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FUNDIÇÃO, SOLIDIFICAÇÃO E SINTERIZAÇÃO VINICIUS COLARES CANDIDO ENGENHARIA METALÚRGICA 2ª AVALIAÇÃO: RESUMO DO ESTUDO DIRIGIDO - TEMA:PÓS METÁLICOS - GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA METALÚRGICA CEFET/RJ campus Angra dos Reis Vinicius Colares Candido Matricula: 1622068GMET E-mail: vinicius.candido@aluno.cefet-rj.br Professor: Alessandro Luiz Rocha de Oliveira mailto:vinicius.candido@aluno.cefet-rj.br A matéria prima, na metalurgia do pó, constitui, mais do que na maioria dos processos metalúrgicos convencionais, um fator básico, principalmente no que se refere á sua uniformidade. Por esse motivo, é imprescindível o seu rigoroso controle, o que significa que todas as características inerentes ao processo devem ser conhecidas, determinadas e controladas da maneira mais profunda o possível sendo que a qualidade do pó metálico vem de seu processo de fabricação, de modo que a seguir veremos onde a metalúrgia do pó é empregada, o comparativo entre os processos assim como as principais características relativas ao processo de obtenção dos pós metálicos. Figura 02: Onde a Metalurgia do pó é encontrada No caso da produção de pó de ferro por redução, o processo mais conhecido foi o desenvolvido pela empresa Hoganäes no início deste século, na época empregado para produzir o ferro-esponja, esta técnica emprega magnetita pura Fe3O4, na qual, após a moagem apresenta um teor de ferro em torno de 71,5%. Os pós de ferro produzidos por este processo caracterizam-se por porosidade e forma irregular das partículas. Um outro processo de redução para a fabricação de pó de ferro é o chamado PYRON O método mais comum dentro deste grupo é redução de óxidos metálicos, pelo emprego de um agente redutor gasoso ou sólido (carbono). Figura 03: Metais mais comumente produzidos Figura 01: Comparativo entre os processos de fabricação Figura 04: Principais rotas de produção do ferro primário Figura 05: Processo de fabricação É um processo físico relativamente simples. O metal é fundido e vazado através de um orifício e atingido por um feixe de gás ou líquido, usualmente água. Isto separa o metal fundido em gotas que solidificam rapidamente como partículas de pó. O processo é seguido de recozimento em atmosfera reduzida para decompor superfícies oxidadas. A pureza na maioria dos casos é acima de 99%. Por exemplo, o carbonato de cálcio decompõe-se em óxido de cálcio e dióxido de carbono a partir de aproximadamente 840°C. Outro exemplo é o carbonato de magnésio que se decompõe em óxido de magnésio e dióxido de carbono. Decomposição térmica, também chamada termólise, é definida como uma reação química onde uma substância química se decompõe em pelo menos duas substâncias químicas quando aquecida. A reação é usualmente endotérmica já que aquecimento é requerido para romper as ligações químicas do composto durante a decomposição. A temperatura de decomposição de uma substância é a temperatura na qual a substância decompõe-se em menores moléculas de outras substâncias ou em seus átomos constituintes. E vários são os formatos e tamanhos obtidos: Figura 07:diferentes características que influenciam nas propriedades físicas do pó. Vários processos permitem a fabricação de pó metálico, tais como: - Atomização a água; - Atomização a gás; - Redução; - Eletrólise e Moagem. Figura 06: Esquematização de atomização a água Atomização a água (figura 06): Metais que fundem abaixo de 1600° C. Pós irregulares e com alguma oxidação de Ferro, aço inoxidável, cobalto, ligas de níquel, etc. Processo geralmente preferido para grandes volumes e baixo custo. A extração rápida de calor resulta em partículas com formato irregular. Pós atomizados a água apresentam excelente compressibilidade devido à sua densidade aparente normalmente ser menor do que dos pós atomizados a gás. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_qu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_qu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Endot%C3%A9rmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_de_decomposi%C3%A7%C3%A3o Outros processos de atomização: Figura 11: Atomização por eletrodo rotativo Figura 08: Diferentes bocais de atomização e a diferença entre a atomização vertical e horizontal Atomização a gás: Nitrogênio, hélio, argônio. Pós esféricos. Al, Cu, Ni, Mg, Co, Fe, etc. Atomização por gás inerte é um processo largamente utilizado para obtenção de pós metálicos de formato esférico, boa escoabilidade, baixo percentual de oxigênio e elevada pureza. Materiais com elevado teor de elementos de liga, como as superligas a base de níquel são atomizados por gás inerte. Figura 13: Deposição Eletrolítica. Figura 10: Esquema de atomização Figura 12: Atomização a vácuo. Figura 09: Diferentes morfologias dos grãos do pó. No caso da atomização a vácuo (figura 12) o processo é baseado no princípio de que quando um metal supersaturado com gás sob pressão é repentinamente exposto ao vácuo, o gás expande, sai da solução e causa a atomização do metal líquido. Outro processo é o por eletrodo rotativo (figura 11) onde a extremidade de uma pastilha de tungstênio, enquanto gira em torno do seu eixo longitudinal. Força centrífuga ejeta o metal formando as gotas que solidificam em partículas de forma esférica e se depositam numa câmara cheia de gás inerte. Esse processo é indicado para a produção de ligas de titânio, como por exemplo: Ti-6Al-4V. No caso da deposição eletrolítica (figura 13) em resumo apesar de suas restrições de natureza econômica permite a obtenção de pós de grande pureza e excelentes característicos de compactação. As principais características dos pós metálicos são os seguintes: Pureza e composição química, microestrutura da partícula, tamanho da partícula e composição granulométrica, porosidade da partícula, densidade aparente, velocidade de escoamento, superfície específica, compressibilidade e resistência verde. Alguns dos objetivos desse processo de moagem (figura 14) são: Redução do tamanho de partícula do pó. Este é, de fato, o principal objetivo, modificação da forma da partícula (figura 07 e 09), aglomeração do pó, formação mecânica de ligas e a modificação das propriedades. É comum, na moagem, o emprego de agentes externos e lubrificantes, com o objetivo de anular as forças de soldagem, e portanto, impedir a aglomeração de partículas. Entre esses meios podem ser incluídos a água, o álcool, hidrocarbonetos, etc.. Estes por sua vez encurtam igualmente o tempo de moagem e produzem pós mais finos. É muito importante conhecer-se e determinar-se as características dos pós metálicos, de modo a utilizar-se essa matéria prima de modo correto. Esse conhecimento é tanto mais necessário, quando se considerar que o processo mai sofisticado, exigindo matérias primas aprimoradas. A primeira tarefa na determinação das características dos pós metálicos e que vai influir na qualidade dos valores obtidos, é a amostragem, ou seja, a retirada de amostras dos recipientes onde o pó está contido, para sua adequada análise. Figura 14: Diferentes formas de obtenção do pó, através de processos mecânicos. Partindo-se do pressuposto que o pó metálico apresente uma pureza acima de 99,0ou 99,5 %, o principal objetivo de conhecer-se a sua composição química ou pureza consiste em determinar-se quais as impurezas- metálicas ou não metálicas- presentes, visto que essas impurezas podem afetar as condições de compactação e as condições de sinterização Figura 15: Óxido de ferro O pó de ferro, principalmente quando obtido pelos processos de redução, tem a tendência de apresentar certa quantidade de óxido de ferro (figura 15). Neste caso, é comum determinar-se o teor de oxigênio do pó pelo ensaio “perda pelo hidrogênio”. Esse ensaio consiste em colocar-se uma amostra do pó e expor uma amostra a uma atmosfera de hidrogênio seco (próximo ao ponto de orvalho). A perda pelo hidrogênio é obtida pela equação: Referências: http://joinville.ifsc.edu.br/~anael.krelling/Tecnologia%20em%20Mecatr%C3%B4nica/PFB64/8%20-%20Metalurgia_do_Po.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5634842/mod_resource/content/0/Apostila%20Metalurgia%20do%20Po.pdf OBSERVAÇÕES: As imagens de fundo foram tiradas do site https://br.freepik.com/; http://joinville.ifsc.edu.br/~anael.krelling/Tecnologia%20em%20Mecatr%C3%B4nica/PFB64/8%20-%20Metalurgia_do_Po.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5634842/mod_resource/content/0/Apostila%20Metalurgia%20do%20Po.pdf
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