasos, 
pinturas, esculturas, etc.
 2. Como é a disposição desses objetos no espaço? 
Nas paredes, ao lado e em cima uns dos outros, do chão até
o teto. A distância entre eles é bem pequena.
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• Galeria 44, na Alemanha, depois da reorganização do 
Landesmuseum, feita por Alexander Dorner
FRANCKEN, Frans II. Kunst und Raritätenkammer. 1636. 1 óleo sobre 
madeira, 74 cm × 78 cm. Museu Kunsthistorisches, Áustria. 
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Agora, analise a foto a seguir, de uma exposição 
de 1922.
 Arte 25
de que uma criança é maior que uma pessoa adulta, 
bem aos moldes dos efeitos de ilusão que o pintor 
criava. 
 6. O que você acha dessa forma de visitar uma 
exposição, entrando, literalmente, na obra do 
artista? 
Pessoal.
 7. Se as quatro exposições que acabamos de ver 
estivessem em cartaz na sua cidade, qual delas 
você escolheria visitar? Por quê?
Pessoal.
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Gabinetes, salões e museus
Você consegue imaginar como surgiram os museus de arte? Antigamente, por volta do ano 1550, os cha-
mados gabinetes de curiosidades se tornaram muito comuns na Europa, e podemos considerá-los os pre-
cursores dos museus. 
Nesses gabinetes, alguns colecionadores reuniam seus objetos mais interessantes para expor aos amigos. Esses 
objetos iam desde animais empalhados até conchas e retratos de família, colocados uns ao lado dos outros e ocu-
pando todo o espaço disponível, do chão até o teto. As duas imagens que você viu na página 25 são exemplos disso.
A organização dos gabinetes de arte, mais tarde, influenciou a estrutura dos salões de arte. Estes últimos são con-
siderados as primeiras exposições da história e, neles, os quadros ocupavam todos os espaços disponíveis de uma sala. 
Os primeiros salões aconteceram em Paris, no século XVII. Inicialmente, eles eram montados ao ar livre, ocupando 
pátios de hotéis. Depois, passaram a ser feitos em espaços fechados, como a Galeria do Louvre, que hoje é um dos 
museus mais importantes do mundo. Observe a gravura a seguir, que ilustra uma exposição no Salão do Louvre, em 
1787, e também o depoimento, à direita, que nos dá uma perspectiva de como o público gostava desses salões.
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MARTINI, Pietro A. Lauda-Conatum, Exposition au Salon du Louvre. 
1787. 1 gravura, 32,5 cm × 49,5 cm. Biblioteca Nacional da França, Paris. 
Palavras não poderiam expressar o agra-
dável espetáculo que foi para mim ver 
de uma só vez uma quantidade prodigiosa 
de todo tipo de trabalho em todos os diver-
sos aspectos da pintura: histórica, retrato, 
paisagem, marinhas, flores, frutas; transmi-
tida por uma espécie de mágica, como se eu 
tivesse sido transportado para estranhos cli-
mas e aos mais remotos séculos [...]. 
CROW, 1985. apud CINTRÃO, Rejane. As montagens de exposições de 
arte: dos Salões de Paris ao MoMA. In: RAMOS, Alexandre D. Sobre o 
ofício do curador. Porto Alegre: Zouk, 2010. p. 16.
15 Leitura complementar.
16 Leitura complementar.
A maioria das obras do artista Maurits Cornelis Es-
cher (1898-1972) foi exposta de forma interativa. No 
exemplo que você pode ver na imagem, uma estru-
tura foi especialmente montada, dando a impressão 
• A magia de Escher, Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba
8o. ano – Volume 326
Os salões eram uma forma de os artistas mostrarem seus trabalhos. Para participar, era preciso se inscrever e 
se submeter ao crivo de uma banca, que aprovava ou não sua inclusão na mostra.
Por falar nisso, o pintor Monet, que você estudou no capítulo anterior, não foi aprovado em uma dessas 
seleções e, com outros artistas recusados, criou uma mostra paralela, chamada “Salão dos Recusados”. 
O pintor Courbet, outro artista que você já estudou, também inovou ao criar uma exposição paralela 
(e individual), apenas com suas pinturas. Ele não quis apresentar suastelas no meio da mostra de outros 
artistas, porque considerou que isso poderia interferir na leitura de sua obra. 
A partir do início do século XX, a organização das exposições começou a mudar, especialmente na Alema-
nha. O curador alemão Alexander Dorner foi um dos pioneiros a pensar nisso, propondo mais espaço entre as 
obras e até mesmo um local para o espectador se sentar e poder analisar os quadros com mais calma. 
Atividades
Vamos ao museu? Com a ajuda do professor, pesquise se na sua cidade ou nas vizinhanças há museus 
ou galerias de arte e analise o que está em cartaz em cada sala. De acordo com as regras da sua escola, 
verifique a possibilidade de a turma escolher uma exposição para visitar, mas com um olhar diferente: o 
olhar de um curador! 
No material de apoio, há um roteiro de visita. Destaque-o e, com ele em mãos, passeie pela exposição, 
prestando atenção em tudo e anotando suas observações na ficha. Tente desvendar o que a curadoria 
da mostra quis propor aos visitantes e, ao final do trabalho, compartilhe suas conclusões com a turma.
Encaminhamento da atividade.18
 Leitura complementar.17
Festival das Artes
O oitavo ano será responsável pela curadoria do Festival das Artes da escola. Cada turma do Ensino 
Fundamental – Anos Finais (sexto, sétimo, oitavo e nono anos) desenvolve, ao longo do ano letivo, as mais 
diversas produções artísticas. Com o professor, vocês vão levantar quais foram essas produções e selecionar 
algumas delas para fazer parte do festival. 
Lembrem-se: uma boa curadoria significa uma seleção criteriosa do que fará parte do festival. Para isso, 
sigam este passo a passo:
1. Façam um levantamento, com cada turma, do que eles têm disponível para ser apresentado no festival.
2. Com esses dados, analisem os materiais disponíveis com os seguintes critérios: O que eles têm em co-
mum? E de diferente? É possível estabelecer algum tipo de relação entre eles? Qual?
3. Usem a criatividade para criar alguns temas possíveis para o evento, com base nas respostas do passo 
anterior.
4. Tentem responder à seguinte questão: Assistir a um determinado trabalho selecionado ajuda a ampliar os 
sentidos de outro que também está na programação? Se sim, como isso acontecerá na exposição de vocês?
5. Pensem: Qual o melhor espaço para receber o evento e como é possível organizá-lo para potencializar 
o desenvolvimento do tema escolhido? E o melhor dia e horário?
6. Entre as propostas que surgirem, avaliem qual é a melhor e mãos à obra para dar forma ao festival! 
Lembrem-se: é a equipe de curadoria que convida os artistas selecionados e é também responsável por 
produzir um texto contextualizando a exposição.
Encaminhamento da atividade.19
 Arte 27
 1. Qual a importância de Isadora Duncan para a dança moderna?
Ela foi uma das precursoras da dança moderna. Contestava os valores vigentes da época, em que as mulheres tinham pouquíssima 
voz social. Fazia isso por meio da estética de sua dança, que negava os movimentos preconcebidos do balé clássico e propunha uma 
dança mais livre, realizada com os pés descalços e roupas leves, inspiradas nas túnicas usadas pelos antigos gregos.
 2. Dê um exemplo de tecnologia low-tech usada na arte.
Pessoal. Na arte, podemos citar como exemplo de low-tech os efeitos especiais presentes nos filmes de Méliès: para dar a impressão de 
que alguém havia desaparecido, ele parava a câmera, retirava o personagem e voltava a filmar. Essa técnica se chama stop motion e 
é considerada básica nos dias de hoje, mas, na época, era o que existia de mais avançado.
 3. Cite um exemplo de uso de tecnologia high-tech na arte.
Pessoal. Na arte, um tipo de tecnologia high-tech muito utilizado são os softwares de criação em dança, como o Isadora, desenvolvido pelos 
estadunidenses Dawn Stoppiello e Mark Coniglio. O programa permite que, por meio de sensores fixados ao corpo, o movimento 
dos bailarinos interaja com sons, luzes e imagens.
 4. Em que consiste um trabalho de curadoria?
Um curador é “aquele que cuida” de um projeto artístico, é quem seleciona e organiza as obras, dando a elas sentidos diferentes ao
colocá-las em conjunto. Isso pode ser tanto em museus (quadros, esculturas, etc.) quanto, por exemplo, em uma seleção de outros tipos de 
obras, como músicas.
Hora de estudo
28
Capítulo 6 – Página 27 – Atividades
Título da exposição: 
Autor(a): 
Roteiro Descrição
Ao chegar à exposição, como você foi recebido?
Alguém acompanhou a sua visita?
( ) Sim. Quem? 
( ) Não.
• Alguém entregou algum material impresso 
a você, como um programa da exposição 
(fôlder)? 
• Se sim, como ele é? 
• Esse material impresso tem alguma relação 
com o formato da exposição?
• Se você recebeu um programa sobre a 
exposição, veja se existe uma ficha técnica 
impressa nele, com o nome dos responsáveis 
pela mostra. Há alguém assinando a curadoria? 
Há textos sobre outros suportes 
além do fôlder?
Observe a iluminação da sala. 
• É uma luz geral? 
• Há focos específicos para cada obra? 
• Como as obras estão dispostas 
no espaço? 
• Como você analisa a distância entre elas? 
8o. ano – Volume 3
Material de apoio
 Arte 1
• Há outros objetos na sala, 
além das obras de arte? 
• Se sim, quais?
• Você considera que esses objetos atrapalham 
a exposição?
• Algum tipo de áudio faz parte da exposição?
• Se sim, qual? Como ele é?
• Existe alguma projeção de vídeo? 
• Se sim, qual? Como ela é?
• Há algum tipo de painel? 
• Se sim, qual a finalidade dele?
• Como é o percurso da exposição? 
• Que obras vêm primeiro? 
• O trajeto é livre ou a exposição direciona a 
caminhada do observador? 
• Existe alguma estratégia utilizada para 
aproximar o público da mostra?
• Se sim, qual?
• As obras estão distribuídas em diferentes salas? 
• Se sim, você conseguiu identificar um critério 
nessa divisão? (Por exemplo: por tema, por 
técnica, por artista, por período, etc.)
• Na exposição, você consegue identificar a 
intenção ou um possível discurso da curadoria?
• O que mais você observou e que não está aqui 
no roteiro?
2

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