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POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA

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POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA
1) A História das Políticas em Saúde do Trabalhador:
O documento que aborda a saúde do trabalhador e trabalhadora foi formulado em 2012. As respostas as políticas públicas entendidas como respostas do Estado às demandas sociais começaram em resposta a alguns eventos históricos. No início do século XX, houve uma série de mobilizações operarias organizadas por imigrantes, que lutavam contra as condições precárias de trabalho nas fábricas, a utilização massiva de mão de obra infantil e as jornadas de mais de 13 horas. Em 1917, houve a primeira Greve Geral da história brasileira, que durou 30 dias. Em 1923 foram cridas as primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), que foi o início da Previdência Social no Brasil, com a Lei Eloy Chaves, que organizou as empresas e criou 47 CAPs. Entretanto, eram beneficiados apenas empregados dessas empresas e seus dependentes. Em 1930, com Getúlio Vargas e sua proposta de construção do Estado de Bem-Estar Social no Brasil, há a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que pretendia intervir no conflito entre capital e trabalho, bem como criar um atrelamento dos sindicatos ao Estado, que seria uma forma de “controle” dos sindicatos pelo governo e que, por fim, foi assegurado pela “liberdade sindical” na constituição de 1988. Em 1932, são criados os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), ainda por Vargas, que substituía os CAPs, e que organizava por categorias profissionais e não por empresas. Entretanto, apenas categorias de maior peso econômico e social tinham IAPs: eram trabalhadores de carteira assinada que tinham direito a assistência médica e previdência. Ou seja, aqueles sem carteira assinada estavam desprotegidos. Em 1943, foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pelo decreto-Lei 5.452, sancionada por Vargas, unificada como legislação trabalhista existente no Brasil. Ela regulamentava as relações individuais e coletivas do trabalho, visando a proteção do trabalhador dentro de um contexto de “estado regulamentador”. Já no Regime Militar criou, em 1966, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que unificou todos os IAPs, substituindo eles, apesar da resistência do institutos mais ricos e fortes. Entretanto o INPS continuou atendendo apenas trabalhadores com carteira assinada. Em, 1977 houve um desdobramento do INPS e foi criado o INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, que passou a ser o órgão governamental a controlar a assistência médica as custas de compra de serviços médicos do setor privado, mantendo o acesso apenas a trabalhadores de carteira assinada. Em 1986, após a redemocratização houve a 8ª Conferência Nacional em Saúde, que buscou bases a visão de saúde como direito a todos e dever do Estado, firmada pela constituição de 1988. Também ocorreu a 1ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, do que se afirmou a necessidade de uma Política Nacional de Saúde do Trabalhador, em vista das características próprias do trabalhador dentro do âmbito mais geral da saúde.
Em 1990, começa a ser pensado o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como regimento a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90), que garante, pelo Artigo 6º, que a saúde do trabalhador é “um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
Em 1994, é realizada a 2ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, que faz avaliação crítica e definição de estratégias para os avanços da saúde do trabalhador. 
Em 2001, as doenças relacionadas ao trabalho são incluídas no Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Esse documento cria regras que guiam como definir e como conduzir um caso relacionado a doença do trabalho.
Em 2002, há a criação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), integradora dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs).
Em 2005 é realizada a 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, onde foi abordado o vínculo entre o desenvolvimento dos trabalhadores. Isso porque, o desenvolvimento por si só não resolve todos os problemas. É preciso ter uma percepção acerca do desenvolvimento e da saúde do trabalhador.
Em 2012, pela Portaria 1.823/2012, há a criação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Um ano mais tarde, é expedida a Portaria nº 1.378/2013 que regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para a execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde. Porque para termos uma visão geral, no âmbito de todas as empresas existentes no Brasil, é necessário que sejam dispostos dispositivos e meios para que seja possível e que não necessite do acompanhamento de um fiscal para cada empresa. Essa Portaria passa a ser referencial para a atuação de todos os CERESTs no país.
Em 2015, é realizada a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, em que é discutida a expansão dos CERESTs para todas as regiões.
Em 2017, no governo de Michel Temer, for realizada a Reforma Trabalhista, a partir da Lei 12.467/17, que teve o objetivo de favorecer o aumento dos empregos e o crescimento econômico, alterando mais de 200 pontos das CLT. Tais como: 
· Trabalho intermitente autorizado. Esse aspecto da Reforma acaba deixando o trabalhador e a trabalhadora em situação muito vulnerável, mas é defendida por grandes empresários, que defendem que a situação permite criar empregos. Na verdade, o que vemos 3 anos após a Reforma, é que não houve resultados objetivos em relação a criação de empregos.
· O “negociado” prevalece sobre o “Legislado”. Entretanto, o que vemos é que em tempos de desemprego, o receio de perder o emprego ou de não ter um, faz com que os trabalhadores concordem com regras muito precárias. Não há mais o amparo da lei para garantir limites básicos para os trabalhadores. 
· Redução do tempo mínimo de almoço para 30 minutos. Ao contrário do proposto pelas novas teorias, como o Slow Food, a redução do tempo de almoço não preza pela saúde dos trabalhadores.
· Permite mulher gestante e lactante em postos de trabalho insalubres (STF declarou inconstitucional); 
· Não há mais necessidade de assistência sindical nas rescisões de contrato. A partir da reforma, já que não há representante sindical, não é necessário que os direitos dos trabalhadores sejam cumpridos.
· Contribuição sindical deixa de ser obrigatória. 
Na verdade, a Reforma Trabalhista acabou flexibilizando pontos em favor das empresas e desfavorecendo os trabalhadores.
2) A importância da integralidade na Saúde do Trabalhador.
A Saúde do trabalhador e da trabalhadora dependem de questões ambientais e de trabalho que estão ligadas as empresas, fazenda, pequenas propriedades. Vai muito além e, muitas vezes, ao oposto de um trabalho descente do que é preconizado pela Organização Internacional do Trabalho.
Precisa do auxílio do ministério público do trabalho, da justiça do trabalho e vários órgãos federais e estaduais e municipais além das pessoas da sociedade civil precisam garantir os direitos dos trabalhadores.
	
3) O que é a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora?
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, pela Portaria 1.823/12. Remete a fundamentação da Lei Orgânica da saúde, que inclui, no Artigo 6º, a saúde do trabalhador como campo de atuação do SUS. Define a saúde do trabalhador como conjunto de atividades que se destina, através de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
A finalidade da política é definir os princípios, diretrizes e as estratégias a serem observados nas três esferas doSUS – federal, estadual e municipal – para desenvolvimento de ações de atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase em vigilância, promoção e proteção e redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.
No Brasil, há um acidente de trabalho a cada 49 segundos, sendo o Brasil um dos países com mais casos de acidentes de trabalho no mundo. A vigilância atua justamente no âmbito de precaver que esses acidentes ocorram.
O público alvo da política são todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização (rural ou urbana), forma de inserção no mercado de trabalho (formal ou informal), de seu vínculo empregatício (público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativo, aprendiz, estagiário, aposentado, desempregado). Atua guiado pela constituição de 1988 e pelos Princípios e Diretrizes de acordo com o SUS: universalidade, integralidade, participação da comunidade, descentralização, hierarquização, equidade, precaução.
4) Os objetivos da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora: 
· Fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integração com os demais componentes de vigilância em saúde. 
· Promover a saúde em ambientes e processos de trabalho saudáveis. 
· Garantir integralidade na atenção à saúde do trabalhador. 
· Ampliar o entendimento de que a Saúde do Trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção.
· Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo nas análises de situação de saúde e as ações de promoção a saúde. Isso significa que em qualquer consulta o paciente deve ser questionado sobre seu trabalho, relacionando aos processos de trabalho e suas condições. 
· Assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas com as suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde. 
· Assegurar a qualidade de atenção à saúde do trabalhador ao usuário do SUS.
5) As estratégias usadas pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora:
· Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador junto aos demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde.
· Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores. 
· Estruturação da RENAST no contexto de Atenção à Saúde, junto a atenção primária, urgência e emergência e atenção especializada. 
· Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial, 
· Estímulo a participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social. 
· Desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos. 
· Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Achei interessante eu essas estratégias incluem meios públicos que permitem a participação do trabalhador ou trabalhadora em várias instâncias da saúde pública e, mesmo que atendido em meios privados, consiga ser repassado ao meio privado. Além disso, achei interessante que há na Política um intuito de desenvolvimento de pesquisas e estudos, assim como há no SUS, o que facilita reconhecer o perfil das procuras em saúde do trabalhador em cada localidade.

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