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Métodos e Ferramentas de Gestão da Qualidade Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Elaine Aparecida Araújo Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Modernos Padrões da Qualidade • Sistema de Gestão da Qualidade; • Sistema Japonês; • As Normas de Série ISO 9000; • Outras Normas Importantes; • Prêmios da Qualidade; • Metodologia Seis Sigma; • Metrologia. · Conhecer os processos de melhoria da qualidade e suas ações organizacionais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Modernos Padrões da Qualidade Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade Sistema de Gestão da Qualidade Neste capítulo do livro texto, trabalharemos com ferramentas para atingir de forma adequada e precisa paramentos que nos levem à qualidade, utilizando o planejamento, a organização e o controle. Portanto criaremos metodologias para uma administração adequada, a partir da qual atingiremos a qualidade em si e a produtividade, sendo, aliás, esse o papel do gestor, do administrador. Todo esforço da organização é para estabelecer melhorias e atingir êxito em suas operações. Neste capítulo, identificaremos alguns sistemas de gestão como o Sistema Japonês, algumas normas e os padrões da ISO (International Organization for Standardization). Para gerenciar a gestão da qualidade e a produtividade juntamente com processos, é necessário identificar alguns pontos como, por exemplo, a política da qualidade da organização política, que é mantida por programas de qualidade que envolvem, muitas vezes, a organização como um todo ou isoladamente uma linha de produção. Importante! SEINAI – SP A Política da Qualidade e Meio Ambiente do SENAI representa uma das exigências da norma ISO 9001, pela qual a citada entidade é certificada: “O SENAI/SP, no cumprimento da sua missão, promove o contínuo aprimoramento dos serviços educacionais e tecnológicos, direcionado esforços para: • Atendimento à legislação aplicáveis aos seus processos; • Prevenção da poluição e de acidente no trabalho; • Atendimento às necessidades e expectativas dos clientes.” Importante! Sistema Japonês TQC (Total Quality Control) é um sistema de gestão onde atuamos com objetivo de atrair a qualidade e a produtividade. Esse sistema atua com práticas bem- -sucedidas de empresas japonesas, as quais se destacaram no Brasil graças à equipe treinadas e, principalmente, comprometidas com a missão de suas organizações. Especialistas como Kaoru Ishikawa, Taiichi Ohno, Shigeo Shingo, Yoji Akao e Genichi Taguchi passaram a utilizar de uma série de preceitos básicos que constituem a essência do sistema japonês, veja alguns deles: • Comprometimento da administração: O termo comprometimento é essen- cial. Não é o mesmo que envolvimento, participação e outros, comprometimento 8 9 significa ter a questão da qualidade como compromisso de vida, de responsabili- dade total. • Decisões baseadas em fatos e dados: Nada de palpites ou opiniões pessoais. A estatística do ciclo PDCA e as ferramentas apresentadas para a resolução de problemas organizacionais, intensamente utilizadas pelos trabalhadores japoneses, são medidas por meio de gráficos e dados estatisticamente testados a partir da metodologia adequada para cada produto ou segmento. • Emprego vitalício: Esse componente possivelmente foi um dos pilares do suces- so nipônico sem a adoção de normas formais para retenção do conhecimento. • Melhoria contínua (Kaizen): Preocupação permanente, objeto constante das atividades a seguir descritas, conforme pode ser visto em Imai (1986). Podemos ainda perceber outros métodos ainda utilizados para uma boa gestão da qualidade, como as ferramentas: 5W, 1H ou 5S, o QFD, entre outros. Essas filosofias de trabalhos desenvolveram-se no Japão após a Segunda Guerra Mundial, após a destruição do país; para que esse pudesse manter-se competitivo, foi necessário criar métodos para atrair consumidor aos seus produtos. As Normas de Série ISO 9000 Essas normas são um documento oficial detalhado para cada segmento/atividade e deve ser seguido e avaliado com laudos técnicos de conformidade e não conformi- dade às normas. Essas podem ser regionais, nacionais ou internacionais, vejamos: Quadro 1 − ABNT (2007) Regional Norma que é adotada por uma organização regional com atividades de normalização, ou por uma organização regional de normalização, e colocada à disposição do público. Exemplos: NM (normas do Mercosul), EM (normas da Comunidade Europeia). Nacional Norma que é adotada por um organismo nacional de normalização e colocada à disposição do público. Exemplos: NBR (Brasil), DIN (Alemanha), ANSI (Estados Unidos), JIS (Japão), IRAM (Argentina). Internacional Norma que é adotada por uma organização internacional com atividades de normalização e colocada à disposição do público. Exemplos: ISO (International Organization for Standardization), IEC (Internacional Electrotechnical Commission) e ITU (International Telecommunication Union). Fonte: Costa Neto e Canuto (2010, p. 207 – Figura 3.1) A ABNT possui 4 organismos de normalização setorial e 57 comitês brasileiros (CB), dos quais o CB-25 é voltado aos assuntos da qualidade. As normas ABNT NBR ISO 9000 são a versão brasileira das normas internacio- nais ISO 9000, que constam de três documentos, vejamos: 9 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade Quadro 2 − Manual implementação ISO 9000 Norma Identificação Escopo principal ISO 9000:2005 Sistemas de Administração da Qualidade - Fundamentos e vocabulário Fornece um ponto de partida para compreender os padrões e define os termos e conceitos fundamentais usados na família ISO 9000, necessários para evitar seu emprego incorreto. ISO 9001:2008 Sistemas de Administração da Qualidade - Requisitos Padrão dos requisitos usados para avaliar a capacidade de atendimento aos requisitos estabelecidos pelo cliente e pela legislação, de forma a obter a satisfação do cliente. ISO 9004:2000 Sistemas de Administração da Qualidade - Diretrizes para o aprimoramento do desempenho Padrão de diretrizes que fornece orientação para o aprimoramento contínuo de seu sistema de administração da qualidade, de forma a atender a todas as partesinteressadas por meio da satisfação permanente do consumidor. Fonte: Costa Neto e Canuto (2010, p. 208 – Figura 3.2) As normas são um interesse do mercado, resultado de um levantamento para uma adequada produção com princípios, nacionais e/ou internacionais, que, após um acor- do técnico com um comitê, garante uma adequada gestão e garantia da qualidade. As certificações trouxeram para as empresas competitividade, destacando-se as empresas que no decorrer de suas produções e anos de mercado mantinham a certificação através de suas conformidades em todo o Brasil. Muitas empresas aderiram à certificação ISO 9000 em todo o país, vejamos: Quadro 3 − Certificados emitidos no Brasil pela norma NBR ISO 9000 Ano Certificados 2004 3.465 2005 3.061 2006 4.132 2007 3.594 2008 3.430 Total 17.682 Fonte: Costa Neto e Canuto (2010, p. 209 – Figura 3.3) Para obter uma certificação, a empresa deve buscar uma auditoria credenciada por algum Organismo Credenciado de Certificação (OCC), que é uma instituição que reconhece a aderência da empresa à norma. No Brasil, essas empresas são credenciadas pelo Inmetro, mediante auditorias específicas. Com essa certificação, as empresas garantem a qualidade dos seus fornecedo- res, produtos e serviços, facilitando os processos de produção, tirando assim da organização os processos como exaustão, retrabalhos e baixo lucro. Em 1987, a ISO 9000 teve sua primeira versão. Em 2008, começaram a surgir normas complementares, como: ISO 9011 – Diretrizes sobre auditorias em sistema de gestão da qualidade ou ambiental; ISO 10005 – Diretrizes para planos 10 11 de qualidade; entre outras normas também específicas, como, por exemplo, as para aprovação de produtos como extintores de incêndios, pneumáticos, preservativos, bonecas etc. Para cada norma que existe podemos ver especificidades como, por exemplo, a norma NBR 9001:2008: • Foco na liderança; • Liderança; • Envolvimento de pessoas; • Abordagem de processo; • Enforque sistêmico da gestão; • Melhoria contínua; • Enfoque factual para a tomada de decisão; • Relacionamento mutuamente benéfico com os fornecedores e as demais par- tes interessadas. Conheça um sistema Brasileiro de Certificação, vejamos: Conmetro – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial CBC – Comitê Brasileiro de Certi�cado OCC OCC OCC OCC Figura 1 − Sistema Brasileiro de Certifi cação Fonte: Costa Neto e Canuto, 2010 11 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade As normas atuam para atingir a exigência e excelência nos processos de gestão da qualidade. Como fundamentos básicos e necessários para ter um sistema normativo ideal, devemos seguir alguns pontos, vejamos: • Sistema de gestão da qualidade: » Registros gerais; » Registro de documentos. • Responsabilidade da direção: » Comprometimento da direção; » Foco do cliente; » Política da qualidade; » Planejamento; » Responsabilidade, autoridade e comunicação; » Análise crítica pela direção. • Gestão de recursos: » Provisão de recursos; » Recursos humanos; » Infraestrutura; » Ambiente de trabalho. • Realização do produto: » Planejamento da realização do produto; » Processos relacionados a clientes; » Projeto e desenvolvimento; » Aquisição; » Produção e fornecimento de serviços; » Controle de dispositivos de mediação e monitoramento. • Mediação, análise e melhoria: » Generalidades; » Mediação e monitoramento; » Controle de produtos não-conforme; » Análise de dados; » Melhorias. As certificações funcionam da seguinte forma: após um relatório onde são registradas as não conformidades, essas devem ser trabalhadas de acordo com a 12 13 maior ou menor gravidade. Após a adequação, o relatório é encaminhado ao OCC que decide pela concessão/manutenção ou não do certificado, encaminhando sua decisão ao Inmetro. Outras Normas Importantes As certificações aumentaram tanto a competitividade e lucratividade no cenário econômico, que cada vez mais normas foram aprovadas, vejamos algumas a seguir. Norma ISO 14000:2004 ABNT, 2004-a) criada especificamente para o sistema de gestão ambiental como, vejamos: • Requisitos gerais; • Política ambiental; • Planejamento: » Aspectos ambientais; » Requisitos legais e outros requisitos; » Objetivos e metas; » Programas de gestão ambiental; » Implementação e operação. • Estrutura e responsabilidade: » Treinamento, conscientização e competência; » Comunicação; » Documentação do sistema de gestão ambiental; » Controle de documentos; » Controle operacional; » Preparação e atendimento e emergências. • Verificação e ação corretiva: » Monitoração e mediação; » Não conformidade e ações corretivas e preventivas; » Registros; » Auditoria do sistema de gestão ambiental. • Analise crítica pela administração. 13 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade Norma OHSAS 18001 Ainda não chancelada pelo ISO, a norma OHSAS 18001:1999 (de Ocupational Health and Safety Assessment Series) (BSI, 1999) se preocupa com os aspectos de segurança e saúde do trabalho, veja seus requisitos: • Requisitos gerais; • Política de segurança e saúde ocupacional; • Planejamento: » Planejamento para identificação de perigo e avaliação e controle de risco; » Requisitos legais e outros; » Objetivos; » Programa de gestão de segurança e saúde ocupacional; • Implementação e operação: » Estrutura e responsabilidade; » Treinamento, conscientização e competência; » Consulta e comunicação; » Documentação; » Controle de documentos e de dados; » Controle operacional; » Preparação e atendimento de emergências. • Verificação e ação corretiva: » Monitoramento e mediação do desempenho; » Acidentes, incidentes não conformidades e ações corretivas e preventivas; » Registros e gerenciamento dos registros; » Auditoria. • Análise crítica pela administração. Norma ABNT 16001 Essa norma representa uma iniciativa da ABNT (ABNT, 2004-b), está focada com a questão da responsabilidade social das empresas. A norma ABNT 16001 tem um precedente internacional SA 8000 (Standart Assessment 8000), são preocupações da norma: trabalho infantil; trabalho forçado; horário de trabalho; segurança e saúde; remuneração; liberdade de associação; discriminação e práticas disciplinares. Veja a estruturação da norma: • Requisitos gerais; • Política de responsabilidade social; 14 15 • Planejamento: » Aspectos da responsabilidade social; » Requisitos legais e outros; » Objetivos, metas e programas; » Recursos, regras, reponsabilidade e autoridade. • Implementação e operação: » Competência, treinamento e conscientização; » Comunicação; » Controle operacional. • Requisitos de documentação: » Generalidades; » Manual do sistema de gestão de responsabilidade social; » Controle de documentos; » Controle de registros. • Mediação, análise e melhoria: » Monitoramento e mediação; » Avaliação da conformidade; » Não-conformidade e ações corretiva e preventiva; » Auditoria interna; » Análise pela alta administração. ISO TS 16949 Considerada uma especificação técnica e não uma norma, a ISO TS 16949:2002 – (TS_Technical Specification) 9001:2002, utilizada na produção automotiva e para peças de reposição. É adotada como obrigatório por livre decisão das principais empresas da indústria automobilísticas mundial, como Ford, General Motors, Mercedes, Fiat, Renault entre outras. Prêmios da Qualidade O Prêmio Deming existe desde 1951. Após 1980, começaram a surgir prêmios dessa natureza no Ocidente, como o Malcolm Baldrige norte-americano, o prêmio europeu e o Prêmio Nacional da Qualidade, atribuído no Brasil desde 1992 a empresas e outras organizações pleiteantes que primem pela excelência da sua gestão, com ênfase na qualidade e produtividade. 15 UNIDADE Modernos Padrões da QualidadeEm 2006, a entidade promotora do PNQ alterou seu nome para Fundação Nacional da Qualidade, mais consentâneo com a sua finalidade, que não é apenas outorgar o prêmio, mas, muito mais do que isso, propugnar pelo uso do modelo de excelência por ela adotado, como forma de aprimorar a gestão organizacional em todos os seus aspectos. Quadro 4 − Vencedoras do Prêmio Nacional de Qualidade FNQ 2009 Ano Vencedoras UF Categoria 1992 IBM Brasil - Divisão Sumaré SP Indústria 1993 Xerox do Brasil SP Manufatura 1994 Citibank - Global Consumer Bank SP Serviços 1995 Serasa SP Serviços 1996 Alcoa Alumínio Poços de Caldas MG Manufatura 1997 Citibank - Corporate Banking Copesul Weg Motores SP RS SC Serviços Manufatura Manufatura 1998 Siemens - Divisão Telecomunicações SP Manufatura 1999 Caterpillar do BrasilCetrel Proteção Ambiental SP BA Manufatura Média empresa 2000 Serasa SP Grande empresa 2001 Bahia Sul Celulose BA Grande empresa 2002 Gerdau Aços Finos Piratini Politeno Santa Casa de Porto Alegre RS BA RS Grande empresa Média empresa Organização sem fins lucrativos 2003 Dana Albarus - Divisão CardansEscritório de Engenharia Joal Teitelbaum RS RS Grande empresa Média empresa 2004 Belgo Juiz de Fora MG Grande empresa 2005 CPFL Paulista Petroquímica União Serasa Suzano Petroquímica SP SP SP SP Grande empresa Grande empresa Grande empresa Média empresa 2006 Belgo Siderúrgica - Usina de Monlevade MG Grande empresa 2007 Albrás Alumínio Brasileiro Fras-le Gerdau Aços Longos Promon Petróleo Brasileiro S.A. - Área de Negócio de Abastecimento PA RS RS SP RJ Grande empresa Grande empresa Grande empresa Grande empresa Grande empresa 2008 Suzano Papel e CeluloseCPFL Paulista SP SP Grande empresa Grande empresa 2009 Brasal Refrigerantes CPFL Piratininga AES Eletropaulo Volvo do Brasil Caminhões DF SP SP PR Grande empresa Grande empresa Grande empresa Grande empresa Fonte: Costa Neto e Canuto (2010, p. 209 – Figura 5) 16 17 No Brasil, foram concedidos 34 troféus do PNQ, contra milhares de certificados da ISO. Pode-se entender que a certificação ISO 9001 representa um primeiro passo na direção da excelência, consistindo na organização dos sistemas internos para usufruir de um sistema de gestão da qualidade confiável. O Modelo de Excelência em Gestão (MEG) do PNQ é baseado nos seguintes fundamentos de excelência: 1. Pensamento sistêmico; 2. Aprendizado organizacional; 3. Cultura de inovação; 4. Liderança e constância de propósitos orientação por processos e informações; 5. Visão de futuro; 6. Geração de valor; 7. Valorização das pessoas; 8. Conhecimento sobre o ciente e o mercado; 9. Desenvolvimento de parcerias; 10. Responsabilidade social. Informações e Conheci men to ResultadosLiderança Clientes Pessoas Estratégias e planos Processos Sociedade Figura 2 − Modelo de Excelência em Gestão Fonte: Costa Neto e Canuto, 2010 17 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade O MEG do PNQ é baseado nos seguintes fundamentos da excelência: No Quadro 5, podemos perceber que aparecem oito critérios pelos quais se distribuem os fundamentos da excelência e que são avaliados no processo de exame das candidatas ao PNQ, para efeito de pontuação. Quadro 5 − Critérios e Itens do PNQ Critérios e itens Pontuação máxima 1. Liderança 110 1.1 Governança corporativa 40 1.2 Exercício da liderança e promoção da cultura da excelência 40 1.3 Análise do desempenho da organização 30 2. Estratégia e planos 60 2.1 Formulação das estratégias 30 2.2 Implementação das estratégias 30 3. Clientes 60 3.1 Imagem e conhecimento de mercado 30 3.2 Relacionamento com clientes 30 4. Sociedade 60 4.1 Responsabilidade socioambiental 30 4.2 Desenvolvimento social 30 5. Informações e conhecimento 60 5.1 Informações da organização 25 5.2 Informações comparativas 10 5.3 Ativos intangíveis e conhecimento organizacional 25 6. Pessoas 90 6.1 Sistemas de trabalho 30 6.2 Capacitação e desenvolvimento 30 6.3 Qualidade de vida 30 7. Processos 110 7.1 Processos principais do negócio e processos de apoio 50 7.2 Processos de relacionamento com os fornecedores 30 7.3 Processos econômico-financeiros 30 8. Resultados 450 8.1 Resultados econômico-financeiros 100 8.2 Resultados relativos aos clientes e ao mercado 100 8.3 Resultados relativos à sociedade 60 8.4 Resultados relativos às pessoas 60 8.5 Resultados dos processos principais do negócio e dos processos de apoio 100 8.6 Resultados relativos aos fornecedores 30 Total de pontos possíveis 1.000 Fonte: Costa Neto e Canuto (2010) p. 220 – Figura 5.2 18 19 Metodologia Seis Sigma A ferramenta Seis Sigma foi utilizada por Jack Welch, o qual conseguiu excelentes resultados econômicos com o seu uno na General Eletric, além de vários outros exemplos de sucesso, como pode ser visto em Rotondaro (2002). O próprio Welch explicava o sucesso do Seis Sigma na GE, devido à insistência com que apontava a importância do programa. Isso levava as pessoas a se comprometerem com o processo de melhoria e a encontrarem novas soluções, ganhando novo entusiasmo pelo próprio trabalho e transformando a empresa em uma organização de aprendizado. Para o Seis Sigma, indica-se como recomendável a ferramenta DMAIC (Define, Measure, Analyse, Incorporate, Control – traduzindo: definir, medir, analisar, incorporar e controlar), o que não deixa de ser uma nova forma de se contemplar o ciclo PDCA. Seis Sigma Seis Sigma Co ntr olar M elhorar M ed ir Analisar Definir Figura 3 − Seis Sigma Fonte: iStock/Getty Images 19 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade Metrologia O Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) a define como a “ciência da mediação”, que abrange todos os aspectos técnicos e práticos relativos às media- ções, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou da tecnolo- gia, tendo como problema central a credibilidade e a universalidade dos resultados (INMETRO, 2008). Distinguem-se as seguintes vertentes da metrologia: a) Metrologia legal: voltada a estabelecer e assegurar o cumprimento das exigências legais referentes aos direitos básicos da sociedade e dos consumidores; b) Metrologia industrial: voltada a controlar as especificações técnicas e/ou o processo de fabricação de produtos, visando a garantia da qualidade, por meio da confiabilidade das mediações; c) Metrologia científica: que trata dos padrões de mediação internacionais e nacionais dos instrumentos laboratoriais e das pesquisas relacionadas ao mais alto nível de qualidade metrológica. Importante mesmo para o administrador é fazer a escolha adequada do instrumento para avaliar os eventuais erros sistemáticos ou a precisão adequada dos processos. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Softex A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – Softex – é uma Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP) que desenvolve ações para promover a melhoria da competitividade da Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI (IBSS), bem como a disponibilidade de recursos humanos qualificados, tanto em tecnologias como em negócios. Gestora do Programa para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – Programa Softex, considerado prioritário pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a entidade atua, desde 1996, em prol do desenvolvimento do setor. Com sede em Brasília, a entidade coordena o “Sistema Softex”, que beneficia mais de 6 mil empresas em todo o território nacional por meio de uma rede formada por 23 agentes regionais distribuídos por 13 estados brasileiros e no Distrito Federal, que trabalham em articulação com a iniciativa privada e com os governos estaduais e municipais, centros acadêmicos e instituições de fomento. https://goo.gl/H3TVnh Livros Estratégia Competitiva PORTER, M.E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2 ed. Rio de Janeiro:Campus, 2005. Filmes Fome de Poder – MC Donald’s Podemos constatar nesse negócio de sucesso o desenvolvimento para criar etapas adequadas para o sucesso na organização, reduzindo tempo, aumentando a sua produtividade e não perdendo a qualidade de seus produtos como, por exemplo, as deliciosas batatas e suas consistência crocante em um tempo recorde. Este filme conta a história da ascensão do McDonald’s. Após receber uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc (Michael Keaton) adquire uma participação nos negócios da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice “Mac” McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco, eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império alimentício Leitura Ações Para a Qualidade Veja no link abaixo, página 218, Caso de Sucesso: valor das poltronas de couro no Cadillac. https://goo.gl/Zjbqaa 21 UNIDADE Modernos Padrões da Qualidade Referências ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5.426. Planos de Amostragem na Inspeção por Atributos. Rio de Janeiro, 1985. ________. NBR 14.001. Sistema de Gestão Ambiental – Especificações e diretrizes para o uso. Rio de Janeiro, 2004-a. ________. NBR 16.001. Responsabilidade Social – Sistema de Gestão – Requisitos. Rio de Janeiro, 2004-b. ________. NBR ISO 9004:2008. Sistemas de Administração da Qualidade – Diretrizes para desempenho. Rio de Janeiro. 2008. FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Critérios de excelência. São Paulo, 2009. FNQ/IPEG – Fundação Nacional da Qualidade/Instituto Paulista de Excelência da Gestão. Critérios Compromisso com a excelência e Rumo à excelência. São Paulo, 2009-2010. IMA, M. Gemba – Kaisen: estratégias e técnicas do Kaisen no piso de fábrica. São Paulo: IMAM, 2000. INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e qualidade Industrial. Vocabulário Internacional de Metrologia – conceitos fundamentais e gerais e termos associados. Rio de Janeiro, 2008. ROTONDARO, R.G. (coord.) Seis sigma: estratégia gerencial para a melhoria de processos e serviços. São Paulo: Atlas, 2002. 22
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