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Cédulas de Crédito: Conceito e Requisitos

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Aula 05
Direito Empresarial p/ ISS-RJ (Fiscal de
Rendas do Município) Com Videoaulas -
2020
Autor:
Alessandro Sanchez
Aula 05
21 de Abril de 2020
00033002347 - Gabriel Santos Paulo
 
 
 
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Sumário 
1- Cédulas de Crédito ........................................................................................................... 3 
1.1. Conceito ..................................................................................................................... 3 
1.2. Requisitos ................................................................................................................... 4 
1.2.1. Denominação ....................................................................................................... 4 
1.2.2. Promessa de adimplemento ................................................................................ 4 
1.2.3. Forma de pagamento .......................................................................................... 5 
1.2.4. Indicação do credor ............................................................................................. 5 
1.2.5. Valor do crédito ................................................................................................... 5 
1.2.6. Finalidade do financiamento ................................................................................ 5 
1.2.7. Definição da garantia real .................................................................................... 5 
1.2.8. Encargos financeiros ............................................................................................ 6 
1.2.9. Praça de pagamento ............................................................................................ 6 
1.2.10. Data, lugar de emissão e assinatura ................................................................... 6 
1.2.11. Registro .............................................................................................................. 6 
1.3. Transferência .............................................................................................................. 7 
1.4. Caracteríticas .............................................................................................................. 8 
2 - Cédula De Crédito Imobiliário ....................................................................................... 10 
3 - Cédula De Produto Rural ............................................................................................... 12 
4 - Cédulas De Crédito Bancário ........................................................................................ 13 
5 - Cédula De Produto Rural ............................................................................................... 17 
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6 – Quadro de fixação da matéria ...................................................................................... 21 
Cédulas de Crédito ......................................................................................................... 21 
Outros Títulos Impróprios................................................................................................ 22 
7 - Considerações Finais ..................................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
Alessandro Sanchez
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TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS 
 
1- CÉDULAS DE CRÉDITO 
1.1. Conceito 
Cédulas de crédito são títulos de créditos causais que representam promessa de 
pagamento obtida por meio de operações de financiamento. As cédulas tem por objeto 
empréstimo fornecido por instituição financeira, ou a ela equiparada, e destina-se ao 
estímulo de atividades de certas áreas econômicas especificadas em lei. 
As cédulas de crédito permeiam relações jurídicas específicas, de maneira que surgem por 
meio de uma operação financeira, tendo como credor obrigatório uma instituição financeira 
ou a ela equiparada, e em razão de circunstâncias legais, não sendo possível aplicar tal 
financiamento em finalidade diversa da prevista na legislação. 
 
• Financeira
• Equiparada
Instituição
• Financiamento 
• Empréstimo
Cédula de Crédito
• Rural
• Industrial
• Comercial
• Exportação
• Imobiliário
• Bancário
Áreas
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1.2. Requisitos 
Os requisitos das cédulas de crédito serão abordados de forma geral, resguardados 
detalhamentos das cédulas em espécie. 
1.2.1. Denominação 
A denominação do título deve estar posicionada de maneira visível, em destaque na cártula, 
obedecendo ao princípio da literalidade, para que o emitente não tenha dúvidas quanto à 
sua natureza e ao mesmo tempo defina a obrigação assumida. 
1.2.2. Promessa de adimplemento 
As cédulas de crédito representam promessa de pagamento ou entrega de coisa certa, 
portanto não é possível que se faça mera declaração de afirmação de crédito, seu objeto 
deve ser definível apurado mediante simples cálculos aritméticos, dotando a cédula de 
crédito de liquidez e certeza. 
Classificação das 
cédulas de crédito
Comercial
Industrial
Exportação
Rural
Imobiliária
Bancária
Quanto às áreas 
específicas
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1.2.3. Forma de pagamento 
A forma de pagamento deve constar expressamente no título em cláusula discriminativa do 
valor e data de pagamento das prestações, sendo possíveis prorrogações de vencimento 
ou estipulação de pagamento em prestações periódicas. 
1.2.4. Indicação do credor 
O nome do credor deve constar necessariamente na cédula de crédito, podendo ser emitida 
de forma à ordem ou nominativa, pois as operações de financiamento são registradas na 
instituição financeira. 
1.2.5. Valor do crédito 
O valor do crédito originário de operação de financiamento por meio de instituição 
financeira, ou a ela equiparada, deve ser indicado na cédula de crédito, conferindo liquidez 
a ela. O valor do crédito deverá vir em algarismos e por extenso. 
1.2.6. Finalidade do financiamento 
A cédula de crédito deve trazer em seu corpo a indicação da finalidade a que se destina o 
financiamento concedido pela instituição financeira e sua forma de uso. No caso de 
pluralidade de beneficiários, o uso do crédito pode ser feito por qualquer deles, persistindo 
a reponsabilidade solidária dos outros emitentes. 
Facultativamente, pode-se vincular ao título um orçamento assinado pelo credor e devedor 
no qual conste o emprego adequado do valor financiado e eventuais alterações 
convencionadas em razão deste. 
1.2.7. Definição da garantia real 
A garantia real será necessária às cédulas de crédito, quais sejam, hipoteca, penhor e 
alienação fiduciária. 
Na hipoteca deve ser mencionada a situação do imóvel, assim como suas dimensões, 
confrontações, benfeitorias, data da aquisição do imóvel e anotações do registro 
imobiliário. Essa pormenorização poderá ser substituída pela juntada do título de 
propriedade à cédula, na qual se fará essa menção. 
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1.2.8. Encargos financeiros 
Por se originarem de operações de financiamento, sobre as cédulas de crédito incidem: 
jurosremuneratórios (remuneração a cessão de capital), capitalização de juros (capitalização 
dos juros vencidos), juros de mora e multa moratória, e correção monetária antes e após o 
vencimento do título. 
1.2.9. Praça de pagamento 
A praça de pagamento deve vir especificada no título, de modo que define, além do lugar 
onde a obrigação deve ser cumprida, o foro competente para dirimir eventuais demandas 
que se originem em razão da cédula de crédito. 
1.2.10. Data, lugar de emissão e assinatura 
A data e o lugar são necessários na exata medida de fixação do local de cumprimento da 
obrigação e foro competente. 
Necessária se faz a assinatura de próprio punho do devedor/emitente/beneficiário ou de 
seu representante com poderes especiais para tal. Desnecessária a assinatura em todas as 
folhas, do credor ou de testemunhas. 
1.2.11. Registro 
O registro será feito em livro próprio desta natureza existente nos cartórios. Antes da 
inscrição a cédula obriga apenas os signatários. Após, o registro é oponível contra terceiros. 
Será oferecida cópia idêntica ao original do título, junto da apresentação deste, que será 
conferida pelo cartório e autenticada pelo tabelião. 
A averbação do cancelamento da inscrição se dará mediante ordem judicial ou prova de 
quitação, fazendo constar, no primeiro caso, a data do mandato, o juízo de que procede, o 
nome do juiz etc., e, no segundo caso, o nome de quem pagou, quem recebeu e a data do 
pagamento. Uma das vias, da ordem judicial ou quitação, será arquivada em cartório. 
 
 
 
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1.3. Transferência 
A cédula de crédito pode ser transferida por endosso em preto que será lançado no 
presente título na via do credor, podendo, ainda, o endossatário se valer dos direitos 
oferecidos pela cédula, inclusive cobrar os juros e demais encargos estabelecidos na cártula, 
dentro dos limites legais. 
Denominação
Promessa de 
adimplemento
Forma de 
pagamento
Definição da 
garantia real Encargos financeiros
Indicação do credor
Finalidade do 
financiamento
Valor do crédito Praça de pagamento
Data, local e 
assinatura
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O endosso deverá indicar o valor do crédito transferido, sob hipótese de se considerar o 
valor indicado no título, acrescido de acessórios. O endossante é responsável solidário pelo 
pagamento da cédula, ou seja, poderá ser chamado pelo endossatário, sendo 
desnecessário o protesto para garantir o direito de regresso contra endossantes e avalistas. 
A cédula de crédito pode, ainda, ser transferida por meio da cessão de crédito, podendo 
inclusive o titular promover execução do título, se transferido por ato entre vivos. 
 
1.4. Caracteríticas 
Por expressa previsão legal, as cédulas de crédito são títulos líquidos, certos e exigíveis. Os 
são tanto pelo valor delas constante como pelo eventual saldo devedor, acrescidos de seus 
acessórios. 
A cédula de crédito torna-se exigível na data do vencimento, que pode se dar em parcela 
única ou em várias parcelas. Até o vencimento da única parcela, ou de cada uma delas, a 
possibilidade de execução fica suspensa. 
Transferência da 
cédula de crédito
Endosso “em preto”
Lançado na via do 
credor
Deve indicar o valor 
transferido
Cessão de crédito
Possível execução do 
título, por ato entre 
vivos
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Note-se que, além do inadimplemento de qualquer parcela, a exigibilidade vem à tona com 
o descumprimento de qualquer obrigação acordada no corpo do título ou em seus anexos, 
é o que se denomina vencimento antecipado da dívida, por se tratar de relação jurídica 
segundo a lei. 
Ainda trata do assunto o artigo 1.425 do Código Civil, que diz que a dívida considera-se 
vencida quando: 
a) deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a 
garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir; 
b) o devedor cair em insolvência ou falir; 
c) as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que desse modo se 
achar estipulado o pagamento. Nesse caso, o recebimento posterior da 
prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução 
imediata; 
d) perecer o bem dado em garantia, e não for substituído; 
e) se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a 
parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor. 
Ademais, em se tratando de vencimento antecipado da dívida, não se compreendem os 
juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido. 
O terceiro que presta garantia real por dívida de outrem não fica obrigado a substituí-la, ou 
reforçá-la, quando há perda, deterioração ou desvalorização, sem culpa dele. 
No tocante à prescrição, aplica-se a regra geral constante no artigo 206, § 3º, VIII, do 
Código Civil: 
“Prescreve em três anos a pretensão ao pagamento de título de crédito, a contar 
do vencimento.” 
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Características das Cédulas de Crédito 
 
 
2 - CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO 
A cédula de crédito imobiliário origina-se de financiamento para impulsionar o ramo 
imobiliário, portanto é título executivo extrajudicial, exigível pelo valor apurado de acordo 
com as cláusulas e condições pactuadas no contrato que lhe deu origem. O crédito 
representado na cédula será exigível mediante ação de execução, ressalvadas as hipóteses 
em que a lei determine procedimento especial, judicial ou extrajudicial para satisfação do 
crédito e realização da garantia. A lei de regência é a de nº 10.931/2004. 
Liquidez
Certeza
Exigibilidade
• Disposição legal
• Determinado ou 
determinável 
• Disposição legal 
Certeza
• Documento 
comprobatório 
• Disposição legal
• Vencimento
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A cédula de crédito imobiliário será emitida pelo credor do crédito imobiliário e poderá ser 
integral, quando representar a totalidade do crédito, ou fracionária (simultaneamente ou 
não, a qualquer momento antes do vencimento do crédito), quando representar parte dele, 
não podendo a soma das fracionárias emitidas em relação a cada crédito exceder o valor 
total do crédito que elas representam. 
A cédula de crédito imobiliário poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória 
(aval), sob a forma escritural ou cartular. 
A emissão da cédula de crédito imobiliário sob a forma escritural far-se-á mediante escritura 
pública ou instrumento particular, devendo esse instrumento permanecer custodiado em 
instituição financeira e registrado em sistemas de registro e liquidação financeira de títulos 
privados autorizados pelo Banco Central do Brasil. 
Sendo o crédito imobiliário garantido por direito real, a emissão da cédula de crédito 
imobiliário será averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na respectiva 
matrícula, devendo dela constar, exclusivamente, o número, a série e a instituição 
custodiante. 
 
No caso de cédula de crédito imobiliário emitida sob a forma escritural, caberá à instituição 
custodiante identificar o credor, para o fim de constrição judicial. 
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3 - CÉDULA DE PRODUTO RURAL 
A cédula de produto rural representa promessa de entrega de produtos rurais, com ou sem 
garantia, e pode ser emitida pelo produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas. 
A lei de regência é a de nº 8.929/1994. 
Assim, a descrição dos bens vinculados em garantia, que poderá ser feita em documento à 
parte, assinado pelo emitente, será feita de modo simplificado e, quando for o caso, este 
será identificado pela sua numeração própria, e pelos números de registro ou matrícula no 
registro oficial competente, dispensada, no caso de imóveis, a indicação das respectivas 
confrontações. 
A cédula de produto rural é título líquido e certo, exigível pela quantidade e qualidade de 
produto nela previsto, sendo que, no caso de cumprimento parcial da obrigação, será 
exigível apenas o saldo, anotando-se na cédula. Uma vez vencida a obrigação, será exigível 
por meio de ação de execução para entrega de coisa incerta. 
A garantia da obrigação da cédula de produto rural poderá consistir em hipoteca (imóveis 
rurais e urbanos), penhor (bens suscetíveis de penhor rural, penhor mercantil ou penhor 
cedular) ou alienação fiduciária. 
A cédula de produto rural poderá ser aditada, ratificada e retificada por aditivos, passando 
a integrá-la e mencionado tais fatos, datados e assinados pelo emitente e pelo credor. 
A cédula de produto rural pode ser transferida por endosso, assim, deve ser completo, não 
respondendo os endossantes pela entrega do produto, e sim pela existência da obrigação. 
A cédula de produto rural passa a ter eficácia contra terceiros a partir da inscrição em 
Cartório de Registro de Imóveis do domicílio do emitente, e, em se tratando de hipoteca e 
penhor, deverá, ainda, ser averbada na matrícula do imóvel hipotecado e no Cartório de 
localização dos bens apenhados, no prazo de três dias úteis, a contar da apresentação do 
título, sob pena de responsabilidade funcional do oficial encarregado de promover os atos 
necessários. 
O emitente da cédula de produto rural responde pela evicção, não podendo invocar em 
seu benefício o caso fortuito ou de força maior. A entrega do produto antes da data prevista 
na cédula depende da anuência do credor. 
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Poderá ocorrer o vencimento antecipado da cédula de produto rural quando do 
inadimplemento de qualquer das obrigações do emitente. Para cobrança da cédula de 
produto rural, cabe a ação de execução para entrega de coisa incerta. 
A busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, promovida pelo credor, não elide 
posterior execução, inclusive da hipoteca e do penhor constituído na mesma cédula, para 
satisfação do crédito remanescente. 
O credor tem direito, ainda, ao desentranhamento do título, depois de efetuada a busca e 
apreensão, para instruir a ação de cobrança do saldo devedor. 
Os bens vinculados à cédula de produto rural não serão penhorados ou sequestrados por 
outras dívidas do emitente ou do terceiro prestador da garantia real. 
A cédula de produto rural pode sofrer liquidação financeira desde que sejam explicitados, 
em seu corpo, os referenciais necessários à clara identificação do preço ou do índice de 
preços a ser utilizado no resgate do título, a instituição responsável por sua apuração ou 
divulgação, a praça ou o mercado de formação do preço e o nome do índice. 
Ainda que os indicadores de preço sejam apurados por instituições idôneas e de 
credibilidade junto às partes contratantes, tenham divulgação periódica, preferencialmente 
diária, e ampla divulgação ou facilidade de acesso, de forma a estarem facilmente 
disponíveis para as partes contratantes e que na cédula, além de seu nome específico, 
conste em seguida o termo “financeira”. 
Dessa forma, torna-se o título líquido e certo, exigível, na data de seu vencimento, pelo 
valor resultante da multiplicação do preço, apurado segundo os critérios previstos na 
cédula, pela quantidade do produto especificado, e contra o qual, no inadimplemento, cabe 
ação de execução por quantia certa. 
4 - CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO 
A cédula de crédito bancário, regida pela Lei nº. 10.931/2004, é título de crédito causal 
emitido em operação no sistema financeiro, com ou sem garantia, real ou fidejussória, por 
pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a ela equiparada, 
que representa promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, 
de qualquer modalidade, quais sejam, rural, comercial, industrial e para exportação. 
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A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão 
da cédula de crédito bancário em favor de instituição domiciliada no exterior, inclusive 
permitida em moeda estrangeira, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei 
e ao foro brasileiro. 
A cédula de crédito bancário deve apresentar os requisitos essenciais: a denominação 
específica; a promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível 
no seu vencimento ou, no caso de dívida oriunda de contrato de abertura de crédito 
bancário, a promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, 
correspondente ao crédito utilizado; a data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso de 
pagamento parcelado, as datas e os valores de cada prestação, ou os critérios para essa 
determinação; o nome da instituição credora, podendo conter cláusula à ordem; a data e o 
lugar de sua emissão; a assinatura do emitente e, se for o caso, do terceiro garantidor da 
obrigação, ou de seus respectivos mandatários. 
 
Sendo a cédula de crédito bancário título executivo extrajudicial que representa dívida em 
dinheiro, certa, líquida e exigível, tanto pelo valor nela indicado, quanto pelo eventual saldo 
devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, é que em 
suas cláusulas poderão ser pactuados: 
a) os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os critérios de sua incidência e, 
se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e os 
demais encargos decorrentes da obrigação; 
b) os critérios de atualização monetária ou de variação cambial como permitido 
em lei; 
c) os casos de ocorrência de mora e de incidência das multas e penalidades 
contratuais, bem como as hipóteses de vencimento antecipado da dívida (se 
relação de consumo, a multa não poderá ultrapassar 2%); 
d) os critérios de apuração e de ressarcimento, pelo emitente ou por terceiro 
garantidor, das despesas de cobrança da dívida e dos honorários advocatícios, 
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judiciais ou extrajudiciais, sendo que os honorários advocatícios extrajudiciais não 
poderão superar o limite de dez por cento do valor total devido; 
e) quando for o caso, a modalidade de garantia da dívida, sua extensão e as 
hipóteses de substituição de tal garantia; 
f) as obrigações a serem cumpridas pelo credor; 
g) a obrigação do credor de emitir extratos da conta corrente ou planilhas de 
cálculo da dívida, ou de seu saldo devedor, de acordo com os critérios 
estabelecidos na própria cédula de crédito bancário, observado o disposto no § 
2º do artigo 28; 
h) outras condições de concessão do crédito, suas garantias ou liquidação, 
obrigaçõesadicionais do emitente ou do terceiro garantidor da obrigação, desde 
que não contrariem as disposições legais. 
A cédula de crédito bancário será transferível mediante endosso em preto, ao qual se 
aplicarão, no que couberem, as normas do direito cambiário, caso em que o endossatário, 
mesmo não sendo instituição financeira ou entidade a ela equiparada, poderá exercer todos 
os direitos por ela conferidos, inclusive cobrar os juros e demais encargos na forma pactuada 
na cédula. 
A cédula de crédito bancário será emitida por escrito, em tantas vias quantas forem as partes 
que nela intervierem, assinadas pelo emitente e pelo terceiro garantidor, se houver, ou por 
seus respectivos mandatários, devendo cada parte receber uma via. Somente a via do 
credor será negociável, devendo constar nas demais vias a expressão “não negociável”. 
A cédula de crédito bancário pode ser aditada, retificada e ratificada mediante documento 
escrito, datado, com os requisitos já apresentados, passando esse documento a integrar a 
cédula para todos os fins. 
A garantia da cédula de crédito bancário poderá ser fidejussória ou real, neste último caso 
constituída por bem patrimonial de qualquer espécie, disponível e alienável, móvel ou 
imóvel, material ou imaterial, presente ou futuro, fungível ou infungível, consumível ou não, 
cuja titularidade pertença ao próprio emitente ou a terceiro garantidor da obrigação 
principal. 
A constituição da garantia poderá ser feita na própria cédula ou em documento separado, 
mencionando tal fato no título. O bem constitutivo da garantia deverá ser descrito e 
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individualizado de modo que permita sua fácil identificação, sendo permitida sua 
substituição pela remissão a documento ou certidão expedida por entidade competente, 
que integrará a cédula para todos os fins. 
A garantia da obrigação abrangerá, além do bem principal constitutivo da garantia, todos 
os seus acessórios, benfeitorias de qualquer espécie, valorizações a qualquer título, frutos 
e qualquer bem vinculado ao bem principal por acessão física, intelectual, industrial ou 
natural. 
Assim, o credor poderá averbar, no órgão competente para o registro do bem constitutivo 
da garantia, a existência de qual- quer outro bem por ela abrangido. 
Até a efetiva liquidação da obrigação garantida, os bens abrangidos pela garantia não 
poderão, sem prévia autorização escrita do credor, ser alterados, retirados, deslocados ou 
destruídos, nem poderão ter sua destinação modificada, exceto quando a garantia for 
constituída por semoventes ou por veículos, automotores ou não, e a remoção ou o 
deslocamento desses bens for inerente à atividade do emitente da cédula de crédito 
bancário, ou do terceiro prestador da garantia. 
 
Os bens constitutivos de garantia pignoratícia ou objeto de alienação fiduciária poderão, a 
critério do credor, permanecer sob a posse direta do emitente ou do terceiro prestador da 
garantia, nos termos da cláusula de constituto possessório, caso em que as partes deverão 
especificar o local em que o bem será guardado e conservado até a efetiva liquidação da 
obrigação garantida. O emitente e, se for o caso, o terceiro prestador da garantia 
responderão solidariamente pela guarda e conservação do bem constitutivo da garantia e, 
se for prestada por pessoa jurídica, esta indicará representantes para responder pela guarda 
e conservação. 
Ainda, poderá o credor exigir que o bem constitutivo da garantia seja coberto por seguro 
até a efetiva liquidação da obrigação garantida, em que o credor será indicado como 
exclusivo beneficiário da apólice securitária e estará autorizado a receber a indenização para 
liquidar ou amortizar a obrigação garantida, vedado o enriquecimento indevido do credor. 
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Da mesma forma, se o bem constitutivo da garantia for desapropriado, ou se for danificado 
ou perecer por fato imputável a terceiro, o credor sub-rogar-se-á no direito à indenização 
devida pelo expropriante ou pelo terceiro causador do dano, até o montante necessário 
para liquidar ou amortizar a obrigação garantida, facultando-lhe exigir a substituição da 
garantia, ou o seu reforço, renunciando ao direito à percepção do valor. 
Também poderá fazê-la em caso de perda, deterioração ou diminuição de seu valor, caso 
em que notificará por escrito o emitente e, se for o caso, o terceiro garantidor, para que 
substituam ou reforcem a garantia no prazo de quinze dias, sob pena de vencimento 
antecipado da dívida garantida. 
A validade e a eficácia da cédula de crédito bancário não dependem de registro, mas as 
garantias reais, por ela constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos registros 
ou averbações previstos na legislação aplicável, com as alterações introduzidas pela própria 
lei. 
Nas operações de crédito rotativo, o limite de crédito concedido será recomposto, 
automaticamente e durante o prazo de vigência da cédula de crédito bancário, sempre que 
o devedor, não estando em mora ou inadimplente, amortizar ou liquidar a dívida. 
Nos contratos que tenham por objeto crédito fixo não há recomposição como a explicitada. 
A cédula de crédito bancário poderá ser protestada por indicação, desde que o credor 
apresente declaração de posse da sua única via negociável, inclusive no caso de protesto 
parcial. Ficando dispensado o protesto para garantir o direito de cobrança contra 
endossantes, seus avalistas e terceiros garantidores. 
5 - CÉDULA DE PRODUTO RURAL 
De acordo com o Decreto 1.102/1.903, os armazéns gerais poderão emitir, a pedido do 
depositante, dois títulos unidos, mas separáveis à vontade, denominados “conhecimento 
de depósito” e “warrant”. 
O “conhecimento de depósito” transfere a titularidade dos bens depositados, enquanto 
que o “warrant” representa a existência de tais bens para permitir que sejam objetos de 
penhor, ou seja, utilizados como garantia real, por meio do endosso do título, conforme 
dispõe o artigo 18: 
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§ 2º O endosso dos títulos unidos confere ao cessionário o direito de livre 
disposição da mercadoria depositada; o do “warrant” separado do 
conhecimento de depósito o direito de penhor sobre a mesma mercadoria e do 
conhecimento de depósito a faculdade de dispor da mercadoria, salvo os direitos 
do credor, portador do “warrant”. 
O “conhecimento de depósito” e o “warrant” devem ser emitidos à ordem e conter: sua 
designação; a denominação da empresa do armazém geral e sua sede; nome, profissão e 
domicílio do depositante ou de terceiro por este indicado; o lugar e prazo de depósito. 
Ainda devem constar do título: a natureza e a quantidade das mercadorias em depósito, 
designadas pelos nomes mais usados no comércio; seu peso; o estado dos envoltórios e 
todas as marcas e indicações próprias para estabelecerem a sua identidade, ressalvadas as 
peculiaridades das mercadorias depositadas a granel. 
Em se tratando de mercadorias de mesma natureza e qualidade e de donos diferentes, deve 
ser especificada a sua qualidade. 
 
O título deve indicar o segurador da mercadoria e o valor do seguro, a declaração dos 
impostos e direitos fiscais, dos encargos e despesas a que a mercadoria está sujeita, a data 
da emissão dos títulos e assinatura do empresário ou pessoa devidamente habilitada por 
este. 
Os títulos serão extraídos de um livro de talão, que conterá todas as declarações exigidas e 
onúmero de ordem correspondente. 
No verso do respectivo talão, o depositante, ou terceiro por este autorizado, passará o 
recibo dos títulos e as ocorrências que se derem com os títulos dele extraídos, como, por 
exemplo, substituição, restituição, perda, roubo. 
Os armazéns gerais são responsáveis para com terceiros pelas irregularidades e inexatidões 
encontradas nos títulos que emitirem relativamente a quantidade, natureza e peso da 
mercadoria. 
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O “conhecimento de depósito” e o “warrant” podem ser penhorados, arrestados por 
dívidas do portador e transferidos, unidos ou separados, por endosso, e, se for em branco, 
o portador do título terá direitos de cessionário. 
O primeiro endosso do “warrant” declarará a importância do crédito garantido pelo penhor 
da mercadoria, a taxa de juros e a data do vencimento, as quais serão transcritas no 
“conhecimento de depósito” com assinatura do(s) endossatário(s) do título. 
A mercadoria depositada será retirada do armazém geral contra a entrega do conhecimento 
de depósito ou do “warrant” correspondente, liberta pelo pagamento principal e juros da 
dívida, se foi negociado. 
O portador do “conhecimento de depósito” poderá retirar a mercadoria antes do 
vencimento da dívida constante do “warrant”, consignando o armazém geral o principal e 
os juros até o vencimento e pagando os impostos fiscais, armazenagens vencidas e mais 
despesas. 
Se o “warrant” não for apresentado ao armazém geral até oito dias depois do vencimento 
da dívida, a quantia consignada será levada a depósito judicial por conta de quem 
pertencer. A perda, o roubo, o extravio do “warrant” não prejudicarão o exercício do direito 
do portador do conhecimento de depósito. 
O portador do “warrant”, que no dia do vencimento não for pago, e que não achar 
consignada no armazém geral a importância de seu crédito e juros, deverá interpor o 
respectivo protesto nos prazos e pela forma aplicáveis ao protesto das letras de câmbio no 
caso de não pagamento. 
O oficial dos protestos entregará ao protestante o respectivo instrumento, dentro do prazo 
de três dias, sob pena de responsabilidade e de satisfazer perdas e danos. 
O portador do warrant venderá em leilão, por intermédio do corretor ou leiloeiro que 
escolher, as mercadorias especificadas no título, independentes de formalidades judiciais. 
O corretor ou leiloeiro, encarregado da venda depois de avisar o administrador do armazém 
geral, ou o chefe da competente repartição federal, anunciará pela imprensa o leilão, com 
antecedência de quatro dias, especificando as mercadorias conforme as declarações do 
warrant e declarando o dia e a hora da venda, as condições desta e o lugar onde podem 
ser examinadas aquelas mercadorias. 
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Efetuada a venda, o corretor ou leiloeiro dará a nota do contrato ou conta de venda ao 
armazém geral, que receberá o preço e entregará ao comprador a mercadoria. O armazém 
geral, imediatamente após o recebimento do produto da venda, fará deduções de créditos 
preferenciais, e com o líquido pagará o portador do warrant. 
 
O portador do warrant que ficar integralmente pago entregará, ao armazém geral, o título 
com a quitação; caso contrário, o armazém geral mencionará no warrant o pagamento 
parcial feito e o restituirá ao portador. Pago o credor, o excedente do preço da venda será 
entregue ao portador do “conhecimento de depósito” contra a restituição desse título. 
As quantias reservadas ao portador do warrant ou do “conhecimento de depósito”, quando 
não reclamadas no prazo de 30 dias depois da venda da mercadoria, serão depositadas 
judicialmente por conta de quem pertencer. 
Se o portador do warrant não ficar integralmente pago, em virtude da insuficiência do 
produto líquido da venda da mercadoria ou da indenização do seguro no caso de sinistro, 
poderá, por meio de ação, haver o saldo contra os endossadores anteriores solidariamente. 
O prazo para prescrição de ação regressiva corre do dia da venda. 
Aquele que perder o título avisará ao armazém geral e anunciará o fato durante três dias 
pelo jornal de maior circulação da sede daquele armazém. Se se tratar do conhecimento de 
depósito e correspondente warrant, ou só do primeiro, o interessado poderá obter duplicata 
ou a entrega das mercadorias, garantindo o direito do portador do warrant, se este foi 
negociado, ou do saldo à sua disposição, se a mercadoria foi vendida. 
 
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6 – QUADRO DE FIXAÇÃO DA MATÉRIA 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais 
aspectos estudados ao longo da aula. Sugerimos que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao início da aula seguinte, como forma de “refrescar” a memória. Além disso, 
segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar 
esses resumos. 
Cédulas de Crédito 
v Conceito 
Cédulas de crédito são títulos de créditos causais que representam promessa de pagamento 
obtida por meio de operações de financiamento, ou seja, têm por objeto empréstimo 
fornecido por instituição financeira, ou a ela equiparada, e destina-se ao estímulo de 
atividades de certas áreas econômicas especificadas em lei. 
v Cédulas de crédito comercial 
Cédulas de crédito comercial são títulos causais emitidos pelos armazéns-gerais quando do 
depósito de mercadorias. Destacam-se o conhecimento de depósito, que representa o 
depósito da mercadoria, e o warrant, que é a promessa de pagamento cuja garantia é a 
mercadoria depositada. 
v Cédulas de crédito industrial 
Cédulas de crédito industrial são títulos causais, que representam promessa de pagamento, 
obtidas por meio de financiamento requerido por empresas no mercado financeiro com 
finalidade industrial. Disciplinada pelo Decreto-lei 413/1969. 
v Cédulas de crédito à exportação 
Cédulas de crédito à exportação são títulos causais, que representam promessa de 
pagamento, obtidas por meio de financiamento destinado à exportação ou à produção de 
bens para exportação. Disciplinada pela Lei nº. 6.313/1975. 
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v Cédulas de crédito rural 
Cédulas de crédito rural são títulos causais, que constituem promessa de pagamento ou 
entrega de coisa certa, obtidas por meio de financiamento requerido por cooperativa, 
empresa ou produtor rural. Disciplinada pelo Decreto-Lei nº. 167/1967. Destaca-se a cédula 
de produto rural. 
Outros Títulos Impróprios 
v Conhecimento de depósito 
O “conhecimento de depósito” transfere a titularidades dos bens depositados. 
v Warrant 
O warrant representa a existência de tais bens para permitir que sejam objetos de penhor, 
ou seja, utilizados como garantia real, por meio do endosso do título. 
v Cédula de crédito imobiliário 
A cédula de crédito imobiliário origina-se de financiamento para impulsionar o ramo 
imobiliário, portanto é título executivo extra- judicial, exigível pelo valor apurado de acordo 
com as cláusulas e condições pactuadas no contrato que lhe deu origem. 
v Cédula de produto rural 
A cédula de produto rural representa promessa de entrega de produtos rurais, com ou sem 
garantia, e pode ser emitida pelo produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas. 
A Lei de regênciaé a de nº 8.929/1994. 
v Cédula de crédito bancário 
A cédula de crédito bancário, regida pela Lei nº. 10.931/2004, é título de crédito causal 
emitido em operação no sistema financeiro, com ou sem garantia, real ou fidejussória, por 
pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a ela equiparada, 
que representa promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, 
de qualquer modalidade, quais sejam, rural, comercial, industrial e para exportação. 
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7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da nossa aula sobre a parte geral dos Títulos de Crédito e os Títulos de 
Crédito no Código Civil. 
 
Vimos as regras acerca dos títulos de crédito, aprendemos seus princípios, características, 
formas de constituição e sua circulação. 
Um grande abraço, 
Alessandro Sanchez. 
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais: 
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