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Nacionalidade 1) Primária: Decorre de um fato natural e independente da vontade do indivíduo (Nato). o JUS SOLIS: Nascimento em território do Estado o JUS SANGUINIS: Nascimento determinada família. Ou seja, qualquer filho de brasileiro nascido no exterior. o OBS: Caso não esteja exercendo o direito de brasileiro, ao ter um filho no exterior, ele não terá a nacionalidade. 2) Secundária: Decorre de um ato de vontade, tanto do indivíduo quanto do Estado (Naturalizado). o Possui direitos como qualquer brasileiro, porém não pode exercer alguns cargos por medo de traição futura para com o país. CRITÉRIOS PARA SER NATURALIZADO 1. Residir por 15 anos no Brasil e ter boa conduta/ Residir por, no mínimo, 4 anos no Brasil e recorrer ao Estatuto do Estrangeiro. 2. Estrangeiros oriundos de origem portuguesa tem naturalização facilitada. Basta morar 1 ano no Brasil. 3. O português, equiparado ao brasileiro, pode exercer os mesmos direitos que um brasileiro naturalizado (vice-versa). Soberania: Poder que caracteriza o Estado, que se revela a partir de dimensões externas (Independência do Estado perante outros entes políticos) e internas (Imperatividade do poder estatal). SOBERANIA TEOCRÁTICA o Natureza Divina aos Reis: O rei era titulado como Deus vivo, portanto, todo poder estava com ele e ele estava acima de todos. Aos poucos essa Natureza foi sendo superada pela investidura divina dos reis. o Investidura Divina dos Reis: A essência permanecia a mesma da anterior, mas agora o discurso era que o rei era um representante de Deus (Foi ela que norteou os regimes absolutistas). o Aos poucos a concepção teocrática foi sendo superada. Nesse período a Inglaterra estava em meio a Revolução Gloriosa – Poder político na mão do povo. Ela superou o absolutismo e implementou o regime democrático. SOBERANIA DEMOCRÁTICA o Investidura Provincial: O rei é investido no cargo por vontade de Deus, mas ao mesmo tempo ele não tem mais o poder absoluto, porque Deus fala através do povo. o As doutrinas democráticas, desenvolvidas na França, vão romper com o antigo regime e surge a ideia de que o poder vem das pessoas (poder laico). o Doutrina da Soberania Nacional: Emmanuel Joseph Sieyès defende que o poder nasce da nação. Defende a ideia da escolha de representantes (burgueses). Objetivo: Valorizar o poder da burguesia. o Doutrina da Soberania Popular: Rousseau defende a ideia de que o povo é a soma das vontades individuais. Classificação dos Estados 1) Estado Unitário (Simples) ▪ No plano Internacional representa uma única soberania, mas no plano Interno não conta com divisões políticas autônomas. ▪ Existência de divisões administrativas sem autonomia. ▪ Relação de subordinação (hierarquia). 2) Estado Federal ▪ Dividindo, internamente, por divisões autônomas. ▪ Relação de coordenação (igualdade de forças entre os entes políticos) – Subordinados à Constituição Federal. ▪ Federalismo Dual (clássico): Parte do pressuposto de uma separação clara de atribuições entre poderes locais e nacionais. Se adapta a uma concepção ideológica liberal (Estado Mínimo). ▪ Federalismo Cooperativo: A princípio, existe uma divisão de competências entre a União, Estados, DF e Municípios. Porém, alguns assuntos são comuns aos entes federativos. 3) Confederação de Estados: União de Estados soberanos independentes. ▪ Por serem países independentes, a União de Estados, dá-se através de Contratos Internacionais. Formas de Poder 1) Aristóteles Formas de poder 2) Maquiavel: Diz que em todos os tempos e lugares sempre existirão apenas duas formas de governos: República e Monarquia. Separação de Poderes 1) Políbio: ▪ Lógica pessoalista (divisão social) para a separação de poderes – A partir da existência de órgãos representativos das classes sociais haveria uma harmonia social. 2) Locke: ▪ Lógica bipartide da separação de poderes - Executivo – Executar a lei - Legislativo – Cria a lei e fiscaliza o poder Executivo. 3) Montesquieu: ▪ Tripartição de poderes - Executivo – Função administrativa - Legislativo – Legisla e fiscaliza o executivo - Judiciário – Julgar; Jurisdicional RETAS CORRUPTAS Monarquia TIRANIA ARISTOCRACIA OLIGARQUIA REPUBLICA DEMAGOGIA ▪ Acreditava que os poderes entrariam em equilíbrio de forma natural, não haveria interferência de um para com o outro. ▪ Sistema de Freios e Contrapesos: Cada poder autônomo deve exercer determinada função, porém este poder deve ser equilibrado pelos outros poderes, sendo então independentes e autônomos entre si. 4) Benjamin Constant: ▪ Contesta Montesquieu, pois enxerga a possibilidade do desequilíbrio entre poderes como uma tendência natural. ▪ Solução: Necessidade de um quarto poder – Poder Moderador ▪ Poder Moderador: Papel de equilibrar os outros poderes. Um poder não pode manipular o outro. 5) James Madson: ▪ Equilíbrio Dinâmico: Haverá sempre uma tensão entre os poderes ▪ Todos realizarão tarefas típicas e atípicas referentes àquele poder Separação de Poderes no Brasil 1) Executivo: Realiza a administração pública e executa as políticas públicas e orçamentos. Congrega duas funções: Executiva (tomada de decisões) e Política (representada pela chefia do Estado e do governo). ▪ Chefia de Estado: Papel político exercido pelo indivíduo que representa o Estado no plano externo e internamente representa o equilíbrio (reserva moral). ▪ Chefia de Governo: Papel de administrar e de tomar decisões. 2) Legislativo: Poder estatal que tem duas funções típicas: Fiscalizatória e Legislativa. ▪ Organização: Baseado no federalismo. Pode se basear no unicameralismo ou bicameralismo (Câmara dos Deputados e dos Senadores). ✓ Câmara dos Deputados – Casa do povo (revolucionário). ✓ Câmara dos Senadores – Conter o ímpeto revolucionário do povo. Cumpre um papel de equilíbrio do pacto federativo. ▪ O bicameralismo pode ser Simétrico (não há hierarquia entre as câmaras) ou Assimétrico (uma câmara tem mais poder que outra). ▪ Prerrogativa do Foro – Mais conhecido como Foro Privilegiado. É um benefício que os ocupantes de determinados cargos possuem de serem processados e julgados por órgãos jurisdicionais superiores. ▪ Imunidade Parlamentar – São prerrogativas que asseguram aos membros de parlamentos ampla liberdade, autonomia e independência no exercício de suas funções. 3) Judiciário: Órgão responsável pela interpretação das leis. ▪ Organização: No Brasil, o Judiciário é mantido pela União e pelos Estados. ▪ STF: Função de ser guardião da Constituição. A palavra final pode ser dada através de recurso extraordinário ou declaratórias de constitucionalidade. Além disso, julga processos criminais de quem tem Foro Privilegiado. o Composto por 11 ministros o Brasileiro nato com mais de 35 anos o Notável saber jurídico e reputação ilibada ▪ STM: Responsável por julgar e processar militares por infrações penais ou administrativos. o Composto por 15 ministros, sendo 10 militares e 5 civis. ▪ STE: Não tem quadro próprio de juízes. Mantido pela União (Federal). o Juízes Eleitorais: Embora seja uma justiça federal, o cargo é de um juiz estadual que ocupa de um eleitoral. ▪ Junta Eleitoral: Só funciona em época de eleição. ▪ TRT: Julga os recursos da gestão dos juízes.▪ TST: Mantida pela União. ▪ Justiça Comum: Residual. Julga tudo que os outros não julgam. ▪ Justiça Estadual e Justiça Federal Comum: Se houver interesse da União, a Justiça Federal é competente. Sistemas de Governo: Conjunto de técnicas utilizadas para definir os limites da atuação política do poder executivo e do poder legislativo no exercício das funções governamentais. Dentre os três poderes, o Judiciário é o que se encontra mais distante da política, visto que ele resolve conflitos. 1) Parlamentarista: ▪ Pressupõe uma maior interação entre o poder executivo e o legislativo no exercício dessas funções governamentais. ▪ Existe uma clara divisão entre a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. O chefe de Estado não lhe cabe participar das decisões políticas. O chefe de governo exerce o poder executivo. ▪ O Chefe do Governo é chamado de Primeiro Ministro, além de ser escolhido pela maioria parlamentar (possui mandato indefinido). ▪ Parlamentarismo Clássico 2) Presidencialismo: ▪ Só existe na República ▪ Sistema adotado no Brasil e nos EUA ▪ O presidente é escolhido diretamente pelo povo, com um mandato preestabelecido. (Sistema representativo). ▪ O presidente é tanto chefe de estado quanto chefe de governo. 3) Semipresidencialismo: ▪ Segue os moldes do Parlamentarismo ▪ Adotado na França e na Rússia. ▪ A diferença é que o presidente não é somente uma figura representativa (chefe de estado), mas ele governa ao lado do primeiro ministro. ▪ Maior rotatividade devido a possibilidade da mudança constante do cargo de Primeiro Ministro. 4) Sistema Diretorial: ▪ Só existe na Suíça ▪ Toda decisão governamental é tomada por uma equipe (decisões colegiais) ▪ Regime, em tese, mais democrático. Funções Essenciais à Justiça 1) Ministério Público: ▪ Guardião da ordem jurídica – Cabe ao Ministério Público fiscalizar a aplicação da lei, especialmente nos processos de interesse público. ▪ Defesa dos interesses da sociedade – Interesses difusos. Ex: Código de Defesa do Consumidor. ▪ Estar de acordo com a CF ▪ Organização: Não existe Ministério Público municipal, apenas Estadual e da União. o Estadual: Atua junto com o Judiciário o União: MPF, MPT, MPM, MPE o Ministério Público na área eleitoral: Fiscaliza propagando eleitoral irregular, candidato ficha suja. Busca defender a legalidade do interesse público. CRITÉRIOS PARA INGRESSAR NO M.P. 1. Fazer concurso público 2. Ter no mínimo 3 anos de atividade jurídica 3. O membro deve se dedicar a sua carreira, exceto se for professor. 4. Salvo quem ingressou no Ministério Público antes de 88, ou seja, pode ser advogado público e privado ao mesmo tempo 2) Advocacia: ▪ Não existe hierarquia entre advogado, juiz e membro do ministério público. ▪ Função de proteger os direitos dos seus clientes, informando-os dos eventuais riscos e consequências que poderão surgir. ▪ Privada: Mediante ao exame da OAB ▪ Pública: Mediante a Concurso Público. o Procuradorias Estaduais: Defende o Estado o Advogado da União: AGU 3) Defensoria Pública: ▪ Também é uma forma de advocacia. ▪ Atua como advogado dos hipossuficientes (aqueles que não tem condição de contratar um advogado). ▪ Para atuar no cargo de Defensor Público é necessário fazer concurso. ▪ Os processos são designados, ou seja, não pode ser escolhido. ▪ Estadual ou da União. Sistemas Eleitorais ● São as formas de disputa de eleição. Hoje Antigamente Estatuto da OAB: Disciplina a carreira da Advocacia. Para exercer a profissão deve ser bacharel em direito e ser aprovado na OAB, além de exercer a profissão. OBS: Aqueles que se formaram antes de 88 não precisam fazer o exame. Rábula: O indivíduo não era formado em direito, mas exercia a advocacia. ● Walter Beagehor x Stuart Mill – Debate entre Governabilidade e Representatividade. Walter era defensor da Governabilidade e do voto distrital. ● Governabilidade: Eficiência nas tomadas de decisões. ● Representatividade: Legitimidade, busca atender aos interesses da maioria. ● Voto Distrital: O mais votado de cada região ganha. 1) Sistemas Majoritários: ▪ Busca garantir a formação de maioria. ▪ Simples: Apenas um turno eleitoral. ▪ Absoluto: Ganha o mais votado que tiver a maioria dos votos absolutos válidos, ou seja, mais da metade dos votos válidos. Caso ninguém ganhe, vai para o segundo turno. ▪ Voto válido ≠ Voto branco/Voto nulo 2) Sistemas Proporcionais: ▪ Buscam a representação da minoria. ▪ Brasil adota esse sistema nas eleições para vereadores e deputados. ▪ Lista Aberta: Variante no sistema de eleição proporcional, no qual as vagas conquistadas pelo partido ou coligação partidária são ocupadas pelos candidatos mais votados. A votação de cada candidato pelo eleitor é o que determina sua posição na lista de preferência. 3) Sistemas Mistos: ▪ Combinação do voto proporcional e do voto majoritário. ▪ Os eleitores tem dois votos: um para candidato no distrito e outro para as legendas (partidos). ▪ Os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos. Vence o mais votado. Sufrágio ▪ Pode ser definido como poder inerente ao povo de participar da vida política do Estado, exercido através do voto. ▪ Institutos da democracia participativa através do voto: ▪ - Plebiscito: Consulta popular prévia ▪ - Referendo: Consulta popular acerca de algo já existente, posterior. ▪ Iniciativa Popular da Lei: Exercício do Sufrágio. Não se resume apenas às eleições. O povo pode apresentar projetos de leis, porém deve ter 1% do eleitorado dividido em pelo menos 5 estados (0,3% do eleitorado do estado apoie aquele projeto). ▪ No Brasil, o Sufrágio Universal é uma cláusula pétrea, imodificável. - Sufrágio Direto: O povo elege os seus participantes - Sufrágio Periódico: Acontece a cada 2 anos - Sufrágio Universal: Permite a participação de todos sem distinção, porém permite restrições razoáveis (ex: crianças não votam). ▪ Sufrágio Restrito: Restringe a participação através de critérios não razoáveis. o Sufrágio Capacitário: Baseado no grau de instituição o Sufrágio Censitário – Baseado na renda. o Sufrágio por Gênero – Onde apenas homem participa. o Sufrágio Racial – Baseado na raça. Mandato Político: ▪ Trata-se do poder de representação para o exercício de atividades governamentais e legislativas por tempo determinado. ▪ Mandato Representativo: O representante (mandatário) tem total liberdade para agir. Ou seja, pode tomar decisões sem consultar o povo. Crise de Legitimidade, porque o povo não se vê no representante. ▪ Mandato Imperativo: O cidadão eleito (mandatário) é obrigado a cumprir as determinações do eleitor, sob pena de perder o mandato. Risco da Ingovernabilidade. Se o candidato fosse eleito para fazer aquilo que o cidadão quer, a questão da governabilidade seria interferida (as vezes é necessário tomar decisões que está contra ao que a sociedade quer). ▪ Mandato Partidário: Diz respeito à fidelidade partidária. Ex: Brasil. Não teria uma relação direta de subordinação entre o mandatário e o eleitor, mas seria entre o mandatário e o partido. Democracia ▪ Forma de busca de legitimidade jurídica. ▪ A democracia não pode se confundir com o processo eleitoral. ▪ Modelo Minimalismo Democrático: Democracia que se resume à eleição; representação política. O povo elege representantes periodicamente para falaram em seu nome. ▪ Modelo Maximalista de Democracia: Pressupões que o povo exerce poder,não somente pela escolha dos representantes, mas pelos meios de participação política na lei (interação entre representante e representados). ▪ DESAFIO: Equilibrar governabilidade (eficiência nas decisões) com representatividade (vontade da maioria e respeito da minoria). ▪ VANTAGEM: Garantir, de certa forma, que todo mundo possa participar do poder. Que não seja um poder absoluto; regime de contenção. Permite uma mobilidade maior social política. ▪ CONCEITO: Lincoln – 1863: Governo do povo, pelo povo e para o povo. ▪ A eleição é um símbolo democrático, porém não basta que exista eleição para ser uma democracia. ▪ Robert Dahl – Democracia é um regime político que tem 5 elementos: Inclusão de Adultos (Sufrágio Universal); Participação Efetiva; Igualdade de Voto; Controle do Planejamento (Transparência Pública); Educação. o PROBLEMA: Nenhum regime político, por mais democrático que seja, não atingiu o nível de democracia proposto por Dahl. ▪ Sartori – A realidade democrática não se confunde com o ideal democrático. Democracia é um processo. Sempre está numa busca de aprimoramento. Reforma Política: ▪ Algo inerente ao processo democrático.
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