Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL FELIPE DE MELO MEDEIROS SILVA MESAQUE VILMAR SILVESTRE VIEGAS PROJETO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS-ESTACAS BOA VISTA – RR 2020 FELIPE DE MELO MEDEIROS SILVA MESAQUE VILMAR SILVESTRE VIEGAS PROJETO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS-ESTACAS Projeto realizado como requisito parcial para obtenção de nota no semestre 2019.2 na disciplina de Fundações do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima. Orientador: Joel Carlos Moizinho BOA VISTA – RR 2020 Lista de Figuras Figura 1- Planta baixa. ...................................................................................................... 6 Figura 2- Ensaio de Sondagem. ........................................................................................ 8 Figura 3 - Valores de 𝛽. .................................................................................................... 9 Figura 4-Coeficientes K de Décourt- Quaresma. ........................................................... 11 Figura 5 - Valores de ∝. ................................................................................................ 12 Figura 7 - Cargas de catálogo de estacas. ....................................................................... 13 Figura 9- Disposição de 5 estacas................................................................................... 16 Figura 10 - Disosição das estacas e dimensão do blobo pilar P1. .................................. 18 Figura 11 - Disposição de 5 estacas. .............................................................................. 19 Figura 12- Disposição do bloco e das estacas do Pilar P2.............................................. 19 Figura 13- Disposição do bloco e das estacas do Pilar P3.............................................. 20 Figura 14 - Bloco de fundação no formato hexagonal com 7 estacas. ........................... 21 Figura 15-Disposição do bloco e das estacas dos Pilares P4 e P5. ................................. 21 Figura 16 - Disposição de 7 estacas para pilares retangulares. ...................................... 22 Figura 17-Disposição do bloco e das estacas do Pilar P3............................................... 23 Lista de Tabelas Tabela 1-Valores acumulados da resistência lateral. .......................................................10 Tabela 2- Valores de resistência de ponta.....................................................................................14 Tabela 3 - Valores de resistência admissíveis...............................................................................16 SUMÁRIO 1. Introdução. ................................................................................................. 6 1.1. Apresentação do Projeto. ............................................................................................. 6 2. Memorial de Cálculo. ................................................................................. 8 2.1 Determinação da carga admissível ............................................................................... 8 2.2 Dimensionamento das estacas para os pilares P1 e P2: ............................................. 15 2.3 Dimensionamento da estaca para o pilar P3: ............................................................. 20 2.4 Dimensionamento das estacas para os pilares P4 e P5: ............................................. 21 2.5 Dimensionamento das estacas para o pilar P6: .......................................................... 22 3. CONCLUSÃO. ........................................................................................... 24 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ........................................................ 25 1. Introdução. Este trabalho tem como objetivo realizar um projeto de fundação profunda, segunda a NBR 6122/1996 os elementos de fundação profunda são responsáveis por transmitir a carga da edificação ao terreno e que assentem em profundidade superior ao dobro de suma menor dimensão em planta e no mínimo 3m. Neste trabalho será realizado a fundação do tipo estaca onde a transmissão de cargas ao solo é realizada de duas maneiras, pelo atrito lateral do solo e pela resistência de ponta da estaca. A escolha do tipo de estaca para a fundação de uma edificação deve levar em consideração as características do terreno, os recursos financeiros disponíveis, as cargas da edificação e os recursos disponíveis para execução de fundações na região. Onde as características das cargas e tipos de pilares se encontram no projeto de super-estrutura, as características do terreno são obtidas por meios de ensaios no campo (SPT,CPT e etc) e os recursos da região são selecionados pelo engenheiro responsável conforme pesquisa de mercado e viabilidade da construção. 1.1. Apresentação do Projeto. Para a realização deste projeto foram fornecidas as cargas de todos os pilares e a planta com a disposição destes, a planta citada será exposta a seguir: Figura 1- Planta baixa. Fonte: Apostila de Estacas (CONSTANCIO, 2004). O tipo de estaca utilizada neste projeto será do tipo hélice contínua com diâmetro de 40cm, esta estaca foi escolhida devido ao seu processo executivo, por ter uma baixa vibração no solo, alta produtividade, monitoramento durante a execução e algumas obras na cidade de Boa Vista-RR utilizaram deste tipo de fundação em suas fundações, como por exemplo o Parque Rio Branco. 2. Memorial de Cálculo. Este projeto de fundações profundas consiste em determinar qual o número de estacas, disposição e forma do bloco de coroamento correspondente e entre outros. 2.1 Determinação da carga admissível Para a determinação da carga admissível do solo foi utilizado de um perfil de sondagem geotécnica realizado pela empresa Engtec para uma obra de unidade de saúde de Santa Lúcia, o relatório fornecido se encontra na figura a seguir: Figura 2- Ensaio de Sondagem. Fonte: Engtec. Após fazer a análise do perfil do solo foi utilizado dos critérios do livro Retrospectiva e técnicas modernas de fundações em estacas ( CINTRA E AOKI, 2010) para a determinação da carga admissível foi adotado uma cota de arrasamento de -1,0m prevendo um bloco de coroamento de altura de 90cm e uma cota de assentamento de - 14m devido esta profundidade o solo ter uma boa resistência e a carga dos pilares serem elevadas. O método já pré-definido para o projeto é o de Décourt- Quaresma, que segue a seguinte fórmula para o cálculo da Tensão de adesão ou te atrito lateral 𝑟𝑙: 𝑟𝑙 = 10. ( 𝑁𝑙 3 + 1) Onde: 𝑟𝑙=Tensão limite média de atrito lateral; 𝑁𝑙= Valor médio de N (SPT) ao longo o fuste. No cálculo de 𝑟𝑙 devem ser adotados limites de 𝑁𝑙 ≥ 3 e 𝑁𝑙 ≤ 15 e não serão considerados os valores a serem utilizados no cálculo da resistência de ponta. Logo, a capacidade de carga lateral da estaca irá ser dada pela seguinte fórmula: 𝑅𝑙 = 𝛽. 𝑟𝑙. 𝐴𝑙 Onde: 𝑅𝑙=Reação devido a tensão limite média lateral; 𝛽 =Valor de ponderação a depender do tipo da estaca; 𝐴𝑙= Área lateral da estaca. Os valores de 𝛽 estarão dispostos na tabela a seguir: Figura 3 - Valores de 𝛽. (CINTRA E AOKI, 2010). Neste trabalho foram calculadas as tensões laterais médias de cada profundidade utilizando o software Excel. De forma a exemplificar o cálculo iremos calcular a resistência para profundidade de -13,0m, a seguir iremos demonstrar o cálculo da resistência lateral para esta profundidade: Calculando o SPT médio para esta camada, sendo que a lateral consideradapara esta profundidade só vai até o nível -11,0m, é importante ressaltar que valores menores que 3 serão considerados 3 e maiores que 15 o próprio valor 15, temos que: 𝑁𝑙 = 15 + 15 + 14 + 15 + 15 + 15 + 10 + 7 + 14 + 15 + 7 11 𝑁𝑙 ≅ 12,91 Solo nesta profundidade: Areia grossa a fina, pouco argilosa, com presença e concreções lateríticas, medianamente compacta a muito compacta, cor variegada (marrom, cinza, branco, rosa). Como o tipo de estaca escolhida foi de hélice contínua o coeficiente de ponderação adotado 𝛽 = 1 . Calculando a tensão lateral para este nível temos que: 𝑟𝑙 = 10. ( 𝑁𝑙 3 + 1) 𝑟𝑙 = 10. ( 12,91 3 + 1) 𝑟𝑙 = 53,03 𝑘𝑁/𝑚2 Logo, a resistência desta camada será dada por: 𝑅𝑙 = 𝛽. 𝑟𝑙. 𝐴𝑙 𝑅𝑙 = 1.53,03.2.0,20. 𝜋. 13 𝑅𝑙 = 866,32𝑘𝑁 ou 𝑅𝑙 = 86,63 𝑡𝑓 Para os outros níveis o cálculo foi feito de maneira análoga, a seguir será exposta a tabela com os resultados encontrados para a resistência lateral em cada profundidade: Tabela 1-Valores acumulados da resistência lateral. Prof (m) Nsptm Nl u β rl (kN/m2) Rl (kN) R (tf) 1,00 7,00 7,00 1,00 - - - 2,00 19,00 15,00 1,00 - - - 3,00 14,00 14,00 1,00 33,33 125,66 12,57 4,00 7,00 7,00 1,00 46,67 234,57 23,46 5,00 10,00 10,00 1,00 50,00 314,16 31,42 6,00 23,00 15,00 1,00 45,83 345,58 34,56 7,00 21,00 15,00 1,00 45,33 398,77 39,88 8,00 25,00 15,00 1,00 47,78 480,31 48,03 9,00 14,00 14,00 1,00 49,52 560,10 56,01 10,00 20,00 15,00 1,00 50,83 638,79 63,88 11,00 24,00 15,00 1,00 51,48 711,63 71,16 12,00 35,00 15,00 1,00 52,33 789,17 78,92 13,00 36,00 15,00 1,00 53,03 866,32 86,63 14,00 40,00 15,00 1,00 53,61 943,18 94,32 15,00 3,00 3,00 1,00 54,10 1019,81 101,98 16,00 4,00 4,00 1,00 54,52 1096,27 109,63 Fonte: (Próprio Autor, 2020). Vale ressaltar que os valores de SPT para a resistência de ponta não são considerados no cálculo da tensão limite média lateral. A resistência de ponta unitária é definida da seguinte maneira: 𝑟𝑝 = C. Np Onde: 𝑟𝑝=Resistência de ponta unitária; 𝑁𝑝= Valor médio de N (SPT) medidos na ponta da estaca e imediatamente acima e abaixo; 𝐶=Coeficiente característico do solo; Os valores do coeficiente C irão depender do tipo de solo, estes valores foram obtidos por meios de 41 provas de cargas realizadas em estacas pré-moldadas, estes valores estão expostos na figura a seguir: Figura 4-Coeficientes K de Décourt- Quaresma. (CINTRA E AOKI, 2010). A resistência de ponta é calculada da seguinte maneira: 𝑅𝑝 =∝. 𝑟𝑝. 𝐴𝑝 Onde: 𝑅𝑝=Resistência de ponta da estaca; ∝= Valor de ponderação que varia conforme tipo de estaca e solo; 𝐴𝑝= Área da seção do fuste. Os valores de ∝ serão conforme Décourt e Quaresma serão expostos na tabela a seguir: Figura 5 - Valores de ∝. (CINTRA E AOKI, 2010). A resistência de ponta também foi calculada de forma acumulada para cada camada, a seguir será exposto o calculo da resistência de ponta exemplificado para a cota de -13,0m: Dados: Valores de SPTs considerados: Np = 35 + 36 + 40 3 = 37 Calculando a resistência de ponta unitária: Como o solo característico nessa profundidade é areia grossa iremos adotar C = 400kN/𝑚2. 𝑟𝑝 = 400.37 𝑟𝑝 = 14800kN/𝑚2 Como o tipo de estaca adotada foi hélice contínua utilizaremos o valor de ∝= 0,3. Logo, a carga devido a resistência de ponta é dada por: 𝑅𝑝 =∝. 𝑟𝑝. 𝐴𝑝 𝑅𝑝 = 0,3.14800. 𝜋. 0,202 𝑅𝑝 = 557,95𝑘𝑁 𝑜𝑢 𝑅𝑝 = 55,79𝑡𝑓 A resistência de ponta foi calculada para todas as cotas, a seguir será exposta uma tabela com todos os valores: Tabela 2- Valores de resistência de ponta. Prof (m) Nsptm α C (kN/m2) Ap (m2) Rp (kN) Rp (tf) 1,00 7,00 0,30 250,00 0,13 81,68 8,17 2,00 19,00 0,30 250,00 0,13 125,66 12,57 3,00 14,00 0,30 250,00 0,13 125,66 12,57 4,00 7,00 0,30 250,00 0,13 97,39 9,74 5,00 10,00 0,30 250,00 0,13 125,66 12,57 6,00 23,00 0,30 400,00 0,13 271,43 27,14 7,00 21,00 0,30 400,00 0,13 346,83 34,68 8,00 25,00 0,30 400,00 0,13 301,59 30,16 9,00 14,00 0,30 400,00 0,13 296,57 29,66 10,00 20,00 0,30 400,00 0,13 291,54 29,15 11,00 24,00 0,30 400,00 0,13 397,10 39,71 12,00 35,00 0,30 400,00 0,13 477,52 47,75 13,00 36,00 0,30 400,00 0,13 557,95 55,79 14,00 40,00 0,30 400,00 0,13 397,10 39,71 15,00 3,00 0,30 400,00 0,13 236,25 23,62 16,00 4,00 0,30 400,00 0,13 35,19 3,52 Fonte: (Próprio Autor, 2020). Calculando a resistência admissível para a estaca nesta profundidade, temos que: A carga de catálogo s utilizada como referência se encontra no livro de fundações por estacas do professor José Carlos Cintra, a tabela será exposta a seguir: Figura 6 - Cargas de catálogo de estacas. (CINTRA E AOKI, 2010). Como a estaca escolhida foi de diâmetro de 40 cm temos um valor de 400kN (ou de 40tf). 𝑅𝑎𝑑𝑚 ≤ { 𝑅 2 = 𝑅𝑙 + 𝑅𝑝 2 = 86,63 + 55,79 2 = 71,21𝑡𝑓 𝑅𝑝 4 + 𝑅𝑙 1,3 = 55,79 4 + 86,63 1,3 = 80,59 𝑅𝑐á𝑡𝑎𝑙𝑜𝑔𝑜 = 80 Logo a carga admissível adotada será de 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 71,21𝑡𝑓. A carga admissível foi calculada para todas as profundidades, na tabela a seguir serão expostos os resultados: Tabela 3 - Valores de resistência admissíveis. Prof (m) Rp (tf) Rl (tf) R Rl catálogo Rp/4 +Rl/3 R adm (tf) 1,00 8,17 - - 80,00 - - 2,00 12,57 - - 80,00 - - 3,00 12,57 12,57 12,57 80,00 12,81 12,57 4,00 9,74 23,46 16,60 80,00 20,48 16,60 5,00 12,57 31,42 21,99 80,00 27,31 21,99 6,00 27,14 34,56 30,85 80,00 33,37 30,85 7,00 34,68 39,88 37,28 80,00 39,35 37,28 8,00 30,16 48,03 39,10 80,00 44,49 39,10 9,00 29,66 56,01 42,83 80,00 50,50 42,83 10,00 29,15 63,88 46,52 80,00 56,43 46,52 11,00 39,71 71,16 55,44 80,00 64,67 55,44 12,00 47,75 78,92 63,33 80,00 72,64 63,33 13,00 55,79 86,63 71,21 80,00 80,59 71,21 14,00 39,71 94,32 67,01 80,00 82,48 67,01 15,00 23,62 101,98 62,80 80,00 84,35 62,80 16,00 3,52 109,63 56,57 80,00 85,21 56,57 Fonte: (Próprio Autor, 2020). Como a cota de -13,0m possui uma carga satisfatória, iremos adotar a carga admissível de nossa estaca como 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 71,21𝑡𝑓. 2.2 Dimensionamento das estacas para os pilares P1 e P2: Considerando 10% do peso próprio temos o seguinte número de estacas para este pilar: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃1 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 210 71,21 = 3,24 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 4 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Conforme o prescreve o livro de Exercícios de fundações (RODRGIGUES, 1983), para os casos de pilar de divisa deve-se calcular a excentricidade, considerando o acréscimo de carga causada pela mesma, calculando o número aproximado de estacas do pilar P2: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃2 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 320 71,21 = 4,95 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 5 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Conforme a apostilas de estacas, a distância entre eixos das estacas moldadas in loco e a distância entre o eixo da estaca até a borda do bloco são dadas da seguinte maneira: 𝑆 = 3. ∅ = 3.40𝑐𝑚 = 120𝑐𝑚 𝐶 = ∅ 2 + 15𝑐𝑚 = 40𝑐𝑚 2 + 15𝑐𝑚 = 35𝑐𝑚 Estes valores irão ser considerados para as considerações de disposição todas as estacas neste projeto. Será considerada uma distância de 100cm do eixo do estaqueamento até a divisa do terreno. Utilizando dos dados contidos na planta baixa excentricidade é calculada da seguinte maneira: 𝑒 = 100 + (𝑆) 2 − 20 − 2,5 𝑒 = 100 + (120) 2 − 20 − 2,5 = 137,5 Calculando a distância da excentricidade até o pilar P2: 𝑋 = 510 − 137,5 = 372,5𝑐𝑚 Reação R1 para o pilar P1: 𝑅1 = 210 + 210. 157,5 372,5 = 298,79 𝑡𝑓 Calculando a nova carga para o pilar P1 o novo número de estacas será: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃1 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 298,79 71,21 = 4,62 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 5𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Considerando a seguinte disposição para 5 estacas indicada no livro do professor Alonso, temos que: Figura 7- Disposição de 5 estacas. Fonte: Exercícios de Fundações (RODRGIGUES, 1983). Calculandoa nova excentricidade, temos que: ℎ = 𝑆. √3 2 = 120. √3 2 = 103,92 2 5 . ℎ = 2 5 . 103,92 = 41,568 𝑒 = 100 + 41,568 − 20 − 2,5 = 119,068 Calculando a distância da excentricidade até o pilar P2: 𝑋 = 510 − 119,068 = 390,932𝑐𝑚 Reação R1 para o pilar P1: 𝑅1 = 210 + 210. 157,5 390,932 = 294,61 𝑡𝑓 Calculando a nova carga para o pilar P1 o novo número de estacas será: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃1 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 294,61 71,21 = 4,48 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 5𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Logo a fundação para o pilar P1 terá 5 estacas. A altura útil do bloco será calculada da seguinte maneira: 𝑑′ ≥ { 1,2 ∗ ∅𝑓 𝑙𝑏 Como o ∅ da barra do pilar nem o 𝑙𝑏 foram fornecidos, para o projeto iremos adotar uma bitola de 16mm com gancho , concreto C20, logo o 𝑙𝑏 = 31 ∗ 𝛷 = 49,6𝑐𝑚. 𝑑′ ≥ { 1,2 ∗ 40𝑐𝑚 = 48𝑐𝑚 𝑙𝑏 = 49,6𝑐𝑚 Portanto será adotado um 𝑑′ = 50𝑐𝑚, logo a altura total do bloco será de 50 + 5 = 55𝑐𝑚. Esta altura será adotada para todos os blocos. Utilizando da disposição destacas ilustrada na figura nove e usando um 𝐶 = 35𝑐𝑚, temos o seguinte bloco de fundação e disposição de estacas: Figura 8 - Disosição das estacas e dimensão do blobo pilar P1. Fonte: (Próprio Autor, 2020). A eficiência das estacas será dada da seguinte maneira: 𝑒 = 2 ∗ (1 − 2 16 ) + 1 ∗ (1 − 4 16 ) + 2 ∗ (1 − 3 16 ) 5 ∗ 100 = 82,5% A nova carga do pilar P2 será: 𝑃2 = 320 − 294,61 − 210 2 = 277,695𝑡𝑓 Logo, o número de estacas para este pilar será: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃2 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 277,695 72,21 = 4,23 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 5𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 A disposição de estacas considerada foi a mesma proposta pelo livro de exercícios de fundações do professor Alonso, como ilustra a figura a seguir: Figura 9 - Disposição de 5 estacas. Fonte: Exercícios de Fundações (RODRGIGUES, 1983). Onde d é igual ao S considerado no projeto. Considerando um bloco quadrado temos a seguinte dimensão: 𝑎 = 2. 𝑠.√2 2 + 2 ∗ 𝐶 = 2. 120.√2 2 + 2 ∗ 35𝑐𝑚 → 𝒂 = 𝟐𝟒𝟎𝒄m Figura 10- Disposição do bloco e das estacas do Pilar P2. Fonte: (Próprio Autor, 2020). A eficiência das estacas será dada da seguinte maneira: 𝑒 = 1 ∗ (1 − 4 16) + 4 ∗ (1 − 3 16) 5 ∗ 100 = 80% 2.3 Dimensionamento da estaca para o pilar P3: Considerando 10% do peso próprio temos o seguinte número de estacas para este pilar: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃3 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 125 72,21 = 1,90 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 2 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 As dimensões do bloco para este pilar foram calculadas da seguinte maneira: 𝑎 = 𝑆 + 2. 𝐶 = 120𝑐𝑚 + 2.35𝑐𝑚 = 190𝑐𝑚 𝑏 = ∅ + 2.15𝑐𝑚 = 40𝑐𝑚 + 2.15𝑐𝑚 = 70𝑐𝑚 Como o valor de b está igual a dimensão do pilar iremos adotar o valor de 1,1. 𝑆 = 1,1.120 = 132 conforme indica a apostila de sapatas. A disposição das estacas e as dimensões do bloco ficarão da seguinte maneira: Figura 11- Disposição do bloco e das estacas do Pilar P3. Fonte: (Próprio Autor, 2020). A eficiência das estacas será dada da seguinte maneira: 𝑒 = 2. (1 − 1 16) 2 . 100 = 93,75% 2.4 Dimensionamento das estacas para os pilares P4 e P5: Considerando 10% do peso próprio temos o seguinte número de estacas para este pilar: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ (𝑃4 + 𝑃5) 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ (190 + 210) 71,21 = 96,17 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 7 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Dimensionando o bloco, temos que: Para a forma do bloco de fundação destas estacas, foi escolhida uma forma hexagonal, utilizando como referência a ilustração contida na apostila de estacas: Figura 12 - Bloco de fundação no formato hexagonal com 7 estacas. Fonte: Apostila de Estacas (CONSTANCIO, 2004). O bloco de fundação e a disposição das estacas ficaram da seguinte maneira: Figura 13-Disposição do bloco e das estacas dos Pilares P4 e P5. Fonte: (Próprio Autor, 2020). A eficiência das estacas será dada da seguinte maneira: 𝑒 = 6. (1 − 3 16) + 1 ∗ (1 − 6 16) 7 . 100 = 78,57% 2.5 Dimensionamento das estacas para o pilar P6: Considerando 10% do peso próprio temos o seguinte número de estacas para este pilar: 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 1,1 ∗ 𝑃3 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 1,1 ∗ 405 72,21 = 6,17 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 ≅ 7 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 Devido a maior dimensão do pilar possuir 3m, uma dimensão extensa, é recomendado que a maioria das estacas estejam no sentido desta dimensão, neste caso também será usada a sugestão do professor Alonso para a disposição de 7 estacas: Figura 14 - Disposição de 7 estacas para pilares retangulares. Fonte: Exercícios de Fundações (RODRGIGUES, 1983). Determinando o espaçamento estre as estacas e as dimensões do bloco: Considerando que d é igual a S neste caso. 𝑆.√2 2 = 120.√2 2 = 84,853𝑐𝑚 Considerando 𝐶 = 35𝑐𝑚 e que o bloco irá contornar as estacas temos a seguinte disposição de estacas e dimensões de bloco: Figura 15-Disposição do bloco e das estacas do Pilar P3. Fonte: (Próprio Autor, 2020). A eficiência das estacas será dada da seguinte maneira: 𝑒 = 6. (1 − 3 16) + 1 ∗ (1 − 6 16) 7 . 100 = 78,57% 3. CONCLUSÃO. Portanto, após o dimensionamento da fundação em estaca pode-se entender melhor sobre o processo do método Décurt-Quaresma e como funciona os processos de escolha de disposição das estacas para atender as solicitações de carga da estrutura. As principais dificuldades neste trabalho foram o dimensionamento dos pilares P1 e P2 e do pilar P6. No caso dos dois primeiros pilares a principal dificuldade foi lidar com o pilar de divisa, a solução para este caso foi retirada do livro de exercícios de fundações do professor Alonso que sugere colocar uma viga de equilíbrio com a finalidade de ligar a fundação do pilar com excentricidade com a fundação de um pilar próximo, neste trabalho não foi dimensionada esta viga, porém foi usado deste conceito para calcular a reação gerada pela excentricidade do pilar de divisa e dimensionar a fundação. Para o pilar P6 a principal dificuldade foi determinar a disposição de estacas que ficasse no sentido da dimensão maior do pilar, conforme prescreve o item 3.1.3 do livro de exercícios de fundações do professor Alonso. Após o dimensionamento o projeto de fundação ficou da seguinte maneira: Figura 16 - Projeto de Fundação em estaca. Fonte: Próprio Autor (2020). Com isto pode-se aplicar os conhecimentos teóricos em um projeto prático e assimilar melhor o conteúdo. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. CINTRA, José Carlos A; AOKI, Nelson. Fundação por estacas: projeto geotécnico. São Paulo. Oficina dos Textos, 2010; ALONSO, Urbano Rodrigues. Exercícios de Fundações. São Paulo. Bluscher, 1983. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Projeto e execução de fundações. NBR 6122, 2019. CONSTANCIO, Douglas. Fundações Profundas: “Estacas”. Americana. Professor Douglas Constancio – Engenheiro Lucas A. Constancio, Junho 2004. P3 (70x120) 1 2 0 1 9 0 132 3 5 3 5 66 66 120 3 5 1 2 0 1 2 0 65 65 P4 (50x100) P5 (100x50) 1 2 0 1 2 0 1 2 0 1 2 0 55.9 144 200 1 5 8 . 3 3 5 35 3 1 0 P1 (40x100) Folga 2.5 1 2 0 240 2 4 0 P2 (60x60) 169.7 1 6 9 . 7 3 5 . 1 3 5 . 1 35.135.1 P6 (300x50) 171.7 24.7 84.5 9.6 8 4 . 5 1 0 . 1 2 5 . 2 8 4 . 5 1 0 . 1 2 5 . 2 3 5 3 5 . 1 24.784.5 9.6 409.4 2 3 9 . 7 1 2 0 . 7 1 1 9 . 3 171.7 PROJETO DE FUNDAÇÃO - PLANTA DE FORMA DE BLOCOS E ESTACAS ESC: 1:50. P3 (70x120) P1 (40x100) P2 (60x60) P4 (50x100) P5 (100x50) P6 (300x50) 510 130 530 5 8 0 3 2 0 350 2 8 0 350 4 0 8 20Folga 2.5 PLANTA DE LOCAÇÃO DOS PILARES RUA A R U A B DIVISA D I V I S A 1 5 0 0 1700 ESC: 1:50. SEÇÃO TÍPICA DA ESTACA 1 2 4 5 5 5 240 60 BLOCO ESTACA ESCAVADA TIPO HÉLICE CONTÍNUA SOLO PILAR P2 (60X60) C C CORTE C-C 40 ESC: 1:100. OBSERVAÇÃO: PROFESSOR: ASSUNTO: GRUPO: FOLHA: DR.JOEL CARLOS MOIZINHO PLANTA DE LOCAÇÃO DOS PILARES FELIPE MEDEIROS E MESAQUE VILMAR. PROJETO DE FUNDAÇÃO - PLANTA DE FORMA DE BLOCOS E SAPATAS DATA: 10/12/2020 ESCALA: 1:50 TÍTULO: PROJETO DE FUNDAÇÕES EM ESTACA. 01 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL FUNDAÇÕES NOTAS GERAIS DE EXECUÇÃO: 1. NÃO IMPLANTAR SEM CONFERÊNCIA GERAL DE COTAS / DIMENSÕES GEOMÉTRICAS: - COTAS / DIMENSÕES GEOMÉTRICAS DE LOCAÇÃO; - COTAS ALTIMÉTRICAS DE ARRASAMENTOS; - COTAS DE NÍVEIS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS; - COTAS / DIMENSÕES GEOMÉTRICAS DE TODOS OS ELEMENTOS ESTRUTURAIS; 2. NÃO CONCRETAR O BLOCO SEM MONTAGEM E POSICIONAENTO DAS ARMADURAS DOS ARRANQUES DO PILARES CONFORME ESPECIFICAÇÕES E DETALHAMENTOS DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS (SECOPE); 3. HAVENDO QUAISQUER DIVERGÊNCIAS OU DÚVIDAS, O PROJETISTA RESPONSÁVEL DEVERÁ SER CONSULTADO ANTES DE IMPLANTAR. 4. PARA A CONCRETAGEM DO BLOCO DEVERÁ SER EXECUTADO UM PLANO DE LANÇAMENTO DE CONCRETO COMPATÍVEL COM O ELEVADO VOLUME NECESSÁRIO, PREVENDO, ALÉM DO TRATAMENTO DE JUNTAS FRIAS DE CONCRETAGEM, COMO O CUIDADO AO TRATAMENTO TÉRMICO CONTRA ELEVADO CALOR DE HIDRATAÇÃO. NOTAS GERAIS: O O AR O O N R O RIGATORIA ENTE Planta de locação das estacas-Layout1.pdf Sheets and Views Layout1
Compartilhar