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EF 8º ANO_HISTÓRIA_LIVRO DE ATIVIDADES_VOLUME 3 (PROFESSOR)

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Prévia do material em texto

©Biblioteca do 
Congresso, 
Washington, D.
C.©
Biblioteca do Co
ngresso, 
©Bib
Washington, D.
C.
Livro do Professor
Livro de
atividades
8o. ano
Volume 3
História
Brasil Império: Primeiro 
Reinado 2
9
10
11
12
Brasil Império: Período 
Regencial 9
Brasil Império: Segundo 
Reinado 16
Brasil Império: a crise do 
Segundo Reinado 22
2
Brasil Império: 
Primeiro Reinado
9
O Período Imperial brasileiro iniciou-se em 1822, com a Proclamação da Independência por D. Pedro I, e 
estendeu-se até 1889, ano em que a República foi instaurada no país. O Brasil Imperial é dividido historicamente 
em três momentos.
Política e economia
Após a declaração da Independência, 
ocorrida em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I 
tomou algumas ações para consolidar seu 
projeto de transformar a ex-Colônia em um 
grande império.
Primeiro Reinado 
1822-1831
 Segundo Reinado 
1840-1889
Período Regencial 
1831-1840
Governo de D. Pedro I Governo exercido por regentes Governo de D. Pedro II
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Desenvolver a economia
Elaborar uma Constituição
Garantir a posse do território brasileiro
Adquirir reconhecimento internacional
Panorama histórico do Brasil no início do século XIX
• Crise econômica que intensificou as desigualdades sociais.
• Decadência da extração de ouro e de pedras preciosas.
• Concorrência de mercadorias como o açúcar, o charque e o couro com produtos estrangeiros. 
• Realização de empréstimos com o governo inglês para sanar as dificuldades econômicas do novo Império. 
• Movimentos contra a independência nas regiões da Bahia, do Pará, do Maranhão, do Piauí, do Ceará e da 
Província Cisplatina (no sul do país). Mulheres brasileiras se destacaram na luta pela emancipação política 
do reino, como a abadessa Joana Angélica de Jesus (1782-1822), Maria Quitéria (1792-1853) e Maria Felipa 
(?-1873), da Província da Bahia. 
Reconhecimento da Independência
Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil; já os reinos europeus só o 
fizeram após o consentimento de Portugal. Várias negociações foram intermediadas pelos britânicos para que 
os portugueses reconhecessem a emancipação brasileira em agosto de 1825.
3 História – 8o. ano – Volume 3
Constituição de 1824
Em 1823, deu-se início à discussão sobre um projeto de constituição para o Império brasileiro com a abertu-
ra de uma Assembleia Constituinte. Conheça o posicionamento de dois partidos políticos à época. 
Partido Brasileiro Partido Português
• Tinha características liberais.
• Defendia a supremacia do Poder 
Legislativo sobre o Executivo. 
• Defendia a autonomia das províncias.
• Tinha características conservadoras.
• Defendia um governo centralizado na 
figura de D. Pedro I.
• Defendia amplos poderes ao imperador.
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18
24
Criação dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador. Este determinava a 
supremacia do imperador, que poderia vetar as decisões das outras instâncias.
Divisão do Brasil em 18 províncias, com presidentes nomeados pelo imperador.
Garantia do direito de posse das propriedades e dos escravizados adquiridos antes da 
Independência.
Estabelecimento do catolicismo como religião oficial do reino.
Instauração do voto censitário, baseado na renda dos indivíduos. Mulheres e escravizados não 
tinham qualquer participação política.
Em 1823, para colocar fim aos desacordos entre os partidos Português e Brasileiro, D. Pedro I, de forma auto-
ritária, fechou a Assembleia e encomendou uma Constituição baseada nas leis portuguesas. Como os senadores 
se negaram a deixar o local, o edifício foi cercado pelas tropas imperiais, acontecimento que ficou conhecido 
como Noite da Agonia. Com isso, a primeira Constituição do Brasil foi outorgada em 25 de março de 1824. 
Observe, no esquema a seguir, suas principais características.
Revoltas do Primeiro Reinado
Em reação às medidas centralizadoras de D. Pedro I, algumas revoltas ocorreram durante o Primeiro Reinado, 
demonstrando o descontentamento de alguns grupos quanto ao governo imperial. 
Confederação 
do Equador 
(1824)
As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará não concordavam 
com a centralização do poder imposta por D. Pedro I. Os líderes da revolta objetivavam a 
criação de um novo país na região, com um regime republicano e contrário à escravidão. 
O movimento foi reprimido pelas tropas do governo e os líderes, Frei Caneca e Cipriano 
Barata, foram condenados à morte.
Guerra da 
Cisplatina 
(1828)
Anexada ao Brasil desde 1821, a Província Cisplatina (atual território do Uruguai) era 
anteriormente uma colônia espanhola. Em 1825, as Províncias Unidas do Rio da Prata 
(atual Argentina) propuseram negociar a posse da região, que já havia sido disputada com 
os brasileiros alguns anos antes. O governo brasileiro negou-se, dando início ao conflito. 
Após três anos de batalha, o Brasil reconheceu a derrota, abrindo mão da posse do local e 
contraindo uma série de dívidas. 
4 Livro de atividades 
Cultura e sociedade
Poucas mudanças ocorreram na cultura e na sociedade brasileiras após o Brasil se tornar independente de 
Portugal. Tendo em vista que o projeto de independência foi arquitetado pelas elites, suas estruturas sociais e 
culturais permaneceram praticamente as mesmas desde a chegada da Família Real em 1808. 
Crise e abdicação
Em 1831, por causa de pressões políticas e populares, D. Pedro I abdicou do trono brasileiro. Observe a seguir 
os principais fatores que contribuíram para que isso ocorresse.
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Elite nacional: grandes proprietários de terras, comerciantes e altos funcionários públicos.
Classe média: profissionais liberais, pequenos comerciantes, militares de baixa patente, 
membros do baixo clero, agricultores.
Trabalhadores livres: estrangeiros e ex-escravizados que vendiam sua mão de obra. 
Africanos escravizados.
Herança portuguesa: a educação, a arte 
e demais aspectos culturais da sociedade 
brasileira foram influenciados pelas 
mudanças promovidas por D. João VI 
com a transferência da Corte portuguesa, 
em 1808.
Cultura popular: fruto da mistura 
de várias etnias, apresentava grande 
diversidade, com influências indígenas, 
africanas e europeias nos costumes, nas 
festas, nas religiosidades, entre outros 
aspectos culturais. 
Ensino superior e educação feminina: 
os cursos de Direito eram os mais 
procurados durante o Império; porém, 
eram frequentados apenas por homens. As 
mulheres integrantes das elites recebiam 
uma educação baseada nos moldes das 
damas europeias, voltada para a vida 
matrimonial.
Educação infantil: desenvolveu-se de 
forma lenta. A Constituição de 1824 previa 
o ensino gratuito, mas não contemplava 
a maneira como as instituições deveriam 
ensinar.
Cultura no 
Primeiro 
Reinado
Aumento da dívida externa, resultado dos 
empréstimos realizados por D. Pedro I para o 
financiamento da Guerra Cisplatina.
Noite das Garrafadas 
(1831) – protestos 
contra o governo de 
D. Pedro I.
Morte de D. João VI em 
Portugal e exigência do 
retorno de D. Pedro I por 
parte dos portugueses.
Nomeação de amigos 
pessoais do Imperador 
para compor os 
ministérios.
Abdicação 
do trono 
brasileiro por 
D. Pedro I. 
Oposição ao governo centralizador e 
impopularidade do Imperador por causa do 
apoio concedido ao Partido Português.
5 História – 8o. ano – Volume 3
1. Observe atentamente as imagens a seguir.
Atividades
MOREAU, François-René. A Proclamação da Independência. 1844. 
1 óleo sobre tela, color., 244 cm × 383 cm. Museu Imperial, Petrópolis.
AMÉRICO, Pedro. Independência ou morte! (O grito do Ipiranga). 
1888. 1 óleo sobre tela, color., 415 cm × 760 cm. Museu Paulista, 
São Paulo.
Imagem 1
 Imagem 1 Ambas Imagem 2
Imagem 2
a) Preencha o diagrama com a letra dos elementos que podem ser encontrados em cada uma delas.
a) Participação popular.
b)Soldados.
c) Habitação.
d) Camponeses.
e) Pessoas comemorando. 
f) Crianças.
g) Representação de D. Pedro I.
b) Aponte as diferenças e as semelhanças na forma como a Proclamação da Independência foi retra-
tada nas imagens.
2. Para que o Império brasileiro fosse efetivamente consolidado, D. Pedro I teve que priorizar algumas 
ações voltadas à construção do país. Explique cada uma das ações tomadas, apresentando a sua 
importância no contexto histórico do Primeiro Reinado.
a) Reconhecimento internacional:
As relações internacionais, como alianças comerciais, militares e políticas, só poderiam ocorrer com o reconhecimento da 
independência do Brasil por parte de outros países. 
b) Posse do território:
Para consolidar o poder político, D. Pedro I precisou lidar com os focos de oposição, que ameaçavam fragmentar o território nacional. 
Assim, combateu movimentos no Norte e no Nordeste do país e na Região Cisplatina, que buscava a emancipação política desde 1821. 
Caso os alunos tenham dúvida de como realizar esta atividade, oriente-os, 
inicialmente, a identificar nas imagens os elementos listados. Em seguida, eles 
devem preencher o diagrama com a letra relacionada ao elemento que está 
representado apenas em cada uma das imagens ou nas duas imagens (ambas).
 a, e, f b, d, g c
 Ambas as obras mostram uma visão idealizada da Independência do Brasil. D. Pedro I encontra-se ao centro nas duas imagens, sendo 
enfatizado como protagonista e herói do evento. Contudo, na imagem 1, o fato é apresentado com um caráter mais popular. Há 
crianças e adultos reunidos, comemorando o ocorrido. Já na imagem 2, há uma predominância de soldados armados, dispostos a 
lutar pela emancipação do país. Esta imagem traz um viés mais militarizado e elitista, pois os trabalhadores assistem ao aconteci-
mento, mas não participam dele.
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6 Livro de atividades 
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c) Desenvolvimento da economia:
A economia deveria ser desenvolvida para amenizar as consequências da crise econômica que assolava o Brasil na época da 
emancipação política. Nesse momento, a economia brasileira sofria com a concorrência no comércio do açúcar, do charque e 
do couro, e a extração de ouro e de pedras preciosas estava em decadência.
d) Elaboração de uma constituição:
Um dos aspectos essenciais para que a nova nação se formasse era a elaboração de uma constituição. No texto do documento, o 
 governante poderia vetar as decisões de outras instâncias do poder.
3. Leia o trecho de texto a seguir.
No plano internacional, os Estados Unidos reconheceram a Independência em maio de 1824. 
Informalmente, ela já era reconhecida pela Inglaterra, interessada em garantir a ordem da antiga 
Colônia. Assim, os ingleses preservavam suas vantagens comerciais em um país que, àquela altura, 
já era seu terceiro mercado externo. O reconhecimento formal só foi retardado porque os ingleses 
tentaram conseguir do Brasil a imediata extinção do tráfico de escravos. Mas, direta ou indireta-
mente, servindo de mediadores no reconhecimento da nova nação por Portugal.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2010. p. 124.
Com base na leitura do texto e em seus estudos, analise as alternativas e assinale a incorreta.
a) Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer oficialmente a independência do Brasil.
b) As relações internacionais entre Brasil e Inglaterra foram estabelecidas ainda no Período Colonial.
c) A Inglaterra objetivava a extinção do tráfico de escravizados no Brasil.
X d) Com base na Doutrina Monroe, os estadunidenses mediaram as relações entre Portugal e Brasil 
no processo de reconhecimento da independência brasileira. 
e) O fato de Portugal não ter reconhecido imediatamente a independência do Brasil prejudicou as 
relações internacionais brasileiras.
4. Durante o processo de emancipação política do território brasileiro, diversos grupos sociais manifes-
taram-se a respeito, contra ela ou a favor dela. As mulheres não ficaram de fora desse processo e se 
posicionaram em relação aos acontecimentos políticos, atuando de diferentes maneiras. Relacione 
os nomes das mulheres abaixo com as respectivas atuações na Independência do Brasil. 
ORGE, Filomena M. Retrato de 
Maria Felipa de Oliveira. 1 ilustração. 
Instituto de Criminalística Afrânio 
Peixoto, Salvador.
FAILUTTI, Domenico. Maria 
Quitéria. 1920. 1 óleo sobre 
tela, color., 253 cm × 155 cm. 
Museu Paulista, São Paulo.
FAILUTTI, Domenico. Retrato de 
Joana Angélica. 1925. 1 óleo sobre 
tela, color., 157 cm × 125 cm. 
Museu Paulista, São Paulo.
©Museu Paulista, São Paulo
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 USP
• Maria Felipa 
de Oliveira 
(?-1873)
• Maria Quitéria 
(1792-1853)
• Joana 
Angélica 
de Jesus 
(1782-1822)
7 História – 8o. ano – Volume 3
a) Considerada mártir da independência, Joana Angélica de Jesus defendeu o 
Convento da Lapa barrando a entrada de soldados portugueses que tentavam invadir o local.
b) Maria Felipa de Oliveira foi responsável por organizar um grupo de mulheres 
para combater os soldados portugueses na Ilha de Itaparica, na Província de Salvador. Sua estra-
tégia consistiu em embriagar os portugueses e queimar suas embarcações. 
c) Maria Quitéria foi a primeira mulher a integrar o Exército brasileiro, partici-
pando de diversas batalhas em favor da independência. 
5. Leia o trecho de texto a seguir.
A posição de d. Pedro, no entanto, era ambígua. O apoio que dava ao movimento constitucio-
nalista era marcado por ressalvas do tipo: “a Constituição deve ser digna do meu poder”, e assim 
por diante. Não é de se estranhar, portanto, que, após o 7 de setembro, as elites regionais ficassem 
divididas. Apoiar as cortes portuguesas significava submeter-se a um governo liberal, ao passo que 
acatar ao imperador implicava o risco de retorno ao absolutismo. Além disso, havia divisões nas 
tropas estacionadas nas diversas províncias, umas fiéis à Corte portuguesa e outras à carioca. Por 
isso, a independência foi seguida por uma série de guerras. No Norte e Nordeste, o processo de 
ruptura com Portugal esteve longe de ser tranquilo.
DEL PRIORE, Mary. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010. p. 118-119.
 Com base na leitura do texto e em seus estudos, analise as afirmativas e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( F ) A Constituição outorgada em 1824 conciliou os interesses de D. Pedro I, das elites e das cama-
das populares.
( V ) A Independência do Brasil foi seguida por uma série de conflitos, movidos por grupos que não 
aceitavam o governo de D. Pedro I.
( V ) Ao afirmar que a Constituição deveria ser digna de seu poder, D. Pedro I pretendia estabelecer 
um governo centralizador.
( F ) Com exceção dos movimentos do Norte e Nordeste, o processo de Independência do Brasil 
foi pacífico.
( V ) As elites estavam divididas entre aqueles que apoiavam um governo liberal e aqueles que eram 
favoráveis a um governo centralizador. 
6. (ENEM) 
Constituição de 1824:
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativa-
mente ao Imperador […] para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, 
equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos [...] dissolvendo a Câmara dos Deputados nos 
casos em que o exigir a salvação do Estado.
Frei Caneca:
O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação bra-
sileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara 
dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, 
que é o representante dos apaniguados do imperador.
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)
8 Livro de atividades 
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definidopela Constituição outorgada pelo imperador em 1824 era
a) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhi-
dos pelo imperador.
b) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas 
duas esferas do poder legislativo.
X c) arbitrário, porque permitia ao imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representa-
tivo da sociedade.
d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados 
representantes da nação.
e) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação 
política.
7. A respeito dos aspectos culturais e sociais do Primeiro Reinado, relacione as colunas.
a) Educação das mulheres da elite.
b) Educação dos homens da elite.
c) Cultura popular.
d) Educação infantil.
( a ) Recebiam educação voltada para as habilidades artísticas e para o matrimônio.
( d ) A Constituição previa que esta modalidade deveria ser gratuita, mas o processo de efetivação 
do ensino foi lento naquela época.
( b ) Estudavam Direito na Europa ou em escolas de ensino superior fundadas por D. João VI e 
D. Pedro I.
( c ) Os costumes, as músicas, as festas e demais tradições foram influenciados pela diversidade 
étnica e cultural da nação.
8. Observe a carta de abdicação de D. Pedro I, escrita em 1831.
 Com base na leitura da carta e em seus estudos, responda às questões a seguir.
a) Que fatores levaram D. Pedro I a abdicar do trono brasileiro em 1831?
b) D. Pedro I justifica sua decisão de abdicar do trono no documento acima?
c) De acordo com a carta, quem substituiria D. Pedro I no trono? 
6. Utilize a questão do Enem para relacionar os conteúdos estudados a respeito da Constituição de 1824 com as motivações de Frei Caneca, 
que foi acusado de ser um dos principais líderes da Confederação do Equador. Com essa atividade, é possível mostrar por que as regiões Norte 
e Nordeste não concordavam com o governo de D. Pedro I.
• No documento, lê-se: “Usando do direito que a 
Constituição me concede, declaro que hei mui-
to voluntariamente abdicado na pessoa de meu 
muito amado e prezado filho o Senhor D. Pedro 
de Alcântara. Boa Vista, 7 de abril de mil oitocen-
tos e trinta e um, décimo da Independência e do 
Império. Pedro.”
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D. PEDRO I. Carta da abdicação. 7 abr. 1831. Museu Imperial, 
Rio de Janeiro.
a) Esperamos que os alunos mencionem que o re-
torno do Imperador a Portugal ocorreu por vá-
rios fatores: as revoltas separatistas, a Guerra da 
Cisplatina e os empréstimos feitos com a Ingla-
terra agravaram a crise econômica. Também os 
fortes laços com o Partido Português causaram a 
impopularidade do governo. E, por fim, a morte 
de D. João VI e a pressão dos portugueses para 
o retorno de D. Pedro I foram o estopim da ab-
dicação.
b) Não. Na carta, o Imperador só notifica que abdica-
ria do trono em favor do filho, sem citar as pressões 
que vinha sofrendo para que deixasse o posto.
 Quem ficaria responsável por substituir D. Pedro I em seu trono seria seu filho de 5 anos, D. Pedro de Alcântara. 
9 História – 8o. ano – Volume 3
Brasil Império: 
Período Regencial
10
Política e economia
De acordo com a Constituição de 1824, o governo deveria ficar sob a responsabilidade de três regentes até 
que o herdeiro atingisse a maioridade. Após a volta de D. Pedro I a Portugal, foi instituída a Regência Trina 
Provisória, que durou aproximadamente três meses. 
Em 1831, ainda no mesmo ano da abdicação do Imperador, foram realizadas eleições para a escolha de uma 
Regência Trina Permanente, que seria responsável por governar o país por quatro anos.
Naquele período, a Câmara dos Deputados estava dividida em três grupos políticos principais.
Nos anos finais do Primeiro Reinado, D. Pedro I, antes considerado o herói da Independência, passou a ser visto 
como tirano por diversos grupos sociais. Com a abdicação, a instabilidade política aumentou; afinal, o herdeiro 
do trono tinha apenas cinco anos de idade. Entre 1831 e 1840, o Brasil foi governado por regentes. Por isso, tal 
período ficou conhecido como Regencial. 
Grupos Membros Propostas
Restauradores 
(Caramurus)
Liberais 
Moderados 
(Chimangos)
Liberais 
Exaltados 
(Farroupilhas)
Altos funcionários 
da administração 
pública e ricos 
comerciantes.
Ricos proprietários 
de terras e 
intelectuais.
Proprietários de 
terras e membros 
das camadas 
médias da 
população.
Desejavam o retorno de 
D. Pedro I ao Brasil e a 
centralização dos poderes 
nas mãos do monarca.
Defendiam a centralização 
política, a integridade do 
território e a ordem social.
Dividiam-se entre os que 
eram favoráveis a uma 
monarquia federativa e 
aqueles que preferiam um 
governo republicano.
CÂMARA 
DOS 
DEPUTADOS
10 Livro de atividades 
Criou o Partido Progressista, que defendia o Ato 
Adicional (1834), voltado para a autonomia das 
províncias. 
Após a pressão das oposições, renunciou em 1835 
(era previsto que ficasse até 1840).
Seu governo foi marcado pela disputa política entre 
Progressistas e Regressistas.
Revoltas como a Cabanagem e a Farroupilha 
ocorreram durante o período em que 
esteve no poder.
Do Partido Regressista, manifestava-se contra o 
liberalismo e a autonomia das províncias.
Revogou as liberdades adquiridas pelas províncias 
e recriou o Conselho de Estado, provocando a 
antipatia das elites locais. 
Era favorável à centralização do poder, pois 
acreditava que era uma maneira de controlar as 
rebeliões.
Instituiu, em 1840, a Lei de Interpretação do Ato 
Adicional, que reformou o Código de Processo 
Penal de 1832, transferindo as atribuições dos juízes 
de paz para agentes nomeados pelo poder central.
DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ ARAÚJO LIMA
SILVA, Oscar P. da. 
Retrato do padre Diogo 
Antônio Feijó. 1925. 
1 óleo sobre tela, color., 
180 cm × 180 cm. Museu 
Paulista, São Paulo.
PEDRO de Araújo Lima. 
[18--]. 1 cartão, 
zincogravura, p&b, 
13,4 cm × 9 cm. Rio de 
Janeiro: Livraria de J. G. 
de Azevedo.
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Regência Trina Permanente (1831-1834) 
A maior parte dos cargos de regente foi ocupada por Liberais Moderados, que, naquele momento, eram 
maioria na Câmara dos Deputados. Veja no esquema a seguir as principais medidas tomadas pela Regência 
Trina Permanente. 
Guarda Nacional 
(1831)
Deveria conter as manifestações que se mostrassem contrárias às regências. Era 
formada por membros das classes mais altas da sociedade.
Código de 
Processo Criminal 
(1832)
Determinava como deveriam funcionar os processos criminais no país e concedia 
amplos poderes aos juízes de paz.
Ato Adicional 
(1834)
• Extinguiu o Conselho de Estado e criou as Assembleias Legislativas.
• Estabeleceu o fim das Regências Trinas e determinou a criação das Regências Unas.
• Declarou a cidade do Rio de Janeiro como sede do governo.
Regência Una (1835-1840)
O primeiro regente único a ser eleito foi o padre Diogo Feijó, em 1835. No mesmo ano, ele renunciou por 
causa das diversas revoltas que ocorreram contra o governo. Foi substituído por Araújo Lima. Veja a seguir as 
principais características dos dois governos. 
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11 História – 8o. ano – Volume 3
Cultura e sociedade
No Período Regencial, as populações se identificavam culturalmente mais com a região onde moravam do 
que com uma identidade nacional. Por isso, os governantes tomaram medidas para incentivar o desenvolvi-
mento de uma cultura e de um sentimento pátrio. Eles acreditavam que a criação de uma identidade comum 
aos brasileiros era um fator essencial para a consolidação do Brasil como nação. Algumas instituições foram cria-
das a fim de contemplar o ensino, a história e a memória brasileiros, como o Imperial Colégio de PedroSegundo, 
em 1837, além do Arquivo Nacional e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), ambos em 1838.
Rebeliões
As rebeliões ocorridas durante o Período Regencial tiveram motivações diversas. Havia aqueles que ques-
tionavam a legitimidade do governo regencial, outros que disputavam o controle de determinada região e 
membros das camadas mais populares que exigiam melhores condições de vida. 
REBELIÃO LOCAL ANOS CAUSAS OBJETIVOS CONSEQUÊNCIAS
Cabanagem Pará 1835-1840
Descontentamento 
com os governos 
local e nacional. 
Estabelecer um 
governo que 
melhorasse as 
condições de vida 
da população 
e expulsar os 
portugueses, 
considerados 
causadores da 
pobreza.
Em 1840, os cabanos 
foram completamente 
derrotados pelas forças 
militares do governo 
regencial. Mais de 
30 mil pessoas 
morreram.
Rusga Mato Grosso 1834-1835
Disputa pelo poder 
entre a Sociedade 
Filantrópica e 
a Sociedade 
dos Zelosos da 
Independência.
Solucionar a crise 
econômica e o 
consequente 
aumento da 
miséria social.
O movimento foi 
repreendido. Enquanto 
alguns participantes 
foram presos, outros 
foram condenados à 
morte ou a trabalhos 
forçados.
Balaiada Maranhão 1838-1840
Decadência da 
produção de 
algodão e disputa 
entre Liberais 
(bem-te-vis) e 
Conservadores 
(cabanos).
Tomar o poder 
local, restabelecer 
a economia e 
melhorar as 
condições sociais.
Após quase dois anos 
de conflito, os líderes 
e demais participantes 
dele foram reprimidos. 
Aproximadamente 
12 mil pessoas 
morreram no conflito. 
Malês Salvador 1835
Imposição do 
catolicismo e maus-
-tratos sofridos 
pelos escravizados.
Acabar com 
a escravidão, 
garantir a liberdade 
de culto e a 
implantação de 
uma monarquia 
islâmica no Brasil.
Os malês foram 
reprimidos, torturados 
e executados pela 
Guarda Nacional e pelo 
Exército. 
12 Livro de atividades 
1. Leia o texto a seguir.
Atividades
Determinava a Constituição em seu art. 123 que, durante a menoridade do monarca, o Império 
seria governado por uma Regência, à qual devia pertencer o parente mais chegado do Imperador, 
“segundo a ordem de sucessão e que seja maior de 25 anos”. Se não houvesse parente em tais con-
dições, como era o caso de D. Pedro II, então com cinco anos de idade, a Assembleia Geral devia 
designar uma Regência de três membros, dos quais o mais velho seria o Presidente.
NOGUEIRA, Octaciano. Constituições brasileiras: v. 1, 1824. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2012. p. 39.
 Assinale os elementos históricos que são possíveis de serem identificados por meio da leitura do 
trecho acima.
( ) Arquivo Nacional.
( X ) Regência Trina.
( ) Ato Adicional de 1834.
( ) Código de Processo Criminal de 1832.
( X ) Constituição de 1824.
2. Em 1831, foi necessário realizar eleições para a escolha da Regência Trina Permanente, que governaria 
o país por quatro anos. Nesse período, a Câmara dos Deputados encontrava-se politicamente divi-
dida em grupos políticos, com propostas governamentais divergentes. Relacione a seguir cada grupo 
com sua devida proposta.
REBELIÃO LOCAL ANOS CAUSAS OBJETIVOS CONSEQUÊNCIAS
Sabinada Bahia 1837-1838
Não aceitação 
do governo 
regencial por parte 
dos liberais da 
Província.
Tornar a Província 
da Bahia 
independente até 
que D. Pedro II 
assumisse o 
governo.
Em 1838, após intenso 
conflito, o movimento 
foi contido. Mais de 
1 300 pessoas morreram 
e os líderes foram 
mortos ou exilados. 
Farroupilha Rio Grande do Sul 1836-1845
Questionamento 
dos altos impostos 
e do baixo preço 
dos produtos 
estrangeiros, que 
concorriam com os 
produtos locais.
Separar do Brasil 
a Província de 
São Pedro do Rio 
Grande do Sul e 
implantar uma 
república na região.
Após anos de conflito, 
o governo decidiu 
negociar com os 
farrapos, aumentando 
os impostos sobre os 
produtos estrangeiros 
e anistiando os 
participantes da 
revolta. 
Golpe da Maioridade
Foi a medida tomada pelos deputados liberais para antecipar a maioridade de D. Pedro de Alcântara. Em 
18 de julho de 1840, por causa da instabilidade provocada pelas revoltas ocorridas no Período Regencial, 
D. Pedro, com apenas 14 anos, foi coroado como segundo imperador do Brasil.
13 História – 8o. ano – Volume 3
Imperial Colégio de Pedro Segundo 
Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ) 
Biblioteca Nacional
Museu Nacional 
Instituto Histórico e 
Geográfico Brasileiro (IHGB)
Arquivo Nacional
a) Caramurus b) Chimangos c) Farroupilhas
( b ) Defendiam a centralização política.
( a ) Desejavam a restauração da monarquia, com o retorno de D. Pedro I.
( c ) Divergiam entre uma monarquia federativa e um governo republicano.
3. Complete o texto com as palavras do quadro.
Provinciais – Constituição – Moderador – 1834 – Conselho – Assembleias – regencial
 O Ato Adicional de 1834 fez adições à Constituição de 1824. Determinou que 
o Poder Moderador não poderia ser exercido durante o governo regencial . 
Por meio dele, o Conselho de Estado foi suprimido, criando em seu lugar as 
 Assembleias Legislativas Provinciais , atribuindo maiores poderes a esses órgãos. 
4. A respeito da Regência Una no Brasil, analise as afirmativas e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F 
para a(s) falsa(s).
( V ) Uma das características políticas de Diogo Feijó foi o apoio à autonomia das províncias.
( V ) Durante seu governo, Araújo Lima retirou grande parte das atribuições dos juízes de paz, por 
meio da Lei de Interpretação do Ato Adicional, em 1840.
( F ) Araújo Lima não resistiu às pressões feitas por Progressistas e Regressistas e renunciou ao go-
verno em 1835.
( V ) Para Araújo Lima, a centralização do governo era a única maneira de conter as rebeliões nas 
províncias.
( V ) O governo de Araújo Lima não era bem visto por alguns membros das elites locais.
5. Os movimentos de independência ocorridos durante os séculos XVIII e XIX resultaram no surgi-
mento de novas nações nas Américas. Contudo, para que a unidade nacional fosse efetivamente 
consolidada, era preciso que cada nação tivesse uma identidade. Nesse contexto, a construção de 
uma memória e de uma história nacional tornou-se prioridade no âmbito político-cultural de mui-
tos países. O grande desafio era reunir as diversidades culturais presentes em um mesmo território e 
dar-lhes uma característica comum. 
 Considerando essas questões, assinale as opções que correspondem às instituições que foram cria-
das no Brasil com esse foco durante o Período Regencial. 
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X
X
14 Livro de atividades 
6. (ACAFE – SC) Durante o Período Imperial do Brasil (1822-1889), diversas revoltas eclodiram nas 
províncias brasileiras. Acerca desse contexto, assinale a alternativa correta.
a) A Inconfidência Mineira iniciou-se no Período Colonial e perdurou até o início do Período Impe-
rial; foi um movimento tipicamente monarquista e antirrepublicano.
b) A Confederação do Equador buscava restaurar o domínio português no Brasil e desejava a volta 
do colonialismo (pacto entre Colônia e Metrópole).
c) A Revolução Farroupilha, iniciada no Rio Grande do Sul, desejava incorporar o território rio-
-grandense ao Uruguai, separando-se do Brasil.
X d) A Cabanagem ocorreu no Pará e, apesar de tomarem o poder, os “cabanos” tiveram dificuldades 
de governar e foram violentamente reprimidos pelas tropas do governo.
7. Leia o trecho de texto a seguir.
Três anos após essa desenganada avaliação, a antecipação da maioridade de Pedro II foi im-
plementada sem ter sido votada pelo Legislativo (mais um drible na Constituição), no que ficou 
conhecido como Golpe da Maioridade. Foi uma solução ansiada por grupos dirigentes que, assim, 
buscavam retomar a coesão perdida. O início do segundo Reinado equivalia à restauração da ple-
nitude monárquica, cujo prestígio estivera abalado durante os últimos nove anos.
MOREL, Marco. O período das regências. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 68.
 Com base na leitura do texto e em seus estudos, faça o quese pede a seguir.
a) Por que o momento em que D. Pedro II se tornou imperador ficou conhecido como Golpe da 
Maioridade?
Segundo a Constituição de 1824, D. Pedro II não poderia ser coroado, pois ainda era considerado menor de idade. De acordo com 
esse documento, o príncipe regente só alcançaria a maioridade aos 18 anos de idade. Em 1840, uma medida antecipou a coroação 
do imperador, que tinha 14 anos na época.
b) Justifique esta afirmação: “O início do segundo Reinado equivalia à restauração da plenitude 
monárquica”. 
Desde o final do governo de D. Pedro I, o sistema monárquico encontrava-se abalado pela crise política e econômica. Várias regiões 
do país não aceitavam o sistema regencial, o que fez com que as revoltas contra o governo aumentassem em uma proporção in-
controlável. O estabelecimento de uma nova monarquia, na figura de D. Pedro II, atendia ao desejo de alguns grupos da elite, que 
acreditavam que a instabilidade acabaria se tivessem um imperador novamente.
 coesão: unidade.
15 História – 8o. ano – Volume 3
8. Observe a imagem a seguir com atenção. 
BUVELOT, Abraham-Louis; MOREAU, Louis-Auguste. Coroação e sagração de D. Pedro II no Largo do Paço. 1841. 1 litografia 
aquarelada, color., 41 cm × 56 cm. Museu Imperial, Rio de Janeiro.
 Com base na imagem e em seus conhecimentos sobre o Período Regencial, assinale a alternativa 
correta.
a) Os artistas retrataram o povo distante do Paço para mostrar que D. Pedro II não tinha muita 
popularidade.
b) O Rio de Janeiro foi representado cercado por morros para transmitir a ideia de uma cidade pe-
quena e interiorana.
c) A presença de um grande número de soldados revela que D. Pedro II foi coroado por força militar, 
contra a vontade do povo.
d) Mesmo em cerimônias públicas, não se viam mulheres nas ruas, que eram obrigadas a ficar reclu-
sas em suas casas. 
X e) Os artistas destacaram a presença de uma multidão na coroação de D. Pedro II com a finalidade 
de ressaltar o desejo de alguns grupos pelo fim do Período Regencial. 
9. A respeito do Período Regencial, assinale a alternativa correta.
a) Ocorreu a fragmentação territorial do Império.
b) Foi marcado pelo entendimento e pela conciliação entre os partidos políticos.
c) Ocorreu a abolição da escravidão.
X d) Foi marcado por grandes disputas políticas e descontentamentos em diversas regiões do Brasil.
e) Foi o período de governo de D. Pedro II.
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16 Livro de atividades 
11
Brasil Império: 
Segundo Reinado
A sociedade brasileira acompanhou grande parte da vida de D. Pedro II, da sua infância até a sua velhice. 
Observe, nas imagens a seguir, o crescimento do Imperador responsável pelo governo de maior duração no 
Brasil, iniciado em 1840, com o Golpe da Maioridade, até a Proclamação da República, em 1889.
PALLIÈRE, Arnaud J. D. Pedro 
II, menino. [ca. 1831]. 1 óleo 
sobre tela, color., 45 cm 
× 39 cm. Museu Imperial, 
Petrópolis.
• D. Pedro de Alcântara 
aos 5 anos de idade
TAUNAY, Félix-Émile. 
Retrato de sua majestade, o 
Imperador D. Pedro II. 1835. 
1 óleo sobre tela, color., 
202,5 cm × 131,4 cm. Museu 
Nacional de Belas Artes, Rio 
de Janeiro.
• D. Pedro aos 12 anos de 
idade
BUVELOT, Louis. Imperador 
D. Pedro por volta dos 25 anos. 
[ca. 1851]. 1 fotografia, p&b. 
In: LAGO, Bia C. do. Os fotó-
grafos do Império: a fotografia 
brasileira no século XIX. Rio de 
Janeiro: Capivara, 2005.
• D. Pedro II aproximada-
mente aos 25 anos de 
idade
BRADY, Mathew; HANDY, 
Levin C. D. Pedro II do Brasil. 
[ca. 1870-1880]. 1 fotografia, 
p&b. Divisão de Impressos e 
Fotografias da Biblioteca do 
Congresso, Washington, D.C.
• D. Pedro II aproximada-
mente aos 46 anos de 
idade
Política
A política no Segundo Reinado foi marcada pelo antagonismo de dois partidos: Liberal e Conservador. 
Observe o esquema a seguir.
Partidos Membros Ideais políticos
Liberal 
(Proveniente do 
Partido Progressista)
Grandes proprietários de terras, em sua maioria 
da região Centro-Sul do país, e membros da classe 
média urbana. 
Buscavam a descentralização do 
poder político.
Conservador 
(Proveniente do 
Partido Regressista)
Grandes proprietários rurais, em geral das regiões 
Norte e Nordeste, grandes comerciantes e 
funcionários do alto escalão do governo. 
Buscavam a centralização do 
poder político.
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17 História – 8o. ano – Volume 3
Eleições de 1840: após ser coroado imperador, D. Pedro II convocou eleições para compor a Câmara dos 
Deputados. O episódio ficou conhecido pela violência entre Liberais e Conservadores, por isso o nome de “elei-
ções do cacete”. A vitória dos Liberais gerou descontentamento entre os Conservadores, que acusaram fraude no 
processo. Com isso, o Imperador utilizou o Poder Moderador para anular a eleição e nomear um ministério com-
posto somente de membros do Partido Conservador. A atitude de D. Pedro II provocou revoluções em São Paulo 
e em Minas Gerais em 1842, que reivindicavam o fim do ministério conservador e a deposição dos presidentes 
de Província nomeados pelo Imperador. Os líderes de ambas as revoltas foram presos pelas tropas imperiais.
Parlamentarismo
O parlamentarismo instituído no Brasil funcionava de maneira diferente daquele implementado na Inglaterra. 
Por isso, foi denominado “parlamentarismo às avessas”.
Revolução Praieira (1848)
O governo se organizava de maneira centralizada e priorizava certos grupos políticos, o que causou descon-
tentamento na população. Em 1848, na Província de Pernambuco, a oposição dos Liberais aos Conservadores 
que estavam no poder gerou uma luta armada, que ficou conhecida como Revolução Praieira.
REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848)
Grupo Causas Resolução
Liberais • A incompatibilidade da posição política entre 
Liberais e Conservadores. 
• A substituição do governo central feita pelo 
Imperador, que destituiu os Liberais do poder em 
virtude de um governo conservador.
D. Pedro II passou a distribuir os gabinetes 
de forma mista, contemplando ambos os 
partidos.
Parlamentarismo 
brasileiro
Parlamentarismo
brasileiro
O imperador 
poderia usar o Poder 
Moderador para 
destituir o presidente 
do Gabinete.
D. Pedro II nomeava o 
presidente do Conselho 
dos Ministros (Gabinete).
Eram convocadas as 
eleições para a Câmara 
dos Deputados. 
O presidente 
do Gabinete e 
o imperador 
nomeavam os 
membros do 
Gabinete.
18 Livro de atividades 
Economia
No Segundo Reinado, o café se tornou o principal pro-
duto da economia brasileira. A cultura cafeeira alavancou 
as relações comerciais internacionais do país. Nesse perío-
do, foi crescente o número de trabalhadores imigrantes 
assalariados; porém, a mão de obra escrava ainda era pre-
sente e significativa. 
O plantio de café estendia-se do Vale do Paraíba até o 
Oeste Paulista.
Surto de industrialização
As relações comerciais com a Inglaterra no Primeiro Reinado e no Período Regencial limitavam o desen-
volvimento da indústria e do mercado brasileiros, que era abastecido por produtos estrangeiros. No Segundo 
Reinado, contudo, com a Tarifa Alves Branco, ocorreu um surto de industrialização, que alavancou o desen-
volvimento urbano e econômico do país.
Tarifa Alves 
Branco 
(1844)
Aumentou os impostos sobre produtos estrangeiros. As tarifas alfandegárias de 
mercadorias vindas da Inglaterra, por exemplo, variavam entre 20 e 60%.
Tal medida acelerou o processo de industrialização do Brasil.
Cultura e sociedade
O panorama cultural e social do Brasil mudou de forma significativa com as transformações políticas do 
Segundo Reinado. Acompanhe os elementos que caracterizaram esse período no organograma a seguir.
Cotidiano nos centros urbanos
As medidas adotadas por D. Pedro II para a recuperação da economia, como o incentivo ao comércioe à 
industrialização, repercutiram no desenvolvimento dos centros urbanos. A modernização foi notável tanto na 
arquitetura quanto na cultura, que se baseavam nas tendências europeias do século XIX.
O CAFÉ: uma moeda forte para o país. 
[ca. 1915]. 1 fotografia, p&b. Museu da 
Imigração, São Paulo.
Proibição do tráfico 
de escravizados 
(1850) 
Concentração de 
terras nas mãos dos 
latifundiários
Aumento do tráfico 
interno 
Presença de 
imigrantes nas 
fazendas de café
Escassez de mão de 
obra
Incentivo à vinda de 
imigrantes europeus 
para o Brasil
A Lei de Terras, 
de 1850, 
impossibilitava 
os imigrantes de 
comprar terras 
nos três primeiros 
anos no Brasil
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19 História – 8o. ano – Volume 3
Atividades
1. A respeito do contexto histórico do início do Segundo Reinado, complete o texto com as palavras 
do quadro abaixo.
VIOLÊNCIA – CENTRALIZAÇÃO – MAIORIDADE – LIBERAL – 
CACETE – POLÍTICA – CONSERVADOR – DEPUTADOS
 O Governo de D. Pedro II iniciou-se com o Golpe da Maioridade , movimento apoia-
do pelo Partido Liberal , opositor do Partido Conservador , e contrá-
rio à centralização do poder. Após assumir o cargo, o Imperador convocou eleições para 
os membros da Câmara dos Deputados . As eleições de 1840, chamadas de “eleições 
do cacete ”, foram responsáveis por instaurar uma grave crise política , marcada 
pela violência e pela intolerância entre Liberais e Conservadores. 
2. Observe a imagem a seguir. 
 Com base na imagem e em seus estudos, analise as afirmativas a seguir.
 I. As armas atrás das caixas de cédulas satirizam a violência entre Liberais e Conservadores nas cha-
madas “eleições do cacete”.
 II. As caixas de cédulas representam a compra e a falsificação de votos nas eleições de 1840.
 III. A frase “não se fia”, na parte superior da imagem, demonstra que o processo de votação não era 
confiável. 
 De acordo com a análise das afirmativas, assinale a alternativa correta.
X a) Todas as afirmativas estão certas.
b) Todas as afirmativas estão erradas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão certas.
d) Apenas as afirmativas I e III estão certas.
e) Apenas as afirmativas II e III estão certas.
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AGOSTINI, Ângelo. Bazar eleitoral. 1 charge. In: O CABRIÃO. 1867. São Paulo.
• A charge refere-se às eleições de 1840 
20 Livro de atividades 
3. Leia o trecho de texto a seguir.
A Revolução Liberal, de 1842, em São Paulo e Minas Gerais, liderada por Teófilo Otoni e o padre 
Feijó, foi dura e legitimamente sufocada. O radicalismo da Revolução Farroupilha, no Rio Grande 
do Sul, foi finalmente reprimido em 1845. Em 1848, a Revolução Praieira, em Pernambuco, foi 
“pacificada” e fechou-se, assim, definitivamente, o turbulento período regencial. O sábio impe-
rador, apesar de 1842 e 1848, magnânimo, ainda chamou os liberais ao governo, exigindo deles 
“mais tolerância e amor ao Brasil”. O parlamentarismo copiado da Inglaterra deu ao país um largo 
período de tranquilidade. O imperador estabeleceu uma política de alternância dos partidos no 
governo e a nossa vida política passou do partidarismo à conciliação, da intransigência à tolerância.
REIS, José C. As identidades do Brasil 2: de Calmon a Bonfim – a favor do Brasil: direita ou esquerda? Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2006. p. 74.
 Com base na leitura do texto e em seus estudos, analise as afirmativas e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( F ) O parlamentarismo brasileiro copiou o parlamentarismo inglês em todas as instâncias políticas.
( V ) Algumas lutas separatistas que se originaram no Período Regencial se estenderam até o Segun-
do Reinado. 
( F ) As medidas tomadas por D. Pedro II em relação à Revolução Praieira não foram eficazes no 
apaziguamento dos conflitos entre Conservadores e Liberais.
( F ) O Império não conseguiu conter a Revolução Liberal de 1842, o que gerou mais rivalidades 
entre Liberais e Conservadores, resultando na Revolução Praieira. 
( V ) A política de alternância adotada por D. Pedro II não eliminou as desavenças entre Liberais e 
Conservadores; porém, garantiu maior estabilidade política.
4. Assinale a alternativa que apresenta uma diferença entre os parlamentarismos brasileiro e inglês.
a) A figura descentralizadora do Poder Moderador.
b) A conciliação das propostas conservadoras e liberais.
c) A ampla participação popular.
X d) A sujeição ao Poder Moderador.
e) As eleições para o Parlamento.
5. Leia o trecho de texto a seguir.
O surto de industrialização gerado no Segundo Reinado foi muito mais fruto da capacidade 
empreendedora de um homem, Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o barão de Mauá, que 
de uma política industrial. Inspirado no modelo inglês, e auxiliado pelos capitais britânicos, Mauá 
procurou edificar inúmeras empresas que atuavam nos mais diversos campos, da iluminação pú-
blica aos transportes, passando por uma rede bancária que chegava ao Uruguai e à Argentina. 
O orçamento de suas empresas chegou a ser maior que o do Estado brasileiro, mas, como iniciativa 
isolada, não vingou, em um país agrário, escravocrata e extremamente estatizado.
BRAGA, Marco. Breve história da ciência moderna, v. 4: a belle-époque da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 166.
 Conforme a leitura do texto e seus estudos, assinale a alternativa correta.
a) O surto industrial que ocorreu no Segundo Reinado não teve apoio da iniciativa privada.
b) O desenvolvimento agrícola contribuiu para a industrialização, uma vez que os produtos necessi-
tavam de embalagens para serem exportados.
21 História – 8o. ano – Volume 3
c) O surto industrial foi responsável por extinguir a monocultura brasileira do café, tendo em vista 
que o comércio urbano se fortaleceu nesse período.
d) O Barão de Mauá foi responsável por elevar o orçamento brasileiro, com base em suas políticas 
públicas industriais.
X e) O surto industrial foi fruto da iniciativa privada, responsável por proporcionar maior infraestrutu-
ra urbana, porém voltada para o desenvolvimento agrário.
6. Na segunda metade do século XIX, intensificou-se a imigração europeia no Brasil. Considerando seus 
conhecimentos a respeito do assunto, disserte sobre quais foram os principais fatores internos que 
contribuíram para que as autoridades estimulassem a vinda de imigrantes. 
7. Complete a cruzadinha a seguir a respeito das políticas de incentivo à imigração e à produção cafeei-
ra no Brasil do século XIX.
a) As leis que proibiram o tráfico de escravizados no Brasil provocaram o aumento do chamado 
tráfico interno . 
b) As políticas de incentivo aos imigrantes europeus tinham por objetivo solucionar o problema da 
escassez de mão de obra . 
c) Ao chegar ao Brasil, muitas famílias europeias contraíram dívidas quase impagáveis 
com os fazendeiros.
d) Uma das estratégias do governo brasileiro para atrair novos trabalhadores foi investir em 
 propagandas no exterior.
e) A Lei de Terras impossibilitava os imigrantes de adquirir propriedades nos três pri-
meiros anos de permanência no Brasil.
f) A maioria dos imigrantes que vieram ao Brasil, durante o Segundo Reinado, estabeleceram-se em 
fazendas de café no Oeste Paulista .
g) A Lei de Terras reforçou a concentração das terras produtivas nas mãos da elite, como previa 
a Constituição de 1824.
h) Diferentemente do que ocorreu no Oeste Paulista, os estados da Região Sul incentivaram a pre-
sença de imigrantes por meio da doação de terras, com o intuito de estimular a 
agricultura de subsistência. 
i) A economia cafeeira foi responsável pelo enriquecimento dos proprietários rurais. 
a) I N T E R N O
b) M Ã O D E O B R A
c) D Í V I D A S
d) P R O P A G A N D A S
e) T E R R A S
f) P A U L I S T A
g) C O N S T I T U I Ç Ã O
h)D O A Ç Ã O
i) E N R I Q U E C I M E N T O
6. Esperamos que os alunos relacio-
nem as transformações políticas e o 
fim do tráfico de escravizados com 
a busca por novos tipos de mão de 
obra para suprir as demandas da cul-
tura cafeeira. Devem ser citados os 
incentivos governamentais para a vin-
da de imigrantes e a Lei de Terras, de 
1850, que limitava a condição destes 
no país. 
22 Livro de atividades 
Brasil Império: a crise 
do Segundo Reinado
12
Da Proclamação da Independência (1822) até o reinado de D. Pedro II, o Brasil passou por um intenso pro-
cesso de transformação de suas estruturas sociais, políticas e econômicas. 
Política externa
Durante o Segundo Reinado, o Brasil adotou uma política de intervenção militar na Bacia do Rio da Prata. A 
finalidade era evitar que outros governos assumissem o controle do local, pois era uma importante rota de aces-
so ao Sul e ao Centro-Oeste brasileiros. Segundo algumas versões, essa política também atendia aos interesses 
ingleses na região, que era utilizada como rota comercial. Uma das ameaças à região foi o governo de Juan 
Manuel de Rosas, na Argentina, que foi deposto após enfrentar brasileiros, uruguaios e argentinos contrários a 
seu governo. Em 1856, brasileiros e argentinos assinaram o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação. 
Guerra do Paraguai (1864-1870)
As constantes disputas entre brasileiros e paraguaios pela região do Rio da Prata, boa parte localizada no 
Uruguai, deram origem a um conflito de grandes proporções, que ficou conhecido como Guerra do Paraguai. 
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O conflito 
terminou com 
a derrota de 
Solano López, 
em 1869.
Brasil
Os rios da região da Prata 
facilitavam o deslocamento 
do Rio de Janeiro até a 
Província de Mato Grosso.
Em 1864, as tropas brasileiras 
invadiram o Uruguai, 
alegando que os limites 
territoriais estavam sendo 
desrespeitados.
A navegação pelos rios 
era a única forma de levar 
produtos até o mar.
Em resposta à invasão de 
1864, o navio brasileiro 
Marquês de Olinda foi 
aprisionado.
Paraguai
Brasil, Argentina e Uruguai se 
uniram, formando a Tríplice 
Aliança. 
A Inglaterra realizou 
empréstimos à Tríplice 
Aliança. 
O Paraguai perdeu a Batalha 
de Riachuelo (1865), ficando 
sem abastecimento.
Paraguaios invadiram as 
províncias de Mato Grosso e 
Rio Grande do Sul.
Solano López declarou 
guerra ao Brasil e à 
Argentina. 
23 História – 8o. ano – Volume 3
O fim do conflito trouxe graves consequências a todos os países envolvidos. Brasil, Argentina e Uruguai 
contraíram grandes dívidas com a Inglaterra. Contudo, o país mais prejudicado foi o Paraguai, que teve aproxi-
madamente 176 mil mortos e não conseguiu recuperar o desenvolvimento social e econômico que tinha antes 
da guerra. 
Movimento abolicionista
A Guerra do Paraguai (1864-1870) contribuiu para que ideias republicanas e abolicionistas influenciassem os 
militares brasileiros. Veja no esquema a seguir os principais elementos que caracterizam esse contexto.
Manifestações contrárias à escravidão por parte de diversos 
grupos sociais.
Resposta à Tarifa Alves Branco, que taxava os produtos 
estrangeiros.
Assegurava liberdade aos filhos de escravizadas nascidos 
após 1871.
Ingleses poderiam aprender embarcações e julgar capitães que 
estivessem traficando escravizados.
Proibia a entrada de novos escravizados no país.
Decretava a libertação de escravizados com mais de 65 anos.
Decretava o fim da escravidão no Brasil.
Questão indígena durante o Império Brasileiro
Leia a seguir algumas questões relacionadas aos grupos indígenas no contexto do Brasil imperial.
Clubes abolicionistas
Lei Eusébio de Queirós 
(1850)
Lei dos Sexagenários 
(1885)
(Lei inglesa) Bill Aberdeen 
(1845)
Lei do Ventre Livre 
(1871)
Lei Áurea 
(1888)
• As imposições culturais europeias sobre os povos nativos, iniciadas no período da colonização, acentua-
ram-se no Período Imperial.
• A Constituição de 1824 não estabeleceu direitos para os povos indígenas.
• O estabelecimento de novas lavouras no interior do Brasil prejudicou muitos grupos indígenas, que se 
viram obrigados a deixar seus locais de moradia.
• Em 1845, o Regulamento das Missões de Catequese e Civilização dos Índios buscou integrar os 
indígenas na sociedade brasileira de maneira forçada, sem respeitar suas diferenças culturais.
• Em 1850, a promulgação da Lei de Terras, que tinha o objetivo de organizar a ocupação fundiária, agra-
vou ainda mais a situação dos indígenas no país.
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24 Livro de atividades 
Questão religiosa
Outra questão que colocou o reinado de D. Pedro II em crise foi o conflito com a Igreja Católica. Segundo 
a Constituição de 1824, o catolicismo era a religião oficial da nação e o Imperador tinha o poder de vetar ou 
autorizar as decisões papais em território brasileiro (Beneplácito). Cabia ainda ao Imperador indicar candidatos 
a bispo e a outros postos dentro da Igreja (Padroado). 
Questão militar
Militares brasileiros 
entraram em 
contato com ideias 
republicanas na 
Guerra do Paraguai.
Surgimento de 
partidos políticos 
republicanos a partir 
de 1870.
Militares destituíram 
o ministro Visconde 
de Ouro Preto em 
1889.
Proclamação da República 
pelos militares em 1889. 
O Marechal Deodoro 
da Fonseca tornou-se o 
primeiro presidente. Em 
seguida, a família imperial 
foi exilada.
Atividades
1. (ENEM) 
Substituiu-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patrio-
tismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a 
armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América 
Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: a Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado). 
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, 
impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória 
vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma 
repercussão.
DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002 (Adaptado).
 Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra.
b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.
c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.
X d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra.
e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino durante o conflito.
Aproveite essa questão do Enem para retomar as outras versões a respeito da Guerra do Paraguai. Explique aos alunos a importância de ana-
lisar um evento histórico por diferentes pontos de vista.
25 História – 8o. ano – Volume 3
2. A obra de Ângelo Agostini representa um dos Voluntá-
rios da Pátria que se alistaram para defender o Brasil na 
Guerra do Paraguai. Em relação aos soldados escraviza-
dos, assinale a alternativa correta.
a) Todos os escravizados que lutaram pelo Brasil foram 
alforriados.
b) Os soldados escravizados, além de alforriados, foram 
promovidos a altos postos do Exército.
X c) A promessa feita a alguns escravizados que lutaram, 
de que receberiam a alforria ao retornar, não foi cum-
prida pelo governo brasileiro.
d) Os soldados escravizados desertaram e fugiram para 
a Argentina. 
e) O Exército brasileiro não aceitou que escravizados 
se voluntariassem para defender o Brasil na Guerra 
do Paraguai.
3. (ENEM)
Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas 
na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de 
jogo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. 
Autodidata, advogado semdiploma, fez do direito o seu ofício e transformou-se, em pouco tempo, 
em proeminente advogado da causa abolicionista. 
AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: REVISTA de História. Ano 1, n. 3, Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).
 A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do século XIX foi resultado de 
importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama exemplifica a
a) impossibilidade de ascensão social do negro alforriado em uma sociedade escravocrata, mesmo 
sendo alfabetizado.
X b) extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse contexto e a utilização do Direito 
como canal de luta pela liberdade.
c) rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que inviabiliza os mecanismos de ascensão 
social.
d) possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites dominantes, a um mestiço filho 
de pai português.
e) troca de favores entre um representante negro e a elite agrária escravista que lhe outorgara o 
direito de advogar.
4. Leia o trecho de texto a seguir.
A Lei tinha a seguinte estrutura: primeiramente foi decretado que os filhos de escravos nascidos 
após 28 de setembro de 1871 seriam livres. Estas crianças permaneceriam sob os cuidados dos 
donos, que, por sua vez seriam obrigados a cuidar delas e educá-las até o oitavo ano de vida. 
SZMRECSÁNYI, Tamás; LAPA, José R. do A. História econômica da Independência e do Império. São Paulo: Edusp, 2002. p. 79.
AGOSTINI, Ângelo. De volta do Paraguai. 1 ilustração. 
A vida fluminense, n. 128, jun. 1870.
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26 Livro de atividades 
 Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que corresponde à lei 
descrita no texto.
a) (Lei) Bill Aberdeen, de 1845.
b) Lei Eusébio de Queiroz, de 1850.
X c) Lei do Ventre Livre, de 1871.
d) Lei dos Sexagenários, de 1885.
e) Lei Áurea, de 1888.
5. A respeito da questão indígena no Segundo Reinado, assinale as alternativas incorretas.
a) A Constituição de 1824 não contemplava os direitos dos povos indígenas.
b) Grande parte das políticas públicas voltadas para os povos nativos estava ligada às instituições 
religiosas.
X c) A Lei de Terras contribuiu para garantir o direito dos indígenas sobre suas terras.
d) No Segundo Reinado, acentuaram-se as imposições culturais e as tentativas de “civilizar” os gru-
pos indígenas, ações que foram iniciadas ainda no período da colonização.
X e) A vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas lavouras de café não influenciou as políticas 
governamentais voltadas aos indígenas. 
6. Observe a charge a seguir.
 Com base na charge e em seus conhecimentos, responda às questões propostas a seguir.
a) Quem são os personagens representados na imagem?
b) Identifique o prato de cada personagem. O que eles representam no contexto imperial brasileiro? 
c) De que forma a charge satiriza a relação entre o Papa e o Imperador?
O prato do papa Pio IX, Syllabus, não combina com o prato do Imperador, a Constituição. A bula papal proibia a participação de 
membros da maçonaria nas paróquias e na Igreja. Contudo, o Imperador tinha o poder de vetar ou desautorizar as determinações 
papais, fazendo com que elas não valessem no Brasil. Isso justifica as expressões dos personagens na charge, que apontam para seus 
pratos como se quisessem impor suas vontades um ao outro. 
DOM Pedro II e o Papa Pio IX e a questão religiosa. [ca. 1870]. 1 charge, p&b.
• Na charge, lê-se “Sua Majestade aproveitou a ocasião para, não desfazendo do maca-
roni do Papa, fazer valer as vantagens e excelência de uma boa feijoada”. Em um dos 
pratos, lê-se "Constituição Brasileira" e, no ouro, lê-se "Syllabus"
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b) O prato do imperador 
é a Constituição de 
1824, representada 
pela feijoada, e o do 
papa, a Bula Syllabus, 
representada pelo 
macaroni. Eles simbo-
lizam o impasse entre 
as decisões papais e as 
imperiais no contexto 
do Segundo Reinado, 
no qual o Imperador 
busca fazer valer “as 
vantagens e excelên-
cia de uma boa feijoa-
da”, ou seja, as vonta-
des imperiais acima 
das decisões da Igreja. 
D. Pedro II e o papa Pio IX.

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